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A carne de laboratótio é um produto disruptivo? Como o investimento nesse setor impacta na percepção sobre produtos artificiais
@ @ Carmen Perez Laura Moreira
O mundo recebeu o anúncio da carne à base de plantas e da carne de laboratório como a solução disruptiva para a sua salvação. Investiram-se bilhões de dólares, inclusive com artistas e grandes empresários, por exemplo, promovendo o produto.
A Impossible Foods arrecadou US$ 183 milhões, sem antes ter vendido um único hambúrguer.
Hoje, passada a euforia, o que se vê é um choque de realidade e a capitalização dessas empresas, com números bem mais baixos entre as grandes empresas que desenvolveram suas linhas, não conseguiram mantê-las pela falta de demanda, desabando de vez com a pandemia.
E quais são os benefícios para a saúde dessa carne artificial, feita em laboratório? A população se questionou muito a respeito disso. No lugar de milagres, vamos acreditar em formas corretas de produção. Para a carne alternativa imaginava-se que ela cresceria da mesma forma do “leite que não é de vaca”, mas de soja ou arroz.
A diferença é que o leite passa por uma questão de saúde, que é intolerância, e não apenas uma questão ideológica.
Vegetarianos e veganos, por sua filosofia de vida, preferem um alimento à base de plantas, porém naturais e preparados por eles mesmos, e não esperam comer produtos que emite o gosto da carne. E entre os comedores de carne, no qual se esperava uma migração, o terrorismo de informação não convenceu por muito tempo.
Agora, se todos esses bilhões de dólares fossem investidos em alternativas naturais e de equilíbrio que envolvam a produção, conscientização, pesquisa, incentivo em núcleos que produzem com respeito e sustentabilidade, esse caminho não seria o mais correto para a humanidade? Combater o desperdício e conscientizar sobre o consumo consciente é uma alternativa muito mais sustentável. Mais do que produtos mágicos, nossa geração precisa de mudanças de hábitos ao encarar um prato de comida.
O entusiasmo inicial em torno da carne à base de plantas e da carne de laboratório como soluções salvadoras para o mundo diminuiu à medida que a realidade se impôs.
Quanto aos benefícios para a saúde dessa carne artificial produzida em laboratório, a população levantou questionamentos. Em vez de acreditar em soluções milagrosas, é necessário valorizar métodos de produção corretos. Para as carnes alternativas, imaginava-se que elas teriam um crescimento similar ao do "leite que não é de vaca", feito de soja ou arroz. No entanto, há uma diferença crucial: o leite aborda uma questão de saúde, como a intolerância, e não apenas uma questão ideológica. Vegetarianos e veganos, por adotarem uma filosofia de vida específica, preferem alimentos à base de plantas, mas naturais e preparados por eles mesmos, em vez de consumir produtos que imitam o sabor da carne. Quanto aos consumidores de carne, nos quais se esperava uma transição, o bombardeio de informações não foi convincente.
Considerando os bilhões de dólares investidos, não seria mais sensato direcionar esses recursos para alternativas naturais e equilibradas que envolvam produção, conscientização, pesquisa e incentivos a núcleos que produzem de forma sustentável e responsável? Combater o desperdício e conscientizar sobre o consumo responsável se mostra uma opção muito mais sustentável. Mais do que produtos mágicos, nossa geração precisa de mudanças de hábitos ao encarar um prato de comida. Essas mudanças podem ter um impacto significativo na preservação do meio ambiente e na saúde das pessoas, promovendo um futuro mais sustentável para todos.
Perez e entusiasta das práticas do bem animal na sua produção. Foi presidente do Núcleo Feminino do Agronegócio (NFA).