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Expediente A revista Ser Mais é uma publicação mensal. Ano 2 | Nº 16 Presidente do Conselho Editorial: Dr. Jô Furlan Diretor Editorial: Mauricio Sita Redatoras: Celeste Mayumi e Vanessa Oliveira Revisora: Karina Cedeño Diretor de Arte: Danilo Scarpa (www.daniloscarpa.com) Colaborador de Arte: Henrique Melo Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968 assinaturas@revistasermais.com.br Cartas para a redação: Av. Rangel Pestana, 1.105 – 3º andar. São Paulo - CEP 03001-000 redacao@revistasermais.com.br http://twitter.com/revistasermais Skype: revistasermais Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e email. A Ser Mais reserva-se o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas. O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax, telefone ou email); e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque. Central do Anunciante: publicidade@revistasermais.com.br [11] 2691-6706 Representante Comercial – Região Sul: Beth Meger Rua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509 Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898 Ser Mais é a revista oficial da Associação Brasileira de Desenvolvimento Comportamental (ABDCOM). Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A Cadastre-se no site www.revistasermais.com.br para receber nossa newsletter. Impressão e Acabamento: Vox
O medo de ter medo
10 6º Passo Desenvolva sua inteligência do sucesso
12 + motivado Valorize seus valores
13 Não perca o essencial 14 + empreendedor Mais um motivo para praticar exercícios cerebrais
16 Up to date 18 + gente A mandala do ser
19 + rh 20 22 26 29 36 41 42 44 46 47 48 50 54 55 56 59 62 63 66
Especialistas Christian Barbosa
Dalmir Sant’Anna
Dr. Jô Furlan
E quando o cliente reclama? No alvo Cidadão 21 + moda, beleza e estilo 2.0 Jogo rápido Fausto Silva MANUAL DO SUCESSO Inteligência – Ronnie Von: encantando gerações Gestão – Como se tornar um profissional fora de série Comportamento – Feedback pessoal: como lidar com situações delicadas Vendas – Preço baixo e ganho alto Liderança – Liderança e alta performance Coffee-break – humor e diversão As competências ideais Gaudencio responde: emprego público ou privado? Pensar bem faz bem + tech Não naufrague nas redes sociais + vitrine de sucessos Coaching: o que você precisa saber + expressão Esse é o X da questão
Eduardo Zugaib
Gustavo G. Boog
Jairo Mancilha
Leila Navarro
Luiz Carlos Freire
Marcos Souza
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Anderson Cavalcante
índice
06 “Caro leitor,” 08 + otimista
Ômar Souki
Paulo Gaudencio
Paulo Roberto
Reinaldo Polito
Reinaldo Rizk
Ricardo Marchesan
Roberta Yono
Rodrigo Cardoso
Sullivan França
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www.revistasermais.com.br
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Compra coletiva, o novo fenômeno do comércio online
O que você comeu hoje? Se você não lembra, melhor ler esta matéria
CAPA
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Para que fazer hoje o que se pode fazer amanhã?
Vista a camisa e comprometa-se sem ser “puxa-saco”
Não postergue esta leitura! 64
Super-mulher maravilha Como o sexo forte lida com as multitarefas
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A pechincha de cada dia
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Editorial
Desejo que sinta a revista Ser Mais como sua. Nosso objetivo é melhorá-la a cada edição. Temos a máxima preocupação na utilização de cada centímetro do espaço editorial. Sempre questionamos se os textos publicados são realmente interessantes para você. Isso significa que estamos totalmente abertos para receber suas sugestões e críticas. Peço, portanto, que fale conosco. Interaja com a nossa equipe de redação. Dê sugestões de matérias. Envie perguntas sobre seu trabalho e sua carreira. Só na Ser Mais você tem a possibilidade de receber a orientação do grande Paulo Gaudêncio. O “Manual do Sucesso” se renova a cada mês, com a finalidade de ser um espaço de transformação. E a leitura da última página? Eu sinto muito prazer em ler o texto do Reinaldo Polito, maior e mais respeitado nome da comunicação verbal brasileira. Ele está sempre aqui batendo um papo com você. Para que entenda melhor a nossa revista, informo que uma grande pergunta é colocada quando discutimos a matéria de capa: nosso leitor vai realmente se interessar por ela e poderá fazer uso imediato do que é proposto? Coerente com essa linha editorial, convidei Dalmir Sant’Anna para escrever a matéria de capa deste mês. Ele aceitou e disse: vou escrever uma matéria que a pessoa, ao ver a revista na banca, sinta que não pode deixar de ler. E que o assinante vai gostar e ficar agradecido. Vou destacar a importância do “Comprometimento”, tema que estou trabalhando na minha tese de mestrado. A matéria realmente está ótima! Confira. Aproveito para informar que a jornalista Tina Andrade, a partir desta edição, não é mais a redatora responsável. Agradecemos a ela pela contribuição que nos deu. As boas vindas são para a nova equipe de redação que passa a ter a coordenação da Vanessa Oliveira e a participação da Celeste Mayumi, que ralou praticamente sozinha nesta edição (parabéns pelo trabalho) e da Karina Cedeño que, além de atuar como redatora, responderá pela revisão. Espero que você leia a Ser Mais com o mesmo entusiasmo com que a escrevemos. Boa Leitura
Mauricio Sita Diretor Editorial
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otimista
O medo de ter
MEDO
Receio de estresse, trânsito, violência, drogas, doença, falta de dinheiro e excesso de receio... quais as causas do temor em nosso corpo?
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C
Marcos Souza
ertamente, nossos primeiros antepassados não sentiam os mesmos medos que costumamos sentir atualmente. Afinal, o medo é um comportamento influenciado por nossos pensamentos, dependendo, muitas vezes, de estímulos externos a nós – situações, pessoas, sons, lugares, imagens, objetos etc. Eles viviam sem avião, sem guerras químicas, sem internet, sem armas de fogo, sem bancos, sem drogas sintéticas, sem aglomerações e tantas outras situações da vida moderna. Situações de desconforto em relação a qualquer estímulo disparam um mecanismo que é comum em qualquer ser humano, responsável pela nossa autopreservação e pela conservação de nossa espécie. Esse sistema, conhecido como mecanismo de fuga ou luta, muda completamente nossa fisiologia e, muitas vezes, faz com que nos comportemos como verdadeiros animais irracionais, ou ainda como se tivéssemos cinco anos de idade. De maneira bastante simplificada, esse mecanismo funciona assim: toda vez que estamos diante de qualquer situação entendida pelo nosso cérebro como uma situação de perigo, seja essa situação a iminência de um assalto à mão armada, seja a presença de uma pequena barata (obviamente, caso você tenha medo de barata), ocorre um fenômeno como se soasse um alarme em nosso corpo – a amígdala, uma glândula situada no sistema límbico, a parte do cérebro responsável pelo gerenciamento das emoções, “avisa” todo o sistema que estamos em uma situação de perigo. Imediatamente, começamos a nos preparar para enfrentar o perigo ou para dar no pé. Então, numa velocidade quase incalculável, o coração dispara, bombeando sangue para os órgãos vitais (principalmente o cérebro) bem como para as partes periféricas do nosso corpo, mãos e braços, pés e pernas. Assim, ficamos “turbinados” para enfrentar a ameaça com a mais antiga das armas, nosso próprio corpo. É por isso que, quando estamos com medo e não nos movimentamos, começamos a tremer. O sangue que vai para o cérebro tem a função de transportar glicose e oxigênio para melhorar seu funcionamento, a fim de encontrar soluções para a situação de problema em que
nos encontramos. Porém, devido a uma “avalanche” de informações que o cérebro traz à tona, muitas vezes ficamos bastante confusos e, como alguém certa vez resolveu afirmar que “dá um branco” quando estamos com medo, a maioria das pessoas decidiu acreditar nisso e essa expressão até hoje é muito utilizada, inibindo a compreensão das informações que o cérebro capta. Já o sangue que vai para o estômago tem a função de ajudar no processamento de algum alimento que ali esteja, levando nosso sistema digestivo a funcionar como uma verdadeira centrífuga que busca mais energia para nosso corpo. Assim, ficaria mais fácil atacar ou correr. Quando isso ocorre e estamos de estômago vazio, geralmente experimentamos aquela sensação conhecida como um “friozinho na barriga”. Porém, caso tenhamos acabado de nos alimentar, principalmente com “comida pesada” (uma feijoada, por exemplo), é possível que a situação fique ainda pior, pois nesse caso, além de termos de resolver o problema em questão, ainda teremos de controlar sintomas de uma possível diarreia. Além disso, há várias outras influências desse mecanismo no nosso metabolismo e na nossa fisiologia: ficamos arrepiados para parecer que somos maiores (observe um gato assustado) e para aumentar a sensibilidade sinestésica; as pupilas dos olhos ficam dilatadas e nossa audição fica mais sensível, aumentando o nível de atenção quanto ao que vemos e ouvimos; suamos muito para ficarmos mais escorregadios – difícil de sermos agarrados. Há, ainda, quem literalmente se “borre” todo e, (acredite!) há também uma explicação social e fisiológica para isso: é que quando o homem ainda morava em cavernas, esse “recurso” servia para afastar os desafios - naquela época, animais predadores – que pensavam que o alimento (um homem das cavernas) estava estragado por causa do cheiro decorrente das necessidades fisiológicas liberadas possivelmente numa tanga de couro. Curioso, não é? Uma situação que hoje em dia seria motivo de vergonha, antigamente salvava uma vida. Enquanto naquela época a maior razão para se ter medo
Henrique Melo
pressão que exercemos sobre nós mesmos, possivelmente somados a predisposições genéticas, nos potencializam a desenvolver tal limitação. Se você quer lidar melhor com o medo, entenda que os problemas acontecem para que com eles aprendamos a nos desenvolver, para mudar e para crescer. Saiba que, apesar de a intenção do nosso organismo ser nos proteger, muitas vezes exageramos no medo e distorcemos a realidade dos fatos somente para não enfrentarmos um desafio que seria um pequeno desconforto, mas que devido à nossa procrastinação, pode se tornar um grande problema. Logo, se o desafio está à sua altura, resolva agora. Assuma compromissos com os quais você possa lidar sem abrir mão do que realmente é importante para você. Procure sempre estar relaxado, organize-se, divirta-se bastante e, principalmente, RESPIRE!
Marcos Souza é psicopedagogo clínico e especialista em Medicina Comportamental marcos@cadtreinamentos.com.br www.cadtreinamentos.com.br
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era somente a natureza com seus fenômenos, hoje parece que a cada momento surge uma razão nova para aumentar a nossa lista de medos. O próprio ser humano se torna cada vez mais desumano, mais violento. A tecnologia que teria de facilitar a nossa vida, muitas vezes nos leva a ter medo da morte (o maior exemplo disso é o pavor de avião). Cada vez que encontramos um jeito de tornar a vida mais confortável, aumenta o medo de perder o que conquistamos. O estresse, o trânsito, o aquecimento global, a violência, as drogas, a falta de dinheiro, a manutenção do emprego, as doenças novas e antigas, enfim, se fôssemos listar todas as razões que levam as pessoas a sentir medo, não terminaríamos aqui nesse artigo. Mas ainda temos de salientar um tipo de medo específico que não pode ser esquecido. É o medo de ter medo, descontrolado, muitas vezes, aparentemente sem razão, que surge do nada e que geralmente é diagnosticado como síndrome do pânico. A maioria dos estudiosos dos transtornos relacionados ao comportamento defende a idea de que desafios como a síndrome do pânico são decorrentes da modernidade. Que a velocidade das informações e o fato de o ser humano querer “carregar o mundo nas costas”, além da pressão que sofremos da sociedade e principalmente a
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desenvolva sua
inteligência do sucesso Agora que você já definiu as metas, chegou a hora de botar todo seu planejamento em campo. Respire fundo, parta para o ataque e bata um bolão! anteriormente sobre o S.O.M. – Sonhos, Objetivos e Metas. A inteligência nessa teoria é tratada como a capacidade de tomar decisão e escolher caminhos que lhe permitam atingir seus objetivos com êxito. Utilizei uma definição encontrada no dicionário Aurélio para estabelecer uma referência do que é sucesso. Essa palavra tem como sinônimos êxito e realização. É disso que se trata a Inteligência Comportamental Humana – Inteligência do Sucesso. Vamos então nos aprofundar nesse conceito e em como ele poderá ser transformador em sua vida. Você já definiu seus sonhos, objetivos e metas. Criou um planejamento estratégico, agora está na hora de fazer acontecer. Você se preparou para o jogo. Escolheu jogar, descobriu por que quer jogar, fez um planejamento para vencer o jogo e ter êxito, agora está na hora de entrar em campo. Respire profundamente e prepare-se: afinal, vai começar o jogo e agora é para valer. Você está lutando por algo muito
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Há milhares de anos, muito se tem falado sobre a capacidade de realização de cada ser humano. Seus limites e limitações, sua identidade – quem somos, nossa função, por que vivemos, nossa origem, de onde viemos. Pensar sobre esses temas ajuda ao menos a entender um pouco a dimensão extraordinária da existência humana. A evolução das ciências cognitivas tem contribuído para esse processo de autoconhecimento de forma marcante. Compreendemos melhor as formas pelas quais nos relacionamos com o mundo, nossos processos mentais, como funciona nosso cérebro, como funcionam nossos pensamentos e emoções, além de tantas outras contribuições notáveis da neurociência. Recentemente lancei uma nova teoria sobre inteligência. Respeitando sempre a diversidade conceitual sobre o tema, essa nova teoria fala sobre a inteligência do ponto de vista do resultado e não do potencial. Não se trata exatamente de quais são suas capacidades ou competências, mas sim o que você faz com elas. O que está em questão aqui é se você realiza o que se propôs, se consegue realizar o S.O.M. da sua vida. Já falamos
gência is de Inteli ta n e l m a rofissiona s Comport essoal e p p a Estratégia id v a o para su do Sucess
Agora que já avaliou e corrigiu a sua estratégia, volte para o jogo, ainda mais determinado, e conseguirá realizar o que você deseja, já que agora tem mais experiência e mais conhecimento. Flexibilidade e resiliência são alguns de seus grandes aliados na hora de rever e avaliar suas estratégias. Escolha fazer parte das pessoas que estão no jogo da vida, lutando para realizar o que desejam, aprimorando assim cada vez mais a sua Inteligência do Sucesso. Perceba como é interessante e convidativa a possibilidade de se tornar mais e mais inteligente a cada dia. Imagine tudo o que você ainda poderá realizar. Faça isso e poderá transformar sonhos em realidades, objetivos em conquistas.
6° Passo: Desenvolva a sua Inteligência do Sucesso: planeje – aja – avalie – corrija e REALIZE! Escolha jogar para VENCER!
Dr. Jô Furlan é médico, professor e pesquisador na área de Neurociência Cognitivo-Comportamental, autor do livro Inteligência do Sucesso.
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precioso. Trata-se da sua vida, seus desejos e sonhos. Entre com energia e paixão, entre para dar o máximo de si, superar os possíveis desafios. Ouse acreditar que é possível e faça isso com a maior intensidade que for capaz, afinal, quanto mais intensas forem suas crenças de poder, maior possibilidade de realização e vitória você terá. Muitas vezes percebemos que nossa estratégia não está sendo eficaz e que não estamos obtendo o resultado desejado. Frente a essa situação, temos uma escolha importante a fazer: insistir no que foi planejado ou reavaliar a estratégia. Infelizmente existem pessoas que, nesse momento, simplesmente desistem, acreditam que erraram em suas estratégias e optam por cancelar seu planejamento. O que muitas vezes essas pessoas não percebem é que, de fato, estão cancelando seus sonhos, seus objetivos e suas metas. Estão desistindo, saindo de campo e vão entregar o jogo por W.O. (ausência no campo de jogo). Não desista, persevere, continue e avalie criteriosamente sua estratégia. Verifique em quais pontos deve intervir, mudando a estratégia na busca de melhores resultados.
motivado
Valorize seus valores Até que ponto uma palestra pode virar um sermão? Leila Navarro
Danilo Scarpa
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m jovem padre teve a ideia de usar técnicas motivacionais e empreendedoras com os fiéis que compareciam à missa. Então, escreveu uma carta ao bispo e contou seus planos. Dias depois, ele recebeu a seguinte resposta: “Caro padre, aprecio seu talento e de modo algum me oponho à sua atitude empreendedora. Acho também louvável a iniciativa de estimular os fiéis que participam da missa. Sua estratégia, porém, tem excessos que precisam ser revistos: . Não nos referimos a Jesus Cristo e seus Apóstolos como JC & Companhia; . Não se deve chamar o Papa de Guru; . Os fiéis podem rezar o Pai Nosso de mãos erguidas, mas não fazendo uma “ola”; . A iniciativa de chamar o público para dançar é boa, mas a de fazer um “trenzinho”, não . Os Mandamentos são 10 e não 12. Existem algumas verdades absolutas; . Não é aconselhável pedir aos fiéis que troquem cartões de visita durante o sermão; . Por fim, não se deve chamar os fiéis de clientes. Caro Padre, espero que esses deslizes sejam corrigidos e que o senhor separe as coisas: palestra na empresa, sermão na igreja.” Dizem que toda brincadeira tem um quê de verdade e, com essa anedota, não é diferente. As invenções do padre que desejava transformar o sermão em palestra nos alertam para exageros que nós também podemos
cometer, desvirtuando algo muito precioso para a nossa vida: os valores. Vivemos num mundo altamente competitivo, onde somos constantemente desafiados a usar a criatividade, superar limites, romper barreiras e ousar. Sou a primeira pessoa a incentivar todas essas atitudes, desde que os valores das pessoas sejam respeitados. E o que são os valores? São os princípios de conduta, as crenças e os compromissos interiores que norteiam seu comportamento. Ter consideração pelos valores das pessoas que se relacionam com você, compram o seu produto, contratam os seus serviços ou são parceiras de negócios é mais do que um fundamento ético. É também uma forma de conseguir resultados duradouros naquilo que você faz, pois as pessoas se sentem valorizadas e os vínculos com elas se fortalecem. Mas não se esqueça de ter a mesma atitude com relação a si mesmo. Seja coerente com os seus valores! Seja fiel aos seus princípios, à maneira como você quer viver. O verdadeiro sucesso é conquistar metas sem deixar de ser você mesmo. Leila Navarro é conferencista e especialista comportamental. É também autora de 13 livros e ganhou por duas vezes o Prêmio de “Palestrante do Ano” (2005 e 2009). www.leilanavarro.com.br e blog: www.leilanavarro.com.br/blog
Não perca o
ESSENCIAL Reinaldo Rizk
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que fará uma entrega na empresa, necessite estar sem problemas no Serasa? Quem não tem uma dividazinha hoje em dia de vez em quando? Lutem contra a burocracia, mas não deixem de ser organizados. Super turnover! Hoje em dia é chic você saltar de empresa em empresa e não se fixar em nenhuma. Tudo bem que não precisa entrar numa empresa e se aposentar nela, mas também não precisa exagerar. Os problemas de uma estão nas outras também e, quando muito, mudam só de nome. Crie laços, mostre vontade de aprender, relacionese com mais bem-querer, pois a maior guerra está dentro de você e não fora. E olha que a guerra lá fora é grande, hein? Resistência a mudanças. Este assunto, então, é incrível. Vocês não podem imaginar a resistência que as pessoas têm em fazer as coisas de outro modo ou até mesmo de mudar de espaço físico e, o que é até pior: mudar de uma sede para outra, sendo a outra bem melhor, mais nova e bonita. Por isso criamos duas peças, sendo uma para dizer as vantagens que terão com a mudança de sede e outra com o tema “Proteção da Informação”. Tem que informar com cuidado, senão... Gente, a única coisa que temos certeza é que as coisas mudam constantemente. Relaxe mais e brigue menos. O trabalho é uma grande ferramenta de aprendizado e deve fazer parte de nossa vida para nos realizarmos e sermos felizes. Não percam isto de vista! É o essencial. Reinaldo Rizk é engenheiro civil e Master Practitioner em PNL, fundador da Toque de Areia - Cia. de teatro empresarial. www.toquedeareia.com.br
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uero compartilhar com vocês um pouco de minha experiência no convívio com o Mundo Empresarial através das centenas de eventos em que participei com minha empresa. A Toque de Areia é uma empresa que realiza treinamentos através do teatro, isto é, utiliza o lúdico para dinamizar e dar mais vida aos treinamentos. Via de regra, as empresas que nos contratam são grandes organizações do país e a cada contrato aprendo sobre procedimentos e, principalmente, sobre pessoas. É sobre empresas e pessoas que compartilho algumas impressões: Todo mundo vai ao banheiro. É incrível como ainda perduram as figuras míticas de Gerente, Diretor ou Presidente como “Todo-Poderosos” na mente das pessoas. O querer agradar, o medo de errar e o medo de decepcionar fazem as pessoas tremerem e, o que é pior, tornam-nas lentas e improdutivas, dificultando uma negociação. Este “Todo-Poderoso” muitas vezes faz questão de se portar assim e de passar esta imagem, mas isto está mais na cabeça do subordinado que o endeusa sem necessidade. Quando isto acontecer e o tremor vier, lembre-se: ele também vai ao banheiro e, portanto, é igual a você: deseja e sente as mesmas coisas, então, relaxe. Todo mundo vive estressado. Impressionante o número de pessoas com quem convivo que está mais à beira da morte do que aproveitando a vida. A quantidade de tarefas associada à pressão dos prazos tem gerado grandes desequilíbrios nas pessoas, mas nada justifica usar-se disso para tratar mal os outros. Lembre-se de ser educado sempre, com todos, e não deixe a fase normal (mas não natural) de hoje em dia tomar conta de você: todo mundo vive estressado, mas pode continuar educado. E viva a burocracia! Muitas vezes vemos empresas onde a burocracia é de arrepiar! Não estou falando de empresas públicas, o que seria chover no molhado, mas das privadas. Exigir que o motorista do caminhão,
empreendedor
Mais um motivo para praticar
exercícios cerebrais Agora temos ainda mais motivos para exercitar o cérebro Ricardo Marchesan
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a última semana, uma nova pesquisa científica verificou que exercícios para o cérebro podem atrasar o surgimento dos sintomas da doença de Alzheimer (DA) e encurtar a sua duração. O estudo foi conduzido pelo neuropsicólogo Dr. Robert Wilson, do Centro Médico da Universidade Rush, em Chicago, e publicado no dia 1º de setembro de 2010 na revista Neurology. A equipe do Dr. Wilson estudou 1.157 residentes saudáveis de Chicago, de diversas rendas e origens étnicas, com idades acima de 65 anos durante o período de seis anos. A conclusão do estudo foi que a prática regular de exercícios para o cérebro atrasa o aparecimento da doença de Alzheimer. A reserva cognitiva obtida através de um estilo de vida cognitivamente rico ajuda as pessoas a compensar nos estágios iniciais da DA. Mesmo que a pessoa tenha a doença, ela poderá desfrutar uma vida normal por um período maior de tempo. A duração da doença é reduzida e os sintomas somente aparecem no momento em que as defesas naturais do cérebro (através da formação de reservas cognitivas) são derrotadas. Por exemplo, se você soubesse que tem a condição fatal de DA e que isso resultaria na sua morte em 10 anos, você preferiria passar por uma deterioração lenta e gradual ao longo desses 10 anos, ou uma vida livre de sintomas por sete anos, seguida de um rápido declínio cerebral nos últimos três anos? Acreditamos que a maioria das pessoas optaria pela segunda alternativa, já que ela lhes dá a
oportunidade de prolongar sua independência, propósito e qualidade de vida e limita o fardo financeiro e emocional em suas famílias. Então, já que concordamos com os benefícios individuais de se prorrogar o declínio, vamos olhar brevemente para as implicações positivas em potencial dessas descobertas para planos de saúde, sistema público de saúde e cuidadores domésticos. Primeiro, vamos analisar os números relativos aos EUA (em dólares): Total de gastos com saúde em 2010 para tratar DA: $ 172 bilhões Total da parte do governo (Medicare/Medicaid) em 2010: $ 123 bilhões Quantidade de pessoas nos EUA diagnosticadas com DA: 5,3 milhões Gasto médio para tratar dessa população por ano: $ 32.453 Tempo de vida médio de um paciente com DA: 6 anos Gasto total para tratar essa população diagnosticada em 2010 durante toda a doença: + de $ 1 trilhão Taxa de crescimento de casos de DA até 2040: 200% Entendeu o quadro? Não é nem um pouco bonito lá nos EUA e também não deve ser aqui no Brasil. Os poucos números que encontramos no Brasil estimam que no ano de 2008 havia 779 mil pessoas
com DA e que o gasto do governo somente com o fornecimento de alguns medicamentos de alto custo girava numa média de R$ 2.083 por paciente ao ano. Agora considere que, levando um estilo de vida saudável para o cérebro e praticando regularmente treinamento cerebral, nós pudéssemos atrasar o surgimento da DA em dois anos ou mesmo em apenas um ano. Qual seria o impacto? Experimente fazer esse exercício cerebral...
reserva cognitiva da população e ajudaria a próxima geração a levar uma vida melhor na velhice? Uma abordagem de mais curto prazo e prática talvez seja o governo e os planos de saúde oferecerem incentivos para idosos e adultos praticarem regularmente exercícios para o cérebro. Fica a reflexão. Para nós... e para eles.
· Quantos bilhões poderiam ser economizados com gastos de saúde? · Quanto o governo poderia economizar? · Qual seria o impacto pessoal e financeiro para o indivíduo em questão? · Qual seria o impacto pessoal e financeiro para os cuidadores?
Danilo Scarpa
Ricardo Marchesan é sócio fundador do Cérebro Melhor, empresa especializada em treinamento cerebral por meio de jogos online. www.cerebromelhor.com.br
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Os números são certamente estarrecedores. Há muito mais camadas afetadas se você considerar algumas implicações secundárias. Um exemplo disso é o fato de que, quanto mais tempo um cuidador da família cuidar do paciente de DA, maior a chance dele vir a sofrer de depressão e, consequentemente, de se tornar paciente de DA também um dia. Embora haja o risco (muito pequeno!) de estarmos simplificando demais aqui, acreditamos que é hora de levarmos a sério a elevação de nossas reservas cognitivas por meio de ginástica cerebral e de começarmos o quanto antes na vida. Quem sabe a economia de gastos obtida pelo governo nos cuidados da DA poderia ser reinvestida em educação que, consequentemente, elevaria a
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gente
A MANDALA DO SER Faça uma experiência consigo mesmo e repare: quanto mais você estiver centrado, mais presente estará. A presença, a consciência e a atenção estão agindo neste exato momento. Entre o passado e futuro há um presente que deve ser desembrulhado agora Jairo Mancilha
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energia vai para onde a atenção vai. A presença é uma sequência natural do centramento. Presença é ter o corpo e a mente no mesmo lugar. O corpo está sempre presente, mas a mente viaja. Então, o corpo é o principal caminho para estar presente, porque ele só pode ficar no presente. Se quiser trazer a mente para o presente, traga-a para o corpo. O que traz a mente para o corpo e o que a faz sair? Qual é a parte que observa para onde a atenção foi? A mente é como um macaco que fica pulando e não para. Não precisa se livrar dos pensamentos. O que você resiste, persiste. Apenas traga a atenção para o presente. Isto é o que faz a meditação. Você é mais ou maior do que qualquer coisa da qual estiver consciente. No ato de tornar-se presente, já está no presente. A Mandala do Ser, segundo Richard Moss MD, é um mapa do momento presente, uma representação da consciência com forte orientação para o centro. Ela trabalha em como trazer as pessoas para o presente. A mente é formada por dois eixos: futuro <-> presente e eu <-> outros. O tempo é um construto psicológico. Aristóteles afirmava: “É surpreendente o tempo que gastamos pensando no que foi e não é mais e naquilo que poderia ser”. O que sabemos sobre o futuro é o que não sabemos sobre ele. O futuro é incerteza, infinitas possibilidades. Bilhões de agoras nos trouxeram para o agora. Ao invés de trazer a riqueza do passado para o presente, perdemos o presente e fugimos para o passado. Sair do presente é como uma peneira que deixa sair energia. O mais poderoso recurso é estar presente. Só se pode ter um relacionamento no presente. Haverá um momento
em que o outro fará algo que não gosto, mas se eu me mantenho comigo mesmo, qualquer coisa que o outro fizer não me afeta. Quando estou com raiva, dou parte de mim para o outro. Se eu cresço, o outro diminui. Se eu diminuo, o outro cresce. Guimarães Rosa escreveu “Ter raiva é deixar o outro ficar tomando conta da ideia da gente e isso é falta de soberania e farta bobice”. Pense em uma situação em que sai do presente e perceba que emoções aparecem, para onde vai e o que pode fazer para retornar ao presente. Primeiro observe para onde está indo (futuro, passado, eu, outro) e como retornar ao presente. O outro aqui pode ser uma pessoa, Deus, uma coisa, um problema, dinheiro etc. O fato de tomar consciência já é um movimento para o presente. Que sentimentos estão lhe afastando e que recursos já tem para aceitar o sentimento? Um dos frutos de retornar do futuro, além de voltar para o presente, é o desapego dos resultados; de retornar do passado é o perdão; de retornar do eu ou do outro é a aceitação, empatia e compaixão. E o resultado disso tudo é alegria, disponibilidade, mente clara, senso de conexão, leveza e respeito pela vida. A meditação é um bom caminho para iniciar essa jornada. Jairo Mancilha, médico, trainer intenacional em Neurolinguística e Coaching, diretor do INAp - Instituto de Neurolinguística Aplicada www.pnl.med.br
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E quando o cliente
RECLAMA?
Para o profissional competente, um dos maiores desafios da carreria encontra-se na capacidade de trafegar pela curva escorregadia do pósvenda: a insatifação do consumidor Eduardo Zugaib
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O cliente que reclama sinaliza que deseja continuar comprando conosco. Pense no seu próprio comportamento como cliente: quantas vezes você não reclamou quando insatisfeito e simplesmente passou a comprar da concorrência? Avaliar nossa postura como consumidor ajuda a aprimorar nossa postura de vendas de forma mais natural e consistente, já que os dois lados do balcão são formados pela mesma matéria-prima: a humana. Pós-venda é parte importante de uma experiência maior: a experiência de marca. Quando positiva, ela tende a criar em nós um compromisso pessoal com a manutenção daquilo que nos dá satisfação. Quem prefere comprar sempre com o mesmo vendedor explica isso. Já a experiência negativa tende a misturar o nome da nossa marca, do nosso produto ou serviço com palavras nada agradáveis na boca do povo.
Eduardo Zugaib é profissional de comunicação, escritor e palestrante motivacional e comportamental. Sócio-diretor da Z/Training – Treinamento e Desenvolvimento.
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a curva do pós-venda, muitos perdem a direção e acabam batendo feio. Compreender o lado de lá do balcão faz diferença na solução de crises, lembrando que elas surgem da expectativa frustrada, não atingida. O cliente que reclama precisa ser ouvido com atenção: sua reclamação pode ser a mesma de outros que optaram por não falar diretamente a você, fazendo-o aos amigos, aos familiares, aos seus concorrentes... Diminuir a importância da reclamação no momento em que nasce ou desqualificar o reclamante é uma tentativa de maquiagem inútil ao “monstro da percepção negativa” que pode estar crescendo lá fora. Afinal, tendemos a divulgar mais as nossas experiências negativas, buscando concordância e indignação naqueles que nos cercam. Já as experiências positivas, contamos para duas ou três pessoas e só. Você já viu, numa fila de banco, clientes conversando alto sobre experiências positivas para chamar a atenção de mais e mais pessoas? Pois é… A reclamação é a oportunidade que o cliente dá para a empresa e seus profissionais de vendas demonstrarem que sabem resolver problemas e que, por isso, é um bom negócio confiar e trabalhar com eles. A curva torna-se fechada e escorregadia justamente quando passamos a evitar o cliente durante a crise, não respondendo e-mails, não atendendo aos telefonemas e fugindo de qualquer forma de contato. Agradecer ao cliente a reclamação, pedindo que o mesmo conte em detalhes seu problema já ajuda a diminuir a pressão da crise. Nossa natureza busca acolhimento junto a quem nos dá atenção e, em vendas, isso não é diferente. Ouvir com empatia e não com resistência, a partir de uma ponderada comunicação, ajuda na criação desse acolhimento. Acolher não significa dizer amém para todas as exigências, mas sim criar uma base mais positiva para uma negociação. São várias as formas de se dizer “não” e esse é um dos princípios que norteiam as relações inteligentes. Passado o conflito, sobram muito mais impressões da forma como lidamos com ele do que dos problemas que o geraram.
Procuram-se executivos no alvo
Um bom energizante para empreendedores à procura de emprego: subiu para 48% o número de vagas disponíveis para executivos no Brasil. Em pesquisa feita pela Right Management, empresa especializada em gestão de carreira e talentos, no último mês de setembro houve uma soma de 2% em relação ao mês de agosto, ficando para a indústria o topo do ranking como o principal fornecedor de ofertas, com quase 46% do total. “As empresas continuam investindo no cenário positivo do país. Essa tendência deverá permanecer até final do ano”, explica a diretora de Transição de Carreira da consultoria, Matilde Berna. Agora é aproveitar a maré boa para capturar uma vaga grande.
Pinóquio entrevista Recente pesquisa inglesa feita pela Hire Scores aponta as dez maiores mentiras contadas pelos candidatos durante uma entrevista de emprego. Das 1.218 pessoas entrevistadas, todas tiveram que responder a uma questão múltipla: “qual dos itens abaixo você já mentiu para o entrevistador?”. As mais assinaladas foram: 1. Salário do emprego anterior - 67% 2. Graus ou qualificações - 61% 3. Anos de experiência relevante - 58% 4. Motivo da saída de papéis anteriores - 54% 5. Compromisso com a carreira - 52% 6. Hobbies e interesses - 49%
7. Conhecimentos gerais - 44% 8. Responsabilidades em empregos anteriores - 38% 9. Títulos de trabalho em funções anteriores - 36% 10. Estado civil - 32% Dos que “omitiram” o salário anterior, a maior parte se justifica dizendo que queria receber um “aumento salarial drástico” no novo cargo. Quanto às qualificações, experiência e motivo de saída, a grande desculpa é a mesma: impressionar o contratante para ganhar pontos com o aumento do conto.
Caiu na rede é
Dança das cadeiras
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empresa É inegável que o uso das redes sociais hoje seja fundamental para construção de uma boa imagem corporativa. Porém, um estudo feito pela Burson-Marsteller aponta que nem todas as empresas andam tão plugadas ao consumidor como deveriam. Do total, apenas 49% das organizações da América Latina estão usando pelo menos uma das plataformas digitais mais conhecidas: Twitter, Facebook, YouTube e blog, dado bem menor se comparado aos 75% da média global. O maior número de inserções fica por conta do México (80%) e da Venezuela (75%), já a menor está em Porto Rico (5%) e na Argentina (25%). O Brasil ocupa o terceiro lugar, com 63%.
De fora para D-Link Alessandra de Paula é a nova contratada da D-Link Brasil. Com 18 anos de experiência esmerilhados no Brasil e no exterior - já trabalhou na Microsoft, Intel, Cisco, 3Com e Vodafone –, agora a profissional coordenará o relacionamento com distribuidores e revendas credenciadas como diretora de Marketing.
Novo diretor da Gol A recém-criada diretoria de Serviços Compartilhados da Gol acaba de contratar Luis André Thomé de Melo para centralizar alguns procedimentos dos departamentos de Recursos Humanos, Finanças, Contabilidade, Fiscal, Suprimentos, Manutenção Predial, Serviços à Tripulação e Viagens.
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E-sucata Sabia que se você jogar qualquer tipo de material eletrônico no cesto estará gerando e-lixo? Bugigangas como celulares, pilhas, baterias, computadores e mp3 estão repletas de mercúrio, arsênio, cádmio, berílio, chumbo e, se jogadas sem cuidado, vão parar em aterros sanitários, acabando por contaminar todo o ambiente. Agora que você sabe, não vai jogar mais suas pilhas no lixo da cozinha, certo? Para saber onde e como descartar a sucata, acesse http://e-lixo.org/. Feito em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e o Instituto Sergio Motta, o site revela quais são os e-lixões mais próximos da sua casa. Insira o CEP, o tipo de descarte e seja um cidadão ecologicamente “e-ficiente”!
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Copinhos descartáveis de papel Agora você, consumidor consciente, já não precisa mais trazer sua caneca para o trabalho. Chegaram os Ecopos, copos iguaizinhos aos de plástico, só que feitos de papel. Como se fosse um pequeno envelope – 9cm x 6cm -, o copinho tem um revestimento de plástico bem fininho no interior. É prático para armazenamento, transporte, e também eficiente para o ambiente – se decompõe em 18 meses, 32 anos a menos do que o normal. Feito de fibras virgens, suporta até 65 mililitros e ainda custa bem pouco. Uma caixa com mil unidades vale R$52,00. Produzidos pela empresa do Bom Retiro, também podem ser adquiridos pelo site oficial: ecopo. com.br/.
Brilhante ideia Já pensou ter uma tela de cristal líquido com a mesma qualidade de um Ipad e tão econômica quanto a de um Kindle? A ideia já virou realidade e logo poderá ser encontrada nas ruas daqui a três anos. Ao menos é o que preveem os cientistas da Universidade de Cincinnati, em parceria com as empresas Dupont, Gamma Dynamics e Sum Chemical. Após sete anos de pesquisas , o grupo finalmente conseguiu unir o útil ao agradável: criaram o e-Design. Mecanismo capaz de aproveitar a própria luz do meio para economizar energia em qualquer aparelho com tela, o diferencial está na tecnologia eletrofluida. Composta por duas camadas líquidas, uma de óleo e outra multicolorida, no meio delas há pequenos eletrodos reflexivos que servem de espelho. A luz passa primeiro pelo óleo e depois é refletida pelos eletrodos até atingir o fluido colorido, formando uma imagem mais forte e brilhante aos olhos humanos. O melhor é que tudo isso funciona com baixo consumo de energia, pois os fluídos se movimentam com pouca eletricidade. 2013 promete!
Papel eCO2lógico Corte de eucalipto, isolamento de fibras em processo químico, água abundante, gasto de energia em excesso, liberação de CO2... as etapas para a produção de papel não são nada econômicas, sendo justamente por isso que o Snippy surgiu. Visualizador ultra-portátil de textos e gráficos, o green gadget funciona à base de energia solar, alia alta qualidade de visualização em dias claros e gasta pouquíssima quantidade de energia elétrica. O aparelho partilha informações com outros Snippys via bluetooth e, como não produz os 128Kg de gases nocivos à camada de ozônio nem gasta os 3543 litros de água necessários para a produção do papel comum, a pequena folha eletrônica não deixa de ser uma ótima solução para salvar as reais folhas verdes.
Ciclismo remunerado Que tal pedalar durante quinze minutos e ganhar uma refeição de lambuja? Pois é o que um hotel da Dinamarca, o Crowne Plaza, anda fazendo. Bicicletas ergométricas fixadas em frente à fachada convidam o hóspede a realizar exercícios aeróbicos e, de quebra, a poupar eletricidade. Conectadas a geradores de energia, cada bike produz cerca de10Wh (watts por hora) por quinze minutos e dá o direito a um vale-refeição equivalente a 36 euros no hotel. Uma excelente alternativa para empreendedores preocupados com o futuro do planeta e, por que não, dos negócios.
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A pechincha de cada dia Já imaginou poder passar um dia inteiro num spa, comprar um pacote de bombons finos e, o melhor, já pensou poder realizar tudo isso pagando tudo pela metade do preço? Agora é possível Celeste Mayumi
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U
m modelo simples e irresistível de negócios vem arrebatando o bolso dos internautas. Agora a moda é a “compra coletiva”. Chamada assim pelo fato de as ofertas serem concluídas somente após a venda de certa quantidade do serviço, o novo segmento torna possível o inimaginável: comprar produtos de marca e com qualidade por uma “bagatela de banana”. De início, funciona assim: primeiro, representantes comerciais analisam determinados estabelecimentos e propõem parceria. A página do site anuncia o produto da empresa sem custo e, em troca, fica com uma porcentagem do total vendido. “A renda normalmente gira em torno de 30% a 50% sobre as transações, tudo depende do parceiro”, explica Jonathan Gedra, sócio-diretor do site de compras coletivas Tudo num Clique. Se o número mínimo de consumidores for atingido dentro do prazo estipulado, o megadesconto é ativado e cada cliente recebe o aviso de que pode ter o seu vale virtual (voucher) impresso. Aí é só consumar o ato na loja, apresentando o papel e pegando a pechincha. Em geral, as ofertas duram em torno de um a três dias, com pagamento feito em cartão de crédito, débito ou transferência bancária.
EUA com diversas start-ups e sempre buscava um modelo de negócios que alavancasse o poder de mobilização da Internet.” E encontrou. Após se unir aos amigos Emerson Andrade e Alex Tabor, o trio estudou sites que “já no ano passado movimentavam mais de U$250 milhões nos Estados Unidos” e passaram a vender seu mais novo “peixe” nas prateleiras do mercado online. Mas como conseguir descontos tão incríveis na internet se nem na loja física é possível tal proeza? Talvez o atrativo esteja na possibilidade de os empreendedores locais poderem divulgar suas marcas em grande escala. Tornando possível conquistar clientes que o dono não teria se não fosse pelo impulso que os consumidores têm em economizar, o que eles mais querem é atiçar a compra impulsiva, tornando o produto aparentemente supérfluo em um objeto de desejo imediato. Neste ponto, o preço muito abaixo do esperado é determinante para a compra, sem contar com outras vantagens, como a possibilidade de fidelizar mais clientes e ganhar maior credibilidade na internet. Essa é a nova forma de lucratividade instantânea independente do canal de vendas, um ganha-ganha que já anda virando peixe grande.
Onde tudo começou Era 2008 quando a norte-americana GrupOn nasceu. Empresa cujo nome é mescla das palavras “grupo” e “cupom” em inglês, ela já foi taxada pela Forbes como o empreendimento de maior crescimento da história, passando à frente da Amazon, do Google e até do Facebook. No Brasil, o primeiro site a imergir nas águas das compras coletivas foi o Peixe Urbano. Julio Vasconcellos, sóciofundador da empresa, relata o processo: “trabalhei nos
Como montar Àqueles que querem montar seu próprio negócio, o maior pró é a renda sem risco. Por exemplo, mesmo que o site não comercialize um número mínimo de vouchers, ele não ficará no prejuízo, pois as empresas parceiras já pagaram antes um porcentual sob as vendas. Outra facilidade é a rápida medição de acessos, o que traz à tona resultados visíveis em menos de 24 horas – graças ao controle dos vales adquiridos pelos internautas ao longo do dia.
Mas não pense você que tudo é um mar de lucros: “montar um negócio como este não é tão simples como parece. Por trás disso, há sempre uma estrutura física, comercial e administrativa bem complexa”, afirma Gustavo Andare, um dos fundadores do Metade ou Menos. Com a possibilidade de baixo investimento inicial, o mínimo a ser aplicado varia desde valores pequenos a 20 milhões de reais. À medida que aumenta o número de clientes adeptos à novidade, surgem cada vez mais concorrentes. Apenas este ano já foram cadastrados cerca de 39 novos empreendimentos somente em território nacional, o que obriga os sites a se adequarem cada vez mais à necessidade e à demanda dos internautas. Hoje é esperado que as empresas pensem em outras formas de inovar e buscar a diferenciação no mercado com base nos pequenos detalhes (acesso à tecnologia de ponta, respeito aos prazos e ao consumidor, prioridade à qualidade dos produtos, menor tempo de venda/entrega, marketing analítico, boa equipe de redação/publicação/ revisão de ofertas, investimento constante). Ou seja, daqui para frente, o que comanda é o conceito darwiniano de seleção natural. Ao menos é o que prevê Diogo Aguilar, CEO e fundador do LiveGo: “a concorrência é forte, todos já sabemos que o mercado irá se consolidar em somente uns 3 ou 4 grandes players”. Uma seleção empresarial na qual os menores serão engolidos pelos maiores, mas onde “rei da selva” será sempre, quem diria, o próprio consumidor. Portanto, uma das saídas para quem quer se manter vivo é a segmentação. “Acreditamos muito que um negócio bem segmentado e com um público bem definido contribui para que o site tenha sucesso”, é o que pensa André Zukerman,
um dos fundadores do Bom Proveito, site especializado em ofertas gastronômicas. Outro bom exemplo é o Presente Fácil. Com loja física desde 1994, o site apareceu quatorze anos depois e o de compra coletiva, em junho deste ano, oferecendo descontos da própria loja. Já Sérgio Oliveira, sócio do CityBest, optou por um outro caminho, guiado pela comodidade ao consumidor: “o site não cobra o valor integral do cupom no ato da compra, o que não ‘prende’ o dinheiro do cliente antes de sua utilização”. Ao adquirir o cupom, o consumidor paga uma pequena parte no site, inteirando o restante do dinheiro somente quando for ao estabelecimento utilizar o serviço. O mercado estima já ter faturado mais de R$ 1 milhão somente em junho, R$ 4 milhões em julho, R$ 6 milhões em agosto e deve movimentar cerca de R$ 30 milhões a R$ 50 milhões em 2011, alcançando entre sete e oito milhões de usuários até o fim de 2010. E as empresas não param de borbulhar novidades. Para os que têm preguiça de vasculhar promoções ou porque simplesmente não têm tempo, o Vale Junto ou o Save me são boas dicas. Ambos agregam tudo em um único lugar, agilizando ainda mais a procura pelo que há de melhor. Exemplos como este comprovam que o sucesso pode estar ao alcance de um clique, mas para isso é preciso farejar a oportunidade. Quem dá a cartada final é o escritor William Plomer: “a criatividade é o poder de conectar o aparentemente desconectado”. Conseguindo unir economia à qualidade, o negócio conecta o consumidor ao empresário de forma criativa e, o melhor, coletiva.
Lista de compras Veja abaixo algumas das principais empresas especializadas em compra coletiva: mustgo.com.br ofertaunica.com.br ofertax.com.br peixeurbano.com.br presentefacil.com.br qpechincha.com.br saveme.com.br startnow.com.br tudonumclique.com.br valejunto.com.br wego.com.br
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citybest.com.br clickcupom.com.br clickon.com.br coletivar.com.br bomproveito.com.br deusamba.com.br farourbano.com.br br.groupalia.com/index.php/deals/ imperdivel.com.br livego.com.br metadeoumenos.com.br
moda, beleza e estilo
Beleza se põe na mesa Sabe aquela história de que a beleza vem de dentro? A empresária Cristiana Arcangeli apostou nela ao lançar sua linha de “aliméticos” (alimentos com propriedades cosméticas) Beauty In, composta por bebidas e balas ricas em vitaminas, minerais e colágeno. Os produtos trazem benefícios à saúde, suprindo a carência de nutrientes no corpo e regenerando as células da pele. Beauty Drink (R$ 8) e Beauty Candy (R$ 25) podem ser encontrados em farmácias, supermercados e academias de São Paulo Para saber mais sobre essa beleza tão saborosa e fazer seu pedido na loja virtual, acesse: www.beautyin.net.br
Barreira contra a poluição Essa pomada da Redken é feita especialmente para homens que vivem nas grandes cidades e expõem seus cabelos diariamente à poluição e ambientes climatizados. Com proteínas e carboidratos em sua composição, ela repõe o brilho e a vitalidade dos fios. R$ 92.
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Costureira virtual Lembra-se de quando você era menina e adorava aquelas revistas com roupas de papel pra recortar e montar os mais variados looks, sonhando usá-los de verdade? Hoje isso é possível! O publicitário Patrick Petry e a estilista Laura Rocha criaram o site Laca (http:// www.crielaca.com.br), com um serviço de costureira virtual. A partir de modelos oferecidos no site, é possível escolher como você vai querer a sua roupa, mudando a cor, o tecido, o comprimento da manga, as medidas e muito mais! Feito isso, você pode comprar a peça que montou, além de compartilhar roupas com outras usuárias e adquirir modelos feitos por outras pessoas. Ah, os benefícios da internet...
Bolsa de valores Tem aquela festa chiquérrima no próximo final de semana, mas não tem uma bolsa decente pra ir? Calma, há solução. O site BoBags oferece bolsas luxuosas de marcas como Prada, Gucci, Louis Vitton e Chanel, todas originais e prontas para o aluguel! Há modelos para todos os gostos e bolsos. Acesse www.BoBags.com.br e boa festa!
Base high tech
Nova linha de maquiagem Natura Una
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Aproveitando a mudança de estação, a Natura criou sua nova linha Una de maquiagem, com cores que são a cara da primavera-verão: tons alegres e luminosos, batons com filtro protetor solar fator 15, bases translúcidas, corretivos, pincéis, tudo isso em embalagens super charmosas e práticas, cujo intuito é reduzir a quantidade de plástico gasta em sua produção. Com um adicional: os produtos são compostos por ativos vegetais renováveis, ao contrário dos produtos minerais. Além disso, possuem pigmentos tratados e partículas que refletem a luz que incide no rosto, disfarçando rugas, olheiras e manchas da pele. Sem falar que alguns produtos da linha proporcionam tratamento cosmético antissinais. Motivos suficientes que tornam a nova linha Una irresistível.
Praticidade é palavra-chave quando se trata de maquiagem. Principalmente em relação àquelas do dia a dia, como a base. Pensando nisso, a TEMPTU lançou sua linha de bases em spray. Basta apertar o frasco em direção ao rosto para cobrir rapidamente as imperfeições da pele. Enquanto o produto não chega ao Brasil, você pode adquirir as versões da grife Ocimar Versolato e também a Diorskin Airflash, da Dior. Mas atenção ao usar esse tipo de base: peles oleosas não são as mais indicadas, porque a base em spray cobre por completo o rosto. Sendo assim, é mais indicada às peles maduras. Para equilibrar o make, lembre-se de espalhar o produto com um pincel ou esponja.
Importante não só para lembrar o que você comeu há pouco, a memória é uma espécie de biblioteca pessoal por onde arquivamos experiências de vida
Danilo Scarpa
O que você comeu hoje
Celeste Mayumi
O
rganizadora dos “livros de vivências” e das “enciclopédias do conhecimento” coletados a cada novo dia, a memória “etiqueta” tudo no cérebro e ainda serve como base para a mente criar novas ideias e tomar sérias decisões. Para estruturar todos esses dados, ela exige grande carga de energia e ainda se autocompartimenta em diversos tipos, cada um especializado em um setor: como a memória declarativa, a especializada, a de curto prazo, longo prazo etc. O grande problema é que até hoje especialistas ainda não sabem exatamente como nem onde ela funciona. Mas não se desespere, há uma boa notícia. Já não precisamos mais aguardar por novas pesquisas para manter o nosso passado vivo. Podemos mudar pequenos hábitos e dar mais vigor ao nosso cérebro. Faça já uma faxina na sua biblioteca pessoal! Veja como:
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Durma – como se a mente fizesse um review de todo o ocorrido para depois lapidar tudo na memória, uma boa noite de sono aperfeiçoa, firma as lembranças, além de revigorar o corpo. Nutra-se bem – evite bebidas alcoólicas e ingira alimentos ricos em Ômega-3, vitamina B e antioxidantes (como atum, ovo caipira e uva roxa, respectivamente). Eles são vitais para o bom desempenho do cérebro e funcionam como lubrificantes, tornando as sinapses ainda mais serelepes. Ommmm... – Relaxe. Respire fundo, conte até dez, medite. Segundo estudo feito por Massachusetts General Hospital
e divulgado pela revista Time, a meditação engrossa as partes do córtex cerebral, responsável pela concentração, tomada de decisões e memória. Saia da cadeira – fazer exercícios físicos diminui o risco de acidentes vasculares cerebrais, estimula a circulação sanguínea, fortalece o coração e, acredite, ainda estimula o nascimento de neurônios. Durante o movimento, o cérebro produz uma substância com o estranho nome de BNDF (Brain Deriverd Neurotrophic Factor), que estimula o nascimento de novas células neuronais no hipocampo. Jogue – xadrez, dama, cruzadinhas, sudoku, matemática, vídeo game e até música clássica auxiliam o cérebro a combater o esquecimento. Jogue com a sua memória, quebre a cabeça! Tudo novo de novo – toda vez que o córtex cerebral ganha novas informações, as redes de células conectam as novatas a outras lembranças já existentes, o que reforça ainda mais as conexões neuronais. Conhecer novos ambientes, por exemplo, também pode apressar o surgimento de mais neurônios. Emocione-se – a emoção é a principal variável na forma como armazenamos dados e de como os interpretamos para dentro de nossas cabeças. A maior parte das decisões ocorre de forma inconsciente, por isso é que geralmente nos lembramos mais rápido de coisas que nos marcaram intimamente.
2.0
Henrique Melo
Eureka Você tem uma boa ideia? Se sim, trate de correr para a internet. A empresa de comunicação Biruta Mídias Mirabolantes acabou de lançar um concurso para jovens empreendedores com mente criativa. Até o dia 15 de novembro, qualquer pessoa poderá acessar o Facebook (www.facebook.com/ideiaboa) e gravar um vídeo de 60 segundos sobre qualquer maluquice. Quanto maior for o número de pessoas que curtir, maior será a chance de seu feito ser exibido na Semana Global de Empreendedorismo. Os melhores também concorrerão a um laptop e os três primeiros passarão uma semana no Laboratório de Inovação da Biruta Mídias Mirabolantes. Biruta para começar a participar? Acesse @boa_ideia no Twitter e boa sorte!
Quem quer ser um BIlionário? Ter a sua mais desejada maçãzinha abocanhada por um rapaz de 26 anos não é para qualquer um. Mas saiba que o dono do feito existe e tem nome: Mark Zuckerberg. Fundador da rede social mais acessada e rentável do mundo, Facebook, o jovem ultrapassou Steve Jobs, dono da Apple, virando um dos detentores das 400 maiores fortunas americanas. Para entender melhor como o rapaz conseguiu tal proeza, uma boa pista é ler Bilionários por Acaso - Uma História de Sexo, Dinheiro, Genialidade e Traição. Lançado em 20 de outubro, o livro traça a trajetória de seu criador e revela os bastidores por trás da maior rede social do mundo. Custa R$29,90 - mas com um pouco de procura é possível encontrá-lo com desconto -; da Editora Intrínseca.
Faça logo uma logo Em apenas três etapas já é possível criar o logotipo da sua empresa. Primeiro, escolha a figura, depois customize, em seguida faça o download e... done! O LogoEase permite ao empresário criar a sua própria logomarca em questão de segundos. Quanto mais você abusar da criatividade, melhor, afinal, será ela que despertará a atenção do seu público – qual a primeira impressão que você quer dar a ele?
Para quem quer se matar no Orkut
Produza mais Clockwork (http://clockwork.jupit.net) é um site de interface limpa e intuitiva capaz de oferecer uma pequena maravilha aos procrastinadores: ele pode aumentar sua produção. Mas que fique logo tudo muito claro: ele apenas ajuda você a realizar seu próprio milagre. Contando o tempo que se gasta em cada tarefa, o site pede antes que o usuário se cadastre, liste todas as tarefas do dia e ative o cronômetro na tela. Quando acabar, clique em “done” e pronto, sua meta estará marcada como feita ao lado do tempo gasto. Com ele, poderá acrescentar mais quantos afazeres quiser e dá, inclusive, para administrar a duração de cada uma delas. Uma boa pedida para perdidos.
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Algumas pessoas têm tido problemas com o “suicídio 2.0”. Para quem não sabe, o termo é usado para aqueles que querem “se evaporar” das redes sociais. Só que nem sempre excluir o Twitter, por exemplo, é tão fácil quanto criar um novo usuário. Neste caso, mesmo que você exclua a conta, todas as menções feitas a você permanecerão visíveis e, além disso, seus twittes armazenados em bancos de dados continuarão acessíveis no Google. Mas agora seus problemas acabaram! Chegou o SuicideMachine.org! Não perca mais tempo gastando 9 horas e 35 minutos de sua vida excluindo, uma por uma, suas mensagens (ao menos é o tempo estipulado pelo site). O Suicide Machine funciona para Twitter, Facebook, LinkedIn, MySpace e, o melhor, é de graça. Assim vai ficar muito mais fácil sumir da internet. Só falta o usuário arranjar coragem para rasgar todas suas “contas” no lixo.
Comprometimento
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Fator de diferenciação
O meio corporativo é uma mutação constante. Globalização, terceirização de serviços, novos modelos de gestão e avanços tecnológicos estouram a cada momento e, diante de tanta novidade, saber manter o nível de comprometimento dos funcionários vira o grande diferencial Dalmir Sant’Anna
O
trabalho ganha novas dimensões e torna-se mais complexo, ocupando papel de destaque cada vez maior na vida das pessoas. Em decorrência da busca contínua por maior competitividade nos negócios e de melhores índices econômicos, produtivos e financeiros, o comprometimento é um fator que pode inferir nos resultados da empresa, bem como no fortalecimento do trabalho eficaz, no alcance das metas, motivação, valores e objetivos pessoais. Como característica essencial, o equilíbrio entre o discurso e as realizações é atitude necessária para quem deseja conquistar maior comprometimento. Um repositor de estoque de um supermercado, por exemplo, pode acreditar ser mais compensador organizar uma gôndola de exposição do que ajudar uma cliente que precisa de orientações. Em um hotel,
a recepcionista pode estar mais preocupada com o colega que faltou ao trabalho do que com a atenção necessária ao hóspede. Em uma equipe de vendas, a gerência pode estar tão envolvida unicamente com o alcance da meta, que abandona o exercício de perceber a queda no clima organizacional. Em uma organização, a quantidade de atestados médicos e afastamentos pode ser relacionada com a ausência de motivação e comprometimento da liderança em reconhecer e valorizar os talentos humanos. Observe nos tópicos a seguir a relação existente entre o comprometimento, a capacidade de assumir compromissos e o desafio de oferecer algo de si para contribuir com o sucesso pessoal e organizacional.
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Aplicar o exercício de respeitar a diversidade Quando era criança, lembro que meu avô tinha em uma estante um rádio de madeira que funcionava por meio de um sistema de válvulas. Cada frequência do rádio exigia o esforço de girar um botão para encontrar a melhor sintonia. O detalhe é que minha avó tinha como hábito ouvir a missa e o meu avô, assim que terminava a celebração, girava os botões para sintonizar outra estação de rádio. Ao recordar este fato da minha infância percebo que, para aplicar o exercício de compreender a diversidade, é necessário respeitar opiniões. Tanto meu avô como minha avó praticavam o equilíbrio de dividir o mesmo rádio, com hábitos diferentes. Desta maneira, é importante destacar que os membros de uma equipe não precisam contar com laços íntimos de amizade uns aos outros, mas compreender as diversidades existentes na maneira de falar, agir, aprender, pensar e trabalhar. Não há como conquistar o comprometimento e intensificar a motivação de uma equipe sem respeito aos diferenciais humanos. A diversidade é um processo natural do ser humano, que proporciona ao indivíduo o reconhecimento de que nunca será possível alcançar uma participação de alto desempenho coletivo sem valorizar a singularidade que
cada pessoa traz consigo. Peter Senge, autor do livro The Fifth Discipline (A Quinta Disciplina), enfatiza que “a diversidade é natural e traz riquezas ao mundo. A natureza é diversa, e existe um equilíbrio crítico que requer um entendimento de como todas essas peças se encaixam e como cada uma é importante para o todo”. Na prática, torna-se necessário encontrar a melhor sintonia dos valores e talentos humanos. Um aumento de salário pode ser muito bem aceito por alguns funcionários, como também ser insuficiente para gerar a motivação de outros. Não há como abandonar o respeito à diversidade para conquistar maior comprometimento. Principalmente, quando em um período de 40 anos, analisamos a mudança de quatro gerações com pensamentos, atitudes e comportamentos diferenciados. No mercado de trabalho, há os “clássicos profissionais” (nascidos até 1945), os “baby boomers” (1946 e 1964), a “geração X” (1965 e 1982) e a geração Y (após 1983). Respeitar a opinião dos colegas de trabalho é uma tarefa que irá possibilitar reconhecimento, valorização de ideias, fortalecimento da motivação e intensificar o comprometimento coletivo na busca por melhores resultados.
Intensificar o comprometimento
nas atividades
Quando sou convidado para apresentar palestra a funcionários, além das várias reflexões, gosto de destacar que o grande desafio neste período está em transformar a empresa em um ambiente de transferência de conhecimentos. E como esta ação pode ocorrer? Por meio do comprometimento da liderança, em envolver o liderado a conhecer e vivenciar a missão da empresa. Lembre-se de que nenhum soldado diz que vai para a guerra! Todo soldado diz que irá cumprir uma missão. Importante destacar que o termo “envolvimento com o trabalho” é uma adição recente à literatura sobre o comportamento organizacional. Apresenta como fundamento o grau com que uma pessoa identifica-se com o seu trabalho, participa ativamente dele e considera seu desempenho como algo valioso. Antonio Damásio, neurocientista português, destaca
no livro O Erro de Descartes que “em muitas circunstâncias de nossa vida como seres sociais, sabemos que as emoções só são desencadeadas após um processo mental de avaliação que é voluntário e não automático”. Para intensificar o comprometimento, passa a ser necessário compreender que estamos programados para reagir com uma emoção de modo estruturado, quando certas características dos estímulos, no mundo ou nos nossos corpos, são detectadas individualmente ou em conjunto. Jamais uma pessoa será comprometida se não gosta do que faz, se trabalha desmotivada ou despreza o desejo de acreditar no seu potencial humano. Para desenvolver o comprometimento é necessário encontrar motivos para gostar do trabalho que se realiza, buscar diariamente a motivação para superar desafios e fortalecer sentimentos de identificação.
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Compreender a diferença entre
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liberdade e libertinagem Há pessoas que, quando a liderança está presente, realizam tarefas com exatidão. Entretanto, na ausência da gerência, transformam o ambiente de trabalho em bandalheira por não compreender a diferença existente em liberdade e libertinagem. Mais do que um comportamento sério, ético e estável em seus propósitos, os gestores buscam profissionais que tenham iniciativa, facilidade de relacionamento e capacidade de assumir prazos que foram previamente acordados. Não se pode confundir bom humor com manifestações de mau gosto. Por exemplo, brincadeiras que irritem uma pessoa que está concentrada em uma atividade, ou ainda, uma piada que possa ferir princípios éticos, religiosos ou familiares. Quando ocorre a libertinagem, a liderança precisa, de forma enérgica, apontar que a atitude não é coerente com os padrões da equipe. Não há como exigir comprometimento de liderados se há pessoas que realizam comentários negativos,
de discórdia, dos próprios integrantes da equipe. Em seu livro Reconnecting Management Education, Training and Development Through Learning (Desenvolvendo gerentes aprendizes dentro de organizações de aprendizagem, sem edição em português) a professora norteamericana de organização comportamental, Elena Antonacopoulou, afirma que “um clima construtivo encoraja os indivíduos a terem atitudes positivas com a aprendizagem e a reconhecerem a necessidade de desenvolver a aprendizagem, superando as resistências à mudança”. Parece importante enfatizar que, para algumas pessoas, será necessário orientar o que é liberdade e o que é libertinagem, para que no futuro não prejudiquem o próprio comprometimento. Compreender a diferença entre liberdade e libertinagem consiste em estabelecer uma relação justa e perfeita, de modo que todos os integrantes tenham possibilidades de contribuir para o crescimento coletivo.
Intensificar a satisfação profissional uma mulher estar “mais ou menos” grávida! Quem pertence ao “time do menos” é sempre parte de um problema e frequentemente apresenta uma desculpa, enxerga um problema para cada resposta e diz constantemente “pode ser possível, mas é difícil de realizar”. Quem pertence ao “time do mais” é sempre parte de uma resposta, frequentemente apresenta um planejamento, enxerga uma resposta para cada problema e diz constantemente “pode ser difícil, mas é possível realizar”. Agora responda: a que time de pessoas comprometidas você pertence? Você faz parte do “time do menos” ou do guerreiro e vitorioso “time do mais”?
Dalmir Sant’Anna é palestrante comportamental. Autor do livro “Menos pode ser Mais”. www.dalmir.com.br
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Como grande parte das pessoas não escolhe seus empregos aleatoriamente e tende a buscar posições que sejam compatíveis com seus interesses, valores e habilidades, a satisfação é um termo que reflete no comprometimento e na motivação de um profissional, em relação ao trabalho que realiza. Stephen Fineman, autor de A emoção e o processo de organizar, considera a “satisfação no trabalho como uma conotação de processos emocionais e sentimentos do ser humano, tais como alegria, entusiasmo, prazer, orgulho, felicidade e realização. Os sentimentos geram uma ligação positiva com a realidade. Proporcionam uma leitura pessoal e experimental de como, onde e o que desejamos fazer a seguir. Nessa perspectiva os sentidos são, em sua maioria, móveis, pois interagimos com eles e refletimos sobre eles”. Perceba que para encontrar satisfação no trabalho, há essencialmente a convivência com outras pessoas, assim como a obediência de regras, padrões e políticas organizacionais. Quantas vezes você já conversou com uma pessoa e percebeu, pela maneira de falar, pelo tom de voz, o quanto este profissional demonstrou estar satisfeito e comprometido com o desempenho do seu trabalho? A satisfação profissional requer aprendizagem constante. Não se limita somente aos treinamentos, cursos e palestras oferecidos pela empresa, mas estende-se à iniciativa do profissional buscar aperfeiçoamento. Quando um profissional demonstra ser comprometido, observa-se a intensidade de seu esforço para identificar e encontrar soluções para os problemas da organização, com melhorias contínuas no desempenho dos índices de trabalho. Os tópicos apresentados enfatizam o fortalecimento do comprometimento profissional, o desafio de oferecer algo de si para contribuir com o sucesso pessoal, fortalecer a motivação e a necessidade de perceber que o comprometimento é um fator diferencial. No meu livro Menos pode ser Mais, relato que a vida apresenta diariamente duas opções. Cada pessoa pode parar nos obstáculos ou aprender por meio das próprias superações. Pode acreditar na derrota ou fortalecer a emoção pela vitória. A quantidade de letras é igual para as duas escolhas, da mesma maneira como para imaginar e realizar. Neste sentido, ratifico que não existe “mais ou menos”. Não há como atender um cliente, ser um pai ou mãe, ser um líder, ou oferecer um atendimento “mais ou menos”. Não há como
jogo rápido Apesar do nome, Fausto Corrêa Silva é tudo, menos faustoso diante da câmera. Com uma simplicidade capaz de atrair desde o “Dr. Fulano” até a “Dona Sicrana”, Domingão do Faustão Abocanha uma audiência de abecedário brasileiro. Assistido pelas classes A a E há mais de duas décadas, Silva ainda conta com um dos maiores faturamentos da rede de TV que mais se “globaliza” no país. O jogo rápido é com
fausto silva Embora muita gente não saiba, você começou trabalhando como jornalista, certo? Faz tempo, hein? Eu nem me lembro mais! Grande parte de minha vida foi dedicada ao Jornalismo – foram seis anos no rádio, seis no jornal e até um pouco em televisão. Para ter uma ideia, eu virei, entre aspas, artista, a partir de 83 ou 84. Olha quanto tempo!
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Qual a importância do Jornalismo para você ter se tornado o “Faustão” que é hoje? Foi importante porque trabalhei com grandes jornalistas. Aprendi com grandes nomes: Alberto Dines, Armando Nogueira (em alguns eventos como Copa do Mundo), Nelson Rodrigues, Murilo Antunes Alves, Wandick de Freitas, Reali Jr., Marco Antônio Gomes, Clóvis Rossi, Ricardo Kotscho, Fernando Vieira de Mello e muitos outros que certamente estou esquecendo. Foi um aprendizado que me ajudou muito. Quando você ainda estava em começo de carreira, percebia-se um forte acento jornalístico em tudo o que fazia. Apesar de ter dito que trabalhou com grandes jornalistas, com quem aprendeu muito, por que esse traço ficou apagado depois que entrou na Globo? Porque mudou a minha vida. Eu fiz um pouco de bastidores no Perdidos na Noite, mas fazia sobretudo nos tempos de jornalista. É obvio que, uma vez jornalista, sempre jornalista. Não tem como se desligar. E aí você continua a conviver com pessoas da área, com amigos como (no meu caso) Lauro Jardim, Sônia Racy, Joyce Pascowitch, entre outros, mas o olhar crítico, de leitor que conhece o ofício, continua afiado. Eu, como leitor, por ter sido jornalista, faço uma leitura profissional. E é fácil explicar: se você é estilingue durante muito tempo, quando vira vidraça, sabe como entender o estilingue, até
para se desviar de algumas pedradas. Acho importante entender o objetivo de cada órgão de imprensa e penso conhecer razoavelmente esta nossa fauna. É por isso que não entro nesse mundo. Prefiro me preservar e preservar a minha vida. O que acontece por trás do Domingão do Faustão? O apresentador também se “vira nos trinta”? Eu trabalho durante a semana: reunião com a produção, com a equipe de criação, muitas reuniões com o Departamento Comercial para efeito de publicidade, comerciais dos clientes no programa, e domingo faço o programa. Como eu tenho filho pequeno, tenho pilha de carnê para pagar, não dá para ficar indo em inauguração de loja, balada, entendeu? Não tenho tempo. Balada para mim só do Paul Anka. [risos] [...] Na verdade, quem faz esse tipo de programa – quem faz televisão, jornal, rádio, revista –, tem que ficar ligado 24 horas. O que acha daqueles que criticam a qualidade dos programas de auditório? Sei que há certo preconceito da imprensa, por ser o Domingão um programa de auditório e de variedades, mas eu pergunto: qual o programa de auditório que foi escolhido pelo Betinho para lançar a Campanha contra a Fome? Qual o programa de auditório que foi procurado pela ONU para fazer uma pesquisa consultando a população sobre o que ela poderia fazer para melhorar o seu país? Que programa de auditório é, todo ano, solicitado pelo presidente da Associação dos Magistrados para conscientizar sobre a importância de não se vender voto, e de que o voto é a arma mais importante da democracia? Que programa de auditório tem preocupação em mostrar livros? (Programa popular que mostra livros e diz que é lendo que se aprende, inclusive a ler, é só aqui). Que
programa de auditório mostra, no telão, a arte brasileira? [...] Tem o lado da prestação de serviço público, tem o lado da informação. Temos um quadro chamado Tô a fim de saber, em que as pessoas querem saber: como funciona a televisão, o fax, o telégrafo, telex – que nem existe mais, sei lá... Ainda sou do tempo do telex... Porque, hoje, se você perguntar para umas pessoas o que é o mimeógrafo ou a galocha, tem gente que não sabe. Olha que absurdo: quando eu comecei aqui, há 22 anos, não havia controle remoto, internet, tevê a cabo, celular e shopping não abria domingo. São cinco mudanças de comportamento muito, muito sérias. Na Copa do Mundo deste ano houve uma promoção chamada “Torpedão Campeão”. Qual era a grande estratégia de marketing? Fizemos isso porque queríamos pegar um público que estava afastado da internet e trazê-lo a ela. É a mesma coisa dessas promoções que eu fiz para ensinar a população a passar SMS. Para você ter uma ideia, na outra Copa, eram 3 milhões que sabiam passar SMS, e chegamos a 13 ou 14 milhões que aprenderam a passar mensagem de texto. Hoje, somos mais de 40 milhões. Aí está o papel da televisão na prestação de serviço público, de ensinar as pessoas a usarem o meio. Mesma coisa aqui: nós conseguimos com o TV Garagem do Faustão, que é considerado um site dentro do site, mais de 130 mil...
Em sua opinião, por que o Domingão continua há mais de 22 anos no ar? Eu acho que, primeiro, por causa da relação custobenefício de faturamento, que é absurda. Se você observar, a maior relação custo-benefício da televisão é o Domingão da TV Globo. Por isso ele está aí no ar há 22 anos. Agora, importante é que o próprio Armando Nogueira achava que o Domingão desmistificou um pouco, humanizou a TV Globo. Era a frase do Armando, a que ele usava. Ou seja, aqui o artista aparece como cidadão: ele fala de política, fala da vida dele, de fracassos, de sucesso... Agora, a pergunta final com um ensinamento para o nosso leitor: qual componente você crê ser fundamental para a pessoa poder realizar o que quer? Prefiro fazer uma coisa só, tento fazer o melhor e vou tocando. Não, não tenho nada, negócio nenhum. Trabalho para e pela TV Globo. E não uso a TV Globo para abrir restaurante, para abrir lata de sardinha, nada. Eu trabalho aqui em função da TV Globo, o tempo todo. Não tenho nada paralelo. Isso vem dos meus velhos tempos de jornalista: se você estiver focando numa coisa, tende a fazer menos mal. Hoje todo mundo tem a mania de querer virar shopping center, querer fazer 300 coisas ao mesmo tempo.
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Foto: Jorge Grisi
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Encantando gerações Ronnie Von: como o pequeno príncipe estabeleceu prioridades e ainda hoje resguarda seu reinado na TV brasileira Dr. Jô Furlan
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or que ser case de “Inteligência de Suces-so?”, perguntou-me nosso personagem. Afirmei de pronto, olhando em seus olhos: “Meu amigo, você consegue fazer sucesso há mais de 40 anos!”. Ele respondeu-me com um largo sorriso: “Já faz tudo isso?”. Tenho defendido enfaticamente que sucesso é realizar aquilo que se deseja. Ele tem feito isso de forma magistral há mais de 40 anos. Um lutador determinado a realizar seus sonhos. Ter sonhos é fundamental e primordial para todas as pessoas. Eles nos ajudam a superar os desafios e a fazer mais. Palavras inseridas em um discurso de autodesenvolvimento soam muitas vezes como clichês, mas, de fato, é no que acredita Ronnie Von. Enquanto elaborava em minha mente a entrevista, pensava no título “De Príncipe da Jovem Guarda a Mãe de Gravata”. Descobri que ele jamais fez parte da Jovem Guarda, o famoso programa de TV. Como especialista em comportamento, encontrei fatos e características muito mais interessantes para focar. Filho de uma família tradicional carioca, ele sonhava ser aviador. Entrou para a Academia da Força Aérea de Barbacena (MG). Prestes a receber o diploma, abriu mão da carreira para assumir seu lugar como sucessor dos negócios da família. Desde cedo, adorava cantar. Sua grande influência era a banda inglesa The Beatles, cujos discos ele recebia até oito meses antes da previsão de lançamento no Brasil, pois vinham através das mãos de seu pai, que estava em missão
diplomática na Inglaterra. Passou a ser o fornecedor de conteúdo para as bandas de estilo rock and roll, em especial a Brazilian Beatles. Às vezes, ensaiava com esses amigos. Domingo à tarde, durante uma apresentação de bandas em uma matinê, no bairro de Copacabana, foi chamado ao palco para cantar com eles. Aplausos sem fim e um convite do produtor musical, João Araújo, pai do Cazuza, para gravar um disco. Sonho para muitos, pesadelo para ele. Respondeu negativamente, dizendo que sua família o mataria se fizesse isso, pois, sendo de família tradicional, alimentava crenças e valores que questionavam a credibilidade e a validade daquela “profissão duvidosa”. Foi convencido a gravar apenas de brincadeira, para ver como ficava. Uma tarde, quando voltava do trabalho, ouvindo o programa de rádio Disco Estrelinha - o Disco que Começa a Brilhar, destinado a novos talentos promissores, Ronnie Von tomou um susto que mudou a sua vida. Um pouco antes de entrar no túnel que vai de Botafogo a Copacabana, o que ouviu no rádio obrigou-o a parar o carro no acostamento: era a sua voz, aquela gravação feita só por “brincadeirinha”. Emocionado, sob uma sensação maravilhosa e quase indescritível, não acreditava no que estava acontecendo. Seu pai não ouvira, mas uma tia extremamente tradicional, sim, convocando logo em seguida uma reunião de família. “Criamos uma cobra para nos picar. Este menino vai jogar o nome da nossa família na lama”, diziam as tias. Porém, a fama veio como um foguete, e o sucesso na
com seu bom humor, carisma e simpatia. Ronnie Von é um empresário de sucesso, um comunicador de sucesso, um pai e “mãe de gravata” de sucesso. Ouço muitas pessoas afirmarem que é impossível ser bem-sucedido profissionalmente e ao mesmo tempo se dedicar intensamente à família. Como muitos outros exemplos, Ronnie Von é a prova de que isso não é verdade; muitas vezes é apenas uma questão de prioridade. Responda-me, agora: você realmente sabe quais são as coisas mais importantes na sua vida? Você tem claros seus valores fundamentais? Afinal, são eles que definem sua tomada de decisão. Não é uma questão de certo ou errado, mas sim de como quer viver a sua vida e qual resultado deseja de fato obter. A vida é feita de escolhas. Lembre-se disso!
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cidade do Rio de Janeiro gerou um convite para São Paulo. Perguntou à sua mãe o que era ser uma pessoa elegante. Ela docemente respondeu: “É não fazer mal às pessoas; respeitar todos independente da classe social e ser íntegro”. Ainda completou seu discurso, afirmando acreditar que o filho era capaz de fazer a melhor escolha para seu próprio destino. Ronnie Von tomou a difícil decisão de abandonar os negócios da família - e toda a segurança que isso representava e foi atrás de seu sonho: a carreira musical. Por isso, foi discriminado às avessas: não por ser pobre, mas porque pertencia a uma família rica. Pela escolha feita, perdeu temporariamente o apoio da família e de alguns amigos e dirigiu-se a São Paulo. Durante alguns meses, vendia o almoço para comprar a janta. Sua carreira como cantor e apresentador decolou rapidamente, alcançando o Brasil e o mundo. Fez sucesso simultaneamente em mais de 15 países, uma raridade na época. Seus pais aceitaram então sua escolha e se sentiram orgulhosos de seu trabalho. Ele ainda daria mais orgulho aos pais ao tomar outras decisões que demonstraram seu bom caráter. Tinha uma vida conturbada como artista, sem tempo e sem destino certo, até quando, na sua separação, ficou com a guarda dos filhos e decidiu abrir mão de parte de sua carreira para ser “mãe de gravata”, conforme suas próprias palavras. “Eu queria participar da vida dos meus filhos. Levava-os para todos os lugares e cuidava deles. Foi uma escolha simples, pois eles são a minha vida”, explicou Ronnie. Para fazer isso, já havia optado por diversificar seus negócios, tendo em seu irmão um amigo e sócio. Aprendeu a não depender somente da música e da televisão, embora estas sejam suas grandes paixões: “A música e a televisão fazem parte de mim; faço porque amo trabalhar com isso”. Esta sua frase resume o sentimento. Atualmente, está na apresentação de seu 13° programa, entrando na casa de milhões de espectadores; no início com sua música e, atualmente,
Dr. Jô Furlan é médico, escritor, 1° treinador comportamental do Brasil. Autor do livro Inteligência do Sucesso e coordenador editorial da Coleção Ser Mais. www.drjofurlan.com.br
Como se tornar um profissional
fora de série O que os Beatles, Mozart e Bill Gates têm em comum
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Paulo Roberto
Quando o assunto em pauta é gestão de pessoas, o desenvolvimento de talentos e execução de tarefas são os pontos mais falados dentro das empresas. Mas pouco se conhece sobre como desenvolver essas competências nas pessoas e muitas vezes os gestores acabam desperdiçando talentos por não saberem identificar os pontos a serem trabalhados no funcionário. A gente sabe que talento não é algo que vem de nascença e sim uma qualidade que adquirimos ao longo da vida, a partir da nossa dedicação a determinada atividade. Durante minhas passagens por diversas empresas, pude observar que muitas pessoas têm falado em outliers, denominação que se dá àqueles que se tornaram profissionais fora de série após treinar o desenvolvimento de suas competências durante 10 mil horas. Então, a partir dessa denominação, chego à conclusão de que o que torna a pessoa um bom profissional é o tempo que ele dedica para a atividade que ele se propõe a desenvolver.
Treinar é a palavra de ordem Como exemplo dessas pessoas tão dedicadas ao que faziam, posso citar os Beatles, que no início da carreira faziam shows de até 12 horas, 7 dias por semana na Alemanha. Mozart, depois de muito tempo compondo suas obras, foi considerado um dos maiores gênios da música. Até mesmo Bill Gates, o 2º homem mais rico do mundo, ainda com 13 anos, dedicou muitas horas de sua vida dentro de laboratórios de informática antes de se tornar o dono da Microsoft. Zico, Senna e Oscar viviam treinando em quadras, campos e pistas, fizesse chuva ou sol. Não foi à toa que o piloto ganhou fama de correr melhor com a pista molhada. A questão é mexer com o comportamento das pessoas para que as práticas se tornem hábitos. Um bom exemplo é uma pessoa que não faz academia, mas pensa que deveria fazer. A preguiça sempre fala mais alto e isso acontece porque é um resistência natural e a pessoa não se comporta dessa maneira. Tem gente que se acomoda
dizendo que um corpo indesejável faz parte do biótipo, genética etc. Não existe isso A pessoa deve se comportar de forma diferente, mudar o pensamento, até que isso se torne realmente um hábito e ela alcance os objetivos. Outliers em números Em números, outliers se definiria da seguinte forma: é preciso que se treine durante dez mil horas, o que equivale a cerca de três horas por dia ou 20 horas por semana durante 10 anos. Na minha opinião, para se tornar um grande líder, a pessoa tem que se dedicar muito aos treinamentos, ter bastante força de vontade para se tornar o melhor. Por isso, é essencial que seja dedicado muito tempo àquilo que se pretende alcançar.
Então, não há como afirmar que há um padrão de líder? É prematuro dizer isso. Vamos dizer que existe uma empresa que em um momento presente está extremamente desorganizada, a equipe não sabe ao certo as tarefas e não se responsabiliza pelo
que tem de ser feito. A companhia está à beira da falência. Caso seja inserido um líder democrático nesta situação, que ouve as pessoas e é até um pouco paternalista, talvez ele não seja a melhor opção no momento citado. Talvez essa empresa precise, na verdade, de um líder mais autoritário e de pulso, que chegue e defina as tarefas de maneira objetiva. Depois da “casa arrumada” pode ser que este tipo de gestor não caiba mais na equipe, pois, provavelmente, com o tempo se desgastaria com todos. O mercado como um todo tem um pouco de receio de falar sobre isso porque é mais aceitável e ético valorizar o líder democrático, mas esse perfil pode não resolver todas as situações. Quanto mais versátil for o profissional, para saber que tipo de gestão deve aplicar em cada situação, mais sucesso terá.
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Paulo Roberto é autor do livro “A Nova Visão do Coaching na Gestão por Competências” (editora Qualitymark) e possui atuação em empresas como McCain, Fiat Automóveis, TIM, Peugeot, Suzuki e O Globo. www.youcanbe.com.br.
Feedback pessoal:
como lidar com situações delicadas Pessoas que se vestem inapropriadamente, têm bafo, suor ou falam muito alto... como dar um “toque amigo” a elas sem ser rude? Gustavo G. Boog
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os relacionamentos do dia-a-dia, muitas vezes nos defrontamos com situações delicadas que incomodam, exigindo de nós um posicionamento. Por exemplo, pessoas que:
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• falam muito alto; • chegam atrasadas a todos os compromissos; • falam alto no celular; • colocam o volume do som no máximo; • mexem no teu computador; • têm mau hálito; • vestem-se de forma inadequada para a situação; • fofocam; • fumam em lugares fechados; • estão sempre em tua casa e nunca convidam para a dele; • quebram segredos; • fazem brincadeiras nas horas erradas. O feedback é quando informamos como a atuação de uma pessoa está nos afetando. Pode ser “positivo” (quando a influência foi benéfica e trouxe satisfação) ou “negativo” (quando a atuação foi frustrante, irritante ou indesejável). É muito comum a ausência do feedback positivo e os exageros no negativo, marcando profundamente as emoções das pessoas, acumulando mágoas e ressentimentos que afetam o bem-estar e, por consequência, o relacionamento. As situações acima descritas muitas vezes cobram de nós um posicionamento, pois não podemos nos calar. E aí teremos que enfrentar respostas malcriadas e caras feias. Relacionamentos podem ficar abalados ao se dar um feedback. Mas a verdadeira amizade num relacionamento consiste em também tratar de assuntos delicados. Podemos minimizar esses efeitos seguindo três passos: 1 - Fale do comportamento do outro, e não do que você acha que são as intenções do outro • Seja concreto e específico: descreva objetivamente qual comportamento está trazendo consequências, com fatos observáveis e se possível indiscutíveis.
• Escolha hora e local certos: encontre um momento em que o feedback possa ocorrer de forma tranquila. Nunca dê um feedback “negativo” na presença de outras pessoas • Pratique o feedback com frequência: ir “colecionando” atitudes negativas do outro e depois “despejar um caminhão” de queixas é negativo e tende a uma discussão destrutiva. Não deixe a pressão subir muito. • Seja construtivo: expressões como “você é um desastre total”, “mais uma vez você fez uma burrada”, além de serem genéricas, destroem a autoestima e não ajudam a construir uma relação saudável. Como será o “day after” após um feedback deste tipo? • A comunicação deve ser nos dois sentidos: aprenda a equilibrar o falar e o ouvir. 2 - Fale do efeito em você Após ter falado do comportamento do outro, você agora deve descrever os efeitos da atuação do outro em você. Aqui você pode falar de seus sentimentos. Não fale de suas percepções sobre as prováveis intenções do outro. 3 – Apresente alternativas, dicas ou conselhos para o outro Encurralar pessoas num beco sem saída não constrói uma relação saudável. Se houver abertura, sugira ações que possam ser desenvolvidas e que irão evitar novas ocorrências. Procure reforçar a autoestima do outro com o reconhecimento de seus méritos (isto deve ser verdadeiro, caso contrário poderá soar como hipocrisia). Ofereça sua ajuda e coloque-se disponível quando houver necessidade. Um último cuidado: tenha certeza de que o feedback seja verdadeiro e que vai ser bom para ambas as partes. Caso contrário, o silêncio é uma alternativa melhor. Gustavo G. Boog foi professor na FEA/USP e FGV/SP, é palestrante motivacional, consultor de processos organizacionais, fundador e diretor do Sistema Boog de Consultoria. info@boog.com.br www.boog.com.br
Preço baixo e ganho alto Conheça duas formas de baixar os preços do seu negócio sem acumular prejuízo
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Luiz Carlos Freire
ntes de tudo é preciso registrar que os custos são absolutamente individuais para cada empresa, enquanto os preços são definidos pelo mercado, mais precisamente pelo valor percebido de cada produto pelas pessoas. Dito isso, e independentemente do porte da empresa, só existem duas formas de baixar preços sem ter prejuízo: uma, através das reduções nos custos e outra, reduzindo os próprios lucros sem, é claro, recair no prejuízo. 1. As reduções nos custos e/ou despesas, por sua vez, são obtidas também de duas formas: A primeira, que é a mais indicada e mais trabalhosa, se faz através das racionalizações nos processos e/ou insumos, o que possibilita reduzir os preços sem afetar as margens de lucro e sem alterar o planejamento estratégico existente.
Luiz Carlos Freire Cinematti é graduado em Administração de Empresas e em Engenharia Operacional Mecânica. lcconsul@lcconsultorias.com.br www. lcconsultorias.com.br
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Agora, para se ter a “excelência nos resultados”, é preciso fazer a precificação estratégica, que é trabalhar proativamente as reais condições do negócio diante do que o mercado possibilita, e isto só acontece a partir de um profundo e minucioso conhecimento da empresa, refletido em completos sistemas gerenciais de custeio e de precificação que subsidiem as decisões, tornando-as mais fáceis e seguras. Estes sistemas necessariamente devem contar com metodologias específicas que conduzam os meios (pessoas e processos) ao objetivo idealizado, que é baixar os preços mantendo ou até elevando o lucro. É importante frisar que os métodos mais utilizados são falhos, porque não conseguem refletir a sinergia que há entre as ciências (Administração, Economia, Engenharia e Marketing/Branding) que atuam em qualquer negócio; A segunda forma de se reduzir custos é a menos indicada pelos resultados alcançados, porém é a mais utilizada por ser a mais cômoda. Ela consiste
em cortar simplesmente alguns custos e/ou despesas (geralmente se demitem as pessoas), o que leva a outros custos (encargos), sacrifica invariavelmente o planejamento estratégico, demonstra claramente a todos a falta de comprometimento do gestor com este planejamento e escancara a incapacidade do administrador em achar alternativas mais viáveis. 2. Já para se reduzir os lucros a valores mínimos possíveis e aceitáveis pelo investidor (dono) antes do prejuízo, é imperativo que os sistemas de custeio e de precificação acima citados possibilitem simular com absoluta precisão o lucro líquido mínimo do mix de produtos, obtido através da simulação dos lucros líquidos mínimos de cada item. Como estou falando em lucro mínimo, é preciso que o administrador defina qual é o lucro minimamente aceitável de retorno para o capital investido (mix) e que os sistemas respaldem fielmente esta difícil decisão. Considero a precificação uma arte dominada por poucos, e o apreçamento estratégico, um aprimoramento dessa arte, que necessita de sistemas que pouquíssimos possuem.
LIDERANÇA E ALTA PERFORMANCE Qual a diferença entre líder afiliativo e modelador? Tenha uma liderança capaz de transformar seu ambiente de trabalho
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Roberta Yono Ebina
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Chefes e gestores fazem isto e, se não o fizerem, não conseguem a alta performance. No Brasil, de acordo com o banco de dados da Muttare, consultoria de gestão, nos últimos cinco anos foram avaliados quase 1700 gestores. Predominam os estilos de liderança modelador em 78,2% (numa escala que vai até 100% de uso do estilo) e afiliativo em 66,8%. O objetivo do gestor modelador é fazer com que seus colaboradores façam suas tarefas da mesma forma como ele faria, não aceitando formas diferentes de execução. Se não consegue convencer o colaborador a fazer do seu jeito, torna-se autoritário. O gestor afiliativo, com a justificativa de manter um clima agradável em sua área, evita o conflito a todo custo. Ele coloca “panos quentes” em situações que demandariam um posicionamento e, como “protege” os seus colaboradores de pessoas ou situações “ruins”, sua equipe tem grande dificuldade de crescer na organização. O modelador cria clones evitando a inovação e o afiliativo cria “aleijados” que não pensam por si. Os dois combinados fazem um grande estrago nas organizações. Estes estilos não agem com foco na visão da empresa, nem de acordo com os valores dela, mas sim por interesse próprio. Colocam a si em primeiro lugar. Desta forma, o que você gostaria de ter em sua empresa: gestores ou líderes?
Roberta Yono Ebina é consultora associada da Muttare, qualificada em MBTI e processo de Executive Coaching.
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os últimos anos, intensificou-se a exigência por um ambiente de trabalho saudável dentro das empresas. Vemos diversas literaturas sobre isto, como Great Place To Work; As 150 Melhores Empresas para se Trabalhar e, se procurarmos este assunto em sites de busca, há milhões de informações sobre a forte demanda por ter um clima organizacional favorável em prol de ótimos resultados financeiros. O grande responsável pelo equilíbrio entre ambiente de trabalho agradável e alta performance é um só: o líder. E o que realmente acontece no mundo corporativo? Numa pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Coaching, 84% das pessoas que trabalham nas empresas desempenham apenas 60% de seu potencial. Por quê? Qual é a relação com a liderança? Segundo Abraham Maslow, todo ser humano almeja a realização pessoal. Ela só ocorre se a pessoa está motivada e se sentir pertencente a algo importante. Vale lembrar que a motivação é intrínseca, ou seja, ninguém consegue motivar alguém, mas sim, estimular. O papel do líder é oferecer desafios aos seus colaboradores de forma a estimular a sua motivação e, ao mesmo tempo, dar sentido aos desafios oferecidos. Fazendo isto, o líder gera um forte vínculo do colaborador com a organização, tornando-o cada vez mais comprometido com os resultados a serem atingidos. Para o verdadeiro líder, a sua realização pessoal é colocada de lado e seus colaboradores vêm em primeiro lugar. Ele os empodera usando o binômio desafio mais sentido, gerando um ótimo clima organizacional e resultados excepcionais. Desta forma, para este líder, o crescimento na carreira, o aumento salarial, entre outros, são consequência do legítimo interesse pelo colaborador.
Fun Learning
STUPID QUESTIONS A couple who have been married for 20 years is preparing for bed when the following conversation takes place... She: “Honey, if I die before you, would you remarry?” He: “That’s a morbid question!” She: “No, I really want to know.” He (pauses to think): “Yes, I suppose after a decent amount of time I might remarry.” She: “Would she live in our house?” He: “Well, the mortgage is almost paid off - would you really expect me to move?” She: “Would she wear my mink coat?” He: “You know I paid $3,500 for that coat - would you really want me to sell it for a loss?” She: “Well, would she drive my BMW?” He: “No. Absolutely not. She doesn’t know how to drive a stick shift!”
SPEAKING TO THE DRIVER In the U.S. of A., buses will have a sign saying “Don’t speak to the driver.” In Germany, the sign reads: “It is strictly forbidden for passengers to speak to the driver.” In England: “You are graciously requested to refrain from speaking to the driver.” In Scotland: “What have you got to gain by speaking to the driver?” And in Italy: “Don’t answer the driver.” VOCABULARY HELP • • • • • • •
bus - ônibus sign - placa speak (speak, spoke, spoken) - falar driver - motorista forbidden - proibido refrain - não se permitir a gain – ganhar
VOCABULARY HELP • couple - casal • married - casados • bed - cama • honey - querida • die - morrer • remarry - casar novamente • amount of time - espaço de tempo • mortgage - hipoteca • paid off - paga • move - mudar • wear (wear, wore, worn) - usar • coat - casaco • sell (sell, sold, sold) - vender • loss - perda • stick shift - carro com marcha
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SELF-MADE MAN “No self-made man ever did such a good job that some woman didn’t want to make some alterations.” Kim Hubbard, jornalist. VOCABULARY HELP • self-made man - homem que se fez sozinho • good job - bom trabalho
UPSET EVE
Sometimes women are overly suspicious of their husbands. When Adam stayed out very late for a few nights, Eve became upset. “You’re running around with other women,” she charged. “You’re being unreasonable,” Adam responded. “You’re the only woman on earth.” The quarrel continued until Adam fell asleep, only to be awakened by someone poking him in the chest. It was Eve. “What do you think you’re doing?” Adam demanded. “Counting your ribs,” said Eve. VOCABULARY HELP • overly suspicious - extremamente desconfiadas • upset - chateada • charge - acusar • quarrel - discussão • fall asleep - adormecer • be awakened - ser acordado • poke him in the chest - cutucando-o no peito • ribs - costelas
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As competências
IDEAIS
Planejar, organizar, treinar, desenvolver e gerenciar funcionários: como dilapidar tudo isso? Sulivan França
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tualmente, nos processos de coaching executivo, as principais competências apontadas por empresas e profissionais a serem desenvolvidas são as seguintes: Gerenciar outros: direcionar e liderar outros de forma a alcançar objetivos e alvos organizacionais. Treinar e desenvolver outros: ser um leader coach, assessorar, ensinar e fornecer opiniões a outros. Tudo isso com o objetivo de encorajar e inspirar o desenvolvimento das competências relacionadas ao trabalho e ao crescimento da carreira a longo prazo. Planejamento e organização: organizar e planejar de forma eficaz o trabalho, de acordo com as necessidades organizacionais, através da definição de metas e previsão das necessidades e prioridades. Devido a essas grandes demandas, tanto executivos como gerentes afirmam que é impossível sobrar tempo para gerenciar, treinar e desenvolver outros, além de planejar e organizar. Estas são competências muito apontadas para desenvolvimento no processo de coaching, no qual tanto o executivo quanto o gerente passam a focar em soluções criativas e inovadoras.
Para mapear todas essas competências, uma das poderosas ferramentas que conheço é o Assess 360 graus, da SLAC (Sociedade Latino Americana de Coaching). O método possui dois tipos de análise: modelo de competências gerenciais e modelo de competências executivas. O modelo de competências gerenciais possui um total de 10 competências e o modelo executivo, 12. Competências como “gerenciar outros”, “treinar e desenvolver outros” e “planejamento e organização” são as mais apontadas para desenvolvimento, tanto no modelo gerencial quanto no executivo. Esta demanda é muitas vezes atribuída aos modelos de gestão atuais, nos quais os profissionais são obrigados a fazer mais com menos, isto é, produzir mais resultados com menos pessoas. Sulivan França é Master Coach e presidente da SLAC (Sociedade Latino Americana de Coaching). www.slac.com.br e (11) 2288-1206
Sua pergunta...
sobre formação acadêmica Sou funcionária pública, mas estou me graduando em uma área que não está relacionada com o meu trabalho, embora seja o curso que eu sempre quis fazer. Já estou no penúltimo ano. É chegada a hora de mudar de carreira ou devo continuar no mesmo emprego e aguardar até minha formação acadêmica? Como posso escolher da melhor forma? Luciana Fernandes dos Reis, 21 anos, bancária.
...GaudEncio responde Sua carta indica que a opção já foi feita há muito tempo. Você faz uma graduação na área de seu interesse e já está no penúltimo ano. Está na direção certa há algum tempo. Direção certa porque corresponde ao que você deseja. Seu problema está no prazo. Espera até se formar ou muda agora para um campo que você sabe que deseja? A primeira opção, continuar no emprego e esperar a formatura para então mudar, é a
mais prudente. A segunda, mudar de área agora, é a opção mais ousada. Além de seu temperamento (mais prudente ou mais ousado), fatores externos como oportunidade de trabalho servem de guia para a opção. Não conhecemos esses fatores. Mas, se os conhecêssemos, não daríamos conselho. Apenas serviríamos de espelho para ajudar você a pensar. A opção é sua. Porque a vida é sua.
Você também procura respostas? pergunteaogaudencio@revistasermais.com.br
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Paulo Gaudencio é psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo (USP). Dedica-se há mais de 40 anos à psicoterapia de grupo e à pesquisa científica.
faz bem
Danilo Scarpa
Pensar bem
Se você acredita que uma folha de papel com linhas retas não tem valor, está na hora de ler este artigo Ômar Souki
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O
primeiro líder que tive a oportunidade de observar de perto foi meu pai. Tinha uma loja de móveis e vendia muito. Decidiu, então, comprar um lote e construir um prédio de três andares, com dois apartamentos por andar. Mandou fazer o projeto e me disse que venderia o prédio na planta. Na minha visão infantil, achava que aquilo era impossível porque as pessoas não iriam comprar algo que não existia. Ele me explicou que, com o dinheiro da venda de quatro apartamentos, iria construir seis e ficaria com dois para nós. Aí, então, pensei: “coitado do meu pai, como é inocente!”. Imagine o que se passava na cabeça daquela criança quando via o pai carregando debaixo do braço uma folha enorme de papel cheia de linhas retas. Meu pai enrolava aquela folha, visitava os pais de meus amigos e, ao desenrolá-la, apontava para o desenho e começava a descrever, com riqueza de detalhes, um apartamento que só existia em sua fértil imaginação. Eu ficava até com vergonha daquilo, pois achava que meus amigos iriam achar que meu pai tinha ficado maluco. Mas, para minha surpresa, ele conseguiu vender os tais apartamentos e com o dinheiro das prestações construiu o prédio. O otimismo de meu pai funcionou e ele construiu outros prédios e, ironia das ironias, aquela criança que duvidava da sanidade mental de seu pai sonhador, até hoje se beneficia com os aluguéis daqueles apartamentos que, um dia, eram apenas linhas em uma folha de papel. Tive em casa um exemplo de sucesso, mas também convivi com tios, primos e amigos que não conseguiram deslanchar. Simplesmente não acreditavam nas coisas que faziam. À medida que crescia, apreciava cada vez mais a leitura de biografias de grandes personalidades, cultivando desde cedo o interesse em saber por que algumas pessoas dão mais certo do que outras. Hoje posso
afirmar que não conheço ninguém que tenha conquistado seus sonhos sem antes ter cultivado, com afinco, uma atitude mental altamente positiva. São pessoas que, apesar das quedas, souberam se levantar e começar de novo. Com os otimistas aprendi a arte de acreditar e perseverar. Um de meus exemplos favoritos é Alair Martins, fundador do Atacado Martins. Entrevistado por Richard Edler e Marcelo Moreira (Ah, Se eu soubesse, Negócio Editora), ele destacou algumas das razões de seu êxito na vida e nos negócios: 1. O sucesso é uma consequência de amar aquilo que se faz. O nosso objetivo deve ser o de realizar aquilo que gostamos de fazer. A partir daí, basta planejar e ir em frente. Quem ama o que faz é mais feliz, vive melhor e consegue driblar o estresse com mais facilidade. 2. Durante a minha vida, procurei sempre o mais correto. O que a firmeza de propósitos mandava, sendo ético, leal e agindo de acordo com a minha consciência. 3. Mantenho o foco nas soluções. A realidade não é inimiga. Basta observar o lado positivo do problema para que as soluções surjam com total energia. 4. Acredito que a determinação de vencer supera as deficiências e que o tempo é o senhor da razão. Não existem situações irremediáveis. É preciso serenidade para tomar as grandes decisões. 5. Jamais devemos utilizar o poder em benefício próprio ou para diminuir os outros. O poder bem utilizado transforma-se em instrumento útil para fazer nossos semelhantes mais felizes. Mesmo tendo poder, devemos adotar sempre uma postura de humildade.
Ômar Souki é Ph.D. em comunicação pela Ohio University, nos Estados Unidos, autor de 25 livros. www.souki.com.br
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Não naufrague nas redes socias
Danilo Scarpa
tech
Christian Barbosa
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pessoalmente): Twitter, Facebook, LinkedIn e Orkut. O resto não me agrega. Desabilite os avisos de recados e mensagens – Configure suas redes para não ficarem te avisando, apitando ou enviando e-mails a cada nova mensagem ou scrap que você receber. Se você visualizar todos os avisos, vai perder um tempo que você nem imagina e o que os olhos veem, a curiosidade não consegue controlar, não é? Tenha horários – Assim como no e-mail, nada de ficar com a rede aberta toda hora. Defina horário ou dias para atualizar e olhar suas redes. Costumo olhar minhas redes sempre de noite ou aos domingos. O Twitter, quando estou na empresa, vejo três vezes por dia e olhe lá. Utilize Softwares – Existem milhares de programas que ajudam você a atualizar suas redes sociais de forma simples e integrada. Recomendo o Tweetdeck, ele integra todas as minhas redes, ou seja, basta escrever uma vez para todas as redes serem atualizadas. O Echofon para Firefox também é excelente. Para celulares existem diversos, basta dar uma pesquisada para encontrar algum com a sua cara. Dica para o Twitter – Como o Twitter está na moda, a minha dica é: siga poucas pessoas, mas com conteúdo relevante. Se você seguir muita gente, não deve estar usando o Twitter como fonte de conhecimento e provavelmente ele não deve estar agregando muito valor ao seu dia-a-dia, pois acaba tendo tantas mensagens que dificilmente você vai ver. Rede Social é a invenção mais nerd que mais deu certo no mundo dos “pops”. Impossível viver sem, mas não se perca por causa dela, saiba usá-la com sabedoria e não jogue seu tempo no lixo! Christian Barbosa é autor dos livros A Tríade do Tempo e Você, Dona do Seu Tempo, também é fundador da Triad PS, empresa especializada em produtividade, colaboração e administração de tempo. www.triadps.com.br
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á alguns anos, quando falávamos sobre redes sociais - ou mais especificamente o Orkut (que era a rede predominante na época) - a maioria das pessoas achava uma perda de tempo, que eram desnecessárias, coisa de adolescente ou apenas para diversão. Em pouco tempo essa percepção foi totalmente alterada. Podemos comparar a entrada das redes sociais com a entrada do celular na vida das pessoas. No começo, muita gente jurava que nunca precisaria de um celular e que era o “fim dos tempos” ter que andar com o telefone no bolso. Hoje em dia, a grande maioria dos brasileiros não consegue mais viver sem o seu aparelho. As redes sociais entraram para ficar na vida das pessoas e das empresas e isso obviamente afetou o nosso tempo de alguma forma. Se usar bem essas ferramentas, você pode aproveitar os benefícios. Agora, se usar mal, vai conseguir mais um ladrão de tempo para você se perder na rotina. Muitas empresas me questionam se devem ou não liberar o acesso às redes sociais, e digo que deve ser proibido apenas se a sua empresa revista os funcionários e proíbe a entrada de celular. Caso contrário, tem de estar liberado! Rede social é parte da vida e do tempo de todo mundo, ajuda a impulsionar muitos negócios, gera networking, contrata pessoas, busca informações, ajuda a pessoa a relaxar, a se comunicar etc. Na minha visão, as empresas e você precisam se preocupar como o uso consciente da ferramenta. Do contrário, a má utilização poderá matar sua produtividade por completo. Se mesmo assim achar que deve bloquear, então use um meio termo: libere nos horários pré e pós-expediente. Veja algumas dicas sobre como não perder tempo com as redes sociais: Participe de redes sociais relevantes – Você não precisa estar em 10 redes sociais. Selecione as mais relevantes e que tenham o maior número de pessoas conectadas a seus objetivos. Eu participo apenas de quatro redes (atualizo
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Para que fazer hoje o que se pode fazer amanhã?
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Adiar, postergar, pospor, tergiversar, procrastinar... Você empurra com a barriga tudo o que pode ser feito para última hora? Não seja mais uma vítima dessa palavrinha chata: a procrastinação
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Rodrigo Cardoso
uem nunca ficou imobilizado e não seguiu em frente por medo do fracasso? Quem nunca deixou de fazer as coisas no momento para deixar para o dia seguinte? Anthony Robbins, autor do livro O Poder sem Limites, rotula a procrastinação como um “assassino silencioso”, um padrão que vai crescendo dentro de você, se tornando cada vez mais forte e que tem o poder de imobilizá-lo à medida que você deixa para depois o que pode fazer agora. Para compreender melhor esse “mal do século”, vamos analisar melhor o motivo pelo qual tanto enrolamos. Por que deixamos tudo para depois? Por que não usamos (e ousamos) no nosso poder pessoal? A verdadeira razão é que pensamos que AGIR AGORA – qualquer que seja a ação – causa mais DOR do que o prazer de ficar parado, de não fazer nada, de não entrar em ação. Em outras palavras, acreditamos que não fazer nada é mais prazeroso do que fazer, só que talvez você diga: “Mas, Rodrigo, eu tenho prazer em agir, isso me leva em direção ao sucesso, eu gosto de ver o trabalho feito”. É possível que seja verdade, porém, o mais comum é ver as pessoas procrastinando, pois a dor e o desconforto de ir em frente e ver o trabalho feito é maior do que o prazer de ficar parado e não começar. Segundo Christian Barbosa, maior especialista em gerenciamento de tempo no país, as pessoas deixam as tarefas para depois porque não conseguem visualizar o prazer que sentiriam quando pudessem finalmente relaxar e afirmar para si mesmas: missão cumprida!
Imagine a situação de entregar o seu imposto de renda. Por qual motivo a maior parte da população deixa para a última hora? A razão é que a preguiça para fazer está associada à dor de ter que parar algo mais gostoso no momento, até que o prazo aperta e, nesse instante, é mais dolorido perder o prazo do que ficar parado. É exatamente nessa hora que mudam de opinião e entram em ação. Assim, qual a dica para acabar com a embromação? O segredo é tornar-se uma pessoa proativa em estabelecer metas. Isso mesmo: tenha metas. Crie uma visão daquilo que deseja com a tarefa realizada e foque nas tarefas importantes para a conquista de sua visão. A esperança no futuro proporciona força e energia no presente. Será maravilhoso começar agora, quando você puder associar prazer com resultado final. Quando conseguir sentir de maneira antecipada a liberdade proporcionada pela tarefa cumprida, poderá tornar-se alguém com potencial e despertará o profissional de alta performance dentro de você. Pessoas realizadas são pessoas de ação! Curta o caminho. Aprenda gostar do ato em si, o meio, não apenas do fim. Eckhart Tolle, autor de O Poder do Agora, explica profundamente o sentido da famosa frase: “A felicidade está no caminho e não no fim!”. Portanto, mexa-se neste segundo, experimente a delícia de iniciar uma tarefa agora. Visualize-a concluída, aproveite o processo, esteja presente, atento em cada momento, torne-se uma pessoa realizada e mais feliz. Rodrigo Cardoso é engenheiro formado pela USP; Pós graduado em Psicologia; Leader Coach pela Institute for International Research & Crescimentum. www.rodrigocardoso.com.br rodrigo@rodrigocardoso.com.br
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vitrine de sucessos
O Poder das Redes Sociais – Tara Hunt Whuffie é uma palavra de origem inglesa que, no mundo digital, significa valor. Espécie de moeda de troca que não compra nada nem vende lhufas, o whuffie é, apesar de invisível, o nosso maior capital simbólico quando o assunto é rede social. É um tipo de reputação construída de acordo com as ações positivas ou negativas feitas na internet. A consultora de marketing Tara Hunt explica o curio-so efeito desse fenômeno e ainda dá estratégias para você poder construir e aumentar seu “whuffie” no Facebook, Twitter e outras redes de relacionamento.
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Tara Hunt Gente R$54,90
Por dentro do Mundo Corporativo – Heródoto Barbeiro Já não é mais necessário ligar o rádio para ficar antenado ao mundo dos negócios. Heródoto Barbeiro, apresentador do CBN Mundo Corporativo, acaba de lançar uma coletânea com as melhores entrevistas do programa. Aportando preciosas informações com nomes de peso – Reinaldo Polito (especialista em comunicação), Alessandro Carlucci (diretor-presidente da Natura), Eduardo Lapa, (professor da Fundação Getúlio Vargas) e outros –, o jornalista dá dicas de e-commerce, marketing internacional, identificação de competências, fidelização do cliente, técnicas de vendas e muito mais. Com conversas que vão direto à pratica e ao ponto, o livro contém precisão, esclarecimento e informação em 216 páginas.
Gestão Humanista de Pessoas - O Fator Humano Como Diferencial Competitivo – Eugenio Mussak As pessoas não são manipuláveis, mas lideráveis. Com o intuito de equacionar este grande dilema da gestão em RH, Eugenio Mussak procura esclarecer as sutilezas da gerência humanista sob a óptica de diferentes extratos sociais. De gestores e geridos a educadores, a obra contempla preocupações, ansiedades, dúvidas e necessidades de profissionais interessados em entender melhor a alma humana. Gestão Humanista de Pessoas é didatismo e simplicidade transpostos em referência profissional de primeiro encargo.
Eugenio Mussak Campus R$69,90
Heródoto Barbeiro Saraiva R$34,90
Imagens para fins meramente ilustrativos. Os preços podem sofrer ajuste sem aviso prévio. À venda enquanto durar o estoque.
O Legado Vivo de Peter Drucker - MacIariello, Joseph A.; Pearce, Craig L.; Yamawaki, Hideki “O conhecimento era um bem privado, associado ao verbo saber. Agora, é um bem público ligado ao verbo fazer.” Frase dita por um dos pensadores de negócios mais proeminentes da história, Peter Druker agora é tema de livro lançado pelos professores da The Peter F. Drucker and Masatoshi Ito Graduate School of Management. Juntando noções de especialistas e saber atual, o Legado Vivo de Peter Drucker capta como organizações e executivos assimilam e aplicam os pensamentos eternos deste guru que ainda hoje faz sua marca no mundo dos negócios.
Joseph A. Maciariello, Hideki Yamawaki e Craig L. Pearce M. Books R$75,00
Coaching:
o que você precisa saber
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ocê sabe o que é coaching? Alguns dizem que é arte, outros que é um treinamento, outros ainda chamam de terapia aplicada ao trabalho. Esta falta de definição, compreensível numa nova profissão, tem criado uma poluição no mercado, que confunde os clientes e dá prejuízo às empresas. Coaching funciona, sim; coaching é uma nova profissão, sim, mas as empresas têm de tomar alguns cuidados na contratação. Além disso, apesar de ser uma boa oportunidade profissional, os ganhos não são nem tão fáceis nem tão altos como algumas pessoas gostam de alardear. O livro Coaching – o que você precisa saber vem ocupar uma lacuna no mercado, mostrando de forma agradável e fluida o que é coaching e como funciona. Através de
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exemplos de conversas reais, o leitor irá conhecer: erros e acertos, como contratar, o que levar em consideração, como testar o coach para conseguir aquele objetivo perfeito para a pessoa ou para a organização, como avaliar o coach após a contratação etc. O livro é útil também para os coaches profissionais e amadores com interesse em conhecer uma abordagem que vem resultando em sucesso há mais de 10 anos, além de algumas de minhas ferramentas. Nesta obra, o coach profissional poderá ir além do que se aprende nos cursos, entendendo e praticando a atitude de coach, ego-less e as competências de coaching de acordo com a Internacional Coach Federation (ICF). Já o coach “amador” irá aprender como criar um processo para coaching e como praticar antes de contratar o primeiro cliente. No “Coaching: o que você precisa saber”, minha abordagem é despretensiosa, divertida e vai desmistificar o mundo do coaching. Costumo fazer uma analogia nada convencional com o mundo executivo para definir em poucas palavras o processo de coaching: fazer coaching é como praticar sexo: a tentativa de repetição do último belo desempenho leva o coach ao fracasso. * Autora do livro, Diretora Executiva da ProFit e Vice-presidente da ICF Brasi
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Nem sempre a vida de uma super-mulher é uma maravilha
As missões ainda são muitas: ser profissional, mãe, dona de casa, esposa, amiga, mulher... mas tanta cobrança pela perfeição nem sempre chega a um final feliz Anderson Cavalcante
da criança, deixar a família e amigos de lado ou ainda ter a imagem de prepotência como aliada, sem perceber, e tornar-se uma pessoa solitária. Para que a felicidade e a realização caminhem juntas é preciso deixar as cobranças de lado, respirar fundo e se perguntar o que realmente importa. Qual é seu ideal de vida? Sem se preocupar com o que a sociedade impõe, afinal, estamos falando aqui dos seus desejos e anseios. Ouça a voz do seu coração e defina sua missão de vida. Se dedicar apenas à carreira, sem laços afetivos, galgando o cargo mais alto da empresa, ou resumir sua meta em casa, comida e roupa lavada? Ou ainda, sim, ser uma “supermulher” e dar conta do recado da dupla função? Não há o certo e o errado, as escolhas aqui são feitas a partir do que você acredita como ideal. Agindo assim, não existirá sentimento de culpa, angústia, frustração. No máximo, irá rever a proporção do tempo dedicado a cada atividade, reorganizando sua agenda de acordo com as prioridades daquele momento. Quando você se conhece e sabe exatamente o que quer, consegue manter as rédeas da sua vida de acordo com os seus valores, sem deixar que a pressão externa conduza suas atitudes e a torne uma pessoa sem propósito e objetivo. E você, é uma mulher-maravilha?
Anderson Cavalcante é administrador de empresas, escritor e em 2004 foi reconhecido como o palestrante mais jovem do Brasil por realizar palestras para empresários no exterior, no evento Expo Business Japan. www.andersoncavalcante.com.br
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Muito se discute sobre os papéis da mulher atual, multifacetária, que se desdobra entre a profissional competente, mãe dedicada, dona de casa caprichosa, esposa e amiga. Pode estudar, trabalhar, pensar, votar, amar e tomar decisões sobre sua vida. Como se já não bastasse desenvolver todas essas atividades, existe ainda a cobrança estética: corpo em forma, pele jovem, mente sã. Esse é o perfil da mulher no século XXI. Com tantas atribuições, a eficiência dos resultados muitas vezes fica comprometida, o que pode refletir em sentimentos de angústias e frustrações. No passado, a função “mulher” era clara e objetiva: cuidar da casa e da prole, assistir o marido, dando suporte em tudo o que fosse preciso para que ele pudesse se preocupar somente em trabalhar e fornecer o sustento à família. Mas a inquietude humana despertou nas mulheres o instinto do querer mais e, com o passar dos anos, o número de conquistas foram tantas que hoje possuem o mesmo status que o homem na sociedade. Esse sucesso é resultado da junção de características, antes exclusivamente masculinas, como coragem, determinação e iniciativa, com a intuição, sensibilidade e empatia, tão próprias da natureza feminina. Todas essas mudanças não isentaram a cobrança de perfeição e sucesso que sempre perpetuou no universo feminino. Ter uma agenda atribulada e dar conta de todos os compromissos, profissionais e familiares, se tornou padrão para as mulheres das novas gerações. Preparar o café da manhã, deixar os filhos no colégio, ir ao trabalho, dedicar tempo ao estudo, praticar esportes... o dia precisaria ter mais de 24 horas. Mas a rotina de “supermulher” muitas vezes cobra um preço alto, como adiar a maternidade, não ser tão presente como gostaria na vida
expres
da questão
A diferença entre escolas de primeira qualidade e alunos de primeiro nível. O comportamento que faz toda diferença
Henrique Melo
Esse é o
Reinaldo Polito
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A
s relações de trabalho entre chefes e subordinados sofrem transformações sem precedentes. Por não saberem exatamente como lidar com isso, suas atitudes vão de um extremo a outro. Ora os cabelos encanecidos são barrados nas empresas por serem vistos como ultrapassados, ora são recrutados às pressas para equilibrar as decisões afoitas da garotada que se instalou com seus chips irreverentes nos altos postos gerenciais. Muitos executivos foram afastados de seus cargos por serem encarados apenas como migrantes num mundo cada vez mais tecnológico. Precisamos de sangue novo, diziam alguns recrutadores. Se não oxigenarmos a empresa agora, perderemos espaço e ficaremos para trás. Em certos casos o oxigênio foi tanto, que chegou a asfixiar os quadros corporativos. A solução foi recontratar um pouco do “ar poluído” para pôr ordem na casa. Afinal, experiência, competência e resultados podem andar de mãos dadas sob o mesmo teto. O resultado tem sido visivelmente excelente. De um lado, a velha guarda se conscientizando de que precisa continuar aprendendo e se aperfeiçoando para valorizar ainda mais a experiência que adquiriu no fazer do dia-a-dia. De outro, os jovens percebendo que, se souberem aproveitar o conhecimento de quem já percorreu um longo caminho, poderão impulsionar sua carreira. Sou presidente da ONG Via de Acesso. Promovemos periodicamente as “mesas redondas”. De um lado, as melhores empresas de setores específicos (automobilismo, eletrônicos, construção civil etc). Do outro, as principais faculdades e universidades. Soa o gongo e começa a discussão. As empresas querem saber o que a escola pode fornecer de melhor para ser aproveitado no mercado de trabalho. As escolas querem saber o que as empresas necessitam na formação dos alu-
nos para que sejam mais bem aproveitados. Surpresa! As empresas continuam querendo “alunos de escola de primeiro nível”, mas começam a dar preferência a “alunos de primeiro nível”. Dizem que são melhores aqueles que “ralam”, superam desafios para pagar a escola, precisam estudar de madrugada e finais de semana, pois estão mais calejados para os embates da vida corporativa. Surpresa maior! Quase sempre os profissionais são admitidos pela competência ou potencial de desenvolvimento e são demitidos pelo comportamento. Fatores como pontualidade, respeito e comprometimento são decisivos para que os profissionais permaneçam na empresa, sejam demitidos, fiquem estagnados ou promovidos. Conclusão: nesse trabalho voluntário que desenvolvemos na ONG Via de Acesso, tomamos uma decisão: preparar cada vez mais e melhor o comportamento dos jovens. Ensinamos a se vestir, a falar, a escrever, a se comportar diante dos superiores hierárquicos etc. Bingo! O resultado é maravilhoso. Todas as empresas, sem exceção, elogiam os jovens que encaminhamos para elas. Por isso, aprenda muito. Saiba tudo o que puder sobre os aspectos técnicos da sua atividade, mas não deixe de considerar um dos mais relevantes – o comportamento. Atenção geração Y: chegue com o chip na cabeça, com a criatividade, com o idealismo, até com a irreverência, mas não se esqueça de se comportar bem. Esse é o X da questão. Reinaldo Polito é mestre em Ciências da Comunicação, palestrante, professor de expressão verbal e autor consagrado www.polito.com.br
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