Señal Internacional

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2ble Click » PAY TV

» DIGITAL

Telefónica compra operadora de TV italiana

Fox Play chega aos assinantes da Claro HDTV

A Telefónica comunicou a aquisição de uma participação de 11,11% na Mediaset Premium, a unidade italiana de TV por assinatura do grupo de mídia controlado por Silvio Berlusconi, por 100 milhões de euros. O montante deverá ser investido na operação de TV por assinatura da Itália, avaliada em 800 milhões de euros, nos próximos meses. A Telefónica pagou 295 milhões de euros pelo controle da fatia de 22% da Mediaset España na Distribuidora de Televisión Digital (DTS), empresa que detém ações na Canal+, operadora de TV em operação na Espanha, e acordou pagamentos adicionais.

O serviço de TV everywhere e VOD da Fox, o Fox Play, foi disponibilizado aos assinantes da Claro HDTV. O serviço conta com séries, filmes, esportes, documentários, lifestyle e especiais, podendo ser acessado de qualquer dispositivo que esteja conectado à Internet. O acesso depende do pacote de TV que o assinante tem. O conteúdo dos canais Fox, FX, Nat Geo, Fox Life, Fox Sports e Fox Sports 2 estão disponíveis em dois modelos de consumo. O primeiro é o formato gratuito, que conta com clipes, making of e episódios de séries selecionados e completos. O segundo é o autenticado, que disponibiliza uma biblioteca completa para os usuários da operadora. Além da Claro, o serviço já está disponpivel aos assinantes do serviço de TV da Vivo e da GVT.

» DIGITAL

A Copa, o evento com o maior volume de streams de todos os tempos

Base do DTH passa a do cabo na América Latina

A audiência da Copa do Mundo nos Estados Unidos ficou surpreso os canais esportivos daquele país. Em entrevista ao canal de notícias Bloomberg, o presidente da ESPN, John Skipper, afirmou que a partida entre Bélgica e Estados Unidos foi a segunda maior audiência de futebol masculino na história do canal, com 16,5 milhões de espectadores. No entanto, é no digital que o país surpreende mais. Segundo a FIFA, 20% da audiência online das partidas vêm dos Estados Unidos, que superam países que têm mais tradição no futebol, como Brasil, Alemanha e Inglaterra. Segundo Skipper, a partida contra a Bélgica foi vista por streaming por 3,5 milhões de internautas.

A base de assinantes de TV na América Latina através do serviço prestado por DTH passou a base das operadoras de cabo.

A AMC Networks

recria a marca Chellomedia AMC Networks tornou-se a marca Chellomedia para AMC Networks International. Além da Chellomedia, a AMC Networks International também englobará a AMC/Sundance Channel Global, que opera na Europa, América Latina, Oriente Médio e Ásia. A AMC Networks International fica composta por seis unidades operacionais. • Latin America, chefiada por Eduardo Zulueta. •Asia-Pacific, chefiada por Bruce Tuchman •Central Europe, chefiada por Mike Moriarty •Iberia, chefiada por Eduardo Zulueta •Zona (EMEA), chefiada por Dermot Shortt •DMC, chefiada por Mike Moriarty

2 · SEÑAL INTERNACIONAL

2014

• 31,34 milhões de assinantes de DTH na região, contra 30,95 milhões do cabo no final do primeiro trimestre de 2014. • Na base do DTH,

22,8 milhões dos assinantes optaram pelo pagamento pós-pago e 8,5 milhões são assinantes do pós-pago.

• Em três meses, o serviço por satélite conquistou

1,1 milhão de novoas assinantes, enquanto as operadoras de cabo aumentaram a base em apenas 90.000. • No Brasil, a base do DTH passou a do cabo em abril de 2011.

» PRODUÇÃO

Governo lança projeto para a fomentar setor audiovisual A presidenta Dilma Rousseff lançou o projeto Brasil de Todas as Telas com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual de R$ 1,2 bilhão para os próximos doze meses, com o objetivo de fomentar a produção e distribuição de conteúdo audiovisual, implantar e modernizar as salas de cinema e capacitar os profissionais para trabalhar na área. O programa, de responsabilidade da Ancine e do Ministério da Cultura, tem o objetivo de colocar o Brasil entre os cinco maiores mercados para produção e programação de conteúdos audiovisuais. /revistasenal

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» PAY TV

Brasil tem dois novos canais internacionais O Brasil acaba de ganhar dois canais de conteúdo nacional voltados para o mercado dos países de língua portuguesa. Hugo Aloy, que deixou o cargo de gerente de marketing e conteúdo da GVT, criou uma nova empresa, a Seven TV International, que lançou os canais Só Novelas e Premium1. Os canais são distribuídos apenas no mercado internacional, inicialmente na África (Angola e Moçambique) e até o começo de 2015 em Portugal. O Só Novelas é um canal básico e já conta com cerca de 400 mil assinantes nos países africanos. O Premium1 é um canal premium, com novelas, filmes e séries, e nasce com 120 mil assinantes.

Sofía Ioannou deixou a Direção Geral da Viacom International Media Networks (VIMN) – The Americas. Ela será interinamente substituída por Pierluigi Gazzolo, que já havia ocupado o cargo e hoje atua como COO da VIMN. A companhia está buscando no mercado um substituto permanente para Ioannou.

Se lança empresa de compartilhamento de torres para TV Se lança empresa de compartilhamento de torres para TV O Grupo Bandeirantes e a Highline do Brasil criaram a Highline Broadcast, para fornecimento de infraestrutura para rádio e televisão. • A nova companhia nasce com 100 torres de transmissão que pertenciam ao Grupo Bandeirantes e estão espalhadas em todo o país. • A composição acionária da Highline Broadcast será divida em 40% para o Grupo Bandeirantes e 60% para a Highline do Brasil • É uma empresa controlada pelo fundo P2 Brasil de infraestrutura - joint venture formada pelo Pátria Investimentos e Grupo Promon. • A nova empresa poderá fornecer seus serviços para qualquer emissora no país.

» PRODUÇÃO

Novos acordos de coprodução vêm ao Brasil A Telemundo e a Sony Pictures Television (SPT) coproduzirão conteúdos para exibição pela Telemundo nos Estados Unidos e ainda distribuição global pela Telemundo Internacional. Pelo acordo de três anos, a SPT produzirá uma série por ano, para exibição em horário nobre. A Teleset, produtora da SPT, produzirá as séries no México em associação com a Telemundo Studios. A primeira série começará a ser produzida no início de 2015. Por outro lado, Record e GGP Produções fecharon acordo de produção conjunta, que tem como objetivo a produção de pelo menos duas atrações semanais a serem apresentadas em horário nobre. As novas produções estreiam no primeiro trimestre de 2015.

Noticias en Twitter HBO Brasil @HBO_Brasil

Pelo 14º consecutivo, nossas histórias receberam o maior número de indicações ao EMMY. A #HBOBR sinceramente todo o apoio de seus fãs.

Fox Sports Brasil @FoxSports_br

#BoaTardeCopa Argentinos começam “invasão” ao Rio de Janeiro e armam barracas no Terreirão do Samba, na expectativa da grande final.

ESPNBRA @ESPNBRA

Cristiano Ronaldo é premiado como melhor da Liga Espanhola http://bit.ly/1wbogMM

Discovery Brasil @discoverybrasil

Já imaginou como seria ver um show de fogos de artifício do céu? [VÍDEO] >>> http://goo.gl/liVfOa

TBS_Brasil @TBS_Brasil

Música, alegria e muita emoção vão animar o seu inverno! Não perca “Happy Feet, o Pinguin”, às 22h #EntreUmJogoEOutro

TNT Brasil @TNTbr

Garantimos que a nova temporada de #UnderTheDomeTNT vai te surpreender! Assista ao primeiro episódio no dia 28/07. SEÑAL INTERNACIONAL 2014

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ENTREVISTA

“Nosso crescimento

em audiência acontece pela

oferta de conteúdo de qualidade”

Gustavo Leme, Vicepresidente Sênior e Diretor Geral para o Brasil da Fox International Channels Brasil, cuenta como foi a expansão dos canais do grupo FOX no Brasil, e as tendências de um mercado em crescimento constante.

A

penas seis meses após o seu lançamento no Brasil, FOX Sports 2 já está presente em quatro milhões de casas no mercado local e está disponível em todas as empresas de TV paga no Brasil, exceto Sky. Fox International Channels tembem lançou o Fox Play no Brasil, o serviço VOD e de eventos ao vivo. Para discutir estes crescimentos, Señal Internacional falou com Gustavo Leme, Vicepresidente Sênior e Diretor Geral para o Brasil da Fox International Channels Brasil. ¿Como foi a ampliação do portfólio de canais na FOX no mercado do Brasil? “A expansão dos canais do grupo FOX no Brasil aconteceu de forma natural. Com a consolidação de canais como FOX, FX, Nat Geo e FOX Life, notamos a necessidade, por parte dos telespectadores, de outras opções e assim chegamos com FOX Sports há dois anos e depois com FOX Sports 2, há seis meses. Também lançamos o novo FOX Life. Mais recentemente lançamos as versões em HD dos canais FOX, FX e Nat Geo para algumas operadoras”.

4 · SEÑAL INTERNACIONAL

2014

Sergio Cnavese

Gustavo Leme

¿Quais são os principais objetivos da empresa em relação a penetração? “Atualmente, com os canais FOX, chegamos a mais de 16 milhões de lares no Brasil. Os nossos canais estão nas principais operadoras do país. Nossa intenção é que a audiência que assista aos canais FOX sinta-se familiarizada com nosso conteúdo para conseguirmos chegar ainda em mais lares”. ¿Como você percebe o presente do mercado da Pay-TV no Brasil? “A tendência do mercado é de crescimento constante, sem a euforia dos últimos dois anos. O objetivo dos canais FOX no Brasil, com tantas emissoras de TV aberta, é levar conteúdo nacional de qualidade que desperte o interesse da audiência e que possa informar e entreter quem está em casa”. ¿Qual é o driver para aumentar a expansão neste mercado? “Vivemos nos atualizando constantemente e levando as novidades aos telespectadores. Nosso crescimento em audiência acontece principalmente pela oferta de conteúdo de qualidade,

mas também devido a estratégias de programação definidas por um time que pesquisa para cada canal o que os telespectadores querem assistir em determinados horários. Além disso, os lançamentos das versões em HD de FOX, FX e Nat Geo ajudam a audiência a se sentir mais interessada pela atração. O lançamento do serviço de vídeo sob demanda da FOX no Brasil, o FOX Play, em junho deste ano, também teve papel fundamental no nosso crescimento”. ¿Como você analisa o crescimento de distribuição que a Fox Sports e Fox Sports 2 no Brasil? “Com FOX Sports, estamos em todas as principais operadoras do Brasil e com FOX Sports 2 só não estamos, por enquanto, na SKY. Acredito que o crescimento em distribuição e, consequentemente, em audiência tenha como motivos as diferentes produções e programações de cada um dos canais. Além dos programas exclusivos em cada um deles. Estamos sempre buscando as melhores opções com uma equipe de profissionais respeitados”. ¿Quais serão os próximos objetivos da distribuição e posicionamento para estas marcas? “Em termos de distribuição, apenas o FOX Sports 2 ainda não chegou na Sky. Portanto estamos satisfeitos. Os nossos objetivos para os canais de esporte é poder oferecer torneios de diferentes modalidades esportivas, como NASCAR, Major League Baseball, ATP de Tênis, Bellator MMA e o melhor dos campeonatos de futebol pelo mundo: Copa Bridgestone Libertadores, Serie A TIM, Campeonato Argentino, Barclays Premier League, e a partir de 2015 o campeonato alemão Bundesliga”. ¿Quão importante é para uma marca de esporte o fato de ter programação local e continental? “A programação local, não somente para os canais de esportes, traz maior afinidade com o publico enquanto a programação continental e a global dão maior peso ao canal”.

Por Diego Alfagemez /revistasenal

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SEÑAL INTERNACIONAL 2014

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PANORAMA

Brasil,

uma terra de oportunidades O mercado de TV por assinatura brasileiro fechou o mês de maio com 18,76 milhões de assinantes, com a penetração do serviço chegando a 28,72% dos lares do País. Na divisão por grupo econômicos, a Telmex (Claro/ Net) é a que tem a maior base. com 14,18 mil e 3,7 mil assinantes respectivamente. A região Sudeste ainda é a que “puxa” a base para cima, com uma densidade de 40,70% dos domicílios. As regiões com maior campo verde para a TV paga são a Nordeste, com densidade de apenas 13,21%, e Norte, com TV por assinatura em 17,14% dos lares. As regiões Centro-Oeste e Sul contam com densidades de 26,36% e 28,29%, respectivamente, próximas à média nacional. Na divisão por grupo econômicos, a Telmex (Claro/Net) é a que tem a maior base - 10,03 milhões, tendo acumulado

306,24 mil novos assinantes em 2014 até maio. Depois vem a Sky, com 5,57 milhões, somando 161,71 novos assinantes no acumulado do ano. Na sequência estão Oi TV, com 863,0 mil; GVT TV, com 785,13 mil; Vivo TV, com 617,91 mil; Big Brasil, com 159,57 mil; Algar (CTBC Telecom), com 134,48 mil; NossaTV, com 112,08 mil; Cabo Telecom, com 49,09 mil; e Prefeitura de Londrina/Copel, com 11,20 mil. Outras operadoras somaram em maio 414,47 mil assinantes. Em relação ao desempenho de abril, houve uma leve aceleração do ritmo de vendas, impulsionadas sobretudo pela Sky e pelo grupo Claro/Net.

TV por Assinatura POR EMPRESAS Quantitativo de Acessos - Participação de Mercado Grupos Econômicos

O

mercado de TV por assinatura brasileiro fechou o mês de maio com 18,76 milhões de assinantes, o que corresponde a um crescimento de 4,1% no acumulado do ano. Com esta base, a penetração do serviço chega a 28,72% dos lares do País, tendo como base o número de domicílios estimado a partir dos dados publicados pelo IBGE e ANATEL. O crescimento do DTH mantém-se mais acelerado do que o do serviço prestado por TV a cabo. Dos 740.000 assinantes conquistados pelo serviço de TV por assinatura em 2014, aproximadamente 502.000 são de operadoras de DTH, ou seja, dos assinantes entrantes, 67,83% contam com recepção satelital. A base em maio do DTH foi de 11,63 milhões, enquanto o serviço por cabo fechou o mês com 7,11 milhões de assinantes. MMDS e TVA ainda contam

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2014

Janeiro

Telmex (Claro/Embratel/NET) SKY/DirecTV Oi Vivendi (GVT) Telefônica Big Brasil Algar (CTBC Telecom) NossaTV Cabo Prefeitura de Londrina/Copel Outros

Maio

9.729.332 53,57% 10.035.579 53,49% 5.417.101 29,83% 5.578.809 29,74% 831.833 4,58% 863.088 4,60% 701.546 3,86% 785.137 4,18% 591.509 3,26% 617.910 3,29% 158.691 0,87% 159.571 0,85% 135.802 0,75% 134.481 0,72% 105.137 0,58% 112.086 0,60% 49.151 0,27% 49.097 0,26% 16.142 0,09% 11.201 0,06% 426.345 2,35% 414.468 2,21%

TV por Assinatura POR TECNOLOGÍA Quantitativo de Acessos - Participação de Mercado Tecnologia DTH TVC MMDS TVA

Janeiro

Maio

11.235.223 61,86% 11.629.802 61,99% 6.907.467 38,03% 7.113.760 37,92% 16.232 0,09% 14.184 0,08% 3.667 0,02% 3.681 0,02% /revistasenal

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ENTREVISTA

A Discovery Networks Latin America/US Hispanic anunciou a promoção de Fernando Medin a Vice-Presidente Executivo. O executivo analisa o mercado da TV paga no Brasil e explica o posicionamento da Discovery no território brasileiro. Fernando Medin

“Nossas marcas são altamente valorizadas”

A

Discovery Networks Latin America/US Hispanic anunciou a promoção de Fernando Medin a VicePresidente Executivo. Medin continuará a exercer suas funções como DiretorGeral no escritório da empresa em São Paulo, e a reportar-se diretamente a Enrique Martinez, Presidente e DiretorGeral da empresa. Para descrever essa nova responsabilidade, Señal Internacional , entrevistou Medin. ¿O que faz a nível pessoal e profissional esta nova promoção? “Significa o reconhecimento por um trabalho que já vinha sendo realizado na Discovery e também um conjunto de novos desafios e responsabilidades”. ¿Como analisa o mercado da TV paga no Brasil? “O mercado brasileiro de TV por assinatura continua a viver um período de expansão. Embora os índices atuais de crescimento não sejam tão expressivos quanto os dos anos anteriores, trata-se de uma indústria que ainda demonstra imenso potencial, alavancada pelo desejo constante do consumidor em adquirir o serviço. O mercado tem tudo para manter-se em ascensão e atrair novos assinantes. O desafio é continuar crescendo e gerenciar o churn”. ¿Como você descreveria o posicionamento da Discovery Networks no território brasileiro? “A Discovery conta com um sólido portfólio, composto por 11 canais e 4

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2014

simulcasts em HD. Nossas marcas são altamente valorizadas e temos obtido excelentes resultados de audiência. De janeiro a junho de 2014, em comparação com o primeiro semestre de 2013, o Discovery, líder entre os canais factuais, teve crescimento de 56%; o Discovery Home & Health, líder de estilo de vida, aumentou sua audiência em 126%; o Discovery Kids, líder da TV por assinatura, teve crescimento de 26%, enquanto o TLC viu sua audiência aumentar 175%”. ¿Como foi a expansão dos sinais da empresa nos últimos meses? “Além de expandirmos a distribuição de alguns de nosso canais, como é o caso do Discovery Turbo, grande prioridade da empresa no Brasil este ano, também obtivemos resultados expressivos de audiência. De janeiro a junho, em comparação com o primeiro semestre de 2013, o Discovery, líder entre os canais factuais, teve crescimento de 56%; o Discovery Home & Health, líder de estilo de vida, aumentou sua audiência em 126%. O Discovery Kids, líder da TV por assinatura, teve crescimento de 26%, enquanto o TLC viu sua audiência aumentar 175%”. ¿Quais são os principais fatores para crescer na distribuição? “Embora o oferecimento de canais em HD e o triple play ainda sirvam como

recursos importantes para impulsionar o mercado, o conteúdo sob demanda e outros serviços de valor agregado estão se tornando novos drivers. No entanto, acreditamos que oferecer conteúdo de qualidade sempre será o driver mais importante, uma vez que os consumidor assina a TV por assinatura pelo conteúdo oferecido”. ¿Como foi a expansão de plataformas OTT no mercado brasileiro? “Tanto o OTT como o TV Everywhere têm apresentando um certo crescimento, mas ainda não são amplamenten acessíveis. Notamos, recentemente, o lançamento de alguns video players no mercado, mas sua adoção pelo consumidor ainda é tímida”.

Por Diego Alfagemez DICOVERY NO BRASIL Discovery conta com um portfólio composto por 11 canais e 4 simulcasts em HD. De janeiro a junho de 2014, em comparação com o primeiro semestre de 2013, o Discovery, líder entre os canais factuais, teve crescimento de 56%. Discovery Home & Health, líder de estilo de vida, aumentou sua audiência em 126%. Discovery Kids, líder da TV por assinatura, teve crescimento de 26%. TLC viu sua audiência aumentar 175%.

/revistasenal

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CONVENÇÕES

A 15ª edição do evento teve a presença de autoridades locais da política do audiovisual, e executivos de televisão do mercado internacional de Israel, Turquia e Portugal. Houve também mais de cinqüenta canais e programadoras em rodadas de negócios.

F

oi realizada os dias 4 e 5 de junho, a 15ª edição do Fórum Brasil de Televisão, o mais importante encontro independente de negócios em programação de TV da América Latina. Cerca de 70 palestrantes e debatedores, representando pelo menos 50 canais de TV aberta e por assinatura, nacionais e internacionais, foram presentes para interagir com a comunidade de produção e discutir suas principais questões. Esta edição do Fórum teve como mote principal a TV que o mercado brasileiro deseja construir para o futuro. Dadas as condições para a criação de uma indústria de produção independente no Brasil, o que esperar deste conteúdo? Como chegar a um padrão de qualidade internacional? Quais as vocações do Brasil em gêneros e formatos? O evento contou com progrmacion de painéis em onde discutiram os principais temas envolvendo questões como

Os próximos desafios

da indústria do audiovisual no Brasil modelos de negócios, financiamento de produção, crescimento do mercado, qualidade e conteúdo. O evento foi complementado com a programação de Workshops de negócios e regulatórios, encontros com executivos de produção e programação dos principais canais de TV por assinaturas nacionais e internacionais, rodadas de negócios, além de apresentação de cases de sucesso na produção de conteúdo para TV.

m Farrell Meisel, da Global Agency

m Painel: “On-demand”

m Painel “A TV que queremos”

m Nelson Sato, da Sato Company

10 · SEÑAL INTERNACIONAL

m Rogério Gallo da Turner

2014

m Fernando Magalhães, da Net Serviços

/revistasenal

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BREVES

Netflix fatura

us$ 1,34 bilhão

no segundo trimestre

Marcelo Spinola, Diretor De Canais Internacionais da Globosat

O

executivo Marcelo Spinola será o responsável pelo projeto de expansão de canais internacionais da Globosat, maior programadora de TV por assinatura brasileira. Ele assumirá como Diretor de Canais Internacionais da programadora e terá como missão desenvolver projetos e buscar oportunidades para a Globosat fora do Brasil no mercado de TV por assinatura. De acordo com Alberto Pecegueiro, diretorgeral da Globosat, “Marcelo Spinola tem todas as credenciais para contribuir com a expansão do nosso negócio fora do país, não só porque participou ativamente deste trabalho em anos anteriores como também traz conhecimento adquirido com a expansão do canal da Globo Internacional”. Marcelo Spinola é formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e com pósgraduação pela University of California, Berkeley. Tem grande experiência no mercado de TV por assinatura brasileiro e internacional e retorna à Globosat após ser diretor da TV Globo Internacional, onde foi responsável pela expansão da base de operadores e assinantes do canal da Globo em todo o mundo. Na Globosat, participou do lançamento dos canais USA (atual Canal Universal), Canal Brasil, serviço de Pay-Per-View Premiere, além da gestão dos canais Globosat em Portugal. Marcelo Spinola diz que “este será um grande desafio. Acredito que há muitas oportunidades no mercado internacional para uma empresa de classe mundial como a Globosat. O objetivo é levar um modelo de gestão com a qualidade da programadora, que lançou dezenas de canais por assinatura bem sucedidos no Brasil, e que aliado a parceiros estratégicos poderá obter enorme sucesso no mercado de TV por assinatura no exterior”.

O

lucro da Netflix no segundo trimestre deste ano mais que dobrou, em relação ao mesmo período do ano anterior. O balanço da empresa, divulgado nesta segunda, 21, traz um lucro de US$ 71 milhões, contra US$ 29,5 milhões no segundo trimestre de 2013. A receita, do primeiro para o segundo trimestre deste ano, subiu de US$ 1,07 bilhão para US$ 1,34 bilhão. Apenas com o serviço de streaming, o faturamento foi de US$ 1,146 bilhão. Na carta aos investidores, a empresa comemora que, em 15 anos, desde a sua criação, conquistou uma base de 50,05 milhões de assinantes, em mais de 40 países. Com uma receita de US$ 307 milhões no segundo

trimestre e uma base de 13,8 milhões de assinantes, a área de streaming internacional continua a dar prejuízo à empresa. A Netflix teve um prejuízo de US$ 15 milhões com a área internacional no período. O prejuízo, no entanto, vem caindo. No mesmo período de 2013, o serviço prestado fora de seu mercado doméstico faturou US$ 166 milhões, com prejuízo de US$ 66 milhões. A previsão da empresa é que esta área fature US$ 347 no próximo trimestre, mas com um crescimento no prejuízo (para US$ 42 milhões), o que sinaliza o investimento na expansão para novos territórios. No mercado doméstico de streaming, a Netflix faturou US$ 838 milhões, contribuindo no lucro com US$ 227 milhões.

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BREVES

Novo Gerente Geral do escritório brasileiro do A&E

E Emilio Alcalde

duardo Ruiz, Presidente e Gerente Geral do A+E Networks América Latina, anunciou a promoção de Emilio Alcalde para o cargo de Gerente Geral do escritório brasileiro do A&E, sediado em São Paulo. Em seu novo papel, Alcalde liderará e supervisionará as operações no Brasil, incluindo as áreas administrativas, on air, marketing, digital, programação e vendas publicitárias. O executivo, que já estava há 14 anos no A+E Networks América Latina, era o Diretor de Vendas Publicitárias, sendo responsável pelo

desenvolvimento comercial das marcas A&E, History e Bio nos principais mercados da América Latina, com ênfase no Brasil, onde liderava a equipe comercial do grupo A&E. Alcalde é norte-americano de origem cubana e fala espanhol, inglês, português, francês e russo. tem também mestrado em artes cinematográficas com especialização em direção de cinema e TV pela universidade russa do cinema, vgik, (All-Russian State University of Cinematography), em Moscou, Rússia.

Gasto com publicidade deve crescer 4,4%

A

PwC projeta que os investimentos em publicidade na indústria de entretenimento e mídia no mundo irá aumentar nos próximos cinco anos. O gasto médio com publicidade em televisão, sites, jornal, revista, mídia out-ofhome, rádio deve crescer 4,4% até 2018. A 15ª edição do Global Entertainment & Media Outlook Overview 2014-2018 abrange 54 países, que representam 80% da população mundial e traz importantes insights sobre 13 setores da indústria. A TV continua sendo o canal com mais investimentos publicitários, responsável por 32% dos gastos em 2013 e com previsão de aumento global de 34% até 2018. Na projeção global da publicidade veiculada na TV, o aumento de cerca de 5% deve levar a um faturamento de US$ 215 bilhões nos próximos

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cinco anos. Segundo a pesquisa, o mercado de Entertainment & Media em países emergentes, como Brasil e Rússia, aumenta praticamente em 50% o seu faturamento no período de 2014 a 2018. Um dos fatores é o crescimento da classe média e da urbanização nestes países. Já a Internet está em segundo lugar global em investimentos em publicidade. O crescimento foi de 17% em 2013 e deve atingir 21% até 2018, aponta o estudo. Espera-se que, até 2018, o Brasil seja o quarto mercado global em gastos com acesso à Internet, com expectativa de crescimento de 85%, podendo faturar US$ 3,3 bilhões. De acordo com a pesquisa da PwC, o gasto mundial esperado para acesso à Internet em 2018 é de US$ 635 bilhões, com um crescimento médio ponderado de 8,9% ao ano. 2014

AT&T compra a DirecTV por US$ 48,5 bilhões

A

operadora de DTH DirecTV e a empresa de telecomunicações norte-americana At&T finalmente anunciaram os termos do acordo pelo qual a AT&T assume o controle da empresa de TV paga. A operação tem implicações diretas para o mercado brasileiro, já que a DirecTV é a controladora da Sky no País, e a AT&T é vista como uma potencial participante no leilão de 4G na faixa de 700 MHz, programado para acontecer em agosto. Pelos termos do negócio, a AT&T está comprando o controle da DirecTV em uma transação que envolve 30% do valor em cash e 70% em ações da própria AT&T, tendo sido a DirecTV avaliada em nada menos do que US$ 67 bilhões, e o custo da operação para a AT&T deve ser de US$ 48,5 bilhões. A avaliação considerou um múltiplo de 7,7 vezes o EBITDA da DirecTV. A DirecTV tem pouco mais de 20 milhões de assinantes nos EUA e mais 18 milhões na América Latina (incluindo os 5,8 milhões de clientes no Brasil e mais de 6 milhões de clientes no México). Já a AT&T tem, nos EUA, além de quase 18 milhões de usuários de banda larga (por xDSL, fibra e satélite), cerca de 5,7 milhões de assinantes do serviço de vídeo por IPTV, que funciona em uma tecnologia híbrida com fibra e VDSL em mais de 100 cidades, e 29 mil pontos de acesso Wi-Fi. /revistasenal

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TECNOLOGIA

Thierry Martin, Director Regional de América del Sur da Nagra, analisa o mercado de TV paga brasileiro e também explica as implementações OpenTV 5 e QuickStart OTT, que seram apresentadas na ABTA 2014. Thierry Martin

“O público brasileiro

E

é muito exigente”

m 2014 ABTA, Nagra exibirão a implementação do OpenTV 5, ao lado da solução QuickStart OTT, que fornece serviços de TV com funções OTT. Para descrever esses lançamentos, Señal Internacional falou com Thierry Martin, Director Regional de América del Sur da Nagra. ¿Como você analisa o mercado de TV paga brasileiro? “O mercado de TV por assinatura no Brasil pode dar a impressão de ter atingido um clímax, com os assinantes já tendo tudo o que querem e estando satisfeitos com isso. Mas não é bem assim, pois o público brasileiro é muito exigente e sempre quer mais”.

OpenTV 5

A solução faz farte de uma categoria própria que oferece recursos robustos que tornam a casa conectada uma realidade. Desenvolvido no sistema Linux, é uma solução completamente nova que utiliza HTML5 e componentes de código aberto. Combinados com os componentes de TV digital da Nagra, como Media Live e JoinIn, permite uma experiência intuitiva ao usuário final em diferentes equipamentos.

• •

14 · SEÑAL INTERNACIONAL

2014

Quais são as suas expectativas para OpenTV 5 ABTA 2014? “Nós apresentamos o OpenTV 5 no ano passado. No entanto, a diferença este ano é que vamos demonstrar de fato as implementações da solução em clientes no Brasil. Foi implementado em várias operadoras de TV por assinatura na América Latina, incluindo Telefónica e Unotel, e na Ásia, com a StarHub”. Qual é a importância da tecnologia multiscreen para o desenvolvimento da indústria de TV por assinatura? “A tecnologia multiscreen é o futuro. Não há como escapar dela e os assinantes de TV por assinatura a estão demandando de suas operadoras. A proliferação de equipamentos conectados à internet também é uma clara indicação de que a tecnologia multiscreen não vai desaparecer tão cedo. Mais e mais operadoras estão oferecendo multiscreen como parte de suas estratégias, já que isso dá a elas novas formas de prover serviços e conteúdos avançados de forma a tornar a experiência de assistir TV mais interativa e pessoal”. Como é o presente desta tendência tecnologia no Brasil? “A tendência multiscreen está ficando cada vez mais popular e a demanda do público provavelmente continuará a crescer. Quanto mais a infraestrutura do país for capaz de suportar tal demanda

por meio de canais de difusão televisiva e banda larga, mais rápido a tecnologia multiscreen se popularizará”. Como vêem o potencial de negócios de serviços em nuvem para a indústria de TV por assinatura? “O potencial é enorme e crescerá ainda mais de acordo com a forma com que novas tecnologias serão recebidas pelo mercado. Esperamos que sejam recebidas de forma bastante positiva, considerando que a nuvem oferece tantas oportunidades e possibilidades para as operadoras de TV por assinatura, seja na forma de entregar ou proteger conteúdo, permitindo a elas se beneficiar de soluções complexas sem a necessidade de grandes investimentos ou mudanças nas suas infraestruturas já existentes”.

Por Diego Alfagemez

QuickStart OTT  Linha de soluções pré-integradas criadas para acelerar a colocação no mercado de serviços de TV digital, incluindo OTT e conteúdo on-demand.  Permite a os provedores de serviços rentabilizar com suas redes de forma rápida e eficiente  Incorpora as mais novas tecnologias da Nagra, incluindo a solução DRM de proteção de conteúdo aprovada por Hollywood.  Permite vídeo-on-demand (VOD), transactional VOD, subscription VOD, assim como PVR externo e network PVR.  Utiliza a infraestrutura existente do provedor e não necessita de qualquer investimento adicional.

/revistasenal

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