1
2
3
índice
Expediente A revista Ser Mais é uma publicação mensal. Ano 4 | Nº 27 Diretor Editorial: Mauricio Sita Diretora Executiva: Julyana Rosa Diretora de Operações: Alessandra Ksenhuck Redatora: Karina Cedeño Revisora: Karina Cedeño Projeto Gráfico: Danilo Scarpa (www.daniloscarpa.com) Diretor de Arte: Henrique Melo Relacionamento com o cliente: Claudia Lima Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968 assinaturas@revistasermais.com.br Cartas para a redação: Av. Rangel Pestana, 1.105 – 3º andar. São Paulo - CEP 03001-000 redacao@revistasermais.com.br http://twitter.com/revistasermais Skype: revistasermais Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e email. A Ser Mais reserva-se o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas. O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax, telefone ou e-mail); e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque. Central do Anunciante: publicidade@revistasermais.com.br [11] 2691-6706 Representante Comercial – Região Sul: Beth Meger Rua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509 Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898 Ser Mais é a revista oficial da Associação Brasileira de Desenvolvimento Comportamental (ABDCOM). Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A Cadastre-se no site www.revistasermais.com.br para receber nossa newsletter. Impressão e Acabamento: Vox
06 08 10 16 22 26 28 40 43 44
“Caro Leitor” Resgatando o respeito à sua tribo teste - Você sabe gerenciar sua carreira? Up to date Cidadão 21 Moda, beleza e estilo Coaching - André Percia +otimista - Não precisamos provar nada a ninguém MANUAL DO SUCESSO Inovação – A lâmpada mágica da inovação
46 48 50 52 54 56 58 60 64 66
Comportamento – Gestão de pessoas: o que não fazer (parte II) Gestão – Gestão e absenteísmo Vendas – Por que é tão importante um ‘BOM’ curso de vendas? Liderança – Geração Y em cargos de liderança Fun Learning Psicologia Budista Tibetana No alvo +vitrine Gaudencio responde +Expressão – Pilotos de HP
4
Especialistas nesta edição Adriano Cesar
André Percia
Cíntia Bortotto
Daniel Bizon
Marcelo de Elias
Ômar Souki
Paulo Gaudencio
Reinaldo Polito
Inácia Soares
João Alexandre Borba
Jonas Pires
Saturnino de La Torre
Wagner Galletti Valença
Werner Kugelmeier
12 24 29 14
62
www.revistasermais.com.br
12
18
Lideranรงa para empreendedores A primeira entrevista a gente nunca esquece
Biotecnologia e nanotecnologia
24
Inspire a cura
29
CAPA A criatividade como energia
36
Jogo Rรกpido Cauby Peixoto
62
Perfis temporais
5
14
O poder do boca a boca
20
Caro leitor, O ano agora começou para valer, acredito que todos devam estar empenhados em realizar-se pessoal e profissionalmente. Depois de festas, folias e muito descanso, é hora da vida seguir seu rumo e de você fazer o possível e até o impossível para alcançar o sucesso. Afinal, para que continuar a andar pelos mesmos caminhos? As grandes personalidades, tanto do meio artístico como empresarial, destacaram-se por serem autênticas. Ou ainda irá creditar à sorte o desempenho delas? Não se pode deixar ao sabor dos ventos o próprio destino e esta edição da Ser Mais trata exatamente disso. Para ilustrar o que digo, há uma entrevista exclusiva com Cauby Peixoto à época da comemoração dos seus 60 anos de carreira na música. Além de talentoso e carismático, o cantor precisou, e muito, suar a camisa para ser reconhecido. Conheça sua história e se motive para lutar. Outra novidade nesta revista é o teste “Você sabe gerenciar sua carreira?”, realizado pelo consultor Werner Kugelmeier, que analisa a fundo o seu potencial produtivo. É uma ótima oportunidade para o autoconhecimento e ainda para colocar a carreira nos eixos. Também foram preparadas matérias de assuntos bastante interessantes, explicam como a nanotecnologia irá influenciar na vida de nós, seres humanos, em alguns anos, trazem os benefícios da aromaterapia como medicina alternativa, e no texto que encabeça a capa deste mês, Saturnino de La Torre propõe o uso da criatividade como energia para os negócios. Estes são apenas alguns dos materiais à sua disposição, espero verdadeiramente que sejam úteis a você e ao seu desenvolvimento.
6
Julyana Rosa Diretora Executiva Editora Ser Mais
7
RESGATANDO O RESPEITO
À SUA TRIBO João Alexandre Borba
A
8
pós uns bons anos trabalhando com Constelação Familiar pude constatar fielmente o que Bert Heliinger (criador da técnica) afirma em sua teoria sobre Constelações. O respeito à tribo do cliente é fundamental. Aqui cito o termo tribo com o mesmo sentido de família. Utilizo-o por trazer uma ideia mais diferenciada dos integrantes. Em uma tribo temos o guerreiro, o curador, o visionário, o aprendiz, o sábio, entre outros. Cada um com seu papel. Sem aquele sujeito, a tribo perde sua força. Basta que você imagine uma tribo em que o guerreiro seja excluído. Provavelmente, algum outro membro tomaria o seu lugar. Imagine o caos que geraria no sistema caso o curandeiro resolvesse ocupar o lugar que antes era do guerreiro. O sistema da tribo entraria em curto-circuito, ou seja, todos sofrem quando alguém é excluído. Em nosso trabalho, muitas vezes temos que trazer o cliente de volta para sua tribo, iniciando um pro-
cesso profundo de harmonização entre tribos: a atual e a original ou nuclear. Ano passado, tive um caso de uma atleta de vôlei que sempre tivera um péssimo rendimento nas finais do campeonato. Melissa (nome fictício) jogava bem o campeonato inteiro, porém, ao chegar às finais, parecia que sem mais nem menos, tudo desandava. Seu rendimento caía, ficava resfriada, surgiam enxaquecas, alergias; enfim, somatizava mil e um sintomas. Realizamos diversos trabalhos e seu rendimento raramente evoluía. Nossos avanços no coaching eram muito pequenos e inconstantes, entretanto, em uma de nossas sess��������� ões������ , percebi que ela não tinha um lugar definido pelos seus pais em sua tribo. Filha de pais médicos, ambos tinham como sonho verem sua filha também médica. Se, por um lado, os pais não apoiavam Melissa em sua carreira esportiva, a atleta, em contrapartida, tinha um profundo rancor pelos médicos e pela própria medicina. Sua tribo original era
de médicos, não de atletas. Seus pais deixavam sempre isso muito claro. Precisávamos criar esta ponte que conectaria ambas as tribos. Melissa precisava resgatar a força de pertencer. Sugeri que criássemos como tarefa um novo objetivo: resgatar o respeito pela sua tribo original, de onde viria o pertencimento. Era este o resgate que Melissa precisava ter para se reerguer nas quadras. Iria visitar seus pais no hospital e não entraria em atritos emocionais com eles. Simplesmente, buscaria ter um dia agradável com eles, aceitando-os como são. Dito e quase feito. No dia seguinte, Melissa foi ao hospital e várias lembranças surgiram ao entrar pela porta principal. Lembrou-se de momentos em que sua mãe cuidara dela quando criança, de brincar pelos corredores do hospital, de ouvir histórias que algumas enfermeiras contavam, lembrou-se de se enrolar nas gazes imitando múmia para seu pai e de brincar de bola com algumas crianças em uma área aberta. Como tarefa, pedi à atleta que olhasse sua mãe com muito amor e pensasse: “Mãe, você é muito forte. Você é grande e maior. Eu sou sua filha querida. Eu fiz escolhas diferentes das suas. Peço que você abençoe minhas escolhas e meus caminhos, mesmo que diferentes dos seus”. Melissa disse estas frases olhando para a placa com o nome da mãe fixada na porta de sua sala. Depois, fez o mesmo com o pai. Neste momento, sentiu um amor profundo pela mãe, pelo pai, pelo hospital e por todo aquele mundo que tanto havia lhe dado. Voltou para casa sem encontrá-los.
Disse estar com uma forte dor de cabeça como desculpa. De alguma maneira, dentro da atleta, agora ela pertencia aquele mundo. Passou o resto do dia pensando e à noite, enquanto assistia algo na televisão, a campainha tocou e eram seus pais, trazendo sopa e alguns “discursos” que ela já conhecia de cor e salteado. Iniciaram dizendo que ela vivia assim, sempre exausta e estressada porque exigia demais do seu corpo. Melissa, que antes explodiria ou agiria como se estivesse entrando em um campo de batalha, olhou para eles sorrindo e disse: “Eu posso, eu tenho dois doutores particulares que cuidam muito bem de mim”. Seus pais sorriram e Melissa saboreou sua sopa. Um mês depois, Melissa estava melhor nas quadras. Ela agora tinha “permissão” para pertencer ao vôlei, pois sentia-se pertencendo a algo maior, seus pais. Não era uma permissão escrita, declarada, mas uma permissão invisível, fixada na alma. Hoje, posso afirmar, não existe sentimento mais gratificante do que achar seu lugar em sua tribo, exatamente como acontecem às estrelas em suas constelações.
João Alexandre Borba é instrutor de coaching, treinador comportamental, psicólogo e psicoterapeuta. E-mail: joao.alexandre@live.com.
9
teste
V
VOCE SABE GERENCIAR
A SUA CARREIRA? Werner Kugelmeier
T
odos nós possuímos um potencial produtivo mais ou menos desenvolvido. Conclusões empíricas indicam que o ser humano não explora, em média, mais que 20% do seu potencial produtivo, ou seja, cerca de 80% estão “hibernando”. Cabe a cada um verificar o quanto está explorando o seu potencial. Para ajudá-lo nessa tarefa, preparamos um check-up para medir a sua inteligência situacional na gestão da sua carreira. Assimile as situações a seguir, leia cada questão e assinale a resposta que melhor represente a sua maneira de pensar e agir; ou seja, em cada questão assinale apenas uma das opções. Muita sinceridade nesta hora! Isto não é uma prova, mas sim um guia para orientar a sua carreira!
10
Pergunta: 1 - Você tem um plano de carreira (eu sei o que eu gosto de fazer? Eu sei fazer bem o que gosto de fazer? a ( ) Sim b ( ) Em parte c ( ) Não 2 - Quanto tempo por semana você investe na sua autoavaliação? (o que aprendi e onde apliquei meu aprendizado? Contribuí para um trabalho ou projeto importante? Estou praticando networking? Estou inves-
tindo no aprendizado de idiomas? Sou bem informado e sei transformar informação em ação e resultado?) a ( ) Mais que três horas b ( ) De uma a três horas c ( ) Menos que uma hora 3 - Quando há um trabalho ou projeto inovador a ser desenvolvido, você se candidata (mesmo que isso implique carga extra de trabalho)? a ( ) Sempre b ( ) Raramente c ( ) Nunca 4 - No seu entender, qual dessas cadeias traz maior sucesso? a ( ) Ousar – inspirar – mover b ( ) Ideia – Ação – Resultado c ( ) Remuneração – Resultado - Desempenho 5 - Você se sente bem liderando, inspirando, desenvolvendo pessoas ou projetos? a ( ) Sempre b ( ) Às vezes c ( ) Nunca 6 - Quantas sugestões efetivas de melhoria de trabalho você deu nos últimos doze meses? a ( ) Mais de cinco b ( ) Entre uma e quatro c ( ) Nenhuma
7 - Para ser promovido você: a ( ) Expõe-se para ser percebido e reconhecido? b ( ) Trabalha com mais empenho? c ( ) Estreita suas relações com a pessoa que decide sobre sua promoção? 8 - Para enfrentar pressão, cobrança e conflito, você cuida da sua saúde mental, emocional, física e espiritual? a ( ) Regularmente b ( ) Às vezes c ( ) Nunca
11
9 - Independentemente de “crise”, você está preparado para fazer mais, melhor, mais rápido, com menos? a ( ) Sim b ( ) Caso por caso c ( ) Não 10 - Quanto do seu tempo diário é dedicado a atividades de caráter alternativo e/ou autodesenvolvimento profissional? a ( ) Mais que duas horas b ( ) Até duas horas c ( ) Nada Pontuação: Assinale pontos de acordo com a letra que você marcou em cada uma das questões: a–3 b–2 c–0 Total de pontos________ Critérios de Avaliação: De 17 a 20 pontos. Parabéns! Você é um gestor da sua carreira. Sabe o que quer, como chegar lá e como agilizar a processo. Se souber como sustentar seu empenho, você vai se tornar um líder naturalmente – o exemplo a ser seguido. De 13 a 16 pontos. Você tem várias características do gestor da sua carreira. Trabalhando suas deficiências (questões em que você obteve menos pontuação) terá plenas condições para desenvolver a sua carreira. De 9 a 12 pontos. Faltam-lhe algumas características-chave para ser um gestor da sua carreira. Estas falhas
poderão ser compensadas se você analisar seriamente o porquê da pontuação baixa; nas respostas nasce o seu plano de desenvolvimento e progresso. Abaixo de nove pontos. Falta-lhe muito para ser um gestor da sua carreira. Não desista. Você é capaz! Acima de tudo, você é o que acredita que possa ser! Todos nós conhecemos pessoas que fizeram carreira; como também sabemos de casos opostos. Qual é a diferença entre quem sucede e quem fracassa? Ela está na postura! Enquanto um pensa positivamente, atua efetivamente e gera resultados, outro acumula pensamentos negativos, inércias e “fatamorganas” (resultados que nunca vêm). Para dar início a uma guinada na sua carreira, comece a se afastar dos negativistas, dos fabricantes de desculpas, dos derrotistas e rodeie-se de positivistas, ativistas e vencedores. Vivendo em um ambiente energizante, o seu astral vai subir, o seu estado de espírito vai se fortalecer e o seu preparo para assumir as rédeas da sua carreira vai decolar. Você vai fazer acontecer a sua carreira e naturalmente contribuir para a carreira da sua empresa; ou seja, você vai adquirir o perfil do profissional mais cobiçado atualmente: o intraempreendedor (intrapreneur), aquele que atua com perfil de empreendedor dentro da organização onde trabalha. Encontre o seu caminho – invista nele – e lembre: “Acima de tudo, você é o que acredita ser!” Boa carreira!
Werner Kugelmeier é palestrante e consultor na área de gestão empresarial. E-mail: wkprisma@wkprisma.com.br
O PODER DO
BOCA A BOCA A opinião do consumidor afeta diretamente o e-commerce Karina Cedeño “Para estimular a propaganda boca a boca, faça algo extra e inesperado aos seus clientes.”
12
Jerry Wilson
D
ia de compras é a mesma história: você passa horas na internet procurando o melhor preço, um desconto, uma pechincha, aquela promoção. Se encontra, encaminha o link do site a seus amigos e familiares e faz propaganda positiva dele. Se efetua a compra e não gosta do atendimento ou do produto, corre pra falar mal dele nos fóruns online e redes sociais. O que você não sabe é o quanto esses comportamentos influenciam as vendas realizadas na rede. Destas vendas 87% são resultado de suas recomendações, enquanto 80% não são efetuadas devido aos seus comentários negativos, segundo recente pesquisa realizada pela consultoria Cone Communications. Ou seja, suas opini-
ões divulgadas afetam de forma significativa a decisão de outros consumidores internautas. E a tendência é que essa situação se torne cada vez mais frequente, já que o e-commerce está evoluindo para outras formas de comércio eletrônico, como em redes sociais (social commerce) e via celular (mobile commerce). “As compras serão cada vez mais baseadas na opinião de amigos e compartilhadas com todos na rede”, diz Igor Senra, presidente do MoIP (Money over IP). Na Reino Unido isso já é uma realidade: 89% dos internautas na Grã-Bretanha afirmam já ter comprado algum produto pelo Facebook, segundo levantamento feito pelas consultorias Havas Media Social e Lightspeed Research.
13
Tudo porque a maioria das pessoas confia mais em opiniões de consumidores do que em anúncios na internet. Dos entrevistados na pesquisa, mais da metade respondeu que sai em busca de informações sobre produtos depois da recomendação de amigos, além de convidá-los para compras coletivas quando estas oferecem bons descontos. Diante deste quadro, os vendedores online precisam saber como cativar o público. Igor diz que credibilidade é fator-chave neste caso. “O consumidor online, assim como o consumidor tradicional do mundo físico, espera ser bem atendido em preço, qualidade, agilidade na entrega etc. Um consumidor satisfeito certamente fará novas compras online e influenciará a decisão de novos consumidores”. E por falar em novos consumidores, nos últimos anos o universo das compras online no Brasil ganhou mais adeptos: as classes C, D e E, em decorrência de fatores como crescimento da renda, popularização do acesso à internet, aumento da sensação de segurança em compras na rede e surgimento de grandes lojas online, com preços na maioria das vezes melhores do que em lojas físicas. A classe econômica que mais consome pela internet é a A (59%), seguida pela B (33%) e C (13%). As classes D e E somam, juntas, 5% dos consumidores. Ainda no Brasil, os que têm entre 35 e 44 anos lideram o ranking das compras na rede (29%). Internautas com idade entre 25 e 34 anos e entre 45 e 49 anos têm o mesmo
peso - 26% - enquanto os com idade entre 16 e 24 anos correspondem a 18%. Para grande surpresa, quem consome mais são os homens (22%), enquanto as mulheres respondem por 17%. E a maioria dos que utilizam o comércio eletrônico (41%) afirmou ter ensino superior. Segundo Igor, os produtos mais consumidos são eletrodomésticos, artigos de informática, eletrônicos e produtos de saúde, beleza e medicamentos. Em quantidade, os mais vendidos são DVDs, CDs, livros e cupons de compra coletiva. É importante lembrar que, no e-commerce, a recomendação de um produto por parte de outro usuário só vai ocorrer se este se sentir estimulado a falar, ou seja, deverá ser motivado pelo diferencial que o produto oferece, seja um desconto, a qualidade ou mesmo o atendimento que recebeu ao efetuar e receber a compra. Por isso, profissionalismo e agilidade contam muito na hora de vender uma mercadoria. Não enxergar o cliente apenas como uma cifra em meio aos consumidores faz toda a diferença quando se quer estar à frente da concorrência. Com a propaganda boca a boca as pessoas também passam, indiretamente, a “vender” os produtos que consomem, seja de forma positiva ou negativa. E este será o grande fator impulsionador das vendas na internet nos próximos anos, afinal, dados divulgados pela consultoria Booz & Company revelam que o social commerce pode movimentar cerca de 30 bilhões de dólares mundialmente até 2015.
LIDERANÇA
para empreendedores Marcelo de Elias
Q
uando o assunto é abrir uma empresa, o empreendedor tem vários desafios. Para todos eles, sabemos que o sucesso dependerá do gestor e de suas habilidades: como saber aproveitar as oportunidades, planejar o negócio, fazer uma boa gestão financeira, entre outras.
14
Sabemos que muitos empreendedores, em especial os de pequenas empresas, trabalham sozinhos, atuando tanto na formulação das estratégias do negócio como na operação. Entretanto, alguns deles precisarão contar com a ajuda de outras pessoas que trabalharão em seus empreendimentos.
É nesse momento que o empreendedor precisará exercitar suas competências em selecionar, capacitar, orientar e conduzir as pessoas, atuando como um verdadeiro líder. Nesse processo de liderança, sabemos que o empreendedor precisará conviver com grandes desafios, como por exemplo, o de conseguir alinhar a equipe ao seu sonho, introduzindo uma cultura organizacional e impulsionando a empresa juntamente com as pessoas. Para uma boa gestão de pessoas em seus recém-inaugurados negócios, o empreendedor deverá seguir algumas importantes regras de liderança. Sabemos que o assunto não se resume aqui. São tantas ações que vou recomendar apenas algumas: Escolha as pessoas alinhadas aos valores do negócio – Desde o processo de seleção das pessoas, o empreendedor deverá ter claro quais são os valores e princípios que serão defendidos pela empresa. A partir do desenho desses valores, busque identificar nos potenciais candidatos quais são aqueles que se alinham a essa conduta e que estejam dispostos a vivê-los genuinamente. Inspire a visão - Um líder deve comunicar e incentivar as pessoas a buscar um propósito em comum. Assim, ele deixa de ter subordinados e passa a ter seguidores. Inspirar as pessoas a realizar conjuntamente um sonho faz com que elas gostem de executar o que é necessário, sentindo-se realizadas com isso. Ajude-as a vislumbrar o futuro e enxergar para que lado deverão ir. Esclareça papéis – Os colaboradores devem saber exatamente o que se espera deles e cabe ao líder clarificar esses
papéis. Além disso, é importante que as pessoas entendam como elas impactam os resultados da empresa e que suas ações, por mais simples que possam parecer, geram grandes resultados. Elas devem criar consciência sobre a grandeza de seus trabalhos. Aculture as pessoas pela prática dos valores – Definidos os valores que serão perseguidos, não basta apenas comunicá-los a seus colaboradores. Todas as ações do empreendedor, bem como suas decisões, devem ser dirigidas pelos valores que ele quer ver difundidos entre a equipe. Valorize e premie os colaboradores que se destacarem na prática desses princípios e avalie-os de acordo também com esses parâmetros.
Atue para que o clima seja bom – Uma pequena empresa tem toda a oportunidade de gerar um ambiente de trabalho saudável e acolhedor. Incentive a colaboração entre as pessoas e atue fortemente nos conflitos interpessoais. Não deixe que a empresa perca um dos importantes fatores de retenção de talentos: o bom clima organizacional. Desenvolva as pessoas – Em novos negócios, é comum os colaboradores não manterem um padrão de qualidade,
Incentive e abra espaço para as boas ideias – Um novo negócio, por mais que seja bem planejado, sempre começa com oportunidades de melhoria. Os colaboradores certamente poderão contribuir com boas ideias para que o negócio seja aprimorado e cresça. O empreendedor deve incentivar sua equipe para que, juntos, pensem nas melhorias e inovações. Trabalhe a motivação dos colaboradores – O líder pode, e deve, influenciar o entusiasmo e o engajamento de sua equipe. Isso vai além da remuneração. Reconhecer as boas contribuições individuais e celebrar as realizações do time são exemplos de que a ação do líder pode impactar a motivação das pessoas.
Marcelo de Elias é consultor especializado em estratégia e gestão de pessoas. É professor de MBA e coautor do livro Ser+ em Gestão de Pessoas. E-mail: contato@marcelodeelias.com.
15
Seja o exemplo - As atitudes do líder, como um verdadeiro exemplo, servirão de norte para o comportamento da equipe. Pratique os comportamentos que você deseja que os colaboradores também façam. É necessário se autopoliciar e avaliar se suas atitudes têm sido positivas e inspiradoras.
por isso é importante que o empreendedor os capacite, para que mantenham um parâmetro de serviço adequado. Outro desafio importante é desenvolver as pessoas para a autogestão, ou seja, é preciso que elas, com o passar do tempo, adquiram a autonomia de conduzir o negócio sem a presença constante do gestor. Isso dá condições para que o empreendedor possa focar seu papel em ações estratégicas, entre elas, expandir o negócio.
1616 16
17
A PRIMEIRA ENTREVISTA A GENTE NUNCA ESQUECE POR ISSO, EVITE O DESASTRE! Inácia Soares
18
I
magine seus clientes, amigos e familiares ligando a TV para assistir ao jornal da noite e você estar lá, dando uma entrevista. Será uma surpresa para todos e nem vão prestar atenção ao que você diz de tão empolgados por conhecer a pessoa que está falando na televisão. Seu celular vai começar a tocar, mensagens vão chegar no seu e-mail e, no dia seguinte, até o vizinho que nunca trocou mais que meia dúzia de palavras com você vai cumprimentá-lo no elevador com certa simpatia. E o melhor será quando você chegar ao trabalho. Você se tornou uma celebridade! Todos o cumprimentam e o telefone vai tocar muitas vezes. Será uma manhã meio perdida, mas altamente lucrativa, pode acreditar. Estar na mídia é transmitir uma mensagem de sucesso. Quem está na capa da revista, na manchete do jornal, ou participa de um debate na rádio, destaca-se da multidão. Parece ser uma pessoa mais capaz e mais bem-sucedida do que as outras. Quando estamos na mídia transmitimos uma indelével impressão de competência. E em muitas das situações que vão derivar dessa fama, ninguém vai pedir para ver seu currículo. Já que prendi a sua atenção com essa mera hipótese da fama, quero aproveitar para prepará-lo para quando a sua oportunidade chegar. Quando o artista pop norteamericadno Andy Warrol disse, em 1968, que “no futuro todas as pessoas teriam 15 minutos de fama” ele se referia ao crescimento dos veículos de comunicação, mas jamais deve ter imaginado o tamanho da mídia que temos hoje. São milhares de canais de televisão, rádio, jornais, revistas e sites de notícias mundo afora. Isso significa que há
várias oportunidades para quem tem o que dizer. Portanto, duas dicas: aproveite muito bem o primeiro convite ou trabalhe para ser convidado a primeira vez. Outros convites, certamente, virão. A contratação de uma assessoria de imprensa é importante. Jornalista entende jornalista. Muitos assessores já trabalharam em redações e conhecem as rotinas que podem enlouquecer um entrevistado ou dar a ele a primeira oportunidade de estar na mídia. Uma das primeiras providências da assessoria será preparar um currículo super completo sobre a sua trajetória profissional e de vida. Saber tudo sobre você mostrará suas múltiplas experiências, talentos e expertises. Um hobby seu poderá ser a chance para participar de uma boa entrevista. Há empresários que não gostam muito de ser entrevistados por assuntos que não estejam relacionados aos negócios. Bobagem. Uma pauta bem feita, ainda que em outra seara, fortalece os negócios. Mostra que você é conhecido, que tem uma vida interessante, que é bem relacionado, enfim, mostra que você tem outras fontes de conhecimento que não aquelas advindas do competitivo mundo empresarial. Conselho de amiga: se o convite chegou em uma hora em que você está ocupadíssimo, resista a dizer não. Jornalistas nem sempre dão uma nova chance a pessoas que não se mostram disponíveis. A menos que você seja a pauta - ocasião mais rara quando sua empresa está comprando ou sendo comprada, quando a falência bateu à sua porta ou quando o produto que você está lançando é mesmo inovador - você será facilmente trocado pelo próximo nome da lista do produtor. E olhe, a lista dos bons produtores - dos veículos que valem
19
mais a pena - são realmente muito longas. Agora que você disse sim ao seu primeiro convite, meu último conselho: pare tudo e vá se arrumar. Aparecer mal vestido ou com o cabelo mal cortado será péssimo para sua imagem. Certa vez, convidei um grande empresário para uma entrevista, justamente quando ele chegava de longas férias. Estava com os cabelos longos, barba por fazer e um figurino esportivo demais. Ele disse que estava em nova fase e que iria daquele jeito displicente à entrevista. Eu disse que não me importava, pois afinal, o que ele tinha a dizer aos meus telespectadores era muito importante. A pauta era quente! Sabe como ele chegou no dia entrevista? Cabelos cortados, barba feita e um terno impecável. Eu ri muito quando o vi e ele logo me disse: “Os concorrentes, e também meus clientes, podem interpretar mal uma imagem desleixada”. Viu? Estar na mídia pode ser um salto para seus negócios ou para sua carreira. Mas trabalhe para que este salto não seja direto para o abismo.
Inácia Soares é jornalista e apresentadora do programa Pessoas de negócios, já exibido pela Band Minas. Site: www.pessoasdenegocios.com.br E-mail: contato@inaciasoares.com.br
Saiba o que essa dupla faz por nós e quais benefícios trará nos próximos anos Karina Cedeño
20
A
expectativa de vida do brasileiro atinge hoje os 73 anos segundo o IBGE, dez anos a mais em relação a trinta anos atrás. E se depender da influência da biotecnologia e da nanotecnologia na qualidade de vida, a longevidade pode aumentar ainda mais. Pesquisas e novas descobertas mostram que estas ciências têm muito a contribuir com a medicina, a agricultura, a indústria farmacêutica, entre outras. A eficiência de ambas no tratamento de doenças, na conservação de alimentos e na redução de impactos ambientais abre perspectivas positivas e promissoras para os próximos anos. A biotecnologia já mostra um leque de possibilidades e benefícios. Produzir biocombustíveis a partir de microrganismos transgênicos de uso industrial, realizar o tratamento de doenças decorrentes de falhas genéticas (terapia gênica) e gerar órgãos e tecidos para transplante sem o problema de rejeição são apenas alguns exemplos do que ela pode fazer, de acordo com Adriana Brondani, diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB). Ela afirma que diversas pesquisas estão em desenvolvi-
mento e em breve deverão estar disponíveis no mercado plantas com maior teor de óleos insaturados, de proteínas e vitaminas, proporcionando benéficos à saúde. “Em outros trabalhos, as plantas têm sido utilizadas como biofábricas de medicamentos e vacinas. Também estão sendo produzidas plantas melhor adaptadas a condições adversas de clima e solo, reduzindo as perdas pós-colheita”, diz. Isso prova que a biotecnologia, quando associada à agricultura, pode render bons frutos. A perspectiva é de que nas próximas décadas sejam desenvolvidas variedades que melhorem a qualidade nutricional dos alimentos e incrementem a produtividade, o que exigirá ações integradas com o intuito de produzir mudanças e adaptações nos sistemas de produção. Tal situação é de primordial importância para a época em que vivemos. “Em 31 de outubro de 2011 o planeta atingiu a marca de sete bilhões de habitantes. A previsão é de que até 2025 sejamos oito e, até o fim do século, dez bilhões de habitantes. O desafio imposto por essa nova realidade é alimentar esse número de indivíduos de maneira sustentável”, conclui Adriana.
Menos é mais Quando se fala em nanotecnologia, o prefixo nano já diz tudo: “anão”, “nanico”, além de se referir ao nanômetro, unidade de medida que equivale a um bilionésimo de metro. De acordo com informações fornecidas por Marco Aurélio Pacheco, coordenador do curso de Engenharia em Nanotecnologia do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio), esta escala de medida é muito importante quando se fala em nanotecnologia. Isso porque a área de superfície dos materiais em nanoescala é muito maior em relação ao volume, fator ideal para sistemas reatores, medicamentos e armazenamento de energia, sem contar que a síntese em nanoescala permite mudar as propriedades micro e macro dos materiais sem alterar composições químicas. Portanto, neste caso, tamanho é rendimento.
Para Fernando Galembeck, diretor do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), as perspectivas são muito
Nos tratamentos médicos há um enorme esforço de pesquisa em diversas frentes: detecção precoce de doenças, técnicas avançadas de diagnóstico para grandes populações, especialmente as de baixa renda, novas formas de administração de medicamentos e novos materiais para terapia e implantes. Fernando afirma que os desafios dos cientistas e pesquisadores não são poucos: “O maior deles é conseguir manter um razoável nível de informação e acompanhamento dos novos resultados que pipocam a cada dia. Outro desafio é conseguir avaliar o que tem chance maior ou menor de se desenvolver até tornar-se um produto. E ainda há o desafio de trabalhar com foco, rapidez e objetividade para que os objetivos e resultados de um projeto não se tornem obsoletos durante a própria execução do projeto”. É importante ressaltar que, tanto no caso da nanotecnologia como no da biotecnologia, os produtos desenvolvidos passam por rigorosas avaliações para garantir o seu consumo seguro, sem danos à saúde. E é certo que os sistemas de produção terão de ser renovados para se adaptar a estas ciências, cada vez mais presentes e responsáveis pela evolução científica, biológica e tecnológica que nos cerca.
21
A nanotecnologia também tem proporcionado significativos progressos às mais diversas áreas da engenharia, da medicina e da indústria de cosméticos. Hoje já existem filtros solares com alto poder de absorção de raios UV, medicamentos menos nocivos à saúde e, no caso de alimentos, nanopartículas podem fazer com que os nutrientes sejam melhor aproveitados pelo corpo humano, ao mesmo tempo em que barram o acesso de substâncias prejudiciais ao mesmo.
positivas em relação ao futuro. Haverá vários dispositivos práticos e de baixo custo para detectar toxinas, contaminantes e fraudes em alimentos. Também teremos materiais para embalagem cada vez mais segura, que aumentam o tempo de estocagem sem precisar usar aditivos e conservantes.
Latinha SUSTENTÁVEL A Eco Can é uma opção ambientalmente correta para levar suas bebidas favoritas a todo lugar. A latinha mantém a temperatura do líquido, gelada ou quente. Seu sistema de fechamento impede que o conteúdo transportado caia na bolsa. Até na lava-louças pode ser colocada, segundo o fabricante não causa danos à parte externa e ainda tem vida útil estimada em dez anos. Encontre em: http://www.iwantoneofthose.com/10380177.html
SACOLAS PARA TODOS A Black&Decker está preocupada com o meio ambiente e começou a distribuir a seus clientes sacolas ecológicas para compras em supermercados. Os consumidores que comprarem algum eletrodomésticos nas redes Extra e Carrefour de São Paulo ganham o brinde. O item é 100% reciclável e facilita o transporte de produtos.
22
BANHO CONSCIENTE
Quanto você costuma demorar no chuveiro? É do tipo que se esquece da vida e se empolga na cantoria? Está na hora de começar a se preocupar com o futuro do planeta, ou melhor, da água. Sabia que poucos minutos podem fazer a diferença em litros economizados? Apenas um minuto consome nove litros de água. Pensando nesta mudança de hábito, o festival de música SWU criou o aplicativo para iPhone “Sai desse banho”. O programa oferece três tempos para a duração do banho, 4, 8 ou 12 minutos. Se ultrapassá-los, o software automaticamente emite o aviso sonoro com uma música que, segundo o desenvolvedor, é pra lá de irritante. Mais informações em: http://itunes.apple.com/br/app/sai-desse-banho/ id473676325?mt=8
RECICLAGEM ESPERTA O site “Rota da Reciclagem”, que contém um buscador de locais para entrega de materiais recicláveis, está disponível também para iPhone e iPad. O aplicativo pode ser baixado gratuitamente pela Apple Store e tem a missão de ajudar os consumidores a descartar conscientemente embalagens, baterias e resíduos. Em breve, aplicativo e site estarão disponíveis na Argentina e em outros países da América do Sul. Baixe em: http:// itunes.apple.com/br/app/rota-da-reciclagem-tetra-pak/ id483224874?mt=8
DECORAÇÃO faz a DIFERENÇA Decorar a casa, além de ser uma tarefa divertida, agora também pode ser ecológica. O puff da Jaya deixa o ambiente mais alegre e ainda colabora para a preservação do planeta, é totalmente produzido com papelão proveniente de uma área de reflorestamento de eucaliptos e suporta até 100kg. Além de reaproveitar um material que seria descartado, ainda pode ser reciclado e é biodegradável. Saiba mais em: http://store.greenvana.com/Puff-Arco-de-Papelao---Mais-Vermelho---Jaya--58656/p
A cada bolsa vendida, uma ÁRVORE PLANTADA 23
Este é o lema da marca ecológica “Ecoist”. Todos os produtos à venda na loja eletrônica da empresa são de materiais reaproveitados. Imagine de bolsas a acessórios e objetos de decoração, tudo muito estiloso, feito à mão e com itens que seriam descartados. A proposta é oferecer artigos de qualidade e proporcionar o consumo consciente. Como o título já cita, a cada bolsa vendida, uma árvore é plantada pelos criadores da marca. Compre em: http://www.ecoist.com/pc/viewPrd.asp?idproduct=1039&idcategory=67
saúde
Inspire a cura Os benefícios da aromaterapia estão no ar
Karina Cedeño
24
A
s mesmas narinas que respiram fumaça e poluição também absorvem a cura. Silenciosamente ela chega pelo ar, envolta em aromas e essências que propiciam bem-estar e saúde assim que entram em contato com o organismo humano. Tanta serenidade em sua atuação só poderia fazer da aromaterapia uma alternativa vantajosa na hora de remediar os males que afetam a saúde física e mental. Ao mostrar que a solução pode estar logo ali, na natureza, este ramo da fitoterapia ganha cada vez mais adeptos. Um simples toque de spray ou algumas gotinhas de óleo essencial massageadas na pele têm o poder de amenizar males como ansiedade, insônia e indisposições intestinais. As vantagens aumentam quando os óleos não têm aditivos químicos, como os produzidos no Brasil pela Biossentiel, marca de origem francesa que tem à frente Nelly Grosjean, doutora em naturopatia e perfumista. Nelly diz que os óleos essenciais melhoram a oxigenação das células e evitam problemas respiratórios. “Se um difusor elétrico com essência de eucalipto for colocado du-
rante cinco horas em uma sala cheia de crianças, 80% dos incômodos respiratórios, como a tosse, serão evitados”. Depois que entram pelas narinas, os aromas passam pelo sistema límbico, responsável por nossas emoções e pela memória olfativa. Por isso nos despertam sensações e nos fazem associar cheiros a lembranças. A reforma da casa é completa: além de organizar o interior, os óleos essenciais dão conta da estrutura externa também: produzem no corpo ações revigorantes, analgésicas, calmantes e anti-inflamatórias. Quando massageados na pele em áreas específicas (nos chamados plexos ou chakras) em sentido horário, estimulam a circulação e eliminam toxinas do organismo. Por conta de suas inúmeras propriedades, as recomendações são diversas. Quem sofre de inchaço na região abdominal pode massagear a área com essências de camomila e lavanda, dez minutos após as refeições. Os mais vaidosos contam com o óleo de rosas para ajudar no rejuvenescimento da pele ou favorecer sua cicatrização. Já para quem gosta de meditar, fazer yoga ou reiki, a essência de
tora procurou aplicar a sustentabilidade em seus produtos, que vêm em embalagens fabricadas artesanalmente com fibra de banana, evitando danos ao meio ambiente. Sem contar que estas embalagens ainda podem ser reutilizadas como porta-joias, vasos de flores e sacolas. Há aproximadamente 100 anos o poder dos óleos essenciais foi descoberto graças a um acidente: o químico francês René-Maurice Gattefossé queimou a mão durante um de seus experimentos e, para aliviar a dor, mergulhou-a sem pensar em uma bacia que continha óleo essencial de lavanda. A cura da queimadura ocorreu de forma muito mais rápida e eficiente do que o esperado. Intrigado, o químico iniciou estudos para desvendar as propriedades terapêuticas dos óleos contidos nas plantas e lançou bases para a aromaterapia que conhecemos hoje. Seus inúmeros benefícios, cada vez mais reconhecidos, podem ser sentidos no ar. Basta escolher o óleo adequado às suas necessidades e deixá-lo mostrar o quanto é essencial ao seu organismo, seja a nível físico, mental ou emocional.
25
lavanda difundida no ar é ideal para acalmar mente e espírito. Os óleos essenciais ainda podem ser usados em aromatizadores de ambiente e ingeridos com alimentos e bebidas, o que favorece a digestão. A busca pela medicina alternativa cresce mundialmente. De acordo com Nelly, há 15 anos apenas 1% da população recorria à Aromaterapia para amenizar seus problemas e hoje este número já chega a 10 %. “Os tratamentos são atrativos porque ajudam na cura de diversos desconfortos físicos e mentais de forma rápida e natural”. Nelly é a responsável por toda a produção dos óleos essenciais da linha Biossentiel, desde a plantação até a destilação. Aos 14 anos a francesa já se interessava pelo assunto ao ver seus pais usarem as essências na fazenda em que moravam, na Suíça. Hoje, com 30 anos de pesquisas e experiência na área ela acredita que os óleos essenciais trazem novas e efetivas propriedades aos produtos de beleza e culinária. “Grandes e conhecidas marcas começaram a usá-los em suas composições”. Preocupada com a preservação do meio ambiente, a dou-
moda, beleza e estilo
BONECA VIVA Quer um olhar marcante, mas sem precisar de cílios postiços? Que tal apostar no Hypnôse Doll Eyes? O rímel é novidade da Lancôme e já faz o maior sucesso no Brasil e no exterior. Como o próprio nome diz, promete cílios de boneca e seu aplicador em forma de cone garante que fiquem super definidos e destacados! Para que o efeito seja percebido, o ideal é passar de duas a três camadas do produto. À venda no site da Lancôme por R$ 129.
A AMERICANA
CHEGA AO BRASIL
MEIA DE SEDA
Não usa saia nem shorts porque vive com vergonha de exibir as pernas mais brancas do que uma parede? A base para pernas com efeito bronzeador da Yes! Cosmetics possui micropartículas com reflexo dourado que dão uma corzinha à sua pele, deixando-a macia e bronzeada com um aspecto natural.
Quem já conhece os produtos da marca americana Benefit, famosos por suas embalagens fofas e atraentes, vai enlouquecer com esta novidade: além da venda pelo site da Sack’s, os produtos poderão ser encontrados em breve em lojas físicas no Brasil. E não são apenas as embalagens que fazem sucesso: a qualidade dos produtos é excelente, principalmente no que se refere a soluções imediatas no make.
26
BANHO DE ESPUMA
Tingir o cabelo em casa é sempre um dilema: você não gasta, mas já sabe a sujeira que vai fazer quando começar a passar tinta nos fios, principalmente se eles forem longos. Pensando nisso, a Wella lançou uma linha de tinturas à base de espuma, que torna o processo de tingimento muito mais fácil. Basta misturar a tintura com a emulsão, agitar até virar espuma e pronto! É só passar no cabelo como se fosse um xampu normal e aguardar 40 minutos para que a cor penetre nos fios. O produto pode ser encontrado em 18 tonalidades diferentes.
REMOVA ANTES DE DORMIR Mais importante do que se produzir, é lembrar-se de tirar a maquiagem antes de dormir. Entrar em sono profundo como uma diva, com blush e batom, é pedir para detonar a sua pele. O make, se permanecer por muito tempo nela, obstrui os poros e tira a sua viscosidade, favorecendo o envelhecimento precoce. Para evitar isso, tenha sempre à mão um demaquilante. Este, da Olay, remove as maquiagens mais resistentes e à prova d’água, sem agredir a pele.
2.0
Crescem AMEAÇAS pela INTERNET O Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br) publicou recentemente um levatamento que traz estatísticas preocupantes aos internautas. Praticamente triplicaram os números de ataques maliciosos no País em 2011. O órgão recebeu 399.515 incidentes reportados no ano passado, valor superior ao registrado no ano anterior, cerca de 142.844. Pelo levantamento, o quarto trimestre foi o mais perigoso, com 80.795 notificações, cerca de 94% a mais em relação ao mesmo período de 2010. Os dados também apontaram que as fraudes estão indo para outras áreas, além das já conhecidas por quem navega na web (home banking, e-commerce etc), e também para páginas falsas que não envolvem nenhum dos setores citados. Saiba mais em: http:// www.cert.br/stats/incidentes/2011-jan-dec/analise.html
CRIE E COMPARTILHE VÍDEOS E SLIDES PELO IPHONE O Flixlab é um aplicativo voltado para o celular da Apple, o iPhone, e que permite em poucos passos criar apresentações em slides e vídeos. A mobilidade e praticidade são os fortes do programa. Além destas funcionalidades, ainda oferece a opção de compartilhar suas criações pelas redes sociais e é gratuito. Para baixá-lo, acesse a Apple Store pelo seu celular. É necessário estar previamente cadastrado para fazer o download.
PRATICIDADE AO MANDAR SMS Tenha diversas frases práticas e até engraçadas para enviar pelo celular sem digitar nada. O aplicativo Droido Torpedo SMS Grátis oferece desde textos de amor e amizade até trotes para enviar aos amigos e conhecidos. Basta instalá-lo no telefone com o sistema Android e escolher por tema o tipo de mensagem a ser enviada. Mais informações no Android Market: https://market.android.com
Os fãs do seriado mexicano “Chaves” agora podem relembrar os bons tempos em frente à telinha. Já existe um widget para dispositivos móveis no Android Market que, quando clicado, fala em tom de humor a célebre frase da personagem: “Ai, que burro! Dá zero para ele!”. Não é um aplicativo funcional, mas pode render boas gargalhadas e está disponível somente para telefones com Android. Encontre em: https://market.android.com
BAIXANDO TUDO O aTube Catcher é o programa ideal para quem gosta de ter na biblioteca do computador os vídeos da internet. A alternativa permite baixar os arquivos de diversos sites, convertêlos no formato desejado e ainda editálos. Para extrair os vídeos, é só abrir o software e colar o endereço na parte em que estiver indicado “URL”, selecionar o local onde o arquivo final será salvo e clicar em “baixar”. Encontre em: http://atube-catcher.softonic.com.br/
27
DIVERSÃO GARANTIDA no tablet e no celular
coaching
CINEMA MENTAL E SUBMODALIDADES André Percia
28
M
ichael Hall usa a metáfora do cinema e da equipe de produção internos e defende que trabalhar com essa metáfora torna o processo de alcance de metas cada vez mais fácil e eficaz. Você tem uma “equipe interna” de cinema: “Eu ator”: o que vemos, ouvimos, sentimos e percebemos de dentro do filme, onde nos representamos fazendo algo. “Eu editor”: como estruturamos, enquadramos, colorimos, sonorizamos, legendamos, colocamos efeitos visuais e sonoros, cortamos e montamos o filme mental. “Eu diretor”: como dirigimos o filme, o foco, o desempenho dos atores, o ângulo e os enquadramentos de filmagem. “Eu produtor”: aquele que monta os cenários, o figurino, que escolhe as locações onde os filmes vão acontecer e que produz tudo o que aparecerá nos filmes. “Eu Produtor Executivo”: Meta-Estado mais elevado. Produção, direção e experiência. Aquela parte de nós que libera os recursos para que todos os demais possam fazer o filme. CINEMA MENTAL: Identifique seis estados mentais ou emocionais favoritos e/ou poderosos. Quais filmes mentais você produz em sua mente para entrar em cada estado (detalhes visuais, auditivos e cinestésicos)? Identifique cada filme e avalie o quão eficazes são para despertar em você o estado.
Reúna sua equipe cinematográfica e refaça cada um dos filmes para que sejam cada vez mais eficazes: libere mais recursos (produtor executivo), escolha lugares, locações, coisas e circunstâncias que vão ajudar (produtor), deixe que o diretor trabalhe seu eu ator sobre como ele deve agir, falar, andar, se comunicar e ser convincente ao exprimir para o mundo os resultados e depois o diretor e o editor vão montar a versão final do filme com todos os efeitos visuais, sonoros, melhores cenas na ordem e na sequência, que farão o filme ficar mais interessante, colocar trilha sonora etc. Ao final, entre como ator dentro do filme “final” vendo, ouvindo e sentindo intensamente essa edição final. Pense numa metáfora ou história que reforce suas conquistas enquanto ainda está se alinhando. Para Hall, a eficácia de um trabalho como este depende do fechamento com uma boa metáfora. Respire e sinta. Dessa forma, dinamizamos recursos existentes dentro de nós!
André Percia é psicólogo clínico e hipnoterapeuta com formação internacional em Coaching. Site: www.youtube.com/Andrepercia E-mail: apercia@terra.com.br
A CRIATIVIDADE COMO
ENERGIA ENTENDA SUA APLICAÇÃO À GESTÃO DE RH
29
Saturnino de La Torre Consultor e palestrante internacional, mestre e doutor em Criatividade, catedrático de Didática na Universidade de Barcelona; presidente de vários congressos e autor de mais de 40 livros sobre estes assuntos publicados em diversos países; pesquisador e diretor de vários grupos pesquisa espalhados pelo mundo; Presidente da Associação para a Criatividade e cofundador de outras instituições internacionais, seu perfil esta no Who is Who in the World. Tradução: Profº. Dr. Felipe Chibás, diretor da Perfectu Consultoria
O problema:
O estudo e a conceitualização da criatividade caracterizam-se pelos avanços das diversas correntes da psicologia, psico-pedagógicas e das ciências da administração com o passar do século XX. Tudo o que se escrevia e ensinava sobre criatividade estava marcado por uma determinada visão da realidade, da construção do conhecimento e da prática criativa dominante. Uma breve resenha ou percurso das etapas nos permite contextualizar o ponto de bifurcação ou mudança conceitual. A primeira metade do século XX dominou o que chamamos imaginação criadora. A partir de 1950 se incorpora o termo criatividade sob o conceito de capacidade ou processo mental para gerar ideias e resolver problemas. Esta visão segue hoje dominando muitas comunidades científicas de estudiosos da criatividade. Define-se como capacidade cognitiva ou mental. A corrente humanista, entretanto, introduz uma consideração atitudinal do crescimento criativo com o conceito de
autorrealização
de autores como
Maslow, Rogers e From. Na década dos anos 60-70, conviviam ambas as concepções. Na década dos 80 se abre a considerações axiológicas. sociais e pedagógicas como é a criatividade paradoxal:
A coragem para converter a adversidade em transformação valiosa
30
Segue prevalecendo a influência psicológica nas visões que servem de base e fundamento à reflexão, com autores como Sternberg, que percebe a criatividade como investimento e tomada de decisões; Teresita Amabile, que realça a vertente social em seu modelo componencial; Howard Gardner, que foca os níveis de análise da pessoas: subpessoal, pessoal, interpessoal, multipessoal; Csikszcentmihalyi nos abre a porta a uma nova concepção, ao entendê-la em termos de fluxo sistêmico e sua tríade de pessoa, âmbito e campo transformado. Excluindo o enfoque de Mihaly vemos que a maioria dos autores continua considerando a criatividade como um processo de geração de ideias.
Tudo o que se escrevia e ensinava sobre criatividade estava marcado por uma determinada visão da realidade
Mas devemos seguir mantendo esta concepção?
É senti-la como impulso, como vibração,
Não seria essa ideia o reflexo de uma física corpuscular, estável e mensurável? Estas e outras teorias têm em comum o predomínio do psicológico e do cognitivo sobre outras considerações da física, da biologia, da neurociência, da filosofia e inclusive da transpessoalidade e da espiritualidade. Banalizaram o papel do sentir, da vivência, do dos outros, e é obvio dos avanços da epistemologia e da física quântica de nossos dias. Possivelmente a mecânica quântica determinará uma revolução nas futuras teorias e práticas educativas, sociais, computacionais e de saúde.
É transgredir as formas para entrar no campo invisível, não mensurável de momento, da vibração ou fluxo transformador, da relação mente-corpo, da presença interativa do cognitivo, emocional, corporal e trascendendente na ação contextualizada. Toda ação é ação ecológica, afirma Maturana. Quer dizer em relação com os estímulos meio-ambientais. Se o instante criativo comportar interações, cooperações, coconstruções, todo ato criativo é expressão de ações ecológicas, conclui Maria C. Moraes. Os referentes deste novo olhar ecossistêmico e transdisciplinar sobre as relações sociais, a educação, a saúde, a criatividade, para nomear só alguns dos campos do conhecimento, têm que tomar em consideração as teorias de biólogos como Maturana,
Em busca de outro olhar:
A intenção neste texto é despertar a consciência submetida e enjaulada no paradigma positivista. Alertar e explorar um novo paradigma ecossistêmico, interativo e relacional, que toma em consideração os níveis de percepção, da consciência e de realidade através da vivência e do sentir nos processos de reconhecimento. A visão radicalmente nova anunciada é a transdisciplinar, isto é, tomar em consideração não só o conhecimento proveniente da interdisciplinaridade, a não ser o que está entre, através e além das disciplinas. Aproximar-se da criatividade e não só refletir sobre ela.
como energia.
de neurocientistas como Damásio, de sociólogos como Morin, de físicos e epistemólogos como Bohm, Binnig (premio Nobel), Sheldrake, Wilber, Capra, químicos como Prigogine (Premio Nóbel), matemáticos como D’Ambrosio, pedagogos como Moraes, Gutiérrez, Pineau, Torre, empresários como Dee Hock, psiquiatras adiantados à frente de seu tempo como Jung ou atuais como Servem, espiritualistas como Osho, cientistas como Laszlo… Em suma, conceitualizadores da transdisciplinariedade que,
31
em termos de Nicolescu, tomam em consideração os saberes das ciências e tudo aquilo que está entre elas, através e além das disciplinas. Refiro-me a estas fontes de autoridade para mostrar que não estou sozinho, que precisamos revisar nossas concepções e práticas sobre a criatividade como conceito psicológico e exclusivamente humano, observável, previsível e linear. Muito pelo contrário, é um fluxo de energia complexo, dinâmico, interativo, emergente e relacional de que estão dotados todos sistemas vivos em maior ou menor medida.
Aplicação à prática organizacional:
e
na
gestão
Acostumados como estamos a ver a criatividade como geração de ideias, de alternativas originais e variadas, de solução de problemas ou de tomada de decisões, não é fácil imaginar tal conceito em termos de fluxo de energias dos sistemas dinâmicos, nem como energia humana transformadora. Mas se observarmos certos comportamentos humanos desta ótica, veremos que o ser humano se conecta e se sintoniza emocional, mental, corporal ou transpessoalmente com estímulos que existem ao seu redor. Um processo que comporta autoorganização a partir de dinâmicas e complexas relações nas quais existem flutuações, bifurcações e emergências, por utilizar expressões da brasileira Maria Moraes. Neste sentido o que chamamos de criatividade seria fruto de ações e cooperações entre
32
objeto-sujeito-meio. Vejamos através de alguns exemplos de que modo se traduzem estas ideias na prática cotidiana. Que brasileiro, quando saiu ao estrangeiro por certo tempo, não sentiu como seu corpo se eletriza e atravessa uma corrente que o percorre da cabeça aos pés ao escutar o hino nacional ou uma música da sua infância? “Pátria amada, idolatrada, Salve! Salve!...”. Pelo corpo circula certa energia que estimula e emociona, ou pelo contrário, estremece ao se escutar falar de enchentes e desastres Quem nunca se sentiu transformado ante um olhar, sorriso, beijo ou encontro com alguém? Como explicar que a palavra positiva ou a meditação melhore a saúde ou reforce o sistema imunológico, conforme documenta S. Sirvam Schreiber? Não se pode dizer que são apenas ideias, nem estritamente emoções, a não ser fluxos de energia que vibram com o ritmo de cada um. Embora se recorra à consciência para explicar determinadas ações, esta explicação nem sempre é
convincente. Como explicar isso a não ser pela existência de outro nível de realidade e consciência, o insight, a ideia que vem de repente, os encontros “casuais” ou sincronicidades que tocam nossa vida? O que dizer das premonições, desdobramentos, da alteração de leis como a gravidade através da mente? Estes conceitos são aplicáveis também à gestão e organização de instituições de serviços. Sempre que necessário tratar de recursos humanos é preciso pensar que existem nas relações um intercâmbio de energia que ultrapassa o nível da consciência. Da mesma forma é impossível não haver comunicação quando duas pessoas estão uma em frente à outra, assim como não gerar fluxos de aproximação ou distanciamento. Estes poderiam ser explicados em termos do encontro de campos eletromagnéticos. Quando um diretor ou gerente tem que entrar em contato com algum de seus empregados ou colaboradores, faz gestos e pronuncia palavras que vão carregadas de energia eletromagnética e alguns autores chamam de “aura”.
A sinergia nas dinâmicas de grupos foi estudada por grupos sineticoempresariais. Por isso, as dinâmicas e a geração de propostas dos grupos devem ser superiores à soma das ideias individuais. A explicação não é mental, a não ser quântica e vibracional, uma vez que existem ressonâncias no interior das pessoas. Uma sala de aula, uma escola ou organização formal ou não formal, inclusive uma rede, geram campos energéticos de interação e daí seu poder formador ou deformador, dependendo do tipo de valores que preponderam. Onde está a diferença com as teorias psicológicas? No fato de que toda ação, omissão ou comunicação tem ressonância, cujos efeitos não são previsíveis. As mensagens negativas são como bumerangues que retornam ao emissor. Paul Deslaurers (2005), engenheiro e consultor de desenvolvimento organizacional foi mais à frente ao descrever sua Zona de Alta Tensão (ZAF) mediante seis características da energização. Ele descreve sua larga experiência de 25 anos de trabalho com grupos humanos e workshops de desenvolvimento organizacional.
33
O curioso é que algumas destas características já se encontram no pensamento hindu (Sunkhya) há mais de 6000 anos. Mas o mais surpreendente é que os físicos utilizam essas mesmas características para desvendar a constituição da energia quântica. Quem consegue alcançar a Zona de Alta Frequência (ZAF), sejam pessoas, grupos,organizações ou sociedades, alcançará cotas de rendimento, de êxito e de evolução superior.
A vida é uma interação de campos energéticos Funciona em três níveis de forma simultânea; o terceiro é o mais difícil de descrever.
1) A realidade comum, estado de consciência
São elas:
1. Relacional e holística. Desenvolver
relações e interatuar de modo holístico.
2. Adotar a diversidade e manter um equilíbrio dinâmico.
3. Alimentar possibilidades e aprender a conviver com a incerteza.
4. Manter-se receptivo e permanecer no fluxo. 5. Criar conjuntamente a interação e reforçar o alinhamento.
6. Cultivar a sinergia entre pessoas e grupos
As coisas não vêm sozinhas. É preciso desenvolver a consciência e recarregar os campos energéticos se quisermos saltos quânticos nos resultados.
do mundo físico;
2) A realidade alterada presente em estados de conexão metafísica, física ou hipnótica;
3) A realidade mística, que é a consciência alterada, mediúnica e cósmica.
34
As seis características da ZAF acompanham o mundo da consciência, dos organismos e o mundo subatômico.
Foi Einstein que disse: “Tudo que nos rodeia, incluindo nós mesmos, é feito de energia”
Em resumo:
Ainda fica muito por explorar, só pretendo despertar a curiosidade e o interesse por tudo aquilo que não é visível nem mensurável a julgamento da ciência tradicional. E um desses conceitos é a criatividade. A meu ver continua vigente o fato de que, formar em criatividade é apostar num futuro de progresso, de justiça, de tolerância e de convivência. Criatividade é sentir, pensar e fazer algo que repercuta em benefício dos outros. Termino com um texto que tiro da introdução à seção II da obra Compreender e avaliar a criatividade (Torre, 2006, pag. 99). A energia, o fluxo vibracional em palavras de Sheldrake, Prigogine e Bohm, é o ponto de encontro entre a natureza criativa que evolui num movimento de dentro para fora, num tipo de “consciência cósmica”e a criatividade que transforma através do fluxo psicossocial, fruto da interação entre a força interior e o meio. São duas formas de energia das múltiplas manifestações ou emergências da consciência. Consciência e energia nunca se perdem, transformam-se.
35
jogo rápido
CAUBY PEIXOTO 1- O Sr. já ultrapassou Sinatra no tempo de carreira na indústria fonográfica, ao que credita esta perenidade? Por ainda estar com voz boa ou até melhor. Isso porque sou um homem que se cuida muito. Procuro viver com calma e cercado por pessoas que gostam de mim. Nunca fico nervoso e não fico próximo de pessoas ruins. É um grande segredo para a longevidade: não se estressar. E estar cercado por pessoas boas é uma benção. 2- Sua vida profissional começou cedo, aos 20 anos de idade já era cantor. Antes de trabalhar com música, desempenhou outras atividades? Quais? Trabalhei numa casa de sapatos e tenho boas lembranças. Logo depois comecei a cantar. Primeiro “escondido”, porque ainda não tinha 18 anos. E depois profissionalmente.
36
3- Existe alguém que o tenha ajudado no começo da carreira, dando apoio ao que realmente desejava fazer e apresentando a pessoas do meio? Quem o incentivou? Tive o apoio da Heleninha Costa, que me apresentou ao Di Veras. E o Di Veras é um dos principais responsáveis pelo meu sucesso. Ele, de certa forma, inventou o Cauby. Ensinou-me que o talento é importante sim, mas que o estudo e o marketing são também fundamentais. 4- Como classificaria seu público hoje? Qual faixa etária costuma frequentar seus shows? Meu público hoje é mais exigente. É formado basicamente por pessoas que buscam, acima de tudo, uma boa voz. Fico feliz ao ver que em meus shows há gente de todas as faixas etárias. Um pouco porque Cauby virou cult! Mas o principal é que gosto não tem idade e muita gente jovem tem a influência de pais, amigos e jornalistas.
5- São 80 anos de vida, 60 de carreira e nove de apresentações no Bar Brahma em São Paulo. Qual é o verdadeiro significado disso tudo para você? Significa que ainda estou cantando bem. Sinto-me realizado e feliz com tudo isso. É uma honra ver que aos 80 anos de vida recebo homenagens e prossigo trabalhando. Adoro cantar e ter contato com o público. Fazer nove anos em uma casa na esquina mais famosa de São Paulo é uma marca importante. 6- Qual outra profissão teria seguido se não fosse cantor? Quais são as principais diferenças entre esta outra opção e o que faz até hoje? Nenhuma outra. Se eu não fosse cantor? Eu nem consigo imaginar. Poderia até falar algo por aqui só por dizer, mas em outra entrevista eu diria algo diferente e cairia em contradição. Assim, posso simplesmente dizer que se eu não fosse um cantor bom, eu seria cantor, mas um cantor ruim. E como essa foi a profissão que escolhi desde cedo, procurei preparar-me muito para ser um bom cantor ao meu público. E contei com a sorte de ter muita gente boa por perto que me ensinou muito. A começar pelos meus irmãos. 7- Alguma vez já se imaginou trabalhando em empresa? Há algo que não o agradaria no regime sob o qual as pessoas trabalham no mercado corporativo? Se sim, o que e por quê? Nasci para cantar. O que não me agradaria é que não poderia cantar. Mas, de certa forma,, canto sim para empresas. Há muitos anos grandes corporações falam com minha empresária – ou melhor, minha amiga e empresária – Nancy Lara e fazemos alguns shows corporativos em grandes teatros de todo o país.
8- O Sr. teve algum “pupilo”, alguém para quem teria passado parte de sua experiência nos palcos? Quem? Teremos no futuro alguém com sua técnica e estilo, existe essa possibilidade? Passei algumas coisas para o Rick Vallen. Acho que ele teria esta possibilidade. Mas devo confessar: mais do que nos novatos, presto é atenção nos meus grandes ídolos, como Frank Sinatra e Nat King Cole. 9- Ao longo do tempo, se olharmos sua discografia; as capas dos LPs e CDs, notamos uma grande diferença em seu visual. Quem e o que o influenciou nestas repaginadas?
37
Todos nós mudamos ao longo tempo. No início me inspirei nos cantores americanos como Elvis Presley. Depois, fui criando meu próprio estilo. Fiz até plástica, orientado pelo DiVeras, que, como disse, foi fundamental na minha vida. Hoje me visto com o estilista Carlos Saad, da Hobi Club. Digo sempre o que gosto, ele dá algumas sugestões e faz as roupas. Até minha voz mudou um pouco. Em alguns aspectos, para melhor. Mas não mudou muito. Acho que quando uma canção minha começa no CD ou no rádio, e alguém está em outro cômodo, já pensa, mesmo sem me ver: “É o Cauby...”
38
39
otimista
NÃO PRECISAMOS
PROVAR NADA A NINGUÉM Ômar Souki
40
P
assei por um período em minha vida em que enfrentei grandes desafios financeiros. Naquela época tinha tudo e me parecia que não tinha nada, pois eram dívidas e mais dívidas para pagar. Embora meus ganhos fossem elevados, não conseguiam acompanhar o estilo de vida que eu desejava manter. Eu queria provar para os outros que era uma pessoa bem-sucedida. Para fazer isso acabava gastando mais do que eu ganhava. Até que assisti uma entrevista com o fundador da TAM, Rolim Amaro, o saudoso Comandante Rolim, na qual o repórter lhe perguntava qual era o segredo do seu sucesso. Sua resposta me surpreendeu, porque eu estava fazendo justamente o oposto. Ele disse que conseguiu crescer porque quase tudo o que ganhava reinvestia na TAM. Seus gastos pessoais eram singelos. Comprava sapatos e ternos baratos e vivia de forma econômica. Começou a vida trabalhando como mecânico em uma oficina da Volkswagen e depois passou a fazer faxina em aviões. Até que, com suas economias, conseguiu tirar o brevê. Mas, mesmo depois de se tornar empresário bem-sucedido, nunca se preocupou em provar nada a ninguém. O compositor inglês William Corbett disse que milhares de pessoas são levadas à pobreza por seu medo de serem consideradas pobres. No afã de provar para os outros que são ricas, muitas gastam o que não têm e se atolam em dívidas. Bruce Fleet, no livro Os sete princípios de Salomão (Editora Lua de Papel), explica que essa necessidade de parecer mais do que se é faz parte da cultura do imediatismo. Queremos gratificação instantânea. Os meios de comunicação nos mostram o que devemos ter para sermos considerados bem-sucedidos e nós acreditamos. Queremos tudo agora. É por isso que os cartões de crédito têm lucros extraordinários e o endividamento pessoal
é astronômico. No momento em que começamos a ganhar mais ou que a nossa empresa deslancha, fazemos planos para incrementar nosso estilo de vida. Começamos a achar defeito no nosso carro: é preciso comprar um novo. A nossa casa, de repente, se torna pequena demais. O bairro onde moramos já não mais nos satisfaz. A pressão que sofremos para gastar mais e mais é enorme. O marketing se utiliza amplamente da psicologia, da sociologia e da programação neurolinguística para estimular o consumo. Precisamos de uma dose cavalar de autocontrole para não nos seduzirmos pelos insistentes apelos televisivos. De acordo com Fleet, as pessoas que criam os comerciais poderiam dar aula para Freud e Jung. Sabem por que nós compramos coisas de que não precisamos e não queremos; pelas quais não podemos pagar e que, em geral, valem menos do que custam. Não é à toa que bilhões e bilhões de reais são gastos anualmente em propaganda. As pessoas que assistem à televisão regularmente recebem uma média de três mil mensagens comerciais por dia. Em geral, o que os comerciais nos oferecem é a felicidade instantânea. A lógica emocional da propaganda é que, se eu comprar aquele produto, vou ser mais feliz. O lado esquerdo e o direito do cérebro são estimulados, isto é, usa-se a lógica (é razoável comprar aquele produto porque eu mereço) para se atingir uma gratificação emocional (pois ele me fará mais feliz, ou mais bonito, ou mais bem-sucedido — ou tudo isso junto). Pesquisas realizadas sobre os hábitos de pessoas de sucesso mostram que a riqueza é resultado de bons hábitos. Muito trabalho, economia, perseverança, planejamento e autodisciplina fazem parte do estilo de vida dos que conseguiram vencer na vida. Em geral, os bem-sucedidos escolhem os lugares mais econômicos para comprar seus
Carmelo Riolo
Ômar Souki é Ph.D. em comunicação pela Ohio University, nos Estados Unidos, e autor de 25 livros. Site: www.souki.com.br
41
alimentos e suas roupas. Não se esforçam tanto em parecer, se preocupam mais em poupar e ser aquilo que são. Conseguem domar o orgulho e adiar a gratificação. Preferem mais reinvestir em seus negócios que em seu bem-estar pessoal. Salomão, considerado em sua época o mais rico dos reis e o mais sábio dos seres, escreveu: “Há os que fingem ser ricos, porém nada têm. Há os que fingem ser pobres, mas são abastados” (Provérbios 13, 7). Em que grupo você gostaria de estar?
42
43
A
DA INOVAÇÃO Daniel Bizon
44
I
novar é imprescindível para ter sucesso no mundo globalizado. Quem disse? Peter Drucker disse, Philip Kotler também disse, o “palestrante que foi lá na empresa” disse, o “livro que li ontem” disse, “a matéria da revista de economia” disse, o professor disse, “passou na televisão”! Na boca do povo está a palavra inovação. Quem não inova, não cresce e vai ficar fora do “jogo”. Muito bem. Então existirão dois tipos de pessoas: as que inovam (os grandes gênios que todo mundo conhece), e as que não inovam, que são “os meros mortais”, certo? Errado! Na prática, há muito discurso, mas pouca inovação. Aprendemos que inovar é coisa para gênio. “Quem pode, pode!”. E esse é o grande paradigma. Definitivamente inovar não é coisa de gênio. É coisa de gente! Mas já que insistem em ter um gênio na história, este artigo é dedicado ao gênio que existe em você, caro leitor da Revista SER MAIS que merece sucesso e tem tudo para inovar hoje e sempre. Considere-se dentro de uma espécie de “lâmpada mágica”. Eu a esfrego daqui e você aparece daí. Sou mágico e tenho várias “lâmpadas mágicas” no meu estoque. Mas tem uma condição: quando você sair, três pedidos devem ser
atendidos, três atitudes para despertar o gênio inovador que existe em você. Fechado? Então aí vão: 1. Entenda e aceite que inovar é uma capacidade de todo ser humano; você só precisa saber como pensar para inovar, como direcionar o seu pensamento. No universo empresarial inovar é fazer dinheiro, gerando lucro ou baixando o custo. 2. Adote um método para inovar; precisamos de método, controle sobre o processo inovativo, direcionando a imaginação para criar utilidade ou eliminar a inutilidade (por exemplo: o custo alto ou uma ação que não faça sentido com a estratégia é inútil). Procure conhecer esses métodos. 3. Conecte, adapte; inovação, na maioria das vezes, não significa inventar algo novo. Significa conectar coisas que já existem para criar nova utilidade ou fazer com que algo inútil deixe de existir. O “nov” contido na palavra (inovação) sugere que a novidade seja uma constante, o que não é verdade. O que sempre é novo no ato de inovar são os pontos de vista e as atitudes.
Outro aspecto importante: a convergência é o princípio do grande movimento da economia global e também um dos princípios que regem a inovação. Conectar é convergir; pense nisso. Inovação também acontece quando se adapta algo que é novidade para um determinado sistema, mesmo que esse algo não seja novidade no mundo. Ou mesmo quando reativamos algo que está inativo em nosso sistema, gerando lucro ou redução de custo. Assim como temos controle sobre a qualidade e a estratégia, por que não controlar o planejamento e a gestão da inovação? Inovação é praticamente uma obrigação. Pois o conhecimento já é de domínio público. Então precisamos inovar para sermos mais competitivos, mais competentes e mais felizes. Quem não se abre para a inovação sai perdendo na vida, no trabalho, na família e nos negócios. O líder de mercado? Não existe mais. Hoje é a empresa x, amanhã será a empresa y. Acabou de vez o velho status do líder soberano, com seguidores subordinados à sua supremacia, como no conceito clássico de Michael Porter. A nova competição não será mais entre
empresas e nem entre profissionais, mas entre modelos de negócio e modelos mentais singulares. Não há mais espaço para arrogâncias, “coronelismos” ou “tapetes vermelhos”. Inovar é permitir a mudança, eliminando conflitos econômicos, sociais, pessoais e ambientais. Precisamos de lucratividade no trabalho e na vida. Inovar é implantar uma ideia que faz “a grana” da empresa crescer e a felicidade das pessoas surgir. Criatividade é um pré-requisito. Invenção é novidade, mas nem sempre inovação. Inove! Desperte o gênio que existe em você! Acredite, não são mais necessárias montanhas inspiradoras para inovar. As ferramentas estão aí para os gênios que desejam sair de suas “lâmpadas mágicas”.
Daniel Bizon é conferencista profissional e ilusionista. Apontado como Conferencista do Ano Brasil em dois anos consecutivos, aborda temas da gestão moderna de forma personalizada. Site: www.danielbizon.com.br
45
Gestão de Pessoas: o que NÃO fazer... (Parte II) Adriano Cesar
A
46
inda sob a lógica de se evitar cometer certos “equívocos” e aprender com os erros dos outros, nessa edição dá-se continuidade a uma série de artigos iniciados na anterior, que tratou do processo de Recrutamento & Seleção de Pessoal (R&S). Conforme ressaltei no último artigo, os “equívocos” aqui mencionados são observados em organizações de todos os tipos, portes, setores e tempo de vida no mercado, bem estruturadas ou não. Dessa forma, abaixo comentarei os relacionados ao processo de Treinamento, Desenvolvimento & Educação (TD&E), ou Educação Corporativa, em se tratando de empresas mais modernas: 1. Treinamento não é um benefício social, tampouco instrumento de compensação, seja lá do que for: é comum observarmos gestores encaminherem seus colaboradores para treinamentos como se estivessem concedendo a eles um benefício social que há muito não lhes é conferido. Ou, na mesma linha equivocada de raciocínio, utilizam as oportunidades de treinamento como forma de premiação e de recompensa por bons comportamentos, lealdade, camaradagem, ou como moeda de troca para obtenção de certos resultados, como desculpa para justificar a ausência ou a impossibilidade de aumentos salariais etc... Os recursos de treinamento não se originam nem se destinam a “fundos perdidos”! Como qualquer investimento financeiro, somente deve ser liberado caso esteja clara a forma
de retorno do mesmo,independentemente do montante em questão; 2. Não utilização de indicadores pré e, principalmente, pós-treinamento: na maioria dos casos, os objetivos dos treinamentos não são definidos com base em estudos e indicadores a priori que indiquem a situação de partida para, então, se definir a situação pretendida. Outra forma é também ter claro quais são as competências que se pretende aquirir por meio dos treinamentos ou das ações de desenvolvimento de pessoal; 3. Utilizar os treinamentos para simplesmente contabilizar horas-aula e atingir metas de processos ou para adquirir certificações medalha sem utilidade prática: essa é uma das desvirtuações mais comuns. Atingir metas de horas-aula por funcionário simplesmente pela meta (foco no processo, na métrica). De uma vez por todas: ações de Educação Corporativa somente devem ser realizadas se for na direção de aquisição ou desenvolvimento de competências para a geração de resultados mensuráveis. Qualquer outra coisa que fuja desse proprósito é jogar dinheiro fora, ou seja, é prejuízo; 4. Não vinculação a projetos estruturantes para a melhoria de produtos e/ou processos: todo funcionário, ao ser encaminhado para um treinamento, a exemplo das missões militares, deve ser devidamente “brifado”, ou seja, saber qual é o objetivo da “missão”e o que se espera dele ao retornar da mesma;
5. Obter retorno do investimento do treinamento (ROI) somente após a finalização do investimento: quem foi que disse que o retorno sobre o investimento (ROI) em ações educacionais somente se obtém ao final do mesmo?! Muitas empresas justificam que não investem em ações dessa natureza com receio de perder o colaborador para a concorrência e, junto com ele, todo o investimento realizado. Pouco inteligente esse argumento. Se assim for, nenhum colaborador se sentirá estímulado a aplicar seus próprios recursos em cursos que eventualmente tragam algum retorno para a empresa, tampouco terá garantias da empresa de que nela vá permanecer. Logo, o retorno sobre o investimento deve ser obtido ao longo de um processo de aquisição de competências e desenvolvimento de pessoal. Ainda que o funcionário decida sair da empresa, ela já obteve retorno durante a sua permanência até então;
7.
Intolerância ao erro: é errando que se aprende, não
Uma vez mais, reitero o objetivo dessa minissérie de artigos: redirecionar e reformatar o pensamento e as práticas de atuação dos profissionais e das áreas de Gestão de Pessoas para direções efetivamente mais estratégicas e menos operacionais, focadas nas técnicas e nos instrumentos. Não se trata de desmerecer a importância dessas últimas, mas, sim, de redirecionar o foco, os esforços e as atenções para aquilo que, na minha visão, é o mais importante para a sobrevivência e para a evolução geral das empresas e das áreas de Gestão de Pessoas. Na próxima edição, será a vez de comentarmos sobre os principais “equívocos” comumente observados no processo Avaliação de Desempenho. Até lá! Adriano Cesar é CEO, consultor organizacional e palestrante da FATORH Consultoria. Personal & Professional Coach. “Black Belt” em Six Sigma. Professor de cursos de graduação e de pós-graduação. E-mail: adriano@fatorhconsultoria.com.br
47
6. Excesso de teorias e escassez de práticas nas ações educacionais: muita teoria e poucas práticas (exercícios, simulações, cases etc.) nas ações educacionais. A regra já é conhecida por todos: aprendemos fazendo, de preferência, em serviço (on the job), sob a orientação e o acompanhamento de profissionais e gestores que queiram efetivamente ensinar e, principalmente, de forma lúdica, que torne o aprendizado mais prazeroso e próximo do lazer (sem perder o foco no objetivo final, é claro! Nada de técnica pela técnica, por favor!);
é mesmo?! Por que, então, não toleramos mais os erros e aprendemos com eles?! Por que não estimulamos espaços de aprendizagem, seja em reuniões ou em laboratórios onde o erro possa ser minimamente controlado?!
GESTÃO E ABSENTEÍSMO Wagner Galletti Valença JÁ OUVIRAM A EXPRESSÃO “PREMIAR A INCOMPETÊNCIA E PUNIR A COMPETÊNCIA?”
48
P
ois é, isso tem a ver apenas com avaliações de desempenho, apoio financeiro, promoções, méritos? Tem a ver com tudo isso, mas chegou a hora de refletir sobre outras atitudes e ações que podem levar à perpetuação dessa expressão. Seria bom que RH fosse responsável por gerenciar, por exemplo, o absenteísmo – um dos grandes vilões do dia a dia organizacional * -, não é? Se você pensa assim, está na hora de pensar no seu papel de gestão. Ser gestor envolve mais nobreza do que somente ocupar um cargo na hierarquia organizacional. É assumir-se como parte da direção da empresa, com a responsabilidade de manter a sobrevivência dela: seus custos, resultados, benefícios, agindo como se dono fosse. Como este artigo trata da gestão do absenteísmo, vamos pensar na implicação de não fazê-lo, e citar alguns pontos para você refletir como tem atuado em relação a eles (outros que porventura você mesmo possa se lembrar): Custos: quanto você tem considerado esta variável de maneira completa, levando em conta realmente os indicadores que a empresa possui e disponibiliza para auxiliar seu processo de gestão de absenteísmo e tomar as ações de gestão? Quais são os custos diretos e indiretos? E os custos decor-
rentes de aspectos subjetivos... insatisfação, por exemplo? Se lhe fosse perguntado agora, você teria condições de, rapidamente, falar nos números desses custos? Se não, está na hora de pensar se está fazendo tudo o que a organização espera, quando delega a você a função de gestor! Pessoas: sobre isso, você seria capaz de apontar as razões concretas das ausências? Saúde, família, greves, imaturidade, desmotivação, desinteresse, atrasos de conduções? Qual é a incidência ou recorrência dessas razões ou justificativas? As ausências ocorrem mais frequentemente em que dias? (do mês, semana, finais de semana, pós ou pré feriados)? O que você tem feito a respeito? Estudos e minhas experiências, embora não conclusivos nem esgotando outras possibilidades, indicam que as hipóteses abaixo podem ser levadas em conta para entender razões e gerenciar o absenteísmo: 1- Características pessoais (tendências ao absenteísmo): • Trabalhadores com filhos apresentam maior incidência; • Mulheres têm mais incidência do que homens; • Trabalhadores que são a principal fonte de renda da família têm menos tendência; • Profissionais com maior grau educacional têm menor
tendência; • Pessoas mais velhas têm menor tendência. 2- Fatores situacionais: • Profissionais e pessoas em níveis de supervisão são menos propensos a um alto nível de absenteísmo; • Profissionais com mais de cinco anos de trabalho na organização têm menor índice de absenteísmo.
profissionais. Objetivamente, veja se não está sendo condescendente demais com alguns, não corrigindo posturas inadequadas e não os orientando em direção aos caminhos que as organizações disponibilizam para tratar das situações específicas de ausências e, com isso, contribuindo para a manutenção de situações indesejadas e pior, “punindo os competentes”. Releia o começo deste artigo e pense: será que só “estou gestor?” Referência *Luiz Sergio Lico, em artigo publicado em RH.com.br Wagner Galletti Valença é consultor e atua na área de treinamentos comportamentais. E-mail: wgv@terra.com.br
49
Se você não estiver dando a atenção devida e gerindo o absenteísmo, como fica a motivação dos demais se eles precisam se encarregar das tarefas adicionais (até porque algumas atividades não podem ficar à espera da volta do ausente)? E para você, que por vezes também fica sobrecarregado, o que contribui para que não exerça algumas atividades de gestão? A difícil, mas desafiadora tarefa de gestão passa por responsabilizar-se por pessoas, portanto, envolve o esforço diário de separar profissional de pessoal é pré-condição para ações profissionais, mantendo o esforço de não “misturar estações”. É esforço sim, pois somos humanos e temos nossas afinidades que não
devem (nem podem) ter peso maior do que a imparcialidade nos julgamentos e ações sobre vínculos
POR QUE É TÃO IMPORTANTE
UM ‘BOM’ CURSO DE
VENDAS? Jonas Pires
U 50
ma das coisas que mais me surpreende é a forma com que os empresários, principalmente os microempresários, encaram esse assunto, muitos deles (para não falar da maioria) parecem não levá-lo tão a sério. Digo isso porque vejo diariamente as empresas investirem em material de divulgação, propaganda no rádio e na televisão, mas essas mesmas empresas que chamam inúmeros clientes para seus estabelecimentos se esquecem do principal: preparar sua equipe de vendas para absorver estes clientes com um bom atendimento. De que adianta eu divulgar minha empresa para Deus e o mundo se meus vendedores não sabem absorver ao máximo essa demanda? De que adianta investir quase 10% de meu faturamento em marketing se em minha equipe só tenho vendedores despreparados e, principalmente, viciados a venderem preço? Será que esses empresários não estão colaborando para que esses profissonais sejam menos profissionais?
Vendas é um quesito muito importante em uma empresa, se não for o mais importante! Quando uma empresa é aberta, torna-se um centro gerador de despesas, e o único setor que gera receita para uma empresa é o setor de vendas. Sabemos que cada pessoa tem uma personalidade, um perfil diferente das outras pessoas, isso justifica por que o atendimento em vendas também não pode ser igual para todos, pois há de agradar a um e aborrecer o outro. Por este e outros motivos os vendedores devem saber identificar os tipos de clientes existentes no mercado e como atendê-los, aumentando assim o aproveitamento e fechamento nas vendas de seu negócio. Diferente mente do que muitos pensam, um bom atendimento em vendas não se baseia em apenas ser gentil ou educado, nem em ficar puxando o saco do cliente. Devemos identificar que tipo de cliente esta em nossa frente para poder abordá-lo dentro daquilo que o satisfaça.
Mas qual é o curso de vendas ideal para a sua empresa? Se você notar, verá que a maioria dos cursos fala da mesma coisa: -Postura do vendedor -Técnicas de rapport -Técnicas de abordagem etc
-Temperamento do cliente
Contrate um bom curso de vendas para a sua empresa, um curso de vendas que ajudará sua equipe a identificar o cliente e por que ele compraria aquele produto ou serviço. Não perca tempo com cursos de vendas que apenas ensinam o tradicional. Treine sua equipe com um curso de vendas que lhe dê uma visão maior, de como o consumidor enxerga as coisas.
-Perfil do cliente -Estilo de vida do cliente Defendo o fato de estudarmos não apenas as técnicas de vendas, mas também o comportamento do cliente, as razões que o levam a comprar, seu temperamento.
Jonas Pires é consultor e palestrante na área de vendas. E-mail: contato@jonaspires.com
51
Mas o que um bom curso de vendas às vezes não fala é:
Se entendermos um pouco do que levará aquele cliente a comprar seu produto ou serviço, com certeza não precisaremos ficar vendendo preço como muitos vendedores fazem por aí. Isso pra mim é preguiça, vender preço é a última coisa que se deve fazer em uma venda.
GERAÇÃO Y EM
CARGOS DE LIDERANÇA Cíntia Bortotto
M
uito se tem comentado sobre as manias, os desafios, as incertezas e as certezas da chamada ‘geração Y’. Mas, afinal, quem são essas pessoas sobre as quais os especialistas tanto discutem? Por que essa questão está sempre nas rodas de executivos, nos jornais e programas de TV? Esta geração é bastante peculiar e possui comportamentos que muitas vezes geram conflitos. Entre seus principais desafios e dificuldades, estão:
52
- Entender limites - Lidar com a frustração - Lidar com a espera, pois gostam do imediatismo - Lidar com o sucesso do outro, pois querem saber: “Tudo bem o outro ter sucesso, mas e eu?” - Calar no momento em que quer questionar - Trabalhar em lugares que não valorizem qualidade de vida, valores eticamente corretos e sustentabilidade - Trabalhar em lugares não transparentes - Não serem escutados e incluídos nas decisões Esta é a geração das pessoas nascidas entre os anos de 1978 e meados de 1990. Elas nasceram em um período com a economia mais estável e em uma sociedade que valorizava a infância, um pensamento bastante diferente em relação às gerações anteriores. Assim, acabou-se criando muita proteção por parte dos pais dessas crianças, além da valorização e preservação da autoestima. Isso fez com que essas pessoas se tornassem mais ‘senhoras de si’. Agora é a época em que grande parte dessa massa nascida nesse período está no mercado de trabalho e no mundo corporativo. Os mais antigos estão tendo
de aprender a lidar com eles, e esse é um dos motivos pelos quais a ‘geração Y’ tem sido tão comentada. E o mais interessante é que este pessoal já está começando a ocupar cargos de liderança, o que levará inevitavelmente a uma mudança nos paradigmas das empresas e companhias.
O perfil “Y” Com recursos tecnológicos disponíveis como internet, celular, wireless, os representantes da ‘geração Y’ tendem a estar sempre conectados e fazendo várias tarefas ao mesmo tempo. Eles não respeitam tanto a autoridade como as gerações anteriores, pois a colocam à prova e esperam para ouvir a resposta, mas ouvem e ponderam. Eles acreditam que podem mudar o mundo e têm valores voltados à sociedade, ao meio ambiente. Só concebem trabalho se for equilibrado com a vida pessoal e, se tiverem de escolher, preferem a vida pessoal. Eles não gostam de esperar, querem respostas e ações no aqui e agora, de forma que uma atividade não pode ser igual por mais do que três meses. Não se submetem a atividades que não veem como promissoras a longo prazo. Adoram desafios, amam ver que têm oportunidades e apreciam se sentirem reconhecidos. Gostam de feedbacks constantes. Veem liderança como um exercício de coletividade e inclusão, e entendem que é um processo rotativo, não preso em uma figura. Além disso, são criativos e autocentrados.
Aos chefes das outras gerações Aos patrões do século XXI, eu sugiro algumas atitudes para lidar bem com esta nova geração. Em primeiro lugar, aconselho aos líderes que criem rotinas de feedback regulares, preferencialmente mensais e que deixem claro, de forma objetiva e direta, limites e o que é esperado de cada um. Também é importante investir em canais de comunicação interna. Comunique-se rapidamente e de forma sintética (foi assim que eles aprenderam). Também é importante criar sistemas de carreira e aumentos salariais com visitações constantes e investir em programas de reconhecimento, treinamento e desenvolvimento. A liderança “Y” Com este novo perfil nos cargos de chefia, algumas mudanças estão acontecendo dentro das empresas, tais como: * As companhias têm investido em tecnologia e comunicação. Elas querem estar conectadas aos clientes, fornecedores, e especialmente ao consumidor final. * Assuntos como qualidade de vida e equilíbrio entre vida pessoal e trabalho tendem a estar em questão com este grupo no comando; atenção principalmente para trabalhos part time ou parte do trabalho feito em home office: eles são tendências que ganham cada vez mais força. * Valores como sustentabilidade e lealdade também tendem a ser valorizados. * A velocidade tanto de promoções como de tomada de decisão fica mais intensa.
Cíntia Bortotto é consultora em Recursos Humanos, com vasta experiência na rotina executiva. É formada em psicologia pela PUC-SP, especialista em recursos humanos pela FGV - Fundação Getúlio Vargas.
53
Com a geração Y tomando decisões, teremos empresas cada vez mais verdes e focadas no consumidor final. Veremos toda uma cadeia envolvida com estes novos valores. Isso tende a ser feito por meio de uma comunicação clara, transparente e direta, em uma velocidade nunca vista antes. Seja qual for sua geração, siga confiante e boa sorte!
FUN LEARNING
DEATH NOTICE
SMACK HIM AGAIN
When the husband finally died his wife put the usual death notice in the paper, but added that he died of gonorrhea. No sooner were the papers delivered when a friend of the family phoned and complained bitterly: “You know very well that he died of diarrhea, not gonorrhea.” Replied the widow, “I nursed him night and day so of course I know he died of diarrhea, but I thought it would be better for posterity to remember him as a great lover rather than the big shit he always was.”
Due to a power-cut, only one paramedic responded to the call. The house was very dark so the paramedic asked Kathleen, a 4-yr old girl to hold a flashlight high over her Mommy so he could see while he helped deliver the baby. Very diligently, Kathleen did as she was asked. Her Mom pushed and pushed and after a little while, Connor was born. The paramedic lifted him by his little feet and spanked him on his bottom. Connor began to cry. The paramedic then thanked Kathleen for her help and asked the wide-eyed 4-yr old what she thought about what she had just witnessed. Kathleen quickly responded, “He shouldn’t have gone in there........smack him again! “
VOCABULARY HELP • • • • • • • • • • • • • •
big shit - cagão bitterly - amargamente complain - reclamar death notice - notícia da morte deliver - entregar die - morrer great lover - grande amante husband - marido no sooner - tão logo paper - jornal rather than - ao invés de remember - lembrar reply - responder wife – esposa
MAGNET Panicking when her two-year-old swallowed a tiny magnet, my friend Phyllis rushed him to the emergency room. “He’ll be fine,” the doctor promised her. “The magnet should pass through his system in a day or two.” “How will I be sure?” she pressed. “Well,” the doctor suggested, “you could stick him on the refrigerator. When he falls off, you’ll know.”
54
VOCABULARY HELP • • • • • • • • • • • •
swallow - engolir tiny - pequeno friend - amigo rush to - levar apressadamente para emergency room - sala de emergência fine - bem promise - prometer through - através sure - certeza stick - colar, pregar fall off - cair know (know, knew, known) – saber
VOCABULARY HELP • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
after a little while - após algum tempo ask - pedir bottom - nádegas call - chamado cry - chorar dark - escura due to - devido a flashlight - lanterna helped deliver the boy - ajudar a dar a luz ao garoto he shouldn’t have gone in there ele não devia ter entrado lá hold (hold, held, held) - segurar lift - levantar little feet - pézinhos power-cut - corte de energia push - empurrar see (see, saw, seen) - ver smack him again! - bata nele de novo spank - bater wide-eyed - olhos arregalados witness – testemunhar
criada
55
Psicologia Budista Tibetana Norma Margareth A. De Marchi e Estefânia De Marchi
56
O
s ensinamentos do Budismo originaram-se na Índia há mais ou menos 2500 anos por meio de Shakyamuni, que era considerado um “Buda”, ou seja, uma pessoa “iluminada”, alguém que atingiu a compreensão total a respeito da natureza e da estrutura da realidade. Ele acreditava na capacidade da mente humana em obter entendimento absoluto a respeito de tudo o que desejasse, bastando desenvolver sua habilidade natural, além de uma educação correta e bastante esforço pessoal. Tendo obtido tal conhecimento, Shakyamuni dedicou-se em divulgar sua sabedoria aos demais seres humanos, criando um movimento com diversos adeptos que se espalharam por muitos países, originando várias Escolas ou vertentes. A Escola Budista Mahayana1 teve como precursor o filósofo e monge Nagarjuna. Prosperou no norte da Índia, no Nepal, na China, no Japão e ramificou-se em outras Escolas, tendo sido levada aos tibetanos por meio do imperador Songzen Gambo no começo do século VII. Até esta época, durante os primeiros oito séculos, a região possuía uma dinastia militar e seu sistema religioso era baseado no xamanismo (os registros históricos tibetanos datam de 2300 anos atrás). O objetivo de um adepto da Escola Mahayana é atingir a condição do Bodhisattva, um ser que se ilumina, transcende, ou seja, atinge libertação do sofrimento da existência cíclica (sai da Roda de Samsara), e, por compaixão, retorna para ajudar as pessoas na busca da iluminação! Portanto, a Psicologia Budista Tibetana baseia-se no método científico budista da adhyatmavidya, uma disciplina organizada para expandir o conhecimento da mente humana, proporcionando ferramentas para libertá-la do sofrimento, do apego e da ignorância. O adepto, por meio de atitudes cotidianas elevadas, expande mais felicidade, liberdade e se torna apto a lidar com mais sabedoria com os desafios do dia a dia: • Praticando mantras, mudras e meditação para emergir o espiritual, o transpessoal, o “além do eu”. • Mantras são relacionados com a fala e tem poder vibracional. • Mudras são relacionados com o corpo e abrem e fecham circuitos energéticos. • Meditação para acalmar, domesticar e disciplinar a mente. 1 A expressão Mahayana pode ser traduzida como “Veículo Universal” (Robert A. F. Thurman, The Tibetan Book of the Dead, prefácio XXI).
• Pintar ou fazer mandalas para trabalhar polaridade, impermanência, efemeridade da vida e reintegrar os conteúdos inconscientes. • Praticar com dedicação constante, disciplina, confiança, coragem, persistência para se expandir... • Encontrar um mestre, um amigo que irá estimular o despertar da consciência. “(...) seguir emoções positivas e deixar as negativas (...)” Lama Gangchen Rinpoche. As práticas trarão bem-estar, amor próprio, solidariedade e compaixão, além de ensinar a lidar com as emoções de apego, raiva e ignorância, consideradas como “Os Três Grandes Venenos” da mente. Trarão o entendimento e a compreensão de que está tudo interligado e em completa transformação... Permanentemente impermanente... “Três pessoas estão andando por um deserto. Com sede, elas chegam à frente de um muro alto. Elas se aproximam e olham por cima do muro e percebem que inexiste entrada ou porta. A primeira sobe nos ombros de uma delas, olha para dentro, grita “Eureca” e pula para dentro. A segunda, em seguida, sobe e repete as ações da primeira. A terceira laboriosamente sobe o muro, sem assistência e vê o luxuriante jardim. Nele tem água fresca, árvores, frutos etc. Porém, em vez de saltar para o jardim, ela salta de volta para o deserto à procura de andarilhos para falar sobre o jardim e como encontrá-lo. A terceira pessoa é o Bodhisattva.” Pollack (2005).
Norma Margareth A. De Marchi pratica os Ritos Tibetanos há 17 anos. Atua na área de Desenvolvimento Humano há mais de 20 anos. Diretora da DMA Consultoria. Estefânia De Marchi possui curso Intensivo em Psicologia Tibetana Budista e Psicologia Transpessoal pela Associação Brasileira de Psicologia Transpessoal em Dharamsala, Índia. Atua na área de Desenvolvimento Humano.
57
no alvo
Economia lúdica Aprender economia também pode ser divertido. O jogo virtual “A pequena grande crise 2: a ameaça agora é outro” ensina como funciona a economia e o mercado financeiro de uma maneira inusitada. Por meio do game, os jogadores veem simulações de decisões tomadas e como elas podem influenciar as bolsas mundiais. Como tema central, traz a atual crise na zona do euro e visa explicar de forma descomplicada sua origem e desdobramentos. Além de aprender “brincando” o jogador ainda tem o auxílio de duas personagens, uma paródia do ex-presidente americano George Bush e do atual , Barack Obama. Para jogar, basta acessar o site: www.apequenagrandecrise2.com.br
Educação a Distância O UOL (Universo Online) lançou um serviço de educação a distância com mais de 450 opções de cursos online. A novidade é por conta da parceria realizada com a Cresça Brasil, empresa especializada em cursos de capacitação a distância. O produto permite ao aluno estudar nos horários e locais mais convenientes, além de permitir que siga seu próprio ritmo. Cada um dos cursos possui suporte em áudio e tem atividades interativas, possibilitando a constante capacitação do estudante, tanto profissional como pessoal. E ainda, ao fim de cada curso é emitido um certificado de conclusão. Mais informações em: www.uol.com.br
58
Dança das cadeiras Ramon Gomez acaba de assumir a diretoria comercial da Allianz Seguros. Durante a carreira passou por instituições bancárias como Itaú e Unibanco. Em sua nova função, irá liderar diretorias regionais e a superintendência de segmentação e ações comerciais. O executivo tem MBA em Gestão, Finanças e Marketing pela Fundação Dom Cabral. Abel Castro foi promovido a diretor de desenvolvimento e novos negócios da Accor América Latina. Abel ocupou anteriormente o cargo de diretor adjunto de desenvolvimento e novos negócios para o Brasil. Sua principal missão é trabalhar para o desenvolvimento da companhia na região e será responsável pela coordenação de uma equipe de dez profissionais. A Sonda IT, companhia latino-americana de Tecnologia da Informação, nomeou Flávio Paiva diretor comercial do setor Enterprise Commercial. Paiva é formado em Engenharia Elétrica com ênfase em computadores pela FEI (Faculdade de Engenharia Industrial) e possui MBA em Marketing e Serviços pela FIA (Fundação Instituto de Administração). Já trabalhou em empresas como o Grupo Algar, Grupo Bull, Nec e Getronics. O Grupo Campari anunciou recentemente a nomeação de Sascha Cumia para a Diretoria Geral da Unidade de Negócios da América do Sul. Desde 2000 na empresa, o diretor atuará para o crescimento orgânico e estratégico do grupo. Seu antecessor, o italiano Paolo Perego, deixa o Brasil para integrar a equipe Campari América – Unidade de Negócios América do Norte como Chief Operating Officer (COO).
Comércio varejista em alta O comércio varejista registrou crescimento de 3,1% em 2011 com a movimentação de R$ 151,4 bilhões. O aumento é em relação ao ano anterior, segundo a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista realizada pela FecomercioSP em parceria com a consultoria e-bit. O desempenho do ano anterior foi influenciado pelo comércio eletrônico, que também cresceu (17%), seguido pela alta de 9,3% nas vendas das lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos.
Investimento em gestão Uma pesquisa realizada pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) com 309 empresas brasileiras revelou que 42% delas destinam até 2% do faturamento para programas de melhoria da gestão. Apenas 8% das participantes afirmaram não fazer invesvimento algum e 13% direcionam um montante acima de 10%. O estudo também mostra que 93% destas companhias se preocupam e buscam a excelência da gestão, além de 99% acreditarem no investimento e aperfeiçoamento do negócio para o aumento de sua competitividade. Saiba mais em: www.fnq.org.br
Ensino interativo A Itautec e a EducarBrasil acabam de anunciar parceria para fornecer ao mercado uma solução para a informatização das salas de aula, o Inovaeduc. O projeto da instituição em consultoria educacional oferece ao mercado a tecnologia como ferramenta de apoio ao ensino presencial. O sistema permite aos professores realizarem aulas em lousas interativas, nas quais os conteúdos desenvolvidos podem ser compartilhados com os alunos por meio de netbooks da marca Itautec. As máquinas são disponibilizadas pela EducarBrasil para as escolas, que também podem ter o suporte da área de serviços da empresa de informática com cobertura em mais de 3.700 municípios por todo o País.
O estado de São Paulo saiu na frente e participou da assinatura dos Termos de Compromisso Setoriais de Resíduos Sólidos entre a Secretaria do Meio Ambiente e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. A iniciativa também teve a participação de representantes paulistas dos setores produtivos responsáveis pelos resíduos pós-consumo de embalagens de pilhas e baterias portáteis. Os termos assinados determinam como irão funcionar os sistemas de logísti-
ca reversa dos resíduos pós-consumo em cada um desses setores e já valem após a assinatura.
59
DESCARTE INTELIGENTE
vitrine de sucessos
Etiqueta 3.0
60
Na era do mundo conectado, manter um relacionamento cordial dentro do ambiente virtual é tão importante quanto as relações do mundo real. E é justamente sobre o esse tipo de comportamento que Lígia Marques e Hegel Vieira Aguiar falam no livro ‘Etiqueta 3.0 – Você Online & Offline’. A obra traz dicas que ajudam as pessoas a definir um objetivo nas mídias sociais, a fim de construir um perfil autêntico e interessante, que não seja apenas uma ferramenta de reprodução de conteúdo. Hegel Vieira Aguiar e Lígia Marques Editora Évora R$ 24,00
O filho da crise
A História Empresarial de Marco Stefanini, fundador da Stefanini IT Solutions A obra relata a história do jovem que iniciou sua carreira profissional durante uma das maiores crises econômicas do Brasil. Ele conseguiu sair do zero e construir um grupo que hoje fatura 1,2 bilhão por ano e está presente em 28 países, o que faz dele a segunda empresa brasileira mais globalizada. Atualmente, Marco Stefanini é considerado um dos empreendedores mais bem-sucedidos do setor de tecnologia da informação. Rogério Godinho Matrix Editora R$ 30,60
Pessoas focadas na estratégia
Se eu soubesse aos 20...
Pessoas Focadas na Estratégia aborda, de forma abrangente, a questão da execução da estratégia. A obra reflete mais de 18 anos de experiência e de pesquisas realizadas pelo autor sobre gestão empresarial e gestão estratégica. As lições aprendidas com os projetos permitem ao autor verificar o que funciona, o que não funciona e, principalmente, quais são os maiores desafios associados à estratégia das empresas. Uma das principais mensagens do livro é que a formulação e a execução da estratégia estão integradas – não é mais possível separar as duas atividades.
Ao abordar situações típicas que universitários e profissionais vivenciam ao longo da carreira, a autora Tina Seeling, especialista empreendedorismo, orienta novos e experientes profissionais a visualizar oportunidades em todos os tipos de situação vivenciadas no mercado de trabalho. Durante todo o livro, o leitor acompanha a opinião da autora exposta em situações que abordam temas desde a passagem do final da faculdade para o primeiro emprego, até momentos comuns para quem já segue em pleno desenvolvimento na carreira, mas ainda vivencia situações complexas como uma mudança de emprego, de cultura ou de área.
Emílio Herrero Filho Editora Campus Elsevier R$ 30,60
Imagens para fins meramente ilustrativos. Os preços podem sofrer ajuste sem aviso prévio. À venda enquanto durar o estoque. * Fonte: assessorias de imprensa das editoras.
Tina Seeling Editora Livros de Safra R$ 39,50
INCÓGNITO As vidas secretas do cérebro
U
m dos cientistas mais respeitados da atualidade, diretor de um departamento que leva o seu nome na Baylor College of Medicine, em Houston, o norte-americano David Eagleman é também um autor em ascensão num segmento que não para de ganhar leitores, o da neurociência. Incógnito – as vidas secretas do cérebro, seu título mais recente que chega agora às livrarias pela Rocco, foi bestseller do The New York Times, eleito melhor livro do ano de seu segmento pela Amazon e pelo jornal The Boston Globe, recomendação de leitura do Wall Street Journal, entre outros destaques. No livro, o autor apresenta os mecanismos não conscientes do cérebro, que dirigem diversas ações cotidianas, à revelia da vontade humana.
61
Para o autor, este órgão de apenas um quilo e trezentos, formado por centenas de bilhões de células, cada uma delas tão complexa quanto uma cidade, orquestra nos bastidores fenômenos contraditórios, pouco conhecidos até pelos especialistas no assunto. Por que o homem pisa no freio antes mesmo de ter consciência do perigo? Ou por que é tão difícil guardar um segredo? Ações aparentemente simples, que surpreendem por fugirem do controle consciente. A primeira lição aprendida pelos que estudam os circuitos neurais é ao mesmo tempo óbvia e assustadora: a maior parte do que o homem faz e sente não está sob seu controle consciente. A vasta selva de neurônios opera programas próprios. Estes circuitos foram gravados pela seleção natural para resolver problemas que os ancestrais do homem enfrentaram durante a história evolutiva da espécie. O mesmo ocorreu com a consciência. Ela se desenvolveu porque era vantajosa. Mas apenas de forma limitada. Na verdade, o cérebro faz suas maquinações em segredo, conjurando ideias. Mas ele não permite que seu colossal sistema operacional seja sondado pela cognição consciente. Verdadeiras batalhas são travadas diariamente dentro do cérebro: cognições, pensamentos e crenças são consequência de tempestades de atividades elétricas que não se interrompem em nenhum momen-
to. Para o autor, no entanto, questões aparentemente subjetivas, como o desejo, ou comportamentais, como a criminalidade, estão muito mais ligadas à biologia e à química do que se poderia supor. Fonte: assessoria de imprensa da Editora Rocco.
Cronológica
MENTE
Saber lidar com o tempo também é requisito para ter uma carreira bem-sucedida Karina Cedeño
62
I
magine que você está andando e de repente se depara com uma ponte. Qual é a sua reação? Tem receio de atravessá-la e volta para o caminho que já percorreu, anda sobre a ponte e se detém a todo momento para admirar a paisagem ou a atravessa o mais rápido possível para chegar ao outro lado? A forma como você lida com esta situação pode estar relacionada ao modo como sua linha do tempo está estruturada. Todo mundo tem um “perfil temporal” que define a personalidade e muitas vezes é o responsável pelo sucesso ou fracasso profissional. Steve Andreas e Connirae Andreas, no livro Heart of the mind (A essência da mente – editora Summus), explicam que enquanto algumas pessoas vivem no passado, outras se voltam exclusivamente para o presente e há as que nem se dão conta dele por estarem preocupadas demais com o futuro. Os autores afirmam que nenhum destes perfis pode ser considerado “correto” e alguns podem criar mais problemas do que soluções. Para o especialista em administração do tempo Alexandre Rodrigues, se não forem equilibrados e direcionados a um propósito, ocasionarão
falta de produtividade e perda de tempo. Entretanto, é possível aproveitar as características de cada um e ser bem-sucedido na carreira. Veja abaixo os prós e contras de cada caso, segundo o especialista. Quem vive de passado é museu Aquele que se prende demais ao passado pode contribuir com suas experiências, aprendizados e análises, contanto que os pontos levantados tenham o propósito de evitar problemas na hora do planejamento e execução. Por outro lado, pode tornar-se crítico demais consigo mesmo e com os outros, ou ainda ser arrogante e contaminar a equipe com suas frustrações. “Não há evolução e o indivíduo cada vez mais tende a se anular e a deixar de ser participativo.” Carpe Diem na veia Quem vive o presente traz a praticidade, a ação, o foco. Gosta de partir para fazer aquilo que foi planejado. É um bom executor e tem o ritmo para realizar o que for proposto. Por outro lado, muitas vezes não consegue enxergar os benefícios de um planejamento de longo prazo e na
maioria das vezes realiza apenas o que deve ser feito, sem caminhar e se direcionar a um propósito maior. Por isso não há evolução nem crescimento. Faz muito, mas com poucos resultados.
Alexandre afirma que não é necessário modificar seu perfil temporal, e sim tentar equilibrar os três, já que são partes de um todo. O passado é aprendizado e experiência, o futuro é objetivo e visão e o presente é foco e ação. É fundamental compreender que ficar apenas em um desses
63
Visionário do futuro Possui uma boa capacidade de imaginar e visualizar o futuro, traz com suas visões a motivação, o desejo de realizar, a inspiração. Indica um caminho a seguir e acaba ajudando no planejamento, mostrando como chegar ao objetivo. Por outro lado, pode sofrer de uma completa falta de foco, desatenção e incapacidade de ser objetivo. “A pessoa passa cada vez mais a não gostar do que faz porque nada consegue competir com o futuro que imagina que terá. Ao mesmo tempo, nada faz para alcançá-lo. Vive mudando de sonhos e nada realiza”.
períodos temporais não traz evolução. “O líder deve funcionar como um maestro que, no ritmo certo e na hora certa, altera o instrumento. Ou seja, ele deve saber a hora certa de sonhar, a hora certa de lembrar e a hora certa de agir.” Todo profissional precisa ter consciência desta tríade em sua carreira. “Até a arqueologia se preocupa com o futuro: os pesquisadores sempre deixam uma parte sem ser escavada porque sabem que no futuro haverá melhores instrumentos e técnicas de escavação. Outro exemplo são os escritores. Há os que escrevem memórias ou romances históricos, há os que são excelentes cronistas, críticos que escrevem sobre o hoje (que um dia será passado) e há os visionários que escrevem sobre o futuro em vários campos, como Julio Verne ou um filósofo e pensador que imagina uma utopia”, conclui o especialista. Portanto, preste atenção no que sua linha cronológica tem a lhe dizer e seja flexível na hora de lidar com o tempo. Lembre-se de que você também pode procurar a ajuda de um especialista em PNL (Programação Neurolinguística) para identificar seu perfil temporal e saber como tirar maior proveito dele. Só não deixe para o futuro.
SUA PERGUNTA... Curso Administração e ainda não consegui estágio. Estou no quarto ano e pretendo fazer uma especialização em Administração Pública. Como não tenho tido sucesso na iniciativa privada, acredito que se prestar um concurso e, tendo este diferencial, possa me destacar entre os outros servidores. A única coisa que me preocupa é a reclamação dos meus pais, que não acreditam no serviço de quem trabalha para o governo. Eles pensam que não serei feliz e que trabalharei com pessoas que vivem encostadas. O que faço? Milena Luiza Azevedo
...GAUDENCIO RESPONDE
64 64
Alguém que está no 4º ano do curso de administração e que pensa em fazer concurso para administração pública me parece alguém definido. Isto vai dar o diferencial e o destaque. A continuidade deste diferencial e o consequente destaque será
quando você aplicar na prática o seu desejo, isto é, quando você estiver trabalhando em administração. Se os outros não trabalharem, só aumentarão seu trabalho... se você trabalhar. O sucesso vai depender da sua forma de agir, não da dos outros.
Paulo Gaudencio é psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo (USP). Dedica-se há mais de 40 anos à psicoterapia de grupo e à pesquisa científica.
Você também procura respostas? pergunteaogaudencio@revistasermais.com.br
65
expressão
Pilotos de HP Reinaldo Polito
66
H
oje é muito fácil calcular o custo de uma operação financeira apenas colocando as variáveis em simples programas de computador elaborados para essa finalidade. Nem sempre foi assim. A história é bastante curiosa. Tanto nas empresas como nas organizações financeiras, no comecinho dos anos 1970 os profissionais, sem nenhum constrangimento, usaram umas tabelinhas. Todos tinham a bendita tabela na pasta ou na gaveta. Ali encontravam os diferentes percentuais de reciprocidade em depósitos à vista e arrecadação de impostos, taxa de juros, prazo da operação e pronto, a rentabilidade ou o custo do empréstimo estava calculado. Até que surgiram as calculadoras. A primeira foi a HP 22, lançada em 1975. Com um pouquinho de conhecimento de matemática financeira, todos os cálculos podiam ser feitos com facilidade. Ainda garotão, em um grande banco ensinei a futuros gerentes como calcular a rentabilidade de operações. Lógico que não me escolheram apenas porque eu conhecia matemática financeira e as operações bancárias, mas também para deixar claro que fazer apresentações de qualidade era, em determinadas circunstâncias, até mais importante do que saber fazer cálculos. Em 1978 guardei minha HP 22 e a substituí por uma novidade revolucionária, a HP 38E/C. Com essa máquina ficou ainda mais simples elaborar os critérios para negociar os diferentes tipos de operações financeiras. Um ano depois, em 1979, veio a sofisticação da HP 41C
e em seguida a 41CV. Dava para fazer programas com uns cartõezinhos. Eu montava os programas com as operações mais comuns e na hora de calcular bastava passar o cartão na máquina. Finalmente em 1981 chegou a HP 12C. Nunca mais a substituí. Desde o seu aparecimento até hoje não encontrei calculadora financeira melhor. Tenho todas essas máquinas guardadas como espécie de histórico da evolução dos cálculos nas operações financeiras. E a comunicação? Há pouco tempo nosso curso foi contratado para treinar 150 executivos de um grande banco. Na conversa inicial que tive com o presidente da organização ele me disse: Polito, estou contratando você porque de nada adianta os “meus meninos de ouro” conhecerem tudo sobre matemática financeira se não souberem falar. Nós não estamos precisando de “pilotos de HP”. Que interessante. A mesma habilidade que os gerentes de banco e os financeiros das empresas tinham há quarenta ou cinquenta anos é exigida hoje – a insubstituível capacidade de falar bem. É possível deduzir, portanto, que saber falar hoje é tão importante quanto saber calcular. Reinaldo Polito é mestre em Ciências da Comunicação, palestrante, professor de expressão verbal e autor consagrado. Site: www.polito.com.br
67
68