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O poder da comunicação Por Adalberto Bem Haja
P
or que preciso me comunicar com qualidade se eu já me comunico? A grande verdade é que a maioria das pessoas estão só se expressando, elas não estão se comunicando. E a gente precisa entender o fundamento básico da comunicação: entender que há um emissor e um receptor. Só que o que a maioria das pessoas desconsidera é que temos no meio disso um negócio chamado “mensagem”. A mensagem não é propriamente o que você fala, ela tem mais a ver com o que a outra pessoa recebe. A comunicação não é aquilo que foi dito por você, a comunicação é o que foi compreendido pelo outro. Então esse canal de comunicação faz um filtro, que muitas vezes ele é negligenciado por nós. Muitas vezes a pessoa acha que está se comunicando, quando na verdade só está emitindo mensagens, e não estamos cuidando do que está chegando no outro. Quando há algum problema e dizemos “eu falei, eu expliquei, eu mostrei”, será que o outro entendeu? E é aí que começamos a criar os inúmeros problemas de comunicação que vemos. Não há uma estatística, mas boa 40
parte dos problemas gerados são pela falta de comunicação ou de ela estar sendo feita de uma forma errada. Países, empresas, muitas vezes por falta de clareza nas informações ou mensagens não conseguem alavancar, evoluir. Ficam travados. Então o primeiro ponto é: quem não se comunica direito não faz com que o que está em si vá para outra pessoa. Vai uma fração ou desvio daquilo, o que muitas vezes pode até ser pior do que não ir nada. Comunicação emocional ou racional? No mercado de segurança isso é muito importante, porque dependendo da solução, a pessoa não está interessada em saber tecnicamente o que ela vai ter. Ela quer entender como vai ser resolvido o problema ou necessidade dela. A maioria das empresas não entende que o time de vendas precisa falar de acordo com a terminologia, com o contexto, com a carga emocional que a outra pessoa vai levar na hora que receber essa mensagem. É o lado humano tentando entender além da técnica. Normalmente dizemos que as pessoas compram com o coração e justificam com a razão. Nós desconsidera-