Señal Internacional (Especial Agosto / ABTA)

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FORUM BRASIL - M E R C A D O I N T E R N AC I O N A L D E T V

Entre os dias 15 e 16 de junho, aconteceu em São Paulo a 12ª edição do “Forum Brasil - Mercado Internacional de Televisão”, o mais importante encontro de negócios em programação de TV da América Latina. Mais de 70 convidados de 20 países,

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entre emissoras de TV e produtoras, estiveram presentes para discutir as perspectivas e a evolução do mercado de conteúdo audiovisual no Brasil e no mundo.

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DISCOVERY NETWO R KS

T V PAG A N O B R AS I L

F OX , U M S U C E SS O B R ASILEIRO

Fernando Medin e o Vice-Presidente Sênior e Diretor-Geral da Discovery Networks Latin America/US Hispanic no Brasil e Cone Sul. Com 15 anos de experiência na indústria de TV por assinatura, Medin supervisiona a operação da Discovery Networks no país.

Brasil encerrou o primeiro semestre de 2011 com 11,1 milhões de domicílios atendidos pela TV por assinatura. Nos seis primeiros meses de 2011, mais de 1,3 milhão de pessoas assinaram algum serviço de TV paga, o que representa um crescimento de 13,7%.

El Grand Gustavo Leme, Vice Presidente Senior e Diretor Geral de Fox Latin American Channels do Brasil conta como foi o crescimento das operações da companhia no país. Também explica quais são os canais de maior sucesso e quais são aqueles que buscam maior crescimento.

EDICION ESPECIAL - AGOSTO 2011 Señal Alternativa S.R.L.

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ALTERNATIVA

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2ble Click » PAY TV

» TECNOLOGIA

Comcast investe em conteúdo latino

BBC inicia ampliação internacional do VOD iPlayer

A Comcast, maior operadora de cabo do Estados Unidos e controladora de diversos canais pagos, adicionou oito canais latinos à sua oferta, aumentando o alcance destes canais em 14 milhões de assinantes de origem latina. Os novos canais são Azteca América, Galavisión, HITN, LATV, Telefutura, Telemundo, Mund2 e Univisión. A FCC, órgão regulador das comunicações nos EUA, havia pedido ao operador que acrescentasse três novos canais latinos em um curto prazo, e a empresa respondeu com oito novas opções no line-up. A Comcast tem de mais de 23 milhões de clientes em os EUA.

» PAY TV

Vh1 estreia produções nacionais do Comedy Central Algumas produções locais realizadas para o canal Comedy Central, que chega ao Brasil e à América Latina no início de 2012, poderão ser vistas no Vh1 em setembro. O canal exibirá durante todo o mês o “Comedy Central Apresenta o Mês da Comédia na Vh1”, com programas de stand-up comedy brasileiros e internacionais, de segunda à sexta, às 23h, com duração de uma hora. O especial também acontece no México e na Argentina, pelo segundo ano consecutivo, com humoristas locais. O mês da comédia no Vh1 inaugura as primeiras produções locais de Comedy Central na América Latina. O projeto tem início no dia 5 de setembro, segunda-feira, às 23h, com o comediante americano Dane Cook

» TELECOMUNICAÇOES

Anatel deverá modificar resolução 537 O edital para a licitação da faixa de 3,5 GHz, cuja consulta pública terminou, poderá ser profundamente modificado em função da interferência que o WiMAX causa na banda C do satélite. De acordo com interlocutores da Anatel, a agência se sensibilizou sobre a necessidade de modificar as regras para garantir que os dois serviços funcionem harmonicamente. Essa mudança de postura reflete na criação de um grupo técnico para discutir o assunto com base em estudos que serão feitos pelo CPqD. A agência estaria disposta a alterar a resolução 537, que determina as condições de uso da faixa de 3,5 GHz, de modo a ampliar a banda de guarda, o que implicaria uma redução significativa da faixa que será licitada e consequentemente na alteração da proposta de edital submetida à consulta pública. A Anatel discute também realizar a venda das faixas progressivamente.

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O IPlayer, serviço de video-on-demand da BBC, atualmente disponível apenas no Reino Unido, está prestes a ser disponibilizado internacionalmente. O serviço, destinado ao iPad, estará disponível inicialmente em cerca de 11 países, com conteúdo completamente diferente daquele oferecido no Reino Unido, apesar de ter o mesmo nome comercial. Ao invés de permitir o acesso ao conteúdo de canais ao vivo de rádio e TV ou programas que foram mostrados durante a última semana, o serviço será baseado no “melhor dos programas atuais e antigos BBC”, incluindo sucessos como “Fawlty Towers”, “Only Fools and Horses” e “Sherlock”. Aqueles que querem acesso à aplicação global terão de optar por uma assinatura mensal ou anual. Eles também terão acesso a um aplicativo que não está disponível no Reino Unido, que permitirá baixar o conteúdo para visualização off-line

» TELECOMUNICAÇOES

VOD deve movimentar US$ 5,7 bilhões em 2016 Um relatório da TV Digital Research aponta que o mercado global de vídeo sob demanda terá enorme crescimento até 2016, quando a receita deve chegar a US$ 5,7 bilhões no ano, um aumento de 58% em comparação com 2010. O estudo deixa de fora as receitas obtidas com conteúdo adulto, esportes e serviços de VOD por assinatura. A TV a cabo, que vem perdendo mercado por conta da concorrência com o DTH e serviços over-the-top (OTT), deve ser a principal plataforma para serviços sob demanda até 2016, quando deve acumular US$ 2,6 bilhões com o serviço. Em seguida vem o DTH, que deve faturar US$ 1,7 bilhão, seguido por IPTV e a TV digital terrestre.

» PAY TV

Bloco de animação do FX ganha nova identidade visual O bloco de animação para adultos do FX, o “Não Perturbe!”, estreia uma nova identidade visual. O novo “look & feel” do bloco foi realizado pelo departamento de criação da Fox Latin American Channels, com direção de criação de André Takeda. Uma das novidades é a estreia de um logo animado, um personagem mal-humorado e irreverente que interage com os protagonistas das séries que compõem o bloco. Além disso, o novo “look and feel” tem uma paleta de cores mais viva e recursos tipográficos que criam um estilo pop, porém ácido.


» PUBLICIDADE

Investimento em mídia digital deve ser de R$ 3,04 bi em 2011 O IAB Brasil estima que ao final de 2011 o investimento em mídia digital será de R$ 3,04 bilhões, o que equivale a 10% do bolo publicitário brasileiro. A novidade da projeção do Interactive Advertising Bureau é que ela considera o valor de search, que outras pesquisas não consideram. A projeção foi realizada com dados nas estimativas dos 132 associados do IAB Brasil, que representam 90% do faturamento de mídia digital do país. De acordo com o IAB, metade desses R$ 3,04 bilhões de faturamento serão de busca e metade serão de display. O faturamento da Internet considerando apenas displays foi de R$ 1,216 bilhão em 2010, segundo o projeto Intermeios.

» PAY TV

Programadoras e operadoras contra cotas de conteúdo As programadoras e as operadoras de TV por assinatura sugerem que sejam excluídos da proposta do novo Regulamento de TV a Cabo os artigos que criam cotas para o conteúdo regional (artigo 58) e a reserva para o conteúdo nacional independente de pelo menos um canal destinado à prestação permanente (artigo 60). Para a HBO, a Anatel extrapola sua competência ao regular o conteúdo transmitido pelas redes de telecomunicações. Já a Oi, Net, CTBC e a Telefônica também sugerem a exclusão dos artigos, mas o argumento é outro.

» TELECOMUNICAÇOES

America Movil tem 20,8 milhões de unidades fixas no Brasil De acordo com o balanço divulgado nesta sexta pela America Movil, acionista da Net, Embratel e Claro, a holding conquistou 1,2 milhão de novas UGRs nas plataformas fixas no Brasil no segundo trimestre, chegando a 20,8 milhões. Neste crescimento de aproximadamente 6% em relação ao trimestre anterior estão as novas UGRs da Net somadas às da Embratel nas localidades onde já está vendendo banda larga nas redes HFC. Net tem 4,5 milhões assinantes do serviço de TV, 3,9 milhões de assinantes de banda larga e 3,5 milhões de assinantes do serviço de voz.

Notícias significativas

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Discovery Kids reformula site O site do Discovery Kids passou por recentes reformulações orientadas por pesquisas qualitativas e levantamentos feitos nas redes sociais. As mudanças foram feitas para facilitar a navegabilidade e trazer mais conteúdos. Essa é a primeira etapa de uma série de renovações que deve acontecer ao longo de 2011.

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Sony Spin abre sinal em agosto O sinal do Sony Spin estará aberto durante o mês de agosto na TVA e na Net. Na TVA, o sinal do canal estará disponível

durante todo o mês e na Net estará aberto para clientes dos pacotes digitais entre os dias 2 e 12 de agosto.

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Globosat têm novas especificações de áudio e vídeo Os canais Globosat alteraram seu formato de exibição para áudio e vídeo e todo o material comercial que recebem devem seguir novas especificações técnicas. A principal alteração é no CODEC. Atualmente, os canais utilizam o DVC PRO 50.

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Sky recebe autorização para uso da faixa de 2,5 GHz

Braço do grupo Sky em Brasília, a TV Filme Brasília está liberada para oferecer serviços de acesso à Internet na faixa de 2,5 GHz. Para obter as licenças de uso da faixa para o Serviços de Comunicação Multimídia (SCM), a empresa terá que pagar R$ 9,5 milhões à Anatel.

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Receptor ISDB-Tb leva imagens da TV ao iPhone Qualicable lançou o Buffalo 1Seg DH-ONE/IP, sintonizador de TV digital compatível com o padrão brasileiro para produtos Apple. O DH-ONE é compatível com iPod Touch, iPad, IPhone 3GS e iPhone4.

Novidade Uma das novidades que deve surgir no novo Regulamento do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), e a possibilidade de revenda da capacidade das redes de SCM. Seria uma espécie de modalidade de operadoras virtuais de banda larga, como existe no serviço móvel.

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Convenções »

O futuro da produção

de conteúdo para televisão Mais de 70 convidados de 20 países, entre emissoras de TV e produtoras, estiveram presentes no “Forum Brasil - Mercado Internacional de Televisão” para discutir as perspectivas e a evolução do mercado de conteúdo audiovisual no Brasil e no mundo.

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ntre os dias 15 e 16 de junho, aconteceu em São Paulo a 12ª edição do “Forum Brasil - Mercado Internacional de Televisão”, o mais importante encontro de negócios em programação de TV da América Latina. Mais de 70 convidados de 20 países, entre emissoras de TV e produtoras, estiveram presentes para discutir as perspectivas e a evolução do mercado de conteúdo audiovisual no Brasil e no mundo. No dia 14, que antecedeu o evento, aconteceu o workshop internacional: “Guia para produtores: como criar um projeto transmedia de sucesso”, que mostrou como desenvolver, financiar, produzir e distribuir conteúdo de entretenimento em várias plataformas, e foi promovido por Nuno Bernardo, CEO e fundador da produtora portuguesa beActive, uma das maiores especialistas globais em desenvolvimento de produções multiplataforma. No dia 15, primeiro dia do evento, as principais atrações ficaram por conta dos seminários, como o “O Business do Transmedia”, onde 6 ·

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os convidados deram exemplos de trabalhos que souberam explorar as diferentes platarformas (TV, celular e internet) de maneira integrada, com as participações de Nuno Bernardo (beActive) e Giuliano Chiaradia (TV Globo). Outro seminário importante do dia foi o “Produzindo para TV por Assinatura”, que teve a participação de Daniel Conti (Glitz), Roberto Martha (Viacom), Renata Netto (ESPN), Krishna Mahon (History e Biography Channel), Tatiana Costa (Multishow) e Marcello Braga (Fox). O painel teve como objetivo expor a visão dos canais e suas expectativas em relação à produção nacional no setor. Pela primeira vez, o Forum Brasil de TV trouxe para a sua programação o seminário de negócios ComKids/ Fórum Brasil: “Programação infantojuvenil: visões de futuro”, “Digital, um universo de possibilidades”, “Iniciativas para o desenvolvimento do setor” e “A jornada do conteúdo infantil”. Durante os seminários, Adriano Schmid (Discovery Kids) defendeu que o Ibope passe a mensurar a audiência de telespectadores a partir dos dois anos de idade.


OPORTUNIDADES DO MERCADO Também fizeram parte da programação do dia 15 as tradicionais “Sessões de 30 Minutos”’, com os convidados: Alexandre Cunha (Canal Brasil), Juliana Lins (Canal Futura), Zico Goes (MTV), Cris Lobo e Raq Affonso (Mix TV), Antonio Ricardo (WooHoo) e Krishna Mahon (History). Fez parte da programação o “Encontro das TVs de Língua Portuguesa”, um panorama das oportunidades do mercado nos países africanos. Foram discutidos o impacto do crescimento econômico na indústria da comunicação e as possibilidades de cooperação entre lusófonos e a América Latina. A última atração do primeiro dia foi a realização do Pitching Transmedia. Cinco projetos de multiplataforma foram defendidos perante um júri internacional. O projeto vencedor foi “Contatos“, da Segunda Feira Filme. O dia 16 do Forum Brasil - Mercado Internacional de Televisão ficou com a palestra do executivo americano Farrell Meisel, um dos mais experientes profissionais de televisão do mundo. Farrell ministrou a palestra “A TV vai ao Front”, sobre sua experiência como consultor na criação do canal Alhurra, rede de televisão de língua árabe, lançada em 2004 e financiada pelo governo dos EUA. Farrell falou sobre o mercado de TV no Afeganistão e os desafios de se produzir e exibir conteúdo em um ambiente hostil e de guerra. O Discovery Channel apresentou em primeira mão, durante a sessão Inside Discovery, o episódio “Soterrados” da Série “Viver para Contar”, um docu-drama coproduzido com a Conspiração Filmes. Depois da exibição, representantes do canal e da produtora contaram os desafios de produzir as histórias que compõem a série. O canal GNT apresentou uma sessão especial com seus projetos desenvolvidos para a programação do canal, em coprodução com programadoras independentes. Participaram Letícia Muhana, Tiago Worcman e Gustavo Baldoni, principais executivos do canal.

A última atração do primeiro dia foi a realização do Pitching Transmedia. Cinco projetos de multiplataforma foram defendidos perante um júri internacional. PRODUÇÃO DE FICÇÃO Outros painéis em destaque foram: “O bom momento da produção ficcional”, uma análise do cenário da produção de ficção para cinema e TV no Brasil e no mundo, com a participação de Carlos Eduardo Rodrigues (Globofilmes, Brasil), François Sauvagnargues (Arte, França), Sergio Sá Leitão (RioFilme, Brasil) e Juan Ignacio Vicente (Canal 13, Chile); “O crescimento da produção regional”, com Alice Urbim (RBS), Mario Neto (TV Alterosa), Alessandra Franco (Rede Bahia), Carlyle Avila (RPC) e Alessandra Franco (Rede Bahia) e “O mercado internacional de conteúdos”, que abordou temas como: Avaliação do momento atual do mercado, as tendências em programação, aquisição versus produção local, a coprodução, os preços internacionais, a concorrência com as plataformas digitais, entre outros. Os painelistas foram Francisco Marmol (Telefe, Argentina), Ernesto Ramirez (Comarex, México), Flor Maria Torres (Ecuador TV, Equador), Maurício Tavares (Rede TV!, Brasil). As “Sessões de 30 Minutos” no último dia do evento tiveram a participação de Érico Silveira (TV Escola), Rogério Brandão (TV Brasil), Mario Sérgio Cardoso e Anna Valéria Tarbas (TV Rá Tim Bum) e Donario Almeida (Canal Rural). O evento que encerrou a 12ª edição do Forum foi o Pitching realizado pelo canal History. Para a disputa foram pré-selecionados cinco projetos, apresentados oralmente pelos produtores para executivos do History e outros canais de TV aberta e por assinatura. A série sobre juízes de futebol “Um Contra Todos”, da produtora Zeppelin, de Porto Alegre, foi a vencedora e recebeu uma verba de desenvolvimento no valor de US$ 20 mil.  SEÑAL INTERNACIONAL 2011

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Panorama »

Brasil, um mercado em crescimento Nos seis primeiros meses de 2011, mais de 1,3 milhão de pessoas assinaram algum serviço de TV paga, o que representa um crescimento de 13,7% em relação ao mesmo período de 2010. O Brasil encerrou o primeiro semestre de 2011 com 11,1 milhões de domicílios atendidos pela TV por assinatura.

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Brasil encerrou o primeiro semestre de 2011 com 11,1 milhões de domicílios atendidos pela TV por assinatura. Nos seis primeiros meses de 2011, mais de 1,3 milhão de pessoas assinaram algum serviço de TV paga, o que representa um crescimento de 13,7% em relação ao mesmo período de 2010. Considerando o número médio de 3,3 pessoas por domicílio, segundo cálculo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o sinal da TV por assinatura já chega a mais de 36,6 milhões de brasileiros. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o setor ganhou em junho 234,6 mil assinantes, o que representa uma evolução de 2,16% em relação à base de assinantes de maio. Em constante crescimento, devido o acesso das classes C e D, na comparação entre junho de 2010 e junho de 2011, a região Nordeste registrou o maior crescimento na base de assinantes de TV paga, com 54,6%. A região Norte vem em segundo, com 42,3%. Entre os estados, a Bahia teve o maior crescimento no número de assinantes, passando de 203.863 em junho de 2010 para 360.808 em junho deste ano. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), cada assinante equivale a um domicílio. Assim, considerando o número médio de 3,3 pessoas por domicílio calculado pelo IBGE, o serviço de TV por assinatura alcança cerca de 36,6 milhões de pessoas no País.A TV paga via satélite, que em abril ultrapassou o número de assinantes da TV a cabo pela primeira vez, continua liderando o mercado, com 50,6% de participação, contra 46,9% de clientes que recebem o sinal da TV por cabo. Em junho de 2011, os serviços prestados via satélite cresceram 3,7% enquanto o número de assinantes que recebem os serviços via cabo aumentou 0,8%. A TV por assinatura via microondas (MMDS) tem 2,48% de participação no mercado. De cada 100 domicílios brasileiros, 18 recebiam sinal da TV paga, de acordo com estimativa da Anatel, a

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espera fechar 2011 com um total de 12,5 milhões de assinantes. Segundo o presidente da ABTA, Alexandre Annenberg, o crescimento expressivo visto pelo setor se deve ao maior poder aquisitivo da classe C, que até então não tinha meios para ter o serviço. Há também uma tendência no mercado para um aumento da concorrência, o que deve gerar preços e serviços mais competitivos, de acordo com o executivo. O crescimento das operadoras DTH, que transmitem seu sinal por satélite, também contribuiu para o boom no mercado. Enquanto que as operadoras de TV a cabo têm cobertura limitada, devido à necessidade de infraestrutura física e de licença aprovada pela Anatel, o serviço por satélite não tem limitações, segundo Annenberg, e pode cobrir todo o território brasileiro. A tecnologia DTH hoje supera o serviço a cabo no Brasil, com 51% de participação de mercado em número de assinantes. O setor de TV por assinatura faturou R$3,6 bilhões no segundo trimestre de 2011, e espera encerrar o ano com um faturamento total de R$14,6 bilhões, ante R$12,3 bilhões registrados ano passado.

11,1 milhões de assinantes

31,8%

de crescimento

1.339 mil

adições líquidas

5,7 assinantes /100 habitantes

partir das informações do número de domicílios divulgadas pelo IBGE.

UM NOVO SEGMENTO

O setor de TV por assinatura brasileiro superou o México em número de assinantes e é hoje o maior mercado da América Latina, fechando o primeiro semestre com presença em 11,1 milhões de domicílios, segundo informou a Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA). A TV por assinatura no Brasil registrou um crescimento de, em média, 19% ao ano desde 2006, e a associação do setor

Por Diego Alfagemez

ACESSOS DE TV POR ASSINATURA MILHARES TV a Cabo DTH MMDS TVA (UHF) Total Densidade*

2009

2010

1T11

2T11

4.315 2.780 355 24 7.473 3,9

4.980 4.476 313 9.769 5,0

5.102 5.023 293 10.419 5,4

5.213 5.619 276 1 11.108 5,7

*Assinantes/100hab; Nota: De acordo com dados da Anatel divulgados em Set/09, o número de Assinantes TV a Cabo foi alterado em função de ajustes nos dados fornecidos pelas Operadoras. A partir de Abr/10 os critérios para determinação do número de assinantes para o Serviço TVA-UHF estão em proceso de revisão pela Anatel.



Entrevista » Planet, Liv, Discovery Home & Health, Discovery Civilization, Discovery Science, Discovery Turbo, TLC HD e Discovery HD Theater. Em conversa exclusiva disse para Señal Internacional as perspectivas deste mercado e da estratégia da Discovery. Como é o desempenho das operações da Discovery Networks no Brasil? Que metas a empresa partiu para esta área? “A Discovery Networks tem crescido constantemente no Brasil. Estamos presenciando um período de muito crescimento para indústria como um todo e os canais da Discovery Networks desfrutam deste movimento positivo. Nosso objetivo é continuar reforçando as nossas marcas, sendo líderes nos diversos gêneros em que atuamos”.

®® Fernando Medin, VP Sênior e Diretor Geral da Discovery Brasil

Discovery Networks

tem crescido constantemente no

Brasil A Fernando Medin, VP Sênior e Diretor Geral da Discovery Brasil fala sobre programação, empacotamento e alta definição.

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partir de 2009 Fernando Medin e o Vice-Presidente Sênior e Diretor-Geral da Discovery Networks Latin America/US Hispanic no Brasil e Cone Sul. Com 15 anos de experiência na indústria de TV por assinatura e mais recentemente no mercado brasileiro, Medin supervisiona toda a operação da Discovery Networks no país. Ele é responsável pelo desenvolvimento de novos negócios e oportunidades para o portfolio das mais de dez marcas como Discovery Channel, Discovery Kids, Animal

O que é especial sobre esse mercado e como se relaciona com o foco de negócio da empresa? “A TV por assinatura no Brasil já atinge quase 40 milhões de pessoas, mas ainda tem um grande potencial de crescimento e isso faz com que o país esteja no foco dos nossos negócios. Hoje o Brasil é o principal mercado da América Latina e o terceiro mais importante para Discovery Communications no mundo, atrás apenas dos EUA e Reino Unido”. Quais são os sinais que são mais bem sucedidas no país e quais são aqueles com os quais ele pretende alcançar um maior crescimento? “Em nosso portfolio de 11 canais, contamos com o canal mais distribuído e o de maior audiência em toda a TV por assinatura brasileira, o Discovery Kids. Além disso, somos líderes entre o gênero de documentários, com o Discovery Channel e contamos ainda com o canal pioneiro de estilo de vida com o Discovery Home & Health. Nosso objetivo é continuar a fortalecer o Liv e fazer dele um canal realmente competitivo no gênero de entretenimento ao adquirir o melhor conteúdo disponível. Também estamos continuamente investindo em nossos canais em alta definição, TLC HD e Discovery HD Theater, que estão entre os canais mais bem recebidos pelo público pela sua alta qualidade de imagem, além dos canais Discovery Turbo, Discovery Science e Discovery Civilization, que em 2011 ganharam novos logotipos e visual gráfico além de um aumento de cerca de 30% no número de estreias de cada canal”.


Como você analisa o presente na indústria de TV por assinatura no Brasil? “A indústria da TV por assinatura está passando por um momento único no Brasil, que acompanha o crescimento econômico do país. Nos últimos cinco anos o mercado de TV por assinatura cresceu 238%. Os brasileiro, que agora possuem um maior poder aquisitivo devido a economia estável estão começando a assinar pacotes de TV por assinatura. A entrada de novas empresas no setor da TV por assinatura também estão ajudando a impulsionar esse crescimento com a venda de pacotes com triple play. O mercado publicitário que não está acompanhando o crescimento da distribuição, umas vez que grande parte deste mercado ainda enxerga a TV por assinatura como um meio de nicho ao invés de um meio que já atinge quase 40 milhões de pessoas”. O mercado neste país atende ao crescimento projetado? Que potencial é dado para o curto e médio prazo? “Nos últimos cinco anos, o Brasil tem superado seu crescimento ano após ano. Crescendo mais de 30% em distribuição nos dois últimos anos. O crescimento deve ser mantido no curto e médio prazo, mas o ritmo pode variar, uma vez que ele também é consequência de fatores macroeconômicos, políticos e regulatórios”. Como é o progresso do segmento HD no mercado brasileiro de TV por Assinatura e su investimento em tecnologia? “A tecnologia em alta definição começou a ganhar força na América Latina, liderado em grande parte, pelo Brasil. As operadoras de TV por assinatura brasileiras realmente impulsionaram e investiram no conteúdo HD. Hoje o mercado conta com mais de 1MM de assinantes de alta definição, ou 10% da base de assinantes, o que é considerado um crescimento expre-

“A indústria da TV por assinatura está passando por um momento único no Brasil, que acompanha o crescimento econômico do país. Nos últimos cinco anos o mercado cresceu 238%”. ssivo para um serviço com pouco menos de dois anos. Por exemplo, os canais do portfolio HD da Discovery Networks já contam com uma excelente base de assinantes que continua crescendo nas principais operadoras do País. São canais muito apreciados pelos telespectadores, por ser 100% em alta definição, oferecendo assim uma experiência única para o telespectador. A expectativa é que a tecnologia HD continue a crescer no Brasil, impulsionada em grande parte pelo mercado de TV por assinatura”.

Como isso impacta o lançamento no mercado de Liv em 2010? “O canal de entretenimento Liv tem sido muito bem recebido pelo mercado. Lançando a pouco mais de um ano, o Liv adquiriu as séries mais bem sucedidas lançadas no anos passado nos EUA, como ´Hawaii Five-O´ e ´Blue Bloods´. A Discovery tem o objetivo de fazer com que o Liv seja um canal realmente competitivo no gênero de entretenimento e, devido a isso, continuaremos a adquirir o melhor conteúdo do gênero”.

Como é a estratégia atual dos operadores de televisão por assinatura? Quais são as tendências da oferta para o assinante? “A estratégia vai de acordo com cada operadora. Há operadoras cujo foco é atrair o assinante da classe C, outras que visam oferecer serviços conjuntos por meio do triple play ou do VoD, e outras que tem estratégias segmentadas para cada público, oferecendo desde pacotes com canais em alta definição a outros mais econômicos”.

Como é a estratégia de produção local para o Brasil? Quanto é que este fator para o desenvolvimento do mercado neste país? “Como em outros países da America Latina, as produções originais são bem recebidas por aqui. No entanto, hoje produzir conteúdo local não é mais visto como um diferencial pela audiência, já que todos os canais internacionais já o fazem. Mais importante do que produzir conteúdo local é ter conteúdo relevante e isso é independente da origem do conteúdo. O mercado de produção independente brasileiro tem crescido, capacitando cada vez mais os profissionais da área, no entanto, ainda é um desafio encontrar produtoras que estejam prontas para atender demanda de produção para um padrão internacional”. Quais são os objectivos da Discovery para o mercado ABTA 2011? “O objetivo da Discovery Networks na ABTA é manter e estreitar o seu relacionamento com o mercado e nosso clientes”. Por Diego Alfagemez

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Entrevista » “O Brasil é um dos países que concentra uma infinidade de variáveis positivas ao negócio, como bom desempenho econômico e um potencial latente de consumo”.

“Fox tem investido de forma crescente em produção nacional”

Gustavo Leme, Vice Presidente Senior e Diretor Geral de Fox Latin American Channels do Brasil conta como foi o crescimento das operações da companhia no país. Também explica quais são os canais de maior sucesso e quais são aqueles que buscam alcançar maior crescimento.

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ustavo Leme é o Vice Presidente Senior e Diretor Geral de Fox Latin American Channels do Brasil, e trabalha com distribuição para as afiliadas, publicidade, marketing e finanças e também a coordena as áreas online e de distribuição de conteúdos para operadoras de telefonia celular da empresa, que reúne os canais Fox, FX, NatGeo, Fox Life, BemSimples, Syfy e Studio Universal. Assim, ele também comanda na implantação de duas importantes divisões: a On-Line, para gerenciar o conteúdo voltado à internet, e a My Fox, que irá distribuir os conteúdos dos canais para telefones celulares. Em diálogo com Señal Internacional Leme conta como foi o crescimento das operações da Fox Latin American Channels no Brasil. Como foi o crescimento das operações de Fox no Brasil, quais são os objetivos?

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“A Fox Latin American Channels vem crescendo significativamente no Brasil, e inclusive o considera um dos mercados mais importantes atualmente no mundo. Para este novo ano fiscal, o foco será em BemSimples. O canal é nosso principal projeto no país nesse momento”. O que é especial sobre este mercado? “O Brasil é um dos países que concentra uma infinidade de variáveis positivas ao negócio, como bom desempenho econômico e um potencial latente de consumo, em especial pelo aumento da renda da população, o que permite maior acesso à TV paga. Segundo um estudo feito pelo Instituto Data Popular, por exemplo, a classe C já responde por 43% do total de usuários pagantes de TV por assinatura. Apesar de uma programação bastante rica, há ainda algumas lacunas de conteúdo. O canal BemSimples supre um desses espaços, o

®® Gustavo Leme, Vice Presidente Senior e Diretor Geral de Fox Latin American Channels do Brasil


o ”Brasil No Prato”

Como é o crescimento do segmento de HD no Brasil e seus investimentos na tecnologia do sistema? “As aquisições de assinaturas nesta tecnologia estão crescendo e o filão HD já representa quase metade das casas com TV paga. A Fox Latin American Channels disponibiliza atualmente dois de seus canais em HD, NatGeo e Fox, mas a intenção é aumentar gradativamente esse espaço e oferecer cada vez mais conteúdo em alta definição para o telespectador”.

“O mercado de TV por assinatura cresceu 30,7% em 2010. Esse crescimento deve continuar acelerado com o maior poder de compra do consumidor brasileiro”. da programação faça você mesmo, com dicas variadas para facilitar o dia a dia das pessoas, de forma inédita e innovadora”. Quais são os canais de maior sucesso no país e quais são aqueles que buscam alcançar maior crescimento? “Temos sete canais no Brasil: Fox, FX, NatGeo, Fox Life, BemSimples, Syfy e Studio Universal, com focos diferentes e programação para os mais diversos públicos, por isso é dificil compará-los e estimar os de maior sucesso. Como BemSimples, nosso lançamento mais recente, é o principal projeto para o Brasil este ano, é o que vem merecendo maior atenção. A partir de outubro, passaremos a gravar todos os programas do canal no país, bem como seus episódios de on air e promos. Para isso, já demos início à contratação de colaboradores, devem ser chamados 30 novos funcionários até o fim do ano para as áreas de produção, programação e criação, bem como departamentos financeiro, jurídico e de RH”. Como é a indústria de TV paga no Brasil hoje? “Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgados em maio

de 2011 mostram que o Brasil tem hoje mais de 10 milhões de lares com TV paga, o que registra um crescimento de 32,5% com relação ao ano anterior. Isso revela que o segmento está em evolução no país e também que existe um enorme potencial a ser explorado”. O mercado está crescendo como planejado? Qual é o termo potencial de curto e médio prazo? “Novamente usando dados da Anatel, sabe-se que o mercado de TV por assinatura cresceu 30,7% em 2010. Acreditamos que esse crescimento deve continuar acelerado com o maior poder de compra do consumidor brasileiro”.

Qual é a estratégia atual dos operadores de TV a cabo? Qual é a tendência da oferta para o assinante? “Não podemos responder pelas operadoras. No entanto, a rapidez com que conseguimos distribuir o canal BemSimples, até o final de julho estaremos em 40% das casas com TV por assinatura do Brasil, pode apontar uma busca por conteúdos como o do novo canal”. Qual foi o impacto do lançamento de BemSimples? “Tivemos uma grande aceitação do público para o canal. Apostamos em um nicho que estava pouco atendido no Brasil, o de faça você mesmo, com dicas para o dia a dia, o que deu muito certo. BemSimples é o único no mercado nacional com 24h de programação com esse perfil. Poucas semanas após o lançamento do sinal no país, fechamos contrato com a NET, a maior operadora de TV por assinatura do Brasil, além da Embratel e de operadoras da NeoTV. Até o final de julho estaremos em mais de 4 milhões de casas em todo território nacional, com sinal também na TVA e na Telefônica. Além disso, continuamos em negociação com outras operadoras, como a SKY”. Qual é o plano de produção local? Qual é a influência deste fator para o desenvolvimento do mercado brasileiro? “A Fox tem investido de forma crescente em produção nacional. Tivemos a série ´9MM: São Paulo´, que está em sua segunda temporada, e a entrada de BemSimples no mercado, além de ´Bicho Papão´, microssérie do FX. Para este ano fiscal estamos focados em BemSimples, mas não descartamos novas produções que estão sendo estudadas e podem acontecer em breve”. Por Diego Alfagemez


Entrevista » Anthony Doyle, our Regional Vice President of Turner International of Brazil diz como é a indústria de TV paga no Brasil hoje e como é o crescimento do segmento de HD. Na estratégia atual dos operadores de TV a cabo e na influencia de produção local.

Nunca se deu tanto valor na TV por assinatura como hoje

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isponibilizando um portfólio de gêneros de programação de qualidade, a Turner International do Brasil e uma produtora de conteúdo multiplataforma, permitindo que o usuário possa desfrutar de seus programas favoritos aonde quer que esteja, sem importar a hora, o lugar ou o formato de mídia. Anthony Doyle, our Regional Vice President of Turner International of Brazil falou com Señal Internacional e explicou as estratégias da empresa

Como foi o crescimento das operações de Turner no Brasil? “Até 2012 finalmente chegaremos a 10 milhões de assinantes, fruto de muitas variáveis, e muito trabalho durante muito tempo. A economia do Brasil está muito bem e influenciou, assim como a imigração de outras classes para a classe média, o que criou um novo clã de assinantes e, consequentemente, uma nova demanda de programação. Portanto, nosso objetivo é rever de forma positiva o nosso futuro para atender esses novos assinantes, sem alienar os assinantes já existentes, lançando novos produtos com programação específica para esse consumidor”. Como é a indústria de TV paga no Brasil hoje? “Eu diria que é a ´menina dos olhos´ da América Latina. Estamos batendo recordes de crescimento. Nunca se deu tanto

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SEÑAL INTERNACIONAL 2011

valor na TV por assinatura como hoje em dia, tanto é que Brasíl está tentando rever o setor em diversos aspectos. Nunca tivemos tanta atenção vinda da mídia, do governo e do assinante. É interessante observar que o Brasil está entre os países com a maior quantidade de serviços de satélite e isso tem um efeito positivo em nosso mercado, sem esquecer que o Brasil têm o maior crescimento em serviços DTH”. Qual é o potencial de curto e médio prazo? “Enfrentamos muitas dificuldades para chegar neste ponto, entretanto agora acertamos o caminho e estamos com um crescimento espetacular. O potencial é diretamente ligado a economia e poder de consumo da população, mas seguindo nesse ritmo é possível sonhar com 20 milhões de assinantes em 5 anos”. Quais são os canais de maior sucesso no país e quais são aqueles que buscam alcançar maior crescimento? “É subjetivo, pois depende da forma de

mensuração. Os assinantes têm um leque de produtos e cada um escolhe o que é melhor para si e para o seu gosto. O Ibope e os números de audiência também são importantes nesse processo, assim como as redes sociais que são um termômetro, pois pela quantidade de comentários você sabe se o seu canal está sendo visto. A tendência é o crescimento de canais focados na classe média, como TBS-muito divertido, nosso canal que está em momento de lançamento. Entretanto, a CNN, que apesar de não estar nos Top 10 dos ratings, é um canal reconhecido mundialmente como líder em notícias e acabou de atingir a marca de 5 milhões de assinantes. Por isso, também é um caso de sucesso e temos orgulho pela sua influência com seus espectadores e pelo nível de credibilidade associado à marca CNN. Como é o crescimento do segmento de HD no Brasil? “Atualmente no Brasil os canais HD têm aproximadamente 15% de penetração e é um mercado que está avançando na América Latina justamente pelo Brasil ser um país “earlier adopter” da tecnologia e brasileiros adoram assistir TV”. Qual é a estratégia atual dos operadores de TV a cabo? “Operadoras estão sempre buscando novidades para o setor, formas de conquistar mais assinantes, programação de primeira linha e estão sempre com fome por parte das operadoras por novos produtos, que vai de encontro com a demanda causada pelo bom momento da economia no Brasil. Antes as operadoras nem podiam vender pois o mercado estava estagnado e hoje estão super ágeis na hora de oferecer novos pacotes”. Qual é o plano de produção local? “Nosso plano é ter sempre conteúdo relevante para os nossos canais e continuar investindo em conteúdo nacional, assim como fazemos há 10 anos, pois faz sentido como negócio e julgamos interessante para o nosso setor, além de saber o valor que isso tem para o brasileiro. Caso o PLC116 seja aprovado, é claro que iremos atender o que for estipulado pelo governo a qualquer cota de conteúdo nacional que venha a existir, mas independente deste projeto, continuaremos investindo nisso porque acreditamos no conteúdo nacional de qualidade para o país. Vale destacar que nosso comprometimento com o Brasil engloba há mais de 10 anos produção nacional e temos muito orgulho das produções já realizadas. Por Diego Alfagemez




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