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Qual a nota você daria para a sua dor?
A dor é a causa mais prevalente de atendimento médico no mundo. Cerca de 1/3 dos pacientes que procuram os consultórios referem este sintoma como única queixa. Ela funciona como o principal alerta para situações que podem trazer riscos ao nosso corpo e nos ajuda a preservar a segurança física e mental. Este tipo de dor é classificado como aguda, sua duração é curta e sua causa é bem definida. Porém, quando a dor persiste por mais tempo, sem que nada a justifique, ela se torna crônica.
A dor crônica é uma doença multifatorial, que sobrecarrega tanto o paciente quanto a sua família. Ela dificulta as atividades diárias, compromete a interação com as outras pessoas e pode gerar transtornos psicológicos como depressão e ansiedade.
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Entre 50 a 60% dos doentes apresentam incapacidades físicas, comportamentais e mentais que podem ser temporárias ou até mesmo permanentes. As complicações mais recorrentes são: distúrbios do sono, diminuição do apetite, dependência da família, isolamento social, frustração e medo.
No Brasil, existem 60 milhões de pessoas com dor Crônica, o equivalente a 37% dos habitantes. Na região Sul, 42% da população relata sentir dor há mais de 6 meses. As principais queixas que levam os doentes a procurarem atendimento são: a dor lombar e a dor de cabeça.
Entre as mulheres, destacam-se a fibromialgia, a síndrome de dor miofascial, as doenças osteoarticulares relacionadas ao trabalho e dores ar ticulares. Já nos homens temos as dores decorrentes do câncer, dores por isquemia e dores por lesões medulares e encefálicas como as mais frequentes.
Pelo desconhecimento ou pela crença de que a dor não irá causar a morte, apenas 15% dos pacientes procuram um médico qualificado na avaliação
e tratamento da dor crônica. Grande parte se automedica na tentativa de aliviar a angústia de conviver com este quadro. Muitos desses após longos períodos com tratamentos incompletos ou inadequados, tornam-se desacreditados e acham que seu problema não tem mais solução.
Porém o tratamento da dor crônica é viável e deve começar com uma mensuração correta, avaliando sua intensidade e seu tipo. Mas sabendo que a dor é um sintoma individualizado, ou seja, cada um sente de uma forma.
O cuidado deve ser feito de forma multidisciplinar, envolvendo a psicologia, fisioterapia, nutrição, entre outras áreas. Sempre com o enfoque não apenas em aliviar a dor, mas, também, em fazer o paciente voltar ao seu convívio social e às suas atividades rotineiras. Apesar de ser uma doença limitante e estressante, com uma orientação médica correta todos os pacientes podem melhorar sua qualidade de vida.