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A vida do homem depois do câncer de próstata

Saúde do HOMEM

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A vida do homem depois do câncer de próstata

O câncer de próstata inicial pode ser tratado tanto com cirurgia quanto com radioterapia. Ambas as técnicas são amplamente estudadas e eficazes.

Sempre que alguém recebe um diagnóstico de câncer, insegurança e apreensão surgem. O medo de como será o dia a dia, os tratamentos, a vida depois que “tudo isso passar” e, em especial, a vida sexual assombram os homens que recebem o diagnóstico de câncer de próstata. Os efeitos colaterais que costumam provocar mais preocupação são a impotência sexual e a incontinência urinária.

O câncer de próstata inicial pode ser tratado tanto com cirurgia quanto com radioterapia. Ambas as técnicas são amplamente estudadas e eficazes, entretanto, podem induzir a impotência sexual. Estudos revelam que a cirurgia tem efeitos um pouco maiores do que a radioterapia e variam de 20 a 60%. Essa grande variação é consequência de inúmeros fatores: o principal é a idade em que o tumor se desenvolve (acima de 50 anos), portanto, em homens que já apresentam certo grau de impotência, além de hipertensão ou diabetes, o risco é maior. Abaixo dos 60 anos, em pacientes sem comorbidades e com doença inicial, a porcentagem pode cair para menos de 10%. A impotência associada a radioterapia geralmente se apresenta de forma tardia, após o término do tratamento.

A incontinência urinária é uma sequela restrita à cirurgia, com uma incidência de 3% em centros especializados e menos de 10% em geral. Por outro lado, a radioterapia pode desencadear inflamação do reto (porção baixa do intestino) que está atrás da próstata e também na bexiga, que está na frente, atingindo gravemente de 3 a 5% dos pacientes.

É importante ressaltar que o objetivo de tratamento desses pacientes é curar, e que o tratamento deve ser menos agressivo do que a doença, mantendo baixa morbidade para o paciente. Por isso o enfoque multidisciplinar é tão importante, escolhendo a melhor abordagem terapêutica para cada indivíduo. Ter uma excelente chance de cura, de sobrevida, não é suficiente para uma vida feliz. Existem alternativas para solucionar consequências tanto do câncer quanto dos efeitos adversos dos tratamentos. Hábitos saudáveis, conversar com seu médico e sua parceira. Dar sentido à experiência que se vive. Lembrando que o mundo e a vida são do jeito que nós escolhemos.

DRA. CYNTHIA HOLZMANN KOEHLER CRM/PR 24783 | RQE 17606 | Oncologia Clínica

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