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índice
Expediente A revista Ser Mais é uma publicação mensal. Ano 3 | Nº 21 Diretor Editorial: Mauricio Sita Diretora Executiva: Julyana Rosa Diretora de Operações: Alessandra Ksenhuck Redatoras: Karina Cedeño Revisora: Karina Cedeño e Raquel Scaff Projeto Gráfico: Danilo Scarpa (www.daniloscarpa.com) Diretor de Arte: Henrique Melo Relacionamento com o cliente: Claudia Lima Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968 assinaturas@revistasermais.com.br Cartas para a redação: Av. Rangel Pestana, 1.105 – 3º andar. São Paulo - CEP 03001-000 redacao@revistasermais.com.br http://twitter.com/revistasermais Skype: revistasermais Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e email. A Ser Mais reserva-se o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas. O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax, telefone ou e-mail); e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque. Central do Anunciante: publicidade@revistasermais.com.br [11] 2691-6706 Representante Comercial – Região Sul: Beth Meger Rua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509 Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898 Ser Mais é a revista oficial da Associação Brasileira de Desenvolvimento Comportamental (ABDCOM). Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A Cadastre-se no site www.revistasermais.com.br para receber nossa newsletter. Impressão e Acabamento: Vox
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Especialistas Alessandro Saade
André Percia
Marina Richter
Mario Divo
Antonio Carlos Eduardo Zugaib Mendes Thame
Mauricio Sita
Moracy das Dores
06 “Caro Leitor” 08 Ouvidoria terceirizada Uma alternativa para as empresas 14 Momentos críticos do coaching executivo 16 Up to date 20 Integrando sustentabilidade e carreira 22 Cidadão 21 26 Moda, beleza e estilo 27 2.0 28 Coaching – Andre Percia 36 Jogo Rápido Britto Junior 40 +otimista – A força da linguagem nas relações interpessoais 41 +tech 43 MANUAL DO SUCESSO 44 Inteligência – A procura por falsos valores... Ser, ter ou parecer? 46 Gestão – Oportunidade de mudança: setor imobiliário e franchising 47 Comportamento – Dicas para brilhar na mídia social 48 Vendas – Persuasão positiva 50 Liderança – Exigências e tendências de um mercado de trabalho altamente competitivo 52 Fun Learning 54 +saúde Obesidade e infertilidade 56 MBA ou mestrado: o que é melhor para sua carreira? 59 No alvo 62 +vitrine 64 Gaudencio responde 66 +Expressão Ganhei um iPad
Evaldo Costa
Gregório Ventura
Joji Ueno
Henrique Bussacos
Leila Navarro
Marcelo Ortega
Nancy Assad
Ômar Souki
Paulo Gaudencio
Rafael Maciura
Reinaldo Polito
Ricardo Fera
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Os principais erros do empreendedor
O segredo da realização das metas: transformando sonhos em realidades
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Cidadão 21 – A necessidade
Empresa que só diz “sim” inova relação com seus funcionários
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CAPA
de valores ambientais
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O segredo do poder
Caro leitor,
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Preparamos uma edição recheada de novidades para você. Neste número da Ser Mais, encontrará informações preciosas que o ajudarão na carreira e nos estudos. Vamos desde a preparação em cursos de mestrado e MBA até a imigração para o Québec. Quer tentar a sorte no mercado do exterior? Confira as excelentes oportunidades oferecidas aos brasileiros no país. O seu desenvolvimento e o aprimoramento profissional são os temas centrais desta revista, por isso trouxemos também um texto que integra a carreira e a sustentabilidade. O assunto está em pauta nas maiores empresas do Brasil e do mundo, portanto não poderia ficar de fora. Ainda na linha do uso consciente dos recursos naturais, um de nossos articulistas fala sobre a necessidade de valores ambientais; como podem ajudá-lo a longo prazo. Para quem está antenado com o mundo virtual há um artigo especial para destacar-se e tirar o melhor proveito das redes sociais. Na seção tech, o assunto são as ferramentas geotecnológicas. Veja como essas tecnologias estão presentes no nosso dia a dia e como a sua utilização tem mudado a forma de interação do ser humano com o mundo e o meio ambiente. Depois de informar-se e atualizar-se com todos estes conteúdos e muitos outros, aproveite para relaxar na seção Fun Learning. Enquanto se diverte é possível aprender novos vocábulos em inglês e português, ao ler a piada e preencher a cruzadinha. Boa leitura! Julyana Rosa Diretora executiva da Editora Ser Mais
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Ouvidoria D Terceirizada Uma alternativa para as empresas Mauricio Sita
e acordo com reportagem publicada no Jornal da Tarde em maio de 2011, o capitalismo norteamericano criou no século passado uma das máximas que mais identificam o sistema econômico predominante no mundo: tempo é dinheiro. Sendo assim, então o consumidor brasileiro está deixando de ganhar bastante. Nesse contexto, a reportagem de Carolina Marcelino complementa que quase dois anos e meio após a Lei do SAC ter entrado em vigor, pessoas ainda perdem muito tempo no pós-atendimento oferecido pelas empresas, que continuam desrespeitando — ou ignorando — as normas. Na reportagem é explicado que, de acordo com o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, a Lei do SAC gerou multas no valor de R$ 50 milhões em 2010. Mesmo assim, a falta de comprometimento das empresas com os clientes ainda é grande. Já para o diretor de fiscalização do Procon-SP, Renan Ferraciolli, as empresas evoluíram, mas ainda têm muito o que melhorar, pois só 40% das companhias cumprem a lei do SAC. O diretor ressaltou que “a falha está na preparação dos atendentes; a situação piora quando eles terceirizam o call center”.
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Você tem saco para o Sac?
O conferencista e professor José Tejon, em seu blog Cabeça de Líder, também de maio passado, argumenta que ninguém mais tem “saco para o Sac.”. As pessoas perdem horas a fio para tentar solucionar um problema que na maioria das vezes não foi causado ou provocado por elas, mas que as afeta diretamente. Já o consultor e professor universitário Fernando M. Serson, da Consultoria QUES, argumenta que só nos resta perguntar, depois de investir verdadeiras fortunas em campanhas para atrair novos clientes e consumidores, por qual motivo as empresas não investem em atendimento ao cliente. Para ele, essas companhias só se interessam por trazer o cliente para a sua base e, uma vez que essa meta é atingida, como podem as organizações se esquecerem de seus clientes?
Mesmo sem razão o cliente não pode ser abandonado
Atender ou não atender o cliente, eis a questão Os americanos utilizam muito a expressão make or buy, ou seja, comprar ou fazer. Para as empresas que sabem da necessidade de atender melhor seus clientes, e que querem “ouvir” suas reclamações, entendendo que esse é um dos melhores meios para tomar medidas corretivas que ajudarão a manter os insatisfeitos como clientes, há agora a alternativa da ouvidoria externa. Nem sempre vale a pena investir num Sac próprio. Além de caro e de difícil implantação, haja competência para mantê-lo ativo e em condições de dar um atendimento que satisfaça os clientes. Parece que é melhor a empresa focar no seu core business, ou seja, naquilo que tem vocação e deixar a parte espinhosa do atendimento aos “insatisfeitos” para profissionais do ramo.
Mauricio Sita é presidente da Editora Ser Mais e psicanalista. E-mail: mauricio@revistasermais.com.br
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Argumenta ainda o professor Serson que numa proposta inovadora, a sua consultoria passou a oferecer às empresas a possibilidade de ter um serviço de ouvidoria ou ombudsman terceirizado. Se essa não representa a fórmula mágica e definitiva para resolver todos os problemas, pelo menos a proposta é que funcione e sirva como anteparo às demandas desses clientes. Aqui vale destacar que nem sempre o cliente tem razão. Mas, com base no que afirma o consultor, o mínimo que uma empresa pode e deve fazer é ouvir e interagir com esse consumidor em relação às suas demandas. Para Serson, a proposta é a de justamente ter uma solução benéfica para todos. Os clientes e consumidores passam a ter um representante independente e não afeito ao ambiente interno organizacional, que ao menos seja legítimo para demandar ações e atitudes por parte da empresa. E argumenta que o maior beneficiado de todos é a empresa que contrata esse tipo de serviço. Primeiro pela imagem de passar a um terceiro a questão de sua fiscalização; segundo pelo fato de começar a se apropriar de indicadores e métricas a serem fornecidas que lhes indiquem quais pontos falhos ou processos internos demandam uma maior atenção e maior cuidado em termos de processos e procedimentos. Ainda, a empresa tende a economizar diretamente recursos, pois com as demandas atendidas, fatalmente serão reduzidas as depesas inerentes a processos judiciais, uma vez que estes tendem a diminuir.
OS DEZ PRINCIPAIS ERROS
DO EMPREEnDEDOR Alessandro Saade
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stá tudo pronto. O empreendedor caprichou na escolha de um nome bem criativo para o negócio, ouviu os palpites e conselhos de praxe de amigos e parentes, experimentou mesas e cadeiras, regateou no preço do computador. Sucesso garantido? Infelizmente, não. Segundo a última Pesquisa de Sobrevivência e Mortalidade das Empresas Brasileiras, realizada pelo Sebrae, 31% - quase um em cada três - dos novos negócios abertos no país fecham antes de completar um ano. No prazo de cinco anos, a proporção sobe para 60%. O maior culpado? Na maioria das vezes, falta de planejamento e de boa gestão. O mais triste é que isso representa um enorme desperdício. Nada menos do que 93% das pessoas entrevistadas pela pesquisa contaram que investiram suas economias, duramente conseguidas, para abrir o negócio. Também é alta a conta das esperanças frustradas. Um terço dos entrevistados contou que abriu a empresa tendo como motivação principal o desejo de ter um negócio próprio. Mesmo assim, muitas vezes nem mesmo a escolha do setor de atuação da empresa leva em conta um critério racional, o mínimo que se pode esperar de quem arrisca o que tem. Se você está pensando em abrir um negócio próprio, não deixe de levar em consideração os quatro P’s do empreendedor: 1) Perícia: saber o que faz e fazer muito bem 2) Prudência: todo negócio tem seu prazo de maturação 3) Perseverança: nenhum negócio termina na primeira venda mal feita. Insista e persevere. 4) Paciência: seja paciente. Aliás, os orientais consideram a paciência a maior das virtudes. Já que estamos com relações, vamos a mais uma. Os dez principais erros cometidos pelos empreendedores são: 1) NÃO PLANEJAR Isso significa acreditar que tudo sempre vai dar certo, superestimar o faturamento ou considerar um prazo muito curto para o retorno do investimento. Dica: faça uma simulação com três cenários, um muito ruim, um conservador e um muito bom. Calcule quanto tempo você vai conseguir sobreviver em cada um deles.
2) NÃO TER COMPROMETIMENTO Ou seja, colocar alguém para tocar o negócio e não acompanhar ou perder o andamento dos negócios. Dica: lembra a história de que o olho do dono engorda a boiada? É pura verdade. Siga a regra e, além dos olhos, leve o resto da cabeça e do corpo. 3) NÃO PENSAR COMO PESSOA JURÍDICA Pensar como simples funcionário quando se representa a empresa não é uma boa ideia. Pense sempre como o responsável por uma área ou projeto. Entenda o cliente, maximize o seu tempo e o dele, e o mais importante, traga resultado para a empresa a longo prazo. Dica: trabalhe com metas para contatos, projetos, negociações e resultados. 4) SÍNDROME DO “EU TAMBÉM” Montar uma solução ou projeto só porque ouviu dizer que era bom não basta. Sem entender do ramo, você vai quebrar rapidamente e, o que é pior, pode arrastar consigo toda a sua unidade de negócios. Dica: lembra como as videolocadoras estavam na moda na década de 80? E agora os pet shops. Benchmark é importante. Cópia é suicídio. 5) NÃO SABER COMPRAR Comprar caro ou em grandes quantidades pode ser fatal. O caro reduz drasticamente sua rentabilidade e a quantidade excessiva acaba com seu capital de giro. Dica: pesquise, pesquise, pesquise, pesquise. Negocie, negocie, negocie... Lembre do Salim! 6) NÃO SABER FORMAR PREÇO É comum comprar caro, vender barato e ainda dar prazo ou desconto, tudo sem um cálculo preciso do preço de venda. É uma boa receita para quebrar. Dica: tente formar o preço de trás para frente: preço em que o mercado pode pagar menos impostos, menos lucro, menos despesas. O que sobrar tem que ser seu preço de compra. (Não esqueça de juntar essa informação com o item 10)
7) NÃO CONHECER O FORNECEDOR Falta de relacionamento ou uma grande dependência de um único fornecedor pode ser uma grande passo para o fiasco empresarial. Dica: desenvolva um relacionamento estreito com seu fornecedor e garanta sempre que ele esteja comprometido com seus projetos e que não seja sua única opção. 8) NÃO CONHECER O CLIENTE Hoje não dura muito a empresa que não conhece quem compra seus produtos e serviços. Da mesma forma, a falta de conhecimento do negócio dele é fatal para os seus negócios. Dica: softwares de baixo custo e até programas de planilhas básicas podem ser grandes aliados para registrar os hábitos de compra dos seus clientes. 9) NÃO CONHECER A CONCORRÊNCIA Sem conhecer as peculiaridades do mercado no qual deseja atuar, o empreendedor será uma presa fácil nas agressivas e competitivas condições atuais. Dica: acompanhe as novidades de seu segmento por meio dos jornais e relatórios de entidades. Não deixe de monitorar a concorrência local e global, e se possível, visite regularmente seus competidores ou os clientes deles. É melhor manter o inimigo bem à vista.
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10) COMPETIR POR PREÇO Hoje o correto é competir por oferta de valor agregado. Quem entra na espiral descendente do leilão de descontos feito pelo cliente acaba por desvalorizar seus produtos e, consequentemente, sua empresa. Dica: descubra o que seu cliente mais valoriza no seu serviço ou produto. Pode ser o atendimento, a garantia, a disposição de dividir os riscos, o prazo para pagamento ou qualquer outra variável. Certifique-se de que ele sempre vai encontrar este diferencial na sua empresa. (Não esqueça de juntar essa informação com o item 6) Aplicando estas regras simples, suas chances de sucesso vão aumentar. Boa sorte.
Alessandro Saade é consultor, professor, palestrante e estrategista. Site: www.marketingenegocios.com.br E-mail: professor@saade.com.br
Empresa que só diz
“sim”
inova relação com seus funcionários Ana Krepp
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rimeiro só se diz Não. Não pra todas as perguntas. Algo acontece: é considerada uma nova forma de encarar as propostas das pessoas. O Sim passa a ser a resposta convencional. É isso o que acontece no filme “Yes Man”, ou “Sim Senhor”, em português. Jim Carrie interpreta um homem que passa dos radicais “nãos” que costuma responder aos convites que recebe dos amigos para “sins” infindáveis. A moral da história é de que, ao abrir a vida para a aceitação de situações por meio de respostas positivas, os problemas tendem a desaparecer. Pensando por essa linha foi que a agência de publicidade Salva Nova lançou a campanha “Simplificar começa com um sim”. Os sócios Régis Amedi e Fernanda Valentim perceberam que as iniciais da palavra “simplifique” começa
com um Sim, e adotaram o modo de ser do personagem de Carrie, aceitando tudo o que os 17 funcionários sugerem. Modificando um detalhe ou outro nas sugestões, o espírito de aceitação está presente desde que a agência nasceu, há sete anos. “É importante pensar com o lado positivo da mente, antes de falar um não, pensar se existe um “sim” e uma solução mais simples para determinada situação”, explica Fernanda. Além de aceitar as sugestões dos funcionários e de tentar estar sempre antenada às tendências nas ações das agências de outros países que compartilham da mesma filosofia, a Salva Nova promove, desde seu primeiro mês, o Salsalário – um dia diferente, que acontece sempre na primeira semana de cada mês e tira os funcionários do ambiente de trabalho para que possam ter outras experiências entre os
próprios colegas. A presença é obrigatória, como se fosse num dia de trabalho normal. É uma folga, mas para ser compartilhada. Os clientes e fornecedores são avisados do dia e costumam apoiar a ação. “Eles perguntam o que vai ser, querem descobrir também, assim como os funcionários, que nunca sabem ao certo o que vai acontecer, qual atividade será proposta. A única dica que recebem é que roupas devem usar”, conta a sócia da agência. O destino do dia salsalário pode ser uma visita a museus,
parques, viagem a uma cidade do interior etc. A última edição contou com uma visita ao Mercado Municipal. Essa iniciativa sem dúvida traz uma satisfação maior ao funcionário, que pode perceber como suas sugestões são importantes, e aos chefes que veem a produtividade da empresa crescer simplesmente por tratarem mais humanamente sua força de trabalho.
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Momentos críticos do
Coaching Executivo Mario Divo
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comunidade acadêmica internacional tem dado cada vez mais atenção ao Coaching Executivo e ao seu impacto na vida dos executivos e das organizações. São pesquisas afins ao desenvolvimento de competências, bem como à inteligência e gestão do conhecimento para fins organizacionais com base nessa moderna prática, derivando modelos e metodologias como suporte aos profissionais. Artigo de autoria de quatro pesquisadores comandados por Erik Hann, publicado em dezembro de 2010 pela Academy of Management Learning & Education, é interessante exemplo que queremos interpretar. Relata pesquisa feita para mostrar como são entendidos e conduzidos os momentos críticos da prática do Coaching Executivo. Ela foi desenvolvida nos EUA em duas etapas, sendo a primeira com 3015 participantes (25% de mulheres), de várias áreas de atividades. Depois, os 59 casos identificados como extremamente críticos geraram entrevistas individuais. Em outra pesquisa, de 2008, os autores já haviam identificado sinais de que os principais momentos críticos vividos na relação coach-coachee estavam em questões inesperadas e imprevistas pelo coach, os ligados a grande emoção ou tensão durante as sessões, bem como as dúvidas do coach
em como proceder frente a uma necessidade específica do coachee. Ao comparar momentos que resultaram em ganhos positivos com outros que levaram à quebra da relação, a principal diferença foi a presença (ou ausência) de reflexão compartilhada entre ambos. Dado derivado do mais recente estudo está nas metáforas usadas pelos entrevistados ao relatar as situações consideradas críticas, o que indica valer a pena explorar a possibilidade de aplicar esse trunfo como apoio às sessões. Com frequência existiram expressões, imagens ou ideias de outra área da vida ou domínio conceitual para descrever experiências vivenciadas nas sessões de Coaching Executivo. No total, foram 252 metáforas para os 59 casos críticos. No estudo, os autores identificaram alguns pontos de distinções para os coachees. E eles estão em torno de realizações pessoais, na mudança do modo de serviver, nas ferramentas aplicáveis ao cotidiano e nos processos afins com a tomada de decisão. As habilidades em ferramentas e a transformação pessoal podem ser vistas como formas complementares de autodefinição, a distinção entre «parecer» e «ser». A ação e a reflexão podem ser vistas como a distinção entre a prática e a teoria associadas ao comportamento no dia a dia. Nas sessões de Coaching Executivo, possíveis conflitos
podem nascer da promoção de uma mudança de atributos, buscando criar novas competências, ou então na mudança mais radical pela transformação de hábitos e atitudes. Outra possibilidade corresponde a dois tipos de aprendizagem pessoal, como pré-requisito à mudança: o processamento interno (introversão), com foco para dentro, de modo a gerar reflexão de uma perspectiva diferente; e o processamento externo (extroversão), com o foco para fora pela ação, com nova perspectiva. A recomendação adicional dos autores a partir do estudo em Coaching Executivo tem estas referências:
b) Através de momentos críticos os coachees poderão, em primeiro lugar, identificar realizações pessoais com nova perspectiva sobre os atuais problemas e mais compreensão quanto ao ambiente externo; c)
Os ganhos são tanto afins à mudança incremental quanto à transformadora, o que poderá ser alcançável por realizações pessoais. Novas sugestões e ideias são mais aceitas se o coachee é livre para rejeitá-las;
Mario Divo é coaching e consultor de negócios E-mail: gestao_md@attglobal.net
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a) Impactos obtidos pelos momentos de grandes descobertas (a Eureka!) podem não ser tão relevantes aos coachees. Talvez seja melhor explorar bem o estímulo à reflexão;
d) No estudo, os coachees associaram resultados positivos ao aumento da percepção e realização pessoal, o que é complexo, pois no Coaching Executivo esperase também outra linha de resultados (como apoio ao processo de gestão e lideranças, resolução de problemas ou consolidação de soluções, por exemplo). Dado o amplo leque de vivências dos pesquisados, algo que um coach sempre enfrentará, é fundamental as sessões de Coaching Executivo estimularem o coachee a explorar sua visão ampliada e a alcançar novos pensamentos, ferramentas, estratégias, decisões e compreensão dos outros, assim como a autorreflexão, a própria motivação, resistência a mudanças e suposições normalmente associadas com a introspecção, crenças e ideias fixas.
Supermáquina para uso pessoal
Imagine um supercomputador com uma capacidade de processamento 100 vezes superior à de um PC comum. Assim é o HPC Box, computador pessoal lançado no Brasil pela SMB-Sunset. Equipada com processadores Tesla C2050 e C2070 da NVIDIA, a supermáquina é direcionada a pesquisas que demandam alto poder de processamento, como as voltadas para as ciências físicas e biológicas. Até então, esse tipo de tecnologia estava presente apenas em computadores de grande porte localizados em centros de pesquisas ao redor do mundo, como é o caso do supercomputador chinês Tianhe-1A. Segundo Arnaldo Tavares, gerente de vendas da NVIDIA na linha Tesla para o Brasil e Cone Sul, o HPC Box permitirá ao pesquisador concluir seu projeto em menos tempo e ainda rodar simulações iniciais. O produto, que tem 70 cm de altura, 70 cm de largura e 30 cm de profundidade, será vendido por um valor entre R$ 35 e R$ 65 mil reais (em sua configuração máxima, com 4 processadores). Encomendas pelo site www.smb-sunset.com.br
Recupere suas energias
Naquelas ocasiões em que a energia elétrica começa a oscilar, ou mesmo cai, e você se desespera com medo de perder o DVD player que acabou de comprar, ou quando está jogando videogame em meio a uma tempestade com inúmeros raios e tem que desligar o aparelho para evitar que ele queime, agora já pode contar com um eficaz aliado. O Regenerador de Rede programável com display da SMS evita danos elétricos a aparelhos como televisores, sistemas de som, amplificadores, CD/DVD players entre outros, reconstruindo a tensão na rede elétrica e permitindo que os aparelhos conectados funcionem mesmo na ausência de energia. Seu estágio final de saída garante uma forma de onda com baixíssima distorção harmônica, e o produto ainda vem com um display programável que permite ao consumidor verificar o nível de carga da bateria, selecionar a tensão de saída e acompanhar o status de funcionamento. Preço sob consulta.
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O poder da voz Carregar o celular torna-se cada vez mais fácil. Ao que tudo indica, em um futuro não muito distante, você não precisará mais andar com um carregador elétrico pra lá e pra cá para encher a barrinha de bateria do seu aparelho. Um grupo de engenheiros da Coreia do Sul está engajado no desenvolvimento de uma tecnologia que permite carregar o celular usando apenas a voz humana, o que seria possível inclusive enquanto o usuário do aparelho mantém uma conversa. A tecnologia envolvida transforma som em energia elétrica e pode se aproveitar de outros ruídos presentes no ambiente, como música, por exemplo (na certa aquele seu vizinho que detesta a música alta de suas festas noturnas pensará duas vezes antes de reclamar). Para que chegue ao mercado, a tecnologia ainda precisa passar por melhorias.
Tablet 36% mais barato Se você pensa em adquirir um tablet, espere mais um pouco. O governo divulgou, no dia 17 de abril, medida provisória que reduzirá em 36% o valor do aparelho. A alíquota de PIS/Cofins sobre tablets será reduzida de 9,25% para zero, segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Além disso, será editada uma portaria interministerial que reduzirá o IPI dos aparelhos de 15% para 3%. Vale a pena esperar.
Origami tecnológico Guarde bem esse nome: Flexbook. Ele pode ser um tablet, um notebook ou um e-book, de acordo com a necessidade do usuário. Basta dobrá-lo e ajustálo à sua maneira. O conceito é criação do designer Hao-Chun Huang e conta com um teclado à prova d’água e tela widescreen de 21:9 e 11 polegadas. A parte externa é emborrachada e evita danos ao aparelho, quando guardado em bolsas e mochilas. Os mais exigentes ainda contam com a possibilidade de personalizar a capa de acordo com suas preferências de cores e estilos.
Enrolado Parece uma bolsa, mas não é. Trata-se do computador portátil Rolltop, fabricado pela empresa alemã Orkin Design. Com uma tela OLED touchscreen de 17 polegadas e corpo flexível que pode se transformar num tablet, o produto facilita o transporte, já que pode ser enrolado como uma toalha em seu próprio núcleo, composto por uma fonte de energia, webcam, alto-falante, entradas USB e outras funções. O notebook do futuro é apenas um conceito, mas pode chegar ao mercado caso alguém se disponha a investir na ideia. Mais informações no site www.myrolltop.com
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Horas ao vento Alguém lhe pergunta as horas, você olha pro pulso, assopra o relógio e reponde. Achou absurdo? Tal situação será frequente caso você compre um relógio Eole, criado pelo designer Julien Moïse. Como o nome do produto já diz, ele funciona à base de energia eólica, e basta assoprar a ventoinha vermelha localizada no visor para que as horas apareçam por alguns instantes e voltem a sumir. Prático, divertido e ainda dispensa baterias.
O SEGREDO DA REALIZAÇÃO DAS METAS:
TRANSFORMANDO SONHOS
EM REALIDADES Gregório Ventura
“Não importa de onde você veio; só importa realmente para onde está indo.” Brian Tracy
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o sonho que dá impulsiona a vida das pessoas. Muitos confundem o sonho com algo “fora da realidade” e distante. O sonho que falo é a capacidade de ter objetivo na vida, de forma clara, específica e desafiante. Tem gente que passa a vida inteira sem saber o que quer da vida. E você sabe realmente o que deseja ser, ter e fazer? Consegue escrever de forma clara o seu sonho de vida? O segredo das metas está em escrevê-las e escrevê-las de forma adequada. Ao agir assim as pessoas começam a ter a atitude mais importante que podem ter na vida em relação a um futuro melhor: a atitude do compromisso com ela mesmo. Tenho estudado, realizado palestras e feito trabalho com diversas pessoas sobre metas e tenho percebido que aquelas que atingem o alto desempenho são aquelas sem meio termo, se é para fazer vou fazer, quer goste ou não do que estou fazendo. O resultado é produto de um hábito advindo da autodisciplina. O sonho de vida cria motivação para viver, alegria e impulso interior para buscar uma vida mais plena, próspera e realizada. Não ter um sonho de vida é como pegar seu carro e sair dirigindo sem saber aonde deseja ir. Qualquer lugar vai servir. Uma vida sem foco não leva a lugar nenhum. Além do sonho é preciso transformá-los em realidade. Tornar claro e iluminado o sonho para que seja maior que os medos. É preciso diminuir o volume do medo dentro do interior. Na luta interna da voz vencedora que
te impulsiona e da voz crítica e medrosa que paralisa é preciso tornar mais intensa e iluminada a voz vencedora do sonho e do merecimento que é justo à sua conquista. Para transformar sonhos em realidade é preciso: •
Deixar fluir dentro de você os seus sonhos e praticar a capacidade de imaginar seus sonhos sendo realizados. Tornar claro os seus desejos e bem intensos dentro de você. Além do pensamento positivo é preciso associar o sentimento de alegria, paz, felicidade e motivação à imagem dos seus sonhos. Escreva no papel o que quer ser, ter e fazer para os próximos anos de sua vida e feche os olhos durante alguns instantes, todos os dias de sua vida, e entre no futuro dos seus sonhos. Esta atitude vai produzir o sentimento de estima, merecimento e atração. Escreva as 10 principais metas para os próximos 12 meses de sua vida nas principais áreas, como profissional, família, financeira e saúde.
•
Trace uma dimensão maior para seus sonhos. Não tenha medo de estabelecer para si objetivos ousados e audaciosos. Quando temos um objetivo é preciso dimensionar uma meta maior. Assim dizem os especialistas.
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Torne o seu sonho um hábito. Todos os dias faça
tarefas que se tornarão hábitos e te levarão no rumo dos seus sonhos. •
Tenha um time que possa compartilhar com você seus sonhos e possam ser o apoio necessário. Escolha pessoas de confiança e íntegras para estar com você.
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Para começar não deixe para depois, faça agora. Os resultados futuros são provenientes da capacidade de fazer o que precisa ser feito agora. Então te convido a avaliar quais as ações importantes está protelando, que te conduzirão ao seu estilo de vida ideal, e como pode tomar a decisão de realizá-las. Monte seu plano de ação com suas estratégias e “mãos à obra” com a técnica do TBC – Tire a bunda da cadeira. Para deixar claro o caminho saiba que o segredo daqueles que atingem metas está na sua visão e na sua orientação para 3 (três) pontos principais: Orientação para a ação – Os realizadores de metas são pessoas que agem. Um realizador é uma pessoa de ação. Não seja daqueles que se preparam a vida inteira para entrar em ação, pois a vida passa.
Orientação para o futuro – Para realizar suas metas é preciso ter um ponto B. As pessoas costumam ficar presas ao ponto A (o cenário atual de suas vidas). Realizadores visualizam com clareza o que querem ser, ter e fazer nos próximos anos de sua vida. Orientação para soluções – As pessoas realizadoras encaram os problemas. Eles pensam em soluções e costumam fazer ginástica mental. Utilizam fortemente a palavra COMO. Entre em ação AGORA e faça o que precisa ser feito, transforme sonhos em realizações, utilizando todos os recursos disponíveis ou buscando recursos onde for preciso.
Gregório Ventura é palestrante, escritor e Master Coach pelo Behavioral Coaching Institute, coach executivo e Personal & Professional Coach pela SBC. Autor dos livros Ser+com T&D, Ser+com Coaching e Ser+em Vendas vol.II e Ser+com Motivação. Site: www.gregorioventura.com.br. E-mail: grevi@terra.com.br
Integrando
sustentabilidade e carreira Henrique Bussacos
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uando discutimos sustentabilidade nas empresas acabamos nos excluindo da questão, mas é importante trazermos essa reflexão para o nível pessoal. Como nós, profissionais no mercado de trabalho, podemos colaborar com o desenvolvimento de modelos de negócio e estilos de vida mais sustentáveis? Uma primeira ideia é atuarmos ou empreendermos negócios sociais. Estes modelos de negócio emergiram na Europa e na América do Norte a partir de experiências de cooperativas e organizações sociais que buscavam gerar sua própria receita. O grande promotor desse modelo de negócios é o Muhammed Yunus, fundador do Grameen Bank em Bangladesh e autor dos livros Banqueiro dos Pobres e Mundo sem Pobreza. No Brasil, estes negócios surgiram mais recentemente entre 2006 e 2007. Negócios sociais são organizações que integram uma missão social a um modelo de negócio viável financeiramente, que devem ter seus lucros reinvestidos no próprio negócio, segundo Yunus, ou podem ser redistribuídos, de acordo com outros empreendedores e pensadores. Os negócios sociais trazem soluções de mercado para desafios na geração de trabalho e renda, na educação e na saúde. Muitos profissionais se veem na difícil posição de escolher entre uma carreira que traz resultados econômicos e uma carreira que proporciona significado e contribui para um mundo melhor. Essa aparente contradição precisa ser superada para incorporarmos sustentabilidade ao desenvolvimento das carreiras. É preciso se colocar o desafio de, num mesmo trabalho, ter resultados econômicos (remuneração) e resultados socioambientais (impacto positivo na sociedade). Os negócios sociais são uma das opções para conciliar carreira e sustentabilidade. Nesta coluna serão apresentadas mais ideias e caminhos para o desenvolvimento de novas carreiras. A sustentabilidade é um conceito bastante discutido, mas pouco se fala sobre os caminhos para profissionais contribuírem e fazerem parte deste processo de mudança nos negócios e na sociedade. Para saber mais sobre oportunidades em negócios sociais, visite os sites abaixo: http://www.artemisia.org.br,http:// bussacos.blogspot.com e http://brasil.nextbillion.net.
Henrique Bussacos, coempreendedor de negócios sociais (The Hub, Tekoha e Ekoa Café). Graduado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas e Mestrando em Desenvolvimento pelo Institute of Development Studies na Inglaterra. Blog: http:// bussacos.blogspot.com / Twitter: @hbussacos.
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Vivendo à base de luz A churrasqueira ecossustentável francesa da Green Cook acaba de chegar ao Brasil. A novidade pode ser encontrada apenas na rede Leroy Merlin. Ela funciona à base de energia solar e é capaz de realizar todo tipo de cozimento: grelhados, cozidos ou vapor. O produto é derivado de madeira reflorestada, com lâminas ópticas que captam a luz solar, transformando-a em calor real ou infrared (calor distribuído igualmente por toda a churrasqueira). Devido à sua forma parabólica, toda energia do sol incide sobre os alimentos. O calor atinge cerca de 200°C. De fácil instalação, a novidade dispensa o uso de ferramentas devido ao seu sistema de encaixe. Além disso, não utiliza grelhas, espetos, carvão e não há necessidade de acender o fogo. A inovação ainda acompanha uma bolsa própria para transportar o produto com segurança e facilidade para onde quiser! O usuário precisa apenas montar sua churrasqueira e colocá-la ao ar livre com um pouco de sol. Depois, é só saborear!
Descarte antes mesmo de levar O Extra Hipermercados lançou o programa Caixa Verde, que possibilita que você, no ato de sua compra, possa descartar as embalagens que considerar exageradas. Desde bonecas a chocolates, tudo vem sempre muito embalado e são produtos que não necessitam de tanto material para garantir sua qualidade. O hipermercado reconheceu o exagero e colocou à disposição dos clientes esse serviço em pelo menos um de seus caixas em cada loja. Desde 2007 já foram arrecadadas mais de 1 milhão de embalagens (papel, plástico, alumínio e vidros), sendo mais de 600 mil em 2010. O serviço verde está disponível em 132 lojas da rede.
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Lua (i)nova Chegou ao mercado brasileiro, mais ou menos no meio do ano passado, um absorvente ecológico chamado Mooncup. O produto, que foi importado da Inglaterra e já conta com revendedores no Brasil, tem como ideal a diminuição de lixo descartado. O Mooncup é um copinho de silicone que funciona como um absorvente interno, mas não precisa ser descartado. A retirada do copinho pode ser feita a cada doze horas, aí é lavar e recolocar. No final do ciclo, é só deixar na água fervente por 5 minutos e guardar para a próxima menstruação. Você pode achar que é anti-higiênico não descartar um absorvente, mas, ao contrário, o produto diminui os odores desse período justamente por ser feito de silicone, além de ser antialérgico. Além de não gastar mais comprando absorventes, você ainda colabora com a diminuição da produção de lixo no mundo. Há um Mooncup feito no Brasil, genérico, digamos, chamado MissCup. Ele é um pouco mais barato que o original e tem a mesma qualidade do importado.
Monta na bike que desmonta Para se livrar do trânsito cada vez mais enrolado das grandes cidades, o ideal seria uma bicicleta. Mas se você mora muito longe do seu trabalho, por exemplo, fica inviável chegar até lá só com esse meio de transporte. Você pensa em ir metade do caminho de bicicleta e a outra metade de metrô. Só que o metrô não aceita bicicleta em dias de semana. Quanta burocracia, será melhor continuar andando de carro? Não. Se você estiver mesmo empenhado em trocar o carro por uma bike, vá em frente! Há um modelo dobrável justamente pra esse tipo de necessidade. Lançada durante a Rio Boat Show 2011, um dos maiores eventos náuticos do país, a bicicleta fabricada pela Regatta oferece dois modelos, bem mais compactos, leves e potentes do que as habituais do mercado e leva menos de 20 segundos para ser desmontada. Aí é só dobrar com a mesma rapidez e andar por aí com ela debaixo do braço.
Não quer lavar o copo? Então coma! Feito de ágar-ágar, um tipo especial de gelatina de algas, foi desenvolvido um copo comestível que resolve os problemas tanto da utilização dos copos de vidro quanto dos copos descartáveis. Coloridos e maleáveis, os Jellowares são fabricados em três versões – limão e manjericão, gengibre e hortelã e alecrim e beterraba –, dando ao consumidor a chance de escolher o sabor que melhor combina com a sua bebida. O produto só requer dois cuidados: se não for consumido imediatamente, ele deve ser guardado na geladeira, ao invés do bom e velho armário de louças, e a sua ingestão deve ser controlada. Isso porque, segundo os fabricantes, comer mais do que três Jellowares por dia pode trazer prejuízos à saúde, já que o ágar-ágar possui propriedades laxativas. Mas quem não quiser correr o risco de passar o resto do dia no banheiro ou estiver de regime, não precisa comer o copo: o Jelloware é biodegradável e, por isso, segundo os fabricantes, pode ser enterrado em qualquer área verde, que se transformará em adubo para as plantas. Boa ideia ou não?
Competição saudável 23
Uma ação com foco na conscientização de condomínios de Joinville sobre o uso da água, desde março, mobiliza mais de 1400 condomínios da cidade. O projeto é realizado por meio de uma competição entre os condomínios e acontecerá entre os meses de maio, junho e julho. O que mais economizar água ganhará uma torneira com arejador por apartamento. Acoplado na extremidade da torneira, o arejador funciona como um misturador de microbolhas de ar com a água, permitindo um jato mais suave e com menos quantidade do líquido gasto. O resultado é uma economia de até 50% no consumo. Além disso, todas as torneiras das áreas comuns serão substituídas por novas. Outra boa notícia é que o vencedor escolherá uma escola da rede municipal para ser beneficiada com uma ampla reforma, totalmente patrocinada pela empresa Víqua.
A necessidade de valores
ambientais Antonio Carlos Mendes Thame
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D
iscutir questões ambientais é algo paradoxalmente muito recente na humanidade. Enquanto por um lado a ciência mostra que a presença do homem remonta a centenas de milhares de anos na Terra, somente nos últimos 50 anos começamos a nos preocupar com questões ambientais. Foi preciso que o planeta mostrasse sinais de exaustão, mostrasse que a nossa exploração dos recursos naturais estava ultrapassando os limites do razoável para que começássemos a perceber esses sinais e a nos preocupar com as questões ambientais. Mas não basta nos preocuparmos. O nosso comportamento é ditado por valores. Por isso, precisamos transformar preocupações em valores ambientais, para que eles se incorporem ao nosso cotidiano e reflitam em ações concretas de proteção e preservação do ambiente para as futuras gerações. E essas ações concretas incluem uma nova postura no consumo, inclusive dos recursos naturais. É preciso pensar o meio ambiente, a água e a economia de forma sustentável, inclusive como reflexo de uma sociedade mais justa. E isso é urgente. Recentemente, um cientista norte-americano publicou um texto instigante na internet. Ele começa dizendo que, se os dinossauros tivessem sido avisados a tempo de que estava em curso um fenômeno meteorológico, que não sabemos exatamente como foi, mas que poderia colocar em risco a espécie, como realmente ocorreu, de nada adiantaria, porque eles não poderiam fazer nada. Mas, se nós, seres humanos, estivéssemos sendo avisados sobre um fenômeno ambiental que colocasse em risco a qualidade de vida das futuras gerações e, nada fizéssemos, estaríamos agindo como verdadeiros irracionais.
Somos bombardeados diariamente pela mídia acerca de dois fenômenos ambientais que podem colocar em risco não apenas a qualidade de vida das futuras gerações, mas a própria condição de sobrevivência dos nossos filhos e netos: a escassez de água doce e o aquecimento global. Precisamos de uma terceira revolução energética, que vá descarbonizar a atmosfera, para enfrentar o problema do aquecimento e criar uma era da sustentabilidade, com padrões incorporados não só pela população, mas também pelos governos. Sim, porque os governantes precisam garantir o cumprimento de legislações que induzam à substituição de energias sujas por limpas, e o aporte de investimentos para que a tecnologia disponível se aperfeiçoe e transforme problemas em soluções. Porque vai ser preciso um esforço conjunto para evitar a tragédia anunciada pelos cientistas, que falam da deterioração humana no planeta por conta da exaustão dos recursos naturais, que pode nos colocar em um caminho sem volta, onde não vai mais ser possível a autorregeneração, a autorreciclagem natural e espontânea. Evitar esse quadro limite vai exigir uma ruptura com nossa forma de viver, de consumir, de produzir. O desafio é preservar o planeta para as futuras gerações. Já disseram que, desta vez, não haverá uma Arca de Noé capaz de poupar alguns. Ou salvamos todos, ou ninguém sobreviverá. Antonio Carlos Mendes Thame Engenheiro agrônomo formado pela ESALQ-USP e advogado pela PUC Campinas. É professor licenciado do Departamento de Economia da ESALQ. Foi prefeito de Piracicaba (1993-1996) e secretário de Estado de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras de São Paulo (1999-2000).
Marmitex verde Bateu aquela fome no serviço? Coloque a marmita nos compartimentos do Sunflower Lunchbox, deixe-o por um tempo em frente à janela e pronto! Sua comida está aquecida. Com um sistema de painéis compostos por células solares que absorvem os raios luminosos, o produto armazena energia em uma bateria interna e basta apertar um botão para escolher se quer aquecer ou gelar alimentos e bebidas, podendo controlar a temperatura de acordo com sua preferência. Por enquanto o Sunflower é apenas um conceito da designer Edita Barabas, mas não há dúvidas de que alguém aposte na ideia.
Madeira de plástico Quem brincou de Lego ou Playmobil se lembrará daquelas pecinhas de plástico que imitavam baús ou caixotes de madeira. Quando transferida para a vida real, esta ideia produz muitos benefícios ao meio ambiente. Uma parceria firmada entre a prefeitura de Estância Velha, a Braskem e a Suzuki Recicladora deu origem às tábuas ecológicas, caixas produzidas com o plástico sujo que é descartado diariamente na cidade. As tábuas ecológicas, além de servirem como lixeiras e floreiras, também serão utilizadas na construção e reforma de pontos de ônibus da cidade. A durabilidade do plástico nessa forma pode chegar a 400 anos.
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moda, beleza e estilo
Makeover virtual
Você, que sempre fica indecisa sobre qual batom usar ou se aquele corte de cabelo novo cairá bem, poderá pôr fim às suas dúvidas. Basta sentar em frente ao computador e entrar no site Makeover (ig.com.br/ makeover). Usando uma foto sua, você poderá testar uma infinidade de combinações de maquiagem, cortes de cabelo e looks de famosas. A ferramenta é usada nas principais revistas internacionais de moda e beleza e proporciona resultados muito fiéis à realidade. Além disso, o site sugere marcas e produtos, permitindo a criação de uma lista de favoritos, e você poderá compartilhar o resultado da transformação virtual nas redes sociais.
Mulher Maravilha Já viu a nova coleção de maquiagens da MAC inspirada na Mulher Maravilha? As embalagens são lindas, coloridas e o conteúdo apresenta a qualidade de sempre. São sombras, batons, pincéis, esmaltes, todos com nomes diferentes e dignos de uma heroína, como Invencível Espelho, Nécessaire Azul à Prova de Balas, Identidade Secreta, entre outros. Adquira o seu e torne-se uma mulher superpoderosa. Mas corra que a edição é limitada!
Acerte o tom Nem sempre é fácil encontrar um tom de base ou pó compacto que se adapte bem à nossa pele. Quem tem a pele morena ou negra muitas vezes depara-se com pouca variedade de produtos disponíveis no mercado. Pensando nisso, a Dailus Color criou uma linha de cosméticos composta por pó compacto, pancake, base líquida, base em bastão e corretivo, todos disponíveis em 13 tonalidades que variam do translúcido ao café. Para mais informações, acesse: www.dailus.com.br
Fonte da juventude
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Exposição ao Sol, stress, poluição e má alimentação são apenas alguns dos fatores que danificam a pele. Tais danos podem ser prevenidos, mas há outros, como as rugas e linhas de expressão, que são inevitáveis. Para isso, a linha Wrinkle Correxion, da RoC, promete ser extremamente eficaz. Além de combater as marcas do tempo e hidratar a pele, os produtos não provocam irritação. A linha é composta por serum, creme para a área dos olhos e creme diurno e noturno para o rosto, todos compostos por ácido hialurônico, retinol e biopeptídeos, que estimulam a produção de colágeno e elastina, preenchendo as rugas de dentro para fora.
Sonho Dourado Impossível não se apaixonar pelo Flat Spikes, este tênis masculino de Christian Louboutin. Cheio de spikes e de estilo, o sneaker dourado faz parte da coleção primavera/verão 2011 do designer francês, que ainda conta com outros modelos e cores. Os spikes são uma das marcas registradas de Louboutin, famoso por calçar as estrelas de Hollywood. O preço do Flat Spikes é salgado: 995 dólares.
2.0
Informação cosmopolita Quer ver a primeira página de diversos jornais ao redor do mundo? O site Newseum (Museu de Notícias) torna isso possível. Nele você pode acessar as notícias diárias de 720 jornais diferentes e ainda observar as variedades de projetos gráficos e estilos presentes nas publicações. Conteúdo e informação de sobra em apenas um clique (www.newseum. org/todaysfrontpages).
Viajar sem perder o lugar Passagens compradas, malas prontas, só falta embarcar. Que tal deixar a programação ainda mais completa reservando com antecedência uma mesa naquele restaurante chique do país de destino? O site Open Table (www.opentable.com) facilita este processo, oferecendo resenhas dos mais variados restaurantes existentes no mundo, com conteúdo que aborda desde os preços até o tipo de culinária oferecida em cada um, para que você possa escolher aquele que satisfará suas preferências e paladar. Feito isso, você receberá em seu e-mail uma confirmação da reserva e basta imprimi-la e levar na bagagem. Boa viagem e bom apetite!
Portátil
suas músicas das rádios na internet agora no celular O deezer.com, site com 35 canais de rádios online, disponibiliza aplicativos para telefones celulares. Os aparelhos com sistema Android e os iPhones podem sintonizar via internet músicas de variados gêneros. Na versão para o portátil da Apple, é possível até armazenar dados para ouvir suas canções favoritas offline, basta realizar o cadastro para o acesso premium. O programa pode ainda ser sincronizado com o as redes sociais, compartilhando o que você está ouvindo com os amigos no Facebook, twitter ou por e-mail. Para baixá-lo, basta acessar a Apple Store ou o Android Market diretamente de seu aparelho.
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Windows de cara nova ao inicializar Mude completamente o visual da tela de login do Windows de maneira rápida e prática. Com o programa Easy Login Screen Changer, é possível alterar o fundo da tela inicial em apenas alguns cliques. Deixe-a do seu jeito, com a imagem que preferir e livre de problemas ao realizar a mudança. Está disponível para ser baixado nos principais sites de downloads.
Construindo sucesso com André Percia
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C
hegamos ao século XXI, na Era da Informação, ou como quiser definir. Estes “novos tempos” exigem uma “atitude surfista” nossa. Explico-me: o surfista é aquele cara que responde imediatamente ao “caos”. Embora saiba que “o mar está revolto”, ele não sabe como – especificamente – a revolta se manifestará. Não obstante, enfrenta uma situação que “mata” muitas pessoas e a transforma num espetáculo visual. Como faz isso? Respondendo aos “imputs” que recebe da natureza: vento, mar, correntes marítimas etc. Conforme os recebe, faz alguma coisa fora e dentro de si para transformar algo perigoso em belo, prazeroso e lucrativo. Esta é uma boa metáfora e apropriada para o tempo no qual vivemos. Em cursos, treinamentos e palestras vejo os olhos arregalados e a vã tentativa que profissionais e trainees “atirados” num mercado volúvel para “entender” qual a melhor forma para crescer em suas profissões, ao mesmo tempo em que desejam ser felizes. As 24 horas continuam as mesmas... mas as de trabalho aumentaram. Existe uma hora para entrar, não há para sair, e esse “ritmo frenético” influencia todos os aspectos da vida dessas pessoas.
Minha primeira questão é: o que você deseja para a sua vida? Este diagrama é a “Roda da Vida” do Coaching. Meu primeiro desafio a você é usar essa ferramenta como um “espelho” para ver sua imagem interna refletida e então decidir o que fazer com ela. Preencha-a com cores diferentes ou usando lápis coloridos na marca que corresponde ao seu estado atual. Escolha a cor que representará cada área, onde 0 = muito fraco ou ausente e 100 = intensamente presente na minha vida. Para realizar este trabalho, precisará de um caderno ou diário. Escreva nele o que representa o desenho criado. Provavelmente muitos vão se deparar com áreas que – ainda – estão aquém daquilo que gostaria ver manifestado em sua vida. Identifique-as e as acolha, imaginando que são “mestres” o desafiando e têm muito a ensinar. Usando a Programação Neurolinguística, pergunto: o que essa parte, não boa ainda, poderia fazer de mais importante por você por meio do “não bom” (intenção positiva)? Ou: o que posso aprender com isso? O que mais essas coisas “não boas” também poderiam significar?
equilíbrio
André Percia é psicólogo clínico e hipnoterapeuta com formação internacional em Coaching. Site: www.youtube.com/Andrepercia E-mail: apercia@terra.com.br
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Escreva tudo isso e deixe processar. Leia antes de dormir, sem se preocupar com uma resposta específica. Entregue “para Deus” e para a sua Mente Inconsciente. Quando pensar e sentir muitas coisas sobre sua análise, imagine sua vida daqui cinco anos, onde quer estar. Complete uma nova roda que representará as mudanças. Crie outra com o título “Estado Desejado”, representando o que deverá estar em processo de mudança dentro de você para lá – no futuro. Recorte as duas rodas e coloque-as num lugar onde possa vê-las todos os dias muitas vezes. Use a PNL para ajudar: a roda do “Estado Atual” do lado esquerdo e a do “Estado Desejado” do lado direito. Caso precise modificar o preenchimento da segunda, deixe-a refletir de forma verdadeira suas metas e desejos.
O segredo do Ômar Souki
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Rhonda Byrne, autora do livro O segredo, que se tornou um fenômeno editorial, lançou agora O poder. Como gostei do livro O segredo, corri para comprar O poder. Antes de começar a leitura eu já me fazia uma pergunta: “Qual é o segredo do poder—segundo ela?”. Pelos meus estudos e pela minha própria vivência, eu tenho plena convicção de que só existe uma fonte de poder: o amor. De fato, Deus, o Poder Supremo, é sinônimo de amor. Será que Byrne também tinha chegado a essa mesma conclusão? Ou será que essa brilhante escritora tinha descoberto algo diferente? Realmente eu estava curioso para saber qual seria sua abordagem
A
simplicidade, a clareza e, ao mesmo tempo, a sabedoria do texto são admiráveis. É por aí que ela começa, dizendo que a vida é simples. De fato, só existem duas categorias de coisas na vida: as positivas e as negativas. Cada dimensão de nossa existência, não importa qual seja, física, mental, emocional ou espiritual, ou é positiva ou negativa. Nossa saúde física e financeira é exuberante ou não. Nossas atividades mentais e profissionais são estimulantes ou não. Nossos relacionamentos são saudáveis ou não. Nossa espiritualidade nos preenche e sabemos para onde estamos indo ou não. Estamos deixando um legado positivo para as gerações futuras ou não. Temos dias bons ou dias ruins. Enfim, estamos transbordando de felicidade e energia positiva, ou passamos a maior parte do tempo reclamando da saúde precária, da falta de dinheiro, do trabalho cansativo, das pessoas chatas, da falta de significado para a vida etc.
Haveria alguma forma de discordar de Byrne? Claro que não seria eu a contradizer algo que eu mesmo proponho nos meus livros e textos sobre o otimismo. Enfim, a pessoa otimista é justamente aquela que se deixa preencher pela força do amor e sabe que, mais cedo ou mais tarde, vai conquistar o seu objetivo superior de vida. É aquela que jamais esmorece. Afirmo que não existe ninguém que fez uma diferença positiva neste mundo que não fosse otimista. Pessoas como Jesus de Nazaré, Gautama Buda, Francisco de Assis, Mahatma Gandhi, Madre Teresa, Irmã Dulce, Martin Luther King, Thomas Edison, Albert Einstein, Henry Ford, Walt Disney, Bill Gates, Abílio Diniz etc. são a apropria encarnação do otimismo. A força otimista da qual falo em meus livros, nada mais é do que a energia do amor se manifestando no
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As pessoas também se dividem em dois grupos: aquelas que desfrutam de uma vida maravilhosa e as que estão apenas sobrevivendo—as que estão se realizando e fazendo acontecer e as que estão reclamando. Todo aquele, sem exceção, que está cheio de energia e que se torna uma inspiração para os outros se utiliza de um poder. Quer saibam disso ou não, consciente ou inconscientemente, as pessoas vencedoras estão se utilizando do poder. Usam o poder que está na raiz de todas as coisas boas. Para conquistar o que desejam ou para chegar à realização pessoal, só existe um poder: o amor.
Byrne e eu, então, estamos de acordo. Nada se consegue sem o amor, o maior poder que existe no universo. Mas esse amor que tem despertado a atenção dos maiores sábios da humanidade não é o mesmo que a maioria das pessoas acha que é. Não é apenas aquela emoção variável que se tem com relação à família, aos amigos e às nossas coisas preferidas. Não! O amor é mais do que apenas um simples gostar. Não é algo fraco ou indeciso. O amor é uma força positiva. O amor é a força positiva da vida! O amor é a causa primordial de todo o bem. Não existe, no universo, nenhuma outra força que não seja a do amor. Tudo que se relaciona ao mal é apenas carência, falta de amor.
coração das pessoas. Tudo que desejamos ser, fazer ou ter tem origem no amor. Na obra Sua paixão é sua força (Editora Academia de Inteligência), faço um relato de estudos que associam a nossa inteligência, o nosso poder intelectual, à força da paixão com que nos entregamos ao que estamos realizando. Portanto, em tudo, devemos estar sempre em busca da força infinita do amor. As coisas negativas são apenas um reflexo da falta dessa energia. De fato, somente existe um poder no universo, o poder do amor. Esse é o segredo do poder!
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Sem o amor não poderíamos nem mesmo nos mover. Toda a nossa motivação tem uma só raiz: o amor. Sem ele não seríamos capazes de nos levantar pela manhã, de trabalhar, de estudar, de brincar, de dançar, de andar, de conversar, de aprender, ou de fazer coisa alguma. Enfim, sem o amor não seríamos capazes de nos apaixonar. É o amor que nos inspira e nos move para a conquista de tudo aquilo que desejamos ser, fazer ou possuir. Então, o segredo do poder é um só: o amor! A força positiva do amor pode criar tudo de bom que existe e melhorar o que já está bom. Além disso, pode também mudar as coisas negativas em nossa vida. De fato, temos o poder sobre nossa saúde, sobre nossas finanças, sobre nossos relacionamentos, e sobre qualquer outra área de nossa existência. Esse poder está dentro de nós! A pergunta que nos fazemos, então, é a seguinte: “Se esse poder está em nós, por que não temos uma vida espetacular?”. A resposta é que temos a opção de amar e desfrutar dessa força positiva—ou não. A cada momento estamos fazendo escolhas. Sem exceção, todas as vezes em que experimentamos algo bom em nossa vida é porque amamos ou conseguimos canalizar o poder do amor. Por outro lado, sempre que nos deparamos com situações negativas é devido à nossa falta de amor. Chegamos, então, a um ponto de simplificação máxima, que também não deixa de ser de iluminação extrema: o amor é a causa de todas as coisas boas em nossa vida, e a falta de amor é a causa de todas as coisas ruins e de toda a dor e de todo o sofrimento. A grande tragédia é a falta de entendimento que há no mundo sobre o que seja o poder do amor.
A força positiva do amor pode se traduzir na inexorável lei da atração. Essa é a lei que sustenta todo o cosmos e que forma cada átomo e cada molécula. Nosso próprio sistema solar existe devido a essa lei. Se não fosse a força de atração do Sol sobre os planetas, eles estariam voando a esmo pelo espaço afora. Da mesma forma, é essa força que mantém nossos átomos e moléculas juntos, assim como os átomos de todos os animais, plantas e minerais no planeta. Até nos relacionamentos essa lei atua levando as pessoas a formarem famílias, comunidades, cidades e países. Nossos gostos particulares são também regidos por essa lei. Quando se desperta em nós a vocação para algum tipo de atividade é porque estamos sentindo a força do amor. Algo similar ocorre quando somos atraídos para certas pessoas, para algum tipo de comida, carro, casa, cidade, ou mesmo região. É através da lei da atração que sentimos a força do amor. A lei da atração postula que semelhantes se atraem. Aquilo que oferecemos ao universo retorna. O que damos, recebemos. A mão que dá é a mesma que recebe. Qualquer coisa que oferecermos aos outros, seja boa ou ruim, volta para nós. Isaac Newton chegou à conclusão de que para cada ação existe uma reação igual e contrária. Essa lei da física também funciona no nosso cotidiano, pois cada ação de dar gera uma ação oposta de receber. Aquilo que recebemos é sempre da mesma natureza do que damos. Ao oferecermos algo positivo, recebemos coisas positivas. Ao oferecermos algo negativo, recebemos coisas negativas. Como é que damos coisas positivas ou negativas? Através de pensamentos, emoções e ações. Quando oferecemos aos outros nossos melhores pensamentos, sentimentos de gentileza e ações positivas, é isso que retorna. Pelo contrário, quando geramos pensamentos, emoções e ações negativas recebemos de volta uma péssima qualidade de vida, recheada de preocupações, dores e sofrimentos. O que se planta se colhe. Em qualquer situação da vida é isso que fazemos: pensamos, sentimos e agimos. Nossa qualidade de vida é um resultado direto da natureza de nossos pensamentos, emoções e ações. Jesus de Nazaré disse que não devemos julgar os outros, pois da forma com que julgarmos seremos nós também julgados. Também afirmou que a nossa
medida deve ser farta e abundante, pois, de acordo com a nossa medida, seremos nós também medidos. Esse não é um pensamento esotérico, mas prático. Observe em seu próprio trabalho. Quais são as pessoas que recebem as promoções e os melhores salários? Justamente as mais dispostas a colaborar. São as que mais entregam amor, as que mais recebem amor. Na exata medida do que damos, recebemos, tanto na vida quanto nos negócios. Por isso, é importante estar atento até mesmo aos nossos pensamentos mais íntimos e às nossas conversas mais corriqueiras. Quando comentamos com amigos sobre a nossa situação financeira difícil, ou falamos sobre doenças, ou mesmo sobre os lucros decrescentes da nossa empresa, não estamos falando de coisas que amamos. Quando falamos sobre as catástrofes ou sobre pessoas que nos aborrecem ou que nos deram prejuízos, não estamos falando de coisas que amamos. Também quando comentamos sobre problemas no trânsito ou aborrecimentos com os vizinhos, não estamos falando de coisas que amamos. A ironia é que, se fizermos uma análise do conteúdo de nossas conversas, verificamos que falamos mais sobre as coisas que não amamos do que sobre as que amamos. Esse tipo de atitude tem um efeito negativo sobre nossas experiências diárias. Quando participamos desse tipo de conversas, diminuímos a presença do amor em nossa vida. Esse enfraquecimento do poder em nós faz com que mais lutas, mais dificuldades e mais sofrimentos sejam atraídos. É, portanto, de suma importância cultivar o hábito de falar sobre as coisas boas de nosso dia a dia. Se fizermos um exame de nosso cotidiano vamos descobrir que, de longe, as coisas que amamos superam as que nos aborrecem. Falemos sobre as reuniões que deram certo; sobre como gostamos de chegar na hora para nossos compromissos e sobre como é bom estar desfrutando de uma excelente saúde. Falemos sobre o lucro que desejamos ter e sobre as pessoas maravilhosas com as quais trabalhamos; sobre as situações e os contatos sociais e empresariais que deram certo. Quando falamos sobre o
que amamos, atraímos o que amamos. Devemos viver apaixonados pela vida. Como? Da mesma forma com que nos apaixonamos por alguém. Quando estamos apaixonados, amamos tudo o que a pessoa faz. Somente vemos amor, escutamos amor, falamos de amor e sentimos amor com todo o nosso coração. Devemos, portanto, estar em busca do que amamos, como por exemplo, das pessoas agradáveis, do tipo de arquitetura que apreciamos, dos restaurantes que amamos, das lojas que mais nos atraem. Devemos andar pela rua com a firme intenção de encontrar o maior número possível de pessoas e coisas que amamos. Precisamos procurar por tudo que amamos nos seres humanos e por tudo que amamos na natureza: aves, plantas, flores, perfumes etc. Enfim, devemos ver o que amamos, escutar o que amamos e falar sobre o que amamos. A vida não acontece por acaso. Estamos o tempo todo atraindo o que vai nos acontecer em futuro próximo. O que atrai as coisas boas são os bons sentimentos ligados ao amor, e o que atrai as coisas ruins é a falta de amor. Quando nos sentimos felizes, e mantemos esse estado, então, mais pessoas felizes, circunstâncias agradáveis e eventos bem-sucedidos farão parte de nossa vida. Devemos estar sempre nos perguntando: como posso aumentar a força do amor em minha vida? Uma das formas mais eficazes para aumentar esse poder é fazer uma lista das coisas pelas quais somos gratos. Quando somos agradecidos pelas coisas que temos, não importa quão pequenas ou simples, iremos receber mais. Sejamos agradecidos pelo dinheiro que possuímos e receberemos mais. Sejamos agradecidos pelos bons relacionamentos e mais pessoas amáveis entrarão em nossa vida. Sejamos agradecidos pelo emprego que temos, mesmo que não seja o trabalho de nossos sonhos, e melhores oportunidades de crescimento profissional irão aparecer. Devemos estar pron-
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tos a dizer “obrigado” pelos presentes que a vida tem nos oferecido e, certamente, receberemos mais e mais. Rhonda Byrne nos aconselha a aplicar avidamente o poder do amor em todos os aspectos da vida: dinheiro, relacionamentos, saúde e vida pessoal.
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Dinheiro. Se não temos dinheiro suficiente para viver bem é porque não amamos o dinheiro. Se o amássemos não estaria em falta. Ao olharmos à nossa volta fica evidente que a maioria das pessoas não se sente bem com relação ao dinheiro, pois são poucos que o têm em abundância. Novamente, simplificando as coisas, Byrne garante que os que têm dinheiro se diferenciam dos que não têm pelo simples fato de que os que o possuem cultivam bons sentimentos a respeito do dinheiro, enquanto os que não o têm possuem maus sentimentos com relação a ele. A razão de tantas pessoas terem uma atitude negativa com relação ao dinheiro é devido a crenças negativas cultivadas desde a infância. Nossa mente subconsciente está repleta de sugestões como: “Não temos dinheiro para isso”, “Dinheiro é uma coisa ruim”, “Os ricos são desonestos” etc. Essas coisas não são verdade, mas quando ditas pelos adultos, as crianças aceitam. Agora sa-
bemos que a vida funciona de forma diferente. Se não nos sentimos bem com relação ao dinheiro, nós o repelimos. Para fazer com que o dinheiro grude em nós, é importante que tenhamos sentimentos positivos com relação à abundância. A única coisa que pode fazer o dinheiro permanecer conosco é o amor. É importante mudar nossas emoções com relação ao dinheiro e sentir, com firmeza, que sempre teremos o suficiente e mais. Devemos viver agora com a convicção de que o dinheiro será sempre abundante em nossa vida. Agradeçamos pelo dinheiro que temos, mesmo que não seja muito. Agradeçamos até mesmo pelas contas que estamos pagando. Tenhamos uma atitude positiva e sejamos generosos. A Bíblia diz que o homem que dá liberalmente se enriquece, enquanto aquele que retém o dinheiro se empobrece (Provérbios 11, 24). Relacionamentos. Oferecer amor a todos é a lei máxima dos bons relacionamentos. Essa força se aplica a todos, independentemente de se conhecer ou não a pessoa, de ela ser amiga ou inimiga, ou de ser alguém que amamos ou completamente desconhecida. Qualquer pessoa que entra em nosso campo de influência poderá sentir o nosso amor ou não. Sente se estamos irradiando amor ou não. Aquilo que estivermos emitindo, estaremos também recebendo. Og Mandino nos aconselha a dar a todos, não importa quão rápido seja o contato, toda a gentileza, a amabilidade, a compreensão e o amor que tivermos em nós, sem pensar em receber nada em troca. Assim procedendo, nossa vida jamais será a mesma. Portanto, devemos andar pela vida procurando o melhor dentro de todas as pessoas que entram em contato conosco. Para que isso aconteça é importante que cultivemos também o melhor que existe em nós. Por exemplo, quando procuramos mostrar para o mundo o lado alegre e amoroso de nossa personalidade, é isso que receberemos de outras pessoas. Quanto mais amor estivemos dispostos a distribuir a todos à nossa volta, mais vai retornar para nós. Devemos nos lembrar dos dias em que nos sentimos absolutamente, fantasticamente bem e reproduzir essa sensação o maior número de vezes. Dessa forma criaremos um campo positivo em nosso entorno, uma força tal que nenhuma negatividade poderá contaminar. Saúde. De acordo com Byrne, pesquisas realizadas no Institute of HeartMath na Califórnia comprovam sua tese. Os cientistas demonstraram que sentimentos de amor, gratidão e admiração melhoram a capacidade do sistema imunológico, expandem a produção de hormônios essenciais, aumentam a saúde e o vigor físico; assim como reduzem o nível dos hormônios do estresse, diminuem a pressão sanguínea, a ansiedade, o sentimento de culpa e o esgota-
Vida pessoal. Todas as coisas têm frequências. Dependendo daquilo que estamos sentindo, produzimos determinadas frequências que atraem tudo aquilo que está vi-
brando no mesmo nível. A vida é uma resposta para o que estamos emitindo. Todas as pessoas, ambientes, eventos e coisas que acontecem conosco são simplesmente uma resposta às frequências que estamos enviando para o universo. Quando nos sentimos felizes e mantemos esse estado, então pessoas, circunstâncias e eventos felizes virão até nós. É importante pensarmos em algo que amamos muito. Devemos pensar nessa pessoa ou coisa insistentemente e fazer dela o símbolo do amor dentro de nós. Antes de iniciarmos qualquer ação devemos colocar a força do amor diante de nós. Imaginemos que tudo dará certo neste dia de hoje e sintamos o máximo possível de amor em nós. Respiremos fundo e deixemos que o amor comande a vida, a vida que vibra em nós, e que está ávida para se manifestar. Não há força alguma no universo capaz de se opor à força do amor. Devemos ter absoluta convicção de que, ao nos inundarmos dessa força, tudo responderá positivamente à nossa presença. Os maiores desafios, diante do amor, serão vencidos com rapidez e elegância. Tenhamos sempre a certeza de que o maior presente que a vida poderá nos oferecer são as oportunidades de amar sem medidas. A menos que estejamos constantemente oferecendo coisas boas aos outros, não conseguiremos fluir dentro da abundância que a vida nos reserva. Ofereçamos amor sem medidas e receberemos de volta tudo de bom que a vida tem para nos oferecer. Ao darmos amor, nos transformamos em uma luz que brilha forte, aquecendo os corações de todos em nosso entorno. Enfim, nos transformaremos em uma força invencível, espalhando o bem, a alegria, a abundância e a paz, por todo o universo. Ômar Souki é Ph.D. em comunicação pela Ohio University, nos Estados Unidos, e autor de 25 livros. www.souki.com.br
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mento. Sentimentos amorosos melhoram os níveis de glicose nos diabéticos e criam um grau maior de harmonia no ritmo cardíaco. O Institute of HeartMath também constatou que o campo magnético do coração é cinco mil vezes mais poderoso do que o campo magnético do cérebro. Isso pode comprovar a superioridade da emoção com relação à razão. Para atrairmos o que desejamos para a nossa saúde e para nossos negócios, além de pensar positivo é importante sentir positivo. Isto é, devemos engajar todo o amor que possuímos no coração para a conquista de nossos objetivos pessoais e profissionais. As pesquisas feitas nos Estados Unidos foram também comprovadas por estudos realizados na Europa e no Japão. Experimentos feitos nesses países demonstram que quando a água é exposta a palavras positivas e sentimentos de amor e gratidão, o nível de energia da água melhora e a sua estrutura molecular se torna perfeitamente harmônica. Quanto mais fortes são os sentimentos amorosos, mais bonita e harmônica se torna a estrutura da água. O oposto ocorre quando a água é exposta a emoções negativas de raiva ou ódio. Nesses casos o nível de energia se reduz drasticamente e a estrutura se torna disforme. Nosso corpo é constituído por 70% de água e o interior do crânio por 80%. Imagine a influência poderosa que temos sobre nós mesmos e o impacto positivo que podemos gerar em nós cultivando sentimentos de amor e gratidão. A receita para o mal-estar físico, portanto, é cultivar pensamentos e sentimentos de amor. Uma excelente receita para melhorar nossos incômodos e até mesmo curar doenças sérias é assistir a comédias. Esse foi o segredo da cura de Norman Cousins, que ao ser diagnosticado com uma doença estranha e incurável alugou uma série de filmes divertidos. Suas gargalhadas eram tão estridentes que logo teve alta do hospital e sua cura não tardou a chegar. Ele relata essa experiência extraordinária no livro O poder curador da mente (Editora Saraiva).
jogo rápido
BRITTO JUNIOR Por Heidy Silva “Eu sou apenas um rapaz latino-americano, nascido em Caxias do Sul, na bela Serra Gaúcha e que adotou São Paulo para morar, trabalhar e constituir uma família maravilhosa.” Hilton Antonio Mendonça Britto Junior.
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m 1979, o apresentador Britto Junior teve a ousadia de ser repórter esportivo aos 16 anos, superando a idade e trilhando os caminhos de conhecimento e sabedoria, passando pelas emissoras Rede Globo, SBT e Record, onde permanece há anos fazendo o que ele mais sabe fazer, encantar os telespectadores com tanto sucesso, primeiro como apresentador do “Hoje Em Dia”, e agora apresentando o reality show que está fazendo o maior sucesso na televisão brasileira. Em entrevista, Britto Junior conta a sua trajetória profissional e os desafios que encontra ao apresentar um reality show que tem um formato novo para a TV. 1. O que fez você sair de Caxias do Sul para ser apresentador em São Paulo? Britto Junior - Sempre sonhei em ser um comunicador em rede nacional. Para isso, é necessário viver no eixo Rio-SP. Mudei para cá após convite da Globo e nunca mais saí. Estou realizando o meu sonho todos os dias. 2. Como foi o início da sua carreira? Britto Junior - Comecei como repórter esportivo, aos 16 anos, em Caxias do Sul, RS, minha terra natal. Queria muito trabalhar em rádios de Porto Alegre e dei um salto enorme vindo direto para SP, como repórter da Rede Globo Oeste Paulista. Depois, São Paulo capital, pela Globo, e em 2005 fui convidado para ancorar o “Hoje em Dia”, da Record. Hoje, sou o apresentador oficial de “A Fazenda”, que já vai para a sua quarta edição, sempre com muito sucesso.
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3. Como você foi parar nas manhãs do “Hoje Em Dia” da Record? Britto Junior - Fui convidado pela Record em 2005, quando ainda era repórter da Globo em São Paulo e tive que decidir rapidamente, porque a estreia do “Hoje em Dia” estava marcada. Tomei uma decisão corajosa porque tinha estabilidade na Globo, mas queria mostrar o meu talento. Uma curiosidade é que alguns anos antes eu havia criado o projeto de uma revista eletrônica para a Globo, que não saiu do papel. O “Hoje em Dia” é muito parecido com aquele meu projeto. 4. Agora você apresenta um reality de muita audiência na TV brasileira, “A Fazenda”. Como é apresentar esse tipo de programa? Você acaba torcendo mais por algum participante?
Britto Junior - Sem dúvida, é um grande desafio. Tive que retrabalhar minha carreira, começar praticamente do zero porque reality show é um formato ainda recente na TV. Estou evoluindo e criei o meu estilo de apresentação. Quanto aos participantes, é claro que não torço para nenhum deles. Sou imparcial. Torço, isso sim, para que o programa faça sucesso. 5. Quais os projetos para 2011? Britto Junior - Em breve teremos “A Fazenda 4” e este é o meu principal projeto para este ano. Desenvolvo coisas paralelas, como site, blog e redes sociais e estou formatando uma palestra sobre a versatilidade que a TV exige. Pretendo viajar pelo Brasil com essa palestra. 6. Se você não fosse apresentador, o que seria? Britto Junior - Essa é fácil. Seria jogador de futebol ou ator. 7. Quais os sonhos do Britto Junior? Britto Junior - Desejo educar e encaminhar meu filho Arthur, que ainda tem 6 anos. E, como profissional, sonho em estar sempre à frente de programas de qualidade e sucesso, como tem acontecido até hoje. 8. O que você gostaria de fazer, que ainda não fez? Britto Junior - Gostaria muito de passear por aí com a família, sem preocupações. Mas, pra chegar lá, sei que ainda tenho que trabalhar muito. 9. Quais conselhos você dá aos futuros jornalistas que almejam apresentar um programa de grande sucesso como você?
Britto Junior - Em primeiro lugar, é preciso ganhar experiência e conhecimento. O espaço tem que ser conquistado de forma natural, sem atalhos. Queimar etapas neste processo não é bom. Em segundo, estar consciente de que um jornalista trabalha muito e não tem fim-de-semana, feriado. Tem que ter disposição, além de talento. 10. Qual foi o maior desafio da sua carreira? Britto Junior - Acho que estou vivendo o maior desafio agora, na apresentação de um programa que é cem por cento entretenimento. E estou adorando a experiência. Vou crescer muito em “A Fazenda”, porque estou disposto a aprender sempre mais. 11. Como andam os preparativos para o novo programa “A fazenda 2011”? Britto Junior - A nossa equipe está trabalhando desde o final de janeiro. Tem muita coisa para pensar, como provas novas, regras que surpreendam os participantes, detalhes na dinâmica do programa e na apresentação. Sem contar a escolha do elenco, o que é fundamental pra conquistar o interesse do público.
PERFIL: mesmo valor. UM PERFUME: O que ganho de presente da minha mulher. Ela sabe das coisas. AMOR: Sentimento que dá sentido à vida e a deixa mais leve. DESAFIO: Ser equilibrado na correria do mundo de hoje. UMA MÚSICA: “All you need is love”, dos Beatles. UM FILME: “O poderoso chefão”. Adoro cinema e poderia apontar muitos outros. “O discurso do Rei” também é incrível. MEDO: De altura.
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VIDA: Estabelecer objetivos para estar sempre motivado. FAMÍLIA: É a razão de todos os esforços e o que realmente interessa. DEUS: Não importa a religião, mas é preciso acreditar que ele nos rege o tempo todo. FELICIDADE: Ser amado sinceramente por um filho. UMA MULHER: A minha, Fernanda. Mulher de personalidade, guerreira. UM HOMEM: Meu pai, Hilton Britto, exemplo de dignidade. UM PASSEIO: Europa, principalmente França e Inglaterra. Mas a minha querida Serra Gaúcha tem o
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otimista
linguagem ada ç A for nas relações interpessoais
Ética no trabalho: uma questão de comunicação e de responsabilidade Nancy Alberto Assad
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ser humano, por meios sociais, convive com outros seres em diversos ambientes. Esse processo, conhecido como relações interpessoais, se dá através da comunicação verbal ou não verbal. Os relacionamentos interpessoais são os responsáveis pela evolução social, educacional, profissional. É através da linguagem que expressamos os pensamentos e sentimentos que refletem os comportamentos, os quais dão razão para a existência humana. O uso da palavra no cotidiano relaciona-se diretamente com a ética, além disso, é responsável pela boa convivência das pessoas em diversos ambientes. O silêncio acompanhado de um olhar tem grande significado para as pessoas nos diversos âmbitos da vida, sejam eles pessoais ou profissionais. A ética corresponde a códigos de conduta, considerados legítimos para a sociedade que busca zelar pelo bem-estar. A ética é baseada em valores, tais como ser educado, compreensivo, responsável, empático, para alcançar uma vida pessoal confortável com harmonia, prazer, sabedoria, segurança, amizade e uma vida profissional feliz com equilíbrio, justiça e igualdade. Os valores e as crenças estão presentes em todas as relações interpessoais, principalmente em conflitos, e é só lembrar que um gesto de amor pode transformar um distúrbio em paz, uma mentira em verdade, como agentes de transformação nos momentos de crise. A palavra falada é o meio para os relacionamentos interpessoais, onde o tom da voz, bem como da nossa expressão não verbal pode ser interpretado de forma errada e ferir, magoar o outro. Por isso, a responsabilidade e a vigilância no uso da linguagem devem ser processos de melhoria contínua. O uso da palavra escrita em qualquer veículo midiático pode criar conceitos e consciência na sociedade, e essa publicação torna-se muitas vezes ação das relações interpessoais entre grupos. Investir em conhecimento, por meio da formação continuada, traz para o mundo uma
educação mais eficaz nas relações interpessoais, tornadoas mais humanas. Todo e qualquer distúrbio que a linguagem exprima é considerado um problema de ética, pois estamos fazendo o que queremos sem observar o que podemos fazer, provocando muitas vezes angústia, ansiedade e tristeza nas relações em que somos agentes. Ser ético significa preservar o direito do próximo em suas crenças e valores, mesmo que sejam divergentes do que acreditamos. O princípio da ética também se aplica a relações humanas dentro das organizações, expressões de valores positivos em um ambiente profissional, além de provocar ternura, compaixão e perdão, sentimentos que não devem ser reprimidos em nome da razão nos cenários corporativos, uma vez que a ética zela pelo bem comum e tais sentimentos são necessários para a evolução do homem, tanto moral quanto social e profissional. Essas qualidades devem estar na conduta do homem, para que assim ele aja com atitudes íntegras e conscientes, que são os principais requisitos para a formação ética da sociedade. Atitude ética nas relações interpessoais é um bem valioso nos direitos humanos, visando a um mundo melhor. Cabe a cada um a consciência de viver baseado na conduta ética. Precisamos incorporar a ética nas organizações em qualquer tempo e ambiente. A ética e o relacionamento interpessoal nas organizações se resumem na vivência restrita de valores, voltados para a felicidade e o bem-estar da coletividade e que têm o ser humano como a maior riqueza transformadora da sociedade. Nancy Alberto Assad é especialista em comunicação e marketing, escritora e articulista, fundou a NA3 Comunicação Estratégica.
FERRAMENTAS GEOTECNOLÓGICAS: O PODER DOS MAPAS ONLINES E SUA EMPRESA NO
GOOGLE MAPS O Google Maps e seus recursos Rafael Maciura
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Sua empresa no Google Maps Antes de tudo é necessário uma conta no Google. Se você ainda não tem, poderá fazer no endereço https://www. google.com/accounts/NewAccount. Agora que você já tem a conta, vamos aos passos. 1.
Acesse o endereço do Google Places em: http://www. google.com.br/places;
2.
Deixe como Brasil e entre com o número de telefone da sua empresa para que o Google verifique se já existem informações sobre seus negócios associados ao número. Caso o Google encontre, você poderá editar, caso contrário poderá criar uma nova listagem. Clique então em “Adicionar uma nova listagem”;
3.
Nesta tela você entrará com as informações da sua empresa e seus negócios. A maioria das informações é obrigatória. Primeiro são as informações de contato e localização. Note que à medida que os campos são preenchidos o mapa no lado direito vai se completando e é desta forma que ele será apresentado. Logo abaixo informe se sua empresa atende ou entrega em domicílio ou não. Se sua empresa vai até o cliente, defina o raio de atendimento ou as localidades. Depois opte por avisar seus potenciais clientes sobre o horário de funcionamento e formas de pagamento. Por último, insira fotos, vídeos e informações adicionais que sejam relevantes. Clique em “Enviar”;
4.
Na próxima tela você escolhe como gostaria de confirmar que as informações são verdadeiras. Por enquanto a única opção é a de um envio de Cartão Postal para o endereço informado anteriormente. Neste cartão estão o código de acesso e as instruções de ativação dos seus dados.
5.
Pronto, você inseriu a sua empresa no Google! Mas não se esqueça de confirmar os dados, ou sua listagem não será exibida no resultado das buscas. Rafael Maciura é editor do i-Tecnologia. com. Site: http://www.i-tecnologia.com E-mail: contato@i-tecnologia.com
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esde o seu lançamento aqui no Brasil, no final de 2007, o Google Maps, serviço online de mapas e imagens de satélite acessível pelo navegador de internet, recebeu inúmeras atualizações e adição de recursos cada vez mais interessantes e úteis aos usuários. O que pouca gente sabe ainda é que o uso desta ferramenta geotecnológica vai além de apresentar mapas simples, fotos de satélites ou rotas de um ponto a outro. O Google Places, serviço incorporado ao Google Maps, oferece a possibilidade de inserir os dados de uma empresa, serviço ou produto para que sejam apresentados nos resultados de busca. Mas este resultado não se limita somente a aparecer no Google Maps, ele também é exibido no Google Web Search, na pesquisa para celular e no Google Earth. Em qualquer destes serviços, se alguém pesquisa diretamente pelo nome da sua empresa e a cidade, é bem provável que sua empresa, serviço ou produto apareça. Também é exibida uma listagem para pesquisas em sua categoria de negócios ou outros termos relacionados. Outro ponto interessante é que não somente o nome do seu negócio é apresentado. É possível também cadastrar uma descrição, endereço, telefone, e-mail, horário de funcionamento, fotos, link para o site e até a forma de pagamento aceita. Desta forma o seu cliente se sentirá mais confortável e, talvez, seguro em fazer negócio com você. Um recurso do Google Places, já disponível para usuários dos EUA e que ainda não tem previsão de chegar a terras tupiniquins, permite oferecer descontos especiais e fazer negócios com clientes em potencial. Nele, basta cadastrar cupons e apresentá-los na sua listagem. O cliente imprime este cupom e o converte em benefícios para realizar uma compra ou contratar um serviço. Mas cuidado! Assim como você tem a liberdade de mostrar ao mundo o seu negócio, os usuários também têm em mãos uma ferramenta muito poderosa, eficaz e utilizada em abundância hoje em dia na internet: as avaliações ou resenhas. Os internautas poderão, além de avaliar em uma escala de 1 a 5, deixar comentários, positivos ou negativos, a respeito da sua empresa, serviço ou produto oferecido. Então, muito cuidado e analise bastante antes de colocar a sua empresa no Google. Agora que você já compreendeu um pouco a respeito do Google Maps e Google Places, que tal inserir a sua empresa no Google?
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A procura por falsos valores. . . Ser, ter ou parecer? Vazio existencial, falta de educação, juventude. Não adianta trocar um equívoco por outro, a solução está dentro de nós Ricardo Fera
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stamos em uma época de grandes transformações. Econômicas, nas relações interpessoais, nos comportamentos, nos hábitos de consumo, na forma de ver, sentir e perceber o mundo e a vida. A mente humana está no limiar de um upgrade de consciência. Esse momento podemos chamar de transição. Quando o modelo antigo de viver não funciona mais e o modelo novo ainda não está funcionando plenamente. Nesse contexto afloram-se os falsos valores, as confusões mentais, emocionais e de significado. Um exemplo disso é a interpretação da juventude como um valor e não como uma fase da vida que é. Na juventude temos mais vigor físico e menos capacidade de pensar a longo prazo, o que é natural, visto que vivemos ainda poucos anos. Nessa fase, o quanto é muito importante. É o momento do mais. . . mais. . . Com os anos, vamos descobrindo que o quanto não tem tanta importância, mas sim a qualidade e o significado. Hoje, as pessoas consomem mais por significado do que por necessidade. As empresas que perceberam isso estão se destacando. Temos uma natureza predadora. Nesse sentido, consumir é equivalente a predar. O que não é nada demais, se atender às nossas necessidades sem prejudicar os outros. Temos necessidades de natureza física: alimentação, abrigo, moradia etc; emocional: atenção, afeto, apreço,
amor e que se iniciam na vida familiar, desde bebê até ficar adulto; social: queremos o reconhecimento do outro, do grupo no qual participamos, surge a busca pelo status; intelectuais; de sentido para a vida. Se o desenvolvimento continuar, e somos programados pela nossa memória genética para que isso ocorra, chegaremos ao desenvolvimento para atendimento das necessidades intelectuais. Desejamos aprender, conhecer, entender. Buscamos o estudo, o convívio com pessoas que sabem algo mais. Nesse processo de descobertas o intelecto descobre que também não é tudo ou o centro das atenções, como emocionalmente pensava. Mas que isso também é bom. Chegaremos a perceber que não temos solução para tudo e que sabemos, relativamente, muito pouco. Nessa etapa desenvolveremos o sentido de vida, de existência nesse mundo. Essas etapas, aqui relatadas de forma simples, são conhecidas do nosso inconsciente e da memória genética, de modo que, intuitivamente, vamos buscar por elas. No entanto, podem ocorrer falhas para entender os significados dos sinais que recebemos do nosso corpo e do ambiente em que estamos inseridos. Por exemplo, no nosso cérebro reptiliano temos a amígdala, que tem apenas duas respostas: comer ou correr. Essa é a resposta instintiva que usamos
Então, o que fazer? Buscar ser feliz a cada etapa da vida, com suas dores e alegrias. Sabendo que tudo sempre pode ser melhorado. E que a maior e única competição da sua vida é com você mesmo. Para se melhorar. Ser melhor profissional, pai, filho, amigo, companheiro etc. A felicidade é um termômetro da sanidade mental, emocional. Não se deve confundir felicidade com êxtase ou euforia. Ela é serena, e estes são agitados. Buscar significados para sua vida, seus atos, relacionamentos, existência, isso traz saúde, paz, harmonia, fortuna. Ricardo Fera é autor do livro “A escolha, a ciência e a tradição se encontram”, psicanalista, professor universitário e consultor de empresas.
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desde épocas primitivas para reconhecer alimento ou ameaça (um animal feroz). No entanto, vemos esse instinto (vulgarmente chamado de “falta de educação”) ser usado no dia a dia, com explosões de ira e agressividade desproporcionais ao fato no presente, como em brigas de trânsito, entre jovens, na família, no trabalho. Outra interpretação equivocada é o vazio existencial, que é o início da busca de sentido para a vida. Equivocadamente interpretado com medo e insegurança. Leva as pessoas a consumirem desenfreadamente para tentar “tampar”, aplacar esse vazio interior. Assim, comem, compram, brigam etc., tentando o impossível: resolver algo que está dentro delas com algo de fora delas. A juventude como valor também é um desses equívocos. Sendo ela uma etapa do desenvolvimento, não podemos voltá-la. Tampouco ela tem qualquer valor maior ou menor que as outras fases da vida. Todas valem a mesma coisa. Apenas são diferentes. Quando se tem mais idade, as quantidades de conexões neuronais são maiores. Isso propicia maior possibilidade de entendermos assuntos complexos. Já o vigor físico é menor. Se aceitarmos isso, vamos usar mais a mente e aceitar cada etapa. Ou não, se portando como um adolescente de 50 anos, colocando a estética acima do ser. O parecer assume maior espaço, na tentativa de esconder o que se é. Ficando entre o medo de não ser aceito e a dor de não saber quem é. Olhando para o futuro como se fosse o prolongamento do presente! Buscando controlar o incontrolável. “A procura pelo sustento cedeu lugar à incessante e inquietante busca pelo conforto extremo. A saciedade da fome cedeu lugar à voracidade insaciável.”(Anette Blaya Luz, médica psiquiatra e psicanalista). Buscamos responder, por meio do consumo, às questões interiores! O que é impossível! O egoísmo, segundo Freud, sempre marca uma utilidade para o indivíduo, enquanto o narcisismo leva em consideração também a satisfação libidinal. Dessa forma, passa-se de egoísmo para narcisismo, ou seja, sentir-se o centro do universo e agir como tal. O egoísmo prejudica o outro, já o narcisismo prejudica a todos e leva o indivíduo à autodestruição. Não adianta trocar a máscara, roupa, carro, relacionamento... o vazio estará lá.
Oportunidade de mudança:
setor imobiliário
e franchising Marina Nascimbem Bechtejew Richter
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m 2009, enquanto o Brasil e o resto do mundo estavam com suas economias instáveis em razão da crise que afetou praticamente todo o mundo, o mercado de franquias registrou forte crescimento. Crescimento esse que também foi verificado em 2010. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor de franquias encerrou o ano de 2009 com um faturamento de R$ 63 bilhões, com mais de 1.640 redes, e quase 80.000 unidades franqueadas e, em 2010, esse crescimento foi verificado em todos os quesitos do sistema de franquias e o faturamento fechou o ano com 19% de incremento das vendas. A ABF estima que os números cresçam pelo menos 15% em 2011. Da mesma forma que o setor de franquias, o setor imobiliário também tem apresentado forte crescimento no Brasil, apresentando elevação no número de compras, vendas e locação de imóveis novos, seminovos e usados. No caso do setor imobiliário, o crescimento decorre, dentre outros motivos, da maior estabilidade da economia, dos baixos juros, da confiança que os outros países têm tido para investir no Brasil, e ainda da facilidade de se conseguir crédito em bancos. Diante de um cenário tão positivo, muitas empresas que atuam no segmento imobiliário decidiram expandir os seus negócios através do franchising. O interesse surge por parte dos candidatos a franqueados, na medida em que buscam negócios testados, marcas reconhecidas no mercado, com boa reputação e aceitação pelo público consumidor, e ainda todo o suporte e know-how que as empresas franqueadoras podem oferecer. Outro fator que leva os candidatos a buscar as fran-
quias do setor imobiliário é a intersecção de informações da rede, que multiplica o banco de dados tanto de imóveis quanto de potenciais compradores, permitindo parcerias que acarretam o aumento de oportunidades de fechamento de negócio. Atualmente, mais de 10 empresas franqueadoras estão associadas à ABF no segmento de construção e imobiliária. Dentre as franquias do setor imobiliário é possível citar as redes americanas Century 21 e Re/Max, e ainda as redes brasileiras Pronto!, Rede Morar e Apolar Imóveis. A implantação de uma franquia imobiliária pode ocorrer por meio da conversão de imobiliárias locais já existentes no mercado ou pela instalação de uma unidade nova. Independentemente da forma adotada, é importante que o franqueado esteja ciente de todas as suas obrigações contratuais e analise a Circular de Oferta de Franquia entregue pelo franqueador, que deve conter os requisitos constantes na lei de franquias para efetivação do negócio, evitando assim conflitos futuros. Apesar das franquias no segmento imobiliário ainda serem consideradas uma novidade no sistema de franquias, a tendência é o mercado se profissionalizar e acirrar ainda mais a boa concorrência. A ABF espera que com as altas expectativas do mercado imobiliário para o ano de 2011 e com a previsão de milhares de lançamentos de empreendimentos por todo o país, as franquias imobiliárias brasileiras cresçam pelo menos 30% neste ano. Marina Nascimbem Bechtejew Richter é sócia do Kurita, Bechtejew e Monegaglia Advogados - KBM Advogados marina@kbmadvogados.com.br
Dicas para brilhar na
mídia social
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Evaldo Costa
ão importante quanto uma boa estratégia de comunicação na mídia social e internet, é saber como anda o seu conceito por lá. Saber o que estão falando de você é fundamental para proteger a sua imagem. Portanto, antes de iniciar uma campanha de marketing na rede social, é essencial saber o que o seu público pensa a seu respeito. Tanto no relacionamento face a face quanto no virtual, uma boa dica pode ser ouvir com sapiência e falar com prudência. Para isso, é preciso conhecer as ferramentas que permitem saber o que estão falando de você na rede social. Abaixo, seguem alguns aplicativos, que se bem adotados, poderão lhe trazer grande benefícios e evitar surpresas desagradáveis. 1.SocialMention Usando palavras-chaves, esse aplicativo permite “garimpar” e saber o que estão falando de sua marca, além de emitir e-mails de alerta. Ver mais em http:// www.socialmention.com/. 2.Google Alerts
Ao contrário de outras ferramentas, neste aplicativo a busca é feita pelo nome da empresa ao invés de palavra-chave. Você pode monitorar seus fornecedores, parceiros e até você mesmo. No entanto, se a empresa pesquisada for de pequeno porte, poderá ser difícil saber o que se deseja. Ver mais em http:// www.workstreamer.com/.
Trata-se de um novo recurso de pesquisa que está sendo oferecido pelo LinkedIn. Ele permite salvar a pesquisa e verificar se há atualizações em uma data posterior. Saber mais em http://blog.linkedin. com/2010/09/29/linkedin-signal/ 5.Addictomatic Fornece resultados de pesquisa com vídeos e imagens. Há um painel evidenciando os resultados que podem ser dispostos em ordem de preferência. Ver mais em http://addictomatic.com/ 6.Twitter Search Realiza pesquisa por localização. Uma função extremamente útil para as empresas saberem de sua reputação em uma determinada região. Ver mais em http://www.search.twitter.com/. 7. Trackur É um pouco mais limitado do que os demais, mas se propõe a fazer buscas através de palavras-chaves na rede social. Vale a pena saber mais em http://www. trackur.com/ Algumas ferramentas acima mencionadas são gratuitas. Se você está começando agora na mídia social ou pretende aumentar a sua presença na internet, conhecer melhor esses aplicativos poderá lhe trazer importantes benefícios. Evaldo Costa é diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil. Escritor, consultor, conferencista e professor.
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Permite receber alertas em seu e-mail de acordo com as suas preferências de configuração. Você pode usar os Alertas do Google para monitorar o que quiser. Ver mais em http://www.google.com.br/alerts. 3.WorkStreamer
4.LinkedIn Signal
Persuasão
positiva Eduardo Zugaib
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uita gente da minha geração cresceu ouvindo dizer que vendedor bom era aquele que “empurrava até mesmo geladeira para esquimó”. Ou então, que “concorrente bom era concorrente morto”. Se pegássemos esses dois “pensamentos” e os batêssemos no liquidificador, teríamos algo mais ou menos assim: “Todo cliente é burro e nasceu para ser enganado”.
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Foi-se o tempo em que se acreditava que um bom vendedor vendia qualquer coisa para qualquer um. Tal mito, que imperou na cabeça de muita gente durante algumas décadas, acabou distorcendo os valores daquilo que podemos chamar de “real competência de vender”, formando ao longo dos anos um verdadeiro exército de repetidores de scripts e seguidores burocráticos do que se classificou um dia como etapas ou passos da venda, fundamentais para explicar a venda enquanto efeito, não como causa.
absoluto de uma novidade dura até o surgimento do seu primeiro concorrente, muitas vezes parido através do benchmarking cerrado do original. Com tecnologias cada vez mais iguais, sejam elas aplicadas a bens de consumo ou serviços, cada vez fala mais alto a necessidade do profissional de vendas desenvolver as capacidades humanas de envolvimento, comunicação e persuasão, não no sentido de “enrolação”, mas, sim, nas capacidades de apresentar caminhos seguros e de dar a mão ao cliente durante seus primeiros passos no mundo daquilo que vendemos. O mundo “step-by-step” rende-se ao mundo “all you need is love”, em que a compreensão do outro - o cliente - em toda sua complexidade, torna-se o principal diferencial competitivo de empresas e de profissionais. São conceitos que permeiam todas as relações humanas, desde as políticas até as que compõem a liderança corporativa.
“Step-by-step” versus “All you need is love”
Olhos de ver, ouvidos de ouvir
O mundo “step-by-step”, com procedimentos divididos em etapas, cedeu lugar para uma sociedade mais complexa, com consumidores/compradores conscientes dos seus direitos e da realidade chamada concorrência. Tais fatores ampliaram seu senso crítico e, consequentemente, forçaram os profissionais de vendas e de atendimento a se reinventarem também, honrando no mundo dos negócios o princípio da Teoria da Evolução das Espécies de Darwin, onde “sobreviverão não os mais fortes, mas os que se adaptarem mais rápido”.
O principal reflexo dessa necessidade de ouvir está na quantidade de SACs, ouvidorias, ombudsmen e outros canais abertos para a manifestação do cliente, setores que deveriam estourar um champagne a cada nova solicitação pós-venda. Afinal, é melhor que o cliente se manifeste conosco do que com nosso concorrente, certo? A redução desse tipo de canal de comunicação pós-vendas vai acontecer conforme desenvolvermos nossa capacidade de ouvir, de observar e de servir no pré-vendas.
Inovações duram cada vez menos tempo nesse mundo, para desespero ou, numa visão positiva, para o desafio cada vez maior à criatividade de seus autores. O tempo de reinado
A falta de saber ouvir sepultou a carreira de muitos, especialmente aqueles que apostaram todas as fichas apenas na capacidade de falar, entrando na vida do cliente
mais pelo “pé-na-porta” do que pela relevância. A falta de compreensão de que um cliente é muito mais do que um talão de cheques ou um cartão de crédito entrará inevitavelmente em extinção, nessa era em que o acesso à informação é amplo e cada vez mais irrestrito. Quando forçamos a venda, não dando fôlego para o raciocínio do cliente, não corremos o risco de “vender qualquer coisa a qualquer um”, mas de vender alguma coisa para a pessoa errada, apoiando-se mais na fraqueza do que na força do cliente. Nesse caso, o “mérito” da venda estará mais na predisposição excessiva do cliente, que consome para preencher buracos emocionais, do que na capacidade de persuasão positiva de quem vende. Com clientes assim, uma prateleira bem arrumada é tão ou mais competente do que o vendedor. O problema: consumidores com este perfil tendem ao arrependimento, relacionando a compra mais à frustração do que à realização, muitas vezes antes mesmo de chegar em casa.
Persuasão não é enganação
A boa persuasão identifica as necessidades específicas do cliente e apresenta caminhos consistentes para elas. Ela mostra cenários que promovem o encontro da necessidade real com uma solução que pode ir do pertinente ao surpreendente. Soluções que elevam a autoestima do cliente, satisfazem sua inteligência e garantem futuras experiências de consumo.
A melhor venda é sempre ganha-ganha: ganha o cliente, que bate suas metas racionais e emocionais, e ganha quem vende, assegurando-se de que sua comissão ou prêmio está relacionado à felicidade e à realização que sua venda proporcionou a alguém. Eduardo Zugaib é profissional de comunicação, escritor, professor e palestrante motivacional e comportamental www.eduardozugaib.com.br
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Infelizmente, na nossa cultura, o senso comum associa a palavra persuasão à tapeação, enrolação, enganação. Em outras palavras, à malandragem.
O bom vendedor vende a coisa certa para a pessoa certa, e para isso ele deve possuir, mesmo que intuitivamente, uma noção do marketing que norteia seu negócio. Ele precisa saber o que, para quem, a que preço e através de qual canal é possível estabelecer a melhor conexão para efetivar a venda, transformando-a numa conquista para o cliente, seja ela emocional, racional ou ambas. A grande venda possui no seu desdobramento, ou em suas etapas, um processo mais consultivo do que “empurrativo”. Ela não se preocupa em contornar objeções, em desarmar o cliente, mas sim em torná-lo mais seguro, forte e confiante de estar fazendo um bom negócio, um negócio conosco.
Exigências e tendências de um mercado
de trabalho altamente
competitivo
O vocabulário empresarial mudou! Aptidões associadas a competências como visão de futuro, visão global do mercado em que atua e visão estratégica são cada vez mais valorizadas Leila Navarro
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om o advento da globalização, os mercados se abriram de tal forma que passamos a concorrer profissionalmente com pessoas do planeta inteiro e o mundo corporativo ampliou suas exigências em relação ao componente humano. Além da formação acadêmica, o profissional deve dominar pelo menos mais de um idioma, ter habilidade de olhar a vida e as atividades profissionais de maneira abrangente e global e ser high tech (capaz de usar a tecnologia a seu favor) e high touch (capaz de perceber o mundo em todas as suas dimensões). Os quesitos assiduidade e pontualidade, por exemplo, ainda valem pontos, mas diminuíram em grau de importância e deram lugar a novos atributos: flexibilidade, prontidão, disponibilidade, capacidade de improvisação, capacidade de diagnóstico, curiosidade, diálogo, bom relacionamento intrapessoal, interpessoal e transpessoal, capacidade de gerir a própria vida e liderança. Essas são as competências apreciadas pelo mundo corporativo atualmente. Falar no quesito flexibilidade equivale a dizer que os comportamentos rígidos, ideias engessadas, postura passiva e métodos tradicionais estão definitivamente abolidos. Prontidão, na carreira profissional, significa exatamente o que quer dizer a palavra: estar pronto para o que der e vier. Disponibilidade vai além de es-
tar livre para viagens, mas, sim, estar disponível para situações variadas. A capacidade de improvisação é um complemento da prontidão e da disponibilidade. É igualmente importante a capacidade de diagnóstico, que nos dá clareza sobre o que está acontecendo e o que deve ser feito. Curiosidade move o mundo! O diálogo permeia todas as relações humanas, mas não basta saber falar. É importante ouvir, ponderar sobre o que ouviu e responder após uma reflexão isenta de ideias preconcebidas. Não podemos ter a pretensão de levar adiante uma tarefa ou nos relacionarmos bem com os outros se nem sequer conseguimos cuidar da própria vida. Todos somos líderes em potencial, em determinadas circunstâncias. É preciso, porém, saber reconhecer quando podemos – e devemos – assumir a liderança e quando é mais importante sermos liderados. Uma forte tendência para os colaboradores qualificados é que eles passem a desempenhar atividades diferentes das previstas por sua formação acadêmica ou técnica. Isso não significa que tenham de jogar o diploma no lixo, mas que precisam se atualizar, perceber para onde o mundo está indo e se adaptar, mesmo que isso signifique mudar de área ou profissão. Ter no currículo uma só ocupação, exercer a mesma profissão por muito tempo ou fazer carreira longa será, cada
minante para o sucesso pessoal e profissional. Enfim, vale aqui mais uma importante observação. Hoje, mais do que títulos acadêmicos e características pessoais, as empresas buscam pessoas empreendedoras, com capacidade de sonhar e de transformar os seus sonhos em realidade. Porém, para que sejam concretizados, muitas vezes eles exigem de nós um esforço hercúleo, com base na crença e no conhecimento de onde queremos chegar. Isso significa estabelecer uma missão pessoal, identificar e colocar em ação os nossos talentos, competências e aptidões. Por mais concorrido, complexo e exigente que esteja o mercado de trabalho, não existe impossível para quem tem definidos os seus objetivos de vida, um planejamento e se prepara, apaixonadamente, para atingi-los.
Leila Navarro é palestrante motivacional com reconhecimento no Brasil e no exterior. Autora de 13 livros, entre eles “Talento para ser Feliz”, “Talento à prova de crise” e “A vida não precisa ser tão complicada”. Saiba mais no site www. leilanavarro.com.br
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vez mais, coisa do passado. Estamos em plena “era da multifuncionalidade”, conceito difundido pelo sociólogo italiano Domenico de Masi e pelo economista norte-americano Jeremy Rifkin, autor do livro “O fim dos empregos”, defensor da ideia de que o trabalhador pode encontrar outras atividades que, até então, o capitalismo não considerava produtivas. Essa argumentação abre brecha para um novo conceito: o self-employment ou autoemprego, uma atividade em expansão devido aos altos índices de desemprego e a flexibilização das relações de trabalho que tem levado as empresas a contratarem serviços de autônomos ou pessoas jurídicas ao invés de manter empregados, que custam mais caro. O trabalho autônomo tem sido a opção de muitos colaboradores porque as empresas não dão conta de empregar todos os talentos que há no mercado. As relações de trabalho se transformaram e a autonomia é, cada vez mais, o que realmente pode dar segurança ao profissional moderno. Porém, escolher, manter ou investir em uma profissão usando apenas o critério de “o que vai me trazer dinheiro” é um engano recorrente entre muitos profissionais. Pesquisadores do mundo do trabalho enfatizam a importância da paixão para a carreira dos indivíduos. Eles garantem que esse sentimento constitui um fator deter-
Fun Learning
The Surgery At the Cemetery A drunk leaves a bar and decides to take a shortcut through a graveyard. It is raining heavily and very dark. The drunk fails to see an open grave and falls into it. He tries to climb out of it, but it is too deep and the rain has turned the dirt to mud and has made it too slippery to climb. He gives up after a while and decides to spend the night there. A while later, another drunk leaves the same bar and decides to take the same shortcut through the graveyard. He, too, falls into that open grave and tries to climb out but the mud is too slippery. The first drunk is still sitting there and watches as the other drunk tries but fails to get out. The first drunk stands up, taps the second drunk on the shoulder and tells him, You’ll never get out! He did.
A man who had just undergone a very complicated operation kept complaining about a bump on his head and a terrible headache. Since his operation had been an abdominal one, there was no earthly reason why he should be complaining of a headache. Finally his nurse, fearing that the man might be suffering from some post-operative shock, if not a psychopsymatic phase, spoke to the doctor about it. “Don’t worry about a thing.” the doctor told the nurse, looking somewhat amused. “He really does have a bump on his head... About halfway through the operation we ran out of anesthetic.” Vocabulary Help
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Vocabulary Help
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leave (leave, left, left) - sair, partir shortcut - atalho through - através graveyard - cemitério rain - chuva dark - escuro fail - falhar see (see, saw, seen) - ver grave - sepultura, cova fall (fall, fell, fallen) - cair climb out - escalar para sair deep - profunda dirt - terra mud - lama slippery - escorregadio give up - desistir spend (spend, spent, spent) - passar stand up - erguer-se, levantar-se tap - bater levemente shoulder - ombro tell (tell, told, told) - dizer, contar get out - sair
anesthetic - anestesia bump - galo (na cabeça) complain - reclamar halfway through - no meio headache - dor de cabeça nurse - enfermeira ran out of - acabar undergone - submeter-se
The Way Up Always be nice to people on the way up; because you’ll meet the same people on the way down. Wilson Mizner Vocabulary Help
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nice - agradável, gentil way up - subida, progresso social meet (meet, met, met) - encontrar same people - mesmas pessoas way down - decadência
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saúde
OBESIDADE E
INFERTILIDADE Compreenda melhor esta relação que ocorre em mulheres Prof. Dr. Joji Ueno
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ma equipe de pesquisadores americanos ligada ao Brigham and Women’s Hospital e ao Harvard Medical School - desenvolveu um estudo para estabelecer a ligação entre infertilidade e obesidade. Os cientistas examinaram a qualidade dos óvulos e embriões de mulheres com diferentes categorias de IMC. Comparadas às mulheres com IMC normal, aquelas com sobrepeso e obesidade apresentaram redução significativa do pico dos níveis de estradiol, menos oócitos e um número menor de embriões, a cada ciclo. As participantes do estudo que apresentavam Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) associada à obesidade mórbida tiveram menores taxas de nascidos vivos e uma incidência 29% maior de óocitos imaturos, em comparação com aquelas com IMC normal. Já sabemos que o peso corporal saudável é uma vantagem importante em todos os aspectos da saúde, incluindo a saúde reprodutiva. O IMC pode afetar os resultados de uma FIV, pois interfere na qualidade do óvulo formado. Com mais estudos e informações nesta área, poderemos proporcionar um tratamento melhor aos nossos pacientes, cuja luta contra a infertilidade inclui também, hoje, em muitos casos, uma luta contra o sobrepeso e a obesidade.
Resultados abaixo do esperado Outro estudo, realizado pela Society for Assisted Reproductive Technology, buscou avaliar o efeito do aumento da obesidade feminina na resposta e nos resultados dos tratamentos envolvendo as técnicas de reprodução humana assistida. Para tanto, os pesquisadores analisaram dados de 158.385 ciclos de reprodução humana assistida, realizados entre 2007-2008. Em comparação com as mulheres com peso normal, as
mulheres com sobrepeso e obesas apresentaram mais chances de cancelamento e anulação do ciclo - apesar de doses mais elevadas de hormônios estimulantes - devido à baixa resposta de seu organismo ao tratamento. As probabilidades de falha do tratamento (ausência de gravidez) e de falha da gravidez (perda fetal ou óbito fetal) também aumentaram significativamente com o aumento do IMC: de 1,04 a 1,12% para mulheres com sobrepeso e de 1,50 a 2,23 % para mulheres com IMC ≥ 50,0, respectivamente. Os resultados do estudo indicam probabilidades significativamente maiores de cancelamento do ciclo e falhas no tratamento e na gravidez com o aumento da obesidade. Estes efeitos são maiores entre as mulheres obesas, mas também são significativamente mais elevados, mesmo entre as que apresentam sobrepeso.
Peso x fertilidade O peso acima do ideal interfere também no ciclo hormonal da mulher e é um fator prejudicial à fertilidade. Se uma mulher tem gordura corporal em excesso, seu corpo também produz uma maior quantidade de estrógeno e começa a reagir como se estivesse controlando a reprodução, limitando as chances de gravidez. Isso vale também para os homens. O excesso de peso altera as taxas de dois hormônios importantes, reduz o nível de testosterona e aumenta o de estradiol, o que compromete a produção de esperma. Além de a obesidade prejudicar o ciclo hormonal masculino, estudos apontam que aqueles com sobrepeso têm maior índice de fragmentação do DNA do espermatozóide, o que pode gerar falha na fertilização. Muitas mulheres enfrentam dificuldades para engravidar relacionadas aos problemas
desencadeados pela obesidade, como o diabetes e a Síndrome dos Ovários Policísticos, que é outro exemplo de disfunção hormonal. A mulher que apresenta ovários policísticos produz uma quantidade maior de hormônios masculinos, os andrógenos. O principal problema que este desequilíbrio hormonal provoca está relacionado com a ovulação. A testosterona produzida pela mulher interfere nesse mecanismo e, ao mesmo tempo, aumenta a possibilidade da incidência de cistos, porque eles resultam de um defeito na ação dos hormônios do ovário, impedindo a ovulação. A recomendação geral para uma paciente obesa que deseja engravidar é a de que ela precisa, primeiro, tentar emagrecer. Às vezes, somente através da perda de peso, as dificuldades para engravidar podem ser revertidas, porque a obesidade gera uma resistência do organismo à insulina e essa resistência leva ao aumento da produção de andrógenos, os hormônios masculinos.
O outro lado Mulheres magras demais também podem apresentar dificuldades para engravidar. À medida que emagrecem, diminui a quantidade de gordura em seu organismo. Um índice de gordura corporal menor do que 17 inibe a produção de estrógeno e de outros hormônios, o que impede a formação e a liberação de óvulos. O peso muito baixo geralmente também está associado a outros problemas que podem afetar a fertilidade, como o hipertireoidismo. Além disso, o endométrio, membrana que reveste o útero, fica menos propenso à gravidez.
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Prof. Dr. Joji Ueno é ginecologista, diretor da Clínica Gera e do Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo. @jojiueno www.clinicagera.com.br
MBA OU MESTRADO:
O QUE É MELHOR PARA
A SUA CARREIRA? Jovens saem da graduação sem saber que o próximo passo de sua formação pode aumentar seu salário em até 50% Ana Krepp
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inda enquanto cursava a graduação, você já ouvia pelos corredores da universidade termos um tanto estranhos como mestrado e MBA. Um termo pouco mais conhecido, a pós-graduação, foi mais fácil de deduzir o que era: uma extensão da sua vida universitária, uma continuação do que você estava estudando, uma etapa após. Pois então, os outros dois querem dizer a mesma coisa. Mas, o que será que é fazer MBA? Qual a diferença de pós-graduação, mestrado e MBA? Para a sua carreira, qual desses será o mais indicado? Fato é que para conseguir um lugar de destaque na empresa em que trabalha ou na área profissional em que atua, o graduado em qualquer curso precisa se manter atualizado. Isso é possível por meio de cursos de especialização. Seja ele Lato ou Stricto sensu. O Lato sensu abrange uma área maior de estudo e uma carga horário total mais reduzida que o Stricto sensu, que além de ter mais horas, também foca mais no assunto estudado, por isso é “estrito”. Ao se decidir por um tipo de pós, o profissional precisa basear sua escolha em um planejamento de carreira, com atenção às suas preferências e habilidades, e não somente por exigência de mercado, afinal, será no mínimo um ano em que precisará estudar um tema exaustivamente e é só o começo, já que a ideia da especialização é se preparar pra uma nova investida na carreira. Pense bem, você escolhe pra onde vai, mas depois não sabe quando terá novamente a chance de mudar de área. Eberson Luiz Federezzi, diretor da empresa de recursos humanos Gnetwork, dá força para que seus funcionários e clientes façam algum tipo de pós. “Independente da pós escolhida – se é mestrado ou MBA – com certeza ela fará
muita diferença no currículo do candidato. Pesquisas indicam que um ano de pós-graduação aumenta em média 50% do salário dos profissionais”. Uma primeira diferenciação entre MBA (Master Business Administration) e mestrado é que o primeiro, apesar de conceder título de mestre em muitos países, não concede esse título no Brasil. Com isso, já se pode excluir a possibilidade de cursar MBA se a sua carreira pedir uma nomenclatura como essa, por exemplo. Cursos de aperfeiçoamento ou extensão são a primeira das duas modalidades da pós. Já o mestrado profissionalizante faz parte do segundo dos dois seguimentos desse conceito. Mestrado pode ser acadêmico ou profissional, e confere título de mestre após a conclusão das disciplinas, da elaboração de uma dissertação e sua defesa perante uma banca de professores. A carga horária é maior e, ao contrário da simples extensão, é considerado Stricto sensu. Ao longo da graduação, geralmente, as universidades oferecem a iniciação científica como incentivo para que mais jovens se interessem por seguir nos rumos da pesquisa. Para Fernando Cavalcante, a escolha pelo mestrado aconteceu justo quando fazia iniciação científica, onde teve bastante acesso a materiais que seriam a continuidade da sua pesquisa em Química. Assim como Fernando, o estudante poderá ter a chance de conhecer a rotina de um pesquisador de mestrado enquanto ainda está em tempo de decidir o que fazer assim que se graduar. “A Definição sobre qual curso fazer vai depender do objetivo de capacitação, desenvolvimento e foco de atuação desejada pelo profissional. Geralmente a procura por um mestrado é feita por aqueles que desejam atuar na área acadêmica e é um requisito básico como
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? faculdade porque comecei a especialização pouco tempo depois de ter me formado, não sabia nada sobre a carreira que queria seguir. Mas já sabia que minha formação era muito técnica e que eu queria aprender mais sobre administração”. Mariana ainda apontou como fator para ter deixado pra depois o MBA os altos valores cobrados. Segundo ela, a pós-graduação em administração é substancialmente mais barata que o curso de MBA em administração. Em termos práticos, a divisão de tempo para fazer uma pós é a seguinte: o MBA pode ser apenas aos finais de semana, ou durante as noites em um ritmo lento para permitir que o aluno trabalhe durante o dia em sua empresa sem atrapalhar, pode acontecer de durar dois anos se for uma disciplina a cada quinze dias, com carga horária mínima de 360 horas. O mestrado, considerando os alunos com dedicação exclusiva, impõe um ritmo mais pesado, com aula todos os dias da semana. A duração é de dois anos, com carga horária que pode chegar a mil horas. Existe um meio termo entre MBA e mestrado, que é o chamado mestrado profissional. É um pouco menos teórico do que o mestrado tradicional, e vem num movimento em direção a tornar o mestrado menos acadêmico e um pouco mais pratico. O porém nesse caso é que, segundo José Carlos Franco de Abreu Filho, Coordenador do MBA de gestão em saúde da FGV, o processo seletivo desse curso costuma ser bastante disputado, com 10 pra 1 na relação candidato/vaga. Em todos os casos, conversar com professores da graduação pela qual você passou, pesquisar na internet por sites indicados e visitar pessoalmente os laboratórios das instituições que oferecem um ou outro tipo de pós são boas maneiras de você acertar na escolha antes de bater o martelo do saber.
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formação mínima para dar aula na grande maioria das instituições de ensino superior. É um curso que dura cerca de dois anos e o aluno irá focar seus estudos em um determinado tema”, pontua Jaqueline Silveira Mascarenhas, chefe de Gestão e Assessoria de Carreiras do Ibmec de Belo Horizonte. Mas esse tipo de curso vem ganhando novos alunos e passa a servir não apenas para aqueles que pensam em lecionar. “Já é possível observar que os profissionais que atuam em empresas como executivo também tem buscado o mestrado como forma de aprofundar determinados temas na área que atuam ou desejam atuar”, completa Jaqueline. O MBA, por ser um curso de formação de executivos nas diversas disciplinas da administração, como marketing, finanças, RH e contabilidade é escolhido, na maior parte das vezes, por aqueles profissionais formados apenas nessas áreas. A maior procura é por parte de executivos que já atuam no mercado por ser rápido, prático e aplicado à realidade das empresas. Para fazer o MBA é necessária a experiência mínima de três anos no mercado de trabalho, o que torna possível o maior aproveitamento do curso, contemplando o objetivo que é preparar ainda mais para o mercado de trabalho. “Se o profissional não tiver nenhuma experiência, a troca de conhecimento do ambiente profissional para o acadêmico e vice-versa fica mais “fraco”. É preciso experiência para que a prática profissional seja otimizada”, contextualiza Federezzi. Algumas pessoas optam por não cursar MBA assim que saem da graduação não só pelo fato de não terem o tempo mínimo exigido, mas também porque ainda estão indecisas sobre o futuro que querem seguir, como aconteceu com Mariana Grottera, formada em engenharia de produção pela Poli. “Não fiz o MBA direto quando saí da
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no alvo
Dança das cadeiras O Yahoo! Brasil anuncia a contratação de dois executivos: Ana Moises, que anteriormente atuou como gerente de vendas e publicidade para a Microsoft durante 10 anos, onde recebeu vários prêmios por seu desempenho para liderar as atividades de vendas e o relacionamento com anunciantes, e Renato Pelissaro, que passa a integrar a equipe com foco na criação de oportunidades para alavancar o crescimento, formar parcerias, planejamento estratégico e inteligência de mercado em um dos mercados de internet que mais cresce no mundo. A Sony Brasil nomeou Carlos Paschoal como o novo gerente-geral da área de Marketing e Comunicação da empresa no País. Paschoal, que já era o executivo responsável pela área de Digital Image, passou a agregar suas novas funções, a partir de 1º de abril, sendo também o responsável pelas áreas de Customer Insight e Internet da Sony Brasil. O executivo é graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e possui mestrado em Finanças Corporativas pela mesma instituição. A Y&R anuncia a contratação de Gustavo Gaion, considerado um dos grandes talentos da nova geração de profissionais de Mídia, para comandar a recémcriada vice-presidência de Mídia. Com mais de 18 anos de experiência no mercado publicitário, o executivo assumiu o novo cargo em abril com a missão de fortalecer ainda mais a performance da área. A Softtek, fornecedora global de soluções de Tecnologia da Informação e de Processos de Negócio, anunciou a nomeação de Salomão Tadeu Ascar para o cargo de diretor comercial para Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Ceará e Rio Grande do Sul. Entre os principais objetivos do executivo estão a reestruturação da área de negócios, buscando unificar os processos e alavancar as principais ofertas da empresa no Brasil, de suporte e manutenção e Business Intelligence, para além de São Paulo, além de reforçar o atendimento personalizado e a proximidade com o cliente.
De lá pra cá nas funções 59
De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Towers Watson em 2010, com 133 empresas brasileiras, o job rotation é a terceira prática mais utilizada pelas organizações em ações de treinamento e desenvolvimento de colaboradores. Job vem do inglês, que significa trabalho, e rotation significa rotação. Simplificando, o job rotation é um rodízio no qual um colaborador é escolhido para atuar em diferentes áreas da empresa por períodos determinados. O estudo revela que o job rotation é adotado em 52% das corporações entrevistadas, perdendo apenas para o coaching, que é utilizado por 88% das companhias, e para o intercâmbio em outros países, utilizado por 62% das empresas. A prática é utilizada com profissionais de diferentes perfis com o objetivo de identificar talentos dentro da própria empresa.
Plante agora para colher na
aposentadoria Divulgados os dados do Censo 2010: dos quase dois milhões de cidadãos brasileiros, 43,1% têm idade superior a 25 anos. A população brasileira vem envelhecendo devido, principalmente, à qualidade de vida do país e ao maior controle de natalidade. Com esses dados o governo pode começar a se preocupar de fato com a reforma da previdência,
que vem sendo discutida há anos. Os números só vêm confirmar a tendência de que no Brasil, dentro de poucos anos, terão mais aposentados do que a previdência, hoje, consegue atender. O conselho dos economistas é que as pessoas que têm condições de fazer um plano de previdência privada façam o quanto antes, para que as parcelas mensais não pesem tanto no orçamento de quem faz em cima da hora.
Impostômetro vai registrar recorde de arrecadação em 2011 No dia 4 de maio, o Impostômetro, instalado bem à vista dos paulistanos, na região central de São Paulo, atingiu R$ 500 bilhões em arrecadação de tributos pelo governo federal. Em 2011, a marca foi atingida 21 dias antes em comparação ao ano de 2010. Mais distante ainda se comparado aos anos de 2008 e 2009, quando o índice foi atingido somente no final de junho.
Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT, João Eloi Olenike, nesta quarta-feira cada brasileiro já pagou R$ 2.500,00 em impostos. “A previsão é de que até o fim do ano o valor seja de aproximadamente R$ 7.500,00”, avisa. Para esse ano é esperado o recorde de R$ 1,4 trilhão de arrecadação. Os índices diários podem ser acompanhados pelo site www.impostometro.com.br.
Executivos preveem crescimento no setor de
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tecnologia Os principais executivos de referência no setor em todo o mundo têm se mostrado otimistas sobre as perspectivas do setor de tecnologia global para os próximos 12 meses. Este otimismo tem como fonte a mais recente pesquisa anual de tecnologia de confiança de mercado desenvolvida pela EUROCOM WORLDWIDE. Entre os países que foram considerados para a mostra inclui-se o Brasil, e constatou-se que 61% dos entrevistados estão mais confiantes sobre as
perspectivas para o setor tecnológico, se comparado com os resultados apresentados na mesma consulta desenvolvida no ano anterior. Um acentuado otimismo é demonstrado por dois terços dos empresários também em relação à recuperação da economia após a recessão dos últimos anos. 58% dos consultados acreditam que seu país está prestes a sair da recessão. Porém, ainda há um percentual de 37% que mostra ceticismo de que seu próprio país consiga sair da recessão.
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vitrine de sucessos
O poder do networking
A Bíblia da Inovação
Como contatos podem alavancar sua carreira Ao receber um exemplar de Como fazer amigos e influenciar pessoas, o clássico livro de negócios de Dale Carnegie, Tommy Spaulding percebeu que tinha talento para gestão de pessoas e administração. O autor foi o mais jovem CEO da Up With People, entidade que tem por objetivo o intercâmbio cultural e o empreendedorismo juvenil. Tendo em mente as teorias de Carnegie, Spaulding sempre acreditou que o sucesso na vida e nos negócios é fortemente determinado pelos relacionamentos. Neste poderoso livro Spaulding eleva a filosofia clássica de Dale Carnegie para um nível mais alto e propõe a criação de relações duradouras, que vão muito além de meros contatos superficiais, mostrando que a dedicação aos outros traz muitos benefícios.
Os autores Philip Kotler e Fernando Trías De Bes desenvolvem, nesta obra, um caminho inédito de gestão, o chamado A-F. Por meio dele explicam como selecionar e colocar em prática as ideias que geram resultados, trazendo-as para o mercado em tempo recorde. Para que o sucesso seja alcançado, é preciso reinventar um novo modo de gerenciar a inovação dentro das empresas, que seja prático e eficiente, a fim de originar novos mercados e oferecer uma contribuição sem igual para as corporações. É nessa linha que a obra de Kotler e De Bes aborda este tema tão importante ao âmbito profissional. Prático e direto, o livro torna-se ferramenta imprescindível para os profissionais de todos os níveis de gestão de uma empresa.
Tommy Spaulding Prumo Informação R$ 45,90
Philip Kotler e Fernando Trías De Bes Lua de Papel R$ 59,90
Consiga um aumento e seja promovido com rapidez Este livro tem um único objetivo: ajudar você a se tornar o mais bemsucedido possível no seu campo de atuação. Ele se baseia no princípio de que você é o único responsável por sua carreira e seu futuro e não pode ficar esperando que coisas boas lhe aconteçam. É você quem deve criar as circunstâncias, em vez de simplesmente se submeter a elas. Empresário e palestrante com vasta experiência em aprimoramento profissional, Brian Tracy revela as estratégias usadas pelos profissionais mais bem pagos para maximizar suas qualidades, se destacar, ganhar mais e se tornarem indispensáveis para a sua empresa. Ele apresenta os 21 princípios fundamentais para você se sobressair em cada aspecto do seu dia a dia no trabalho. Brian Tracy Sextante R$ 19,90
Imagens para fins meramente ilustrativos. Os preços podem sofrer ajuste sem aviso prévio. À venda enquanto durar o estoque.
Você é indispensável? Você é indispensável? mostra que nenhum profissional é insubstituível, por mais competente e responsável que seja. Seth Godin escreveu um livro para todos nós - sobre nossas escolhas e nosso futuro - que buscamos uma resposta diferente para cada problema no trabalho; uma solução até então não encontrada por ninguém. O autor classifica essas pessoas como “elementos-chave” e, de maneira clara e simples, nos faz acreditar que, embora a resposta à pergunta que dá nome a esta obra seja “não”, podemos nos aproximar o máximo possível disto: nos tornarmos indispensáveis. Seth Godin Agir R$ 44,90
AOS POTENCIAIS
ESCRITORES Moracy das Dores
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evo iniciar este artigo informando que eu nunca havia pensado em escrever um livro, apesar de sempre ter sido um amante da leitura e um admirador de escritores... Aqui estou na sua presença, mesmo após ter afirmado o que acima afirmei, escrevendo algo para tentar motivar potenciais escritores a tirar seus projetos da gaveta. Ou, melhor, para tentar motivá-los a materializar seus sonhos. Lembro uma frase que muito me marcou e muito vem me marcando, dita pelo personagem interpretado por Robin Williams no filme “Amor além da vida”: “Muitas vezes perder, implica ganhar”. Assim inicio, porque o livro que escrevi nasceu de uma situação similar, quando meu carro quebrou na noite de Natal do ano passado e eu perdi minha viagem de réveillon. Era uma 6ª feira e, após duras penas, eu consegui um guincho e levei meu carro para casa, posto que só poderia pensar em uma oficina no próximo dia útil. Passei esta primeira noite pensando em passar estes dias de ócio assistindo a filmes e colocando minha leitura em dia, porque todos os meus amigos e parentes estavam fora de São Paulo. Mas, 24 horas após, me veio um pensamento ‘senta e escreve’... Pensei, em seguida, escrever o quê? Lembrei, porém, que havia um tema que muito me atraía - Negociação - até porque eu já vinha apresentando um curso de Negociação há mais de 18 anos. Aí, logo em seguida, veio à minha mente: “Faça um livro sobre autoajuda, baseada em negociação”... Pensei: por que não? Começou a ficar claro que as pessoas precisavam negociar com TODOS, o que já me era óbvio, mas elas precisavam, também, negociar com os seres que mais amam (cônjuge, pais, filhos, irmãos) e com aqueles outros de convívio
Moracy das Dores Mercadólogo, autodidata, reconhecido pelo MEC, especialista em Marketing, Comunicação e Vendas. Conferencista, desde 1976 criou e apresentou inúmeros cursos, palestras e seminários. Atual responsável pela empresa M I B – Inteligência da Informação (moracy@tradecall.com.br).
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obrigatório (vizinhos, gerentes de banco, colegas de trabalho, clube ou escola). Pesquisei templates do Word para manuscritos de livros e encontrei diversos, além de uma excelente orientação sobre o que as editoras gostam e sobre o que não gostam quando analisam um manuscrito. Escolhi o meu template do Word e o salvei como “Livro do Moracy”. Fiquei olhando, como um alien, para a página virtual toda em branco, tentando descobrir por onde começar... Pensei: vou começar pelo título! Devo ter levado mais de meia hora pensando nas inúmeras alternativas que se apresentaram em minha mente. Nada me agradava... Pensei: se nem o título eu consigo criar, como escrever um livro inteiro? Fui sentar no sofá, abatido, liguei a televisão porque minha esposa já havia se deitado para dormir, relaxei naturalmente e o título: “Para sua vida melhorar, basta saber negociar”, me atingiu. Voltei animadíssimo para o meu notebook e tudo começou a fluir. Vinham muito mais ideias e textos do que eu conseguia digitar ou anotar. Tudo aconteceu sem planejamento, era uma situação que sempre ensinei ao contrário, porque advogava e advogo que tudo pode e deve ser planejado! As ideias brotavam na mesa de trabalho, no chuveiro ou na cama/sofá. No decorrer de cada capítulo já me vinha o próximo. Pensei: isso é uma magia! O trabalho pra valer veio depois, pela necessidade de fazer todas as revisões (ortográfica, de psicologia etc.). Depois submeti o manuscrito à análise e críticas das pessoas que considero competentes e cultas. Busquei as alternativas mais interessantes para a publicação do livro e comecei a criar as bases de um site que são parte integrante do conteúdo deste livro, porque este site aproximará e integrará os leitores que se encantaram com os temas abordados e desejam ‘melhorar-se’. Preciso pontuar, também, na tentativa de incentivo aos potenciais escritores, o prazer além do prazer que tive quando recebi os exemplares do livro editado e impresso.
Sua pergunta...
sobre decisão profissional “Tenho uma beleza que chama atenção e sempre que sou contratada não sei se é por competência ou se é pela beleza. Às vezes também acontece o contrário, quando acho que fui bem na seleção, mas não sou contratada, fico pensando se não foi porque a selecionadora ficou com o pé atrás quanto à minha beleza. Como faço para ter certeza de que estou sendo tratada profissionalmente e não exaltada ou ignorada por conta da minha aparência física? Que atitudes posso tomar para deixar claro que não sou só bonita e nem estou tentando conquistar ninguém com minha beleza?“ Lia Colella, arquiteta, 24 anos.
...GaudEncio responde
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Sua pergunta é: “Como faço para ter certeza de que estou sendo tratada profissionalmente e não exaltada ou ignorada por conta da minha aparência física?”. Para respondê-la preciso explicar o que é ego idealizado. É uma imagem que criamos a partir da infância, de como devemos ser. Quando não conseguimos atingir essa meta, nos sentimos inferiorizados. Por isso, quando alguém me pergunta: “Por que quando os outros me acham bonita eu não acredito?”, eu respondo: “É porque você não é tão bonita quanto se cobra ser”. Você me ensinou uma coisa. Alguém que seja tão bonita que nem seu ego idealizado consegue negar o fato, infelizmente não resolve o problema.
Começa a ter a dúvida que você tem. Com isso consegue até jogar a beleza contra si. Isto é frequente no meio artístico. A atriz bonita quer ser conhecida como intérprete competente. Sempre quis saber como se comportaria o ego idealizado dela se tivesse sucesso. Li uma entrevista em que uma atriz disse que a frase mais elogiosa que ouviu foi: “Ela é, além de tudo, bonita”. Fiquei curioso em saber se ela é feliz ou se o ego idealizado cobra algo mais. Em resumo, acho que você deve viver objetivamente situações em que é exaltada ou ignorada por conta de sua aparência física: mas o maior problema (e felizmente é o que pode ser resolvido por você) está na forma como você se julga.
Paulo Gaudencio é psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo (USP). Dedica-se há mais de 40 anos à psicoterapia de grupo e à pesquisa científica.
Você também procura respostas? pergunteaogaudencio@revistasermais.com.br
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expressão
Ganhei um iPad Reinaldo Polito
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E
mbora eu seja um curioso sobre tudo o que envolve o mundo da tecnologia, demoro um pouco para entrar nas novidades. Demoro, mas entro. Até pela necessidade profissional. Exceto com as máquinas calculadoras. Com elas sempre cheguei na frente. No começo dos anos 1970 (lá se vão cerca de 40 anos) fui quase um pioneiro no uso das calculadoras. Um piloto de avião me vendeu uma máquina Sharp que cabia no bolso da camisa. Ninguém tinha nada parecido. Garotão ainda, uma das minhas funções era visitar gerentes e diretores financeiros de empresas para explicar o custo de empréstimos em moeda estrangeira. Quando eu sacava a maquininha do bolso, parecia que aqueles profissionais estavam vendo um fantasma. Chamavam os colegas de todos os departamentos para ver a calculadora funcionando. O mais engraçado da história é que eu fazia os cálculos na máquina e quase todos repetiam as operações à mão para ver se os resultados estavam certos. Um deles me confidenciou tempos depois que chegou a me convidar para ir à empresa sob o pretexto de analisar as operações financeiras só para ver a calculadora funcionando. Realmente era uma novidade que chegava a assustar. Depois chegaram as calculadoras financeiras. Fui acompanhando toda a evolução. Comprei uma HP 22, assim que saiu em 1975, de cor bege. Tenho essa preciosidade até hoje. Em 1978 houve uma revolução com a HP 38E/C. Lembro-me de que fui para praia num final de semana prolongado e voltei sabendo mexer em todas as operações. Em 1979 veio a sofisticação da HP 41C e em seguida a 41CV. Dava para fazer programas com uns cartõezinhos. Também tenho tudo guardado. Finalmente apareceu a HP 12C. É essa que uso até
hoje. Nunca encontrei máquina melhor. Com os computadores fui mais lento. Primeiro os filhos descobriam todos os segredos, depois me iniciavam. Nunca vi muita necessidade em trocar de computador com frequência. Para o que preciso os mais velhinhos dão conta do recado. Pergunto para a garotada: por que devo correr atrás dessa sofisticação se não uso nem 10% desses recursos? Sei que no fundo sou um imigrante tecnológico naturalmente resistente às novidades. Depois que compro acabo gostando e não me conformando porque não procurei aquele aparelho antes. Dessa vez cheguei na frente. Os filhos fizeram uma vaquinha e me deram um iPad. Do melhor. 3G e tudo que existe de mais avançado. Achei que nunca iria me acostumar com tanta tecnologia. Em pouco tempo já estava andando com a geringonça para cima e para baixo, escrevendo textos, enviando e recebendo e-mails, arquivando fotos, usando agenda, despertador, baixando jornais, revistas, livros. Passou a ser meu companheiro de todas as horas em todos os lugares. Nas constantes viagens que faço para ministrar cursos e proferir palestras ele está sempre do meu lado. Facilitou minha vida. Não sou escravo de aparelhos, nem viciado no uso. Por isso é um excelente recurso. Você já deve ter adivinhado que estou me perguntando desde o início: por que não fizeram essa maravilha antes? Esses últimos artigos escrevi nesse tablet. E você, como tem se virado no mundo digital? Reinaldo Polito é mestre em Ciências da Comunicação, palestrante, professor de expressão verbal e autor consagrado. www.polito.com.br
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