Vacinação em gestantes e sua importância

A gravidez oferece uma excelente oportunidade para aumentar a imunidade das mães e dos bebês. As gestantes são capazes de produzir quantidades adequadas de anticorpos e a transferência desses anticorpos para o feto através da placenta ocorre durante as últimas 4 a 6 semanas de gestação.

A imunização é considerada uma das medidas mais importantes para o controle de doenças infecciosas para os bebês que têm o sistema imunológico imaturo e que não respondem a alguns tipos de imunobiológicos mesmo quando as vacinas são administradas nos primeiros meses de vida. É necessário um período de latência para obter títulos de anticorpos em quantidades suficientes para conferir proteção à criança.

A vacinação de gestantes poderia superar essa dificuldade, conferindo proteção passiva ao bebê e oferecendo uma oportunidade valiosa de dar imunidade à mãe e ao filho.

As vacinas recomendadas para gestantes devem ser pouco reogênicas, seguras para a mãe e o feto e capazes de induzir uma boa resposta de anticorpos.

O melhor exemplo da eficácia da vacinação de gestantes é o número reduzido de casos de tétano neonatal na última década, anteriormente responsável por 23 a 73% dos óbitos durante este período. Gestantes que não foram vacinadas ou foram apenas parcialmente vacinadas contra tétano (menos de três doses) devem preferencialmente realizá-las após

o primeiro trimestre de gravidez ou pelo menos até quinze dias antes do parto.

Gestantes e crianças menores de 1 ano de idade enfrentam alto risco de complicações associadas ao vírus da influenza. Em gestantes no terceiro trimestre de gravidez, o risco de complicações é maior do que em adultos jovens que apresentam condições de risco. As vantagens de se vacinar contra a gripe incluem a proteção da mãe em um momento em que o risco de complicações é maior; a redução do potencial de uma mãe que, ao contrair a infecção, transferindo-a para seu filho nos primeiros meses de vida, e a transferência de anticorpos para o feto, conferindo proteção passiva nas primeiras semanas de vida.

A vacina contra hepatite B é altamente purificada, segura e eficaz, induzindo uma alta taxa de proteção entre crianças e adultos (> 90%) porque bebês que são

amamentados podem ser infectados pelo vírus da hepatite B correm alto risco de se tornarem portadores crônicos do antígeno hbs (HBsAg), justificando assim a necessidade da vacinação materna.

Além de aumentar a proteção materna, a vacinação de gestantes é uma excelente oportunidade para conferir proteção aos bebês, transferindo anticorpos passivamente, seja através da placenta ou através da amamentação. Todas as evidências atuais indicam que as vacinas que não contêm agentes vivos e as imunoglobulinas atualmente recomendadas para adultos são seguras e imunogênicas para gestantes.

A vacinação na gravidez pode e deve ser considerada como uma estratégia de saúde pública, já que representa uma oportunidade na prevenção de doenças em mulheres grávidas e em recém-nascidos.

DRA. ANA CLÁUDIA COSTA MARTINS CAZON CRM/PR 34285 - RQE 19241 Ginecologia e Obstetrícia

CURRÍCULO • Graduada na Universidade de Alfenas/MG; • Pós-Graduada na Universidade de Uberaba/MG em Ginecologia e Obstetrícia; • Ultrassonografia na Fértile em Goiânia- GO.