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Expediente A revista Ser Mais é uma publicação mensal. Ano 3 | Nº 28 Diretor Editorial: Mauricio Sita Diretora Executiva: Julyana Rosa Diretora de Operações: Alessandra Ksenhuck Redatora: Karina Cedeño Revisora: Karina Cedeño Projeto Gráfico: Danilo Scarpa (www.daniloscarpa.com) Diretor de Arte: Henrique Melo Relacionamento com o cliente: Claudia Lima Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968 assinaturas@revistasermais.com.br Cartas para a redação: Av. Rangel Pestana, 1.105 – 3º andar. São Paulo - CEP 03001-000 redacao@revistasermais.com.br http://twitter.com/revistasermais Skype: revistasermais Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e email. A Ser Mais reserva-se o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas. O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax, telefone ou e-mail); e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque. Central do Anunciante: publicidade@revistasermais.com.br [11] 2691-6706 Representante Comercial – Região Sul: Beth Meger Rua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509 Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898 Ser Mais é a revista oficial da Associação Brasileira de Desenvolvimento Comportamental (ABDCOM). Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A Cadastre-se no site www.revistasermais.com.br para receber nossa newsletter. Impressão e Acabamento: Vox
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“Caro Leitor” Comunicação estratégica teste - Quociente de Inteligência Emocional no Trabalho Up to date Cidadão 21 Moda, beleza e estilo Coaching - André Percia +otimista - O Samurai moderno MANUAL DO SUCESSO Inovação – Práticas da inovação Comportamento – O comportamento da nova comunicação na prática
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Gestão – Gestão de Pessoas: o que não fazer...(Parte III) Vendas – Preciso vender! E o comprador da empresa, ajuda? Liderança – Liderança genética ou desenvolvimento? Fun Learning Reflexos de um país em crescimento No alvo +vitrine Gaudencio responde +Expressão – Por favor, desliguem os celulares
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Especialistas nesta edição Adriano Cesar
André Percia
Celso Estrella
Dalmir Sant’Anna
Márcia Rizzi
Ômar Souki
Paulo Gaudencio
Reinaldo Polito
Jair Henrique Reis
Lidia Batista
Luciano Lannes
Roni de Oliveira Sandra Adalgiza Vera Cecilia Barboza Motta Pereira Franco
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www.revistasermais.com.br
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Construindo organizações que cooperam
Síndrome metabólica eleva chance do desenvolvimento de doenças cardiovasculares
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CAPA Gestão do Tempo e Produtividade
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Jogo Rápido Giba Rizzo
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Estamos prontos para trabalhar em equipe?
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Caro leitor, Saímos há pouco do Carnaval e já estamos na metade do ano. Espero que tenha colocado o planejamento em dia e conseguido também deixar a vida nos eixos. Daqui para frente o trabalho será o responsável pelos frutos colhidos nos próximos meses. Para ficar bem profissionalmente é necessário cuidar do corpo, da mente e da alma, independentemente de suas crenças. O estado de espírito situa-se como peça-chave às conquistas vindouras, por isso, esta edição da Ser Mais traz textos que o alertam para a boa saúde mental e corporal. Estar atento aos sinais enviados pelo organismo pode evitar problemas futuros e colaborar para o melhor rendimento. Cuidamos de cada detalhe e nos preocupamos em preparar materiais para colaborar com o seu bem-estar. Tanto que há um teste específico para você medir o “Quociente de inteligência emocional no trabalho”, produzido pela nossa escritora Sandra Adalgiza Barboza. Aliás, gostaria de fazer um grande agradecimento ao material que produziu exclusivamente para nós e será de grande valia aos leitores e assinantes. Aproveito para cumprimentar e agradecer novamente, agora aos escritores do livro Ser+ em Gestão do Tempo e Produtividade, autores da matéria de capa desta revista. Sabiamente conseguiram colocar no papel valiosas lições para o melhor aproveitamento do tempo que, se colocadas em prática, ajudarão a transformar vidas. Não há nada impossível ou tão difícil para se realizado, as propostas são palpáveis e carregam consigo exemplos com a exata noção de sua “aplicabilidade”. Eu poderia escrever laudas e mais laudas sobre o conteúdo das próximas páginas, mas fico por aqui. Deixo os textos seguintes mostrarem ao leitor o constante empenho da equipe de redação em levar informações realmente relevantes ao seu desenvolvimento; pessoal e profissional.
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Até breve! Julyana Rosa Diretora Executiva Editora Ser Mais
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COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA Lidia Batista
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o mundo moderno somos assediados em todo momento a conquistar altos cargos na hierarquia organizacional. Profissionais das mais distintas áreas são instigados a assumir cargos de coordenação e gestão de pessoas. Os profissionais que mais se destacam no exercício de suas funções é que geralmente conquistam tais cargos. A excelência nos setor técnico é o que os leva aos cargos de chefia e coordenação. Diante de tal cenário, uma pergunta ecoa em “alto e bom som”: excelência técnica seria sinônimo de excelência gerencial? Na prática observamos que os profissionais de destaque que conquistam a coordenação têm pouca experiência em gestão e, de um modo geral pouca formação em relacionamentos interpessoais. Eles são altamente desenvolvidos nos processos de padronização de procedimentos e foco em resultados. Essa característica os torna extremamente hábeis na gestão de processos. Existe uma enorme lacuna entre esta habilidade e a viabilização dos projetos junto à equipe de liderados. Um grande desafio em desenvolvimento de gestores é a
ampliação de estratégias e ferramentas de comunicação, de forma a criar uma ponte, ou seja, um elo entre eles e seus liderados para que haja entendimento e compreensão das informações necessárias aos processos organizacionais. Um bom líder é aquele que tem seguidores. E isso só se consegue quando há entendimento das posturas e posicionamento de ambas as partes. A Programação Neurolinguística trabalha de forma pontual no desenvolvimento de estratégias eficazes de comunicação. Proporemos a seguir algumas dessas ferramentas de excelência para uma comunicação precisa e eficaz. Definição de tema e resultado almejado Sempre que se vai comunicar algo a alguém é de grande utilidade que se defina o tema da conversa e o resultado que se quer obter. Em seguida é útil listar de forma sucinta e direta os pontos primordiais a serem tratados. Estes devem ficar bem claros, e o tempo todo devem nortear a comunicação. Definir o tema resguarda o comunicador do risco de perder o foco e divagar em assuntos alheios ao tema, ocasionando assim, melhor aproveitamento e gestão do tempo.
Outro aspecto assegurado é o respeito ao interlocutor. A este só é comunicado o que lhe é de interesse; permitindo assim foco na atividade específica de sua função e de seu cargo. Tal postura favorece maior fluxo na execução das atividades. Saber quais são os resultados que se quer obter com a comunicação é um excelente norteador. O gestor que tem essas características é capaz de focar no propósito maior, ou seja, no “para que” de sua comunicação. Agindo assim ele saberá motivar sua equipe. Ter consciência do “pra que” facilita o acesso aos princípios e valores que sustentam as metas, gerando assim um maior envolvimento dos liderados na execução de comportamentos e cumprimentos das atividades necessárias em cada cargo. Táticas de abordagem do interlocutor No contexto da comunicação propriamente dita, alguns aspectos merecem destaque. Dentre eles podemos citar: • Foco na “pessoa” do interlocutor. Esse aspecto dá ao comunicador a capacidade de perceber e destacar detalhes no processo relacional. Saber observar o interlocutor e detectar se ele está compreendendo coloca o gestor “anos luz” à frente dos demais. Deter essa habilidade antecipa e previne possíveis desentendimentos do processo comunicacional. Saber captar o impacto que sua comunicação gera no interlocutor permitirá ao gestor mudar a forma, sempre que necessário. • Habilidade de flexibilidade dá ao gestor opções de ações. Isso leva a uma maior possibilidade de acertos. Saber levantar e criar novas respostas às questões cotidianas favorece a implantação dos projetos e maior adesão da equipe e dos colaboradores como um todo. O equilíbrio
entre foco no resultado e flexibilidade para mudar o curso diante das necessidades do contexto faz toda a diferença no exercício da gestão de pessoas. • Coerência e congruência são ingredientes essenciais no processo comunicacional. Existem alguns aspectos da comunicação que são percebidos pela mente inconsciente. Quando há divergência entre o conteúdo do que é comunicado verbalmente e do que é comunicado não verbalmente, gerando desconforto e descrédito. É útil que o comunicador esteja inteiro e seja íntegro, transmitindo confiança para seus interlocutores. No atual contexto de desenvolvimento de competências, observamos foco e investimento na gestão de pessoas. Há uma crescente procura por cursos de formação em Programação Neurolinguística. Estes, quando conduzidos por profissionais altamente qualificados e com certificação internacional, proporcionam excelentes resultados no desenvolvimento dos gestores em vários aspectos distintos. Pois a Programação Neurolinguística visa melhorar o desenvolvimento pessoal, acelerar a aprendizagem e tornar a comunicação mais eficaz. Desenvolva você também seu potencial em comunicação, seu sucesso pode ser planejado e conquistado.
Lidia Batista é psicóloga, Master Practitioner e Trainer em PNL. Site: www.psiconsultoria.com.br E-mail: lidia@psiconsultoria.com.br
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teste
Quociente de Inteligência
Emocional no Trabalho Sandra Adalgiza Barboza Escolha a melhor alternativa para cada item: A – Concordo B – Mais ou menos, ou não sei C – Discordo 1 Entre duas ofertas de trabalho, tendo a aceitar a que me garante um cargo que domino, diante de outra que me ofereça funções completamente diferentes. 2 Fico irritado(a) quando alguém me interrompe, principalmente se estou envolvido(a) com alguma atividade que me dá prazer. 3 A intuição não é uma boa conselheira para resolver meus problemas no trabalho. 4 Quando tomo uma atitude que não surte o efeito esperado, abandono-a e logo parto para outra. 5 Levo até o fim cada projeto que inicio, mesmo sofrendo várias frustrações no meio do caminho. 6 Prefiro trabalhar em grupo do que sozinho (a). 7
Detesto correr riscos.
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8 Gosto de realizar trabalhos em que posso influenciar os outros. Em outras palavras, liderança é uma das minhas qualidades. 9 Tenho vários objetivos pessoais e profissionais e estou sempre motivado (a) para concretizá-los. Obstáculos e falta de apoio não me desanimam. 10 Frequentemente, meus colegas de trabalho e meus amigos me procuram para contar como se sentem e dividir os seus segredos. 11 Eles me acham um(a) colega agradável, sociável e bem humorado(a). 12 Quando discuto feio com um colega ou com o chefe, fico tão nervoso(a) que acabo dizendo coisas
das quais me arrependo segundos depois. 13 Se um colega está descontrolado(a) chorando ou reagindo com agressividade, normalmente encontro uma forma de acalmá-lo(a). 14 Estou sempre refletindo sobre as minhas metas de vida e sinto que venho crescendo como pessoa e profissional. 15 Ultimamente tenho esquecido datas importantes, como o aniversário de amigos. 16 Com frequência, os finais de semana e feriados me deixam ansioso(a). O trabalho me absorve tanto que fico pensando nas muitas coisas que vou precisar fazer na segunda-feira. 17 Quando qualquer coisa sai errada, me sinto responsável de alguma maneira, mesmo sabendo que não sou. 18 Acredito que, no decorrer da vida, as pessoas aprendem com os erros e são capazes de mudar seus pensamentos e suas atitudes. 19 Se estou numa função ou num emprego que não é exatamente o que desejo da vida, mesmo assim procuro realizar um bom trabalho. 20 Estou sempre aberto(a) a ajudar meus colegas, repartir tarefas ou, ao contrário, assumir mais responsabilidades no trabalho, independentemente de ter um aumento ou uma promoção. 1. Faça um círculo em torno das suas respostas e transcreva na coluna Pontuação: A B C PONTUAÇÃO 1 1 0 4 x2 2 4 0 1 3 0 1 4 4 4 0 1 5 4 0 1 x2 6 3 1 1 7 1 1 3
8 3 2 0 x2 9 4 0 1 x2 10 3 0 2 11 1 2 2 12 1 0 4 x2 13 3 0 2 x2 14 4 0 1 15 1 1 3 16 0 1 4 x2 17 1 1 1 18 4 0 1 x2 19 3 1 1 20 4 1 0 2. Após a pontuação, multiplique por 2 o resultado obtido nas questões 1,5,8,9,12,13,16 e 18, faça a soma e coloque o resultado no total TOTAL
(Somatória dos pontos)
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS QUAL É SEU QUOCIENTE DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO TRABALHO.
DE 79 A 50 PONTOS MÉDIA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. A forma como se vê e como se relaciona com os outros pode
49 PONTOS OU MENOS BAIXA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Obter essa pontuação não significa que sua sentença foi assinada, que está fadado ao insucesso na profissão. Experimente fazer uma viagem mental por sua história de vida. Você perceberá que, como outras pessoas, foi ganhadora e perdedora em várias situações. A diferença está na forma como você vem reagindo às dificuldades. Enquanto alguns veem os obstáculos como um desafio a ser vencido, você costuma se apavorar e tem medo de não conseguir ultrapassá-los. Talvez recuse um emprego em outro estado porque teme mudar sua rotina, por exemplo. Pronto para desenvolver o seu QE? Use, então, a técnica do voo de helicóptero: sobrevoe a área. Verifique a topografia dos fatos que marcaram sua vida e perceba quantas vezes foi inábil ao expressar seus sentimentos, exagerando na dose. Avalie também seu nível de pessimismo. Em alta, significa que construiu paradigmas (se acha menos inteligente, incompetente...) que precisam ser quebrados – e só você pode fazê-lo. Mais: ficar magoado, triste, é natural, mas remoer esses e outros sentimentos negativos significa desperdiçar a energia que poderia canalizar positivamente para seus contatos sociais, suas metas profissionais. Por último, explore o medo de uma forma construtiva, como um instrumento de ponderação, e não como um bloqueador das suas iniciativas. É errando e aprendendo que conseguimos encontrar formas mais prazerosas e gratificantes de viver nossas emoções.
Sandra Adalgiza Barboza é diretora da Dinâmica Desenvolvimento de Recursos Humanos. Site: www.dinamicarhltda.com.br E-mail: cheroke@terra.com.br
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DE 100 A 80 PONTOS ALTA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Você encara a sua carreira de forma positiva e madura, aprendendo com seus erros e seus acertos e com as situações do cotidiano. Por lidar bem com as próprias emoções, percebe mais facilmente o impacto que elas causam em si mesmo e naqueles que a rodeiam. E isso é básico, por exemplo, para não cair num desânimo absoluto ou até em depressão por não conseguir que seu curso de inglês em Londres seja aprovado pela diretoria ou porque seu chefe não tem lhe dado atenção. Ao contrário, sua inteligência emocional o faz entender que talvez não seja a hora certa de se ausentar do trabalho ou que seu chefe estava apenas preocupado com a situação financeira da empresa. Resumindo, você tem o ótimo hábito de analisar os problemas sob prismas mais construtivos – e isso explica porque acaba influenciando beneficamente os outros. Suponha que seus colegas de equipe estejam descontentes com o salário; em vez de engrossar o coro das lamentações, sugira fazerem uma pesquisa nas firmas concorrentes e levarem até o gerente, adicionando uma proposta de bônus. Outra qualidade sua: saber discernir quando deve expor o que sente e quando o melhor a fazer é guardar para si. Ponderadar não é guardar para si. A pessoa ponderada não é do tipo que fala sem pensar e se arrepende depois. Com tudo isso, tende a ser bem-sucedida em suas negociações profissionais e em suas relações em geral, é líder e firma-se como alguém com que todos querem conviver.
melhorar se conseguir controlar a ansiedade e a impulsividade. Não é porque seu superior disse que o relatório contém vários erros que você tem que bancar o ofendido e fechar a cara. Se os erros se confirmam, tem mais é que refazer o relatório até ele ficar perfeito. A sugestão para aumentar sua inteligência emocional? Elevar a autoestima, concentrando -se nos seus pontos fortes (no trabalho e na vida pessoal) e investindo na contínua manifestação deles. Analise também em que tipo de autoimagem negativa criada no passado você ficou fixado. Se foi muito censurado por seus pais, por exemplo, pode achar que é incapaz de conseguir qualquer coisa sozinho. Se for a filho mais velho e, por isso, acumulou muitas responsabilidades desde criança, talvez continue achando que tem que carregar o trabalho nas costas e exija isso de si mesmo (embora odeie esse papel). Feita essa reflexão, esforce-se para substituir essas falsas crenças por outras positivas, com base nas suas vitórias (todo mundo já fez algo que deu certo). Quem sabe não é excelente negociador ou mais bem-humorado do que imaginava? Explore mais essas e outras qualidades e crenças emocionalmente com os resultados.
motivação
ESTAMOS PRONTOS PARA TRABALHAR EM EQUIPE? “Pergunte aos executivos bem-sucedidos qual é a característica mais desejável em cargos de liderança, e eles dirão que é a capacidade de trabalhar com outras pessoas. Pergunte a empreendedores o que separa o sucesso do fracasso, e eles dirão que é a habilidade nos relacionamentos. Sente-se com professores e comerciantes, gerentes de lojas e empresários de pequenas empresas, e eles dirão que a capacidade de lidar com pessoas faz a diferença entre aqueles que se destacam e os que ficam na mediocridade. É uma habilidade de valor incalculável. Não importa o que você queira fazer, se não é capaz de alcançar o sucesso junto com outras pessoas, então não o alcançará nunca!” JOHN C. MAXWELL
Márcia Rizzi
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que faz com que uma equipe seja vencedora? O que diferencia uma grande equipe de pessoas incapazes de trabalhar juntas? Dois “R’s”nos trazem alguns dos caminhos para iniciar essa reflexão: respeito e relacionamentos aprimorados diariamente. Há equipes de diferentes formas, diferentes tamanhos, com diversas finalidades, tais como: equipes esportivas, financeiras, médicas. Marido e esposa, são equipe. O casal com os filhos formam uma equipe. Você com seus colegas da empresa ou com os companheiros do serviço voluntário são equipe. O que podemos antecipar é que para uma equipe funcionar bem e dar bons resultados o diálogo entre seus integrantes é primordial. E relacionamentos precisam ser cultivados com respeito às diferenças. Vivemos nossa vida profissional em empresas com alto grau de exigência, agitados por cobranças constantes que refletem as necessidades organizacionais, nem sempre coerentes, muitas das vezes nos empurrando para as ur-
gências em detrimento do que é importante. Há trabalhos que exigem um local imune a interrupções, um esconderijo, que nos permita concentração e reflexão. Há trabalhos que exigem coordenação e espírito de equipe, interação que nos leve a aceitar e superar as diferenças tanto de personalidade quanto de capacidades. Unidos em torno de objetivos comuns juntamos diferentes ideias e talentos na construção dos resultados. Uma equipe vencedora é assim, formada por diferentes culturas, estilos, informações, talentos e personalidades que, unidos, compõem o diferencial competitivo da equipe. Forças diferentes se unem apenas onde impera o respeito. Confiança mútua, cooperação, gestão coordenada, fazem das dificuldades oportunidades que nos fortalecem individualmente e como equipe, e que nos preparam para novos e maiores desafios. A equipe vencedora percebe que há uma inteligência maior que se encontra no coletivo, uma sabedoria que aflora em grupo e nos liga mais aos outros, permitindo que a diversidade nos traga maiores e melhores insights.
guma história na minha vida profissional de palestrante. Uma das cenas sobre equipe que já relatei em palestras, e esta é história, é a do Plano Collor, quando deveríamos atualizar todas as contas dos clientes naqueles difíceis dias de confisco da poupança. Horas excessivas de trabalho compunham nossa rotina na Agência Osasco. Equipe altamente comprometida, todos sabiam do curto espaço de tempo e do enorme desafio que tínhamos pela frente. Cada qual dava visivelmente o seu melhor e ao final de cada dia eu procurava um a um para agradecer por seu empenho. Sim, relacionamentos que produzam bons resultados devem ser cultivados. Passados aqueles dias de trincheira, procuramos comemorar com reuniões festivas e destaque, enaltecendo nossa equipe. Foi então que o jogo virou quando, meses depois, uma greve paralisou a classe bancária. Novamente prevaleceu o espírito de equipe lapidado no decorrer dos longos dias de plano econômico, quando a própria equipe escolheu aqueles que estavam dispostos a aderir à greve e os que ficariam na rotina diária para garantir o atendimento aos
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A importância de fazer acontecer Qual é o alvo, onde queremos chegar, quais são as etapas que nos levarão a atingir... Mais do que inspiração, a equipe precisa de instruções para chegar lá, além de encorajamento para agir. Somos contratados para dar resultados, nada diferente disso interessa. Quando os resultados não aparecem é necessário justificar, tais justificativas são as desculpas. O perigo é nos transformarmos em bons colecionadores de desculpas. O valor está nos resultados que contemplem: primeiro os interesses da empresa, depois os da equipe e após os individuais. Histórias de uma vida em equipe Trabalhei por 25 anos em um grande banco. Tive o privilégio de fazer parte de grandes equipes, em algumas dessas estive no papel de gestora. Personagens cativantes povoam minhas lembranças quando, sem saudosismo, volto àqueles tempos ora para compor um personagem, ora simplesmente para resgatar memórias de fatos passíveis que fizeram parte de alguma história ou mesmo al-
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clientes em situações que justificassem o atendimento a título de exceção. Com maturidade, em uma reunião dentro da agência declararam: A Márcia tem que entrar sem constrangimento, ela é a dona da lojinha... E passaram a nomear alguns dos que ficariam fora e os que trabalhariam dentro da agência. Os que aderiram à paralisação ficaram esclarecendo e triando clientes cujo atendimento era imprescindível. Sindicato na porta, gritaria em megafone quando, ao final da greve, ouvimos palavras que, vindas do sindicato, causaram ainda mais repercussão. Ouvimos que ali, naquela agência, imperava o respeito e o verdadeiro sentido de equipe, pois ao longo da greve puderam utilizar as dependências da agência para alimentação e toalete. Bons relacionamentos e respeito são a chave do sucesso de qualquer equipe vencedora. “Observe-se, você está, a todo instante, fazendo parte de uma equipe. Praticamente tudo que fazemos depende do trabalho de outras pessoas, e transformar sonhos em realidade requer equipe. Sozinho ninguém faz algo de valor. Nada de significativo foi alcançado por alguém que agiu sozinho. Mesmo os atos aparentemente individuais têm trabalho em equipe se observados com mais
cuidado.” (John C.Maxwell). Há alguns anos estive na África do Sul, participei de uma grande feira de negócios que reunia diversos países do continente africano. À época estava como conselheira, no conselho deliberativo do SEBRAE SP, estive por seis anos como representante do banco onde trabalhei. As nações africanas se uniram para mostrar ao mundo seu potencial de negócios. Cultura - música, dança e artesanato produtos manufaturados e industrializados, máquinas e equipamentos, além da culinária foram apresentados com a paixão de quem sabe que tem muito a oferecer. Tudo isso foi capitaneado pelo ícone Mandela, que recebeu milhares de visitantes. Foi um belo show de equipe coesa, unida em torno de objetivos, o que anos depois culminou na escolha para sediar a Copa do Mundo de futebol. Isso é visão de futuro, isso é visão compartilhada, é sabedoria coletiva em ação, é sinal de equipe vencedora. As organizações perceberam que precisam de pessoas participantes e altamente mobilizadas no alcance dos seus objetivos. Por sua vez, tais pessoas sentem necessidade de participação e estão conscientes de quanto isso as motiva. Reivindicam o direito de poder influenciar as decisões que as afetam. Quanto maior for o envolvimento dos colaboradores no
processo de decisão, planejamento e execução de uma tarefa, maior será seu comprometimento com a ação. Porém, muitas empresas ainda tratam seus colaboradores como meros executores de decisões e normas, como “seres regulamentados”, e em contrapartida nos contratam para, em uma palestra de duas horas, motivar sua equipe... Quando sentimos que somos valorizados e necessários à nossa organização e que podemos melhorá-la com nossas ações, empregamos maior vigor e entusiasmo nas tarefas, e assim nos sentimos motivados. O trabalho em equipe propicia este ambiente.
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As diferenças são respeitadas e somadas em prol do alcance dos objetivos O nível de confiança é grande Os conflitos são analisados e resolvidos e o feedback é solicitado e ofertado com frequência.
Que tal observar se estas características são perceptíveis na equipe da qual você faz parte? Precisamos uns dos outros para fazer a vida funcionar. Dar e receber, confiar e perdoar, entender que unidos somos maiores e melhores e poderemos realizar algo ainda mais significativo... Na jornada estaremos acompanhados de pessoas com os mesmos propósitos.
Márcia Rizzi é coach e facilitadora de treinamentos na área comportamental. Site: www.marciarizzi.com.br E-mail: marizzi@uol.com.br
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Quando observamos equipes vencedoras, percebemos algumas características que lhes são comuns: ⋅ A habilidade para ouvir é estimulada e praticada ⋅ As ideias são defendidas sem radicalismo
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ECONOMIA DIVERTIDA O Choken Bako - Dog Bank Mayu é uma boa opção para quem deseja ensinar as crianças a pouparem e é até diversão para os mais experientes. O gadget é eletrônico e, cada vez que alguma moeda é colocada na tigela do cachorro, o bichinho faz movimentos como se estivesse comendo. Todo o dinheiro vai para a caixa, abaixo do pet. Encontre em: http://www.focalprice.com/other-special-toys-solargadgets/ca-010005-3.html
EM ALTO E BOM SOM
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O iPhone está entre os smartphones mais desejados do mercado, conta com tecnologia atual, mas pode também fazer uma volta ao passado dos produtos analógicos. Que tal ouvir suas músicas preferidas pela casa diretamente do celular? O item permite amplificar o som e é compatível com as versões iPhone 3G/3GS, iPhone 4/4S e iPod Touch da segunda geração. Compre em: www.firebox.com
ILUMINAÇÃO QUE VALORIZA A novelty DIY LED night light traz uma proposta diferenciada em luminária. O item brinca com a imaginação, muda o ar de sua casa e a deixa mais clara. Em formato de copo, simula como se estivesse derramando café ou leite com achocolatado em uma pequena xícara, situada na base. Acompanha três tipos de copo: liso, com corações e outros motivos. É alimentada via usb ou por pequenas pilhas. Compre em: http://www.aliexpress.com/
PARA OS “BIG PLAYERS” Os fãs de games da década de 1980 se lembrarão das tardes em frente ao “Nintendinho” com essa carteira. O acessório é em formato do controle do videogame e tem os desenhos dos botões representados. O produto é oficial, licenciado pela Nintendo, e possui divisórias internas para cartões. Disponível em: http://www.amazon.com/gp/product/B003JT8LQO/?tag=ga21-20
QUE A FORÇA ESTEJA COM
VOCÊ AO USAR O PC!
A falta de portas ubs para aparelhos é uma constante reclamação dos usuários de desktops e notebooks. São tantos itens para plugar que, às vezes, é preciso desplugar algo para liberar espaço. Mas, para os fãs da saga Star Wars, isso deixa de ser problema com o The Dark Hub of the Sith. O hub tem o formato da cabeça do lorde “Darth Vader” e conta com quatro portas usb’s 2.0. Produto à venda em: http://www.thinkgeek.com/ computing/aec4/
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Construindo organizações que
COOPERAM Luciano Lannes
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ivemos uma época muito rica em termos de desenvolvimento científico e tecnológico. Dominamos o genoma humano, enviamos ônibus espaciais tripulados ao espaço e sondas para os confins do universo. Escaneamos cada pormenor do corpo humano com a ressonância magnética nuclear. Realizamos cirurgias a distância por videoconferência com o uso de robôs de altíssima precisão. Os aparelhos celulares incorporaram a internet e se transformaram em centros a partir dos quais nos conectamos de forma integral ao trabalho, à casa e aos amigos. Não estamos cientificamente distantes do mundo futurístico concebido em Jornada nas Estrelas. Computadores que falam, telas de plasma, intercomunicadores, portas que se abrem a aproximação humana já fazem parte de nosso dia a dia. Outros como o teletransporte, viagens no tempo, universos paralelos e a antimatéria, já sabemos que são reais e possíveis, e que seu uso corriqueiro depende ainda de mais avanços, é só uma questão de tempo. Entretanto, mesmo para os idealizadores da série, que romperam tantos paradigmas para o início da década de 60 do século passado, quando o homem nem havia de fato pisado na Lua, não foi possível conceber outra forma de gestão da Enterprise que não fosse a militar e comandada pelo Capitão James T. Kirk.
Isto mostra a força de nossas crenças de que as pessoas precisam ser controladas e dirigidas. A crença no autointeresse racional, que prega que as pessoas são mesquinhas e egoístas por natureza, prevaleceu nos últimos cem anos desde a administração científica, sendo fortalecida pelas evidências de um sistema econômico capitalista que incentivou a competição e os ganhos pessoais, em detrimento dos outros. Estudos foram conduzidos e sob esta ótica condicionada e nada neutra chegaram à conclusão de que realmente as pessoas são egoístas, individualistas e competitivas por natureza. Nada mais mostravam do que o comportamento desenvolvido e condicionado em sociedades que valorizavam e promoviam estes valores. Hoje, conceituadas publicações iniciam a divulgação de artigos que mostram o ser humano mais cooperativo do que supunha a ciência. Arrisco dizer que não se trata de como a ciência via o homem, mas do viés com o qual muitos interpretavam os fatos, sem maiores isenções. Buscavam comprovação para seus pontos de vista e não a exploração sobre a verdadeira e original tendência humana. Somos seres sociais e nossa conduta predominantemente reflete a cultura na qual fomos criados. Como definiu Hofstede, “cultura é uma pro-
um modelo já estabelecido para outro ainda inexplorado. Lévi-Strauss sintetiza esta discussão em uma frase: “... Não existe comportamento natural da espécie humana ao qual o indivíduo isolado possa voltar mediante regressão”. Portanto, a literatura nos mostra que a maior parte das teorias sobre o comportamento humano e de nossa natureza criou seus modelos tendo por referência o próprio homem de seu tempo, não sendo possível isolar as interferências culturais por ele já vivenciadas. Ao mesmo tempo, os pesquisadores de cada tempo e de cada cultura consideram sua forma de ser e agir como a mais adequada e conectada com aquilo que poderiam chamar de natureza básica. Isto nos faz repensar possibilidades e formas de atuação em nossas organizações que já não aceitam e tampouco toleram o sistema hierárquico opressivo de outrora. Uma teoria sobre a interação humana que buscava compreender de uma forma ampla nosso comportamento foi a Inteligência Social. Desprendido do racionalismo de sua época, um psicólogo americano chamado Edward Lee Thorndike escreveu pela primeira vez em 1920 um artigo definindo a “Inteligência Social” como a habilidade de homens e mulheres, rapazes e moças, compreenderem e manejarem de maneira apropriada as relações humanas. De uma forma simples, ela pode ser definida como a “sabedoria em contextos sociais”. Thorndike propôs a possibilidade de as pessoas perceberem estados internos, motivações e com-
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gramação mental coletiva que distingue um grupo de pessoas de outro”. Schein definiu cultura como “um conjunto de pressupostos que um grupo inventou, descobriu ou desenvolveu ao aprender como lidar com problemas de adaptaç ã o externa e problemas de integração interna, os quais funcionam bem o suficiente para serem considerados válidos e serem ensinados a novos membros como a forma correta de perceber, pensar e sentir em relação a esses problemas”. Assim, será que somos egoístas e competitivos por natureza? As pesquisas mostram que não. Somos fruto de nossa biologia e de nossa interação social, sendo que esta última supera a primeira de forma a torná-la praticamente desprezível como parâmetro influenciador de nosso comportamento. Analisando-se por esta ótica, deixa de ter sentido qualquer discussão acerca da natureza humana, visto esta ser desprezível frente aos processos de socialização e que o ser humano constitui a única espécie com a capacidade de transformar a natureza ao seu redor e dar a ela os mais variados significados. Nossa natureza, enquanto entidade relativa, por ser fruto de nossas concepções e pensamentos, nos permite uma infinidade de variações, assim como a migração de
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portamentos de si próprias e dos outros e de agir de acordo com essa percepção. Faltavam, na época, estudos e instrumentos para aprofundar estes conceitos. Cerca de oitenta anos depois, Daniel Goleman, apoiado pelas novas descobertas da neurologia cognitiva, resgatou este termo criado por Thorndike e propôs uma reformulação do conceito. Goleman, em seu livro Inteligência Social, faz menção ao trabalho de Thorndike e comenta que a forma como a definição havia sido feita deixa margem para uma interpretação de que a manipulação das pessoas pudesse ser um diferencial para o sucesso nas relações. Ele diz que a inteligência social está ligada à capacidade das pessoas desenvolverem laços legitimamente afetuosos e socialmente enriquecedores. Partindo da inteligência emocional, alicerçada na psicologia do indivíduo, para uma visão mais interativa e relacional, ele chega ao novo conceito de Inteligência Social, que une a Inteligência Emocional, o exercício da empatia e da compaixão e a consciência social e grupal. Estamos, hoje, assistindo no mundo a uma reconecção humana nunca antes vivenciada. Há algumas décadas, um conflito em uma parte do mundo era problema exclusivo das partes envolvidas. O buraco na camada de ozônio, dos países localizados abaixo dele e afetados diretamente pela radiação. Hoje, existe a consciência de que todos compartilhamos um pequenino pedaço de terra e água em meio ao espaço, sem evidências, ainda, de que existam outros como o nosso. Portanto, a curto e médio
prazos, não tendo para onde migrar, temos que cuidar do nosso planeta. Esta reconexão ecológica vem na esteira da reconexão humana. A descoberta da empatia como um dispositivo biológico, que através dos neurônios-espelho nos permite conectar com outros seres humanos e animais, demonstrou que, embora seres de possibilidades que somos, temos uma tendência a empatizar e socorrer outros em situações de perigo. Um mecanismo que analisado sob o olhar frio da ciência teria apenas a função de aumentar as chances de sobrevivência de nossa espécie através da ajuda mútua, mas acabou por nos dar a humanidade, a capacidade de amar, de criar laços, de nos envolver e nos importarmos com as outras pessoas. É confuso pensarmos que somos egoístas, individualistas e competitivos ao mesmo tempo em que construímos uma sociedade totalmente interdependente como a nossa. Não parece muito sensato, para seres tão racionais e evoluídos. Quantos dos que estão lendo este artigo já semearam arroz, feijão, colheram café ou ordenharam sua própria vaca? Dependemos uns dos outros para sobreviver e consciente ou inconscientemente depositamos nossas vidas nesta relação, no fundo, de confiança. O sistema capitalista, sim, dentro de um novo modelo econômico que surgia, trouxe o conceito de escassez, de que não há o suficiente para todos, acirrando a competição por recursos e bens limitados. Dentro deste conceito, o artesão dá lugar às fábricas, onde a função do homem é puramente mecânica, realizando uma pequena parte do processo, que
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de alguma forma, desconhecida por ele, se conecta ao todo. Neste contexto, passa a trocar seu tempo e esforço dirigido por um salário ao final da jornada, calculado na ponta do lápis para lhe prover o suficiente para assegurar sua sobrevivência, para que continue neste processo. Pouco mais de cem anos se passaram e o ser humano emerge como de um sono profundo exigindo prazer e satisfação no trabalho e uma remuneração que lhe permita também realizar seus sonhos. Nosso trabalho, além de prover sustento, rentabilidade e crescimento, tem como maior marca contribuir para o enriquecimento da vida. Resgatamos então o sentido da interdependência que há milênios vem proporcionando a sobrevivência e o crescimento de nossa espécie no planeta. Voltando às nossas organizações, vemos um ainda tímido, mas claro movimento no sentido de somar esforços. Em um futuro não muito distante, a satisfação das necessidades humanas será a grande meta do somatório de nossas organizações, públicas e privadas, procurando dar condições a todos de uma vida plena. Utopia? No passado diria que sim, mas hoje, questão de tempo. Mas o que isto tem a ver com o trabalho dentro de nossas organizações hoje? Muito, a começar pela forma de organização do trabalho. O sonho de qualquer organização é ver suas áreas distintas trabalhando de forma cooperativa, com vistas a um mesmo objetivo. Da mesma forma, este é o compor-
tamento esperado das pessoas dentro de cada área. No entanto, o que ainda predomina é um jogo competitivo em todos os níveis da organização, espelhando o que ainda ocorre fora dela. Nosso cérebro não possui uma chave liga-desliga para alternarmos comportamentos competitivos e cooperativos. Desta forma, operando por modelos mentais predominantes, socialmente aprendidos, passamos a competir dentro e fora das organizações. O que estamos aprendendo a fazer, agora de maneira consciente, é uma reprogramação de nossos modelos mentais, que tanto atendam aos nossos interesses individuais, e que sejam também coerentes com nossos mecanismos empáticos voltados ao bem-estar da coletividade. Assim, nascem organizações colaborativas, a exemplo do que se vê no mundo há séculos. Como o capitalismo se flexibiliza para a manutenção e ampliação dos lucros, vemos também uma mudança do discurso dos teóricos que criam e recriam modelos para maximizar resultados, incluindo a cooperação como uma estratégia coerente e alinhada com a natureza humana, para novamente maximizar resultados em um mundo onde as pessoas e os processos precisam estar cada vez mais conectados e interdependentes. Venho trabalhando com a Cultura da Cooperação e os Jogos Cooperativos há mais de dez anos, e o que começou como uma ferramenta lúdica de treinamento para o desenvolvimento de equipes se transformou em filosofia de vida. Eles partem do princípio de que sentimos prazer na
interação com outro ser humano e quando somamos esforços e recursos ao mesmo tempo em que compartilhamos ações para atingir um objetivo benéfico para ambos, podemos ter nossas necessidades individuais atendidas em menos tempo e com menos esforço do que se usássemos uma estratégia individualista. Não se trata de uma teoria romântica sobre o ser humano e suas motivações, mas de uma constatação sobre nossa tendência a comportamentos empáticos e compassivos, função esta desempenhada em nossos cérebros pelos neurônios-espelho. Assim, o ato de cooperar não está vinculado simplesmente à boa vontade de uma ou outra parte. Depende dos modelos mentais que possuímos e estes, por sua vez, são formados pelo que cada pessoa percebe e interpreta da sua realidade através de seus sistemas, como os sentidos, as referências, experiências e crenças, reforçadas e alteradas por uma dada cultura. A experiência tem mostrado que quando a Cultura da Cooperação é utilizada em programas de desenvolvimento de equipes, um dos primeiros efeitos benéficos que constatamos é uma diminuição drástica de barreiras entre as pessoas e estas passam a se reconhecer como legítimos seres humanos, que compartilham de mesmos sonhos e alegrias como um lar, família, viagens, segurança emocional e financeira, dentre outros. Desta forma, passam a exercitar a empatia, um atributo natural que possuímos, e com isto a compreender melhor as motivações das outras pessoas. O exercício da Cooperação aproxima as pessoas, visto que atende a uma série de necessidades básicas humanas como a de conexão, a própria empatia, o significado do trabalho e o servir a um grupo. O lado irônico dos processos cooperativos, é que a me-
lhor forma de convencer um grupo de baixa maturidade a cooperar é a aplicação do princípio do egoísmo altruísta. Isto equivale a dizer que ao mostrar ao grupo que quando trabalha de forma cooperativa, pode obter individualmente em menos tempo e com menos esforço um determinado resultado, então o grupo passa a cooperar, não por uma questão de princípios, mas por ganhos pessoais maximizados. Este processo permite que pessoas com baixa maturidade passem a considerar a opção da cooperação como viável, quando seus ganhos individuais forem superiores ou com menor dispêndio de energia do que seria se optassem pelo processo individualista ou competitivo. Com o passar do tempo, o nível de maturidade do grupo vai se elevando, até que a visão do coletivo se sobreponha à individual. As transformações que estão ocorrendo no mundo no sentido de compartilhar informações mostram que o ser humano está tomando a consciência de que pode obter melhores resultados de forma coletiva. Trata-se de uma mudança cultural em curso que ainda não temos como vislumbrar os efeitos a longo prazo, mas já sentimos esta mudança de conceito no ar e as facilidades que os sistemas de comunicação nos proporcionam mostram isto com clareza. Ao contrário do que possa parecer, o mundo está mudando para melhor e o ser humano se tornando mais humano. Assim também nossas organizações estão refletindo estas mudanças e adotando processos cada vez mais colaborativos e dando ênfase ao desenvolvimento integral do ser humano. Os modelos de gestão e liderança serão os mais afetados e transformados neste processo. Precisamos rapidamente reaprender a compartilhar, a cooperar, e disto depende nossa sobrevivência, ainda mais agora que acabamos de atingir o número de 7 bilhões de pessoas no planeta. Aliás, está acirrada a disputa entre vários países pelo bebê que represente o sétimo bilionésimo habitante do planeta. É, ainda temos um longo caminho a percorrer.
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Luciano Lannes é consultor organizacional e palestrante com foco no trabalho em equipe. Site: www.lslannes.com.br E-mail: lannes@lslannes.com.br
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PET CONSCIENTE
A marca esportiva Adidas acaba de lançar o programa “Pegada sustentável”. A iniciativa visa a correta destinação de tênis para o reaproveitamento dos seus materiais. As lojas recebem tênis de quaisquer marcas para reciclagem. Por meio de uma parceria com a empresa de logística reversa e gestão ambiental RCRambiental, os calçados recolhidos serão utilizados como combustível para fornos de cimento. O programa já está em 24 lojas da capital paulista e logo estará presente nas 84 restantes de todo o Brasil.
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O passeio sempre é motivo de festa para o cachorro. Nas voltas pela cidade, o animal de estimação diminui o estresse e faz suas necessidades básicas. Para que as saídas de casa continuem a ser divertidas e não deixem vestígios por onde o pet passar, já existem sacolas biodegradáveis para recolher suas fezes. Elas vêm em uma caixinha de plástico para facilitar o manuseio e são práticas para transportar. Onde encontrar: www.petshop.com. br
PEGADA SUSTENTÁVEL
saúde
SÍNDROME METABÓLICA
eleva chance do desenvolvimento de
DOENÇAS CARDIOVASCULARES Por Saúde em Pauta Online Diabetes, hipertensão e obesidade são algumas doenças resentes na síndrome
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É
fato que os obesos estão incluídos no grupo de risco suscetível ao desenvolvimento de inúmeras doenças. Porém, novas descobertas indicam que a Síndrome Metabólica pode atingi-los diretamente. Caracterizada pelo conjunto de alterações que aumentam os riscos para o surgimento de doenças como diabetes, alterações no colesterol, hipertensão arterial e obesidade, a patologia é causada pelo excesso de gordura no corpo e surge, em sua maioria, nos sedentários e em indivíduos que se alimentam inadequadamente. A Síndrome Metabólica eleva ainda as chances para doenças cardiovasculares, que pode levar ao infarte, ao acidente vascular cerebral (AVC), além de aumentar a incidência de alguns tipos de câncer, segundo o endocrinologista e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Dr. Josivan Lima. O especialista revela que os homens são mais propensos à doença em razão da concentração de gordura na região da cintura, enquanto
as mulheres retêm o problema no quadril. A hereditariedade pode ser determinante àqueles que desenvolvem a enfermidade, visto que o sujeito que advém de uma família onde os integrantes apresentam diagnósticos de hipertensão arterial, por exemplo, tem mais chance de portar a síndrome metabólica. No entanto, não é apenas o caráter genético que funciona como agente causador do problema, visto que maus hábitos alimentares como ingestão excessiva de gordura saturada, encontrada em alimentos industrializados, além do sedentarismo, contribuem para o aumento dos casos. “Geralmente, a patologia é silenciosa e aguardar pelos sintomas certamente agravará o quadro clínico. Ficar atento à saúde dos familiares, manter o peso condizente à sua altura e praticar exercícios físicos periodicamente, além da realização de testes laboratoriais, são medidas preventivas certeiras no combate à síndrome”, afirma o
endocrinologista. Qualquer sinal exige atenção, pois as principais consequências decorrentes da síndrome são, além das doenças cardiovasculares, a apnéia do sono, os cálculos na vesícula e a artrose. Critérios do diagnóstico
1-) Taxa alta de glicemia (quantidade de açúcar no sangue); 2-) Hipertensão arterial (igual ou superior a 14 por 9); 3-) Aumento da circunferência da cintura (nas mulheres maior que 88 e nos homens acima de 102); 4-) Taxas elevadas de triglicerídeos séricos (tipo de gordura); 5-) Diminuição do HDL (o colesterol bom). Para o tratamento das condições da síndrome metabólica,
Quanto à alimentação, o procedimento é o mesmo e os alimentos indicados para cada caso dependem da doença que o paciente apresenta. Se o quadro é de diabetes, o indivíduo precisa eliminar o consumo de açúcar da mesma forma que os portadores de hipertensão devem reduzir o consumo de sal na comida, por exemplo. Ainda que o controle seja a principal forma de combate ao problema, vale seguir as orientações médicas e manter o domínio sobre a doença, além de hábitos saudáveis físicos e alimentares.
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A confirmação do quadro clínico segue uma avaliação criteriosa que consiste em cinco etapas. Se o indivíduo apresentar no mínimo três destas doenças, já é considerado um portador da Síndrome Metabólica:
o Dr. Josivan explica que cada doença inserida no conjunto é combatida especificamente, contudo, o denominador comum para todas as doenças é o controle do peso e a realização de hábitos físicos por, no mínimo, 150 minutos por semana. No caso da síndrome, não se pode falar em cura e sim em controle, pois mesmo que o indivíduo consiga controlar o peso e posteriormente volte a engordar, os indícios iniciais retornam ao organismo.
moda, beleza e estilo
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VIDA LONGA
AO PENTEADO
CABELOS
RECUPERADOS
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CREDIBILIDADE E CONFIANÇA NAS COMPRAS ONLINE O Confiômetro (www.confiometro.com.br) oferece um espaço para o consumidor expressar sua opinião em relação ao atendimento, compra e venda de produtos ou serviços. O site envia às empresas por e-mail as opiniões recebidas, e elas podem respondê-las a qualquer momento. Também funciona como um banco de dados em que é possível consultar a reputação das companhias.
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O consumidor acostumado a realizar compras pela internet cada vez mais busca benefícios ao adquirir itens. A facilidade de receber os produtos em casa acompanha a expectativa de uma boa experiência ao navegar pelo site, ter acesso às informações essenciais para tirar dúvidas e também aos menores preços praticados. Para buscar o que está mais em conta já existem alguns sites especializados na comparação dos valores no mercado. Um deles é o Zoom, lançado ao final do último ano. Além de realizar a busca, também oferece aos usuários artigos sobre novos produtos e até dicas domésticas. Acesse em: http://www.zoom.com.br/
coaching
ANSIEDADE No meu canal de vídeo e no Facebook recebo muitas solicitações de pessoas dizendo sentirem-se “ansiosas”na vida pessoal e/ou profissional. Precisamos lembrar que ansiedade não é uma coisa, e sim um processo. Não é algo que você “tem”, e sim algo que você (ainda?) faz.
André Percia Abaixo um exercício criado pelo pai da PNL para trabalhar isso que ainda (?) chama de ansiedade enquanto não o transforma em algo para alavancar sua mudança: EXERCÍCIO DE REVERSÃO DA ANSIEDADE (RICHARD BANDLER) 1. Pense em alguma coisa que o faz sentir temeroso ou ansioso.
2. Perceba em que direção ela se move em seu corpo, visualizando flechas vermelhas para apontar a direção.
3. Leve o movimento para fora do seu corpo e reverta-o, imaginando que setas azuis indicam o movimento na direção oposta e, depois de concluída esta etapa, traga-o novamente ao seu corpo.
4. Continue ampliando a reversão enquanto percebe o que vai mudando. O que você vê, ouve e sente diferente?
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5. Ainda sentindo os efeitos da ampliação, pense em algo que o faz sentir bem confortável e observe a trajetória das sensações corporais desta memória. Amplie e espalhe pelo seu corpo.
6. Enquanto faz isso, veja, ouça e sinta de que forma melhor pode lidar com as coisas que geravam ansiedade.
André Percia é psicólogo clínico e hipnoterapeuta com formação internacional em Coaching. Site: www.youtube.com/Andrepercia E-mail: apercia@terra.com.br
Capa
A melhor forma de conquistar mais tempo é gerir bem o que está disponível. Com técnica, bom senso e organização, até a vida ganha em qualidade. Você quer ter horas para o lazer, estar com a família ou realizar um curso? Nesta matéria saberá como conseguir tudo isso e de maneira prática. Se o dia a dia está corrido e falta espaço para atividades extras, desacelere um pouco agora e se concentre no que especialistas falarão a seguir para ajudá-lo.
Como tornar as reuniões MAIS EFICAZES?
E
*Adriano Cesar xiste algo mais desgastante no mundo comporativo do que reuniões mal conduzidas? Para evitar isso... Planeje a reunião: todos os participantes devem ter ciência prévia dos assuntos que serão tratados, horário, local e o tempo total de duração;
2.
Defina os papéis: coordenação geral; controle e mediação do tempo; secretariamento e elaboração da ata etc.;
3.
Estabeleça uma coordenação geral: esta deve ser objetiva, zelar para o foco e para os objetivos propostos para a reunião;
4.
Controle e medie o uso do tempo: alguém deve ser designado previamente para tal;
Registre o que foi deliberado: documente as deliberações e, em seguida, disponibilize para eventuais ajustes. Por fim, torne acessível a quem de interesse;
6.
Estabeleça uma agenda de providências: estipule, de forma negociada, as pessoas responsáveis e os prazos máximos para a conclusão de cada providência;
7.
Acompanhe os desdobramentos: os dois fatores que mais conferem credibilidade e eficácia às reuniões são: a participação das pessoas e a concretização das providências. * Sócio-diretor, consultor organizacional e palestrante da FATORH Consultoria. adriano@fatorhconsultoria.com.br
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1.
5.
Gestão do Tempo e Produtividade
S
*Bete D’Elia
e nos conscientizarmos de que Tempo é Vida, aprendemos a mais importante lição. Outra verdade inconteste: temos tempo. Temos 24 h - 1440 minutos. Recebemos, diariamente, esse presente. E teimamos em não aceitá-lo. Preferimos acionar o botão interno da adrenalina, usando as expressões “não tenho tempo, não vou conseguir cumprir o prazo, estou atrasado, não consigo chegar no horário”, e outras similares, que provocam estresse e desequilíbrio. Experimente tomar posse das suas 24h e observe como é confortável afirmar: tenho tempo. Quer usá-lo melhor,? Aja como se fosse seu próprio consultor. Faça um diagnóstico de como utiliza essa matéria-prima. Reveja os seus papéis atuais (pessoal, profissional, afetivo, familiar, social, religioso, cidadão, e outros.) Do total de minutos diários, diminua as horas dedicadas ao sono e ao trabalho. Analise sem julgamento, o tempo dado aos papéis que considera importantes.
Consulte a tabela abaixo: Número de Horas
Total em Minutos
Sono
Trabalho
Quatro
240
x
Cinco
300
x
Seis
360
x
x
Sete
420
x
x
Oito
480
x
x
Nove
540
x
x
Dez
600
x
x
Assuma a sua realidade. Se estiver satisfeito, parabéns! Caso contrário, escolha fazer mudanças e ajustes. Você é o piloto dessa viagem chamada Vida.
* Diretora da Toucher Desenvolvimento Humano e coach. betedelia@uol.com.br
Administre melhor sua vida! *Cida Smidt
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Q
uando chega o final do dia você sente que fez várias coisas, mas que não fez o importante? Você sente que os dias passam e que não consegue administrar a sua vida? Uma sugestão para administrar sua agenda e sua vida: você precisa saber onde está, para onde vai e por que você quer ir. Onde você está é a sua situação atual. Para isto, é necessário autocrítica e auto-observação. Você deve se perceber. As suas metas representam seu foco para onde você vai. Seus valores definem o porquê de você querer seguir em direção às suas metas. Administrar o seu tempo é priorizar o que é importante para você, é fazer o que o aproxima das suas metas e que o faz viver os seus valores. Abaixo seguem os 10 mandamentos para você melhor administrar o seu tempo :
1. Cuide da escassez do seu tempo 2. Administre o seu tempo 3. Tenha autonomia do seu tempo 4. Tenha disciplina 5. Esteja preparado 6. Faça o que deve ser feito 7. Planeje-se 9. Seja produtivo 9. Dê vida ao seu tempo 10. Tenha foco Tente pôr em prática!! Busque o seu caminho!! *Socióloga e coach, pós-graduada em Marketing pela ESPM.
Como as escolhas impactam na sua vida e no rendimento do tempo? *Cristiane Maziero
M
inha reflexão baseia-se em descobrir o que realmente te deixa feliz. O equilíbrio acontece a partir do momento em que as ações que realizo estão congruentes com o que penso e acredito, quando estão em sintonia com o que meu coração escolhe realizar. Muito além de trazer a fórmula do sucesso para todas estas questões, quero pedir permissão a você para questioná-lo sobre sua vida, suas escolhas e como elas impactam diretamente nas relações e na continuidade saudável de seu vi-
ver neste contexto tão dinâmico. Você já parou para pensar no que realmente importa? Eu te convido a praticar este exercício. Mapeie estas perguntas e respostas, ou apenas reflita a respeito. Tome um tempo para pensar sobre isso e veja como sua vida é importante, primeiro para você mesmo e depois para as pessoas de sua convivência. *Consultora, coach, palestrante e treinadora com 18 anos de experiência em RH. crismaziero@alluredh.com.br
Gestão do tempo
V
*Denise Lovisaro
ale a pena adiar o momento para ser feliz? Tempo é a única conta em que você recebe um crédito quando nasce, o resto é débito e você não tem acesso ao saldo, considere este pensamento de autor desconhecido e decida se o momento de ser feliz é agora. A vida agitada estimula agir sem avaliar consequências. Deixamos de lado coisas importantes para atender demandas urgentes sem importância. A maioria das pessoas acredita que não perde tempo. Você sabe qual é a sua forma preferida de perder tempo? Chamo os desperdiçadores de tempo de vilões do tempo. Quando temos clareza da forma predileta de jogar tempo fora podemos avaliar comportamentos, hábitos e atitudes que provocam o desperdício e
iniciar uma caçada aos vilões. Internet, e-mail, telefone se tornaram vilões pelo mau uso. Quem é capaz de gerenciar o próprio tempo tem mais facilidade para gerenciar a vida. As empresas valorizam profissionais, com propósito claro, coragem para defender seu ponto de vista, competência na área de atuação, e que se sintam parte integrante do negócio. Respeite-se e valorize-se para ser respeitado e valorizado. O seu tempo é a sua vida! *Fundadora da Tempo Luminar Consultoria e Coaching. Master Coach com Formação Internacional. www.tempoluminar.com.br
Presença, Prioridade , Planejamento e Produtividade *Djane Tommé Produtividade: a tecnologia está sempre à nossa disposição para aumentar a nossa produtividade e otimizar o nosso tempo. Não é um paradoxo que, apesar de todas as facilidades tecnológicas, ainda vivemos reclamando? Não adianta termos à disposição planilhas, agendas, todo o aparato tecnológico se não tivermos consciência das escolhas e muita disciplina para alterarmos o que precisa ser alterado. *Coach e consultora de desenvolvimento, diretora da ID&S. djane@idsconsultoria.com.br
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P
resença: por que algumas pessoas conseguem fazer tantas coisas e outras fazem tão pouco? Como aumentar o meu grau de consciência e garantir a presença naquilo que faço? Prioridade: todos exercemos papeis profissionais e pessoais que exigem tarefas, decisões e ações. Estes papéis demandam tempo e esforço. O que você está priorizando? Planejamento: as pessoas têm dificuldade em planejar partem para a ação sem saber o que acontecerá. Profissionais que planejam, tomam melhores decisões, são proativos e lidam bem com o imprevisto.
Mais tempo para quê?
S
*Dulce Magalhães
e estamos tentando ganhar tempo para fazer mais do mesmo, para assumir mais tarefas, produzir mais, ter mais responsabilidades, talvez não seja uma boa ideia e, muito provavelmente, o seu sistema inconsciente vai boicotar essa proposta de duas formas: ou não rendendo muito ou entrando em colapso. É preciso ter em mente duas variáveis para uma boa gestão do tempo. Precisamos fazer nossas escolhas baseados em: - Impacto: aquilo que produz mais resultados e tem repercussão positiva. - Relevância: é aquilo que tem mais valor, o que representa a expressão de nosso desejo de uma forma mais completa. Gerir o tempo não para render mais e sim para viver melhor, esta é a proposição que devemos ter em mente ao eleger O Que Fazer e Como Fazer. Na medida que identificamos nossas prioridades através do que promove mais impacto e tem maior relevância seremos mais efetivos em nossas ações e afetivos em nossas relações. E o que pode ter mais importância do que isso?
Bom senso na gestão do tempo
O
s incompetentes precisam da mentira. Ela é uma das condições para manterem-se incompetentes ou, pelo menos, precisam do autoengano para não assumir a responsabilidade pela gestão de seu tempo e da sua vida. Condições essenciais para se realizar qualquer atividade: tempo e saúde. Por que então somos tão negligentes com ambas? Possíveis causas: a falsa sensação de abundância, que, como a sensação de felicidade, leva à acomodação e ao desperdício; segunda e principal causa, somos eminentemente emocionais, e não predominantemente racionais. Partindo das possíveis causas citadas, ouso indicar como uma maneira eficaz de gerir-se o tempo o estabelecimento de metas pessoais, familiares e funcionais, que atendam às emoções básicas – medo, amor e ira – e as condições objetivas e lógicas, a fim de conseguir elevado desempenho funcional, pessoal e familiar. Ter bom senso é equilibrar razão e emoção para desenvolver, no dia a dia, atividades alinhadas com os objetivos. *Coach e consultor em gestão polifocal. jansen@gestaopolifocal.com.br
* Ph.D. em filosofia pela Columbia University. www.dulcemagalhaes.com.br
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*Jansen de Queiroz
Tempo = luxo?
Organização para atingir resultados
*Elaine Lombardi
*Cássia Irias
tempo é um bem socializado e atualmente chega a ser considerado objeto de luxo. Pois, se traçarmos um paralelo entre o passado e hoje, veremos que no passado, o luxo era representado por dinheiro, carros e barcos. Hoje as coisas raras são, sobretudo, o tempo, o espaço, o silêncio, a autonomia e a segurança. Esses são os grandes luxos para o século 21 e para usufruir dos mesmos, temos que entender o que é o tempo, afinal. O tempo é um movimento constante e contínuo e tem como características ser limitado, inelástico, perecível, irreversível e equitativo. Gerir o tempo é auto administrar-se, e isto significa tomar decisões duras e ter disciplina para implementá-las, fazer as coisas certas, que lhe ajudarão a atingir resultados, conseguir fazer mais em menos tempo e poder controlar o tempo com qualidade de vida. Portanto, use seu tempo com prazer! *Especialista em Treinamento e Desenvolvimento com mais de 20 anos de experiência em RH. e-lombardi@hotmail.com
U
m dos temas mais discutidos na atualidade, a Gestão do Tempo, tem impulsionado profissionais de todos os segmentos a refletirem sobre suas atitudes no dia a dia e o que funciona e o que não funciona em termos de produtividade e resultados pessoais e profissionais. As técnicas e ferramentas existentes são eficientes somente quando a conduta através de comportamentos específicos são empregados adequadamente. Isto vale tanto para a vida pessoal quanto profissional. É preciso considerar que as pessoas são diferentes umas das outras e estão inseridas em contextos diferentes também, portanto na prática o que é prioridade, produtividade, urgência para uma pessoa não é necessariamente para outra. Para atingir bons resultados tornando-se produtivo é necessário realizar suas tarefas garantindo o menor número de intervenções na sequência que definiu inicialmente, e manter o foco através da organização mental e do próprio ambiente para poder atingir o resultado desejado. *Sócia-diretora da C.I. Treinamentos Corporativos e consultora empresarial. cassiairias@uol.com.br
Planejamento, organização e disciplina, fundamentais para a gestão do tempo Márcia Rizzi
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stabeleça metas, desenvolva um planejamento determinando meios e recursos para atingir tais resultados, se organize e, finalmente, coloque-se em ação com foco. ⋅ Priorize sua saúde, é sem dúvida seu bem maior; ⋅ Planeje seu dia, seguindo o critério da importância, primeiro o mais importante; ⋅ Defina suas prioridades, assim evitará desperdício de tempo, conseguirá dar atenção à sua saúde, à família, ao lazer e às férias; ⋅ Mantenha-se atento aos seus sabotadores do tempo, saiba que eles o impedem de dar conta do seu dia; ⋅ Aprenda com seus erros - caminho percorrido, lição aprendida; ⋅ Delegue, evite a centralização, a equipe toda produzirá mais e melhor; ⋅ Diga não, negocie prazos, esteja atento às consequências daquilo que adiar; ⋅ Seja estratégico, lembre-se de que 20% das atividades correspondem a 80% dos resultados; ⋅ Utilize parte do tempo com você, escape das expectativas dos outros; ⋅ Planejamento, organização e disciplina, prioridades e foco – eis aqui o passo a passo da gestão eficaz do tempo.
*Coach, consultora e palestrante na área comportamental. marizzi@uol.com.br
Proteja seu tempo *Marina Augusto mesmo com a própria vida. O tempo passa, para mim, para você, para todos nós. Repensar nossas prioridades, aquilo em que acreditamos e o queremos se torna o fator primordial de nossas vidas.
*Psicóloga, especialista em Psicologia da Educação, consultora, facilitadora e palestrante. marina.augusto@valorgestao.com.br
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ocê não pode perder tempo, pois todos nós temos 24h por dia. Você pode perde-se no tempo. O tempo não passa nem muito rápido nem muito devagar, passa exatamente do jeito que tem que ser. Hoje, a doença da pressa parece ter tomado conta da maioria das pessoas que acreditam poder realizar tudo o que desejam, se acelerarem seu ritmo de vida. Para comprovar esta expectativa, você já deve ter ouvido frases como: Nunca tenho tempo para me divertir! Nem sei mais o que é vida pessoal! Administrar o tempo é administrar a própria vida. O contrário também é verdadeiro: desperdiçar tempo é fazer o
Quando eu tiver tempo, minha intenção é... *Wagner Galletti Valença
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uando se fala em produtividade, impossível dissociá-la do uso do tempo e do seu custo. No meu texto publicado no livro Ser+ em Gestão de Tempo e Produtividade, já demonstrei o custo da hora perdida, razão que me leva a provocá-los agora para agir. Para ter certeza de que o tempo disponível está sendo usado onde deve produzir resultados ou reduzir custos, aqui vai um exemplo de atitude (jamais intenção de) que pode trazer surpresas: deixe de enviar alguns relatórios que você faz rotineiramente e envia para várias pessoas (seja física ou
virtualmente) e veja se alguém reclama o não recebimento. Garanto que terá boas surpresas que representarão economia de tempo, seu e de outros. E assim todos ganham. Será que vai dar sempre certo? Só agindo você terá esta resposta! Lembre-se de que foi apenas uma sugestão, mas se continuar só na intenção e não agir... *Consultor e palestrante nas áreas de Gerenciamento de Risco, Negociação, PNL e Comunicação. wgv@terra.com.br
Tempo: a escolha é sempre sua! *Zuldene Cipriano Gomes
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scolha o que realmente importa. Avalie se as recomendações abaixo se aplicam a você: Cultive o hábito de investir no planejamento, sem ele a administração das responsabilidades será ineficaz; Tenha seu planejamento sempre à vista; Priorize as atividades: faça em primeiro lugar o que é essencial, em segundo o que é necessário e na sequência o que é importante. Seja amigo da qualidade, mas evite o perfeccionismo; Organize-se; Tome decisões baseadas em fatos e dados, porém elas precisam ser tomadas. Você não tem todo o tempo do mundo; Delegue. Se você tem uma equipe, por certo ela
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espera participar da elaboração e da execução dos trabalhos de sua área. Treine dizer não com assertividade. Grande desafio!
Escolher entre cuidar da saúde, da família, dos objetivos profissionais e pessoais só é possível se tivermos clareza do que realmente importa. Se o tempo é insubstituível, que seja um aliado no momento presente para que você possa se sentir mais feliz. * Professora da disciplina Comportamento Organizacional – MBA da UniDF. zuldenegomes@uol.com.br
O tempo e a produtividade
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*Celso Batello ida é tempo, e por outro lado, tempo é vida.” - Seicho Taniguch
O tempo, segundo Albert Einstein, é algo relativo, senão vejamos: “Tempo e espaço são formas com as quais pensamos e não condições nas quais vivemos?” Esta relativação do tempo varia de indivíduo para indivíduo, segundo o relógio biológico de cada pessoa e é, justamente, esta percepção interna que vai ditar como este ser único vai utilizar o tempo em prol de uma melhor produtividade, a fim de resultar no trabalho dispendido em eficácia. Esse relógio interno parece ser determinado no momento da fecundação, quando o espermatozoide fertiliza o óvulo. Neste instante o indivíduo já está pronto, “com o tan-
que de combustível” que vai carregar a vida toda, ou seja, as suas peculiaridades em dois tipos distintos: o noturno e o matinal. O tipo matinal rende ou produz mais pela manhã, ao passo que o tipo noturno tem que “pegar no tranco” no período matutino, porém vai se “acendendo” no decorrer do dia. As empresas, no meu entender, deveriam levar estes fatores, entre outros, em consideração, para atingir sem sofrimento as metas preestabelecidas. *Médico e escritor, especialista em Homeopatia pelo Conselho Federal de Medicina. battello@battello.med.br
TEMPO, TRABALHO E FELICIDADE *Alexandre Fortes
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*Sócio-diretor da ALFAFOX – Coaching and Training. fortes@alfafox.com.br
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erá que é possível ser feliz trabalhando? Se você tiver coragem para pensar a respeito e atitude para mudar, aqui vão algumas perguntas poderosas para você: Onde você está profissionalmente agora e aonde quer chegar? Que tipo de pessoa atinge suas metas e providencia mais escolhas profissionais? Que tipo de profissional você quer ser? Por que você seria assim? Como você explicaria para alguém o porquê e o que está em jogo na busca dos seus sonhos? Do que você já é capaz e o que ainda vai aprender para ser feliz e realizado no trabalho? Quais as principais etapas para você transformar seu sonho em realidade? Quais os prazos destas etapas intermediárias? O que você vai fazer primeiro e diferente do que faz atualmente para começar a jornada rumo à felicidade trabalhando? Qual o primeiro passo? Quando você vai fazer? Eu me pergunto se você se dá conta de que quando queremos profundamente conquistar algo, pagamos o preço. Desistir se faz uma só vez. Persistir é para sempre.
Dicas sobre administração do tempo *Carlos Basso Definição de Objetivos - Tenha clareza de quais são suas metas diárias/ mensais para saber em que se concentrar. Estabeleça Níveis de Prioridade – Classifique as tarefas em A, B e C iniciando pelas tarefas A e assim por diante. Agenda (diária, semanal, mensal) - Transforme sua agenda numa prática diária. Reagende, delegue ou delete o não realizado.
Balanço do uso do Tempo - Só gerenciamos o que conhecemos, então faça o levantamento ao longo de três a cinco dias para saber como utiliza seu tempo. A partir da tabulação, conclua quais são seus maiores desperdiçadores de tempo. Selecione até três oportunidades de melhoria e comece por aquela que maior contribuição trará aos seus objetivos. Reflita sobre as causas, estabeleça o plano de ação e como mensurar os resultados. *Sócio-diretor da CR BASSO Consultoria e Treinamento. carlosbasso@crbasso.com.br
Reuniões - As reuniões precisam ser produtivas. Considere: convocação prévia informando objetivos e tópicos, participantes, horário de início e término e acompanhamento das decisões.
Regras de ouro para administrar o TEMPO e VIVER MELHOR
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*Tom Coelho icas práticas para gerenciar o tempo e elevar sua qualidade de vida.
é agora. Amanhã é sempre o dia mais ocupado da semana.
1. Seja pontual. Líderes não deixam ninguém esperando.
7. Ouça sua intuição. Não é necessário segui-la à risca, porém jamais a ignore.
2. Espere 24 horas para reagir. Aguarde o dia seguinte para tomar grandes decisões.
8. Coloque VOCÊ em sua agenda. Determine uma hora, toda semana, reservada a você e a mais ninguém.
3. Ninguém está contra você. As pessoas geralmente estão apenas a favor delas próprias.
9. Faça de seu trabalho um meio de diversão. Cultive um trabalho digno e prazeroso, fonte de alegria e não de infelicidade.
4. Gerencie a concentração, não apenas o tempo. Faça as tarefas mais desagradáveis logo no início do dia. 5. Administre a energia, não o esforço. Faça pausas de 30 segundos a cada meia hora, e de cinco minutos de manhã e à tarde para aumentar sua energia. 6. Não espere pelo mundo perfeito. O tempo certo para agir
10. Aproveite o momento! Viva de forma extraordinária, com intensidade. *Educador, conferencista e escritor. tomcoelho@tomcoelho.com.br
EU CRIO MEU DIA? *Ana Da Luz Monteiro
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omos pouco conscientes quanto à nossa percepção sobre o tempo. Um bom começo é dar-se conta de que só existe vida no presente. A forma como percebemos o agora é crucial.O momento presente e a vida são inseparáveis. Quando pensamos sobre o agora, estamos pensando sobre a vida. Nosso tipo de percepção sobre o tempo pode torná-lo um aliado ou um inimigo. Usá-lo como inimigo é ocupar a mente com o passado ou o futuro, estando em muitos momentos ausente do que está acontecendo dentro e fora de nós agora. Ocupamos nosso cérebro por longos períodos, pensando em situações que ainda não ocorreram. Se esse padrão de pensamento se torna constante, o momento presente se torna um obstáculo. Algo como adiantar o relógio e saltar para aquele dia em que o futuro nos parece atraente. O mesmo acontece com o passado. Nosso cérebro se ocupa com episódios ocorridos há tempos, como se estivessem acontecendo agora. Nas duas situações nos tornamos impacientes e
em estado de tensão permanente. Viver o agora nos deixa mais fortes e produtivos. Ficamos mais capazes de usar toda o nosso potencial. Mais do que administrar o tempo, temos que deixá-lo em seu devido lugar.
*Consultora com larga experiência em Desenvolvimento Humano. anamonteiro@wnetrj.com.br
Por que tempo, produtividade e projetos? *Norah Bugano
flitos devem ser solucionados para que a relações clientes x fornecedores internos e externos sejam estáveis e profissionais e o clima entre as células agradável. A empresa deve pensar na sua responsabilidade social e no respeito ao meio ambiente, impregnando com a marca da confiabilidade o mercado em que atua. Lembre-se: no Século da Virtude as empresas serão escolhidas por esses vetores. *Diretora da Bugano e Colombi – Consultoria Empresarial. norahbugano@terra.com.br
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ara exercitar o pensamento empresarial tornando-o inteligente e rentável precisamos entrar no círculo virtuoso proposto pela Convenção da ONU, em Genebra em 1998, para o século XXI. Toda empresa seja ela micro, pequena, média ou grande, precisa se agrupar em células empresariais para atingir suas metas e objetivos. Nada é mais promissor do que a elaboração de projetos para a gestão do tempo com eficácia e produtividade. Todo projeto deve ter começo, meio e fim, ou seja: planejamento, execução, monitoramento, avaliação e conclusão. Ter um gestor, uma equipe de talentos, recursos tecnológicos e financeiros e ser documentado. Os con-
jogo rápido
“O EMPRESÁRIO QUE VIROU PALHAÇO” Conheç a a história de G ibba R izzo, o executivo que decidiu largar tudo para fazer as p essoas sorrirem
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1 – A mudança de área de atuação também teve alguma influência em sua vida pessoal? Como foi a transição? Existe alguma semelhança entre o que fazia e faz hoje? Com certeza, tornou minha vida mais leve! Aumentaram as preocupações com as responsabilidades de se trabalhar no próprio negócio, mas muito mais satisfação em trabalhar naquilo que dá prazer. A transição foi difícil com relação à parte financeira...mas, compensava buscar algo que realmente me satisfaz! Semelhança, nenhuma! Mas, a experiência com o mercado financeiro e com a área comercial foi essencial e me ajuda muito quando faço Role Plays. Na hora da negociação, tenho propriedade naquilo que discuto com os trainees. E isso torna mais fácil “ficar” no personagem, no perfil a ser representado. 2- Quais as principais “doenças” do ambiente corporativo, o que tem diagnosticado em seus workshops? O que faltaria aos profissionais para uma vida plena e/ou mais feliz? Acredito que seja o medo: de se expor, de arriscar, de ser feliz! Ainda se tem um forte paradigma de que trabalho não pode ser agradável, da rigidez do ambiente de trabalho! 3- Quem teria mais traços de sua própria personalidade, o palhaço ou o empresário de alguns anos atrás? Por quê? Com certeza, o palhaço e o ator. Desde os tempos de colégio, já tinha uma tendência para a arte. Infelizmente, para os padrões da época, arte não era trabalho. Porém me considero um exemplo de que nunca é tarde para recomeçar e transformar sua vida e se realizar profissionalmente.
4- Quais estratégias das suas performances poderiam ser adaptadas à realidade corporativa hoje, inclusive serem colocadas em prática com certa facilidade no dia a dia? Pode compartilhar alguma? Acredito que uma das coisas mais importantes que o palhaço me trouxe foi o aceitar o meu ridículo. O exercício do palhaço permite isso! No workshop, alguns exercícios trabalham esse “se permitir” errar. Todos somos falíveis. Reconhecer isso, no mercado corporativo, é difícil. Mas, com certeza, torna as relações profissionais mais claras, leves e coerentes. Não existem deuses! 5- Seu trabalho começou com pacientes em filas de hospitais, inclusive utiliza o riso para ajudá-los a passar melhor pelo período de tratamento. Quem costuma reagir melhor ao que realiza, as pessoas internadas* ou as que estão no ambiente corporativo? Por quê? Haveria mais pessoas “doentes” fora do que dentro do hospital? É difícil fazer essa comparação! Acredito que no mundo corporativo há tanto stress, quanto no ambiente de espera de um hospital. No hospital, 98% das pessoas nos recebem de braços abertos, porque somos um “respiro”, um aroma bom e divertido que fica no ar. Mas, há quem não goste de palhaços em qualquer ambiente! E nós respeitamos isso. No corporativo, as “doenças” – entre aspas – são outras. Lá, acredito que nossa função é prevenir os males, é transformar relações e romper paradigmas. 6- Em sete anos de trabalho deve ter visto alguns casos de superação pessoal, independentemente do local em que realizou a performance. Pode contar aos leitores da Ser Mais algum?
7- Após as especializações com profissionais de outros países, acrescentou algo ao seu trabalho? O quê? O que há de novidade fora do Brasil e pode ser utilizado nas performances de clown?
Na verdade, tudo acrescenta. Mesmo que eu refaça um curso com o mesmo profissional, a experiência é outra, o improviso será outro. O palhaço é um ser em construção. Quanto mais se exercita, mais se aprende e mais “se desaprende”! 8- Sua família também participa das apresentações? Como? Minha mulher, Fátima Affonso Rizzo, que é publicitária, criou o projeto comigo e é Produtora Executiva da Cia e da Associação Amigos do Nariz Vermelho. Eu costumo dizer que ela trabalha e eu me divirto! Meu filho, Henrique, é ator profissional, e trabalha conosco em ações que requerem sua especialização. Apesar de ter vivenciado o clown em seu curso de teatro, não seguiu por esse caminho. Ele prefere o teatro e o cinema.
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Vou contar um caso que não acredito ser de superação, mas de desabafo, que prefiro citar, nas palavras da arteterapeuta Maria Tereza R De Souza: “Na despedida, um senhor, para diante da dupla de palhaços e das pessoas presentes e faz um desabafo: “Eu gostaria que minha vida fosse assim (aponta para Osório). Mas, não tenho mais perspectiva, sou um rejeitado!” ... Osório, sem se deixar comover: rebate, rápido e sem deslizes: ‘A partir de hoje, o senhor não é mais rejeitado, eu te amo!’ (e se joga nos braços do senhor, que devolve o abraço). ‘Vamos abraçar ele, gente!’ Algumas pessoas se levantam, entendendo o jogo, e abraçam o senhor.” Para mim, com certeza é uma superação, levantar na frente de umas 400 pessoas e assumir isso!
otimista
O SAMURAI Ômar Souki
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ual é a resposta adequada a uma agressão? Quantas vezes você é agredido por dia? Não estou falando de agressões físicas, mas, sim, daquelas que chegam a nós por meio de olhares esquisitos, de expressões faciais estranhas, de gestos indecorosos, de buzinadas estridentes ou de palavras cortantes. O trânsito é um campo de batalha. Em um universo cada vez mais poluído de veículos, e cada vez mais escasso de tempo e de espaço, todos querem chegar na hora. Chegar aonde? Ao trabalho; outro campo de batalha. E, de onde partem os guerreiros? De suas casas; outro campo de batalha. O samurai do século XXI não tem trégua nem espaço para se preparar. O seu lar, em vez de ser o ambiente no qual se exercita na paciência e na meditação, transformou-se em outra fonte de conflito. Ele ou ela, guerreiros contemporâneos, já saem de casa enfraquecidos para enfrentar as lutas que os esperam no trânsito ou no trabalho. Como responder a um mundo que, a cada instante, nos surpreende com uma nova modalidade de ataque? Essa talvez seja uma das questões mais difíceis, e, ao mesmo tempo, de maior importância para a nossa saúde e o nosso bem-estar geral. Nosso físico, nossa mente, nossas emoções e nosso espírito precisam de paz. É na paz que con-
seguiremos manter o equilíbrio e crescer como pessoas e profissionais. Não existe outro caminho. Observe aqueles que estão conseguindo os melhores resultados tanto em casa quanto no trabalho. São justamente as pessoas que, apesar dos desafios, conseguem manter seu equilíbrio emocional. Essas pessoas sabem como responder aos ataques do dia a dia. Você sabe que o mundo não vai lhe perguntar quantas tempestades teve que enfrentar, quer saber se trouxe o navio de volta. Para isso é preciso saber lidar com os ataques. O filme O último samurai, estrelado por Tom Cruise, mostra a importância da preparação antes da batalha. Além da preparação física, é necessário que o guerreiro prepare a sua mente, as suas emoções e o seu espírito. Deve até mesmo estar pronto para encarar a derrota com dignidade, caso venha a acontecer. É preciso humildade para aceitar as coisas que não acontecem como desejamos. No caso do samurai, ele usa um sabre para se defender. Mas, atualmente seria impensável sair de casa com uma espada para lidar com as inúmeras agressões que certamente encontraremos pelo caminho. A nossa resposta deve ser outra. O que fazer? Ter consciência de que toda agressão é um pedido de socorro. À primeira vista essa afirmação pode
até parecer ridícula. Como pode a agressão ser um grito de socorro? Vou explicar. Como a maioria das pessoas se sente oprimida (em casa, no trânsito, no trabalho etc.), usa do ataque como uma forma de desabafo. Se você contra ataca está simplesmente jogando mais lenha na fogueira. Em vez disso, observe os seguintes passos:
2. Saiba que o alvo não é você. O ataque, na maioria das vezes, não se dirige a você. Mas, tem mais a ver com a pessoa que agride do que com aquele que sofre a agressão. Origina-se nas carências do agressor. 3. Amplie seu tempo. Como? Procure viver mais no presente. Pare de se acusar. Perdoe o seu passado. Pare de se preocupar com o futuro. Fique no aqui e agora. Dedique atenção plena à pessoa que está à sua frente. Ela está pedindo socorro a você!
Ômar Souki é Ph.D. em comunicação pela Ohio University, nos Estados Unidos, e autor de 25 livros. Site: www.souki.com.br
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1. Prepare-se. Através de momentos de silêncio (15 minutos ou mais, se puder), tanto pela manhã quanto à noite, acalme a sua mente. Respire fundo e busque dentro de si o manancial de paz que o criador oferece diariamente. Aquiete o seu coração.
4. Resposta certa. A resposta certa é sempre a do amor. Em casa: mantenha a calma, e pergunte ao outro o que, de fato, o incomoda. Qual é a real necessidade dele? No trânsito: faça uma oração silenciosa pelo agressor, desejando-lhe todo o bem do mundo. Saia do caminho dele. No trabalho: silencie e procure saber se a agressão é por causa de alguma falha sua (o que é fácil corrigir) ou se é uma carência emocional do outro. Tenha a humildade de reconhecer quando foi você quem errou. Peça desculpas e corrija o erro. Caso seja um desabafo, o que a pessoa deseja mesmo é atenção. Escute-a com a alma. Faça com que se sinta importante.
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PRÁTICAS DA INOVAÇÃO O CCQ (Círculo de Controle da Qualidade) VALE A PENA? Celso Estrella
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resposta a essa pergunta vem sendo dada por empresas de ponta dentre as quais podemos citar Honda e Toyota. Ao estimular suas equipes e as equipes de seus fornecedores a melhorar suas operações, conseguem reduzir custos, evitar defeitos mas, principalmente, melhoram a Qualidade de Vida dos colaboradores pela troca de conhecimentos e relacionamento interpessoal. Quando o Dr.Kaoru Ishikawa (quadro anexo) criou o CCQ tinha como objetivo estimular os supervisores das empresas japonesas a se abrirem ao aprendizado de técnicas que os ajudariam a ter um melhor desempenho. Não tenho dúvidas de que o CCQ foi um dos mais importantes fatores da arrancada japonesa para o sucesso econômico.
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Mas, afinal, o que é o CCQ? Antes de mais nada creio que o nome mais apropriado para o CCQ seria CMQ – Círculos para Melhoria da Qualidade. Resumidamente são grupos de trabalho, com cinco ou seis participantes voluntários, que se reúnem semanalmente para trocar ideias sobre um problema e, aplicando as “Ferramentas Estatísticas da Qualidade”, geram soluções simples porem efetivas para melhoria dos processos. Cada projeto leva em média três meses e após sua conclusão o grupo pode escolher um novo problema e reiniciar o trabalho. A aplicação do CCQ pode variar conforme a cultura e condições de cada empresa sendo as principais diferenças: composição do grupo, horário das reuniões, remuneração, escolha do problema, ferramentas da qualidade, verba para implantação, esquema de apresentações, premiação dos participantes, divulgação interna e externa e troca de experiências entre empresas. Ferramentas Estatísticas da Qualidade Uma das objeções que podem surgir à implantação do CCQ é a de que é uma metodologia ultrapassada em tempos de Six Sigma, já que no CCQ tradicionalmente
capacitamos as pessoas nas ferramentas básicas. Contudo, nossa experiência tem demonstrado que, sem a base prática, ou seja, de uso cotidiano das ferramentas básicas, o Six Sigma pode ser um desperdício. Por outro lado, para uma empresa já adiantada e que utiliza normalmente as técnicas avançadas, pode ser ainda mais efetiva a implantação dos grupos CCQ. Como exemplo disso posso citar uma experiência que tive ao conduzir um curso fechado de Poka-Yoke num de nossos clientes. Numa das dinâmicas, trabalho em equipe, estilo CCQ, dividimos a turma aleatoriamente e, por coincidência, um dos grupos tinha dois “black-belt” (graduação do Six Sigma). A solução encontrada por esse grupo foi tão efetiva e original que os demais grupos aplaudiram espontaneamente. As ferramentas básicas propostas por Ishikawa, são: Diagrama de Causa e Efeito (Ishikawa), Gráfico de Pareto, Histograma e Folha de Verificação (check-list). Baseado em minha experiência prática, recomendo acrescentar à lista: Fluxograma e Brainstorming ao mesmo tempo que podemos suprimir o Histograma. Desenvolvimento pessoal e profissional Como já comentamos, o objetivo principal de Ishikawa ao criar o CCQ era o de estimular o aprendizado e sua metodologia é tão eficaz que ainda hoje êsse é, de longe, seu maior benefício. Esse desenvolvimento se dá em dois aspectos: Primeiro – As pessoas têm que conviver umas com as outras na busca de um objetivo comum. Saber ouvir, respeitar a opinião dos colegas, compartilhar sucesso e fracassos. Como na maioria das implantações, os grupos são multifuncionais, isso acaba auxiliando a derrubar as barreiras entre as áreas promovendo um fluxo melhor dos processos na empresa (9º. Princípio Deming) Segundo – O contato e o estudo do problema de uma determinada área confere ao representante um status de “autoridade” no assunto e aos demais proporciona a oportunidade de adquirir conhecimentos do trabalho de outras áreas, promovendo o crescimento profissional.
Mas o grande benefício é sem dúvida o novo hábito de abordagem dos problemas através das ferramentas da qualidade que serão utilizadas para todas as atividades das pessoas, seja na empresa ou em suas outras ocupações. Resultado: pessoas melhores, mais preparadas para os desafios do trabalho e da vida em geral. Um bom exemplo de desenvolvimento de pessoal é o da SCORPIOS da Amazônia, empresa em crescimento, onde assessoramos a implantação do CCQ e anualmente treinamos os novos colaboradores. Temos muitos casos de pessoas que receberam promoções após participar de grupos CCQ, apresentamos aqui três exemplos: Valquiria, colaboradora da contabilidade, participou de um grupo em que o tema do projeto foi “Melhoria do setup de prensas”. Essa moça não só aprendeu sobre o processo produtivo como realizou cronometragens no chão de fábrica e acabou sendo escolhida por seus colegas para apresentar o projeto no evento final. Carlos e Wellington, profissionais do setor de Ferramentaria, voltaram a estudar e hoje estão no time da Engenharia e são fortes participantes do CCQ. Denis entrou na empresa como ajudante de produção e, após sua participação em um dos grupos, tendo demonstrado competência de comunicação, raciocínio e inteligência emocional, chegou a líder de produção. Fernanda e Luana, assistentes administrativas, têm se destacado por participarem ativamente nos assuntos técnicos e têm colecionado com seus grupos premiações internas e participado das apresentações na Honda, representando a SCORPIOS.
Para mim, o CCQ é como um tesouro que foi equivocadamente enterrado como um modismo ultrapassado e está intacto, à espera de quem queira melhorar seu processo. QUADRO Dr. Kaoru Ishikawa (1915-1989) é um dos mais ilustres gurus da Qualidade. Desenvolveu com muita sabedoria os conhecimentos adquiridos junto a Deming e Juran estabelecendo claramente a importância à participação das pessoas para obtenção da qualidade de produtos e processos. Deu enfase à necessidade de aprimoramento da educação dos colaboradores e não ficou na teoria, pois criou mecanismos como o jornal “Gemba-to-QC” e os CCQ. Uma de suas frases mais famosas:”É impossivel contratar ‘mão de obra’, pois junto com as mãos a pessoa traz sua inteligência e emoção”. Bibliografia: 1. www.juse.or.jp 2.
Controle de Qualidade Total, Kaoru Ishikawa (Ed.Campus)
Celso Estrella Diretor da CriaCorp-Desenvolvimento Empresarial. Possui 30 anos de experiência corporativa em empresas de grande porte. Site: www.criacorp.com.br
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Devemos estimular a competição entre os grupos CCQ? No Japão ficaram famosas as etapas de avaliação dos grupos CCQ iniciando no nível da empresa e chegando ao nível nacional depois de passar por etapas regionais. Não há duvidas de que tanto no Japão como em outros lugares as pessoas gostam de receber reconhecimento por seu bom desempenho. O perigo, entretanto, é permitir que o foco dos grupos esteja no resultado e não no processo. Por esse motivo a Honda, ao estimular a competição entre os grupos de CCQ dos seus fornecedores, atribui apenas
10,5% ao quesito “vantagem econômica”. Aliás, observando-se os critérios fica mais do que evidente a importância de aplicar-se corretamente as ferramentas de melhoria de processos. Portanto minha recomendação é de manter sempre o foco no uso das ferramentas e deixar claro que o grande prêmio é o desenvolvimento pessoal, que garantirá empregabilidade e satisfação.
O comportamento da nova comunicação
NA PRÁTICA Jair Henrique Reis
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stão acabando as autopistas de mão única na área de comunicação. Cada vez mais, os caminhos de mão dupla ganham espaços e, a cada momento, as rotas alternativas, as indicações e os atalhos vão se tornando mais eficientes e eficazes para movimentar grandes e pequenos negócios. A facilidade e a adequação para trafegar com velocidade e segurança nessas novas vias alternativas são essenciais para o sucesso das empresas, dos profissionais e até para os relacionamentos pessoais. Sem dúvida, “o vídeo”, aquela velha ferramenta conhecida de todos nós, ganhou novos poderes e está se mostrando como o principal veículo da comunicação. Pesquisas garantem que, até 2015, mais de 90% do conteúdo veiculado na internet será em vídeo (e não é difícil acreditar nisso). Atualmente já são postados no youtube, mensalmente, cerca de 1 milhão de horas de conteúdo, e as câmeras e filmadoras estão cada vez mais baratas e fáceis de usar, sendo que até aparelhos celulares já gravam em high-definition. Com a popularização da banda larga, transmitir vídeos
em alta qualidade não é mais nenhuma utopia. No Rio de Janeiro, o Complexo do Alemão é um exemplo com suas mais de 150 lan-houses. No Brasil, são milhares de pontos espalhados em cidades grandes e pequenas, tirando proveito das altas taxas de velocidade na transferência de dados. A integração da rede de dados com a telefonia e a TV é uma realidade em que os novos aparelhos, smartfones e smarttvs, conectam-se de forma a trazer para sala de estar dos brasileiros, um povo totalmente televisivo, o canal preferido da família. E não bastará mais ter um site ou um portal, principalmente para empresas, que dependerão de um canal de TV exclusivo, com a própria grade de programação dividida pelos assuntos, produtos, serviços e informações do interesse de seus públicos. Lembre-se: o conteúdo de uma TV exclusiva precisa ter relevância para o público que se pretende atingir, ser dinâmica e mostrar atualização frequente. A periodicidade é fundamental, pois ninguém imagina ver o mesmo capítulo da novela todos os dias ou assistir a final do campeonato meses a fio. A programação é mais importante que o programa; a atenção é mais atrativa do que a audiência.
Hoje, com as redes sociais, o seu público se informa, troca experiências, compartilha, interage, e até mesmo estimula ou desestimula o consumo de produtos e serviços. Ignorar esse fato é o suicídio empresarial e, se a propaganda boca a boca sempre foi a preferida, não podemos abrir mão da recém-chegada comunicação “clique a clique”, que é muito mais poderosa e não depende da interpretação do divulgador e nem de sua capacidade em divulgar bem o seu conteúdo.
Na comunicação “clique a clique” o seu vídeo, com as imagens e o áudio escolhidos por você, irá chegar a cada novo potencial cliente sem mal-entendidos, exageros ou esquecimentos. Definitivamente, a comunicação está em um movimento que joga a favor da criatividade e agilidade, de quem é proativo, fazendo ajustes finos na relação de sua marca e o seu público. Se você não quer ver a sua comunicação parecida com a foto antiga da carteira de identidade, aprenda a usar pela menos a câmera do seu celular: faça um vídeo. E, se der tempo, tire também uma foto atualizada para sua carteira de identidade. Jair Henrique Reis é empresário, conselheiro empresarial, palestrante e presidente do grupo JHR. Site: www.comunicacaonapratica.com.br
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É preciso haver o diálogo com o seu público e a troca pode ser facilmente compreendida por meio de instrumentos de análises e pesquisas já disponíveis. Dos vídeos que estão presentes na rede, qual foi o mais visto? Como o usuário o encontrou? Por um link? De um buscador? De outro vídeo correlacionado? O vídeo foi compartilhado ou não? Em que momento ele perdeu audiência? A resposta adequada a essas e outras questões podem ser traduzidas em novos vídeos, e a pesquisa estimula e direciona o processo criativo. No tempo de autopistas de mão única, grandes marcas produziam um comercial bonito e pronto, o público aceitava o conteúdo como verdadeiro.
Gestão de Pessoas: o que não fazer... (Parte III) Adriano Cesar JÁ OUVIRAM A EXPRESSÃO “PREMIAR A INCOMPETÊNCIA E PUNIR A COMPETÊNCIA?”
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aso realizássemos uma enquete junto a uma amostra de colaboradores nas organizações dos mais diversos tipos, portes e setores da economia, certamente o processo de Avaliação do Desempenho estaria dentre os mais temidos, bem como dentre aqueles que mais apresentariam necessidades de melhorias nas práticas contemporâneas de Gestão de Pessoas. Se avaliar o desempenho de alguém, nesse caso, um colega de trabalho, já não é das missões mais confortáveis e prazerosas de se fazer, os instrumentos e, principalmente, a forma como os processos de avaliação do desempenho são conduzidos tornam por piorar ainda mais a situação... Apesar de ser um processo imprescindível de ser realizado pelas organizações, tendo em vista que é fator-base (input) para outros processos (TD&E, Remuneração Variável, Promoções etc.), a avaliação do desempenho é recheada de “equívocos”. Conforme costumo sempre argumentar durante meus cursos, palestras etc., entre fazer algo mal feito ou não fazê-lo, opte pela segunda opção; os prejuízos serão sempre menores e veremos menos expectativas frustradas nos colaboradores... Assim sendo, nessa edição, apontarei, abaixo, o que não se deve fazer quando o assunto é avaliação do desempenho nas organizações, continuando a série iniciada nas duas edições anteriores da Revista Ser Mais:
1.
Falta de esclarecimentos e, principalmente, de sensibilização dos colaboradores pela área de Gestão de Pessoas: o período de avaliação do desempenho é um momento no qual se gera no colaborador, via de regra, sensações negativas como ansiedade, medos (de demissão, de “acerto de contas”, de críticas nada construtivas etc.) e dúvidas quanto ao futuro. Dessa forma, o momento que antecede a esse período é crucial para o seu sucesso. Infelizmente, a maioria das organizações deixa a desejar nesse momento de preparação, de desmistificação, de esclarecimentos e de sensibilização geral dos colaboradores e dos gestores que a conduzirá;
2.
Falta de engajamento dos gestores no processo de avaliação (contínua) e de registro de informações no período avaliativo em questão: apesar de ser um processo formal e, na maioria dos casos, obrigatório nas organizações, a avaliação do desempenho e o feedback aos colaboradores que a ele deve ser seguido são processos que deveriam fazer parte da rotina de um gestor que verdadeiramente lidera pessoas e equipes. Compete à área de Gestão de Pessoas “lembrá-los” dessa atribuição que lhe é atinente. Além disso, se o período avaliativo considerado no processo
é demasiado longo (anual ou semestral, por exemplo), é imprescindível que os gestores disponham de mecanismos próprios ou corporativos para o registro do desempenho de cada um de seus colaboradores, a fim de evitar o cometimento de injustiças durante o período formal de avaliação; 3.
Foco demasiado nos instrumentos de avaliação: o foco nas técnicas, nos processos e nos instrumentos é uma característica típica das áreas de Gestão de Pessoas tradicionais (mais operacionais e menos estratégicas). Olham demasiado para o próprio “umbigo”, se deixam encantar pelos sistemas e pelos recursos computacionais que apoiam o processo e perdem o foco nas pessoas e na “blindagem” de eventuais distorções na lógica do processo;
4.
Falhas no desenho do processo: o desenho do processo de avaliação do desempenho deve ser elaborado especialmente com vistas a evitar manipulações ou tendenciosidades por aqueles que o utilizam. Bem ou mal, a avaliação do tipo 360o, por abarcar em si os diversos pontos de vista daqueles que lidam no dia a dia com o colaborador avaliado, equilibra o campo de forças gerado entre os diversos avaliadores. As mais modernas avaliações do desempenho incluem, inclusive, clientes e fornecedores;
5.
Foco na avaliação das atividades de trabalho ou nos comportamentos: a avaliação do desem-
7.
Não utilização de indicadores qualitativos e quantitativos concomitantemente: via de regra, as avaliações de desempenho ou utilizam parâmetros quantitativos (escala numérica não vinculada a acordo de resultados tangíveis) ou qualitativo (conceitos abstratos). Não se trata de um ou outro tipo de indicador, mas, sim dos dois! Porém, de forma diferente: qualidade das competências e percentual de alcance dos resultados acordados previamente na última avaliação. Ambos são necessários, mesmo quando se tratam de áreas e atividades meio (processuais). Não há desculpas!
Por fim, ressalto que a avaliação de desempenho não é um fim em si mesma. Muito pelo contrário! Conforme acima referenciado, ela é um input fundamental para outros processos de Gestão de Pessoas e, principalmente, para a melhoria e desenvolvimento do potencial humano. Mais do que cobrar resultados, faz-se necessário proporcionar as reais condições e os suportes necessários (gerencial, financeiro, humano etc.) para os mesmos. Na próxima edição, será a vez de comentarmos sobre os principais “equívocos” comumente observados no processo Remuneração Estratégica. Até lá!
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6.
Demasiado intervaldo de tempo entre uma avaliação e outra: a maioria das organizações que realiza o processo de avaliação do desempenho o faz anualmente. Obviamente, os colaboradores mais “espertos” acabam por apresentar melhores desempenhos no período próximo ao que antecede ao da avaliação. Além disso, a nossa memória estará sugestionada pelos últimos acontecimentos, sejam eles bons ou maus. Logo, realizar avaliações do desempenho semestralmente é algo aceitável; trimestralmente, recomendável;
penho deve focar nas competências e não no cumprimento de atividades rotineiras. Ser leal, obediente, “gente boa”, não leva organização a lugar algum! Portanto, uma avaliação do desempenho que se preze foca as competências e os resultados gerados no período e ponto final!;
Adriano Cesar consultor organizacional e Palestrante da FATORH Consultoria. Personal & Professional Coach. “Black Belt” em Six Sigma. Professor de cursos de graduação e de pós-graduação.
PRECISO VENDER!
E O COMPRADOR DA EMPRESA,
AJUDA?
Aumente sua rentabilidade com a conexão entre vendedor e comprador, transformando vendas e compras em áreas integradas e estrategicamente proativas Dalmir Sant’Anna
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P
rofissional de vendas é movido diariamente por metas, redução de inadimplência e o desafio constante em superar desafios. Parece pouco? Imagine tudo isso, convivendo ainda, com o aspecto emocional, ausência de estoque, atraso na entrega de mercadorias e a concorrência praticando políticas desleais à competição. Qual o resultado da ausência de integração entre os setores de compras e vendas? Como oferecer diferenciais competitivos, se o comprador da empresa não ajuda? Fui gerente de vendas e asseguro baseado na minha experiência, que a melhor resposta para essas perguntas consiste em alinhar os objetivos entre os setores de compras e vendas, fazendo-os compreender que, para a ação de colher é necessário plantar, logo, para vender é imprescindível comprar. As dicas, que fazem parte dos tópicos a seguir, contribuem para aproximar os dois setores, tornando vendas e compras áreas estrategicamente proativas, no qual o beneficiado passa a ser o principal responsável pelo seu negócio: o cliente. O setor de compras pode ajudar na ação para vender mais – Como especialista em gestão de pessoas e estudioso do comportamento humano, identifico que alguns indivíduos não percebem que o mundo dos
negócios é cíclico, com determinados produtos sendo usuais em seis meses, dois anos ou ainda, cinco anos. Quem começa antes a estudar o mercado, avaliar o potencial do seu segmento de atuação e a desenvolver competências, ganha mais. É preciso compreender que vendas é uma consequência de treinamento, conhecimento do produto, persistência e sincronia aos objetivos da empresa. Mas, como a área de compras pode ajudar nesse processo? A equipe de compras precisa identificar que suas ações refletem em um conjunto de fatores diretos no processo de vendas, englobando faixa de preço, fornecedores, giro de mercadoria, logística, lucratividade, mix de produtos, público alvo, sazonalidade e segmentação de mercado. Aproximar a comunicação entre os dois setores, de compras e vendas, torna-se um desafio e uma maneira de conquistar melhor desempenho na faixa de preços, diminuir a sazonalidade, fortalecer o fluxo de caixa e contribuir com sugestões nos estudos sobre a previsibilidade. De outra maneira, seria a ação prática de substituir o “achismo” por controles eficazes de tendências. Perceba que é cômodo afirmar que, o comprador da empresa não está ajudando você a vender, mas qual a contribuição do vendedor em compartilhar suas experiências? Que ações estão sendo coloca-
das em prática, para aproximar a comunicação entre os setores de compras e vendas?
Comprar bem é a certeza de uma venda mais expressiva com a garantia de maior rentabilidade. Estamos juntos nessa definição? Então, como evitar que a equipe de vendas constantemente alegue que o preço praticado pela empresa é alto demais comparado ao concorrente? Como você percebeu, nas dicas apresentadas anteriormente, não é aceitável isolar a área de compras e acreditar que o mercado é estático. Valorize mais os compradores da sua empresa e descubra que eles podem contribuir, de maneira expressiva, no aumento da rentabilidade e dos resultados de vendas. Lembre-se continuamente que o diferencial entre margem e despesa é o lucro. Quanto maior a aproximação entre os setores de vendas e compras, maior a probabilidade da rentabilidade ser permanente.
Dalmir Sant’Anna é palestrante comportamental. Autor do livro “Menos pode ser Mais”. www.dalmir.com.br
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A viabilidade em conhecer o outro lado da moeda – Minha proposta de trabalho é uma palestra personalizada, com conteúdo direcionado ao perfil de cada empresa. Para conseguir aproximar ao máximo minha apresentação aos objetivos da empresa, realizo reuniões de briefing. Dentre as várias sugestões que apresento para contribuir com a convenção, tenho como hábito recomendar à equipe organizadora a presença do líder ou, de toda equipe de compras no treinamento de vendas. Mas não é somente participar de “corpo presente”. Negativo! É interessante que a equipe de compras apresente as dificuldades enfrentadas para reduzir custos, mostre a preocupação constante com a sazonalidade, enumere aspectos da relação existente entre o estoque e a venda (REV). Acredite nas vantagens competitivas e nos argumentos que sua equipe de vendas terá após conhecer “o outro lado da moeda”, ou seja, conhecer o papel estratégico que a área de compras desempenha, interligando de forma lucrativa a produção e o consumo. Perceba a viabilidade da minha sugestão, e na próxima convenção de vendas, realize a convocação da equipe de compras com o objetivo de alinhar os dois setores e fortalecer o compromisso de seguir
na mesma direção. Vamos colocar em prática?
LIDERANÇA GENÉTICA OU
DESENVOLVIMENTO?
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Vera Cecilia Motta Pereira Na boiada já fui boi Mas um dia me montei Não por um motivo meu Ou de quem comigo houvesse Que qualquer querer tivesse Porém por necessidade Do dono de uma boiada Cujo vaqueiro morreu... Então não pude seguir Valente em lugar tenente E dono de gado e gente Porque gado a gente marca Tange, ferra, engorda e mata Mas com gente é diferente...2 Muito se tem falado sobre liderança, o que é e quais características possuem os que estão como líderes, a maneira como executam seu trabalho, as formas como têm que adaptar suas necessidades às necessidades e estágios de desenvolvimento de seus liderados e da empresa. Mas, é surpreendente que poucos concordem com o que, de fato, sejam características essenciais e/ou necessárias a um líder. Nasce-se com essa disposição ou pode-se treinar? E,
se treinamento é possível, o quê ou para quê se está treinando? O treinamento varia com a finalidade da empresa ou é igual para todas as empresas? De maneira geral, diz-se que liderar é o processo de influenciar um grupo ou um indivíduo a empenhar-se para que suas atividades orientem-se para o estabelecimento e a realização de um objetivo comum, dada uma situação específica. Ou seja, líder é aquele que, dada as circunstâncias, direciona as atividades de outras pessoas e se responsabiliza pelo esforço para atingir objetivos/metas. A maneira como esse processo ocorre varia tão enormemente, qual seja a posição de liderança que o indivíduo exerça quanto à finalidade da organização em si. Mas, continuamos a carregar quantidades enormes de informação na manutenção do estereótipo do “líder”! Talvez devamos deixar de nos preocupar com o que os líderes são, e sim, preocuparmo-nos com o quê eles são chamados a fazer: quais habilidades são necessárias. Se pensarmos em habilidades, estamos falando de características, não necessariamente inatas, que podem ser desenvolvidas, e são observáveis em seu desempenho3. Os autores que caminham pelo viés das HABILIDADES citam pelo menos três:
A) HABILIDADES TÉCNICAS: Referem-se à compreensão e proficiência numa atividade específica, particularmente se envolvem métodos, processos, procedimentos ou técnicas. É fácil para nós compreendermos isso quando falamos de cirurgiões, músicos, contadores, engenheiros, p.ex., quando cada um está desempenhando sua própria função. Habilidades técnicas envolvem conhecimentos especiais, habilidades analíticas envolvidas naquela situação específica e facilidade para o uso das ferramentas e técnicas próprias. Das três habilidades, esta é talvez a mais familiar porque é concreta e, em nossa era da especialização, é a habilidade buscada na maioria das pessoas. É a habilidade de lidar com as “coisas” (processos ou objetos físicos). B) HABILIDADES HUMANAS: No sentido organizacional, refere-se à capacidade de trabalhar efetivamente com o grupo como um membro dele, e construir uma teia de cooperação entre seus membros, ao mesmo tempo que esforça-se para construir essa mesma teia cooperativa entre seus colaterais e superiores. Para tanto, o líder deve ser sensível a suas próprias percepções e como as reconhece em relação a seus superiores, iguais e subordinados e, consequentemente, como se comporta. O líder com esta habilidade é consciente de suas próprias atitudes e crenças sobre as outras pessoas e grupos, bem como é capaz de entender o uso e as dificuldades desses sentimentos. Quando aceita que as outras pessoas e grupos podem pensar e sentir diferentemente do que ele, está habilitado a entender profundamente o que os outros podem querer transmitir realmente, por suas palavras e/ ou comportamentos. Bem como, é capaz de transmitir aos outros o que ele pretende que seu comportamento signifique. A pessoa com esta habilidade consegue criar um ambiente onde os subordinados sentem-se livres para expressar-se sem receio da censura ou do ridículo.
É a habilidade para lidar com pessoas não apenas quando das decisões, mas no dia a dia. C) HABILIDADES CONCEITUAIS: Sempre no sentido organizacional, é a capacidade de ver a organização, na qual está inserido, como um todo, o que inclui reconhecer como as várias funções dependem umas das outras, e mais, percebe como sua organização relaciona-se com as outras, com a comunidade que a circunda e aquela mais ampla, bem como é capaz de reconhecer as forças políticas, sociais e econômicas, tanto de seu meio quanto do mundo. Podemos ver, todos os dias, companhias que não sobrevivem a mudanças antevistas, por uma miopia de seus dirigentes que não perceberam a mudança dos ventos. É a habilidade política, em seu sentido amplo. Parece difícil? E é, mas é do amalgama e entre essas habilidade que se constroem os líderes, nos vários níveis. Se você está nessa posição, analise seu comportamento frente a essas três habilidades, de tal forma que terá um quadro específico, seu, para começar a se desenvolver. 2 Disparada – Geraldo Vandré 3 No Brasil, com sua tradição patriarcal, é comum aos que estão na posição de liderança agirem, para com seus subordinados, como feitores, em situações que se tipificam na descrição de assédio moral. É um assunto muito vasto, que poderemos desenvolver depois. Mas, é importante notar que para qualquer companhia, a perda de bons funcionários por causa de chefes com comportamento abusivo, significa perda de dinheiro, motivação e reformatar equipes e departamentos, que muitas poucas empresas podem suportar.
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Vera Cecilia Motta Pereira, psicóloga, especialista em psicologia clínica e hospitalar, e supervisora em psicologia. E-mail: veracp@uol.com.br
FUN LEARNING
IMAGINATION
SCIENTIFIC POWER
Albert Einstein
Our scientific power has outrun our spiritual power. We have guided missiles and misguided men.
I am enough of an artist to draw freely upon my imagination. Imagination is more important than knowledge. Knowledge is limited. Imagination encircles the world.
Martin Luther King Jr., Strength to Love, 1963 VOCABULARY HELP
VOCABULARY HELP • draw freely - usar livremente • knowledge - conhecimento • world - mundo
I HAVE TO PEE A mother took her little boy to church. While in church, the little boy said, “Mommy, I have to pee.” She told him, “It’s not appropriate to say the word ‘pee’ in church. So, from now on, whenever you have to pee, just tell me that you have to whisper.” The following Sunday, the little boy went to church with his father. During the service, the boy said, “Daddy, I have to whisper.” The father looked at him and said, “Okay, why don’t you whisper in my ear?”
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VOCABULARY HELP • church - igreja • ear - ouvido • father - pai • from now on - daqui por diante • go (go, went, gone) - ir • look - olhar • mommy - mamãe • pee - urinar • say - dizer • take (take, took, taken) to - levar, conduzir • tell (tell, told, told) - contar • whenever - sempre que • whisper - sussurrar
• guided missiles - mísseis guiados • man (men) - homem (homens) • misguided - desorientados, sem rumo • outrun - ultrapassar • power - poder
THE SEA -- You know, when you speak you remind me of the sea. -- Thank you, so I make a good impression on you? -- No, you make me sick. VOCABULARY HELP • make a good impression - causar uma boa impressão • make me sick - me deixa enjoado • sea - mar • speak (speak, spoke, spoken) - falar
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economia
Reflexos de um país
EM CRESCIMENTO Roni de Oliveira Franco
N
apenas as cidades-sedes terão um forte impacto. É óbvio que não! Temos de pensar também a longo prazo. Se recebermos os turistas com qualidade e excelência, é claro que eles irão voltar. Por conta disso, os investimentos em sistemas viários (rodovias, aeroportos e transporte público), hotéis, restaurantes e afins serão de extrema importância em todos os locais. Outro fator positivo para o Brasil foi o aumento da renda da população, fazendo com que o poder de compra aumentasse consideravelmente e, assim, crescesse o número de produtos vendidos. Com isso, a produção também está em alta. Ou seja, estamos vivenciando um belo ciclo virtuoso na nossa economia. Para isso correr adequadamente, o governo também precisa fazer a sua parte. As micro e pequenas empresas (96% do universo corporativo nacional, de acordo com o Sebrae) precisam ter um auxílio diferenciado das demais para, assim, conseguir manter a empregabilidade em alta. As principais atitudes que o governo pode tomar são a reforma tributária e a disponibilização de mais amplas e melhores condições de financiamento. Estamos passando por um bom momento no Brasil: temos uma economia e uma política sólidas, o que faz com a nossa imagem seja fortalecida em todo o mundo, incluindo as nações desenvolvidas. Precisamos aproveitar a conjuntura favorável para resolver os problemas históricos, cuja persistência poderá atrapalhar muito o tão almejado desenvolvimento.
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ão é nenhuma novidade que há alguns anos o PIB brasileiro vem crescendo, mas será que todos sabem qual é o impacto, de fato, para o País? Todos os setores econômicos são favorecidos, como aumento de produção – tanto para uso doméstico, quanto para exportação –, aumento dos empregos com carteira assinada, da arrecadação de impostos e dos investimentos. O Brasil é o presente! Já se foi a época que falavam que éramos o país do futuro. No exterior, temos a imagem de uma nação cada vez mais importante no sistema mundial, tanto do ponto de vista de apresentar um crescimento superior ao dos desenvolvidos, quanto pelas oportunidades de investimento estrangeiro e também pela incorporação das classes de menor renda ao mercado de trabalho e de consumo. Ou seja, tudo positivo. Só que também não podemos pensar que, por conta disso, o nosso país esteja uma maravilha. Negativo. Temos de caminhar, e muito, para alcançarmos os patamares dos desenvolvidos. E podem ter certeza de que é com relação a tudo: educação, saúde, infraestrutura, serviços e reforma tributária, segurança pública, corrupção... Com o aumento da renda, alguns setores estão com grande déficit, como educação e saúde, já que houve um crescimento na demanda. E este é o momento de investirmos mesmo no País. Estamos para receber dois megaeventos esportivos mundiais – a Copa do Mundo (2014) e a Olimpíada (2016). Engana-se quem acredita que
Roni de Oliveira Franco é sócio da Trevisan Outsourcing e professor da Trevisan Escola de Negócios. E-mail: roni@trevisan.com.br
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no alvo
Maioria feminina no setor de telesserviços As mulheres ainda são minoria no mercado de trabalho brasileiro, mas ocupam quase 80% dos postos na área de telesserviços. Os dados são da Associação Brasileira de Telesserviços (ABT). O setor é apontado também como porta de entrada de jovens para a vida profissional, 45% dos teleatendentes têm de 18 a 24 anos. Atualmente um milhão de pessoas estão empregadas no segmento e a ABT estima que mais de cem mil novas oportunidades sejam geradas ao longo deste ano.
Queda de confiança Os brasileiros estão menos confiantes nas organizações não-governamentais (ONG) e no poder público. Ambos perderam prestígio por conta dos escândalos aos quais foram expostos no ano anterior. A pesquisa da companhia Edelman Significa revelou que o declínio foi de 18 pontos percentuais, de 81% para 63%. Já a mídia e o setor empresarial sofreram quedas menores no índice de confiança. Segundo os dados, os meios tradicionais, como jornal ou televisão, são os mais confiáveis, com 51%, seguidos das mídias digitais, como blogs e portais, com 42%. As redes sociais possuem a confiança de 21% dos entrevistados e os meios institucionais pertencentes a empresas, como releases e sites corporativos, apresentaram aumento de dois pontos percentuais, com 27%. Fonte: assessoria de imprensa da Edelman.
Entre as mais admiradas A FedEx está entre a empresas mais admiradas do mundo de acordo com a pesquisa publicada pela revista FORTUNE. O relatório “As empresas mais admiradas do mundo” traz a companhia no 6° lugar do ranking, duas posições à frente em relação a 2011. O estudo mensurou nove atributos relativos ao desempenho financeiro e à reputação corporativa da empresa.
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Inscrições abertas para aprendizes A Caixa Econômica Federal está com cerca de três mil vagas disponíveis para o Programa Adolescente Aprendiz. Os jovens devem entrar em contato com as entidades pelo site abaixo para realizar a inscrição. É preciso ter de 14 anos e meio a 16 anos incompletos e estar cursando, no mínimo, o 9° ano do Ensino Fundamental, além de renda familiar per capita de até meio salário mínimo. As oportunidades serão preenchidas gradualmente onde houver postos disponíveis. A duração do contrato do programa é de 24 meses e as capacitações oferecidas são para contínuo, auxiliar de escritório e escriturário. Mais informações em: http://www.caixa.gov.br/acaixa/programa_ adolescente_aprendiz.asp
Dança das cadeiras Engenheiro assume diretoria da Festo
CPM Braxis Capgemini anuncia vice-presidente regional
A Festo Brasil, empresa da área de automação industrial, contratou para o setor de Desenvolvimento Organizacional, Vladmir Stancati. O engenheiro assume a diretoria do departamento e fica responsável responsável pelas equipes de Gestão e Desenvolvimento de RH, Suporte e Bem-Estar, Sistemas de Gestão da Qualidade, Jurídico e Comunicação Interna. O profissional tem bastante experiência nas áreas de Gestão de Pessoas e de Qualidade, já recebeu o prêmio de profissional de destaque em RH em 2009 e por duas vezes em 2011, foi eleito o professor de destaque na pós-graduação da FGV.
A CPM Braxis Capgemini está com um novo presidente regional para o Rio de Janeiro. Roberto Mathias tem como desafio a expansão de novos negócios no mercado carioca. Mathias é economista graduado pela PUC-RJ e tem 25 anos de experiência nas áreas de Tecnologia da Informação e Gestão Organizacional. A empresa é fornecedora em soluções de tecnologia da informação e oferece às companhias ao redor do mundo quatro linhas de serviços: Applications Management Services, Enterprise Applications Services, Infrastructure Services e Infrastructure Products.
Rede Bom Dia tem
NOVA DIREÇÃO
Itautec reforça estrutura de governança corporativa
Fernando Miziara acaba de assumir a direção geral da Rede Bom Dia de Comunicação. O executivo tem 16 anos de experiência em gestão empresarial e autou nos últimos dois anos como diretor da Galeazzi&Associados. A rede é composta pelo jornal Diário de S.Paulo e pertence ao Grupo Traffic, que também controla uma agência de marketing esportivo e a TV TEM, emissora afiliada à Rede Globo de Televisão.
Ronaldo Moraes Araki assumiu recentemente a diretoria de Eficiência e Qualidade Operacional da Itautec. A área foi criada especificamente na oportunidade de contratação do executivo. Ele terá como desafio a busca contínua da eficiência operacional. Araki tem sólida experiência na indústria de informática e na gestão das áreas de operações e vendas de serviços. Já passou por empresas do setor de tecnologia da informação como a NCR, Compaq, Dell e Nokia.
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vitrine de sucessos
O seu primeiro milhão . O livro, sucesso de vendas na área de gestão em Portugal, traz dicas adaptadas à realidade brasileira para quem quer investir e não sabe por onde começar. São receitas práticas e objetivas para todos, até aos que não possuem muito dinheiro. A obra ensina o leitor a organizar melhor suas finanças, poupar e escolher os melhores investimentos para que um dia tenha capital suficiente e este passe a trabalhar por ele
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Pedro Queiroga Carrilho Editora Planeta R$ 24,90
Mídias sociais nas empresas Funcionários engajados e disseminadores de ideias por meio das redes sociais, esta é a proposta do livro “Mídias sociais nas empresas”. A obra traz uma visão diferenciada a líderes e companhias para que utilizem as novas mídias de maneira contrária ao que muitos fazem, ao invés de divulgação de um produto, seriam um canal para melhoria em seus serviços, gerenciamento de talentos e aperfeiçoamento profissional. Traz também o relato de como foram utilizadas nas empresas: Oracle, Hewlett-Packard, Cisco, Intel, Genentech, IBM, Dow, Nokia, e British Telecom com sucesso. Artur L.Jue, Jackie Alcade Marr e Mary Ellen Kassotakis Editora Évora R$ 54,90
Acessibilidade em ambientes informacionais digitais
Os 10 hábitos da memorização
A inclusão de pessoas com necessidades especiais também deve estar em pauta e nas discussões das empresas. Cada vez mais estes profissionais superam as barreiras; os limites impostos pelo ambiente e tecnologias e se fazem presentes no ambiente profissional. Para auxiliá-los já existem inúmeros softwares, independentemente do tipo de suporte que precisam. Neste livro, a autora aborda a acessibilidade em ambientes informacionais digitais, especialmente aos que possuem restrições auditivas.Também trata da surdez de maneira diferenciada, tirando o estereótipo de deficiência.
É comum usarmos a expressão “memória de elefante” para definir pessoas dotadas de grande poder de recordação. De fato, no quesito memória, segundo especialistas, o elefante é reconhecido como a espécie de maior poder. Embora nós, seres humanos, também tenhamos uma excelente memória, sempre vivemos as voltas com problemas de esquecimentos que muitas vezes resultam em sérios prejuízos. O autor garante que não existe tarefa ou situação que não seja facilmente lembrada, a partir do instante em que aplicamos as suas orientações. Neste livro, você aprenderá dez poderosos hábitos da memorização que o ajudarão a desenvolver uma excelente memória e a nunca mais esquecer informações importantes.
Juliane Adne Mesa Editora Unesp R$ 42
Renato Alves Editora Gente R$ 26,90
LIVRO DISCUTE BIODIVERSIDADE, USO DA TERRA, ÁGUA E AQUECIMENTO GLOBAL
V
ocê sabe o que é sustentabilidade? Qual a relação de um besouro com o aumento da produção de carne? Vale a pena investir em um negócio sustentável? Apesar de serem temas recorrentes na mídia, questões como essas vêm preocupando a população nos últimos anos. No entanto, esses assuntos ainda são tratados como algo longe do cotidiano das pessoas e fora da realidade econômica da maioria.
Fonte: Editora Matrix.
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Pensando nisso, os autores Rafael Moraes Chiaravalloti e Cláudio Valladares Pádua, escreveram o livro “Escolhas Sustentáveis” (Editora Urbana). O objetivo da obra é fazer uma reflexão sobre a importância dos sistemas naturais e como a ciência pode ajudar as pessoas no processo de escolhas mais sustentáveis. O livro, baseado em muitas pesquisas e estudos de casos, aborda temas como desmatamento, aumento da temperatura da Terra, tratamento de água, o tripé da sustentabilidade e energias limpas. Além disso, a obra se propõe, de uma maneira simples, a desmitificar essas questões mostrando o que se tem feito ao redor do mundo em termos de preservação ambiental.
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SUA PERGUNTA... “Estou terminando uma faculdade e pretendo começar outra no próximo ano. A carreira nessa segunda graduação não me traria muito retorno financeiro, eu a faria mais por complemento à minha profissão. Devo focar na carreira principal e aprimorá-la com cursos ou investir na segunda graduação?” Márcia Neves, 24 anos.
...GAUDENCIO RESPONDE
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Você parece gostar tanto da profissão escolhida quanto de estudar. Estas duas coisas somadas me dão inicialmente o impulso de responder: “qualquer das duas partes da opção”. Mas... sua pergunta, mais do que “o que eu faço?”, me parece ser: ”o que você faria no meu lugar?”. É fácil colocar-me no seu lugar, porque também gosto do que faço e de estudar. Minha história de vida é que vai acabar influindo na resposta. Eu aprendi mais nos cursos de pós-graduação. Talvez porque sejam
mais focados. Costumava exagerar dizendo que uma boa faculdade dá diploma, bibliografia e... a lista de colegas para encaminhar pacientes e amigos. Hoje, com 50 anos de formatura já completados, posso ver a base que o curso de graduação em medicina me deu. Inclusive na forma de pensar, de procurar o diagnóstico etiológico em todas as situações. Como você já fez uma graduação (e na linha certa) esta vantagem já tem. No seu lugar eu faria uma pós-graduação.
Paulo Gaudencio é psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo (USP). Dedica-se há mais de 40 anos à psicoterapia de grupo e à pesquisa científica.
Você também procura respostas? pergunteaogaudencio@revistasermais.com.br
A seção de anúncios mágicos da Ser Mais
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expressão
Por favor,
DESLIGUEM
os celulares Reinaldo Polito
C
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ada vez mais ouvimos celulares tocando na plateia. Por mais que os organizadores dos eventos peçam para que os celulares sejam desligados, sempre algum ouvinte deixa de acatar a recomendação. E aí, como agir nessas circunstâncias? Auditório lotado no Hotel Mofarrej em São Paulo. A ONG Via de Acesso, da qual sou presidente, realizava um de seus eventos mais importantes. Havia enorme expectativa para a palestra do então presidente da VIVO, Roberto Lima. Sua apresentação foi feita com a pompa merecida. Claudia, a mestre de cerimônias, caprichou nos detalhes e, lógico, não se esqueceu de pedir a todos que desligassem os celulares. Roberto Lima foi aplaudido com entusiasmo assim que chegou ao palco. Afinal, um dos executivos mais bem-sucedidos do país iria falar sobre carreira, tema que interessava a todos. Saboreou aquele momento com satisfação, cumprimentou os ouvintes e numa tirada espetacular emendou: peço a todos que “não desliguem” o celular. A plateia entendeu a brincadeira e caiu na gargalhada. Afinal, o presidente da VIVO queria mais que todos usassem o telefone. Durante a palestra, em meio a uma pausa silenciosa, tocou um celular. Com o mesmo sorriso triunfal que demonstrou na chegada o palestrante olhou com jeito maroto na direção do ouvinte, como se fossem cúmplices, e o público voltou a rir diante do seu humor sutil e inteligente. Já promovemos mais de uma centena de palestras com os conferencistas de maior relevância em todo país, mas ainda hoje quando converso com Ruy Leal, superintendente da ONG, nos referimos àquele momento como um dos mais marcantes protagonizado por um orador. O palestrante conquistou os ouvintes, com sua simpatia inibiu que usassem o celular e empregou uma das técnicas mais preciosas da comunicação ao estabelecer interdependência perfeita entre a circunstância nascida no próprio ambiente e o tema da palestra. Garimpo histórias como essa para montar um repertório que me ajude a enfrentar a presença cada vez mais acentuada dos telefones celulares em aulas e palestras. Como falo
em público todos os dias, normalmente três vezes diante de plateias diferentes no mesmo dia, fiz todos os testes e adotei as histórias como arma predileta para essas situações. Por isso, tenho sempre uma na manga. Nunca critico o dono do celular. Prefiro contar uma história para tentar me aproximar ainda mais do público. Por exemplo, quando toca o celular eu comento que acho curioso a reação dos ouvintes. E emendo - o quadro é mais ou menos este: a pessoa olha do lado com cara de censura. Depois de algum tempo percebe que o celular que está tocando é o dela. Se for uma mulher abre a bolsa tentando encontrar o aparelho. A situação piora porque com a bolsa aberta o barulho é ainda mais intenso. O mais grave da situação é que o objeto que ela procura é quase sempre o último a ser encontrado. Por isso, meu amigo Gretz diz que as bolsas deveriam ter zíper por baixo. Bastaria abrir esse zíper e o objeto seria localizado mais facilmente. As pessoas riem e o dono do celular imediatamente desliga o aparelho. Sem provocar contrariedade o problema não apenas é resolvido como também passa a existir maior interação com o público. Portanto, nada de agir como alguns que chegam a parar a apresentação para repreender a pessoa que deixou tocar o celular. Estragam o desenvolvimento da mensagem, fazem papel antipático e só agravam a situação. Pegue leve, brinque com os ouvintes. Assim, sem humilhar ninguém você demonstra simpatia, presença de espírito, bom-humor e sutilmente dá o recado para que os outros desliguem seus aparelhos. E se um ouvinte não se tocar e deixar o aparelho ligado, sempre aparecerá alguém para fazer o psiu. Reinaldo Polito é mestre em Ciências da Comunicação, palestrante, professor de expressão verbal e autor consagrado. Site: www.polito.com.br
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