Revista Rotary Brasil - Março de 2021

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Bolsas Rotary pela Paz

Por dentro do processo de seleção Um rotariano com experiência no programa e uma ex-bolsista contam quais diferenciais os candidatos devem ter Aurea Santos*

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s inscrições para as Bolsas Rotary pela Paz 2022-23 estão abertas e vão até 15 de maio. Para concorrer, e ganhar a sua, no entanto, é preciso muito mais do que apenas entregar a documentação no prazo correto. É necessário ter o perfil certo para desenvolver uma carreira na promoção da paz e desenvolvimento no mundo. Para saber se você possui esse perfil, conversamos com quem ajuda a preparar os candidatos e também com quem já foi selecionado. O governador 2002-03 do distrito 4530, Francisco Schlabitz, atua na preparação e indicação de candidatos às Bolsas Rotary pela Paz desde 2003. Dos cerca de 40 candidatos que ele já ajudou a indicar, nove foram contemplados com a bolsa. Atualmente, o rotariano ocupa o cargo de presidente da Subcomissão Distrital de Bolsas Rotary pela Paz. Schlabitz conta que começa a trabalhar com o candidato logo após receber o contato dele. E é o candidato, e não o distrito, quem decide se a candidatura será enviada ou não para avaliação da Fundação Rotária. “No primeiro momento em que a gente fica sabendo do interesse, seja por e-mail, seja porque o interessado já fez sua inscrição prévia, o que nós fazemos é uma conversa, presencial ou por vídeo, que dura em torno de uma hora, uma hora e meia. Procuramos explicar como é a candidatura, como funciona esse processo, para que o candidato possa tomar a decisão de forma efetiva”, explica o rotariano. E o que o Rotary busca em um candidato para que ele possa ser selecionado? “Uma coisa importante é

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a vida pregressa de cada um deles no que se refere à experiência no exterior ajudando pessoas”, destaca Schlabitz. “Você precisa ter vivência, conhecer pessoas, sentir o que acontece na realidade das comunidades mais sofridas, sejam elas de qualquer natureza. Seja em uma região, em um país ou em vários países. Tem que ter vivência, tem que ter vida, essa é a diferença”, aponta. Bolsas concorridas No passado, candidatos recém-formados e sem experiência de trabalhos comunitários no exterior já foram contemplados. Hoje, porém, com a maior concorrência pelas bolsas, é preciso se destacar muito para ter chances reais de seleção. Ações pontuais, como a participação em eventos beneficentes de igrejas, por exemplo, podem não ser o suficiente. “Não digo que o Rotary vá eliminar, mas que as chances de ele ser um candidato adequado para aquilo que buscamos são pequenas”, explica Schlabitz. “Então, procuro fazer com que ele reflita e se compare a outras pessoas, como, por exemplo, quem viveu e trabalhou por alguns meses na África, ajudando crianças, famílias pobres, pessoas da periferia nas cidades, em questões de saúde ou criminalidade.” O rotariano dá outras dicas importantes para que os candidatos tenham mais chances de conseguir a bolsa. Uma delas é olhar para centros menos disputados do que o localizado nos Estados Unidos. Os centros da International Christian University, no Japão, e da University of Queensland, na Austrália, costumam receber um menor número de candidaturas.


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