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EDIÇÃO 58 - ANO 11 ABRIL/MAIO 2021
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QUEM É ELA?
QUEM É ELA? EDIÇÃO 58 – ANO 11 – ABRIL/MAIO 2021
Conheça a bem sucedida carreira de executiva de Patricia Ellen, Secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo
ENTREVISTA | Rodolfo Andrade, diretor de desenvolvimento de novos negócios da GL events no Brasil, conta os planos para o novo Anhembi e para o Santos Convention Center
COLUNISTAS AMADEU CARLOS FERREIRA FERNANDO LUMMERTZ MALU SEVIERI PAULO OCTAVIO P. DE ALMEIDA PAULO PASSOS
PELA VOLTA CONSCIENTE E RESPONSÁVEL DAS FEIRAS DE NEGÓCIOS As feiras de negócios são atividades de promoção comercial que acontecem em ambientes seguros e movimentam a economia de cidades, estados e países. Os centros de exposições do país têm espaço suficiente para garantir uma distância geral mínima de 1,5 m entre as pessoas. Por meio de sistemas de orientação, pessoal treinado e sistemas de controle eletrônico, os organizadores de feiras conseguem garantir ambientes mais seguros que shoppings e centros comerciais. Todos os expositores, visitantes e prestadores de serviço são registrados com seu nome e endereço. Por meio de modernos sistemas de ventilação, os pavilhões de exposições garantem uma boa ventilação das áreas de entrada, salões e salas de conferências. Na preparação da exposição, os organizadores fornecem aos expositores recomendações e corientações sobre como cumprir os regulamentos de distânciamento e demais normais. Milhares de empregos estão sendo perdidos. Milhares de negócios não estão sendo realizados. As feiras de negócios precisam voltar!
O GRUPO RADAR APOIA ESTA CAUSA
PASSO A PASSO
FEIRA É
PROMOÇÃO COMERCIAL 3
Radar Magazine | Abril/Maio 2021
EDITORIAL
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ifícil escrever um editorial com mensagem positiva, ou que não caia em algo clichê. O mundo chegou ao seu ponto máximo de estresse. Todos estão em seu limite. Mas se o setor de feiras de negócios se segurou até agora - e se reinventou - é sinal que é preciso seguir e planejar-se para um futuro muito diferente daquele que tínhamos em nossas mentes ou planilhas. Aproveito este espaço para voltar a defender a tese de que feira de negócio não é evento, e sim promoção comercial, onde o CNAEs de seus expositores são, em grande maioria, indústria e comércio. Penso que este é o momento de encontrar soluções criativas e que estão dentro de uma realidade possível. Eu mesmo defendendo alguns pilares para agilizarmos uma volta: – Autorização de abertura do comércio deve se estender também às feiras e congressos, visto que ainda existe uma vantagem onde todos os visitantes são cadastrados e podem ser rastreados. – Testagem rápida em ambiente pré-evento, seguindo devidamente os protocolos sanitários. Isso ainda ajudaria na testagem em massa com rastreabilidade, ajudando o governo no monitoramento e geração de relatórios. - Montagem/Desmontagem da feira com uma equipe unificada e testada, também gerando uma forma de rastreio e monitoramento. – Criação/adoção do passaporte digital de vacinação, para visitantes do exterior e até mesmo do país. Que venham bons negócios e sucesso a todos! Roberta N Yoshida roberta@gruporadar.com.br
PUBLISHER Roberta N Yoshida roberta@gruporadar.com.br
EDITOR Luis Marino Orsolon luis@gruporadar.com.br
DIRETORA DE ARTE, FOTOGRAFIA E MULTIMÍDIA Roberta N Yoshida
PROJETOS ESPECIAIS Luiz Octavio Pinto Neto (Jaka) jaka@gruporadar.com.br
FOTOS E ILUSTRAÇÕES Dpositphotos | Divulgação
ASSINATURA E DISTRIBUIÇÃO redacao@gruporadar.com.br
COLABORARAM NESSA EDIÇÃO Amadeu Carlos Ferreira Daiane Lima Fernando Lummertz Malu Sevieri Paulo Octavio P. de Almeida Paulo Passo
FOTO DE CAPA Daniela Toviansky
UMA PUBLICAÇÃO DO GRUPO RADAR & TV Redação e administração: Radar Comunicação CH LTDA. A Radar Magazine não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados. Não é permitida a reprodução total ou parcial sem a prévia autorização. Tiragem: 5 mil exemplares | Data de publicação: 30/04/2020
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Parceiro de mídia
SUMÁRIO
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CAPA
PATRICIA ELLEN Conheça a bem sucedida carreia de executiva de Patricia Ellen, Secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo conduzir seus negócios para o futuro
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UM ANO (QUASE) SEM EVENTOS
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MATANDO AS SAUDADES
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EVENTOS EM TEMPOS DE PANDEMIA
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OPINIÃO FERNANDO LUMMERTZ PELO MUNDO DAS FEIRAS
MALU SEVIERI PASSO A PASSO PAULO PASSOS
ENTREVISTA
Rodolfo Andrade, diretor de desenvolvimento de novos negócios da GL events no Brasil, conta os planos para o novo Anhembi e para o Santos Convention Center
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ENTREVISTA
INVESTIR PARA CRESCER
Rodolfo Andrade, diretor de desenvolvimento de novos negócios da GL events Brasil, conta os planos para o novo Anhembi e para o Santos Convention Center
Foto: José Cordeiro
LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
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ENTREVISTA
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Pelos próximos 24 anos a GL será a responsável por gerir o recém-construído Santos Convention Center, no litoral paulista. Já na capital, a multinacional francesa será a responsável por modernizar e gerenciar o Anhembi pelos próximos 30 anos. No Brasil a GL também é responsável pela gestão do São Paulo Expo, Riocentro e Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, e do Centro de Convenções de Salvador. No caso do Anhembi e empresa possui planos ambiciosos, o de transformar o local em um “Complexo de Entretenimento” para eventos culturais e esportivos, festivais, feiras, conferências e congressos; e que seja capaz de fomentar o desenvolvimento da Zona Norte de São Paulo. Entre os planos, que ainda estão sendo discutidos junto a prefeitura da capital paulista, está a construção de uma Arena multiuso para 20 mil pessoas, assim como estúdios de gravação de shows, lives e eventos on-line ou híbridos. Além destas novidades a empresa terá que realizar um grande trabalho de reformas no pavilhão de exposições. A GL estima que será investido, pelo menos, cerca de R$ 1 bilhão nos próximos 5 anos A Radar Magazine conversou com Rodolfo Andrade, diretor de desenvolvimento de novos negócios da GL events no Brasil, para conhecer mais dos planos da multinacional para o Santos Convention e para o “novo Anhembi”. Quando as obras terão início? Como ficam os eventos que já estão agendados para acontecer? Quem será o diretor do equipamento? Estas foram algumas perguntas que, infelizmente, ainda não foram esclarecidas. No entanto Andrade adiantou alguns outros detalhes que você confere abaixo.
Nos últimos 17 meses a GL events Brasil somou três novos venues para seu portfólio no país. Como a empresa enxerga o mercado brasileiro neste setor? O mercado nacional enfrenta a sua pior crise, mas não só acreditamos na recuperação do setor como pretendemos seguir com a ampliação de nossa atuação no país. Por seu tamanho continental e potencial turístico, há várias possibilidades de negócios e o Brasil tem tudo para se consolidar como o principal hub de eventos da América Latina. Esta é, então, a visão que a companhia tem para o futuro aqui no país? Por ter essa visão e estarmos dispostos a apoiar o país a alcançar essa posição que estamos fazendo investimentos tão relevantes, dobrando a quantidade de venues administradas e nos posicionando como um dos principais players de eventos na região. O São Paulo Expo, em virtude das condições precárias do Anhembi, “roubou” uma série de feiras que eram realizadas naquele centro. Como será a coexistência dos dois venues? Com um plano de investimentos arrojado, vamos transformar o Anhembi no principal destino de congressos e convenções do Brasil e num dos principais clusters de entretenimento do mundo. Para isso, vamos investir em um centro de convenções moderno para 15 mil pessoas, a fim de suprir a carência do mercado local. Hoje, São Paulo não tem um centro de convenções de grande porte, o que impossibilita receber eventos interna-
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cionais, que acabam indo para outros países da América Latina (Ex: Peru / Cop20) e até mesmo o Rio de Janeiro (Ex:Rio+20). São Paulo deixa de movimentar cerca de R$ 4 bilhões por ano por não contar com um centro de convenções capaz de comportar os grandes congressos mundiais — científicos, políticos ou culturais — que atraem público entre 5.000 e 10.000 pessoas. Essa questão será resolvida com o novo Anhembi e São Paulo entrará na rota global de congressos e convenções. Também vamos construir uma arena multiuso para 20 mil pessoas ao lado do sambódromo. Esses dois serão os principais focos do novo Anhembi, enquanto o São Paulo Expo seguirá sendo o principal destino de feiras e eventos de negócios da América do Sul. Vocês citam que a ideia é criar um “Complexo de Entretenimento integrado a áreas residenciais e comerciais”. O modelo que será seguido é ,mais ou menos, o que vemos no Riocentro? O Riocentro é, sem dúvidas, um exemplo da nossa capacidade de modernizar e transformar tradicionais espaços de eventos em equipamentos multiuso, que suprem não só as necessidades do mercado de eventos, mas da cidade de uma forma geral. Assumimos um pavilhão de exposições antigo e fizemos dele um moderno complexo de eventos, com capacidade para receber eventos de todos os perfis e tamanhos. Hoje, além dos pavilhões, o Riocentro conta com o mais completo centro de convenções do país, estúdios para gravações de programas de TV, escritórios corporativos, pavilhão artístico e hotel. Tudo isso integrado a jardins e lagos que fazem dele um espaço único.
Ali ao lado, temos a Jeunesse Arena, uma verdadeira arena multiuso que quando assumimos havia a intenção de se fazer dela um espaço para esportes e shows, e hoje é um equipamento que ganhou várias outras facetas. Se integrou à vida cultural da cidade e também a de empresas, artistas e emissoras de TV, que a escolhem para realizar suas convenções, festas, gravações de shows e transmissão de lives. Além dos eventos de esportes digitais, que temos conseguido desenvolver com excelentes resultados. Vamos trazer toda essa expertise para fazer com que o novo Anhembi se torne um dos principais destinos de eventos do mundo, um verdadeiro cluster de entretenimento integrado a um grande e qualificado centro de convenções.
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ENTREVISTA
Onde ficará a nova Arena para 20 mil pessoas? Ela será ao lado do sambódromo para que possamos transformar o local no já mencionado cluster de entretenimento. A integração desses dois equipamentos é estratégica para aproveitar ao máximo o potencial do Anhembi e dar mais vida ao Sambódromo durante todo o ano. Com ela também poderemos realizar shows e grandes festivais utilizando todo o potencial dos espaços de forma integrada. Será um dos melhores equipamentos de entretenimento do mundo. Qual é a estimativa de investimento para o Anhembi? O que mais podemos esperar de novo? Será necessário investir pelo menos R$ 1 bilhão nos próximos 5 anos. Além dos equipamentos de eventos (Centro de Convenções e Arena Multiuso) já mencionados anteriormente, o projeto conta com o desenvolvimento de novos espaços onde haverá ofertas das mais variadas não só para os públicos dos eventos, mas para moradores da Zona Norte, como empreendimentos imobiliários e comerciais, entre outros. O hotel existente no local não faz parte da área da concessão. A cidade de São Paulo possui diversos centros de convenções e exposições. Existe demanda reprimida de eventos para manter a ocupação de tantos espaços? São Paulo é uma das poucas cidades do mundo que têm a magnitude necessária para abrigar tantos espaços para eventos e, principalmente, ter demanda para isso. A pujança econômica da cidade e toda a sua infraestrutura hoteleira, malha aérea e gastronomia fazem da capital paulista um destino único. Enquanto a maior parte das capitais brasileiras tem poucos metros quadrados de área de exposição e não consegue preencher a agenda, São Paulo tem 500 mil m² com calendário intenso o ano todo. Muitos eventos deixavam de acontecer na cidade por falta de data disponível. Era assim antes da pandemia e vai voltar a ser. O Grupo, através da GL Exhibitions, possui eventos proprietários. Devemos esperar mais eventos próprios agora conta com 3 venues no Estado de São Paulo? Estamos sempre estudando as oportunidades de mercado para desenvolver novos eventos. Além disso, temos marcas consolidadas que levamos para outras praças, onde estamos operando. Dois exemplos são o Mondial de La Bière, que começou no Rio e veio para São Paulo, e já estamos estudando levar para Salvador, e a Bienal do Livro, que voltará a ter sua edição baiana a partir de 2022.
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Quando terá início às obras do Anhembi? Por onde ela começará? Qual a expectativa para a conclusão de todo o projeto? Assim que tivermos um calendário fechado, o apresentaremos. O Anhembi já possui um calendário de eventos a serem realizados nos próximos 2 anos. Como ficam estes eventos? Assim que assumirmos a gestão do Anhembi, poderemos falar sobre a agenda de eventos. Até lá, a SPTuris segue responsável por esse calendário. Focando agora no Santos Convention Center. Como surgiu o interesse da GL events pelo destino Santos? Além de ser um destino já consolidado, a prefeitura de Santos planejou e construiu um dos melhores centro de convenções do país. O projeto foi fruto de uma parceria entre o Poder Público e o Grupo Mendes (proprietários do antigo Mendes Convention Center) para o desenvolvimento do futuro equipamento da cidade. Ter um espaço tão qualificado e versátil, com um projeto tão bem elaborado, foi o que nos fez ter a certeza de que valia a pena investir na cidade. Por estar junto ao Porto, o Santos Convention Center promete ser um hub de eventos de infraestrutura, logística, do setor marítimo e Offshore, além de corporativos e sociais, incluindo shows. A cidade entende a importância do setor de eventos e isso é um grande diferencial para o sucesso de qualquer equipamento como esse. Quais eventos devem compor o mix do espaço? Ele é um produto híbrido, com a possibilidade de executar uma feira, e também convenções, congressos, seminários e eventos sociais. É um equipamento completo. Em relação a feiras – até pelo tamanho do pavilhão – espera abrigar eventos de caráter mais regional? Temos vários projetos que são desenvolvidos em cidades do mundo inteiro. Analisamos o mercado e vemos o que levar para Santos. Além de uma empresa de gestão de eventos, também organizamos. Então, temos o atendimento ao cliente promotor de eventos, e também temos, dentro do grupo, uma promotora que desenvolve produtos próprios. Na área de Porto, por exemplo, há a Intermodal, um dos maiores eventos do setor portuário no país, que acontece no São Paulo Expo, mas podemos desenvolver eventos que sejam desdobramentos da Intermodal acontecendo no centro de convenções de Santos. E também procuramos preencher lacunas do nosso calendário comercial com eventos próprios ou organizados com RR parceiros locais.
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FEIRAS
Um ano (quase) sem eventos Uma retrospectiva das feiras de negócios que conseguiram acontecer em 2020 e início de 2021
LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
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m março deste ano o setor de feiras de negócios completou um ano de pandemia recheado de cancelamentos e adiamentos. Definitivamente não existe motivo para “comemorar” este aniversário, mas a data serve para relembrar o pouco – ou quase nada – que aconteceu no ano de 2020 neste setor. Antes da declaração da pandemia, as feiras de negócios aconteceram com sucesso no Brasil em seus três primeiros meses de 2020. O calendário foi aberto pela 47ª edição da Couromoda, de de 13 a 15 de janeiro. Ainda em janeiro, de 29 de janeiro a 1º de fevereiro, aconteceu o CIOSP, o maior congresso anual de Odontologia no mundo. Na sequência, entre 11 e 15 de fevereiro, o Expo Center Norte, foi palco da sexta edição da ABCasa Fair, sétima maior feira de artigos para casa e decoração do mundo e maior da América Latina. Entrando já no mês de março a Koelnmesse Brasil realizou a 2ª edição da ANUFOOD Brazil, que cresceu em 80% em número de expositores. De 09 a 11 de março, mais de 400 marcas expositoras estiveram reunidas. Com o novo coronavírus já assombrando a Ásia e parte da Europa, em 27 de fevereiro a organização da Expo Revestir enviou um comunicado que sim, a Expo Revestir aconteceria de 10 a 13 de março, no Transamerica Expo Center. E ela realmente aconteceu, com um público de 55 mil profissionais. E foi a última. Após um longo hiato, recheado de dúvidas e incertezas, as feiras de negócios voltaram a acontecer presencialmente no
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Brasil nos últimos meses do ano. O calendário foi reativado em São Paulo com a realização da “feira-teste” Expo Retomada, entre os dias 14 e 15 de outubro. A experiência da Expo Retomada ainda seria repetida outras duas vezes até o final do ano, primeiro em Salvador, em 11 de novembro, e em Goiás, no dia 16 de dezembro. Ainda em São Paulo a 41ª Home & Gift | 10ª Têxtil & Home abriu suas portas entre 17 e 20 de outubro. A feira foi realizada no Pro Magno Centro de Eventos seguindo todos os protocolos indicados. Outra feira do mesmo segmento foi iniciada pouco tempo depois, a ABCasa Pocket Show, que foi realizada de 19 a 22 de outubro. Ocupando uma área de 14 mil ² no Expo Center Norte, a feira contou com mais de 80 empresas de todos os segmentos atendidos pela ABCasa, inclusive Natal e Festas. De 4 a 7 de novembro o Centro de Eventos do Serra Park, em Gramado (RS), recebeu o FESTURIS Gramado, a primeira de uma série de feiras que aconteceriam ao longo do final de 2020 e início de 2021 na serra gaúcha. A 32ª edição da feira de turismo teve 130 estandes e mais de 1.500 marcas em exposição, distribuídas pelos 25 mil m² de área dos pavilhões. O Serra Park foi ainda, de 16 a 18 de novembro, palco da Feira de Calçados e Acessórios Zero Grau. O evento contou com 220 expositores dos polos brasileiros de calçados, somando cerca de 1000 marcas dos segmentos femininos, masculinos, infantis e esportivos, além de bolsas, cintos e demais acessórios. São Paulo também recebeu uma importante feira no mês de novembro. Entre os dias 19 e 24 de novembro o São Paulo Boat
Show recebeu aproximadamente 18 mil pessoas (até 1.990 pessoas simultaneamente) e movimentou R$ 155 milhões. Ao todo, foram comercializadas 215 embarcações e os negócios gerados na feira devem refletir pelos próximos três meses para os expositores e, consequentemente, para o segmento em geral. Em 2020 a Boat Show saiu do pavilhão e foi realizada pela primeira a céu aberto, na Raia da USP. O evento proporcionou aos visitantes diversas vivências na água, com mais de 1.000 pessoas experimentando atividades náuticas como caiaque, pedalinho, canoa havaiana e vela nas águas da universidade.
2021 O ano de 2021 começou com feiras de negócios em Gramado com a realização da edição 2021 da Fenin Fashion. O evento abriu suas portas no dia 26 e foi realizado até 29 de janeiro. Cerca de 100 expositores apresentaram suas novidades do segmento de roupas e acessórios. Além da Fenin Fashion o Brasil recebeu mais uma feira de negócios nesta mesma semana. A Goiâniacal, maior evento calçadista do estado de Goiás, também teve início no dia 26, no Centro de Convenções de Goiânia. A feira ficou aberta até o dia 30 e contou com a presença de 107 expositores que representaram mais de 400 marcas. O ano parecia promissor, mas o agravamento da pandemia no Brasil causou um novo terremoto no setor. Grandes – e principais feiras de negócios foram empurradas novamente para o segundo semestre de 2021 na expectativa de que possam ser realizadas. Enquanto espera-se um aumento no ritmo de vacinação para um retorno total das feiras e eventos, o setor mostra através das feiras já realizadas em 2020 – e início de 2021 – que é possível retomar os eventos de negócios com segurança. RR Radar Magazine | Abril/Maio 2021
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FEIRAS
Matando saudades
Enquanto as feiras não voltam no Brasil, empresas fazem negócios em mercados já reabertos LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
GULFOOD - Dubai
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nquanto as feiras comerciais não retornam no Brasil, as empresas nacionais estão aproveitando os eventos no exterior para recuperamrem seus negócios. Regiões como a Ásia e o Oriente Médio já reativaram suas atividades no setor, realizando feiras internacionais em diferentes setores. Logo no início de fevereiro a Magic Pop Up, primeira feira comercial de moda presencial dos Estados Unidos desde o início da pandemia, trouxe bons frutos para as companhias nacionais. A mostra ocorreu em Orlando, entre os dias 9 e 11 de fevereiro. No total, a participação verde-amarela, proporcionada pelo Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados mantido pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), gerou US$ 615 mil entre negócios realizados in loco. Um pouco depois, de 20 a 22 de fevereiro, o Estados Unidos recebeu novamente mais uma gama de empresas brasileiras na Atlanta Shoe Market. A feira gerou mais de US$ 1,1 milhão às marcas brasileiras, entre negócios efetivados e alinhavados durante o evento. As 5 marcas verde-amarelas calçadistas participantes comemoram a expectativa de comercialização de mais de 35 mil pares de calçados no evento. Ainda em fevereiro as empresas brasileiras voaram para a IDEX 2021 – International Defence Exhibition & Conference, maior feira militar do Oriente Médio. O evento, que aconteceu de 21 a 25 de fevereiro em Abu Dhabi reúnu os principais fabricantes de armamentos do mundo. As brasileiras CBC e a Taurus marcaram presença no evento e mostranram aos visitantes seus amplos portfólios de armas e munições, como a conceituada linha de armas TSeries, especialmente desenvolvida para atender o mercado militar e policial, munições de alta tecnologia para fuzis, metralhadoras e armas curtas, além de munições militares em médios calibres. “A IDEX foi uma ótima oportunidade para estreitarmos a relação com diversas delegações de outros países e realizarmos novos negócios, seguindo a estratégia de negócio que visa a abertura de novos mercados, principalmente na Ásia e na Áfri-
ca”, afirma Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus Ali perto, no Dubai World Trade Centre, foi realizada 21 a 25 de fevereiro a Gulfood, que também terminou com balanço positivo para as cerca de 50 empresas brasileiras que estiveram presentes. A feira, uma das maiores do setor de bebidas e alimentos do Oriente Médio, terminou com uma estimativa negócios realizados na feira pelas empresas nacionais de cerca de US$ 33,2 milhões, com perspectiva de alcançar US$ 236,7 milhões nos meses subsequentes. O resultado representa o que foi negociado pelas empresas que estiveram no evento no pavilhão organizado pela a APEX-Brasil (US$ 19,2 milhões no evento e US$ 103,2 milhões em 12 meses), pelas empresas que participaram junto à Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA – US$ 13,2 milhões no evento e US$ 129,5 milhões em 12 meses) e também com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC – US$ 850 mil no evento e US$ 4 milhões em 12 meses). “As empresas brasileiras saíram muito satisfeitas da feira. O fato de grandes players terem decidido não ir foi uma oportunidade enorme para diversificar mercados na região e prospectar compradores” avalia o presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia. Em março, no Japão, as empresas brasileiras participaram de outra importante feira de alimentação: Foodex Japan. O evento foi realizado de 9 a 12 de março em Tóquio e contou com a presença da Seara (carne de aves), Vinícola Garibaldi (espumantes), Petruz Fruit (açaí e sucos naturais), Santa Helena (doces e amendoins), e Garoto (chocolates) em estandes próprios. Além delas, a IMAI (sucos, chás, temperos, entre outros e principal importadora de produtos brasileiros no Japão) também esteve presente e representou várias outras empresas que não puderam estar no evento. “Apesar das restrições impostas pela pandemia e rígidas regras por parte do governo local e da organização do evento, conseguimos levar um grupo de empresas e marcar a presença brasileira neste importante evento do mercado asiático”, finaliza o Gerente de Agronegócio da Apex-Brasil, Marcio Rodrigues. RR
FOODEX - Japão
IDEX - Abu Dhabi
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FEIRAS
Eventos em tempos de pandemia Novas tecnologias estão surgindo para tornar os espaços de eventos em ambientes ainda mais seguros LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
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pandemia acelerou o uso e o desenvolvimento de tecnologias para tornar centros de convenções e espaços de eventos em ambientes ainda mais seguros para todos os participantes. O Palacio de Ferias y Congresos de Málaga (Fycma), por exemplo, firmou uma parceria com a Premo (multinacional de componentes eletrônicos) para promover eventos e feiras presenciais de maneiras seguras com o “Equipamentos de Proteção Individual – Sistema de Alerta à Distância”: EPI-DWS. O EPI-DWS é um projeto piloto que consiste na utilização de dispositivos eletrônicos de segurança passiva para alertar as pessoas sobre o distanciamento interpessoal em eventos presenciais. “A confiabilidade e a precisão extremamente altas do EPI-DWS evitam o contato arriscado, alertando os indivíduos antes que eles se aproximem demais”, explica o CEO da PREMO, Ezequiel Navarro. O projeto piloto será lançado no evento Transfiere 2021, que aconteceu nos dias 14 e 15 de abril. O princípio de funcionamento do sistema é simples e gradual. Um LED verde acende quando a distância é superior a dois metros e fica vermelho em distâncias menores. Ainda sobre manter o distanciamento, a VenuIQ, empresa britânica de soluções para eventos, trouxe para o mercado o SafeWatch, ferramenta que visa ajudar a garantir a segurança de conferências e eventos. O SafeWatch é composto por pulseiras individuais reutilizáveis que são totalmente integradas com uma solução de rastreamento Bluetooth. Ele permite que centros de convenções e organizadores de eventos apliquem medidas de distanciamento social, fator primordial nos tempos atuais. As pulseiras não só monitoram o número de participantes por espaço ou sala de seminário, mas também vibram para alertar os participantes se eles ficarem a 2 metros de outro indivíduo por mais do que alguns segundos. CES 2021 Gigantes do setor de tecnologia estão se adaptando e criando novas categorias de produtos para abraçar o “novo normal” dos eventos presenciais. Isso ficou evidente na última edição da CES 2021, uma das principais feiras de tecnologia do mundo.
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A Razer criou uma máscara facial reutilizável com um respirador de nível médico e microfone e amplificador embutido. Batizada de “Projeto Hazel”, a máscara, que ainda não está à venda, apresenta um design transparente que permite que as pessoas vejam o rosto do usuário, além de luzes dentro da máscara que podem ativadas automaticamente no escuro.
A Sony Music Entertainment e a Verizon se uniram para a criação de uma ‘realidade imersiva’ com a cantora e compositora Madison Beer em uma experiência de show virtual inovadora que promete reinventar a performance ao vivo nas plataformas digitais. Madison apresentou um medley exclusivo de canções de seu álbum como “um avatar virtual ultrarrealista” em um novo formato que está por vir, alimentado por inovações de ponta em tecnologia de criação 3D em tempo real. O Metropolitan Museum of Art e a Verizon lançaram o “The Met Unframed”, uma experiência de arte virtual imersiva, com tecnologia Verizon 5G Ultra Wideband. Possui mais de uma dúzia de galerias renderizadas digitalmente e quase 50 obras de arte de toda a vasta coleção do Met. Os visitantes online podem explorar as galerias digitais e jogar jogos que desbloqueiam versões de realidade aumentada de obras de arte que podem ser exibidas virtualmente em suas casas.
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A LG Electronics revelou oficialmente um robô autônomo que usará luz ultravioleta C (UV-C) 1 para desinfetar áreas de alto contato e alto tráfego. A LG planeja oferecer o robô a clientes de hospitalidade, varejo, corporativos e de educação. Denominado “SafeShutter”, o novo sistema opcional de webcam da Dell nas versões mais recentes de seus laptops Latitude (projetados para clientes empresariais), inclui um obturador automático que bloqueia fisicamente a câmera quando ela não está em uso. O obturador abrirá e fechará automaticamente quando a webcam estiver em uso, por exemplo, ao usar aplicativos de videoconferência.
O BioButton, da fabricante BioIntelliSense, usa sensores para monitorar continuamente a temperatura da pele, frequência respiratória, frequência cardíaca, nível de atividade e sono, coletando dados suficientes para ajudar a identificar se você tem sintomas de COVID-19. O American College of Cardiology vai oferecer o BioButton, que adere ao seu peito com um adesivo médico, como uma opção de triagem COVID-19 para seus membros que estarão presentes em seu congresso anual agendado para maio. RR
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Radar Magazine | Abril/Maio 2021
AS FEIRAS DE NEGÓCIOS MOVIMENTAM A ECONOMIA, ATRAEM VISITANTES, EXPOSITORES E MULTIPLICADORES DE TODO O MUNDO.
Confira o calendário das nossas próximas feiras e participe!
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DRUPA virtual 20-23 abril MEDICAL FAIR NOVA DELHI 19-21 agosto PROWINE HONG KONG 07-09 setembro MEDICAL FAIR THAILÂNDIA 08-10 setembro MEDICAL FAIR CHINA 09-11 setembro PROWINE SÃO PAULO 05-07 outubro REHACARE INTERNACIONAL Düsseldorf - 06-09 outubro VALVE WORLD EXPO Houston - 13-14 outubro A+A Düsseldorf - 26-29 outubro PROWINE SHANGAI 09-11 novembro MEDICA Düsseldorf - 15-18 novembro PROWEIN Düsseldorf - 27-19 março PAC PROCESS Mumbai - 09-11 dezembro MEDICAL FAIR MUMBAI 07-09 abril
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PROWINE SINGAPURA 10-13 maio MEDICAL FAIR ASIA Singapura - 31 agosto - 02 setembro GLASSTEC Düsseldorf - 20-23 setembro K Düsseldorf - 19-26 outubro VALVE WORLD EXPO Düsseldorf - 29 novembro - 01 dezembro EUROSHOP Düsseldorf - 26 fevereiro - 02 março INTERPACK Düsseldorf - 04-10 maio GIFA, METEC, THERMPROCESS & NEWCAST Düsseldorf 12 -16 junho
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BRANDED CONTENT
Setor de eventos é fundamental para retomada do crescimento no pós-pandemia
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indústria de eventos é extremamente necessária para retomada do crescimento econômico no pós-pandemia. O setor gerou mais de 2 milhões de empregos diretos e indiretos, movimentando cerca de R$ 314,2 bilhões de faturamento (4,5% do PIB) em 2019, segundo a Abrape. Esses números comprovam que as feiras de negócios são plataformas que promovem marcas e potencializam a atividade econômica de diversos setores. Entre os setores que se beneficiam das oportunidades de negócios das feiras, está a indústria da construção e mineração, fundamental para a economia do país. A construção foi o setor que mais gerou empregos no país nos dez meses de 2020, com 138.409 vagas. Já a mineração em 2020 teve alta de 36% do faturamento ante o ano anterior. Com isso em mente, a Messe Muenchen do Brasil, uma das maiores empresas de feiras de negócios do mundo, com 200 eventos em diversos países, busca fomentar, por meio de suas plataformas de negócios, os setores de máquinas e equipamentos para as indústrias da construção e mineração.
No Brasil desde 2017, realiza a M&T Expo, que movimenta mais de R$ 2,8 bilhões durante e pós-evento, o que reforça ainda mais a importância dessa plataforma para alavancar a realização de negócios, disseminação de conteúdo e conhecimento em inovação. Além de promover o networking entre profissionais que atuam na indústria da construção e mineração Para esse ano, a Messe Muenchen do Brasil apresenta a Smart.Con, evento híbrido e inédito para a indústria da construção no Brasil, com foco em tecnologia e inovação para setores de Engenharia, Infraestrutura, Real Estate e Rental. Com o objetivo de criar uma plataforma de disseminação de conhecimentos, novas tecnologias e inovação para os setores listados, apresentará, nos dias 6 e 7 de julho, um conteúdo altamente qualificado com os principais profissionais do mercado. A programação completa e as inscrições podem ser encontradas no site do evento. A Messe Muenchen do Brasil ratifica seu compromisso com o empresariado, promovendo eventos com muita dedicação e empenho, tendo como objetivo apoiar as empresas do setor e proporcionar experiências únicas a seus exposiRR tores e visitantes.
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QUEM É ELA?
Conheça a bem sucedida carreira de executiva da Secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo ROBERTA N YOSHIDA | roberta@gruporadar.com.br
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e você mora no Estado de São Paulo, dificilmente não conhecerá o nome Patrícia Ellen. Nas mais 100 (muito mais) coletivas já realizadas pelo governo desde o início da pandemia, a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo é presença constante e uma das principais interlocutoras quando o assunto é o Plano São Paulo - estratégia para retomar com segurança a economia do estado durante a pandemia. Assim como o resto do mundo, certamente Ellen não sabia o desafio que teria pela frente quando aceitou o desafio de integrar o time de secretários da gestão de João Doria no governo de São Paulo. Mulher jovem, mãe de gêmeas, gentil, de fala suave, mas, ao mesmo tempo, de atitudes firmes, Ellen tinha uma carreira bem-sucedida no mundo corporativo. Vinda de uma família humilde, estudou em Harvard e ocupou diversas posições de liderança. “Foi então que veio um baque existencial. Sou jovem, fiz meu pé de meia, batalhei muito. Mereço tudo que conquistei, mas a minha família continua na pindaíba”, conta. Foi fazendo contas e pensando como ajudar seus familiares que veio o pensamento, que a melhor forma de ajudar as pessoas que ama seria contribuindo através do serviço público. Então, em 2018, Ellen recebeu um telefonema do governador fazendo o convite para assumir a secretaria que ocupa atualmente, e que tinha tudo a ver sua trajetória profissional. “Ele disse que gostaria que essa secretaria fosse gerida por uma mulher de perfil técnico e que fizesse uma gestão profissional com completa autonomia”, explica. Mas a história está muito rápida, e uma trajetória que parte de Campo Limpo (SP), passa por uma posição de sócia da consultoria McKinsey & Company, e termina na sede do governo paulista, merece ser contada com mais detalhes.
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Fotos: Daniela Toviansky
Fredy Uehara - Uehara Fotografia
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A INFÂNCIA
Fotos: Arquivo pessoal
Patricia Ellen da Silva nasceu e cresceu na Vila das Belezas, Campo Limpo, extremo sul da capital paulista. De uma família simples, numerosa, e de muitos contrastes, característica que a acompanha até hoje. Seus pais, de origem muito humilde, deram uma criação muito diferente para Patrícia e suas três irmãs. O quarteto feminino aumentou para sete irmãos após o segundo casamento de seus pais. Do lado paterno eram 16 irmãos e materno 7 irmãos. As lembranças de sua infância e convivência em família são muitas, mas a principal referência que tem é de seus pais sempre muito batalhadores e trabalhadores. Sua mãe com uma característica empreendedora em tudo que fazia, e do pai sempre presente e ajudando nas tarefas de casa. Foi crescendo nesta família numerosa e sem distinção entre homens e mulheres que Ellen criou sua visão de mundo. Aos 15 anos começou a trabalhar como estoquista e, em seguida, fez alguns trabalhos temporários como promotora em época de Natal, bem como em feiras e congressos. E foi na área de evento que Patrícia cita o seu “primeiro choque de realidade” ao sentir uma distinção entre homens e mulheres. Dividindo seu tempo nas feiras como promotora, e às vezes garçonete, Ellen conta que teve a oportunidade de acompanhar os bastidores da operação e passou a admirar e entender a dificuldade das pessoas por trás do “show”. “Acompanhei as dificuldades, a falta de estrutura e a batalha real e diária principalmente da mão de obra, do pessoal "chão de fábrica", onde cada dia é um dia, sem nada fixo, contando com o ganho do hoje”, aponta. Foi em meio aos “bicos” que dividia o tempo entre trabalho e estudos.
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O INÍCIO Patricia iniciou sua formação em escola pública, indo para a particular após uma das professoras recomendar a sua mãe que ela procurasse uma bolsa de estudos em uma instituição particular. Após alguns anos ela estava na escola particular.. A mudança valeu a pena. Ellen passou em 3 vestibulares: FGV, Mackenzie e USP – sendo a última a qual cursou e se graduou em administração de empresas. Foi na FEA-USP que Patrícia conseguiu um intercâmbio de 6 meses para estudar na Espanha, e ao término uma nova oportunidade, desta vez de ir para a Inglaterra. Além de aprender dois novos idiomas, estas experiências no exterior ampliaram muito a visão de Ellen sobre a vida.
Após a conclusão do intercambio, já com inglês e espanhol fluente, Patrícia retorna ao Brasil e credita ao domínio de outros idiomas as oportunidades de emprego que surgiram. Sua colocação no mercado de trabalho foi quase que imediata, trabalhando como estagiária em um grande banco.
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DE ESTAGIÁRIA A SÓCIA Logo na sequência do estágio no banco veio o emprego na consultoria McKinsey & Company, onde também começou como estagiária em um departamento de pesquisa. Na McKinsey & Company aprendeu sobre a importância da rotina, organização de tempo e pode aprender muito ao se relacionar com pessoas do mundo para as pesquisas que desenvolvia e que começou a ter a visão de meritocracia, todos com as mesmas condições, partindo do mesmo nível. Sempre convivendo em um ambiente predominantemente masculino, conquistou seu espaço e foi responsável por uma iniciativa de gestão de qualidade de vida, onde monitorava o número de horas trabalhadas. Outro projeto foi o de inserção de mais mulheres na corporação e a criação de um modelo de flexibilidade, como opção para àqueles que queriam reduzir um pouco o ritmo de trabalho ou, no caso dela mesma, se dedicar à maternidade. Ficou McKinsey & Company durante 20 anos até chegar, com 32 anos, a posição sócia, o equivalente a CEO. Ainda na consultoria Patricia já tinha certa ligação com a área pública através de apoio a projetos como o lançamento de uma ONG que ensina inglês para jovens nas favelas, levando também profissionais bem-sucedidos para interagir com esses jovens e terem referências. Por sua atuação McKinsey & Company foi nomeada “Jovem Líder Global” pelo Fórum Econômico Mundial em 2016. “Foi um divisor de águas muito importante para mim, de po-
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der interagir com pessoas do mundo inteiro que buscam fazer a diferença no setor público e privado. Um pouco antes disso, em 2012, tirei um ano sabático para reflexão e fui fazer um mestrado em gestão pública em Harvard. Fui com a ideia de aprender e entender como contribuir mais com a gestão pública”, aponta. Neste período conviveu com gestores públicos do mundo inteiro conseguiu entender a importância do ambiente democrático, da oportunidade de usar a tecnologia para combater a desigualdade. “Esta vivência me ajudou muito a me conectar com o meu propósito de vida e entender que essa chance que apareceu de atuar no serviço público seria muito importante pra mim”, revela a secretária. Com forte aptidão para liderar e apetite para novos desafios, Patricia assumiu em 2017 a presidência da Optum no Brasil, empresa de tecnologia em saúde do grupo United Health, uma das maiores do mundo. Patricia analisa que estamos anos-luz no que se diz respeito a processo decisório de mulheres na liderança, sua principal causa hoje. “Diversidade na liderança precisa de uma decisão, uma decisão de quem está na liderança para dar espaço para quem vai entrar. Isso é muito complexo porque na estrutura corporativa, seja na esfera pública ou privada, ela é majoritariamente masculina, dominada por homens brancos e por velhos costumes”, afirma Ellen.
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A CARREIRA PÚBLICA Patrícia Ellen começou a conviver mais de perto com a política em 2016, quando foi uma das cofundadora do Agora, um movimento de renovação política que traz em uma “carta-manifesto” o compromisso de que, todos aqueles que entrarem para o movimento, devem dedicar ao menos 2 anos ao serviço público. No final de 2018 veio o convite do governador João Doria, com o qual ela já havia trabalhado como consultora na época em que Doria ocupou a prefeitura de São Paulo. Na secretaria Ellen encontrou espaço para colocar a dispor do serviço público todo o aprendizado que acumulou nestas décadas de atuação na esfera privada. Hoje com uma condição econômica confortável, a secretária não se coloca na posição de uma pessoa que precisa de um cargo público e destaca a quantidade de profissionais altamente qualificados e competentes na estrutura do governo. “Algumas pessoas acham ou julgam ser fácil estar na posição de secretária. Que é fácil falar de isolamento social quando o salário está garantido na conta! Os servidores públicos estão trabalhando, muitos deles correndo o risco de contaminação e devem ser remunerados sim”, completa Ellen. Atualmente o Governo do Estado de São Paulo tem um índice bastante interessante de participação feminina. São quatro secretarias ocupadas por mulheres. Já na secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, 72% dos cargos de gestão são ocupados por mulheres. “É preciso ter uma consciência coletiva muito grande, dar oportunidades para homens e mulheres, mas em posição igualdade”, indica. Em seu ponto de vista a pandemia escancarou a desigualdade no Brasil e a meritocracia só funciona quando há equidade, quando todos partem de um mesmo ponto e tem as mesmas condições. Para Ellen a mulher traz um equilíbrio muito saudável entre desempenho e humanidade, entre eficiência e gestão humana. RR
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ALTRUÍSMO
Em tempos de pandemia a polarização e politização são mais evidentes e “gritam” na comunicação. Em um trecho, das muitas palestras, da sábia Monja Coen, ela diz: “Vocês já pararam para pensar como as notícias são escolhidas para se espalharem mundialmente? Por que, as notícias boas não são escolhidas e propagadas na mesma proporção?”. Pois, bem! É importante que cada um faça sua própria reflexão e interpretação do que lê, ouve e vê diariamente. Chegamos a um ponto, onde a palavra ALTRUÍSMO é desconhecido por muitos, tanto pelo seu significado literal como na prática. “É preciso ter uma consciência coletiva muito grande, dar oportunidades para homens, mulheres, mais igualdade. Em seu ponto de vista a pandemia escancarou a desigualdade no Brasil e a meritocracia só funciona quando há equidade, quando todos partem de um mesmo ponto e tem as mesmas condições”, coloca Ellen. “Tenho me dedicado menos aos projetos devido a minha atuação na pasta, mas continuo envolvida e em alguns deles continuo dedicada, mas de uma outra forma antes de sair da consultoria um dos últimos trabalhos que eu fiz foi o plano nacional de internet das coisas. E foi uma boa base também para o livro e agora como secretaria tenho a agenda de ciência e tecnologia eu sou copresidente do conselho nacional de secretários de ciência e tecnologia, então essa pauta que eu desenhei lá atrás como política, e que agora estão chegando nos estados, implementando através do programa de cidades inteligentes. Lançamos também o IdeiaGov, programa de startup para soluções públicas. E isso me ajuda a ganhar um pouco de tempo, apesar de eu não ter tido experiência, na prática na gestão pública eu convivi muito como consultora e desenhei muitas das políticas, que hoje eu estou tendo a chance de implementar.”
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Desde o começo dos novos desafios, nosso foco foi em como nos manter conectando empresas e fomentando as indústrias que sempre estiveram ao nosso lado, em mais de 10 anos. Adaptamos
nossos
eventos,
redesenhamos
experiências e junto das indústrias fomos atrás de soluções inovadoras para que sua empresa continue
obtendo
resultados,
pois
somos
apaixonados pelo nosso negócios. Acreditamos que nosso negócio é fundamental na retomada da economia e não vamos nos render em mais esta batalha, pois vamos vencer.
Acredite, isso também vai passar. nuernbergmesse-brasil.com.br
ALÉM DOS NEGÓCIOS.
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Sensibilidade no atendimento pós-COVID-19?
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rotocolo de segurança. Esta tem sido a busca para a retomada dos setores paralisados pela pandemia de Covid-19. O setor de eventos tenta se reinventar para promover feiras, congressos e outros eventos corporativos, importantes para toda a economia nacional. Para auxiliar nessa retomada, a Cava Vigilância e Segurança, com 37 anos de experiência em turismo de negócios e eventos, investe em inovação e preparação de sua equipe para atender seus clientes nesse momento delicado. Com as restrições e exigências, eventos de grande aglomeração sofrerão enorme alteração na dinâmica da sua cadeia de fornecedores, o que reflete, consequentemente, no atendimento aos expositores e ao público. “Todos estão receosos, ninguém vai poder errar e para isso será necessário contar com empresas que possuam envergadura estrutural”, conta Flávio Carrera, diretor-geral da Cava Vigilância e Segurança. Dentre as novidades apresentadas pela empresa está um treinamento especial dos agentes segurança para, além de zelar pela ordem do evento, prestar um atendimento condizente com o momento que estamos vivendo no setor. “Estamos realizando um intenso treinamento em atendimento. O segurança é o primeiro a ser visto quando se chega em um evento e o único que fica estático em um determinado posto fazendo dele uma referência na informação, ou seja, é um momento que precisamos ir além do nosso job description e ser também um receptivo devidamente treinado e orientado em normas de segurança, filas, controles de acesso, manutenção na carga e descarga, entre outros. Nossa sensibilidade mostra que o momento é de prestar serviço e não vender serviço”, completou Carrera. Entre as inovações oferecidas pela Cava Vigilância e Segurança está a inserção de tecnologia tanto na alternativa de monitoramento no período em que o evento estiver fechado quanto controle das ocorrências no evento. “O promotor saberá de tudo o que ocorre em tempo real com um sistema de tecnologia que estamos implantando, algo inédito, uma vez que não há empresas de segurança em eventos que conte RR com esta inteligência”, conta Flávio.
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Feiras de
Resultados FEIRA DA INDÚSTRIA DA MINERAÇÃO
Feira Brasil de Vidros & Acessórios
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FFINEG Fe i ra d o s Fo r n e ce d o re s d a Indústria do Estado de Goiás
IV Feira Internacional para Lavanderias
FEIRA DE FRANQUIAS
Feiras do Grupo
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OPINIÃO
EVENTOS DE NEGÓCIOS: OS DANOS IRREPARÁVEIS QUE OS EVENTOS GRATUITOS IRÃO CAUSAR AO MERCADO FERNANDO LUMMERTZ fernando@expoguia.net.br
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o mundo dos negócios não existe almoço de graça. Alguém está pagando essa conta. Fim de papo. Estamos já completando um ano de pandemia e a proliferação de simulacros de eventos realizados em ambiente virtual permanece. E só permanece porquanto a imensa maioria tem sido 0800, ou seja, eventos gratuitos. Mundo afora, nós, do setor dos eventos presenciais, levamos muitos anos (décadas) de aprendizado para chegar aonde chegamos. Fomos aprimorando continuamente nossas ações para gerar cada vez mais e melhores resultados para os nossos players. A indústria digital que momentaneamente está “televisando” os eventos presenciais acha que está preparada para gerar esses resultados e adota números comparativos de ROI se apossando dos números dos eventos presenciais e criando uma expectativa de que essa solução não só contempla o momento atual de pandemia, como veio para ficar... A indústria digital está viciada em avaliar eficácia através de números de cliques... Porque é assim que ela desenhou seu modelo de negócio, porque é assim (no caso da realização de eventos de negócios) que ela fatura em cima da (falsa) impressão de que é uma alternativa barata... Quando as tradicionais organizadoras dos bons eventos de negócios estiverem quebradas (boa parte já está perto disso) aí a indústria digital terá margem para monetizar os eventos virtuais. Em outras palavras, os tradicionais promotores de eventos de negócios presenciais estão perdendo a batalha para a pandemia e para a indústria digital.
Esse papo de que o evento digital tem um alcance muito maior é conversa pra boi dormir... Quando se fala de eventos de negócios, estamos falando principalmente do VISITANTE QUE INTERESSA. Não estamos falando de números sem representatividade para o fechamento de negócios. Quantidade não é métrica verdadeira, especialmente com engajamento e resultados pífios... Tenho refletido muito sobre essa situação e começo a fortalecer minha opinião de que talvez não devêssemos estar realizando nossos eventos tradicionais de maneira digital. Quando muito poderíamos ter, nesse período, desenvolvido alguns novos eventos, inéditos, e coloca-los no ambiente virtual para que, antes de adotar a alternativa digital, pudéssemos ter uma avaliação real de alcance com engajamento e de resultados efetivos para os players. Insisto que, após 40 anos atuando nesse mercado e estudando o máximo que pude sobre a eficácia dos eventos de negócios como ferramenta para marketing e para vendas, o máximo que consigo enxergar de eficiência para as plataformas digitais é o seu funcionamento pós evento como ferramenta de extensão da vida útil dos eventos presenciais, com os quais jamais conseguiriam concorrer não fora essa p*##@ dessa pandemia. RR Pronto falei.
Fernando Lummertz é fundador da Rede Feiras, conferencista e consultor especializado em planejamento estratégico para feiras de negócios.
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INTERAJA COM UM PÚBLICO QUALIFICADO O PORTAL RADAR é a mais eficiente plataforma de comunicação direcionada ao mercado de M.I.C.E. (MEETING, INCENTIVES, CONVENTIONS AND EXHIBITIONS) e reúne na internet o maior conteúdo sobre turismo de negócios, feiras e eventos do Brasil
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MALU PELO MUNDO DAS FEIRAS
VACINAÇÃO EM MASSA É CHAVE PARA A RETOMADA. MAS QUANDO A TEREMOS? MALU SEVIERI contato@emmebrasil.com.br
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Brasil segue com a vacinação contra Covid-19 a passos lentos. Para o fechamento deste texto, verifiquei o balanço do consórcio de veículos de imprensa do dia 18 de março, que indicava que 10.984.488 de pessoas haviam tomado a primeira dose, ou seja, somente 5,19% da população brasileira. Cenário mais alarmante se notarmos quem tomou a segunda dose: 4.027.123 pessoas (1,90% da população do país). É indiscutível e com a confirmação dos maiores especialistas mundiais: até o momento não existem medicamentos antivirais e anti-inflamatórios para prevenção e tratamento precoce da Covid-19. Essa doença, enquanto uma virose aguda, só tem uma solução, que é a vacina. Ainda em 2020, vislumbramos um novo ano com uma pandemia controlada, números de óbitos reduzidos e uma retomada gradual das atividades que mantém a sociedade. Mas estamos a viver exatamente o contrário. As infecções persistem, diariamente são batidos recordes de mortes e muito me parece estarmos sem perspectivas de quando poderemos sair dessa. Nos Estados Unidos, desde que Joe Biden assumiu a presidência, em 20 de janeiro, a taxa de vacinação passou de pouco menos de um milhão de doses diárias, em média, para 2,4 milhões. Os norte-americanos começaram a vacinar sua população em 14 de dezembro e Biden estabeleceu como objetivo inicial aplicar 100 milhões de doses nos cem primeiros dias de seu mandato, ou seja, em 30 de abril. 38
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Na América Latina, nossos vizinhos chilenos vão na contramão das campanhas lentas ou interrompidas, a exemplo da nossa. O Chile se tornou um modelo a ser seguido. Com uma campanha iniciada em 24 de dezembro, já foram aplicadas, pelo menos uma dose, em 28% de seus quase 19 milhões de habitantes, e a meta é chegar a 80% até junho. É claro que o Brasil tem um grau de dificuldade mais atenuado em função de suas dimensões continentais. Mas é preciso esforços incansáveis para que o maior desafio da história moderna seja superado. Voltando a falar dos Estados Unidos, mês passado eles decidiram iniciar a última etapa de retomada econômica após quase um ano de pandemia do novo coronavírus. As arenas de Nova York reabriram para eventos; Las Vegas, anunciou que alguns clubs e pools, após tanto tempo fechados, reabririam agora em março com capacidade reduzida. No Brasil, nem entretenimento, nem negócios. Os eventos foram relegados e silenciados. Desde o início da pandemia, somos um dos setores econômicos mais afetados, sem qualquer tipo de abertura e compreensão. Há mais de 60 anos aqui no Brasil, feiras de negócios se firmaram como principal canal de relacionamento, prospecção de oportunidades de negócios e vendas de curto, médio e longo prazo para a grande maioria das atividades comerciais no país. Geramos receita, fazemos a economia circular e promovemos o
turismo de negócios que, consequência da falta de organização de eventos, também sofreu forte impacto. Sofremos, há mais de um ano, com o total descaso por parte dos governantes, que não enxergam a importância dos eventos de negócio, seu peso na economia e seu papel social como um segmento propulsor de 12 milhões de vagas de trabalho. Não só isso, contribuímos para a redução das taxas assustadoras de desemprego, movimentamos a economia como um todo, somos fundamentais para o turismo de negócios, e consequentemente, um dos maiores divulgadores do turismo integralmente, em um país cujo setor responde por 8,1% do PIB nacional. Fomos reduzidos a realização de eventos online, porém em mais de 365 dias incessantes não tem audiência que resista há algumas horas de zoom, nem mesmo no entretenimento. A vacinação em massa é a chave para a retomada e para o nosso suspiro aliviado que há tanto sonhamos. Ela é fundamental para a retomada e recuperação econômica. Somente ela vai determinar a nossa imunidade e agilidade na volta das atividades. Seguimos fazendo que sabemos de melhor: planejamento. Aguardamos o sinal verde para nosso retorno, com protocolos de segurança rígidos e com total zelo pela saúde de todos os envolvidos. Nenhuma novidade, afinal sempre o fizemos. Como sempre digo, precisamos de agilidade, celeridade e confiança. Precisamos de urgência, regulamentação. Temos necessidade RR de trabalhar.
Malu Sevieri é CEO da Emme Brasil, representante da Messe Düsseldorf, e diretora da Medical Fair Brasil.
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PASSO A PASSO
FRANKENSTEIN OU FRANKENVIRUSTEIN? PAULO PASSOS paulopassosfilho@iclod.com
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migo leitor, depois de um ano escrevendo e falando da pandemia em nosso setor, bem como dos protocolos, da importância dos eventos e dos efeitos da paralização em nossa indústria, tomo a liberdade de falar de outro assunto. Todos conhecem o famoso Prometeu Moderno, mais conhecido simplesmente por Frankenstein. Romance de terror gótico, de autoria de Mary Shelley. Assim como Drácula - de Bram Stoker -, a obra de Frankenstein é considerada um dos maiores clássicos do gênero. Seja na literatura ou no cinema, a história foi contada e recontada inúmeras vezes com diversas variações, tendo sempre, como ponto principal, a perseguição pelos aldeões ao “monstro”. O que poucos sabem é que a história real, que inspirou a escritora, é muito diferente do narrada nessa obra prima. Os personagens, quase todos, existiram, porém os acontecimentos foram outros. E verdade seja dita: se a escritora tivesse relatado o que realmente aconteceu, não existiria história e a humanidade estaria órfã desta magnífica obra de ficção. Como sei a verdade? Há cerca de trinta anos recebi de um grande amigo de meu pai um pergaminho, onde a verdadeira história, os bastidores do que realmente aconteceu, estava descrito. O que sei é que este pergaminho se perdeu por décadas, até
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ser encontrado nos porões do Palácio da Alvorada em 1961, durante a crise gerada pela renúncia de Jânio Quadros. O fato é que, a pedido deste amigo e atendendo solicitações (algumas delas com um certo tom de ameaças) da NASA, do Hare Krishna, e da editora da obra, sou forçado a interromper o caminho que o manuscrito fez antes de chegar às minhas mãos. Pois então, a verdade! O Dr Victor Frankenstein de fato existiu, bem como a vila, os aldeões e óbvio, a maior criação do cientista: o “monstro. Só que na realidade tinha o nome de FrankenVirustein. Acredito que a autora alterou o nome, bem como os fatos, para protegê-los ou com medo de processo. Sim, já existiam advogados naquela época. Já a vila era composta por líderes a aldeões que, apesar das dificuldades da época, viviam suas vidas sem grandes turbulências. Ela crescia e notava-se a carência de meios de comunicação entre os moradores. O sino da Igreja, um dos primeiros veículos de comunicação da era moderna, já não alcançava os locais mais remotos da vila, e os jovens não entendiam a sutileza nas alterações do badalar do sino. Desta forma o pombo correio era utilizado largamente pela sociedade do vilarejo como ferramenta de divulgação de notícias e, por que não, forma de aproximação entre os aldeões.
Uma verdadeira rede de relacionamentos que só fica a dever Os moradores, divididos, já não sabiam o que fazer. Já para o nosso whatsapp pela tecnologia existente. FrankenVirustein, alheio à confusão que se instalou na vila, A vida transcorria com tranquilidade, até que em um mês de apreciava sua “nova” vida. março aconteceu o primeiro conVoltando ao vilarejo, dois grupos gestionamento de pombos regisiniciaram sua caminhada ao tetrado até então. nebroso castelo. Cada um por seu Notícias de todos os lados falacaminho. Cada um com sua estravam da criação do FrankenVirustégia de combate. tein. Já na trilha, algo inesperado A aldeia em polvorosa e, a cada aconteceu: cada grupo foi dividido pombo, uma notícia. Uns afirmaem outros dois grupos, pois havia, vam que o tal monstro tinha quatambém, divergências entre eles tro cabeças, outros que tinha duas em relação ao que fazer. e outros ainda, que não tinha caPara piorar, o clima se deteriorou beça. O fato é que, de um dia para pelo atraso da entrega de tochas o outro, dezenas de camponeses se e foices. Parece que a madeira, transformaram em druidas (o cienmatéria prima para fabricação de tista/ médico / biólogo da época) e tochas, vinha de outra região. Acu“especialistas” em monstros. sações de ambos os lados e, até Na praça principal, líderes se remesmo, entre os próprios grupos, vezavam em discursos inflamados dividiam ainda mais os aldeões. e teses opostas de como acabar Conta-se que o que eram dois com o monstro. Amizades desfeitas grupos iniciais, ao final transfore famílias brigando. Palavras de ormou-se em mais de oito. Cada um dem e até poções milagrosas para com sua ideia, fato, verdade e escombater o monstro eram venditratégia de como e o que fazer. das por mercadores. O resultado foi que três destes A aldeia apavorada e sem saber o Este texto é uma obra de ficção, qualquer grupos se perderam no caminho que fazer. Todos preocupados, mas semelhança com nomes, pessoas, grupos de entre a vila e o castelo. Outros com ideias diferentes de que camiwhatsApp, falta de vacina, pandemia, new três desistiram e voltaram para a nho tomar. especialistas, fatos ou situações políticas da aldeia, pois acreditavam que suas As festas e comemorações, orvida real, terá sido mera coincidência energias seriam, talvez, mais bem ganizadas anualmente no vilarejo, utilizadas, divulgando informações foram canceladas. Prejuízos incalculápelos pombos correios. Dos dois gruveis para a população e, em especial, para os diretamente ligapos restantes, apenas um conseguiu chegar, mas, pequeno que dos a elas. era, não assustou nem o cachorro pinscher que pertencia ao Dr. Grupos foram criados para acabar com FrankenVirustein. ArFrankenstein. mados com foices e tochas moradores do vilarejo disparavam O final da história, como podem constatar, é completamensistematicamente seus pombos correios conclamando seus vite diferente da ficção criada pela autora. Por fim, reza a lenda zinhos para o combate a fim de acabar com o monstro. que FrankenVirustein mudou-se, meses depois, para outra vila. Foi aí que o problema se agravou. Grupos diferentes, com ideias Achou, que a vizinhança não batia muito bem da cabeça. FaltaRR diferentes. Soluções antagônicas de como combater a tal fera. va talvez aos aldeões, cérebro! Palestrante e consultor, Paulo Passos é diretor executivo da ABRACE, coordenador do comitê ABNT 142 - Comissão de Estudos Especiais de Gestão de Eventos - 2019/2020
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EVENTOS
“Não queremos que o mercado diminua” Grupo R1 desenvolve solução estratégica para ajudar a retomada do setor de feiras de negócios no Brasil LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
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mercado mundial de feiras de negócios e eventos passa por um momento de grandes transformações. Não se discute mais se as feiras e eventos serão híbridos, essa já é uma realidade do mercado – seja em solo nacional ou internacional. Quem não se adaptar a este novo momento dificilmente conseguirá manter sua relevância ou, até mesmo, sobreviver. “Na minha visão, mesmo nesse momento em que as feiras presenciais não são possíveis de serem realizadas, é muito importante que os eventos mantenham os ecossistemas aquecidos entregando conteúdo e oportunidades para seus expositores, visitantes e patrocinadores”, afirma Marcelo Chanoft, Diretor da TES – empresa do Grupo R1. O executivo acredita que o ano de 2021 ainda será difícil para as feiras presenciais. “Os organizadores que não conseguiram realizar suas feiras em 2020, e pelo que estamos vendo também dificilmente conseguirão realizá-los em 2021, correm o risco de verem seus eventos desaparecerem, pois invariavelmente os expositores e visitantes vão encontrar outros caminhos para fazerem negócios”, completa. O Grupo R1 conseguiu enxergar este horizonte de mudanças logo no início da pandemia e rapidamente se adaptou e passou a trabalhar para desenvolver soluções para o novo momento, focando energia nas suas unidades de tecnologia e digital, entendendo que tudo que fosse desenvolvido deveria já estar preparado para o retorno do presencial, que no ponto de vista da empresa será híbrido. “O presencial vai voltar com força total e é isso que queremos, mas o digital vai estar junto, potencializado o presencial se bem utilizado. E para isso temos diversas ferramentas e soluções a disposição dos promotores. Muitas delas, inclusive, já estão preparadas para continuarem a ajudar os promotores mesmo após o retorno das feiras presenciais”, diz Chanoft. Com isso a empresa se especializou nos digitais e montou
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estúdios em diversos hotéis parceiros. “Escolhemos montar os estúdios nos hotéis ao invés de montar na nossa sede pois entendemos que estar nos hotéis, além de oferecer mais conforto e segurança para os clientes, também prestigia os empreendimentos que estão sofrendo juntos com toda a cadeia”, comenta Raffaele Cecere, presidente do Grupo R1. Ainda no final de 2020 a empresa começou também a olhar com atenção para um mercado em não tão tradicional em suas operações, mas que mesmo assim é marcado por importantes cases de sucesso e clientes fiéis: o de médias, pequenas e micro feiras. Da observação veio a percepção que os organizadores desses tipos de eventos precisavam de ajuda para criar soluções digitais que trouxessem resultados para seus eventos. Nasceu então o “OST 5.0” uma nova plataforma de negócios para feiras de médio, pequeno e micro porte. “Chamamos de plataforma, mas é na verdade uma ferramenta estratégica que ajuda os promotores a gerar novas receitas, reduzir custos, ajuda os expositores a atingirem maiores ROIs de suas participações e cria um ambiente de engajamento para os visitantes estarem sempre presentes” explica Marcelo Chanoft. O executivo ressalta que o OST 5.0 foi criado para os eventos presenciais, mas estão prontos para serem utilizadas neste momento 100% digital, ajudando a manter a relevância e o ecossistema do evento. “Nós não queremos que o mercado diminua, não queremos que eventos desapareçam. Temos todas as soluções para os organizadores que queiram utilizar ferramentas poderosas, sem um custo impeditivo e com equipes prontas para auxiliá-los a obterem melhores resultados”, afirma Chanoft. Esta é apenas uma das novidades do Grupo R1 para 2021, que oferece um portfólio com diversas soluções para o vasto mercado de eventos. Para congressos e seminários a R1 conta com toda a linha de
soluções digitais (100% on line e híbridos). Estúdios Chroma, Chroma 360 (novidade), estúdios LED, estúdios cenográficos e house virtual para fazer a gestão dos eventos sem estúdio. “Além disso temos a nossa própria plataforma de eventos onde os clientes conseguem criar um ambiente para os participantes se sentirem mais motivados a engajarem nos eventos. Ela comporta qualquer formato e quantidade de participantes”, conta. A convenção de 100 anos da Nestlé, que virou um case para o mercado, foi apenas um dos mais de 800 eventos que contaram com a participação do Grupo R1 em 2020 e início de 2021. “Precisamos olhar o que podemos criar e entregar para o mercado nesse momento e no futuro. O presencial vai voltar, mas não como eram antes. Eles serão muito melhores do que antes, com resultados maiores para os clientes, que no fundo é para o que trabalhamos. Acredito que 2021 é o ano das pessoas e empresas que vão criar o novo mercado de eventos e feiras no RR Brasil e no mundo”, finaliza Marcelo Chanoft.
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B.L.O.G.P.O
FEIRAS TÊM FUTURO?: O QUE APRENDEMOS COM O SETOR DE EVENTOS NO AGRONEGÓCIO! PAULO OCTAVIO PEREIRA DE ALMEIDA poctavio@livemarketingconsultoria.com.br
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mercado de eventos presenciais foi um dos grandes perdedores desta situação complexa. O medo das aglomerações só será completamente sanado com a ampla vacinação das pessoas. Todo o calendário do 1º semestre de 2021 foi seriamente afetado. É o 3º semestre seguido nesta terrível situação de insegurança sanitária. Mas vamos sobreviver... Os eventos focados no agronegócio são uma excelente ótica para analisarmos esta situação. As feiras agrícolas foram todas basicamente canceladas ou adiadas pelo 2º ano consecutivo. Mas não por isso o setor deixou de crescer frente ao marasmo da nossa economia. Essa notícia é boa ou ruim? Precisamos avaliar e existem duas perspectivas. A boa é que a relevância do presencial ficou ainda mais evidente, pois o setor de feiras agrícolas não conseguiu (ou não quis ) “pivotar” para os eventos virtuais. Conteúdo virtual focado no Agribusiness nunca foi tão desenvolvido e ampliado. Mas o “ritual” de uma feira presencial neste setor está mantido e preservado. As audiências destes eventos são extremamente dispersas e os fornecedores têm altos custos para visitar todas as regiões agrícolas e contatar todas as cooperativas. Desta forma, os eventos presenciais são mais do que oportunidades de gerar bom conteúdo para as audiências rurais. São oportunidades de networking e novos negócios que só ocorrem majoritariamente presencialmente.
A visão negativa em relação a isso é exatamente esta perda de oportunidade de aumentarem as audiências através de canais digitais ao cancelarem os eventos. Não é uma questão de se fazer uma OU outra. É uma questão de as marcas das feiras/ eventos regionais serem verdadeiros “marcos” ou “referências” nas respectivas comunidades/audiências. Os organizadores de eventos continuarem a se achar somente “organizadores de eventos” é que eu acho ruim. Em um setor tão dinâmico, as mentalidades de todos precisam evoluir. OK, os eventos presenciais acontecem principalmente neste setor na época da colheita/safra. Não dá para alterar o calendário da natureza, não é mesmo? Mas os empresários que tocam o agronegócio aqui no Brasil (palmas para todos eles!) estão só interessados em comprar máquinas novas neste período? Só querem conhecer novos produtos nesta época do ano? São questões como essas que nos colocam na posição de questionarmos a postura única de organizadores de eventos e não líderes de comunidades do agronegócio. Pode parecer semântica, mas não é! Deveria ser um dos grandes aprendizados de todos nós com esta pandemia. Portanto, pense nesta evolução de mentalidade. Sermos organizadores de eventos somente. Será difícil, mas realizável para quem tiver cabeça e resiliência. Mas afinal, o LIVE MARKETING não é para os fracos!
RR
Paulo Octavio Pereira de Almeida, PO (como é conhecido), um dos principais executivos do setor no Brasil, é formado em Admnistração e trabalha há mais de 25 anos na área de marketing.
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Renegociação de passivos c a p ta ç ã o d e r e c u r s o s fusões e aquisições B l i n d a g e m pat r i m o n i a l
somos parceiros de fundos de investimento nacionais e internacionais (França, Portugal e EUA), que se dedicam a comprar participações em empresas em dificuldade e reestruturá-las.
w w w. e l e s s e e m p r e s a r i a l .c o m . b r
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BRANDED CONTENT
Novos tempos, novos formatos A
necessidade de transformações estruturais nas empresas que atuam na organização e promoção de feiras e eventos B2B ou B2C ganhou ainda mais relevância com a pandemia do Covid-19. São mudanças que exigem um novo olhar nos modelos de negócios existentes e, principalmente, na comunicação com os públicos de interesse. Com os diversos canais físicos e digitais disponíveis, temos condições de atuar como um grande “hub” de soluções e oportunidades de negócios nos mercados onde atuamos, por meio dos eventos presenciais e virtuais e da geração de dados analíticos que permitem medir a audiência, criar novos produtos e serviços. Assim, a realocação de parte dos investimentos em ações que resultem na conversão efetiva de novos clientes deve estar no planejamento dos gestores que atuam no setor. Na prática, temos que entender a jornada do cliente e nos mantermos conectados a ele 365 dias do ano! Temos visto alguns movimentos no Brasil e em outros países que estão em sinergia com esta realidade, com o crescimento de iniciativas digitais, como era esperado. No entanto, o desafio continua sendo gerar experiência e resultados na interação entre o cliente-comprador e o fornecedor ou fabricante, como acontece dentro dos espaços físicos. O mercado de feiras e eventos está em contínua transformação. Não se trata somente de ampliar as iniciativas digitais, mas também de uma nova adaptação dos eventos físicos, cada vez mais “nichados” e focados em públicos específicos, que oportunizem resultados para os participantes. "Não tenho dúvidas de que as feiras e eventos continuarão sendo um importante indutor de desenvolvimento econômico de um país, não só porque contribuem para o desenvolvimento de diversos setores econômicos como um mercado real, mas também porque estimulam os negócios entre compradores e vendedores, potencializam relacionamentos e, sobretudo, geram valor econômico e social para as indústrias e os segmentos que delas participam", conclui Maurício Duval Macedo - diretor geral RR da Cipa Fiera Milano.
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GIRO DO PORTAL
Fotos: Divulgação
redacao@gruporadar.com.br
MILENA PALUMBO É A NOVA CEO DA GL EVENTS BRASIL Um dos principais players do mercado de eventos do mundo, a multinacional francesa GL events acaba de alçar ao cargo de CEO a primeira mulher em seus mais de 40 anos de atuação global. Milena Palumbo, que está na companhia desde 2007, substitui Damien Timperio, que volta para a França para conduzir todos os processos de transformação organizacional e tecnológica da companhia no mundo, e se torna CEO América Latina.
PERSE PROGRAMA EMERGENCIAL DE RETOMADA DO SETOR DE EVENTOS O projeto de lei 5838/2000, Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos – PERSE, foi aprovado pelo Senado no final de março e agora aguarda sanção do Presidente da República, Jair Bolsonaro. O PERSE prevê o parcelamento de débitos de empresas do setor de eventos com o Fisco federal, entre outras medidas para compensar a perda de receita em razão da pandemia de Covid-19.
DE VOLTA AOS NEGÓCIOS De 22 a 24 de março o Miami Beach Convention Center foi palco da Jewelers International Showcase (JIS), um dos primeiros eventos comerciais presenciais do ano em Miami (EUA). A feira também marcou a volta da Reed Exhibitions US aos pavilhões, um retorno que teve como prioridade a saúde e a segurança de todos os envolvidos.
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SEM SALÃO DO AUTOMÓVEL EM 2021 AReedExhibitionsconfirmouqueoSalãodoAutomóvelnãoserárealizadoem2021.Vale relembrar que em 2020 o Salão não foi cancelado em razão da COVID-19. Em 6 de março, data do anúncio oficial do adiamento, a pandemia ainda não havia sido deflagrada. O cancelamento da edição 2020 ocorreu após uma série de desistências de montadoras ao longo dos últimos meses. A notícia já era esperada dado o cenário atual da pandemia e a magnitude do Salão do Automóvel. Em 2018, último ano de sua realização, 742 mil pessoas passaram pelo São Paulo Expo durante os 11 dias de mostra.
GL EVENTS SERÁ ÚNICA MONTADORA DA ABAV EXPO 2021 ABAV Expo 2021, agendada para 29 de setembro para 1º de outubro, será ancorada em protocolos sanitários que garantam a segurança necessária aos participantes, em todos os níveis e fases da organização. Os cuidados começam com a escolha da GL events como montadora única para atendimento dos expositores como forma de padronizar a aplicação desses protocolos.
NOVIDADE EM 2021 A Francal Feiras trará uma novidade para o mercado de feiras de negócios do Brasil em 2021. Junto com a Seafood Brasil, a promotora apresenta a Seafood Show Latin America. Marcado para os dias 26, 27 e 28 de outubro no Pro Magno Centro de Eventos, o evento quer se consolidar como a principal feira do mercado de pescado no Brasil e em toda a América Latina.
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ROBS SEM FILTRO
Ah! Como é bom ter acesso à tecnologia, informação e notícias do mundo todo! Será mesmo? Recentemente assisti a um filme, Relatos do Mundo, sobre um ex-capitão que viaja pelos Estados Unidos relatando fatos logo após a Guerra Civil, em 1865. Ele mesmo escolhia o que seria lido e noticiado em cada cidade onde parava. Isso me fez para e refletir por algum tempo e fazer uma relação com os dias atuais. Me questionei sobre quem escolhe as notícias que se espalham pelo mundo? A quem interessam? Por que algumas têm mais destaques que outras? Não consegui chegar a nenhuma resposta convincente… então, trago essa imagem para provocar essa reflexão em você também.
RR
Perguntadora sem filtro e escritora ácida. Assina o blog ROBS SEM FILTRO do Portal Radar. roberta@portalradar.com.br @robs_semfiltro
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Estreia em maio no YouTube @programaradartv