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Terapia por ondas de choque (ESWT) para Dor Miofascial na Dor Lombar Baixa

Dor lombar baixa (DLB) é a segunda desordem mais comum que afeta a população adulta, sendo prevalente em 84% em toda população em geral. Se a DLB não for tratada de forma eficaz, pode acarretar uma qualidade de vida muito ruim para o paciente.

Muitos fatores podem estar contribuindo para o aparecimento da DLB, sendo as principais: • Lesão em nervo; • Lesão óssea; • Lesão muscular; • Lesão em fáscia; • Lesão na articulação; • Condições psicossomáticas.

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Na DLB, por lesão em nervo (hérnia discal, ou compressão radicular por lesão em vértebras), estudos demonstram que elas são a causa em apenas 5%; sendo que em exames de ressonância magnética podemos encontrar, com frequência, essas patologias e elas não serem realmente a causa da DLB. Em um estudo coreano, podemos observar que 80 % dos indivíduos estudados apresentaram hérnia discal em exame, mas eram assintomáticos.

Agora, por que falamos em músculo e fáscia, sendo tão importantes para condição de dor? Porque sabemos que 40-50% de toda composição corporal é miofascial. Encontramos pontos gatilhos e densificações nessas estruturas, que causam dor e podem ser confundidas com as várias lesões neurológicas e ortopédicas. E, também, sabemos que existem alta concentração de substâncias nociceptivas ativas nesses pontos gatilhos e, por isso, são tão dolorosos.

Então, quando falamos de Síndrome da Dor Miofascial (SDMF), nos músculos estabilizadores da coluna espinal, estudos demonstram que essa é a causa mais frequente de dor lombar crônica. Por isso, a importância de estudos e concentração de tratamentos, para o tratamento dessa desordem.

O mais importante é o diagnóstico. Saber reconhecer, no exame clínico, a SDMF, pois ela pode imitar a clínica de uma lesão neural, por compressão radicular.

A falha em diagnosticar a dor de origem muscular leva a cirurgias desnecessárias.

Nesse contexto, sabemos que a terapia por onda de choque apresenta-se muito eficaz para o tratamento da SDMF, sendo que, em alguns estudos, foi a terapia mais eficaz.

O efeito ESWT sobre a lesão é biológico: anti-inflamatório, analgésico, antifibrótico, reparador tecidual.

E, além do músculo, ocorre também cicatrização de fáscia.

Outro ponto importante é que ESWT pode ser utilizado para auxílio no diagnóstico da DLB, onde podemos reconhecer adequadamente os pontos gatilhos e pontos de dolorimento, sendo as ondas de choque um estímulo ideal para isso.

DR. GREGÓRIO JOÃO SELHORST

CRM/PR 25604 | RQE 17059 Ortopedia e Traumatologia | Artroscopia e Cirurgia do Joelho TEOT 12797

CURRÍCULO

• Formado em Medicina pela Universidade Estadual de Maringá/UEM; • Especialista em Medicina do Esporte; • Cerificação em Densitometria Óssea - pela ABRASSO; • Ortopedia e Traumatologia - Hospital Evangélico de Curitiba; • Cirurgia do Joelho - Hospital Evangélico de Curitiba, com Dr. Mohty Domit; • Membro da Sociedade Médica Brasileira de Terapia por Ondas de Choque (SMBTOC); • Membro da SBOT - Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

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