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Porque meus olhos lacrimejam tanto?
Aquela sensação de olhos sempre úmidos, “marejados”, com lágrimas que escorrem na face chama-se Epífora. Situação crônica onde o sistema lacrimal não consegue drenar de forma eficiente as lágrimas produzidas pelas glândulas lacrimais.
Há situações agudas que causam uma produção aumentada das lágrimas, em geral causadas por lesões na superfície corneana, como; corpo estranho, conjuntivites e ceratites. Nestes casos o tratamento é clínico.
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Na Epífora é preciso diagnosticar onde está o problema nas vias lacrimais.
As lágrimas são produzidas pelas glândulas lacrimais, drenam para os pontos lacrimais, canalículos, saco lacrimal, ducto nasolacrimal e meato nasal inferior. Quando piscamos o músculo palpebral posiona os pontos lacrimais

e por pressão negativa o saco lacrimal aspira a lágrima. Por isso a importância do bom posicionamento e tônus das pálpebras.
Condições como: ectrópio (margem palpebral virada para fora), entrópio (margem palpebral virada para dentro), tumores palpebrais, flacidez palpebral e lagoftalmo (não fechamento das pálpebras) prejudicam a performance das pálpebras no sistema de drenagem do filme lacrimal. Canaliculites (inflamação nos canalículos), mau posicionamento, estenose ou obstrução dos pontos lacrimais impedem o fluxo lacrimal.
Obstrução do ducto nasolacrimal e tumores de via lacrimal inviabilizam o final do sistema de drenagem , podendo causar dacriocistite.
O tratamento em geral da Epífora é cirúrgico e para o diagnóstico temos os seguintes exames: sondagem de vias lacrimais, dacriocistografia e dacriocintilografia. Durante a consulta Oftalmológica é feito um estudo das pálpebras e seus anexos para desta forma ser indicado o melhor exame e tratamento.
A Epífora é uma condição que não tem idade. Pode ser congênita (desde o nascimento), 20% das crianças apresentam evidências de obstrução do ducto nasolacrimal no primeiro ano de vida. Estas crianças necessitam de avaliação oftalmológica para excluir doenças como glaucoma congênito e triquíase. O tratamento inicial é com massagem, e sondagem das vias lacrimais se necessário. O objetivo é evitar infecção do saco lacrimal (dacriocistite) e melhora a qualidade de vida do paciente.
Não deixe de se consultar com o médico Oftalmologista para avaliar corretamente o lacrimejamento e para manter sua saúde ocular em dia.
DR. LEONARDO SALIBA CUNHA CRM/PR 18645 | RQE 12162 | Oftalmologia
• Graduação Médica pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná; • Residência em Oftalmologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná; • Fellowship em Glaucoma e Catarata pela Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte; • Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.
DRA. PRISCILA DE OLIVEIRA CUNHA CRM/PR 21752 | RQE 17015 | Oftalmologia
• Graduação Médica pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná; • Residência em Oftalmologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná; • Fellowship em Plástica Ocular e Estrabismo pela Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte; • Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.













