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Ultrassonografia da tireoide
A ultrassonografia da tireóide permite uma avaliação parcial da saúde desta glândula avaliando seu tamanho e sua composição. É um excelente exame para detecção e avaliação de nódulos. Além disso também é utilizado para: – Determinar origem de nódulos cervicais (origem no parênquima tireoidiano ou de estruturas adjacentes); – Guiar procedimentos diagnósticos (Punção por agulha fina – PAAF) e terapêuticos (aspiração de cisto, injeção de etanol, terapia a laser); – Procurar nódulos adicionais em pacientes com um ou mais nódulos palpáveis ao exame físico; – Monitorar o crescimento de nódulos; – Avaliar alterações do parênquima tireoideano.
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Estudos estimam que cerca de 10% dos adultos terão nódulos identificáveis por um médico ao exame físico, os nódulos palpáveis. Os outros 90% (não palpáveis) poderão ser evidenciados pelo ultrassom, por se tratar de um exame de alta sensibilidade (em torno de 95%) sendo superior a outros métodos como a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância nuclear magnética (RNM). Com o surgimento de equipamentos de alta resolução e por ser um exame acessível, indolor e sem radiação ionizante a ultrassonografia tornou-se o método de imagem de primeira escolha para avaliação de nódulos e os detecta em 41% da população. Apesar da alta incidência de nódulos, o câncer tireoidiano é raro e representa menos de 2.5% de todas as neoplasias malignas. Em 2009, a American Cancer Society estimou mais de 37.000 novos casos de câncer nos Estados Unidos e a estimativa de óbitos por câncer de tireoide foi de 0,2% do total.
Uma das limitações do ultrassom é a diferenciação de nódulos benignos de malignos. E para auxiliar nessa diferenciação o uso de Doppler colorido tem sido empregado como importante coadjuvante na avaliação ao conseguir avaliar e caracterizar o padrão de fluxo sanguíneo das lesões e classificá-las baseado neste padrão. Vários estudos mostraram que nódulos neoplásicos apresentam sinais importantes de fluxo interno, por outro lado, nódulos císticos coloides praticamente não apresentam fluxo sanguíneo em seu interior.
O Doppler tem também a função de avaliar o aporte sanguíneo que chega até a glândula. Algumas doenças difusas da tireoide, como por exemplo a tireoidite de Hashimoto ou o hipertireoidismo apresentam padrões de fluxo sanguíneo que podem ser detectados ao Doppler colorido.
Ainda, podemos usar a ultrassonografia como grande aliada nas biópsias para abordar os nódulos não palpáveis diminuindo a chance de falsos negativos. As caraterísticas e o tamanho dos nódulos são as duas principais características para indicar a PAAF. O ultrassonografista deve estar preparado para realizar um exame que proporcione ao médico assistente dados confiáveis para uma tomada de decisão. Na Clinica PerfectUS nós médicos contamos com equipamentos de alta tecnologia e habilidade técnica para repassar estes dados. Estamos também sempre abertos para a discussão dos casos com os médicos solicitantes visando proporcionar o melhor resultado para o paciente.
DRA. THAIS TRAPLE VILLAS BÔAS
CRM/PR 33163 | Ultrassonografia Geral