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Voz feminina no mundo corporativo
Especial Saúde da mulhermulher
O mundo corporativo recebe cada vez mais a presença feminina em cargos de liderança, porém ainda são inúmeros os desafios enfrentados por essas profissionais no mercado de trabalho, por questões culturais, paradigmas históricos e preconceitos velados.
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A competitividade nesse ambiente exige que a mulher se posicione constantemente em vários aspectos. A comunicação nesse mercado é essencial para conseguir vender ideias e propostas, portanto a voz exerce papel fundamental nas trocas e na conquista de um espaço igualitário para todos.
Comunicar-se de maneira objetiva e clara, adequando a linguagem para as mais variadas situações, sendo firme sem deixar de ser gentil é uma habilidade importante para profissionais de qualquer cargo na hierarquia de uma empresa. Mas nos cargos de liderança essa competência torna-se fundamental.
Existe uma diferença fisiológica entre a voz masculina e feminina, o que carrega características repletas de significado para o falante e seu ouvinte. A voz dá pistas importantes sobre como o indivíduo está se sentindo naquele momento: se está seguro ou nervoso, se domina o assunto ou se há desconforto em tratar daquela temática. Num ambiente corporativo, a qualidade vocal pode ser associada ao perfil de um profissional de modo positivo ou negativo.
Muitas vezes, numa reunião, uma voz considerada irritante retira o foco do assunto abordado. Da mesma forma, falar baixo demais pode gerar desatenção e desinteresse. Pessoas que falam muito alto podem soar impositivas ou grosseiras. E esses comportamentos, muitas vezes não percebidos pela própria pessoa, podem atrasar avanços na carreira.
Observar a própria voz é o primeiro passo para encontrar o ponto de equilíbrio entre uma boa condição vocal e a transmissão adequada da mensagem. Falar bem e ter um tom de voz adequa-
DENISE IENK
CRFa 3 – 7836 | Fonoaudiologia
CURRÍCULO
• Graduada em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR • Especialista em Voz pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia • Mestre em Distúrbios da Comunicação pela Universidade Tuiuti do Paraná - UTP
@deniseienk 42 99911-8875 Avenida Bonifácio Vilela, 1389 – Jardim Carvalho – Ponta Grossa-PR do ajuda a potencializar seu poder de persuasão além de trazer muito mais credibilidade à sua comunicação. Uma mulher que deseja crescer no mundo corporativo pode liderar negócios com excelência e certamente usar sua voz de maneira adequada encurta o caminho nesse processo. É muito importante se ouvir e estar atenta aos feedbacks recebidos sobre esse aspecto.
Entender suas dificuldades e descobrir suas potencialidades é o melhor caminho para evoluir e investir na sua carreira. A qualidade da voz pode ser melhorada através de treinos específicos e a profissional só tem a ganhar com uma boa projeção e articulação adequadas ao ambiente corporativo.
Cartilha Educativa à População Sobre Exercício Físico e COVID-19: Liga Acadêmica de Medicina do Exercício e do Esporte da UEPG
Elder Dalazoana Filho (Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Pedro Afonso Kono (Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa) João Pedro Motter de Carvalho (Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Arthur Garani Narciso (Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Luis Miguel Leuch (Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Jéssica Mainardes (Acadêmica do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Fabiana Postiglione Mansani ( Professora Associada do Departamento de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa)
Universidade Estadual de Ponta Grossa Ponta Grossa – Paraná - Brasil A pandemia de COVID-19 levou a profundas mudanças na realidade de toda a sociedade, inclusive na prática de exercícios físicos. A prática de exercícios físicos se faz fundamental na prevenção de diversas patologias, entre elas a obesidade, hipertensão e diabetes mellitus. Entretanto, devido ao isolamento social e quarentena recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a prática de tais atividades ficou prejudicada, o que é demonstrado por academias fechadas, impossibilidade de treinos esportivos e de frequentar determinados ambientes que permitem a prática de atividade física. A falta de atividade física pode levar ao sedentarismo, piora do sistema imune, agravamento das patologias crônicas e ao aumento da incidência de distúrbios psicológicos. Buscando trazer uma abordagem educativa em saúde acerca da prática de exercícios físicos em meio a pandemia COVID-19, a confecção do material foi idealizada por acadêmicos da Liga de Medicina do Exercício e Esporte da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O material foi elaborado com o intuito de conscientizar a população sobre a importância da prática segura de exercícios físicos, sob o ponto de vista da Medicina, em meio a pandemia, afim de promover a saúde, autocuidado e prevenção contra o novo coronavírus do público em geral. Desse modo, o material buscou abordar, por meio de imagens autoexplicativas e textos acessíveis com informações claras, vários assuntos pertinentes ao tema. A cartilha trouxe informações gerais acerca do coronavírus, seu potencial patológico, sua transmissão e distribuição global, além das formas de prevenção, tais como: uso correto da máscara, etiqueta respiratória, distanciamento social e higienização frequente das mãos. Ademais, explicou termos importantes referentes a atividade física, como hidratação, condicionamento físico, alimentação e comorbidades. Também aborda as recomendações de atividades físicas para cada perfil, treinamento em casa pelo ponto de vista da Medicina, diferença e importância de treinos aeróbicos e de força e indicações para manter a prática de atividade física durante o período da pandemia. Por fim, a cartilha também contém orientações para a educação física escolar durante o período. A produção da cartilha tem como objetivo divulgar conhecimento científico para a comunidade, de maneira acessível e descomplicada. Ademais, também evidenciou a relevância em promover a educação em saúde de modo inovador mesmo em tempos de dificuldade, se adaptando a novas tecnologias, visto que para produzir o material, os acadêmicos tiveram que aprender a trabalhar com aplicativos de design, elaboração de um conteúdo exclusivo, com embasamento científico e de fácil entendimento. Por fim, é válido ressaltar que a distribuição de materiais educativos como a referida cartilha possibilita que a população adquira conhecimento com referências científicas, elucidando dúvidas e possibilitando cuidados de saúde mais democráticos.
QRcode para acessar a “Cartilha Exercício Físico e a COVID-19”
REFERÊNCIAS 1. CDC – CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Physical Activity Saves Lives and Protects Health. Why It Matters. 13 maio 2020b. https://www.cdc.gov/physicalactivity/about-physical-activity/why-itmatters.html. Acesso em: 3 jun. 2021. 2. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). WHO guidelines on physical activity and sedentary behaviour: at a glance. Genebra: World Health Organization, 2020. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240014886. Acesso em: 28 abr. 2021. 3. PITANGA, F. J. G.; BECK, C. C.; PITANGA, C. P. S. Atividade Física e Redução do Comportamento Sedentário durante a Pandemia do Coronavírus. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 11 maio 2020; [online]. ahead print, p. 0-0.
Extensão Universitária e Odontologia No Brasil
Cristina Berger Fadel (Professora do Departamento de Odontologia, Universidade Estadual de Ponta Grossa) Alessandra de Souza Martins (Professora do Departamento de Odontologia, Universidade Estadual de Ponta Grossa)
Universidade Estadual de Ponta Grossa Ponta Grossa-Paraná - Brasil
A Extensão Universitária, conjuntamente ao Ensino e à Pesquisa, compõe os pilares essenciais do meio acadêmico, sendo caracterizada por uma atividade capaz de imprimir novos rumos à formação acadêmica, constituindo-se instrumento indispensável de aprendizagem e de formação profissional e pessoal (FADEL et al., 2013). Sob o ponto de vista dos interesses da comunidade, a extensão abre a oportunidade do acesso a diversos serviços que visam o exercício da cidadania e dos direitos humanos (DE BRITO E SILVA et al., 2019). Neste sentido, a extensão é a área acadêmica mais dinâmica e viva, capaz de oxigenar a produção do conhecimento e de fazer valer a missão social da universidade, a partir da qual a preocupação não está apenas em formar profissionais sob aspectos técnicos, mas profissionais engajados no processo de construção da cidadania (OLIVEIRA et al., 2013; DE BRITO E SILVA et al., 2019). Especificamente no campo da saúde, a Extensão Universitária se apresenta como importante campo de oportunização ao trabalho em equipe, ao desenvolvimento do senso crítico e da consciência social, e ao enfrentamento da realidade sanitária brasileira. Este estudo se propõe a identificar os impactos da Extensão Universitária em Odontologia no Brasil, considerando produções teóricas disponíveis na literatura científica nacional. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada por meio da análise de estudos disponíveis nas bases de dados Web of Science, SciELO e Pubmed, no período de publicação compreendido entre os anos de 2009 e 2020. Os estudos incluídos obedeceram aos seguintes critérios: resumo disponível nas bases de dados acima descritas; idioma de publicação português, inglês ou espanhol; que incluíssem os termos, nos três idiomas: ‘odontologia’, ‘impacto’; ‘educação em odontologia’; ‘extensão comunitária’; ‘estudantes de odontologia’. Foram excluídos estudos que não se relacionavam especificamente com o universo da extensão universitária no Brasil, e estudos em duplicata. A coleta dos dados foi realizada por dois pesquisadores e confrontadas posteriormente. A análise dos dados foi realizada de forma descritiva, procedendo-se à categorização temática dos estudos, a partir da identificação de variáveis de interesse e conceitos-chave, conforme proposto em literatura específica acerca de revisão integrativa de literatura. A partir da busca digital, foram encontradas 36 publicações, assim distribuídas nas bases de dados: 25 – Pubmed; 8 - Web of Science; 3 - SciELO e, aplicados os critérios de elegibilidade, 14 artigos compuseram a amostra final. Os estudos selecionados puderam ser distribuídos em três dimensões: 1ª) Benefícios para a comunidade; 2ª) Benefícios para as instituições de ensino; 3ª) Benefícios pessoais e profissionais para os acadêmicos participantes das práticas extensionistas durante a formação em Odontologia, as quais seguem sistematizadas no Quadro 1. Os impactos positivos das práticas de Extensão Universitária em Odontologia sobre a comunidade, sobre a instituição de ensino, e sobre formação profissional e pessoal de acadêmicos de Odontologia encontrados no presente estudo não deixam dúvidas de que a extensão deva ser estimulada e fortalecida por universidades durante a formação do cirurgião-dentista. Ainda, ressalta-se a importância do amplo conhecimento e reconhecimento dessas práticas enquanto ferramentas promotoras de saúde e qualidade de vida à sociedade.
CATEGORIAS BENEFÍCIOS PARA A COMUNIDADE
BENEFÍCIOS PARA A INSTITUIÇÃO DE ENSINO
BENEFÍCIOS PESSOAIS E PROFISSIONAIS PARA O ACADÊMICO
IMPACTO - maior qualidade de vida para a população atendida, em virtude do melhoramento do acesso à atenção odontológica, proporcionado pela atividade de extensão; - maior resolubilidade dos problemas bucais da população assistida; - maior protagonismo da comunidade perante o enfrentamento de suas adversidades em saúde bucal. - maior aproximação da Instituição de Ensino Superior (IES) com a comunidade; - oportunidade de acesso a informações sobre aspectos que necessitam ser aprimorados na política de extensão da Instituição para ampliação da participação acadêmica; - oportunidade de acesso a informações essenciais para o desenvolvimento de pesquisas relevantes à realidade local. - maior segurança para o desenvolvimento de atividades clínicas; - amadurecimento enquanto cidadãos; - formação mais humanizada; -desenvolvimento de habilidades de comunicação; - construção de novos conhecimentos; - capacitação para o trabalho em equipe - capacitação para o mercado de trabalho.
REFERÊNCIAS 1. DE BRITO E SILVA, A. L. et al. Importância da Extensão Universitária na Formação Profissional: Projeto Canudos. Revista de Enfermagem UFPE on line, v. 13, 24 out. 2019. 2. FADEL, C. B. et al. O impacto da extensão universitária sobre a formação acadêmica em Odontologia. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 17, n. 47, p. 937–946, dez. 2013. 3. OLIVEIRA, L. C. DE et al. Diálogos entre Serviço Social e educação popular: reflexão baseada em uma experiência científico-popular. Serviço Social & Sociedade, n. 114, p. 381–397, jun. 2013.
Construção das equipes multiprofissionais da saúde: a conexão a partir do Setor de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Estadual de Ponta Grossa
Israel Marcondes (Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Jéssica Mainardes (Acadêmica do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Laís Cristina Zinser Spinassi (Acadêmica do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Wilson Schemberger Oliveira (Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Fabiana Postiglione Mansani (Professora Associada do Departamento de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa)
Universidade Estadual de Ponta Grossa Ponta Grossa – Paraná - Brasil O ingresso em cursos de graduação é sempre marcante na vida de um indivíduo, sendo momento de desafio e de descobertas sobre o novo, a Universidade. Diante disso, todos os anos, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) busca acolher os calouros dos cursos de graduação, para que se adequem a esse novo ambiente e se familiarizem com o novo estilo de vida e com o lugar que frequentarão pelos próximos anos. Neste contexto, e em continuidade às ações da UEPG, o Setor de Ciências Biológicas e da Saúde da UEPG (SEBISA) em parceria com a Liga Acadêmica de Terapêutica Médica Aplicada (LATEM), promoveram o #ConecteSebisa, evento que buscou sensibilizar os calouros e integrar acadêmicos dos demais anos de graduação, dos cursos de Ciências Biológicas, Farmácia, Odontologia, Enfermagem, Medicina e Educação Física, através de palestras envolvendo a multidisciplinaridade entre as profissões. Na primeira semana, Beatriz Zampar, Médica de Família e Comunidade, formada pela UEPG, explorou o tema: “Autocuidado de Profissionais da Saúde” mostrando a importância do cuidado físico e mental desses profissionais. Em seguida, a temática abordada foi a “Biossegurança”, um tema de grande relevância para todos os cursos da área da saúde. Essa palestra foi ministrada pelas Farmacêuticas Jaqueline Carneiro e Marissa Schamne, ambas graduadas pela UEPG. Na terceira semana, o tema abordado foi “Covid-19 e os Desdobramentos na Ciência após um ano de Pandemia”, a qual contou com a presença da Bióloga Rafaela da Rosa Ribeiro, palestrante, e da Bióloga Jordana Oliveira, mediadora da palestra, ambas formadas pela UEPG. Posteriormente, a LATEM recebeu a Cirurgiã Dentista Marceli Dias Ferreira, graduada pela UEPG, que abordou a importância da Odontologia na equipe multiprofissional em ambiente hospitalar, mostrando um pouco mais dessa área ainda pouco conhecida pela comunidade em geral. O #ConecteSebisa, também contou com a presença de duas graduadas em Enfermagem pela UEPG, Geiza Rafaela Bobato e Lorena Benvenutti, as quais apresentaram uma visão ampla da enfermagem, mostrando o processo, desde a graduação ao mercado de trabalho. E finalizando o evento, os Educadores Físicos formados pela UEPG, Edher Lucas Antunes e Guilherme Jacopetti Pszedimirski, palestraram sobre a “Atuação do profissional de Educação Física em diferentes níveis de atenção à saúde”. A promoção do #ConecteSebisa oportunizou aos novos acadêmicos dos Cursos de Ciências Biológicas e da Saúde a possibilidade de enxergar a ciência como única, pois proporcionou a integração de informações e conhecimentos de todas as áreas de uma forma técnica e acessível. A circulação de conhecimento e informação assumem importância social, sendo tratadas como questões sócio-político-econômicas de natureza pública (KOBASHI; TÁLAMO, 2003), evidenciando, dessa forma, o papel da universidade em conjunto com as ações extensionistas realizadas pelos acadêmicos. Somando-se a isso, a discussão multidisciplinar que busca a integração em espaços compartilhados por vários saberes (KOBASHI; TÁLAMO, 2003), amplia ainda mais a possibilidade de adquirir, de maneira prática e simplificada, conhecimento sobre as temáticas discutidas. Por fim, o #ConecteSebisa inspirou os calouros e veteranos a buscarem através dos Cursos do SEBISA o seu sucesso profissional.
Durante seis semanas, egressos dos cursos do SEBISA palestraram sobre temas de interesse, mostrando a importância de todas as áreas e evidenciando profissionais com bons currículos formados pela UEPG.
REFERÊNCIAS 1. KOBACHI, N.Y.; TÁLAMO, M.F.G.M. Informação: fenômeno e objeto de estudo da sociedade contemporânea. Transinformação, Campinas, v.15, n. especial, p. 7-21, 2003.
Pediculose capilar e suas implicações para a saúde infantil
Prof. Dr. Júlio César Miné (Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da UEPG) Fernanda Silva Ribas (Acadêmica do Curso de Farmácia UEPG e Bolsista de Extensão Universitária – PROEX – UEPG) José Lucas Meira Stler (Acadêmico do Curso de Medicina UEPG e Bolsista de Extensão Universitária – PROEX/PIBIS – Fundação Araucária) Júlia Caroline Durski (Acadêmica do Curso de Farmácia UEPG e Bolsista de Extensão Universitária – PROEX/PIBIS – Fundação Araucária) Rubiana Pytlowanciw (Acadêmica do Curso de Farmácia UEPG e Bolsista de Extensão Universitária – PROEX – UEPG) Profa. Dra. Rosimeire Nunes de Oliveira (Departamento de Biologia Geral da UEPG)
Universidade Estadual de Ponta Grossa Ponta Grossa-Paraná - Brasil
A pediculose capilar é uma doença causada pelo Pediculus humanus capitis, um ectoparasito hematófago conhecido como “piolho da cabeça”, que vive e se reproduz na superfície da cabeça e dos fios de cabelo. A prevalência dessa ectoparasitose varia entre 0,5% a 40%, principalmente entre crianças em idade escolar, caracterizando-se como um problema de saúde pública. A transmissão se dá pelo contato direto de pessoa a pessoa, destacando-se as situações de aglomeração infantil, ou indiretamente pelo uso comum de assessórios de cabelo. A presença das lêndeas (ovos), ninfas e piolhos adultos, observados principalmente próximos à linha do pescoço, cabeça e atrás das orelhas, desencadeia sintomas como coceira, insônia, fadiga, reações alérgicas, feridas no couro cabeludo, infecções secundárias e a depender do grau de infestação, anemia ferropriva devido à espoliação sanguínea. O conjunto desses sintomas reflete muitas vezes na queda do rendimento escolar e transtornos psicológicos, devido ao estigma social e bullying praticado no ambiente escolar. Vale ressaltar que algumas crianças são pouco sensíveis às picadas dos piolhos (assintomáticas), e acabam tendo grande infestação, servindo de foco de disseminação aos colegas. Para um diagnóstico e controle eficaz deve-se adotar a inspeção do couro cabeludo e dos cabelos, secos ou úmidos, de todos os membros da família por meio da catação manual ou utilização de pente fino para a remoção mecânica das lêndeas, ninfas e piolhos adultos. A remoção das lêndeas também pode ser feita com o auxílio de algodão embebido em solução 1:1 de água e ácido acético ou cremes para cabelo, ou ainda por meio da aplicação de ar quente (secador) por alguns minutos.
Os fármacos mais recomendados são a permetrina (loção 1%) ou a deltametrina, ou ainda a ivermectina em loção 0.5%, que atuam sobre as ninfas e piolhos adultos e devem ser aplicados nos cabelos secos. Devido ao elevado grau de toxicidade da ivermectina, seu uso sistêmico deve ser indicado de maneira excepcional. Vale destacar que a resistência dos piolhos aos piolhicidas ocorreu pelo uso indiscriminado dos mesmos. Esse cenário destaca a necessidade de realizar ações de educação em saúde com definições de responsabilidades para a família, escola e serviços de saúde. Nesse sentido, como parte dessas ações educativas, destacam-se as atividades realizadas pelo projeto de extensão “Enteroparasitoses em Crianças da Região de Ponta Grossa - PR”, desenvolvido na UEPG, com atividades no âmbito escolar, juntamente com educadores, pais e responsáveis pelas crianças, onde são realizadas explanações sobre a pediculose capilar com o intuito de fornecer informações sobre a transmissão, diagnóstico e tratamento, além de sanar as dúvidas e desmistificar os mitos relacionados a esta doença tão comum e que se não tratada de forma correta, pode resultar em implicações para a saúde e qualidade de vida infantil.
Tais medidas podem gerar um excelente resultado na resolução da pediculose, porém nos casos de infestações maciças, o tratamento farmacológico com o uso tópico ou sistêmico de piolhicidas pode ser recomendado pelo médico.
REFERÊNCIAS 1. AMIN, O. et al. Prevalence of head lice, Pediculus humanus capitis L. and their relation to anxiety among primary school children in Kalar district, Kurdistan region-Iraq. Journal of Garmian University, v. 6, n. 2, p.330-338, 2019. 2. FELDMEIER, H. Pediculosis capitis: new insights into epidemiology,diagnosis and treatment. Eur J Clin Microbiol Infect Dis., v. 31, n. 9, p.2105–2110, 2012. 3. NEVES, D. P. Parasitologia humana. 13. ed. São Paulo: Atheneu, 2016.
INFORME FINANCEIRO
Tranquilidade para investir em clínicas e consultórios próprios
Uniprime oferece linha de crédito para compra de equipamentos médicos e opções de seguro para proteção do patrimônio.
Abrir o próprio negócio requer planejamento e, especialmente, investimento. Quando falamos sobre a área da saúde, investir em clínicas, consultórios, ambulatórios e hospitais significa despender recursos em equipamentos de alto custo. E, nesse sentido, contar com apoio de crédito para investir com tranquilidade e, também, garantir um seguro para estes materiais de trabalho são considerações importantes para não transformar o sonho de um novo negócio em pesadelo.
Com 24 anos de mercado e cerca de R$ 3,5 bilhões de ativos administrados, a Uniprime tem uma atuação alinhada aos anseios da população, especialmente ao oferecer produtos e serviços voltados principalmente para a área da saúde. No portfólio da cooperativa, destaca-se uma linha de crédito exclusiva para a aquisição de equipamentos de trabalho para clínicas, laboratórios, hospitais, empresas e indústrias. Entre as vantagens, estão a possibilidade de financiar em até 100% o valor do bem, com prazo de 48 meses para quitar, taxas bem atrativas e retorno de parte dos juros pagos na distribuição de sobras.
“Sempre atuamos impulsionados pela ética e pela ousadia em abraçar projetos pioneiros e revolucionar o cooperativismo no Brasil. Hoje, temos mais de 30 mil cooperados, pessoas que acreditam no cooperativismo de crédito como a melhor alternativa frente ao sistema financeiro tradicional e que sentem orgulho em ser Uniprime”, afirma Dr. Carlos Alberto Mascarenhas, diretor executivo da Uniprime.
Prevenção e cuidado são essenciais
O seguro para equipamentos médicos complementa os investimentos de quem deseja abrir seu próprio negócio, e tem sido altamente demandado, podendo ser contratado por pessoa física ou jurídica. No segundo caso, a cobertura se estende a todos os profissionais que fazem uso do equipamento, quando devidamente documentados. Entre as coberturas, destacam-se: roubo e/ou furto qualificado, danos elétricos, perda/pagamento de aluguel, acidentes pessoais do operador, acidentes de viagens de entrega, danos físicos ao bem, despesas fixas e garantia internacional.
“Para exercer a profissão com tranquilidade, é preciso estar preparado para eventuais situações de adversidades. Financeiramente falando, o seguro é muito vantajoso e o custo-benefício é bem interessante”, afirma Olinda Ivamoto, gerente da unidade Uniprime Corretora de Seguros. Há 20 anos no mercado, a corretora é uma unidade de negócios da Uniprime, e administra 20 mil segurados e mais de 50 mil apólices através de uma infraestrutura própria e parceria com as maiores seguradoras do Brasil. Segundo Olinda, “oferecemos uma ampla variedade de produtos e serviços, com eficiente atendimento 24 horas, além de negociações diferenciadas para os cooperados Uniprime”.
Além da proteção do bem, este tipo de serviço garante previsibilidade financeira e estabilidade para o negócio e para a carreira dos profissionais. O custo da apólice vai depender da cobertura do seguro contratado. “É muito mais acessível investir em um seguro do que ter que comprar um novo equipamento caso algum imprevisto ocorra”, garante a gerente da Uniprime Corretora.
LORAINE NABHAN
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INFORME JURÍDICO
Atenção ao recolhimento do ITBI na compra e venda de imóveis
Apesar da intensa crise financeira que assolou a economia brasileira na última década, Ponta Grossa foi uma das cidades que mais cresceu no Brasil. Nos últimos 10 (dez) anos o PIB (produto interno bruto) pontagrossense mais que dobrou, com destaque para o aumento da atividade industrial, e, principalmente, da construção civil.
É visível, por exemplo, que nos últimos anos a cidade teve um aumento exponencial de novos empreendimentos e loteamentos, o que a tornou um polo de atração de investimentos no nicho imobiliário. Com a intensificação no volume de compra e vendas de imóveis, a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa aumentou significativamente a arrecadação do ITBI – Imposto sobre transmissão inter vivos – chegando a arrecadar quase R$ 29.000.000,00 (vinte nove milhões de reais) no exercício de 2020.
Ocorre que, muitas vezes, ao calcularem o valor do ITBI, os Municípios se valem de base de cálculo ilegal para o lançamento do tributo, aumentando indevidamente o imposto a ser recolhido pelo contribuinte, em total desconformidade com a legislação. Essa situação tem sido muito comum em alguns Municípios dos Campos Gerais.
Via de regra, as legislações municipais dispõem que o imposto tomará como base o valor venal do bem, em conformidade com a disposição do Código Tributário Nacional. Na cidade de Ponta Grossa, por exemplo, o valor venal possui previsão de cálculo específica, por intermédio de um Decreto Municipal, cujos parâmetros são, aliás, os mesmos para a obtenção do valor do IPTU.
De maneira ilegal, muitas vezes os setores de arrecadação utilizam como base de cálculo para o ITBI o valor de mercado do imóvel, obtido sem qualquer métrica legal e por mera pressuposição da avaliação do bem, o que é conflitante com a legislação que regula a matéria.
Entretanto, os Municípios devem se valer de parâmetros objetivos para a realização do cálculo do imposto, conforme as regras específicas previstas na legislação. Como os setores de arrecadação se valem de parâmetros ilegais para o cálculo, muitos contribuintes são surpreendidos com valores astronômicos de ITBI a ser recolhido.
Ademais, há diversas outras oportunidades de discussão do valor do ITBI lançado pelo Município, por igualmente estarem em desconformidade com a legislação que trata da matéria.
Portanto, a fim de não sofrer com possíveis ilegalidades de lançamento do ITBI pelos Municípios, o contribuinte tem em suas mãos meios de discutir o valor indevidamente lançado pelo fisco, seja pela esfera administrativa ou pela via judicial. Por isso, é preciso ficar atento aos detalhes quando da compra e venda de imóveis, não deixando que a pressa inerente ao negócio faça passar desapercebida essa situação.
ANGELO EDUARDO RONCHI
OAB/PR 40.666
• Diretor da área tributária do escritório JOÃO PAULO NASCIMENTO & ASSOCIADOS – ADVOGADOS E CONSULTORES;
LUCAS RODRIGUES NEVES PINTO
OAB/PR 96.725
• Especialista em Direito Tributário. Advogado na área tributária do escritório JOÃO PAULO NASCIMENTO & ASSOCIADOS – ADVOGADOS E CONSULTORES SABRINA STEFANELLO
OAB/PR 90.941