Sermais edicao 10

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Expediente A revista Ser Mais é uma publicação mensal. Ano 2 | Nº 10 Presidente do Conselho Editorial: Dr. Jô Furlan Chefe de Redação: Tina Andrade Estagiária de Jornalismo: Vanessa Oliveira Diretor de Arte: Danilo Scarpa Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968 assinaturas@revistasermais.com.br Cartas para a redação: Rua das Crisandálias, 52-A – Brooklin São Paulo Capital – CEP: 04.704-020 redacao@revistasermais.com.br http://twitter.com/revistasermais Skype: revistasermais Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e email. A Ser Mais reserva-se o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas. O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax, telefone ou email); e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque. Central do Anunciante: publicidade@revistasermais.com.br [11] 2691-6706 Representante Comercial – Região Sul: Beth Meger Rua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509 Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898 Ser Mais é a revista oficial da Associação Brasileira de Desenvolvimento Comportamental (ABDCOM). Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A Cadastre-se no site www.revistasermais.com.br para receber nossa newsletter.

06 “Caro leitor,” 06 Cartas

índice

PARA SER MAIS: 08 + empreendedor A mente do empreendedor 10 + gente Coração-de-Obra 11 + motivado Teste: Onde está a motivação? 14 + otimista Otimismo nas Perdas 15 + rh “Quem não se comunica, se trumbica!” 16 + tech RP 2.0 Tendências para a intranet em 2010 20 + 2.0 22 no alvo Oportunidades de mercado Dança das Cadeiras 42 Desenvolvimento de carreira no universo jovem 43 MANUAL DO SUCESSO 44 Inteligência do Sucesso – Luta Incansável 46 Gestão - O Processo 47 Comportamento O que é preciso para SER MAIS confiante? 49 Vendas - De quem é o meu problema? 50 Liderança – Interliderança 52 Coffee-break – Humor e Diversão 57 Franquias - Griletto 58 vitrine de sucessos 61 Ideias, crianças e ensinamentos 62 Gaudencio responde 64 Agradecimentos 66 + opinião Vá direto ao ponto!

Especialistas Gilclér Regina

Paulo Gaudencio

Rachel Polito

Jô Furlan

Leila Navarro Marcelo Ortega Marcos Calliari

Ômar Souki

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Adams Auni

Reinaldo Polito Reinaldo Rizk

Ruy Mendes

Tina Andrade

Vladmir Stancati


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Cidadão 21

Práticas de sustentabilidade estão deixando a TI cada vez mais verde!

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CAPA

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Jogo Rápido

Entre as coisas para você pensar e fazer em 2010, um plano de vida é seu primeiro passo para Ser Mais! Hideaki Iijima conta como se transformou no “samurai” das tesouras.

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Officce Fashion Week: produções para você se inspirar e criar sua Semana de Moda no Trabalho.

Up to date

Relógio-celular, computador de rolo e outras novidades do mundo dos gadgets para você atualizar seus objetos de desejo.

Moda, Beleza e Estilo de Vida


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empreendedor

A MENTE DO

EMPREENDEDOR

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Adams Auni Onde está a mente? O cérebro não é a mente, o cérebro liga a mente ao corpo. Não é o cérebro que cria a mente, mas a mente que cria o cérebro. Ao contrário do cérebro, a mente existe, mas não se pode ver. Um de seus grandes pesquisadores foi Carl Gustav Jung. Jung postulou que a estrutura da nossa mente se apresenta como uma pequena ilha de consciente, boiando em um infinito oceano de inconsciente. Os processos cerebrais ocorrem em velocidades observáveis, mas os processos mentais não são ainda perceptíveis por qualquer aparelho. A velocidade das informações percebidas inconscientemente está acima da capacidade do cérebro de processar tamanho volume de dados. Por isso a nossa parcela consciente é tão pequena comparada à imensidão do que é armazenado no inconsciente. Qualquer um pode ter uma mente empreendedora. Ela possui características múltiplas de ação sobre vários fatos ao mesmo tempo, considera várias possibilidades assertivas em um espaço de tempo muito pequeno e percebe possibilidades positivas e negativas de forma muito rápida; e com base nisso toma decisões inusitadas e arrojadas. Planeja dando a impressão de que já tem a resposta e desenvolve estratégias complexas de forma objetiva. Plasmando o que era antes um sonho, em realidade. O empreendedor arrisca e persiste e vê sempre possibilidades. Usa a criatividade - que é um processo mental, produz o pensamento - que se torna uma ideia. A mente empreendedora funciona buscando informação em outras áreas de conhecimento, em outras experiências, criando similaridades de ações e respostas, como se do nada promovesse eventos e respostas similares para coisas diferentes e obtivesse os mesmos resultados, não importando-se com a estrutura do problema, ou melhor dizendo, com o tamanho do desafio que se apresente, para a mente empreendedora a solução já está lá. É estar convicto do que faz, acreditar que pode realizar e no que está dizendo. Pode pecar pela ação, mas nunca pela omissão ou inércia. Mesmo em des-

vantagem, se comporta como vencedor. Agir antecipando o problema, minimizando o seu efeito, facilitando a sua superação, onde há problemas, enxerga desafios. Não se permite justificar o erro, pois considera que se há possibilidade de explicar, há possibilidade de convencimento, o auto-convencimento do erro. Não aceita desculpa ou justificativa do “foi sem querer”, pois entende que ocorreu isso mesmo: fez sem querer fazer bem feito ou fazer com excelência. A mente empreendedora está comprometida com o melhor resultado. Tem bem clara a diferença entre eficiência (o processo) e eficácia (o resultado) - que é o objetivo. Empreendedor de êxito é aquele que persiste em suas ideias e promove ações para que se realizem. Tem orgulho dos seus resultados e nunca está satisfeito com eles, pois sabe que pode sempre mais. A busca da excelência é constante e visível em suas ações. O sucesso não lhe ocorre por acaso. Uma mente empreendedora acredita na fórmula “mágica”: 5% de inspiração e 95% de transpiração. Uma ideia, uma inspiração promove na mente inúmeros movimentos energéticos, mexe com emoções, sentimentos contidos às vezes desde a infância. Como manter esse brilho de inspiração, fazer com ele se torne real, tangível? Há extrema necessidade de planejar. Entre o querer e o poder, existe o “como” atingir o objetivo. Já uma mente “não empreendedora” é apenas mais lenta ou mais focada para uma coisa de cada vez, muito arrumadinha. Quem a possui não arrisca nada, quer ter tudo muito sob controle, não sabe trabalhar sob pressão, tem medo do novo, não investe no seu crescimento, que vê o problema sempre nos outros e não em si mesmo, acha que tudo está bom como está, que tem auto-estima baixa, pouca convicção para si e para os outros. Prefere sempre recuar ao invés de agir, não arrisca nunca. Pessoas com mentes assim, consideram o trabalho como uma penalidade a cumprir, o fazem com dor e lamuria, sofrem por ter de trabalhar e as horas são uma perfeita tortura. Já começam a segunda-feira de olho no sábado e o mês de olho no feriadão ou


Danilo Scarpa

mo “empreendedor” não está limitado ao empresário, mas às pessoas que fazem acontecer. Não se deixam abater e nem se acomodam diante da montanha, pois sabem que podem contorná-la e até mesmo desmanchá-la e vender o aterro para ganhar um terreno plano: - “quem sabe vira um terreno para um grande shopping e se ganha milhões”? É ver a possibilidade de vender lenço onde outros estão chorando, não para tirar proveito, mas para atender uma necessidade. Mente de empreendedor não pode se permitir desistir. Nunca! Adams Auni é empresário, consultor de empresas, personal coaching e palestrante com foco em comportamentos empreendedores.

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férias, trabalham anos a fio, fazendo tudo certinho sem arriscar ou crescer, visando parar na aposentadoria e quando chegam lá, só podem mesmo esperar pela morte e mais nada! A mente empreendedora é criativa e brilha no escuro. Quem a ostenta não pode ter sombra, poeira, desânimo, mesmice, mágoa, rancor, ideia fixa, falta de objetivo, baixa auto-estima, desmotivação, preguiça, desistência, falta de criatividade, falta de proatividade, falta de assertividade, inércia, inanição, conformismo, comodismo, não ser resiliente, não saber trabalhar em equipe, não saber liderar, achar que sabe tudo sobre tudo, que é doutor, “PHDeus” e outros tantos bichos ruins. Conquistadores queimavam seus barcos para não serem tentados a voltar, só restava conquistar e seguir em frente. Uma mente que não quer ser empreendedora terá dificuldades até consigo mesma e renovo que o ter-


gente

CORAçãO-DE-OBRA Vladmir Stancati Da o nil

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O termo “mão-de-obra” - para qualificar a classe trabalhadora - surgiu no início da Revolução Industrial, sendo amplamente utilizado até os dias de hoje. Poucos, entretanto, se dão conta do que ele exatamente significa. A expressão carrega um significado literal. Na época em que foi concebida, esperava-se dos trabalhadores que eles contribuíssem para com o crescimento da empresa, através da utilização exclusiva de suas mãos. Em outras palavras, o profissional era contratado, em sua gigantesca maioria, para o exercício de atividades puramente mecanizadas, as quais não exigiam a utilização mais intensa do intelecto e tampouco a utilização da intuição ou da emoção. Nos nossos dias parece um enorme contrasenso pensar da mesma maneira. A empresa moderna, independentemente de seu tamanho ou área de atuação, necessita urgentemente contar com profissionais “integrais”. Precisamos, mais que nunca, do espírito-de-obra, da emoção-de-obra, da cabeçade-obra, do coração-de-obra. Se não tivermos o profissional engajado como um todo nas atividades da companhia estaremos fadados a perder competitividade, de maneira crescente. O efeito Pigmalião Pigmalião, na mitologia, era um escultor que sonhava em modelar a mulher perfeita. Insistiu em seu projeto e, um dia, olhando para sua obra chegou à conclusão de que tinha atingido seu objetivo. Apaixonou-se pela escultura e como prêmio por seu esforço e desempenho, Vênus deu vida à obra.

O “efeito Pigmalião” nos mostra que muitas profecias são auto-realizáveis e que quando um gestor crê no potencial de seu colaborador, este potencial tem uma probabilidade muito maior de desabrochar. Quando cremos, efetivamente, que por trás da mão-de-obra há um potencial infinito a ser usado a favor da empresa e liberamos este canal, as possibilidades são imensas. A maior parte das pessoas espera que este canal esteja aberto a fim de que possa contribuir muito mais do que o faz hoje, exercitando sua capacidade de análise, auxiliando na tomada de decisões e corrigindo rumos em direção ao cumprimento do planejamento estratégico. Por parte dos colaboradores em geral, é preciso acreditar em seu próprio potencial e tratar de desenvolvê-lo. Se eu desejar manter minhas atividades como as tenho hoje, necessito buscar conhecimentos e transformá-los em “produtos” para a empresa. Se eu desejo crescer, não basta subir calmamente, necessitarei aumentar minha velocidade. Como estamos, hoje, cada um de nós? Como gestores, acreditamos no coração-de-obra? Qual o efeito Pigmalião que estou provocando? Como colaboradores, qual nossa postura? As respostas nos farão refletir sobre o quanto consideramos os conhecimentos, intuições e emoções de todos os profissionais que trabalham em uma organização. Vladmir Stancati é supervisor de desenvolvimento de pessoas para a América Latina da Atlas Schindler.


motivado

Onde está a

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motivação

e formos nos basear na semântica, motivação representa “aquilo que motiva pessoas para uma ação”. No entanto, uma das questões mais polêmicas quando se toca no assunto, é se esse motivo vem de dentro de cada um ou do ambiente externo. Minha resposta é simples: de ambos.

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Arthur Diniz

No início do século XX, o psicólogo William Marston lançou o livro Emoções das pessoas normais, onde dividiu os indivíduos em quatro perfis básicos de comportamento: dominância, influência, conformidade e estabilidade. Todos somos resultado da combinação desses perfis. Entretanto, a grande maioria mostra um ou dois perfis dominantes. Identificar o seu e o das pessoas que lhe cercam, pode ser a resposta.

TESTE Assinale suas características: (A) Vivo atrasado, com pressa. (B) Sou amigável e entusiasmado. (C) Me orgulho de ser metódico e organizado. (D) Nunca estou com pressa, sou organizado e pontual. (A) Confesso que sou impaciente e impulsivo. (B) Adoro contar piadas e “causos”. Sou positivo e verbal. (C) Vivo preocupado com a segurança e resisto a qualquer mudança no meu padrão de vida. (D) Sou sistemático e disciplinado em termos de tempo.

(A) Não consigo manter o escritório arrumado e nunca acho o que deixei sobre a mesa. (B) Não gosto de me aprofundar em certos assuntos. Às vezes tenho que controlar meus impulsos. (C) Sou bom ouvinte.

(A) Entre um local de trabalho bonito e confortável e um prático e funcional, eu prefiro o funcional. (B) Meu aperto de mão é amigável. (C) Meu aperto de mão é amigável, mas não ostensivo. (D) Gosto que o escritório esteja muito bem organizado e não faço questão de deixá-lo com o meu jeito. (A) Gosto de olhar as pessoas diretamente nos olhos. Há que ache meu olhar firme e desafiador. (B) Dizem que eu sorrio com os olhos. (C) Sobre minha mesa há sempre fotos da família e na parede, os certificados de competência. (D) As pessoas me admiram pela educação e diplomacia. (A) “Dou um boi para não entrar em uma briga e uma boiada para não sair dela”. (B) Sou bem relaxado e aberto. (C) Adoro fazer uma cortesia. (D) Pareço frio porque não gosto de demonstrar o que sinto.

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(A) Sou objetivo e direto. Se encontro uma chance, prefiro estar no controle da situação. (B) Não dou muita atenção a detalhes. (C) Dizem que “pego no tranco”, meu ritmo é lento e minhas reações mais demoradas. (D) Prefiro não dividir meus sentimentos e anseios.

(D) Não gosto quando me apertam a mão por muito tempo. Eu prefiro um aperto curto e sentir minha mão bem solta.


motivado

ANALISE

a letra que predominou em suas respostas [ A ] DOMINÂNCIA (“Alto D”) – Sou uma pessoa profundamente focada em resultados, me considero ágil, me auto-desafio e aos outros constantemente, tenho certa impaciência e impulsividade. Meus valores mais importantes no trabalho são o poder e o dinheiro. [ B ] INFLUÊNCIA (“Alto I”) - Sou alegre e bastante otimista. Estou constantemente construindo relacionamentos, fazendo amigos e desenvolvendo meu networking. Quase sempre sou colocado no centro de grupos, organizando eventos e animando equipes, por conta de minha informalidade e descontração. Me consideram uma pessoa comunicativa, irreverente e persuasiva. [ C ] SEGURANÇA (“Alto S”) - Busco estabilidade, tenho um temperamento naturalmente calmo e paciente. Realizo meu trabalho com consistência, sem nunca deixar algo por fazer. Não gosto de mudanças súbitas ou radicais e costumo trabalhar por muito tempo na mesma área e na mesma empresa. Amizade e fidelidade são fundamentais para mim.

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[ D ] CONFORMIDADE ( “Alto C”) - Trabalho em conformidade com as regras e procedimentos. Sou detalhista, disciplinado e perfeccionista. Gosto do “preto no branco” e de trabalhos mais especializados, que exijam cálculos sofisticados ou estudo aprofundado. Interessante, não é? Já conseguiu identificar o seu perfil? Começou a analisar o das pessoas a sua volta? Depois de identificar seu perfil, veja agora quais são os fatores que motivam cada um.

MOTIVADORES O Alto D tem como motivadores principais o poder e o desafio. Precisa medir os resultados que alcança. Uma boa remuneração é fundamental para ele, que necessita também ter autonomia para trabalhar, sem excesso de regras e controles. Diversidade de tarefas e inovação constante o ajudam. Já o Alto I precisa trabalhar em atividades que envolvam muitas pessoas. Ser popular é fundamental para ele e estará motivado se for reconhecido publicamente, se puder participar das decisões da empresa e ter gestores democráticos. Como o Alto D, precisa de liberdade de ação, pois não gosta de ficar preso às tarefas burocráticas e com muitos detalhes. O Alto S não gosta de mudanças súbitas e principalmente mal planejadas. Necessita de segurança para trabalhar com tranquilidade. Desmotivase facilmente em ambientes de alto risco. Em contrapartida, fica ainda mais motivado em ambientes familiares e menos competitivos. Elogios sinceros são um grande combustível para ele que precisa de reconhecimento constante. Precisão e certeza são os grandes impulsionadores do Alto C. Tem necessidade de saber exatamente o que é esperado dele e de tarefas que exijam alta capacidade analítica. Como se vê, diferentes pessoas motivam-se de formas distintas. Cabe a cada um buscar um trabalho que se encaixe ao seu perfil. Muitas vezes, basta entender o seu perfil e o do seu trabalho para saber onde lhe falta motivação.

Arthur Diniz é economista, coaching estratégico certificado pela FIA-USP e fundador da Crescimentum Coaching for Performance.


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otimista fábrica foi destruída por um terremoto e a seguinte por um ataque aéreo durante a Segunda Guerra Mundial. Walt Disney disse que precisou tornar-se empresário, pois todos se recusaram a dar-lhe emprego. Se não tivesse fracassado em sua busca, não teria construído os maiores parques de diversão que o mundo já conheceu. Bill Gates garante que toda empresa precisa ter gente que erra, que não tem medo de errar e que aprende com o erro.

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OTIMISMO NAS

PERDAS Ômar Souki

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uando tudo anda bem é fácil ser otimista e imaginar o melhor dos mundos. Mas como manter o otimismo nos momentos de perdas? Querer segurança em um mundo que se alimenta de mudanças, é desejar o impossível. Devemos manter uma vigorosa atitude positiva, mesmo quando somos colhidos pelo infortúnio. De fato, o que faz a diferença entre uma vida de realizações e contribuições e uma existência vazia, não são as coisas que nos acontecem, mas o que fazemos com aquilo o que acontece. Stephen Hawking, o célebre físico inglês que vive preso a uma cadeira de rodas, ao saber de sua doença incurável, comentou com alívio: - “Agora posso buscar entender o universo, pois já não tenho mais que me preocupar com aposentadoria e contas a pagar”. Mesmo depois da terrível doença que paralisou quase todo o seu corpo, Hawking publicou livros que se tornaram best sellers internacionais. Soichiro Honda afirmou que 99% de seu sucesso foi construído a partir de fracassos. A sua primeira

“O que eu tenho aprendido com os meus erros e com os fracassos e as perdas que a vida me entregou?”- Essa deve ser a nossa pergunta e jamais “Por que isso tem que acontecer logo comigo?” Arregace as mangas, aprenda com as perdas e comece de novo. Em vez da ilusória segurança, aceite a insegurança, mas aprenda a usá-la em seu favor. Milagres acontecem para aqueles que estão em constante ação e “super-ação”. Sabemos que estamos sujeitos aos acidentes e às incontroláveis forças da natureza. Mas nem mesmo por isso devemos temer. Em tudo o que fizermos deverá ter a entrega, a força, a determinação e a certeza de que seremos bem-sucedidos. Isso é ter fé: é acreditar naquilo que ainda não se manifestou no mundo das coisas; é agir com a atitude de quem só pode ter o sucesso como resultado. Thomas Edison jamais admitia o fracasso. Quando um incêndio reduziu a sua maior fábrica a cinzas, disse: - “agora tenho a oportunidade de começar de novo e construir uma fábrica mais moderna”. No outro dia ele começou a reconstrução com ardor redobrado. Dizem até que ele remoçou durante os trabalhos. Não se iluda: a perda, mais cedo ou mais tarde, virá. Chegará o momento em que você irá perder aquilo que tem de mais precioso, que é a vida. Sim, a vida como a conhece agora, dentro de um corpo físico é frágil, é fugaz—se desvanece, se esvai. Por isso, decida agora que cada segundo conta e que o presente é o maior tesouro que você tem. Aproveite-o para construir um mundo melhor para si mesmo e para todos que habitam este universo de inseguranças. Ômar Souki é Ph.D. em comunicação pela Universidade de Ohio e leciona no programa de pós-graduação da Fundação Getúlio Vargas, onde pesquisa os fatores do sucesso empresarial.


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QUEM NãO SE COMUNICA,

SE TRUMBICA!

Ewerton Dias

“A

Para funcionar, a comunicação tem de ser estimulada E cabe ao RH gerar esse estímulo. Nosso maior interesse está nas pessoas; e pessoas conversam, se relacionam. Ou (em casos extremos) não conversam e não se relacionam. E o que a gente tem com isso? Tudo! Temos de fazer existir a comunicação – mesmo que se limite ao trabalho em si.

O que não revelamos, os colaboradores descobrem sozinhos. E para evitar interpretações errôneas, o RH entra em ação com o recurso da intranet; com materiais de apoio impressos; com desenvolvimento; com o “face to face” (mais eficaz e mais enriquecedor). É chegar lá e conversar, contar, extasiar, dividir o que anda acontecendo; é fazer sistema integrado de gestão com informação compartilhada eletronicamente para a empresa. Existem, atualmente, várias ferramentas que permitem isso. De onde vem o estímulo Antes de pensar a comunicação, o RH tem de fazer seu papel de gerir pessoas. Ele vai fazer com que os funcionários sintam a importância e a vontade de comunicar, vai estimular, mostrar como faz falta. A estratégia da empresa estará toda centrada nas pessoas. Tanto é que Norton e Kaplan, quando incluem a perspectiva de pessoas no BSC, dizem que ela é “construtora dos alicerces de tudo que se ergue acima”. Bonito, não? E verdadeiro. Agora, trate de passar geleia nesse pão. Ou então incremente, mude tudo e façamos um RH como croissant de chocolate... Ah! Contem isso para todo mundo! Ewerton Dias é Gestor de Recursos Humanos e está se especializando em Gestão de Pessoas.

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comunicação (já diziam Norton e Kaplan) é essencial para alcançar a estratégia. Não basta tê-la: é preciso dividi-la.” Esses consultores, criadores de uma das mais importantes – e utilizadas – ferramentas de criação de estratégia, o Balanced Scorecard, afirmaram que algumas empresas mantêm as suas em segredo, compartilhando-as apenas com a alta administração. Resultado: visão não compartilhada é visão não aplicada. Em outras palavras, estratégia que nem todos conhecem raramente dá resultados. “Quem não se comunica, se trumbica!” - a comunicação interna (ou endomarketing) é essencial à toda estratégia do RH. Veja os maiores problemas apontados pelas pesquisas de clima empresarial: são muitas as informações, são poucas as informações e há falhas na comunicação. Diante disso, é essencial aplicar um sistema de informação que tenha objetivo e, sobretudo, que, traga resultados. É comum ver empresas nas quais a secretaria ou a recepção sequer conhece os clientes e as atribuições dos diferentes departamentos, mesmo atendendo diariamente as ligações telefônicas.


tech

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RP 2.0 Rachel Polito

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É

certo que hoje já estamos ficando cansados de tantas análises sobre as mídias sociais que crescem a cada dia. Twitter, blogs corporativos, Facebook e até mesmo análises do Orkut (que se encontra em decadência) podem ser encontradas em todos os veículos de comunicação. No entanto, o que é importante identificar é a revolução que essas mídias promovem nas corporações - e não só nelas - mas também em algumas profissões que passam a ganhar novo status, habilidades e responsabilidades. Dizer que as mídias sociais estão revolucionando a maneira como as pessoas e as empresas se comunicam já se tornou lugar comum. Mas quais os riscos envolvidos nisto? Da mesma maneira que as corporações podem se comunicar, divulgar seu produto e sua marca com custo praticamente zero e em tempo real, existe aí uma armadilha que, se não identificada, pode prejudicar a imagem de uma empresa em curto espaço de tempo. Para isso surgem as habilidades dos profissionais que passam a ser chamados “dois-ponto-zero” - em uma alusão à web 2.0. E qual o papel desses profissionais, principalmente da área de comunicação, ou mais especificamente de relações públicas? O RP 2.0. Esse profissional passa a desenvolver uma das habilidades mais importantes do momento para manutenção de uma imagem e marca: o monitoramento das mídias sociais.

Não importa se sua empresa está ou não atualizada nesse contexto, tenha certeza de que os seus clientes estão e seus funcionários também. Portanto, caso não haja um acompanhamento do que está sendo divulgado sobre a sua empresa nas redes sociais, existe um sério risco de haver prejuízo da imagem. Com facilidade encontramos comunidades no Orkut formadas por ex-funcionários insatisfeitos, ou a partir de reclamações de clientes e pela própria concorrência que se beneficia dessas informações. Entenda que o papel do profissional 2.0 não é omitir essas informações, mas dar a possibilidade de a empresa mostrar o seu ponto de vista, se defender de acusações infundadas ou até mesmo resolver problemas reais. As mudanças da comunicação com as mídias sociais são perpétuas. Hoje é possível, por exemplo, com um simples clique mensurar quanto vale o Twitter da sua empresa, descobrir o nível de interesse do seu consumidor e até fazer propagandas para públicos personalizados no Facebook. Portanto, a questão é: sua empresa está preparada para essa nova etapa e modelo de relacionamento cliente/empresa? Quais as providências que você irá tomar a partir de agora para ter novamente o controle da imagem da sua empresa nas mãos? Rachel Polito é relações públicas, mestranda em Comunicação e Práticas de Consumo na ESPM e Master em Tecnologia Educacional na FAAP.


tech

TENDêNCIAS PARA A

INTRANET GLOBAL EM 2010

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Tina Andrade

termo “intranet” foi utilizado pela primeira vez por Stephen Lawton, na Digital News & Reviews em abril de 1995. Desde então, o mercado dos ambientes digitais corporativos se mantém em plena expansão. No contexto brasileiro, espera-se que a intranet auxilie na integração de legados e facilite o desenvolvimento web-based; torne mais fácil e amigável a recuperação de informação e crie canais colaborativos mediados pela tecnologia. Este ano visitei o Congresso do Instituto Intranet Portal - ponto de encontro entre quem faz e quem utiliza intranets, a entidade também premia as melhores práticas e referências de intranet no Brasil. Em sua segunda edição, me chamou a atenção a vídeomensagem de Jane McConnell, consultora da Global Intranet Strategies, sobre os resultados do 4º Relatório Anual de Estratégias e Práticas de Intranet. Anualmente é realizada uma pesquisa online com 300 organizações na Europa, América do Norte e Ásia, que explora o posicionamento da intranet, estratégia e gestão, objetivos de negócio, características da intranet, meios de comunicação social e de medição. Ao interpretar os recentes resultados, a especialista identificou cinco tendências mundiais da Intranet para 2010. São elas: 1) Intranet Portal – esta tendência revela a intranet como um ponto de convergência entre todas as fontes de informação, colaboração e comunicação da organização;

2) Intranet orientada para equipes – vai permitir que os membros de uma equipe possam acessar via internet uma dimensão onde poderão trabalhar juntos e em tempo real sobre documentos; 3) Intranet focada nas pessoas – a incorporação de mídias sociais internas vem permitir que as pessoas possam se expressar livremente, interagir com a gerência, tecer comentários e fazer perguntas; 4) Tempo real - empregados utilizam blogs e microblogs para publicar rapidamente informações sobre seus projetos. Todos esses meios de informação instantânea também estão migrando para a intranet; 5) Independência do local de trabalho – empresas querem levar a intranet para além do ambiente do escritório. Empresas que permitem que seus empregados acessem a intranet de casa, já começam a pensar em como utilizar a intranet através do acesso à telefonia móvel. McConnell acredita que ainda levará algum tempo até que essas tendências se consolidem; e que é uma cultura de negócios que fai fazer toda a diferença. Uma parte disso envolve ferramentas e novas tecnologias de informação e comunicações – na verdade, a parte mais fácil de toda a transformação que está por vir. - ”Só uma mudança cultural, pode fazer da intranet um lugar excitante e dinâmico – um lugar onde as pessoas gostem de trabalhar”, diz a especialista que mantém seu blog no endereço http://www.netjmc.net

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Tina Andrade é jornalista especializada em Novas Tecnologias de Informação e Comunicações e gestora estratégica de informação e conteúdos.


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web 2.0


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no alvo

Ser + RH Oportunidades de mercado Matilde Berna, diretora de Transição de Carreira da Right Management - empresa especialista em gestão de carreira e de talentos- acredita que em 2010 alguns eventos marcantes, como eleição presidencial, Copa do Mundo e preparativos para as Olimpíadas, devem trazer boas expectativas de movimento. “No caso da eleição, a tendência é de que não tenhamos impactos negativos tão fortes. Acredita-se que essa eleição será mais tranquila e que não afetará as empresas no que tange a desenvolvimento e investimentos”, afirma. Quanto aos eventos esportivos, a executiva imagina estar neles a grande oportunidade do Brasil (desde que bem administrada) de movimentar positivamente o mercado em segmentos como turismo, transporte, varejo, construção civil, alimentação, bebidas, hotelaria e consumo de forma geral.

Coaching eletrônico promete ajudar a direcionar carreira e finanças Todo início de ano as pessoas têm como hábito fazer um balanço do ano anterior e traçar metas pessoais e, principalmente, profissionais. Porém, em alguns momentos, surgem várias dúvidas: como dar o primeiro passo? Como ter sucesso na vida profissional e ao mesmo tempo equilibrar as finanças? Para isso, existe no mercado o Your Life - um e-coaching inspirado no site australiano Go-Maker. “As empresas oferecem uma série de análises, mas não apontam o que o usuário deve fazer. E é aí que nos diferenciamos, pois mostramos às pessoas o que pode ser feito a partir do resultado”, diz Rubens Gurevich, presidente da Your Life. O custo trimestral do plano é de R$79 mas o diagnóstico é gratuito e desde que foi criado já foram gerados 55 mil!


AIBS lança proposta inédita de graduação internacional Estão abertas as inscrições para a primeira turma de Graduação em Business Administration (Administração de Empresas) e Tourism and Hospitality Management (Gerenciamento em Turismo e Hotelaria), oferecidas pela Australia International Business School (AIBS). A proposta é inédita e os cursos são divididos em duas etapas: uma no Brasil e outra na Austrália, com aulas totalmente ministradas em inglês, desde o primeiro dia. A AIBS quer se posicionar como uma faculdade de alto nível que se preocu-

nidades com o perfil de primeiro emprego a jovens interessados em crescer profissionalmente. Há vagas para aprendizes, operadores de telemarketing, auxiliares administrativos, vendedores, atendentes, promotores de vendas, entre outras. Seus seguidores ainda encontram cerca de 90 cursos gratuitos e outros 110 oferecidos nas áreas de vendas, atendimento, web design, turismo, gestão, organização de eventos, hotelaria, mecânica, manutenção de computadores, entre outros. A oferta vem de organizações sociais participantes da rede Busca Jovem; e também de entidades instaladas em cidades como São Paulo, Francisco Morato, Osasco, Diadema, Cotia, Campinas, Goiás, Guarulhos, Salvador, Rio de Janeiro, Florianópolis e Natal. Dança das Cadeiras O engenheiro eletrônico do ITA, Luiz Carlos Rosas Pinho, 62, é o mais novo Diretor Comercial contratado pela americana Hughes com a missão de alavancar os negócios da empresa nos mercados do Rio de Janeiro e Brasília.

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Siga #buscajovem e encontre seu primeiro emprego no Twitter! O Portal Busca Jovem, projeto que visa aproximar a juventude do mercado de trabalho, também está no Twitter. O miniblog traz diariamente notícias sobre o mundo do trabalho e juventude, dicas de pesquisas, publicações e discussões relevantes sobre inserção profissional, além das diversas oportu-

pa em preencher o aluno - além do conhecimento - com qualidades muito valorizadas no mercado de trabalho, como experiência profissional, diploma internacional e a oportunidade de viver em outro país. “Vivemos em uma cultura global e interconectada”, diz Ter Yeow Ming - Diretor da AIBS. “Acreditamos que os estudantes brasileiros podem se beneficiar com uma experiência de ensino internacional, acessível a todos e voltada para um ambiente de trabalho dinâmico”, completa.


TI VERDE

A rápida obsolescência e o alto consumo de energia dos equipamentos, fez nascer o conceito de TI verde, ou seja: a adoção por gestores de tecnologia de uma série de iniciativas com o intuito de reduzir impactos ambientais.

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esquisas realizadas pela CIO Insight no último ano, revelaram o maior fator de motivação nestas iniciativas verdes, é mesmo “o ganho de consciência ambiental” (74%), seguido da “necessidade de reduzir custos” (73%), “o fortalecimento da marca” (64%) e por fim, “determinações legais” (25%) além da “pressão dos acionistas e da opinião pública” (14%).

Anualmente o Greenpeace International publica o Guia de Eletrônicos Verdes que traz o ranking dos principais fabricantes de computadores pessoais, celulares, consoles de jogos eletrônicos e televisores, de acordo com suas políticas de uso de substâncias tóxicas, reciclagem e políticas para evitar o aquecimento global. Marcas como a Samsung, a Sony Ericsson, Nokia e Philips se mantém nas primeiras posições. O saldo é positivo para todos, mesmo para as empresas penalizadas por desperdício eletrônico, uso de químicos e substâncias tóxicas e ineficiência energética que melhoraram consideravelmente suas políticas depois de autuadas. Da nil oS ca rp a

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Ranking verde dos eletrônicos

Mandamentos da TI verde: •Escolha um produto original: empresas que falsificam produtos jamais seguem políticas em respeito ao meio ambiente. •Pesquise: descubra se existe, por parte do fabricante, a preocupação com o ambiente. •Pague o preço do benefício: em geral os produtos fabricados por quem respeita o meio ambiente são mais caros. •Economize energia: opte por produtos que consumam menos energia. •Prolongue: aumente a vida útil do produto com manutenções periódicas, troque só quando for realmente necessário. •Doe: seu aparelho parece não ter mais utilidade para você? Então doe-o! Acredite: possivelmente ainda há muitas pessoas interessadas nele. •Recicle: alguns fabricantes já oferecem programas de reciclagem. •Substitua: prefira produtos que agreguem várias funções. •Informe-se: qual o impacto que seus bens causam ao ambiente? •Mobilize: passe adiante informações sobre consumo consciente.


“Farol verde” ilumina o futuro da arquitetura carbon free Green Lighthouse ou “farol verde” é o primeiro prédio público de carbono neutro do mundo. Uma casa espiralada verde com 950 m2, que levou exatamente um ano e 37 milhões de coroas dinamarquesas (um pouco mais de R$12 milhões) para ser construída e inaugurada durante a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-15). O espaço é destinado aos alunos da Universidade de Copenhague, para que possam usufruir um centro de aconselhamento de carreira, lounge e áreas de estudo, escritórios de administração e um clube para alojamento de cientistas e pesquisadores. Essa vertente da arquitetura preza por soluções simples, baratas e eficientes - como uso de iluminação natural e sistemas de resfriamento e aquecimento inteligentes. Para o arquiteto responsável pelo projeto, Michael Christensen, “o fato de reduzir 75% do consumo apenas com o desenho arquitetônico mostra que a sustentabilidade não é uma questão de encher o prédio com equipamentos caros e high tech, mas de se basear no bom e velho senso comum”.

Teste sua “pegada” (de carbono)... Com o lema “mude o consumo para não mudar o clima” o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) disponibiliza no site uma ferramenta interativa que mede a pegada de carbono. São três as etapas de simulação: cálculo da emissão, da redução e por fim, um comparativo entre ambas, que irá revelar o quanto seremos (realmente) capazes de poupar a atmosfera, se levarmos adiante o que nos propusemos a fazer. Além da calculadora que você encontra no endereço http://www.idec.org.br/climaeconsumo/calculadora.html, o site ainda sugere ações simples que vão transformar você em um verdadeiro consumidor responsável. Comece já!

Blackle.com é um site de busca totalmente negro, criado a partir da teoria de que esta cor de fundo na internet consome um pouco menos energia do que a branca. A partir daí, há um esforço para tornar negros os sites de grande visitação. No Brasil, o do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) já oferece fundo preto com letras amarelas entre “outras opções de acessibilidade” – além de economizar energia, ainda melhora a visibilidade de usuários de baixa visão.

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Black is beautiful!


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Que tal comeรงar a semana no melhor estilo black and white? Na foto em destaque: blusa polo de cetim de seda com cardigan em linho e saia pareo.

Ar de poderosa nessa camiseta perolada de cetim seda, sob blazer e calรงa (ambos em linho) em tons neutros. Despojamento sem perder a classe com blusa turquesa de georgete de seda e calรงa em linho cinza.


Conforto total sob o vestido cachet-coeur em tricoline bicolor. Trés-jolie!

Que tal saudar a paz do dia com esse vestido em algodão branco?

Roupas: Luciana Romiti, modelo: Luciana Pavão, fotos: Rita Barretto e Hisao Shirabiyoshi, produção: Santo Bureau.

E se no domingo pintar um “extra” ou aquele programa de capacitação, fique à vontade nesta blusa listrada de tricot com fio de linho sobre a calça soltinha em biocotton.

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Vá de “pretinho básico”! Ao final do dia, basta jogar um brilho sobre o vestido em malha radiosa, reforçar o make-up e está pronta para a noite!


Não há cabelo que resista ficar exposto ao ar-condicionado um dia inteiro. Evite o ressecamento com a máscara bifásica Plusline, da Nazca - um poderoso antioxidante em duas partes: gel vitamínico e creme de tratamento progressivo. Você vai amar o resultado!

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Apresentar-se ao trabalho com um rosto limpo e bem tratado demonstra higiene e cuidados com a pele. Mas para muitos homens esse ritual surte efeitos desagradáveis, como pêlos encravados, pele ressecada e irritações, que podem ser naturalmente evitados desde que alguns cuidados sejam tomados, como usar constantemente um gel ou loção pósbarba que tenha efeitos calmantes e adstringentes, como o Balm após barba da Linha Boticário Men.

Pequena notável, a mini-prancha da Conair mede apenas 15 cm, é rápida, prática e não agride os fios porque traz a tecnologia da cerâmica. Mas o melhor é que pode ser carregada na bolsa e utilizada a qualquer hora e em qualquer lugar, deixando seus cabelos mais lisos e com mais brilho e sem frizz ou fios danificados. Preço sugerido: R$89,90. SAC: 0800.770.8575


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BOM PARA 2010 Tina Andrade


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A cada começo de ano, nosso espírito se renova. O ritual é quase sempre o mesmo: papel, caneta em punho e uma interminável lista de desejos que entregamos aos céus, numa espécie de oração silenciosa, como se não dependessem de nosso empenho. Por quê? Eu quis muito realizar essa matéria. Quando pensei no tom dessa conversa com você, pensei, também, no compromisso com a construção de nossos destinos. Sim, o seu e o meu destino certamente já foram traçados, mas as escolhas que faremos é que vão determinar nossa existência. Chegue mais perto, concentre-se. Vamos traçar juntos um plano para que este ano seja o primeiro dos melhores anos de nossas vidas. Plano + vida = pla-no-de-vi-da. Mas para isto é preciso que você se despeça realmente do passado, de velhas crenças e daquela sua “antiga” pessoa. Hora de renovar-se de uma maneira celular, digo, “de dentro para fora”. Voltar ao seu princípio, ao momento em que veio à luz como um ser perfeito, puro, sem qualquer influência ou referência. É disso que precisamos: zerar. E nada como um “Ano 0” para adotar como o marco de renascimento. Eu quero trazer à tona algumas observações, para que juntos possamos promover mudanças reais. Não há tempo para mais reflexões – hora de agir. Afinal, todos os anos você tem recebido informação suficiente para fazer suas escolhas e as fez. Aprendeu que tudo tem um preço ou causa impacto ou provoca reação, certo? Trocando em miúdos, a sua vida (assim como a de todos nós) é exatamento como escolheu.

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Perceba que eu disse “escolheu”, não disse “planejou”. Planejar é muito diferente de fazer escolhas. Planejar é mais do que antever é “ante-viver”, poder realizar o futuro primeiro na mente, torná-lo confortável e trazê-lo para a realidade. Para Dalmir Sant’Anna, especialista em gestão de pessoas, quando um novo ano se aproxima, muitos realizam promessas que serão apenas palavras soltas ao vento. Obrigações que serão assumidas somente naquele determinado momento, entretanto, serão esquecidas pela ausência de disciplina, organização e planejamento. ”Perceba que um compromisso assumido e não colocado em prática, demonstra ausência de respei-


to e lealdade. Um sonho que permanece apenas na mente, acaba sendo esquecido por falta de revitalização. Para surpreender em 2010, passa a ser necessário lembrar que a atitude de prometer menos e agir mais, requer intensidade de esforço e organização das metas estabelecidas”, diz Sant’Anna. Surpreender é SER MAIS! A americana Judit M. Knowlton - autora de temas motivacionais – disse ter descoberto que sempre tinha escolhas. E que muitas vezes, tratava-se apenas de uma escolha de atitude. Surpreender é por aí: uma escolha de atitude! Isso porque atitudes são compostas de crenças, sentimentos, da nossa avaliação positiva ou negativa sobre um comportamento a desempenhar. O comportamento, por sua vez, é movido por intenções e “ intenções” são planos de ação, que dependem de um bom motivo para se transformarem (de fato) naquilo que vamos realizar, nos nossos feitos. Talvez explique porque controlamos tanto nosso comportamento e atitudes, ao invés de fugir das justificativas e assumirmos vez por todas, o compromisso de sair dessa zona de conforto que torna tudo tão falsamente seguro. Dalmir Sant’Anna acredita que o desafio de prometer menos e surpreender mais nesse ano, exige que a gente pise no freio por alguns instantes, para fazer uma lista das atividades que desejamos realizar. Veja bem: atividades, nada de wish list (lista de desejos). “Essa lista pode ser escrita a mão, impressa, disponibilizada em um arquivo em seu computador ou no próprio celular – pois é importante que esteja sempre à vista, para que possa monitorar a evolução”.

Para Cláudio Tomanini, autor de Na Trilha do Sucesso, “as pessoas confundem os desejos com suas metas reais, possíveis de serem alcançadas desde que sejam definidos passos estratégicos”. Para ele, todo o sonho deve ser convertido em uma meta real. É preciso levar muito a sério o que se quer conquistar e partir para um planejamento tão concreto

Certíssimo! Esperar que as coisas caiam dos céus, é bem diferente de ter fé. Eu (particularmente) vejo muitos resutados onde existe a fé. Essa é a característica mais linda do povo brasileiro! E chego a pensar que ela ajuda a gente a vislumbrar melhores dias. Vejo a fé como uma senhora motivação, viu? E uma grande aliada no combate aos nossos mecanismos sabotadores. Certa ocasião me vi acometida de um cansaço inexplicável - o que para mim (que mais pareço um dínamo) não era nada normal. Aquilo me impedia de fazer certas tarefas, atrapalhava a ordem do meu dia e me deixava irritada. Falei sobre isso com um amigo que disse enfaticamente: “você precisa mudar o pensamento! Repita incessantes vezes o quanto se sente enérgica e bem-disposta”. Dias depois, voltamos a nos encontrar e ele pôs em minhas mãos O Poder do Subconsciente, de Joseph Murphy. A cada primeiro contato com um livro, tenho o hábito de abrir uma página aleatoriamente e ler um trecho em voz alta. Naquele dia li uma passagem que dizia que “a solução está sempre dentro do problema. A resposta está em cada questão. A infinita inteligência lhe responde na medida em que a chamar com fé e confiança”. Murphy parte do princípio que todos somos completos e perfeitos e temos uma inteligência infinita que é o nosso subconsciente. O que gravamos em nossas mentes, será impresso no subconsciente e expresso mais tarde no cenário do espaço. Para ele, a mente consciente é dona de uma inteligência e sabedoria ilimitadas e é alimentada por energias ocultas que ele denomina “Leis da Vida”. Ele atribui o caos e a miséria no mundo, ao fato de as pessoas não entenderem a interação das mentes consciente e inconsciente. Quando esses dois princípios trabalham de acordo, em harmonia, paz e sincronizados, há saúde, paz, felicidade e prosperidade. Ao contrário, se pensamos negativamente geramos emoções negativas que se expressam no nosso corpo, na forma de tensão, fadiga, distúrbios cardíacos e ansiedade. Eu estaria pensando negativamente? Logo eu que sou tão otimista!? Mas essa é a realidade. Mesmo sem sentir, praticamos com muito mais frequência uma espécie de reza

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O desafio maior, na minha mais modesta opinião, é o de estabelecer prioridades para cada coisa que se deseja fazer. Conheço pessoas que têm uma dificuldade enorme de distinguir coisas urgentes de coisas importantes. Ora, tudo o que é urgente é importante, mas nem sempre o que é importante é urgente. Ter essa noção ajuda bastante.

quanto um desejo. “Atingir metas é o resultado de um trabalho bem feito, e não de sorte ou do número de velas oferecidas a algum santo”, conclui.


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negativa ao alimentar nossas mentes com temores e inseguranças, por exemplo. Assim nos sabotamos e às nossas realizações: deixando de ter fé naquilo o que acreditamos.

subconsciente, os experimentará como a manifestação objetiva de circunstâncias, condições e acontecimentos. O que você grava no seu interior experimentará no seu exterior”, diz o autor.

O que notei é que mesmo estando disposta a promover uma importante mudança na vida pessoal, eu reclamava constantemente: “não sei o que faz com que tudo aconteça tão lentamente”. Nessa hora eu estava sendo condenada pela reza negativa que ficava gravada no meu subconsciente como verdade. Eu afirmava que tudo acontecia lentamente, sem saber que naquele instante assinava um cheque em branco para o meu futuro. O resultado foi claro: impressão e expressão coincidiram e tudo se tornou tão lento que gerou em mim aquele inexplicável cansaço.

De fato, me dei conta que os melhores momentos de minha vida, eram precedidos de uma atitude bem simples: viver o imaginário como fosse real. Eu sempre digo às pessoas que somos o que imaginamos ser, temos o que imaginamos ter, contanto que acreditemos piamente nessa possibilidade.

Mas tudo tem seu lado bom. Agora, por exemplo, ao compartilhar essa minha vivência eu posso estar contribuindo para que você alimente seu subsconsciente com pensamentos de vida e apague em tempo, os padrões negativos que nela residem. Entenda que esses aprimoramentos são uma oportunidade ímpar de aprendizado. “Quaisquer que sejam os pensamentos, crenças, opiniões, teorias ou dogmas que você grave em seu

Minha intenção ao me dedicar a escrever estas linhas é fazer com que você aperte a tecla [DEL] agora mesmo e limpe estes registros. Quero que deixe de se apoiar no muro de lamentações e descubra que basta liberar as forças que tem dentro de você para ver o resultado do que deseja. Veja que em você está o mesmo poder que move o mundo, que faz as marés subirem, o sol incandescer, brilhar no centro do universo e os planetas girarem ao seu redor. Este é você, são os outros, sou eu.


Um plano para toda a vida Você tem uma vida conjugal? Se disse “sim”, responda agora: para quê se uniu a alguém? Não pergunto a razão, mas o propósito desta sua escolha. E hoje, quais são seus objetivos em comum? O que os motiva mais na relação? Muitas vezes não obtive respostas. Pode parecer estranho, mas mesmo nos casos (raros) em que pessoas chegam a elaborar um plano, esquecem simplesmente de considerar o impacto de suas realizações na vida de entes, de pessoas que contribuem efetivamente para o seu êxito: pais, filhos, cônjuges, colaboradores.

Noutro dia me peguei pensando em fazer uma revisão em meus objetivos e descartar alguns, substituir por outros bem modernos. Para identificá-los quis relacionar algo que se alinhasse à minha missão de vida, meu papel diante das questões mais urgen-

Isto porque faço parte de um grupo de pessoas para as quais a satisfação pessoal é uma motivação maior do que o dinheiro. Dinheiro é reconhecimento, expressão da gratidão. Se eu der resultado, terei dinheiro. Terei dinheiro porque dou resultado; porque tenho sucesso ao colaborar para o sucesso de outras pessoas. Assim, para encontrar objetivos modernos, devemos pensar moderno e acho muito ultrapassado fazer planos considerando apenas “o que é que eu vou ganhar com isso”. E um de meus objetivos modernos é contribuir com informações para que as pessoas possam tornar-se cada vez mais zelosas com o meio ambiente e com outras pessoas. Esse é o conceito do “Cidadão 21” que venho inaugurar nesta edição. Muitos alegam não farem “algo mais” pelo planeta e pela humanidade, por falta de informação. Quando na verdade o que lhes falta mesmo é a capacidade de gerenciar eficientemente seu bem mais precioso: o tempo. Então, como posso levar a informação até alguém que não encontra tempo para sorvê-la? Percebeu que

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Será que seus objetivos os aproxima ou distancia? Se completam ou são rivais? Há também, casos em que uma pessoa vive anos em busca de algo que já se tornou obsoleto. Como se o sonho da minha vida fosse comprar um telégrafo. Dá para imaginar?

tes do mundo e me ajudasse a promover a felicidade de alguém – meio de conhecer a própria felicidade.


acabo de criar um objetivo paralelo? E que este talvez venha tornar-se ainda mais importante? Sim, porque agora eu preciso concentrar meus esforços para que queira vir aqui me encontrar entre as páginas, ler o que tenho escrito e ainda sentir o desejo de compartilhar com outras pessoas, o que fiz pensando em você. Onde está a sua motivação? Parafraseando meu colega Arthur Diniz, se eu não conhecer o que motiva pessoas (com diferentes maneiras de agir e pensar) a realizarem seus objetivos, como posso envolvê-las e mesmo torná-las comprometidas com os meus? Assim, além de encontrar dentro e fora de nós o que inspira e motiva, temos que saber encontrá-lo no outro.

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E da mesma forma que os objetivos se modernizam, as competências, também! Nem faz tanto tempo, uma pessoa que quisesse ter um bom plano de carreira, deveria considerar adquirir cada vez mais competências acadêmicas (faculdade, idioma, especialização) e técnicas (certificação, experiência profissional). Hoje percebo que as pessoas estamos muito niveladas. No universo corporativo, difícil encontrar quem não tenha essas competências. Então, o que nos tornaria mais “desejáveis” senão as competências comportamentais? Cordialidade, atenção, intuição, resiliência, colaborativismo, liderança, honestidade, nutrição de valores, são competências que trarão a verdadeira riqueza: reputação. De que adiantam bens materiais sem ela? Considere isto em seu plano de vida. Tudo bem que existe uma vasta literatura para ensinar o bê-a-bá dos objetivos e metas. O negócio é querer aprender. Quando pergunto “o que te falta para realizar o que tanto quer?”, invariavelmente as respostas são “ainda não sei”, “não consigo dar o primeiro passo”, “falta saber se é isso mesmo que eu quero para a minha vida”.

E não são respostas fáceis, pelo contrário. Mas se a pessoa teve coragem para admitir suas fraquezas, é nesta mesma coragem que deve se apoiar para virar esse jogo e Ser Mais em 2010! Em seu livro Inteligência do Sucesso – a inteligência de quem faz acontecer, Dr. Jô Furlan fala sobre “a capacidade de ter coragem” como um dos maiores desafios da Inteligência Comportamental Humana – uma teoria por ele desenvolvida que explica como e porquê algumas pessoas atingem o sucesso em áreas onde outras falham. Resumidamente falando, se nosso comportamento é positivo, temos sucesso; se é negativo, fracassamos. Sendo assim, “coragem, meu bem, coragem!” - a partir da próxima edição, daremos início a um programa inédito, baseado nos mesmos preceitos da Neurociência Cognitivo-Comportamental, com os quais Dr. Jô formou a base da Teoria da Inteligência do Sucesso, para você surpreender (a todos e a si próprio)! Eu espero que você tenha disposição para trilhar esse caminho ao nosso lado, pois o lugar, não pode ser melhor, nem mais bonito, já que estamos falando do lugar no qual sempre quis estar. E se só precisava de um “empurrãzinho” para dar o primeiro passo, o que acha de Dez Passos para Ser Mais em 2010? Se estiver disposto a nos seguir nesse caminho, traga na bagagem: compromisso, disciplina, organização, determinação. Ah, não esqueça do sonho, tá?

e Acompanh

as edições!

nas próxim


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Jogo rápido

HIDEAkI IIJIMA

COM , DONO DA SOHO HAIR INTERNATIONAL Ele começou amolando tesouras e desde que fez o primeiro corte de cabelo, aos 23 anos no Hair Cutting Salon Imai, em Tóquio, estava destinado a transformar o conceito de salão de beleza. Hoje, este “samurai das tesouras” comanda com verdadeiro “espírito japonês” um exército com cerca de mil profissionais, que atendem 55 mil clientes por mês nos 27 salões que possui. Contudo, ele ainda pode ser visto varrendo a calçada na quadra onde trabalha, porque acredita que a modéstia traz riqueza ao espírito. Tina Andrade

- O que o fez escolher esta profissão? Entrei no ramo de cabeleireiros porque meu pai era barbeiro e com medo de ingressar em outra profissão sem experiência alguma, achei oportuno. - Quem foi sua grande fonte de inspiração e qual era a sua característica mais marcante? Hideo Imai foi o meu mestre, abriu as portas e me deu orientação, ensinou tudo em relação ao ramo de cabeleireiros; não fosse ele teria aprendido somente o básico e sido apenas um simples cabeleireiro, hoje não seria o que sou. “Olhar para aprender” era seu lema.

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- Se o senhor não tivesse seguido nesta profissão, como estaria hoje? Qual teria sido o seu “Plano B”? Gostaria de atuar no ramo das artes, pinturas, obras, mas precisaria de aguçar ainda mais a criatividade e bom senso; ou então talvez fosse um chef, pois gosto de cozinhar. - Já famoso e com uma marca consagrada, o senhor ainda se aconselha com alguém? Tem um “guru”? Não me aconselho com ninguém, mas admiro o Sr. Kaguiyama, fundador da Yellow Hat e Kazuo Inamori, fundador do Grupo Kyocera e KDDI que fatura cerca de US$ 40 bilhões ao ano. - Quais são os desafios que não terminam com o sucesso? Aprendi com o Sr. Inamori que “o mérito de uma empresa não está na busca do lucro a qualquer preço, mas em elevar o espírito da organização, ou

seja, empenhar-se pela empresa com amor, boas ações e procedimentos. É através deles que o benefício retornará naturalmente. No mais, estou sempre inovando e desafiando. Diz o espírito samurai: ‘ofereça condições aos adversários’”, isso me fez montar a Taça SOHO - um concurso para premiar profissionais de outros salões, levantar o nível geral e melhorar a imagem do setor. - Do alto de sua experiência no comando da Rede SOHO, diga em poucas palavras: - o que meu leitor precisaria ter (ou ser) para trilhar este caminho? Se resume em uma única palavra: Gratidão! Se cultivar o sentimento de gratidão a pessoa se sentirá satisfeita em qualquer ambiente. Eu me considero um samurai das tesouras e tenho demonstrado minha gratidão com ações para melhorar esse país onde fui acolhido. - Se o senhor tivesse oportunidade de voltar ao passado, teria feito algo diferente? O quê? Não fico pensando no que passou, no que já aconteceu...sempre olho pra frente, no futuro. Não fico pensando “e se...”,”se fosse...”, “se tivesse...”. O que pode fazer a diferença no mundo não será a política, nem a economia, mas sim a universalidade do amor entre as pessoas, a compaixão e o espírito de proteção à Terra. O SOHO tem ajudado a difundir esses valores.

Trechos de seu livro O Samurai das Tesouras permeiam esta entrevista exclusiva. Dados da obra nesta edição.


Jonny Ueda

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DESENVOLVIMENTO DE CARREIRA NO

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UNIVERSO

JOVEM Marcos Calliari

O

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s jovens universitários nunca tiveram tantas opções de trabalho como agora. Novas alternativas se posicionam cada vez mais como escolhas reais, tais como os modelos inovadores tornados possíveis pela tecnologia – trabalho remoto, relações flexíveis, etc. Outro caminho interessante que vem gerando exemplos refrescantes é o empreendedorismo jovem no país, que já é o terceiro nesse ranking mundial. Entretanto, junto aos universitários brasileiros, ainda há grande preocupação com o futuro profissional e a alternativa preferida ainda é o caminho tradicional de começar em uma grande empresa e fazer carreira. Recente pesquisa da Agência Namosca, especializada no público jovem, revela que 77% dos 200 universitários entrevistados em São Paulo se declaram muito preocupados com sua empregabilidade. Há uma pressão constante para a escolha do primeiro emprego e as grandes empresas aparecem como a mais desejada porta de entrada, já que o estudo indica que 67% deles preferem fazer carreira em uma empresa sólida. Além disso, os jovens paulistas querem uma oportunidade para mostrar que têm condições de assumir cada vez mais responsabilidades, afinal, 61% confia que seu sucesso depende apenas deles mesmos. Nesse contexto, não é surpresa a explosão do interesse nos programas de trainees das empresas, que oferecem tudo isso e um simpático salário inicial. Alguns deles chegam a atingir 3 mil candidatos por vaga, atraindo verdadeiras multidões. O programa da AmBev para 2010, por exemplo, contou com cerca de 60 mil inscritos. Na caça aos melhores talentos e futuros líderes,

as organizações lançam mão das próprias competências para que venham ser escolhidas pelos jovens com mais potencial e adequados ao seu perfil. Afinal, hoje são quase 200 programas de trainees estruturados e ativos no recrutamento dos jovens mais promissores. Atualmente, as empresas investem em atividades de posicionamento, comunicação e relacionamento para promover esses programas. Esse cenário de grandes números esconde, entretanto, a dificuldade das partes em atingirem seus objetivos. Com o perdão da generalização, a geração Y, que contempla os universitários da atualidade, se caracteriza por ser impaciente, imediatista e pouco acostumada a planejar sua vida. Afinal, cresceram com a distância de apenas um clique de tudo o que desejam. Também apresentam, de maneira geral, o costume de pouca fidelidade. Cabe às empresas, portanto, entender esses jovens e adaptar seus processos e programas a eles – obviamente, respeitando a cultura corporativa. Talvez o maior erro que as corporações possam cometer é se manterem inalteradas em seus processos e perfis; e pouco a pouco alienarem esse importante novo grupo que em breve tomará conta do cenário profissional do país. Marcos Calliari é economista, executivo, sócio da agência Namosca especializada em pesquisas e estratégias de marketing para o público jovem.


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Danilo Scarpa


Quando entrevistei a querida amiga, Dra. Zilda Arns, para torná-la case de meu livro Inteligência do Sucesso – A Inteligência de Quem Faz Acontecer, ela me disse achar estranho e diferente ser citada como um exemplo de sucesso. Zilda sonhou, estabeleceu objetivos e realizou. O título não poderia ser diferente de ”Luta Incansável”. De fato, ela jamais se cansou. Tanto que deixou esta vida, lutando para salvar muitas outras. E é o amigo e eterno admirador que lhe presta esta homenagem.

Dr. Jô Furlan

LUTA

INCANSáVEL

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M

uitas pessoas, quando olham para suas vidas e percebem que já contribuíram bastante e se dedicaram com paixão ao trabalho, chegam próximas da aposentadoria já tendo considerado sua missão cumprida. Com a Dra. Zilda Arns aconteceu isso. No início dos anos 80, viu parte de seu trabalho ser desestruturado por questões políticas. Poderia ter sido o encerramento de uma carreira de sucesso no setor público, como médica pediatra e sanitarista. Entre outros feitos, foi ela uma das pessoas que desenvolveu as primeiras campanhas de vacinação para a erradicação da poliomielite, trabalhando pessoalmente com o Dr. Sabin no Brasil. Foi então que recebeu um convite muito especial de seu irmão, o Cardeal-Arcebispo D. Paulo Evaristo Arns para fundar uma das mais bem sucedidas instituições que promovem a saúde, a educação e o desenvolvimento humano – a Pastoral da Criança. Movida por um extraordinário senso de propósito e por sua missão de fé e vida, aceitou mais esse desafio. Assim, atuou entre as famílias com gestantes e crianças de zero a seis anos, nas comunidades de baixa renda no Bra-

sil; e depois em outros 17 países, revolucionando a ação social. A metodologia comunitária é simples e inteligente: multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres por meio do voluntariado. Líderes comunitários capacitados promovem a educação das mães e das famílias, com o objetivo de prevenir doenças com ações simples, assim como incentivar a paz e a solidariedade. Os números impressionam. Em 26 anos de atividades, a Pastoral da Criança acompanha aproximadamente 2 milhões de gestantes e crianças menores de seis anos e 1,4 milhão de famílias pobres, em mais de 4 mil municípios brasileiros. Esse resultado foi possível graças à dedicação dos voluntários e à extraordinária habilidade conciliadora e agregadora dessa catarinense de origem alemã, nascida em Forquilhinha. Desde criança, Zilda gostava de ajudar as pessoas. Seu pai, um homem simples, mas de elevada cultura e sabedoria, disse-lhe que seria uma boa professora, pois sabia ensinar bem e conseguiria fazer da educação uma ferramenta de transformação da sociedade. De fato,


comunidades pobres com as quais compartilhou seus dias. Sua marcante atuação chegou a render indicações para o Prêmio Nobel da Paz, além de muitas outras premiações nacionais e internacionais, ano após ano. Mas, para ela, o que valia realmente à pena era poder contribuir em ajudar pessoas. Seu alto grau de dedicação e perseverança era, também, sua maior virtude e o que a tornou um exemplo mundial de mulher e de ser humano. Dra. Zilda Arns, acreditava naquilo que realizava e lutava com toda a energia e vigor para atingir seus objetivos. Era uma empreendedora social que irá nos inspirar eternamente pelo exemplo e por ter nos estimulado a todos a fazer um pouco mais. E você, o que vai fazer - hoje - para contribuir para o bem-estar de um outro ser humano?

Dr. Jô Furlan é especialista em liderança e precursor da Inteligência Comportamental.

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isso se tornou realidade, apenas em um contexto diferente. Ao invés de lecionar em uma escola tradicional, ela fez com que o conhecimento fosse multiplicado em milhares de comunidades de baixa renda. A Pastoral da Criança conta hoje com mais de 270 mil voluntários. Em nossa conversa, disse à ela que já poderia aumentar esse número. Ela respondeu: ‘’Como assim?’’ Acrescentei: por favor, inclua-me nesse exército de cidadãos que acredita no bem e por ele faz a diferença na vida de milhões de pessoas. Acredito realmente que cada um de nós pode fazer ainda mais para mudar a realidade de muita gente nesse nosso país. Dra. Zilda era uma pessoa conciliadora, capaz de articular e agregar pessoas e instituições - missão que tornou possível. A Pastoral da Criança é um organismo de ação social da Igreja Católica, de atuação ecumênica, que não faz distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade, gênero, ideologia política ou credo religioso. Apesar desse posicionamento, poderia sofrer boicotes. Como ela mesma dizia: “Não sou da direita, nem da esquerda. Na verdade, somos de todas as pessoas que compartilham da nossa mensagem de fé e vida”. Dotada de uma capacidade especial para administrar os conflitos humanos, era impossível dizer “não” para a doçura, competência, coerência e atitudes de Zilda. Sua família nutria fortes valores morais e religiosos, que a influenciaram por toda a vida. O irmão mais velho, Frei João Crisóstomo Arns, notável religioso e educador franciscano, além de mentor tornou-se sua importante referência pessoal. Aprendeu desde cedo a lidar com posicionamentos conflitantes e manter o foco naquilo que desejava. Aqui está a essência da Inteligência do Sucesso: atingir o objetivo, fazer acontecer. Foi depois de chegar aos 70 anos que a Zilda Arns ganhou o mundo - um momento no qual a maioria das pessoas pensa em parar e descansar. Na coordenação da Pastoral da Criança Internacional, mantinha uma agenda atribulada e intensa. Quando lhe perguntei como conciliava o trabalho com a dedicação aos filhos e netos, ela respondeu que as festas em família acabam ajustando-se à sua agenda e que dessa forma poderia celebrar as ocasiões especiais. Mulher dedicada à família, melhor dizendo, não apenas à sua mas às milhões de famílias de


O PROCESSO Reinaldo Rizk

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ocês pararam para pensar que o processo é algo muito fácil de entender, mas normalmente muito difícil de colocar em prática? Uma boa forma de entender o que isto representa é perceber que nossa existência é um processo, não no sentido de estar sendo incriminado, mas no sentido da vivência, da experiência. Estamos acostumados a ver a vida como um “lá” - um lugar ou algo a ser atingido, en fim uma meta. Quando te mos uma meta, automaticamente defini mos os caminhos que nos farão atingir o objetivo, definimos “o processo”. Dizem que ele chega a ser mais importante que a própria meta, mas na maioria das vezes somente é verdade na teor ia. Se não, vejamos: você já viu alguém que vai casar, conseguir viver o processo que antecede o casamento de uma forma prazerosa? E quanto aos pais que estão esperando o filho nascer? Quem normalmente comanda: a alegria ou a ansiedade? E quando você tem um projeto específico a realizar, cheio de desafios, dificul dades naturais, como, por exemplo, os famosos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) que os universitários enfrentam para se certificarem? O que é que mais passa pela cabeça? É a hora de entregá-lo? Ou ainda, quando você tem um evento para organizar com múltiplos fornecedores? O stress, a dor de cabeça, a tensão, são muito bem lembradas, mas e o processo? Enfim, infinitas situações de espera ativa ou passiva diante de um acontecimento futuro, nas quais normalmente o que mais desejamos é que termine! A vida não deve ser vista como um “lá” onde existe o Paraíso, a Bonança, a Felicidade, o Nirvana. Esta visão provoca uma grande ilusão e deixamos de viver o “cá”, o aqui e agora, o real.

Se o momento é ruim, saiba que vai passar. Se o momento é bom, saiba que vai passar. Aproveite-o, então! Mas se a vida é um processo, não devemos ficar de olho só na meta. Não vamos permitir que a vida escape de nossas mãos! Corremos o risco (em nome da preocupação e da ansiedade) de perdermos detalhes emocionantes, pois o que fica e marca em nossas vidas, são as emoções vividas com as pessoas. São nos processos que conhecemos as pessoas, que aprendemos, que sentimos, que nos emocionamos. O desafio é colocar essa teoria em prática, isto é, viver com mais consciência. É a tal expressão do latim Carpe Diem que significa “aproveite bem o dia”, no sentido de “viver o momento presente”. Você agora pode estar se perguntan do: - “como posso viver o momento presente com mais força e consciência, se tudo que eu quero é esquecê-lo e que ele termine logo?” Diz o ditado: “lamúria gera lamúria, gratidão gera gratidão”. Para estes, o melhor jeito é também viver intensamente e até com ainda mais consciência, pois quanto mais reclamar, odiar e espernear pior: mais vai demorar para passar e coisas piores vai atrair. Tenha consciência para que consiga perceber o que a vida está te mostrando, pois assim, você tem mais condições de entender e portanto de criar alternativas. Não viva no “lá”, viva no “cá”, viva no processo. Bons processos para todos!

Reinaldo Rizk é engenheiro civil e Master Practitioner em PNL, fundador da Toque de Areia de teatro empresarial.


O QUE é PRECISO PARA

SER MAIS

CONFIANTE

? Leila Navarro

T

nós mesmos. Se não confiamos nos outros por receio de que não façam o que dizem que irão fazer, é porque também nem sempre temos atitudes coerentes com o nosso discurso. Se não confiamos por medo de nos decepcionar, é porque somos muito exigentes conosco mesmos, não admitimos nossas fraquezas nem nos perdoamos por nossos erros. Sendo assim, como poderíamos admitir que os outros errem e perdoá-los por suas fraquezas? Para ser capaz de confiar mais, temos então de fortalecer a autoconfiança. E um dos fatores que muito contribui para isso é reconhecer e exercer nossos talentos. O que chamo de talento é o dom, a inteligência natural que todo ser humano tem para fazer alguma coisa com habilidade e prazer. Faz sentido, não? Se talento é aquilo para que a gente “leva jeito”, exercê-lo nos faz sentir seguros, donos da situação, confiantes. É assim que você se sente ao exercer o seu trabalho ou não? Se não, descubra o seu talento! Trabalhos de coaching e autoconhecimento poderão ajudá-lo muito nisso. Outra coisa importante para o fortalecimento da autoconfiança é a transformação de crenças e pensamentos limitantes. Comece a prestar aten-

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ransformar crenças e pensamentos limitantes em pensamentos positivos e de autovalorização é fundamental projetarmos confiança nos nossos interlocutores e recebermos respostas positivas deles Defendo a tese de que só a confiança (em nós mesmos, nos outros e na vida) nos predispõe a sermos mais cooperativos e abertos para a troca de experiências e conhecimentos, a experimentar coisas novas e arriscar. Como você bem sabe, isso é essencial para o sucesso no mundo corporativo. De um tempo para cá, me aprofundei no tema e lancei o livro Confiança - A Chave para o Sucesso Pessoal e Profissional, pela editora Integrare, em co-autoria com o espanhol José María Gasalla, estudioso de psicologia social e consultor de empresas. Gostaria agora de retomar ao assunto e responder uma pergunta que fazia a mim mesma quando comecei a estudar sobre confiança, ou que talvez você também tenha feito ao ler aqueles meus artigos: o que é preciso para Ser Mais confiante? Primeiramente, é preciso considerar que, em grande parte, a dificuldade de confiar nos outros é fruto da projeção da falta de confiança em


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ção naquilo que você diz a si mesmo e talvez fique surpreso ao flagrar-se em pensamentos como “nada comigo dá certo”, “não tenho competência como fulano” ou “é difícil progredir na vida”. Com auto-sugestões desse tipo, é mesmo complicado ser autoconfiante, não? Pensamentos limitantes têm de ser substituídos por pensamentos positivos, de autovalorização, reconhecimento de suas qualidades e méritos – é o que propõem a neurociência, algumas vertentes da psicologia e até algumas doutrinas espirituais. Conforme transformamos nossas crenças, criamos um posicionamento e uma conduta positivos ao longo do tempo e passamos a interpretar os acontecimentos da vida de modo positivo. Aí entra o terceiro fator que fortalece a autoconfiança: saber fluir com a vida. Isso significa sermos capazes de olhar nossas dificuldades, crises e até perdas como eventos que podem nos trazer algo de bom, uma mudança, a oportuni-

dade de recomeçar ou a chance de tomar um rumo completamente diferente. Quando adotamos pensamentos e uma conduta positivos, somos capazes de olhar para os problemas e, em vez de nos desesperar, questionar: “O que eu tenho a aprender com isso?” Como eu costumo dizer “a confiança é como um jogo de espelhos”: trata-se de projetar a confiança que temos em nós mesmos para sermos capazes de ver os outros como pessoas dignas de confiança. Os outros então se sentem motivados a confiar em nós - o que nos deixa mais confiantes. E assim a espiral da confiança se instala em nossa vida. Leila Navarro é palestrante comportamental, empresária e autora.


De quem é o

meu

?

problema Gilclér Regina

“Q

Nesta hora o cliente não sabe se ri, ou chora de raiva. A única coisa que ele sabe de verdade, é que ali não volta mais para ser cliente e, se puder, vai alertar todos os seus amigos e rede de contatos para não utilizar aquela empresa. As empresas ainda investem pouco em treinamentos que tenham foco em motivação, em atitude, em comportamento, em comprometimento, na valorização do cliente e do relacionamento. Isto representa 90% do sucesso do negócio. É por essas e outras, que as empresas acabam desperdiçando recursos: ensinam técnicas, ensinam como consertar o carro, mas faltam a aula sobre “como relacionar-se com o dono”. E ferem a credibilidade, pois, à esta altura do campeonato, o cliente até duvida que a tal peça tenha sido trocada. Ele sabe, sim, que foi co-bra-da. Quero aqui alertar os profissionais sobre a importância do atendimento. Para quê as pessoas recorrem à uma em presa, senão para atender suas necessidades? Por que estas mesmas pessoas escolhem entre uma ou outra empresa? No início podem ser atraídas pela propaganda, mas o que as mantém como clientes é o atendimento e a boa presta ção do serviço. O resto é conversa.

Gilclér Regina é escritor, palestrante e presidente da empresa CEAG Desenvolvimento de Talentos.

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uem foi que lhe atendeu?” quando recebi esta resposta fiquei mais uma vez decepcionado e chocado com a má prestação de serviços e mais ainda, por ter sido por vários anos cliente daquela concessionária. No momento em que alguém me vendeu o carro (de alto valor, diga-se de passagem), ofereceu-me todas as vantagens. Quando tive de fazer a revisão, havia uma pequena peça danificada no sensor de estacionamento traseiro. O funcionário já foi “tirando da reta”, ale gando que precisava ver se o “agente externo” havia provocado o dano. E eu ainda perguntei: “Mas e a minha garantia de três anos em troca de peças? Fiz todas as revisões dentro dos prazos! E o que é “agente externo”? O carro sai da concessionária e vai direto para o par aíso? Não pode tomar chuva, sol, nada? E ele me devolveu: “Quem foi que lhe atendeu?”. Respondi: “Vocês nunca fizeram uma pós-venda? Como vou saber quem me atendeu? E se souber, muito provavelmente vocês irão dizer: “ah! esse não trabalha mais aqui”. A verdade - infelizmente para o mundo das empresas - (mais ainda, daquelas que reclamam de crise, da concorrência, de maus resultados ou que não fazem sucesso) é que na hora da venda propriamente dita é a pessoa jurídica, a empresa; e na hora do suporte, da assistência técnica, é o vendedor, a pessoa física que geralmente “não está mais ali”, “já saiu”, “foi demitida” e por aí afora.


Inteliderança

3

as

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S

chaves do líder inteligente

Marcelo Ortega

ua empresa tem a “inteliderança” de equipes? “Inteliderar ” é aplicar inteli gência no comando de uma equipe, fazendo com que a frequente falta de resultados se transforme em presença, que o empenho se transforme em desempenho e sobretudo, que exista assertividade maior nos planos e ações. Quem acerta mais do que erra tem sucesso, isso é fato! Mas como iremos prever o erro? Como iremos acertar mais e mais? Isso é definitivamente uma questão de preparo. Sorte é preparação associada à oportunidade. Portanto, uma pessoa que estuda, planeja, age mais estrategicamente, tende a ser uma pessoa cheia de sorte. Segundo Richard Kock, o autor do livro “O princípio 80/20 – o segredo de realizar mais com menos”, o esforço de muitos líderes não condiz com seu resultado porque a maioria de suas ações é fru to de improviso e falta de planejamento e preparação. Segundo a Lei de Pareto (mais antiga que este

livro), 20 % de uma equipe faz 80% do resultado. Isso é um problema gigantesco e promove a diluição do lucro da empre sa no mesmo solvente que dilui a incompetência da maioria. O líder inte ligentemente capaz de minimizar essa equação - aproximando o time do meio dos que estão no nível mais alto - sabe que precisa ser mais altivo, assertivo e cognitivo, isto é, estar trabalhando de perto com todos, olhando os que menos produzem, criando estímulos e regras que promovam uma incessante melhoria e mudança comportamental nos seus. A inteliderança se faz com as três chaves a seguir: C h a v e 1 ) cognição: ato ou processo de conhecer, que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. A palavra cognição tem origem nos escritos de Platão e Aristóteles. É preciso ser mais do que um ge rente que manda e exige resultado.


que é confortável ter de amargar re sultados medíocres, explicar sempre os motivos pelos quais não vendem ou atingem melhores metas. Estas três chaves da inteliderança (conceito que tenho disseminado em meus treinamentos, palestras e livros) valem para qualquer um que esteja à frente do comando empresarial. Se procura ser um líder cada vez mais inteligente deve, antes de obter a função, dotar-se da certeza de que precisará de envolvimento, reconhecimento e direcionamento de seus lide rados, pois do contrário, será apenas um tirano que exige e critica, sem re ter ou desenvolver os talentos que sua empresa necessita.

Marcelo Ortega é especialista em inteligência e sucesso em vendas.

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Em vendas, o desafio está na verda deira transformação dos 80% de uma equipe que ficam abaixo da meta, não mudam e correm riscos sérios de demissão, exclusão, e pior, quando pra ticam mal o atendimento ao bem mais valioso da empresa: o cliente. O líder inteligente age de perto, percebendo a performance de cada um de sua equipe e treina, ensina, educa. Chave 2) monitoramento: fazer com que os intervalos entre uma semana e outra não passem em branco. Cada nova semana é tempo de monitorar, perceber desvios e medir os avanços. As metas devem ser divididas em partes menores, semanais, diárias se for o caso. E por fim, a chave 3) provocação: como sempre digo: - “ninguém pode motivar você se não quiser isso.” A automotivação prevalece nos que atingem resultados, nos 20% de uma equipe. Os outros 80% precisam ser provocados a agir, sair da zona de conforto em que se encontram, se é


FUN

LEARNING At the Courtroom The following is a courtroom exchange between a defense attorney and a farmer with a bodily injury claim. It came from a Houston, Texas insurance agent. Attorney: At the scene of the accident, did you tell the constable you had never felt better in your life?

The mother superior walked out in front of the 100 nuns with a very serious frown on her face. She began to speak... Mother Superior: There had been a sinful deed committed here, yesterday. 99 nuns: Oh, no! 1 nun: Hee, hee, hee.

Farmer: That’s right.

Mother Superior: Today I found a pair a men’s underwear.

Attorney: Well, then, how is it that you are now claiming you were seriously injured when my client’s auto hit your wagon?

99 nuns: Oh, no!

Farmer: When the constable arrived, he went over to my horse, who had a broken leg, and shot him. Then he went over to Rover, my dog, who was in a terrible state, and shot him. When he asked me how I felt, I just thought under the circumstances, it was a wise choice of words to say. I’ve never felt better in my life.

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At the Convent

- courtroom - corte - exchange - diálogo - defense attorney - advogado de defesa - bodily injury claim - ação de danos físicos - constable - policial - feel (feel, felt, felt) - sentir - injured - ferido - wagon - caminhonete - horse - cavalo - broken leg - perna quebrada - shot him - matou-o com um tiro - dog - cachorro - wise choice - escolha sábia

1 nun: Hee, hee, hee. Mother Superior: And I also found a condom. 99 nuns: Oh, no! 1 nun: Hee, hee, hee. Mother Superior: And it has been used! 99 nuns: Oh, no! 1 nun: Hee, hee, hee. Mother Superior: And there was a hole in it! 1 nun: Oh, No! 99 nuns: Hee, hee, hee, hee, hee, hee!..... - frown - cenho franzido - sinful deed - ato pecaminoso - men´s underwear - roupa de baixo masculina - condom - camisinha


Coffe Break

CURIOSIDADES DO CINEMA

A

novela premiada Caminho das Índias popularizou “Bollywood” e agora trazemos essa curiosidade do cinema para você!

O termo Bollywood nasceu nos anos 70. Na década de 30, os filmes feitos pela empresa indiana Calcutta’s Tollygunge Studios, de Calcutá, eram chamados de “Tollywood”. Transpondo a brincadeira, o “B”, de Bollywood, faz referência à antiga cidade de Bombaim, atual Mumbai, o principal polo produtor de cinema na Índia. Outros apelidos baseados em nomes de cidades surgiram para designar o cinema indiano, como “Mollywood” (Madras), Lollywood (Lahore) e Kollywood (Karachi), mas nenhum deles pegou. O cinema chegou à Índia sete meses depois de sua invenção, em 1895, pelos irmãos Lumière. Tudo aconteceu por acaso, durante uma passagem de Maurice Sestier, empresário dos Lumière, pelo país. A novidade fez sucesso imediatamente.

Originalmente publicado em: O Guia dos Curiosos (www.guiadoscuriosos.ig.com.br) Foto maior: Global Ody-see. Ao lado, Nargis e Raj Kapoor em Awaara (1951), também dirigido e produzido por Kapoor. Foi indicado para o Festival de Cannes no mesmo ano. Foto: Imageshack

Os filmes hollywoodianos são apenas 10% dos assistidos na Índia — o índice mais baixo de todo o mundo. Importantes obras escritas hindus já serviram como roteiro para Bollywood. É o caso de “Ramáiana”, um épico de 24 mil versos, e “Mahabharata”, que tem 74 mil versos — e é considerado o maior volume de texto em uma única obra. Por causa da grande produção, os indianos pobres assistem de 25 a trinta filmes por ano. Os ricos, por outro lado, veem de quatro a sete. A produção cinematográfica da Nigéria, que vem aumentando a cada ano, ganhou um apelido semelhante ao da produção indiana: “Nollywood”.

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A Universal foi o primeiro estúdio de Hollywood a estabelecer uma agência em território indiano, em 1916. De todos os filmes vistos no mundo, 5% foram produzidos por Bollywood. Grande parte desse sucesso acontece graças ao próprio pú-

blico indiano, que lota as salas de cinema com ingressos que custam, em média, R$ 0,20. São vendidos 3 bilhões de ingressos por ano para os filmes indianos.


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Coffe Break


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franquias

O PROMISSOR SEGMENTO ALIMENTíCIO

U

m dos setores que mais faturou nos últimos anos é o alimentício – que representa 1,7% do PIB nacional, de acordo com a Associação Brasileira de Franschising (ABF). O setor fechou 2008 com faturamento 17% maior que no ano anterior (R$ 53 bilhões) e 500 mil novos postos de trabalho gerados. Para aderir ao modelo de franquia é preciso observar uma série de fatores como orientação e suporte na instalação da loja, treinamentos e campanhas publicitárias. Lembrando que ponto vital deste setor é o fornecimento e logística dos alimentos. Exemplo de sucesso nesse segmento, a Griletto em seu primeiro ano abriu 11 lojas franqueadas e há outras cinco em fase de implantação. A meta para 2010 é chegar a 50 pontos de venda - entre próprios e franqueados - nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. O franqueador Griletto Fundada em 2004 na cidade de Itu (SP), conta com 24 unidades em funcionamento e 5 em fase de implantação. A opção pela franquia surgiu no começo de 2009 (quando já possuía 13 unidades próprias). Ricardo José percebeu que seria difícil dar continuidade ao crescimento da rede por conta própria. A principal dificuldade era encontrar e gerenciar as equipes em lugares distintos. A padronização da operação traz agilidade e ganho de qualidade. O primeiro restaurante franqueado foi inaugurado em Araraquara (SP) e hoje são 11. O pré-requisito básico de quem deseja ser um franqueado é dedicação exclusiva ao negócio; além de ter capacidade gerencial, prazer em trabalhar com o público, identificação com o segmento alimentício, saber trabalhar em equipe e ter espírito de liderança.

Franqueado Dalton Neto queria muito atuar no setor de alimentação, mas lhe faltava experiência e conhecimento do setor. Decidiu-se por uma franquia que oferecesse o suporte necessário para o negócio, aumentando as possibilidades de sucesso. O que mais o atraiu este franqueado foi o fato de o setor de alimentação estar consolidado, com grandes exemplos de sucesso no fast food. Além de se tratar de uma rede que tem muito potencial e excelente aceitação de mercado. “Esse tipo de negócio é simples e rentável. Porém, o sucesso dependerá muito da dedicação de cada pessoa”, diz Dalton, que emprega diretamente 20 funcionários nas duas franquias da marca.

Serviços alimentícios 6 anos – Fundada em 2004 R$ 240 mil R$ 30 mil

N° de funcionários: Faturamento Bruto: Lucro Líquido:

Entre 14 e 24 R$ 100 mil Entre 10% e 15% do faturamento bruto

Precisa de experiência? Prazo de retorno: Site: E-mail:

Não 24 meses www.griletto.com.br franquia@griletto.com.br

R$ 20 mil 4% 1,5% acima de 35m² 13 16 (5 em fase de implantação) Treinamento, marketing e sistemas de informática

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Serviço oferecido Tempo de mercado Investimento inicial: Taxa da franquia + equipamentos: Capital de giro: Royalties: Taxa de publicidade: área mínima: Unidades próprias Unidades franqueadas Quais suportes oferece


vitrine de sucessos

MORDA ESSA: o formato de uma maçã verde sugere o sabor do conteúdo – nada mais do que uma pen drive com a discografia completa dos Beatles! Ao todo são 14 discos remasterizados, imagens raras e 13 mini documentários perfezando 16 gigabytes para você se deliciar. Quem quiser sorver da “fruta” vai entrar na fila da pré-venda. Beatles – EMI – R$799,90 na Saraiva.

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Transformando suor em ouro Obstinado, persistente, perfeccionista e motivador, Bernardinho se tornou o maior técnico de vôlei da história do Brasil – e um dos grandes treinadores do esporte coletivo em todo o mundo. Transformando suor em ouro é a história de Bernardinho contada por ele mesmo, desde os tempos de jogador até a consagração como técnico com o ouro olímpico. Mais do que relatar uma epopéia esportiva emocionante, o livro apresenta facetas desconhecidas do treinador ao mostrar em detalhes como Bernardinho burilou o método que batizou de Roda da Excelência. Bernardinho – Editora Sextante – R$24,90


O que a vida me ensinou para não deixar a conquista escapar pelos dedos Neste livro, que inaugura a coleção O que a vida me ensinou, Reinaldo Polito revela os segredos que o levaram a montar um dos mais bem-sucedidos cursos de oratória do mundo. De origem humilde, abandonou uma promissora carreira no mercado financeiro e recomeçou do zero para perseguir seu sonho. Uma experiência inspiradora que o levará a ver novas oportunidades para sua vida e sua carreira. A partir de histórias interessantes e muito bem-humoradas. Polito fala de temas presentes e necessários na carreira e na vida profissional de todos nós: superação, adaptação, competências, determinação, paixão, mudança, obstinação. Reinaldo Polito - Editoras Saraiva e Versar – R$24,90

O Samurai das Tesouras Hideaki Iijima é um misto de homem de negócios e mestre zen. Seus ensinamentos ultrapassam o ambiente clean dos salões SOHO e valem tanto para quem quer se tornar cabeleireiro quanto para executivos e empresários ligados a outras atividades: são lições de coragem, honra, disciplina, intuição e perseverança. O Samurai das tesouras é leitura obrigatória para quem quer conhecer mais o espírito japonês e a arte de fazer negócios. Hideaki Iijima – Editora Jbc – R$ 39,90

Clássicos do Mundo Corporativo

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Com textos enxutos e cheios de bom humor, Max Gehringer seduz quem gosta de ler sobre trabalho e carreira, mas não tem paciência de se debruçar sobre artigos técnicos, convencionais, sem nenhuma graça. Em Clássicos do mundo corporativo, ele faz uma comparação entre a importância de ter um diploma lá pelos anos 60, metade dos 70, quem não tivesse o de datilografia não poderia se candidatar a um bom emprego. Hoje, quem não tiver MBA pode dar adeus à vaga. Max Gehringer – Editora Globo – R$12,50


vitrine de sucessos Boas apresentações vendem ideias Citando o conhecimento e a expertise de especialistas em comunicação, reconhecidos no mundo inteiro, a obra oferece dicas e orientações sobre todos os aspectos que envolvem uma apresentação, desde sua concepção até o relacionamento com o público, após o evento. Carlos Alberto Debastiani- Editora Novatec - R$45

Superdicas para um TCC - Trabalho de conclusão de curso nota 10 Em linguagem simples e direta ao assunto, a autora orienta você a elaborar seu trabalho da maneira mais profissional possível, pensando em todos os detalhes, cuidando para que nada seja negligenciado, mantendo o foco e conscientizandose de que, tendo disciplina e seguindo as regras básicas, com o esforço necessário seu trabalho vai dar certo. Rachel Polito - Editora Saraiva - R$10,90 (audiolivro - R$19,90)

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Tenha calma Aprender a lidar com a emoção da raiva é um fator de produtividade, efetividade e de felicidade no exercício da profissão que repercute favoravelmente no êxito da carreira. O livro traz estratégias cognitivas e comportamentais para intervir e expressar a raiva e outras emoções no cotidiano profissional. O maior ganho é o aprendizado para construir um modelo mental rico de crenças racionais, realistas e otimistas, requisito básico à aquisição da liberdade emocional do gestor e da equipe. “A proposta é oferecer ferramentas para (...) a aquisição de maturidade emocional sólida. Só assim será possível administrar a raiva de forma eficaz e ser feliz no trabalho”, diz a autora. Vera Martins - Editora Campus – Elservier R$ 47

Todos os preços publicados nesta seção são passíveis de alteração sem aviso prévio. Imagens para fins ilustrativos.


vitrine de sucessos

IDEIAS, CRIANçAS E ENSINAMENTOS

M

Ruy Mendes Gonçalves

eu filho tem três meses de idade. Eu, 876. Não precisa fazer as contas: são 73 anos de idade.

Quando recebi a notícia de que ele estava por nascer – meu sexto filho, o primeiro homem -, voltei a começar a pensar no futuro. Em nosso futuro. Voltei a pensar em viver. E no que eu deixaria para ele. Decidi escrever um livro, que seria publicado junto com o seu nascimento. Uma obra que falasse da minha vida e do que fiz. Que mostrasse um exemplo de vida, algo melhor do que qualquer educação formal. Assim nasceu O Serelepe, que acaba de ser lançado pela Saraiva, a própria empresa que ajudei a construir. Obra de um pai para um filho, feita por outro filho. Minha vida foi intensa e prolífica. Em 40 anos na Saraiva, que dirigi como principal executivo por três décadas, ela se tornou uma das maiores editoras do Brasil e a maior rede de livrarias do país. Quando assumi o comando da companhia, ela estava em dificuldades financeiras e tinha uma única loja em São Paulo. Hoje é uma grande editora e possui 98 lojas no território nacional, além de ser um importante e moderno negócio digital.

O Serelepe é o guia que ilustra como pude fazer tudo isso. Endereçado, só por garantia, a um menininho que ainda está longe de saber ler e mais longe ainda de entender o que teria a lhe dizer. Mas que também serve a qualquer um que pensa no que pode fazer de sua vida, tanto na busca da felicidade na vida pessoal quanto no campo profissional. Pela minha idade, não sei quanto tempo terei para ver o pequeno Ruy crescer e lhe passar pessoalmente minha história e meus valores. Mas quem é que sabe? Assim como já me considerei perdido quando meu pai Asdrúbal morreu, pensei também que poderia não ver meu filho nascer. De lá para cá, tive o filho, escrevi o livro e trabalhei muito. Assim como não são as ideias que importam nos livros, mas o fato de que podemos praticá-las, o importante não é pensar no tempo, mas vivê-lo. Livros não são para a posteridade. Livros são feitos para a gente viver, agora.

Ruy Mendes Gonçalves é economista, pós-graduado em Administração pela Fundação Getulio Vargas. Durante 40 anos ocupou diversos cargos no Grupo Saraiva e hoje é vice-presidente do Conselho de Administração da Editora e Livraria Saraiva. É também Presidente do Instituto Jorge Saraiva. O Serelepe - Editora Saraiva - R$29,90

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Cometi muitos erros, me diverti e vivi muito. Amante de Noel Rosa, fui boêmio e patrocinei graves crises familiares. No trabalho, investi na profissionalização da companhia, baseada hoje na competência e nos outros fatores da administração que levam ao sucesso, como a ousadia e a inovação. Implantei a Megastore e outros projetos que consolidaram e expandiram uma empresa que soube se renovar em seus 95 anos de história. Tive, também, muita sorte. Sem ela, como dizia Nelson Rodrigues, “a gente não

deve atravessar nem a rua ou chupar um picolé”. Eu, que cresci de casa em casa, até morar com meu pai, para logo depois perdê-lo, numa curta e fundamental convivência, construí também uma linda família. É meu maior patrimônio. Ao perder meu pai, aos 14 anos, pensei que estava perdido. E graças à ajuda dos outros, pude me levantar e ser o que hoje sou. Por isso, ao longo da vida procurei também ajudar a quem precisa. Percebi que a generosidade de fato realmente sempre retorna de alguma forma. Até mesmo no mundo dos negócios.


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SUA PERGUNTA...

“Sou formado em Marketing e como carreira tenho seguido o lado contrário de minha formação: há mais de cinco anos trabalho em banco. De dois anos pra cá tenho procurado outras formas de seguir carreira. Gostaria de trabalhar em algo mais prazeroso, com menos stress e cobrança; em algo que me fizesse sentir bem e produtivo e gostaria de uma sugestão de por onde devo começar.”

Thiago Cristiano Targino, de Minas Gerais.

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...GAUDENCIO RESPONDE

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O

homem é um animal que sente, raciocinal que pensa. Ele fala o que pensa e age o que sente. Quando não sabe o que sente (e você diz ser este caso), fala uma coisa e faz outra. Estuda marketing e trabalha em banco. Precisaria conhecer bem você, para ser um espelho que adequadamente o ajude a saber o que sente e possa dar então uma resposta íntegra, isto é, falando e fazendo da mesma

forma, porque você sente e pensa a mesma coisa. Como o conhecimento é superficial, posso te dar uma primeira impressão. Será que você foi fazer marketing porque isto corresponde ao que você gosta? Se for assim, fica explicado porque de dois anos para cá você tem pensado em procurar algo em que se sentisse bem produtivo. Tente o Marketing.

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Agradecimentos

VEJA QUEM COLABOROU PARA A GENTE SER MAIS ESSE MêS Assessorias de Comunicação e Imprensa: Adriana Rodrigues, Felipe Higashi, Jacqueline Gonzalez e Jessica O’ Callaghan - In Press/Porter Novelli; Ariett Gouveia e Leonardo Costas Linhas&Laudas Comunicação; Camila Vasconcellos, Luciana Albernaz, Danielle Borges e Giovanna Zanaroli - GT Marketing e Comunicação; Christiane Alves – Flöter & Schauff; Daniela Sobreira - Activa Comunicação; Katja Jardim – Scritta; Mariana de Felice - AD Comunicação e Marketing; Mariana Geraldine e Thais Nunes - LG One; Melissa Stranieri – Saraiva; Nádia Moino - Qualidade Produções; Patrícia Kishimoto - Papiro Comunicação; Shirley Marya – Futurus. Conteúdo: Ewerton Dias e Vanessa Oliveira Fotografia: Jonny Ueda, Hisao Shirabiyoshi e Rita Barretto Apoio operacional: Alessandra Ksenhuck, Gabriel Correa e Maurício Sita.

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LINkS

Agência Namosca www.agencianamosca.com.br Associação Brasileira dos Representantes de Empresas Marítimas (Abremar) www.abremar.com.br Atlas Schindler www.atlas.schindler.com Australia International Business School (AIBS) www.aibs.com.br Busca Jovem http://buscajovem.org.br Danilo Scarpa www.daniloscapa.com Editora Campus Elsevier www.elsevier.com.br Editora Sextante www.sextante.com.br

Editora Saraiva www.saraiva.com.br Editora Versar www.versar.com.br Editora JBC www.editorajbc.com.br Editora Globo http://globolivros.globo.com Flot Operadora Turística www.flot.com.br Green Peace International www.greenpeace.org Hughes do Brasil www.hughes.com.br Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor www.idec.org.br Instituto Intranet Portal www.intranetportal.org.br LG Eletronics Brasil www.lge.com Lowell Cosméticos www.lowell.com.br Luciana Romiti lucianaromiti.blogspot.com Nazca Cosméticos www.nazca.com.br Novatech Editora www.novatec.com.br O Boticário www.oboticario.com.br Olympus América Latina www.olympusamericalatina.com One Laptop per Child laptop.org Portal Busca Jovem http://buscajovem.org.br Soho Hair International www.sohointernational.com.br Santo Bureau Produções www.santobureau.com.br Serviço Federal de Processamento de Dados www.serpro.gov.br Studio753 de Foto&Grafia studio753@gmail.com Right Management Inc. www.rightbrasil.com.br Toque de Areia www.toquedeareia.com.br Your Life do Brasil www.yourlife.com.br


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opinião

ni Da lo pa ar Sc

DIRETO

AO PONTO!

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Reinaldo Polito

Se você não viveu essa situação, provavelmente, na vida corporativa já deve ter presenciado a cena: o chefe impaciente dizendo ao subordinado para não “enrolar” e ir diretamente ao ponto: “essa enrolação toda não me interessa, quero saber quanto vai custar”. O subordinado, meio sem jeito, tenta explicar, mas é interrompido de novo, só que de forma mais veemente: “parece que estou falando grego! Não temos tempo para conversa fiada, vamos diretamente ao ponto – me dê os números, diga quanto vamos gastar com a implantação desse projeto”. É frustrante. Parece até uma desconsideração ao trabalho criterioso que o profissional empreendeu durante semanas, ou, em certos casos, até meses, para elaborar um projeto detalhado, prevendo todos os riscos, alternativas e possibilidades de sucesso. E, no fim, a única coisa que querem saber dele é quanto vai custar. Para não passar pela mesma circunstância, aja com inteligência e sensatez. Se existir a possibilidade de que os conselheiros da empresa, por exemplo, queiram saber logo o resultado final de um determinado estudo, atenda a esses anseios e vá diretamente ao ponto. Conte logo no início qual o resultado que desejam saber. A partir daí você terá baixado a ansiedade daqueles que irão tomar a decisão e poderá, com calma, explicar em detalhes como foi que chegou àquele resultado. É quase certo ainda que as mesmas pessoas perguntem como aqueles números apareceram. Nesse momento, como se precisasse falar apenas para responder à questão formulada, você fará todo

o trajeto do estudo desde o princípio. Tenha em mente que as pessoas que tomam decisões, quase sempre, são impacientes, ocupadas e precisam de informações objetivas. Não significa, entretanto, que não queiram ou não precisem saber dos detalhes de um estudo importante. Tudo deve ser informado no tempo oportuno. Invertendo a ordem da apresentação e revelando o resultado logo de início, você estará se adequando a essa circunstância. Portanto, o caminho deve ser este: conte logo no início da apresentação qual o assunto que irá expor e, ao mesmo tempo, revele o resultado final. Ah, se falar em custo, não se esqueça de informar também sobre os benefícios. Em seguida aguarde para ver se há alguma pergunta ou objeção ao que foi exposto. Geralmente há. Se as pessoas se mantiverem em silêncio, aí sim você diz que gostaria de explicar como chegou àqueles dados. No fim você fará o que desejava - apresentar todo o percurso desde os levantamentos iniciais, os problemas que identificou, os estudos que realizou, os desafios que enfrentou e superou até a conclusão do trabalho. E sem dar a impressão de que esteja gastando tempo à toa ou enrolando com explanações desnecessárias. Vá direto ao ponto - um cuidado tão simples, mas que pode dar excelentes resultados. Reinaldo Polito é mestre em Ciências da Comunicação, palestrante, professor de expressão verbal e autor de 15 livros


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