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Expediente A revista Ser Mais é uma publicação mensal. Ano 3 | Nº 29 Diretor Editorial: Mauricio Sita Diretora Executiva: Julyana Rosa Diretora de Operações: Alessandra Ksenhuck Projeto Gráfico: Henrique Melo Direção de Arte: Estúdio Mulata (www.estudiomulata.com.br) Relacionamento com o cliente: Claudia Lima Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968 assinaturas@revistasermais.com.br Cartas para a redação: Av. Rangel Pestana, 1.105 – 3º andar. São Paulo - CEP 03001-000 redacao@revistasermais.com.br http://twitter.com/revistasermais Skype: revistasermais Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e email. A Ser Mais reserva-se o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas. O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax, telefone ou e-mail); e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque. Central do Anunciante: publicidade@revistasermais.com.br [11] 2691-6706 Representante Comercial – Região Sul: Beth Meger Rua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509 Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898 Ser Mais é a revista oficial da Associação Brasileira de Desenvolvimento Comportamental (ABDCOM). Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A Cadastre-se no site www.revistasermais.com.br para receber nossa newsletter. Impressão e Acabamento: Vox
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“Caro Leitor” A importância da efetiva comunicação empresarial Como conquistar a crescente classe C Up to date Cidadão 21 Coaching - André Percia Moda, beleza e estilo +otimista - Viver bem para viver sempre MANUAL DO SUCESSO Administração x Gestão Atendimento diferenciado
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Gestão de Pessoas: o que não fazer (parte III) Motivação vendedora Mudanças Problema do funcionário é problema da empresa? Fun Learning Como transformar conflitos em cooperação No alvo +vitrine Gaudencio responde +Expressão – Quando vale a pena dizer não
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Especialistas nesta edição Adriano Cesar
André Percia
4 editorasermais.com.br Marcela Marcelo Butazzi
Ortega
César Romão
Dalmir Sant’Anna
Marcos Morita
Nazareth Ribeiro
David Nunes
Ômar Souki
Dora Ramos
Gutemberg Leite
João Moretti
Madalena Junqueira
Paulo Gaudencio
Pedro Carlos
Reinaldo Polito
Tercio Vitor
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A gestão do conhecimento como vantagem competitiva Exercite seu cérebro e tenha uma super memória!
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Mobile payment: quando será que vai pegar no Brasil?
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CAPA Atitudes transformadoras
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Jogo Rápido Bruna Farias Toaiari
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EDITORAL Caro leitor, Esta edição traz o que há de melhor para você se aprimorar, seja pessoal ou profissionalmente, a ideia é colaborar para a evolução contínua de quem lê a Ser Mais e busca o diferencial competitivo. A matéria de capa já vem com um tema para a profunda reflexão de quem deseja mudar de vida e/ou comportamento, fala sobre atitudes transformadoras. César Romão, o escritor que a assina, preparou com muito carinho o texto que poderá ajudá-lo a descobrir sua verdadeira missão de vida e a realizar com sucesso os seus objetivos. Imagine, com apenas uma leitura é possível ampliar o olhar e os horizontes para novas oportunidades, bastando para isso somente a fixação do conteúdo e sua efetiva aplicação. Na próxima edição você acompanhará a segunda parte desta matéria. Seguindo a mesma temática, a coach e trainer Madalena Junqueira vem com um artigo que trata do poder da PNL para auxiliá-los nessas mudanças. O assunto é pertinente e complementar ao do texto principal. Inclusive aproveito a
oportunidade para agradecê-la pela sugestão. Em outro extremo da sua revista, também estão materiais indispensáveis aos empreendedores e/ ou gestores. Sendo ou não parte desse grupo, você também pode aproveitar bastante as informações dos textos de Marcelo Ortega, Gutemberg Leite, Dora Ramos e Tércio Vitor, afinal quem não empreende, mesmo não tendo a própria empresa, pode ser passado para trás pela concorrência. E, para vencer quaisquer obstáculos nos próximos meses, a escritora e coach Nazareth Ribeiro vem com um texto muito importante para melhorar a memória e aproveitar ao máximo as funcionalidades do cérebro. O artigo é exclusivo e só o leitor terá a chance de turbinar as ideias com as dicas da nossa colaboradora, aproveite! Outra novidade é o visual da sua Ser Mais. Alteramos o projeto gráfico com intuito de deixá-la mais moderna e bonita. No mais, ainda há informações preciosas nas próximas páginas. Fico por aqui e desejo a você uma ótima leitura. Julyana Rosa Diretora executiva Editora Ser Mais
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Gutemberg Leite
A importância
DA EFETIVA COMUNICAÇÃO
EMPRESARIAL
A
s empresas têm hoje como uma de suas principais preocupações seu comportamento ético e sua reputação. Mas, para divulgar seus padrões éticos, aumentar sua visibilidade e manter percepções positivas sobre ela na opinião pública, é muito importante que desenvolvam um efetivo plano de comunicação com seus públicos estratégicos e com a comunidade onde estabeleceu suas operações. Em uma sociedade global, cada vez mais conectada pela tecnologia, na qual todos podem navegar livremente pela internet, pelas redes sociais, manter suas plataformas de relacionamento com milhares de pessoas, as empresas viram-se também obrigadas a participar das mídias digitais e a dar respostas às indagações que lhes são feitas de forma crescente quanto as suas operações, seu posicionamento ético, a qualidade de seus produtos, de sua prestação de serviços, da atenção que dá aos consumido-
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res, entre outras cobranças que podem surgir a cada dia, de maneira inesperada, vindas de onde menos se espera. A comunicação tornou-se um ativo fundamental na gestão de negócios, assumiu um valor estratégico como parte integrante dos propósitos da empresa, de divulgação de sua missão, de seus objetivos operacionais e valores. É também pela comunicação que as estratégias e as ações da empresa passam a ser conhecidas, reconhecidas e aprovadas pelos públicos com os quais se relaciona. A comunicação passou a constituir-se em poderosa arma que ajuda a empresa a se situar no mercado e a dialogar com os seus públicos. Diante desse novo cenário, as empresas precisam compreender que a comunicação é um processo que precisa ser desenvolvido de forma ampla para atingir todos os públicos de interesse, não apenas transmitindo a eles suas mensagens, mas principalmente ouvindo-os e respondendo suas reivindicações e indagações em uma demonstração de respeito e de consideração, o que lhe garantirá pontos positivos na sua reputação. Outra consideração que merece destaque é que a empresa se encontra situada dentro de um determinado setor, que tem suas características, seus riscos, e exigências. Seus relacionamentos estendem-se aos setores governamentais, associativos, comerciais, setoriais comunitários e, em consequência disso, revestem-
-se de caráter público, o que exige que ela assuma responsabilidade pelo que diz, pelo que faz, e cumpra seus compromissos públicos perante o governo, os clientes e a comunidade, por exemplo. Precisa, portanto, comunicar-se bem com esses públicos. Como fazê-lo? Como primeiro passo, a empresa precisa assumir a comunicação como um valor estratégico e colocá-
“A comunicação tornou-se um ativo fundamental na gestão de negócios, assumiu um valor estratégico como parte integrante dos propósitos da empresa.” -la no contexto dos negócios. Em seguida, identificar e mapear os públicos com os quais deseja se relacionar e estabelecer as políticas que irão orientar esse relacionamento. Verificar como ela pratica a comunicação: existe, está bem estruturada, tem gerado resultados, contribuído para agregar valor aos seus negócios? Atinge as partes interessadas? Para certificar-se disso, examine tudo que está envolvido no projeto: pontos fortes e fracos, as ameaças e oportunidades. Elabora-se a seguir o diagnóstico da situação, que deve ser explicado, discutido com todas as lideranças
da empresa e por elas aprovado, pois será o ponto de partida para a criação do plano de comunicação. Tomados esses cuidados, é hora de elaborar o plano global de comunicação, que deve levar em conta o planejamento estratégico da empresa, seu sistema de gestão, seus princípios éticos e operacionais. É preciso que se estabeleçam os pilares que sustentarão a comunicação e as políticas de relacionamento com os públicos de referência como, colaboradores, fornecedores e clientes. Esse trabalho deve levar em conta as metas a serem atingidas, tudo aquilo que a empresa deseja comunicar a seus públicos, os instrumentos que serão utilizados, incluindo o uso correto das mídias digitais. Afinal, é preciso considerar que a comunicação é um processo técnico; exige conhecimentos específicos, tanto de planejamento como de gestão. Com ela não se brinca. Se a empresa quiser ser bem-sucedida nesse empreendimento, é aconselhável que contrate serviços profissionais de um Relações-Públicas ou de uma Consultoria. Somente com excelente comunicação ela poderá divulgar com sucesso sua marca, seus compromissos sociais, a qualidade de seus produtos e serviços, suas crenças e valores para consolidar e manter uma reputação positiva diante da opinião pública.
Gutemberg Leite Mestre em Ciências da Comunicação e Diretor Comercial do Grupo Meta Recursos Humanos. www.metarh.com.br editorasermais.com.br 9
ARTIGO MARCOS MORITA
COMO CONQUISTAR
A CRESCENTE
CLASSE
U
ma pesquisa realizada pela empresa Cetelem BGN, do grupo BNP Paribas, aponta que 54% da população brasileira em 2011 pertenciam à classe C. Há pouco mais de cinco anos, 51% estavam nas classes D/E, demonstrando um avanço significativo na mobilidade social brasileira. Outro resultado interessante se refere à renda disponível, a qual teve um aumento de 50%, passando de R$ 243 para R$ 363. Este considerável montante de recursos nas mãos da classe C apresenta inúmeras oportunidades de negócios a quem se dispuser a compreendê-la. Para avaliar os impactos desta nova classe, recorro à teoria de Maslow, a qual apresenta forte aderência com este movimento de ascensão. Segundo o psicólogo americano, as motivações dos seres humanos são classificadas em necessidades: básicas, segurança, sociais, autoestima e autorrealização, representadas pela figura de uma pirâmide. Segundo a analogia, um ser humano subiria um degrau à medida que satisfizesse o anterior. Comecemos nossa escalada, sendo que para fins deste 10 editorasermais.com.br
artigo, substituirei as “necessidades sociais” pelo componente “status”. Básicas: até o advento do plano real, o país convivia com taxas de inflação que corroíam o pagamento durante o mês. O valor recebido no 5° dia útil competia com os marcadores de preço nos supermercados. Com o fim da inflação, aqueles que até então não podiam proteger suas economias com aplicações financeiras, perceberam que sobravam dias dentro do salário. Com algum dinheiro, passaram a comer melhor, satisfazendo suas necessidades básicas. Não por acaso, o frango e o iogurte ficaram conhecidos como símbolos do plano real. Ter carne à mesa deixava de ser luxo, assim como extravagâncias como sobremesa eram agora permitidas. Basta uma volta em um supermercado para verificar a diversidade de novos produtos. Sem mais ter que lidar com a fome, é hora de saciar o próximo nível de necessidades. Segurança: um teto seguro para morar e preferencialmente próprio é a próxima etapa a ser atingida. Apesar da mídia apontar o boom imobiliário através do número de lançamento de novos imóveis, nunca
se vendeu tanto material de construção como nos últimos tempos. Os conhecidos puxadinhos movimentam os finais de semana das lojas de construção. Dê uma volta pelas periferias e comprove o número de caixas d’água azuis sobre as lajes. Para quem tiver a chance ou curiosidade de adentrar em uma destas residências, muitas vezes inacabadas por fora, verá cômodos bem acabados, em geral com pisos frios e azulejos cobrindo todas as paredes. Status: agradeça a classe C caso tenha uma televisão de tela plana em sua casa. Os preços em queda são consequência da economia de escala devido ao aumento exponencial das vendas. Móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos compõem este degrau. Os grandes feirões realizados nos primeiros dias do ano são um reflexo da euforia, nos quais clientes são capazes de enfrentar madrugadas para aproveitar as grandes ofertas. A estabilidade financeira, o pleno emprego e o acesso ao crédito fizeram a festa de empresas como as Casas Bahia, a qual soube captar como poucas, esta janela de oportunidade. Ter acesso a bens até então inacessíveis não tem preço. Imagine o orgulho em ter o fogão, a geladeira e o televisor iguais ou melhores que o da patroa. O setor de serviços também tem se beneficiado. Inúmeras cadeias de fast food tem se especializado neste nicho de mercado, em especial a rede de comidas árabes
Habib´s, oferecendo produtos de qualidade com preços competitivos. Autoestima: que tal poder viajar de avião, fazer um cruzeiro, ir para o exterior, mesmo que seja para visitar a Casa Rosada, ou quem sabe até comprar o primeiro veículo com prestações a perder de vista? São aspirações que alguns integrantes da classe C já podem vislumbrar. Para quem já tem casa, comida, roupa lavada e um pouco de luxo, é hora de massagear o ego, experimentando novas sensações. Este setor tem também seu campeão de vendas, a CVC, agência fundada no ABC para viagens tipo bate-volta. Cuidar da saúde também começa a fazer parte das preocupações. Coletas de sangue, ressonâncias e aparelhos dentários, anteriormente restritos às bocas das classes A e B, brilham hoje reluzentes em atendentes, garçonetes e frentistas. Grandes laboratórios têm estendido seus horários de atendimento para poder dar conta da demanda crescente. Autorrealização: enganado está quem pensa que esta nova classe preocupa-se apenas com o consumo imediato. Um grande número de famílias já destina parte de seu apertado orçamento para a educação de sua prole. Curso de línguas, computação, ensino técnico, fundamental, médio e até faculdade. A competição, a educação a distância e a maior demanda por cursos fez
“A estabilidade financeira, o pleno emprego e o acesso ao crédito fizeram a festa de empresas.”
explodir o número de vagas em universidades, derrubando os preços das mensalidades. Em sua grande maioria com pouca escolaridade, estes novos núcleos familiares querem não apenas garantir o caminho percorrido, mas permitir as futuras gerações que ascendam ainda mais na pirâmide social. Enfim, as oportunidades trazidas por esta nova classe estão em praticamente todos os setores, sejam eles produtores de bens ou serviços. Aos micros e pequenos empresários, atenção às etapas da pirâmide na qual se encontram seus clientes. Por terem vindo de baixo, dão muito valor ao seu suado dinheirinho, pesquisando e buscando as melhores alternativas, tanto em preço quanto em qualidade. Outra dica é facilitar o pagamento, uma vez que em muitos casos costumam pesar o valor da parcela, verificando se cabem em sua renda disponível. Capriche também no atendimento, já que costumam retribuir com fidelidade aos que lhe tratam com respeito. Por mais banal que pareça a compra, seja um jantar em um restaurante de fast food ou a compra de um simples aparelho de som, dê sempre a máxima atenção possível. Talvez estes simples atos sejam a realização de um sonho ou a comemoração de uma grande conquista, tal como a ascensão para a nova classe C. Boa sorte e bons negócios!
Marcos Morita mestre em Administração de Empresas, professor da Universidade Mackenzie e professor tutor da FGV-RJ. www.marcosmorita.com.br editorasermais.com.br 11
ARTIGO PEDRO CARLOS
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A GESTÃO DO CONHECIMENTO COMO VANTAGEM COMPETITIVA uito se comenta sobre a Gestão do Conhecimento. Mas o que é isso realmente?
A gestão significa a forma de administrar, dirigir ou gerenciar atividades, pessoas, estratégias etc. E quanto ao conhecimento, entende-se que se trata da faculdade de conhecer ou até mesmo de ideias, informações ou notícias. Dentro da visão empresarial, pode-se afirmar que a gestão do conhecimento representa o processo sistemático de identificação, visualização, desenvolvimento, renovação e utilização dos conhecimentos que são estratégicos na vida de uma organização. É, simplesmente, a administração dos ativos de conhecimento de uma organização. A história da humanidade registra uma enorme multiplicidade de evidências onde a gestão do conhecimento foi praticada, trazendo benefícios para pessoas e nações em múltiplas áreas como: médica, social, econômica, administrativa, científica, entre outras. Vale a pena lembrar dos conhecimento apresentados por diferentes povos, como: fenícios, gregos, romanos, egipcios, italianos, ingleses, alemães, france-
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ses, brasileiros, americanos, portugueses, espanhóis. Quantas descobertas, avanços, inovações técnicas, sociais, econômicas e culturais estiveram e estão inseridas nos processos de gestão do conhecimento, nos levando a refletir e reconhecer toda essa importância para pessoas, organizações, instituições, países ? A Revolução Industrial, iniciada em 1760 na Inglaterra, é um exemplo da relevãncia da gestão do conhecimento. A implantação das primeiras indústrias, que utilizavam pioneiramente, estranhas máquinas e equipamentos recém-desenvolvidos, provocou uma enorme onda de transformação na sociedade mundial, envolvendo as áreas de criação, comercialização, administração, liderança. A utilização do carvão, ferro, petróleo e energia elétrica foram e continuam sendo imprescindíveis para todos. Os primeiros precursores da Administração, como Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol, Max Weber, Henry Ford, Mary Parker Follet, George Elton Mayo, Abraham Maslow, Frederick Herzberg, Peter F. Drucker, entre outros, criaram, inovaram e contribuiram, com suas ideias, propostas e experiências, para mudanças importantes nas ati-
vidades empresariais e também na forma de gerenciamento e valorização das pessoas. Atualmente, em pleno século XXI, assistimos a uma verdadeira explosão de novas ideias, que compreendem conceitos, técnicas, estratégias diversas, relacionadas a produtos, serviços, máquinas e equipamentos e, fundamentalmente, na gestão de pessoas. Felizmente, os trabalhadores estão deixando de ser classificados como apêndices de máquinas ou como simples centros de custos para serem vistos como o capital mais importante das organizações. Recebem agora o nome de Capital Humano. Afinal, são as pessoas que movem as empresas. São as pessoas que criam, inovam, sugerem, proporcionam resultados, apresentam produtividade e qualidade em suas atividades, independemente do seu nível ou de seu tipo de trabalho. O Capital Humano, devidamente apoiado, reconhecido, valorizado e motivado, poderá render significativos ganhos com novas ideias, técnicas, inventos, sistemas, planos, estratégias, que poderão, de forma inequívoca, contribuir para o aumento do nível de competitividade das organizações nesse mercado globalizado.
Desta forma, quando se comenta sobre a Gestão do Conhecimento e sua direta relação com o Capital Humano, é necessário que as organizações pensem e contribuam para a formação de indivíduos que apresentem: • • • • • • •
Valores humanos; Valores sociais; Atualização constante; Capacidade de comunicação; Pensamento crítico; Opinião e Outras técnicas profissionais e estratégias de gestão.
As organizações devem se preocupar com seus ativos intangíveis, que compreendem o universo do conhecimento e da intelectualidade de seus empregados, para se manterem competitivas, únicas e singulares.
“A história da humanidade registra uma enorme multiplicidade de evidências onde a gestão do conhecimento foi praticada, trazendo benefícios para pessoas e nações em múltiplas áreas.”
Por que vale a pena investir na gestão do conhecimento e valorizar as pessoas? • Sem elas não existirá a inovação tecnológica; • São elas que promovem mudanças; • As pessoas influenciam diretamente no sucesso ou fracasso de uma organização; • As pessoas representam um mundo de experiências e aprendizado; • As pessoas têm sonhos, querem vê-los realizados, precisam de patrocinadores e fazem muito por eles; • Colocam seus talentos à disposição das empresas que as valorizam, respeitam e oferecem oportunidades. De acordo com Peter F. Drucker (1964), “o conhecimento organizado, segundo os moldes de uma disciplina, realiza muito para a pessoa que é apenas competente: dá-lhe alguma eficácia. Realiza infinitamente mais para o homem verdadeiramente capacitado; dá-lhe qualidades superiores”. A gestão do conhecimento é essencial para todas as organizações. Uma empresa que se preocupa com seus empregados, incentivando a busca do aprendizado, da especialização, da melhoria de suas habilidades, capacitações, atitudes, comunicação, estará à frente com muito mais vantagem competitiva que tantas outras que desconhecem ou não praticam essa estratégia fundamental para o sucesso no século XXI.
Pedro Carlos É mestre em Administração pela UNISAL, professor em cursos de graduação, MBA e pósgraduação. www.pedro.pro.br editorasermais.com.br 13
ARTIGO MARCELA BUTAZZI
E-Recruitment O Recrutamento e Seleção pela Internet conectada com as Redes Sociais Você sabe o que quer dizer
E-Recruitment?
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uitas vezes não paramos nem para soletrar esta nova palavra que percorre muitos sites de recrutamento e artigos na internet, entretanto utilizamos novas terminologias no dia a dia sem notar, pois somos influenciados pelas mudanças e pela pressão de estarmos conectados com o mundo. Esta palavra, que lembra E- de (email), quer dizer recrutamento online, ou seja, captação e recrutamento de pessoas pela internet com intuito de recolocar ou contratar pessoas para o mercado de trabalho. Como saber quando estou inserido em um processo de E-Recruitment? Muito fácil, é só lembrar quantas vezes você cadastrou seu currículo nos inúmeros sites de recrutamento pela internet... Já fez as contas? A velocidade das informações cresce a cada dia, a tecnologia está a nosso favor (se bem utilizada) e a sequência de alguns processos e procedimentos da época dos nossos avós
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e pais estão em extinção... Começando por COMO procurar emprego hoje em dia. Para estar antenado
Saber navegar na internet é pré-requisito básico antes mesmo de saber elaborar o currículo vitae com as novidades, com as empresas e com as notícias, precisamos de um computador ou laptop e, no último caso, um celular com internet banda larga (3G), uma conta de e-mail e saber utilizar quase todas as redes sociais! Exemplos: TWITTER, FACEBOOK, ORKUT, BLOG, LINKEDIN e seus aplicativos. Saber navegar na internet é pré-requisito antes mesmo de saber elaborar o currículo vitae, entretanto este quesito é
fundamental para o início em um processo de e-recruitment. Do outro lado, o recrutador utiliza esta ferramenta a seu favor para aperfeiçoar o trabalho na busca dos talentos em sua base de dados. Todos nós nos beneficiamos das novas funcionalidades e serviços veiculados pela tecnologia da informação. A única ressalva é utilizarmos as redes sociais de uma forma saudável, com exposição moderada e discernimento para que ela nos ajude no âmbito profissional, nas relações interpessoais e não como uma armadilha para nós mesmos! Pense nisso.
Marcela Butazzi Coach, sócia diretora da MBTV COACHING & CONSULTING www.mbtvcoaching.com
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1- Dormir é para os fracos Se você é aquele que não acorda por nada de manhã, ignora descaradamente o despertador e ainda chega atrasado ao serviço, sabe que só uma bomba-relógio seria capaz de tirá-lo da cama. Este despertador, à venda por 43 dólares no site This Is Why I’m Broke (thisiswhyimbroke.com), faz uma imitação tão fiel de uma bomba que você precisa levantar da cama e cortar o fio certo (entre os quatro disponíveis) para desativar o alarme e o cronômetro. A cada manhã o sistema randômico do aparelho seleciona alternadamente o fio que deve ser cortado, e o único empecilho é ter de repor outro no lugar.
2- Aos desatentos de plantão Seu smartphone vibra na bolsa, mas 16 editorasermais.com.br
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quem disse que você percebe? Só mais tarde, quando o tira de lá, é que vê a enorme quantidade de ligações perdidas – e sempre alguém nervoso por não conseguir falar com você. Nessas horas, a pulseira com vibra-call que avisa quando seu celular recebe alguma ligação por meio de conexão Bluetooth – e ainda mostra o nome da pessoa na tela de LCD – é uma boa aliada. R$ 60.
3- Na ponta dos dedos O hábito de teclar ao celular torna-se difícil no frio, quando os dedos parecem congelar. Para contornar este empecilho, existem luvas específicas para usar com aparelhos touch screen, nas quais as pontas dos dedos são revestidas com material condutor que facilita a resposta do seu celular ao toque. Sem contar
que suas mãos ficam aquecidas. Por oito dólares o produto pode ser encontrado no site This Is Why I’m Broke (thisiswhyimbroke.com).
4- Tempo aumentado Simples, mas muito estiloso. Com um design minimalista, este relógio traz duas lupas nas extremidades dos ponteiros, mostrando as horas de uma forma diferente e moderna. O produto ainda é apenas um conceito idealizado pelo brasileiro Rafael Morgan, mas pode começar a ser vendido em breve.
5- Detector de transgênicos Ao almoçar num restaurante ou comprar alimentos, às vezes rola aquela desconfiança se o produto a
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ser consumido é transgênico ou não. Pensando nisso, o designer Junhyun Kim criou o Elephant Nose, aparelho capaz de detectar se o alimento sofreu alguma alteração genética em sua composição. Como se fosse um nariz artificial, o Elephant “fareja” o alimento e mostra informações sobre ele numa pequena tela de LCD. O produto é pequeno e leve, o que facilita seu transporte para diversos locais. A criação de Kim ainda é apenas um conceito, mas muito pertinente em uma época em que os avanços na ciência vêm acompanhados por incertezas.
6- Ventilação 3D A modernidade chegou também aos ventiladores. A nova linha 3D
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Fan, da Sharp, traz produtos com sistema de ventilação em três dimensões. A diferença em relação aos sistemas tradicionais é que, além dos movimentos laterais do aparelho, o ar circula para cima, para baixo e em outras direções. As pás são mais compactas e a ventilação, mais potente. Sem contar que o produto vem com 32 opções de configuração e ajustes de acordo com as preferências do usuário. Os ventiladores 3D ainda não chegaram ao Brasil, mas estima-se que o preço varie de R$ 450 a R$ 900.
7-Touchão A IBM registrou a patente de uma ideia tecnológica que promete revolucionar sua casa: trata-se de
um chão touchscreen que monitora quem está em sua residência e pode até acionar a polícia e os bombeiros em caso de emergência. Por meio de um banco de dados que identifica os moradores por peso, altura, formas e nomes, o chão detecta quando um estranho invade sua casa ou deduz que alguém pode estar passando mal quando cai no chão, acionando um sistema que mede os batimentos cardíacos da pessoa e, em caso de anormalidade, chama automaticamente o resgate. É possível, ainda, programar o “touch chão” para alertar os pais quando as crianças se aproximam muito de uma piscina ou mesmo quando há mais pessoas do que o normal em casa. Com essa invenção, muita gente vai passar a tomar cuidado onde pisa.
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ARTIGO NAZARETH RIBEIRO
Exercite seu
CÉREBRO
e tenha uma
SUPER
O
termo memória tem origem etmológica no latim. Significa a faculdade de reter e/ou readquirir ideias, imagens, expressões e conhecimentos aprendidos anteriormente, reportando-se às lembranças, reminiscências. É a capacidade de aprender e, em seguida, ou posteriormente, evocar este conteúdo, recordar o que aprendeu. Ou seja, para que o conteúdo seja lembrado, ele tem que ter sido aprendido e/ou vivenciado anteriormente. Primeiro aprendemos, armazenamos a informação, seja em experiências vividas, na sala de aula, leituras, conversas, filmes e, posteriormente, evocarmos esta informação a fim de trazê-la à tona, para utilizá-la para algum fim. Ao acessar a memória, recriamos o fato, e podemos alterá-lo de forma positiva ou negativa. Este processo pode ser prejudicado tanto na hora da aprendizagem
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MEMÓRIA! como na hora da evocação. Desenvolver e aumentar a capacidade da memória de trabalho, atenção, concentração e memória de longo prazo pode facilitar este acesso. Que pode ser feito através de atividades simples, como jogos e tarefas cognitivas simples, que levam a pessoa a desenvolver melhores relações entre as informações que
O Estado Emocional Interfere no Processo de Memorização A emoção pode afetar a memória, assim como o estado de alerta e o estresse. O efeito das emoções na memória é perceptível. Vários artigos científicos já deram conta des-
Ao acessar a memória recriamos o fato, e podemos alterá-lo de forma positiva ou negativa. Este processo pode ser prejudicado tanto na hora da aprendizagem como na hora da evocação. possui. Alguns estudos relacionam a maior capacidade de resolver simples joguinhos de quebra-cabeça com a maior capacidade de resolver os problemas na vida real, apresentando melhores soluções para seus problemas cotidianos.
te tema, em especial na década de 1990, em que o estudo das emoções teve grande impacto. Além da memória, outros estados cognitivos podem ser comprometidos e afetados por estados emocionais, tais como a atenção, percepção, raciocí-
nio, linguagem, até mesmo as escolhas e, consequentemente, a tomada de decisões (Christianson, 1995). Isto nos permite acreditar que o humor pode estar relacionado à maior ou menor capacidade de perceber detalhes e resolver os problemas de forma criativa. A rigor, o bom humor e a expectativa positiva em relação aos objetivos podem estar diretamente relacionados ao sucesso da realização dos mesmos. Sendo assim, uma pessoa com nível de estresse alto pode ter estas funções comprometidas, inclusive a memória. O que nos faz concluir que alterações emocionais influenciam as reações orgânicas e funcionais e vice-versa. O conceito de memória inteligente, relaciona o conhecimento, informações, fatos e experiências de vida para se alcançar um pensamento mais sofisticado e elaborado. Para que isto aconteça é preciso que se consiga fazer relações entre as partes. Um cérebro cansado e estressado pode estar com esta habilidade comprometida. A informação pode estar disponível, mas não ser acessível no momento. Para o acesso eficaz da informação passada, é necessária a evocação do contexto original, a partir do fornecimento de pistas ou indicadores. A associação é um dos recursos muito eficientes no processo de memorização. Em estudos realizados desde os anos 70, pode-se perceber a congruência e inter-relação entre o contexto ou similaridade de situações para a aquisição e a evocação que proporciona um melhor desempenho da memória (Eich,1980). Beck e Emery (1985) partem do pressuposto de que a informação que uma pessoa detém e o seu conhecimento prévio sobre as coisas se organizam em torno de esquemas representativos que guiam seu processamento da informação, o que é muito importante para que o conteúdo lido e ouvido seja devidamente compreendido. Desordens emocionais como a ansiedade e a depressão podem representar distorções no processamento da informação, prejudicando sua compreensão. A depressão estaria associada a um esquema negativo da imagem e a ansiedade a um esquema exacerbado de perigo. Assim, pessoas com esquemas autonegativos tendem a prestar atenção e a recordar mais informação negativa de natureza depressiva, sendo pessoas pessimistas e com expectativas catastróficas em relação à vida. Ao passo que pessoas com esquemas de perigo exagerado tendem a recordar mais rapidamente estímulos ameaçadores. Resumindo, as emoções afetam as cognições e as cognições aumentam as possibilidades de respostas adequadas que se pode ter em cada situação vivenciada. Além disso, outros fatores podem interferir na qualidade da memória, como estresse, dependência química (seja ela por substancia licitas ou ilícitas), transtornos como transtorno bipolar, transtorno do sono, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), doenças neurológicas, distúrbios psicológicos, problemas metabólicos, traumatismos crânio-encefálicos e cirurgias, até o AVC (acidente vascular cerebral). Quando certas regiões do cérebro são danificadas, pode-se perder a capacidade de avaliar o significado emocional do estímulo apresentado, mesmo sem perder a capacidade de perceber o mesmo estímulo como objeto. Estas são citações apenas para ilustrar, neste artigo estes assuntos não serão o foco. As funções cognitivas não seriam tão relevantes caso não determinassem o bom funcionamento dos indivíduos, mas o fato é que elas são condição para termos uma vida produtiva e saudável. Estas sim serão a prioridade deste artigo, mostrar que é possível desenvolver e estimular áreas do cérebro responsáveis por estas funções, em especial a memória, e dar algumas dicas simples de como fazê-lo.
Neuroplasticidade Cerebral Dentre as grandes descobertas da neurociência é o fato de que o cérebro mantém sua capacidade de se regenerar, mesmo na idade adulta, o que nos faz crer que devido a esta condição de plasticidade cerebral, os padrões cerebrais podem mudar através de treinos cognitivos. Os autores dessa descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), afirmam que a NEURÓBICA (‘aeróbica para os neurônios’) é uma forma de exercício cerebral criada para manter o cérebro saudável e produtivo, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios no cérebro.” Se pensarmos o ser humano como um ser holístico, onde todos os seus sistemas estão interligados, em funcionamento constante, precisamos considerar que da mesma forma que cuidamos do corpo com alimentação saudável e atividade física, também devemos cuidar da saúde do nosso cérebro com o treinamento cognitivo, o fitness mental, também chamado de brain fitness, neuróbica ou ginástica cerebral que desenvolve habilidades cognitivas e protegem o cérebro contra a demência e senilidade. Esta atividade não exclui os mais idosos, já que estudos recentes comprovam que os exercícios para o cérebro podem reabilitar os neurônios. Inúmeros estudos na área de neurociência afirmam que a neurogênese (nascimento de novas células nervosas) e a
Desordens emocionais como a ansiedade e depressão podem representar distorções no processamento da informação, prejudicando sua compreensão.
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neuroplasticidade (desenvolvimento de novas redes neuronais e reabilitação das já existentes) são realidades que dependem de estímulos externos. Esta afirmação nos leva direto para a possibilidade de resultado efetivo do exercício cognitivo, sabendo que o processo de memorização é complexo e envolve sofisticadas reações químicas e circuitos elétricos cerebrais interligados de neurônios. Considerando que, antes, as “deficiências” cognitivas eram tratadas apenas com medicação, a noção de neuroplasticidade fornece uma outra possibilidade de intervenção, holística, interativa e também eficaz, além de mais natural e sem efeitos colaterais indesejados. Baseado em evidências, o treinamento, sistemático e intensivo proporciona ao indivíduo a possibilidade de realmente fazer o cérebro funcionar melhor naturalmente, onde, a partir da autorregulação, o cérebro aprende a funcionar de forma diferente, resultando em atenção melhorada, foco e funcionamento cognitivo global. A capacidade de neuroplasticidade permite ao cérebro reforçar comportamentos já existentes, expandir comportamentos existentes e aprender com novos comportamentos mudando seu padrão. A melhora da área cognitiva trará outros benefícios na vida da pessoa, como melhora no sono e diminuição do estresse, por exemplo, já que ela estará mais apta a realizar suas atividades de forma eficiente. Exemplificando como esta prática funciona independente da idade, posso citar um cliente de 72 anos que em sua 12ª sessão de Neurofeedback fez o seguinte relato: “ Minha concentração está aumentando, eu consigo viver o momento, sem interferência emocional , está saindo o ruído do instante que tanto me atrapalha em minha vida. Além disso, estou mais relaxado. Estou ganhando tranquilidade!» E outra cliente de 27 anos que disse: “Agora eu entendo o que leio e o 20 editorasermais.com.br
Comprovado cientificamente, os jogos de computador podem ajudar a melhorar e potencializar áreas cognitivas do cérebro.
que as pessoas falam, simplesmente porque tenho tranquilidade para ouvir. Paro, olho para a pessoa e escuto, assim minha resposta é melhor também. Antes parecia que o que eu falava não era compreendida, acho que porque eu falava fora do contexto.” Um menino de 10 anos depois da 10ª sessão falou: “ Tia, estou mais atento nas aulas, faço o dever de casa mais rápido, e consigo dormir logo que vou para a cama. Eu não dormia, ficava rolando na cama.” Isto nos mostra que outras funções são melhoradas quando fazemos o treino. O Treinamento Cognitivo Agora é fato! Comprovado cientificamente, os jogos de computador podem ajudar a melhorar e potencializar áreas cognitivas do cérebro, aumentando a capacidade de memória, atenção, criatividade, foco nas tarefas, concentração, disciplina e até a autoestima.
Desde 1998 sugiro aos meus clientes, crianças, adolescentes e adultos, indiscriminadamente, que disponibilizem um tempo do seu dia para um joguinho de quebra-cabeça ou joguinhos de computador. Eu monitorava o tempo, a frequência e a dificuldade dos jogos e observei que, depois de um tempo de treino, aqueles que realmente seguiam minhas orientações percebiam uma melhora significativa em suas funções executivas. Quando eles relatavam para algum outro profissional da área de saúde que eu lhes propunha tal atividade geralmente estes diziam: Ah, besteira! Isto não adianta nada! Pois bem! Depois de anos propondo esta tarefa vem a comprovação científica. Talvez agora esta abordagem seja mais respeitada e valorizada, já que agora existem evidências científicas a respeito. Segundo o estudo, pessoas que praticam com jogos de vídeo game e de computadores, tomam 25% decisões mais rápidas e eficientes do que as que não jogam. Diz o estudo que os jogadores podem tomar decisões de 4 a 6 vezes mais rápidas e que eles têm capacidade de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo, sem o prejuízo de compreensão de nenhuma delas (dizem os pesquisadores da
Universidade de Rochester). Outro estudo descrito por Hotz diz que crianças que utilizam os jogos têm aumento significativo em sua criatividade. Quando resolvemos um quebra-cabeça, aumentamos um nível no jogo de vídeo game ou computador, nosso cérebro libera uma substancia chamada dopamina que é responsável por nosso sistema de recompensa, o que funciona como motivação, podendo exercitar e estimular áreas do cérebro responsáveis pelas funções executivas. Penso que a tendência é de que cada vez mais os jogos sejam implementados em atividades escolares, proporcionando mais facilidade de apreensão das informações e prazer em se dedicar a atividades escolares, incrementando o aprendizado. Aprender brincando é sempre uma ótima estratégia! Incluí o Neurofeedback à minha práxis terapêutica com o objetivo de potencializar os efeitos e os resultados já alcançados com estes treinos com meus clientes. Esta técnica tem lhes oferecido a diminuição de seus sintomas desagradáveis e limitantes, assim como o aumento na atenção, concentração e memória (recente e antiga), estimulando a percepção, habilidades lógicas e verbais, noções espaciais além de aumento de competências. Paralelo ao treinamento com Neurofeedback (para mais informações ler meu artigo no Manual Completo de Coaching) proponho aos clientes mudança de hábitos e comportamento, atividade física, alimentação saudável, exercícios respiratórios diários e exercícios simples de atividade cerebral que podem ser feitos em casa. É claro que o Neurofeedback pode não estar ainda acessível a todos, então, os que não podem passar por este tipo de treinamento podem utilizar abordagens simples, descritas a seguir. Algumas dicas simples para melhorar sua memória: - Exercícios diários de respiração; - Organização de tempo, espaço e tarefas; - Atenção aos detalhes, quando ouvir, ler ou vir alguma coisa pense nesta informação, faça como se estivesse guardando numa gavetinha do cérebro; - Caso precise estudar e tenha muito recurso visual e/ou
sonoro a sua volta use um fone de ouvidos para que estes recursos não tirem sua atenção; - Crie imagens do que você aprende e do que deseja lembrar. Criando imagens, pensando no que está lendo ou ouvindo; - Quebre a rotina. Ex.: escreva com a mão não dominante; vá ao trabalho e/ou escola por caminhos diferentes; coma, penteie o cabelo ou escove os dentes de olhos fechados; - Na hora da refeição procure identificar o alimento pelo cheiro e pelo gosto; - Para não perder objetos procure manter um padrão, escolha locais específicos para cada um e os coloque sempre no mesmo lugar e pense no que está fazendo; - Escreva tudo no papel, tenha um bloquinho à mão e registre tudo, ou se preferir grave ou fotografe; - Procure dormir bem. A boa qualidade de sono restaura o corpo e a mente. Neste momento o exercício de respiração também pode ajudar; - No fim do dia faça um checklist mental de suas atividades; - Associação, sempre associe uma informação nova a outra já existente; - Aprenda coisas novas, como informática, desenho, pintura, música - Se precisar memorizar um material novo, escreva em folhas de papel e espalhe-as por vários locais e leia a cada vez que se deparar com elas; - Apenas 15 a 20 minutos todos os dias ou pelo menos dia sim dia não para seu treino cognitivo, é o suficiente! Escolha um joguinho de computador ou vídeo game, um jogo de estratégia, em que sua atenção tenha que se manter focada ( já existem vários sites com jogos para este fim). Faça sem interromper, sem nada ou ninguém tirar sua atenção e dedicação. Desligue o celular, a TV, foque sua atenção estritamente nesta atividade, executando-a como uma tarefa com um objetivo, não como uma brincadeira apenas. Os exercícios devem fazer parte da sua rotina. Caso não seja possível usar o computador, podem ser jogos de xadrez ou de palavra cruzada. A repetição leva ao aprendizado e à excelência, o cérebro ficará mais ativo, saudável e renovado! E a memória turbinada! Pratique!
Nazareth Ribeiro Psicoterapeuta, psicossomaticista e professora universitária associada à Associação Brasileira de Déficit de Atenção. www.nazarethribeiro.com editorasermais.com.br 21
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Óculos sustentáveis Que tal ficar na moda e ainda dar aquela forcinha para a preservação do planeta? É possível estar em dia com as últimas tendências e cuidar do meio ambiente. Já existem produtos feitos com materiais reaproveitados como os óculos Holloway. Os acessórios têm armações feitas com a madeira de shapes de skates quebrados, que servem de matéria-prima e inspiram a coleção.
Chuveiro portátil O RAINywhere é um chuveiro portátil que aquece a água por meio de painéis solares integrados. Para ser utilizado, vem com um kit de configurações e necessita somente de uma simples fonte de água como uma torneira. Suas placas solares aquecem a água instantaneamente e dão aquela força para os mochileiros e viajantes que querem tomar banho quente em seus passeios. Além de esquentar a água, os usuários têm como selecionar a temperatura por meio de controles. O sistema do chuveiro é feito de titânio resistente e leve e possui força para suportar a ruptura e corrosão. O único problema do produto é que foi desenvolvido para um concurso de designers e não está à venda.
Biobijoux
“Petransporte”
Quem imagina que a tapioca rende somente na alimentação está enganado. A iguaria vai para a panela e pode se transformar até em bijuterias. O bracele abaixo é feito com tapioca, batata e amido e foi desenvolvido pela designer suíça Lili Giacobini. Todas as peças desenvolvidas por ela seguem o conceito “Food to wear”, “comida para vestir”, e levam também na pigmentação somente materiais naturais como chás, flores, mica mineral e temperos. Mais informações em: http://lili-design.com/
Os produtos feitos com materiais reaproveitados chegaram também ao mercado pet. A bolsa Eco News é a prova de que até o transporte do bichinho de estimação pode ser sustentável. O acessório é feito com lona de caminhão e é assinada pela artista plástica Gabriela Gonçalves, criadora de bolsas da marca Maria Buzina. O item é ideal para quem gosta de passear com o animalzinho sem que ele fique na coleira e no chão. Disponível em: www.dogscare.net
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TECNOLOGIA JOAO MORETTI
Mobile payment: quando será que vai pegar no
“O usuário não precisa mais andar com dinheiro ou cartões e o celular passa a assumir a função destes.”
Brasil?
A
s operações de compra e venda de produtos e serviços estão sendo cada vez mais realizadas através de processos eletrônicos. Os pagamentos com dinheiro vivo já estão dando lugar às transações com cartões de crédito e débito, via internet, mobile banking, entre outros. E mais uma opção de pagamento começa a ganhar força: o mobile payment, na qual o usuário não precisa mais andar com dinheiro ou cartões e o celular passa a assumir a função destes. O número de usuários de aparelhos celulares cresce a cada ano. Segundo estudo da Anatel, até janeiro de 2012, o Brasil já possuía 245,2 milhões de celulares ativos. Há tempos estes
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aparelhos ultrapassaram a função de apenas efetuar ligações e enviar mensagens, e as novas funcionalidades facilitam a adaptação dos usuários ao mobile payment. Mas a questão é: será que a opção de realizar pagamentos via celular oferece a segurança necessária e vai pegar por aqui? O governo federal, através de um projeto de lei que deve ser enviado ao congresso ainda este ano, estuda regulamentar o sistema de pagamentos pelo celular no Brasil. A iniciativa tem como prioridade tornar o mobile payment acessível a celulares comuns usando o número de telefone para realizar pagamentos de baixo valor e confirmando as operações via SMS, já que os smartphones na prática possuem acesso aos serviços bancários pela internet.
O objetivo do governo não é permitir que as operadoras de telefonia realizem operações de crédito e sim oferecer mais opções ao usuário, principalmente em regiões onde o acesso a bancos é mais difícil. A ideia é boa e possibilita a democratização do mobile payment. Mas caso o projeto seja aprovado, essas transações por SMS ainda devem passar por estudos, pois o nível de segurança no envio de dados confidenciais como senhas de banco e dados de contas através de mensagens de texto ainda é bastante arriscado. Outra opção, que é mais segura, é o pagamento por proximidade. O estabelecimento conta com um dispositivo, uma espécie de leitor, no qual é necessário que o usuário tenha um celular com um chip e antena para armazenar seus dados de conta, realizando a comunicação com esse dispositivo. Alguns fabricantes já lançaram aparelhos com essa tecnologia, chamada Near Field Communication (NFC), em tradução livre, algo como perto do campo de comunicação, mas ainda não há previsão de disponibilidade no mercado nacional. Existem também outras tecnologias que podem ser embarcadas nos aparelhos já existentes, que os tornam aptos a realizar esse tipo de transação também.
A diferença entre essas duas formas de pagamento é a comodidade. Com o pagamento remoto, o consumidor não precisa estar exatamente no local onde a transação está sendo realizada. Porém, o nível de segurança é relativamente maior do que o envio de mensagens de texto. O mobile payment visa mudar o perfil tradicional dos clientes bancários no Brasil, e o cenário atual é de expectativa. Resta saber se o país estará preparado para aderir a esse novo modelo de pagamento, já que se trata de uma estratégia que envolve riscos e barreiras de segurança que devem ser aperfeiçoadas e também barreiras tributárias que não podemos esquecer de mencionar nesse artigo. É um processo novo, que precisa ser bem estruturado para dar certo, com uma base de operações sólidas, onde bancos, operadoras e empresas de cartão de crédito devem se unir para construir um formato de negociação tão bem projetado como os pagamentos com cartões de crédito e débito. Ainda é um momento de indefinições e devemos aguardar as novidades, mas certamente em breve fará parte do nosso dia a dia.
João Moretti Diretor geral da MobilePeople – empresa especializada em soluções móveis corporativas.
www.mobilepeople.com. br/
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´ PERCIA COACHING ANDRE
I
Ressignificando
SUA TRAJETÓRIA magine-se agora numa linha do tempo que é um “V”. Você, no presente, está no vértice. Na sua esquerda, está seu passado, na direita, o futuro, mas tudo no seu campo de visão.
PASSADO
FUTURO
PRESENTE: VOCÊ, HOJE Mova-se na “linha do tempo” entre o passado e o futuro e, de cada uma das perspectivas, contribua para a criação deste “meio do caminho”. O mesmo tipo de colaboração deve acontecer entre seus “Eus” do presente e do futuro. Cada qual com a visão, os recursos e possibilidades que têm, podem contribuir significativamente para a criação desse “Eu intermediário”, que estará mais próximo do “Eu do presente”, portanto, mais facilmente alcançável. De tempos em tempos, entre no “Eu Intermediário” e vá ficando curioso sobre o que terá de fazer - especificamente - para caminhar do “pre-
sente” ao “intermediário” e deste para o “futuro”. Na medida em que for desenvolvendo este trabalho e que os “Eus do futuro” forem se aproximando daquilo que realmente considera melhor para você, é chegada a hora de “elevar o significado da mudança para além do tempo e do espaço”... Saia do “vértice” (Eu, hoje) flutuando para o alto de modo a que possa ver toda a extensão de sua linha temporal. Olhe para onde estão seus “Eus” do futuro com os quais esteve trabalhando e rume para o seu “passado”. Do alto, pergunte-se: “Se eu pudesse ter tido a chance de, no passado, desenvolver atitudes e habilidades que me fariam ser aquelas pessoas do futuro com quem estive trabalhando, quando e onde poderia ter feito alguma coisa?”. Encontre a resposta. Pode ser um ou mais de um momento. Não importa... Vá ao mais significativo e “observe” a forma original como ele está estruturado. Diga a você mesmo que vai trabalhar no significado dessa referência antiga, mas que irá preservar o aprendizado da experiência. Após especificar que o aprendizado será preservado, ache uma forma de arrancar aquela memória original da linha. Escureça, clareie, distorça e empurre-a para os confins do universo, onde ela desaparecerá. Determine o que precisa ser modificado para que você desenvolva uma postura e uma atitude que condu-
Determine o que precisa ser modificado para que você desenvolva uma postura e uma atitude que conduza seu futuro até o “Eu do futuro” 26 editorasermais.com.br
zam seu futuro até o “Eu do futuro” com que esteve trabalhando: Como você tem de reagir diante do mundo? Que habilidades têm de desenvolver? O que as coisas, pessoas e situações devem significar para que você se motive a mudar sua atitude e empenho dali para frente? Reconstrua a memória com as alterações que você considerou. Flutue para baixo, “entre” dentro dela e “viva” todas as mudanças que fez em toda a plenitude: veja, ouça, tenha sensações e sentimentos ao seu gosto... Preste atenção especial no prazer e na satisfação dos resultados. Flutue novamente para o alto, pleno e feliz, observando as mudanças que aquela atitude trará para seu futuro. “Desça” no vértice (Eu, hoje) e sinta os efeitos no significado da mudança que fez sobre sua vida hoje. Olhe para seus “Eus” do futuro com quem esteve trabalhando, e perceba como o trabalho feito ajuda nos projetos com que já estão trabalhando... Anote todo o processo em seu caderno. Faça esse processo de trabalho com o passado, presente e futuro flutuando sobre sua linha do tempo entre vinte e uma e trinta vezes trabalhando com o mesmo conjunto de objetivos.
André Percia Psicólogo clínico e hipnoterapeuta com formação internacional em Coaching. www.youtube.com/Andrepercia apercia@terra.com.br
Q
Software e smartphone contra o analfabetismo uem diria, agora até as novas tecnologias são empregadas para alfabetizar. Por meio de uma parceria entre a operadora de celular Vivo, a fabricante de celulares Nokia e a Fundação Telefônica|Vivo, um programa já
está em andamento em quatro cidades brasileiras para combater o analfabetismo por meio de smartphones. O PALMA (Programa de Alfabetização na Língua Materna) que chegou em Ourinhos, Franca, Santos e Itatiba, visa desenvolver competências básicas de leitura e escrita por meio digital. O projeto foi idealizado pelo
Sua nuvem privada Armazenar bancos de dados e ter acesso fácil a eles talvez esteja entre os principais desafios de uma empresa. Pensando em uma solução para atender este público a 2S, empresa fornecedora em serviços de TI, traz ao mercado a “Nuvem privada”. O serviço visa acelerar a transição dos meios convencionais e físicos de armazenamento para a cloud privada. A computação em nuvem é uma forma de deixar virtualmente as informações para serem acessadas de diversos locais via internet, de qualquer computador. No caso desta solução, a empresa utiliza como fornecedores seus principais parceiros tecnológicos como Cisco, Microsoft , Symantec e NetApp.
Professor conectado Até a aula pode ficar mais dinâmica com o auxílio da informática e o notebook distribuído aos professores do Amapá poderá ajudar nesta missão. O estado acaba de lançar um programa que permite aos educadores terem acesso aos computadores com softwares educacionais e internet. Para participar do “Professor conectado” são necessários alguns pré-requisitos: o professor deve ser do quadro efetivo do Estado, estar em sala de aula e estar adimplente com o diário de classe. Os interessados deverão fazer seu cadastro previamente e aguardar análise em www.professorconectado.ap.gov.br.
professor José Luis Poli e utiliza os celulares com software e sistema web de controle de aprendizagem. O aplicativo de cada telefone tem lições sonorizadas desenvolvidas a partir do método fônico que complementam a alfabetização em cinco níveis: alfabeto, sílabas simples, sílabas complexas, vocabulário e interpretação de texto.
Cálculo de reajuste de aluguel online A vida contemporânea traz tecnologias e diversas atividades que todos realizam no dia a dia. Para driblar um pouco a correria e facilitar a vida de quem trabalha e precisa calcular o reajuste do aluguel, o site www.debit. com.br oferece uma tabela onde a conta pode ser realizada de maneira prática. Ao entrar na página principal basta clicar em “Tabelas e Índices” e, em seguida, em “Reajuste de aluguel”. Os índices da página já têm a variação acumulada dos 12 meses.
Tecnologia no combate ao vandalismo A Federação Paulista de Futebol, em conjunto com a Polícia Militar de São Paulo, começou a testar um sistema de monitoramento em estádios com biometria facial. Logo na entrada o torcedor tem seu rosto registrado e passa a ser vigiado na arquibancada à distância, por meio do zoom de câmeras de alta definição. A mesma tecnologia já foi implantada em estádios europeus e em campeonatos como a Champions League e a Liga Europa. A utilização do sistema ainda é um projeto piloto, por enquanto não foi divulgada a implantação.
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Moda, Beleza e Estilo
Da geladeira para a sala de aula Para criança ou adulto qualquer estímulo lúdico na sala de aula pode incentivar os estudos. O Estojo com Apontador Tubo de Ketchup pode ser um deles. É um item criativo que além de ter um design diferenciado, tem dupla função. Além de proteger e guardar canetas, tesouras e lápis, vem com um apontador acoplado na ponta. O acessório é produzido em vinil para mais durabilidade. Encontre em: http://www.osegredodovitorio. com/details/UR050102/estojo-ketchup
Xô celulite!
HIDRATAÇÃO PROFUNDA Os cabelos danificados e ressecados ganham mais vida com as hidratações feitas periodicamente. A tintura, o sol e o mar são agentes que agridem a estrutura dos fios, deixando-os opacos e quebradiços. Para tratar de maneira profunda e recuperar o tônus capilar, a Lancôme traz a máscara condicionante Hair Sensation Nutrition Intense Extra Rich. O produto promete recuperar até os fios mais danificados, devolvendo o brilho e a maciez natural. Disponível em: http://br.strawberrynet.com
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As cellulicaps prometem mandar embora de vez as indesejáveis celulites. Sua fórmula promete promover a quebra de gordura localizada e ativar a microcirculação sanguínea, deixando a pele mais lisa, sem aspecto de “casca de laranja”. Além de melhorar o aspecto, também dizem combater a ação dos radicais livres; favorecer a queima de gorduras; promover a termogênese; facilitar a excreção de fluídos; estabilizar o tecido conjuntivo e estimular a formação de colágeno. Compre em: http://www.sacks.com.br/site/produto.asp?id=12053
“Para uma menina com uma flor” O Flor de Agatha Ruiz de La Prada é um perfume floral com notas de bergamota, limão da Itália, yuzu e trevo. Segundo a fabricante, é indicado para mulheres com estilo de vida moderno, que gostam de ousar e experimentar novos aromas. Além de ter uma fragrância diferenciada, também tem embalagem criativa em formato de flor. À venda em: http://www.perfume.net/ product/185577
Atitudes
Transformadoras Nossa genética, já mapeada pelo universo científico, nos proporcionou informações preciosas para nossa vida atual e futura, porém em nosso dia a dia. Nossos desafios ainda continuam a nos impulsionar para comportamentos que, muitas vezes, nos despertam sentimentos, emoções e pensamentos que nem temos certeza que com eles atingiremos os resultados que desejamos.
E
César Romão
stamos sempre diante de decisões que nos impulsionam a uma atitude, que pode definir nosso comportamento, delinear nossos princípios, mapear nosso rumo, aprimorar nosso conhecimento, abrir nosso coração, implantar nossos valores e nos moldar nos conceitos da figura humana. Nossas atitudes são como o guincho da âncora de um navio: ele é usado para lançar a âncora e manter o navio parado ou é usado para içar a âncora e liberar o navio ao destino de suas rotas. Assim como no guincho da âncora, nossas atitudes são o fator determinante na composição de nossas vidas. São nossas atitudes que devemos monitorar através de nossa autopercepção, sabendo assim o impacto que elas causam em nossa maneira de existir e ao nosso redor. Acredito que os dois momentos mais importantes de nossa vida são: quando nascemos e quando descobrimos nossa real missão de vida. E, nesta busca, o principal item de aprendizado é a jornada, onde o caminho ensina mais que o destino, momentos que temos de conviver com nossas atitudes. Atitudes são frutos de escolha e decisão. Quando tivermos de promover uma ação que possa fazer de nossa vida um momento ainda melhor para nossa felicidade e nossa prosperidade, que seja pela escolha e decisão de Atitudes Nutritivas, pois através delas nossas vitórias serão reais e duradouras.
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Não somos heróis, mas quando os filhos nos veem como tal, temos de dar o máximo para nos transformarmos em heróis e não decepcioná-los.
A partir de agora, darei uma extensa lista de atitudes nutritivas que podem fazer com que suas vitórias aconteçam mais rapidamente e o seu alto astral seja mais elevado para o dia a dia. - Não somos heróis, mas quando os filhos nos veem como tal, temos de dar o máximo para nos transformarmos em heróis e não decepcioná-los, e terminamos por descobrir que podemos ser heróis interessantes. - O mecanismo de compensação está sempre acionando nossas decisões e terminamos fazendo isto por aquilo ou aquilo por isto. Aprendemos assim a buscar sempre um motivo para compensar nossas escolhas e nossos atos, e quando não conseguimos ativar o mecanismo de compensação, ficamos em dúvida sobre o que realmente é melhor para nós.
Atitudes são frutos de escolha e decisão.
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- A síndrome do “quase” nos deixando com sentimentos de que se passarmos perto daquilo que realmente nos faz bem, já está bom. Eu quase fui feliz... eu quase consegui aquele emprego... eu quase... Levando uma vida no “quase” não se chegará nunca aonde realmente está nosso destino. - O passado nos marca dolorosamente com lembranças desagradáveis, porém, nossa capacidade de reviver as lembranças agradáveis é tão poderosa quanto a de trazer à tona os desagradáveis... Cultive as boas lembranças e mantenha os sentimentos vívidos, as emoções de esperança e, simplesmente, se presenteie com a felicidade que já viveu, podendo revivê-la quando quiser. - Quando se buscam motivos para não fazer algo, é impressionante como eles aparecem. São as desculpas “justificatórias” internas, nosso jeitão de explicar o porque somos tão ineficientes em ir adiante naquilo que poderia fazer diferença em nossa existência. Devemos procurar motivos para fazê-los e atuarmos em nossa vida, afinal, são eles nossa chance de viabilizar nossa maneira de ser. - Quando a empresa em que trabalha requer que você se desenvolva em suas capacidades e talentos, que mal há nisto? É através do desenvolvimento de nossas habilidades que vamos projetando nosso cére-
bro e nosso comportamento rumo ao desconhecido do conhecimento e podermos oferecer a nós mesmos resultados mais prazerosos, capazes de nos entusiasmar e nunca deixarmos de acreditar que podemos ser melhores naquilo que nos propomos a realizar. - A síndrome do mandar é interessante: quando se nota as pessoas dentro das organizações, tem sempre um grande número delas dando uma ordem, é ordem para lá, é ordem para cá, e como se sentem bem dando ordem. Mendigo deve ter cachorro para poder ter em quem mandar. Mandar talvez supra o vazio dentro de muitas pessoas que não se desenvolveram interiormente e precisam se impor de alguma maneira, nem que seja por uma estúpida ordem. - Em meio a uma crise devemos praticar alguns comportamentos importantes: monitorar as reações, manter a eficácia nos instantes de estresse, procurar manter a calma em meio à tensão, avaliar o problema, manter o foco numa saída e procurar encontrar competências que auxiliem na solução. - Integridade é defender os seus valores, aquilo que você acredita, é um fator tão importante numa carreira que, em algumas escolas de administração do mundo, já é matéria de aula.
- Muita gente sabe aquilo que deseja ser na vida, mas desconhece aquilo que precisa fazer para ser o que deseja na vida. - Muitas organizações possuem procedimentos que abafam ou jogam toxinas em seu jeito de conseguir resultados. Procure organizações, em sua carreira, que possam lhe fazer crescer, sejam estimulantes e possuam oportunidades. - Emoções tornam rica a vida, empolgante e cheia de razões para vivê-la. Encontre emoção em tudo que se relaciona à sua carreira. - Sempre encontre tempo para a família. Nenhuma carreira vale mais do que momentos em família, não abra mão disso. Quando uma empresa possui programas que lhe afastam do convívio familiar ela está apenas interessada em sua mão de obra e não na sua totalidade como talento humano. Pais são o coach dos filhos e devem ser inspiradores para eles.
- Para se chegar ao produto final relevante é preciso que todos os envolvidos tenham profundo conhecimento daquilo que fazem e, principalmente, uma tremenda dose de determinação.
Levando uma vida no “quase” não se chegará nunca aonde realmente está nosso destino. - Práticas “do manual” tornam as pessoas em suas organizações muito iguais, ficando muito semelhantes. Descubra práticas diferenciadas. - Pessoas dentro de sua carreira devem esquecer a satisfação do cliente e ir muito mais além, devem se preocupar com o sucesso de seu cliente.
- Toda paixão profissional e ideias consistentes são capazes de gerar resultados e, o melhor, não possuem fronteiras!
- Toda diversidade faz definir a verdadeira característica das empresas, realça o momento do talento e implementa a aquisição e o desenvolvimento destes talentos.
- Todo brilhantismo tem de parecer casual para quem vê e precisamente proposital para quem executa.
- Nosso tempo de realização de tarefas tem diminuído e as tarefas aumentando, portanto o conceito de
preparar, apontar e atirar, talvez tenha de ser invertido, devemos é ir atirando e ajustando a mira, a cada tiro. - Carreiras devem hoje desenvolver percepções que possam oferecer ao cliente soluções ou estratégias lucrativas, as quais ainda não foram prospectadas pelo cliente. - Toda tecnologia de poder tem seu lado negro, toda grande luz faz uma enorme sombra. É neste lado negro e nesta enorme sombra que reside a fraqueza não computada de muitas ações de empresas e pessoas. Quando a luz surge é necessário também medir a dimensão da escuridão. - Carreiras masculinas devem aprender com carreiras femininas que são experts em manter marcas através dos tempos consumindo-as e fidelizando-as, uma disciplina de negócios que cria resultados. Carreiras masculinas não pedem informação quando estão dirigindo seu carro nem tampouco quando estão dirigindo sua carreira, mas as mulheres estão sempre prontas para tomar uma decisão e se informar. - Em sua carreira, encontre tempo para planejar e executar as coisas de maneira certa, caso contrário terá de encontrar muito mais tempo para reparar as coisas erradas.
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- Desenvolva o espírito de liderança em seu contexto de carreira, eis aí a alma simbólica da mente coletiva de uma organização.
- Fique com atenção em sua carreira aos processos de sua empresa, mas nunca deixe de melhorar suas atividades individuais.
- Entre tantas coisas que fazemos em nossa vida, buscar motivos para nosso encorajamento de seguir os caminhos, as decisões e escolhas que surgem durante este percurso nos faz pessoas mais vigorosas.
- As carreiras são modelos mentais. Faça sempre uma avaliação de tudo que pode descobrir sobre seu cliente, sua empresa e ainda mais sobre você, procurando ferramentas adequadas para desenvolver-se, pois sem elas não é possível gerar e implementar competência. Ferramentas mais competência geram as ideias que podem governar. E, no futuro das carreiras, governar negócios será exclusividade das ideias.
- Clientes hoje estão e são impacientes, desejam tudo para ontem, nenhuma de suas estratégias de carreira pode ser produtiva sem execução, por mais burocrata que seja sua empresa pelo menos de sete a dez processos que possua internamente são de profunda importância para ter sua atenção. Cliente hoje quer resultados.
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- Na construção de uma carreira sempre batemos de frente com questões universais: É fácil dizer coisas, atuar
com aquilo que dizemos é um conflito. Conviver com nossos desafios é nossa diferença. Manter nossos passos alinhados com nossa fala, o compromisso nunca se resume na palavra, mas na ação, não nos amarrarmos em conversas de corredor promovidas pela rádio peão, entre tantas outras questões... e daí... vamos experimentando nossa existência e sempre colocando em nossa mesa apenas os alimentos que agradam nosso paladar profissional. - Encontre sempre desafios motivadores, caso contrário estará sempre se envolvendo com regras e cumprimento de normas engessadoras. - Você sabe onde está o gargalo de sua carreira? Esta resposta pode fazer enorme diferença quando a encontrar diante de uma análise honesta e sincera de sua atuação.
- Quando direcionamos uma carreira para outra empresa, um comportamento interessante é que muitas pessoas agem como quando trocam um relacionamento: usam a técnica da comparação. Comparam as qualidades do novo relacionamento com os defeitos do antigo relacionamento e, de início, tudo parece ótimo... uma verdadeira dádiva. Mas a convivência com o novo relacionamento vai mostrando também que tem defeitos. Dê o seu melhor sempre, procure viver o melhor sempre e deixe que certas coisas se encarreguem delas mesmas. - Quando segmentamos nossa carreira, um item merece atenção especial: o cuidado para não torná-la discriminativa. - Carreiras têm por seu papel serem reconhecidas assim como uma mãe
pleiteia ser reconhecida como mãe, um pai como pai, um amigo como amigo... Nem sempre você vai receber o reconhecimento que deseja ou pensa merecer, mas isto não deve lhe desmotivar em dar sempre o melhor de sua capacidade. Aprenda que são os próprios pintores e escultores que mais vibram com suas obras. - Cuidado com o sino da boiada: ele pode te levar ao pasto ou para o curral, mas também para o matadouro. O sino da boiada é o fluxo que o mercado segue. Não baixe a cabeça e se faça de surdo: ouça o sino, mas certifique-se para onde está indo. - Faça sempre uso da tecnologia disponível como suporte em suas decisões. - Tempo é o que faz uma coisa acontecer depois da outra, uma pessoa
“Uma pessoa de sucesso na carreira é aquela que usa o tempo e sua disposição para fazer algo que alguém que busca o sucesso não está com disposição para fazer.”
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“Muitas vezes as pessoas que mais amamos, que mais confiamos, que mais colocamos esperança, são as mesmas que nos fazem sofrer”
de sucesso na carreira é aquela que usa o tempo e sua disposição para fazer algo que alguém que busca o sucesso não está com disposição para fazer. - Os princípios básicos para as pessoas se tornarem mais produtivas e eficientes são os mesmos há milhares de anos. Ter os seus princípios já relacionados, em posição estratégica no seu comportamento, pode lhe manter no caminho de uma promissora carreira. - Muitas pessoas não se desenvolvem em suas carreiras pelo fato de terem saúde ruim, muitas preocupações, postergarem tudo, não lembrarem de seus compromissos, desperdiçarem tempo, possuírem falta de foco, estarem sempre se auto interrompendo, não desenvolvendo assim a autodisciplina. Estes itens podem compor uma relação de princípios que devem estar sempre sob controle. - Carreiras hoje, exigem que as pessoas possuam equilíbrio, simplicidade, desejo de sucesso, eficiência e, principalmente, vontade de serem realizadoras. - O grau de compromisso que você tem com suas atividades vai determinar o grau de seu desempenho; o grau de preocupação que você tem com as pessoas, vai determinar o nível de relacionamento que elas vão ter com você; o grau de crença que possui naquilo que deseja da vida, vai determinar o nível de suas realizações. - Nenhuma carreira pode tomar fôlego sem o uso de caráter, esta capacidade de tomar uma decisão é que realmente vale a pena. - Muitas vezes as pessoas que mais amamos, que mais confiamos, que mais colocamos esperança, são as mesmas que nos fazem sofrer e isto ocorre pelo fato de fazer parte de nossa vida, somente aquilo que vivenciamos com quem está próximo de nós. Sempre em meio a um fator de decepção segue-se uma lição que precisa valer durante nosso percurso em busca de nosso
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próprio caminho. Aprender a escrever na areia faz com que tudo seja esquecido mais rápido e não nos incomode por muito tempo. - Quando César ainda era Comandante do Exército Romano, criou a Espada Romana, a espada curta, para que seus soldados pudessem estar mais próximos de seus inimigos e terem o controle da batalha. Com esta espada, Roma conseguiu o impulso necessário para conquistar seus territórios e inspiração para criar novas armas de guerra. Nossa carreira tem de ser uma Espada Curta Romana, onde temos a chance de estarmos perto de nosso objetivo, estarmos atracados naquilo que desejamos a ponto de predominarmos em nossa atuação. - Na conquista de uma carreira devemos esquecer muitas coisas, mas devemos lembrar de muitas outras como:
aniversários dos filhos, da esposa e o seu próprio aniversário. Cultivar valores, ter lealdade e integridade a eles, fazer deles nossa prioridade nos diferencia entre espírito e matéria. Seus valores são as coisas que você tem disposição de arriscar sua própria vida para defendê-los. - Em tempos remotos de guerra, generais antes de tomarem uma decisão enviavam soldados para ver a batalha e trazer informações para serem analisadas em seu birô, porém os soldados muitas vezes levavam quatro dias para chegar ao campo de batalha e outros quatro para voltar ao Quartel General. Quando o general tomava a decisão enviava novamente o soldado para o campo levando a ordem da nova estratégia de batalha e, muitas vezes, quando a solução da vitória estava a caminho, a batalha já tinha sido perdida. Fique à frente de suas batalhas necessárias ao crescimento de sua carreira.
Confira na próxima edição a segunda parte desta matéria.
César Romão Escritor e conferencista. www.cesarromao.com.br
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JO GO RÁ PI DO 36 editorasermais.com.br
Bruna Farias Toaiari
1- Quais são os principais desafios de quem começa a carreira de modelo?
Acredito que o principal desafio é saber diferenciar os sonhos da “vida real”. Tratando-se do mundo da moda, essa analogia nem sempre torna-se realidade. Antes mesmo de ingressarem na carreira de modelo, muitas garotas e garotos criam expectativas com base no que leem e veem todos os dias e caem em um mundo de ilusões. 80% das respostas que um modelo em início de carreira ouve quando faz um teste, é a palavra “não”. Quem não tem preparo emocional para essa Odisseia, cai em frustação; e, em consequência, problemas emocionais são gerados e os sintomas refletem-se no aspecto físico; como por exemplo
os transtornos alimentares, que atualmente, geram tanta polêmica e estão sempre em evidência. O que eu quero dizer é que, modelos não têm como obrigação seguir um padrão de beleza e concordar com conceitos e valores que a massa concorda, e sim ter personalidade própria, visão crítica, autodisciplina e amor próprio.
2- Como você trabalha o seu marketing pessoal, o que faz para destacar-se? Alguém cuida da sua imagem no mercado?
Eu não me esforço para me destacar, acredito que quem faz isso, acaba sendo um pouco superficial. Busco ser apenas eu mesma e prezo muito pelo profissionalismo, como por exemplo: pontualidade, disciplina, organização e planejamento. E, como consequência natural dos meus atos, isso faz com que eu me destaque entre as demais modelos. Desde criança, minha mãe sempre foi minha empresária e sempre me acompanhou em todos os meus tra-
balhos. Ela é a pessoa mais próxima a mim, como também, sabe conciliar meus horários flexíveis da Universidade, com os trabalhos que surgem.
3- Há algum tipo de planejamento para os próximos anos, metas a serem alcançadas, quais seriam e como organiza isso? Aprendi a subir um degrau de cada vez e aprendi principalmente a assimilar com calma todo o conteúdo aprendido, caso contrário, de nada serviriam as metas impostas. Em primeiro lugar, estar cada dia mais feliz ao lado da minha família. Ademais, tenho duas metas, uma delas é me formar na Universidade e ter uma carreira rentável que me dê estabilidade financeira e acréscimo pessoal e profissional. E a outra, é montar uma ONG que se chamará “Renascer”. Meu propósito é resgatar e cuidar de todos os animais abandonados; todos que nunca tiveram uma família e amor de verdade, na minha ONG terão.
4- Qual outra profissão, entre as tradicionais, teriam um grau de dedicação e até compromissos parecidos com a da sua? Na minha opinião, quem busca o sucesso, independente da profissão escolhida, tem tanta dedicação e compromissos quanto uma modelo. Não vejo diferenças entre uma modelo e um médico ou uma secretária, todos têm em comum a ambição de conquistar o sucesso e, para isso ocorrer, a dedicação e o comprometimento são regras fundamentais.
5- Você estuda, faz algum curso? Qual? É preciso ter uma preparação diferenciada também culturalmente? Eu estou no terceiro ano de Psicologia.
Sim! Eu defendo a ideia de que uma modelo tem por obrigação ter conteúdo e conhecimentos gerais. A beleza com certeza atrai, mas a inteligência convence mais do que um rostinho bonito também é capaz de raciocinar e opinar sobre diversos assuntos. Não há nada mais prazeroso do que conversar com alguém que tem conhecimento e opinião própria, inclusive, é raro encontrar beleza e inteligência em uma só pessoa e poucas modelos têm essa qualidade!
6- No ambiente corporativo existem algumas regras e padrões de comportamento esperados dos funcionários. No seu meio existe algo assim? Que tipo de atitude não seria tolerada? Há muita hipocrisia em relação a isso! Uma modelo tem como conduta e regra aceitar apenas trabalhos que vendam sua imagem e não seu corpo. Infelizmente, a analogia entre mundo da moda e prostituição, como também, a generalização de que todas as modelos são garotas de programa, tornou-se comum, justamente pelo ato falho de várias modelos e mau exemplo de agenciadores que insistem que as modelos devem se submeter não só à prostituição, mas também ao alcoolismo e tabagismo. Aliás, é assim desde a época de Marilyn Monroe, Katharine Hepburn, Marlon Brando e demais ícones. Enquanto muitas modelos não adotarem posturas profissionais, ao que me parece, infelizmente sempre será assim. É justamente por esse motivo que minha carreira não ascendeu. Para determinadas coisas há limites, e mesmo tratando-se de um sonho que acompanha-me desde a infância, não permiti ser influenciada.
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^ OTIMISTA OMAR SOUKI
Viver bem para viver 1.
Manter-se física e mentalmente em movimento;
SEMPRE!
Por mais desafiadora que seja a existência, a maioria de nós almeja viver muito. Também queremos viver bem. Não basta viver muito é preciso desfrutar desta experiência chamada vida! Jairo Mancilha e Luiz Alberto Py escreveram o livro O caminho da longevidade (Editora Rocco) onde oferecem orientações para uma vida longa e saudável. Depois de extensa pesquisa e estudo dos hábitos de pessoas que viveram muito e bem, chegaram a uma lista dos padrões de uma vida longa e vigorosa:
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Ver o lado positivo da vida, ter bom humor e cantar;
Estar disposto a aprender com bons exemplos de vida;
Mover-se na direção de um futuro positivo;
Ter crenças como: “os relacionamentos são muito importantes”, “a saúde e a vitalidade são normais”, “a idade avançada é um benefício”, “vale a pena trabalhar para conseguir o que se quer”;
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Ter uma identidade estável e em harmonia com sua história pessoal, familiar e cultural;
Ter um relacionamento com o lado espiritual da vida;
Não é só uma proposta de aproveitar bem a vida, mas de potencializá-la
ao máximo.
A primeira coisa que fiz, ao ler essa lista, foi analisar a minha própria trajetória. Verifiquei se eu estava em movimento, se estava focando o lado bom das experiências, se sabia me alegrar com pouca coisa, se tinha a disposição de aprender com as pessoas boas, se era otimista, se tinha crenças positivas, se vivia em harmonia comigo e com os outros e se me relacionava com a espiritualidade. Talvez você também tenha feito a mesma reflexão. Como está a sua vida? No meu caso a avaliação foi, até certo ponto, satisfatória. Estou em movimento, não só mentalmente – pois estou escrevendo este artigo --, mas também fisicamente, faço alongamentos pela manhã (15 minutos) e breves caminhadas de 400 metros, três vezes ao dia. Poderia ser melhor, vou caminhar mais. Mantenho uma atitude positiva com relação às coisas e às pessoas. Na minha juventude tive como modelo Mahatma Gandhi e agora procuro seguir o exemplo de Jesus de Nazaré. Quanto a ver o lado bom das experiências, eu já me acostumei com essa ideia. Ela pode ser resumida na seguinte crença, aparentemente absurda: “tudo que me acontece, me beneficia”. Até mesmo as coisas mais desagradáveis podem nos beneficiar se soubermos tirar delas um aprendizado. Isso equivale a dizer que neste lado da vida, tudo é aprendizado. Estamos em uma escola, que tem o objetivo de nos ensinar o amor, que é o nosso ingresso para um teatro mais amplo e mais duradouro. Acredito que a vida tem dois lados, um
material e outro espiritual, sendo que o espiritual é infinitamente maior do que o material. Caso você ainda não tenha desenvolvido essa crença sobre o outro lado da vida, eu recomendo que leia a obra O céu é de verdade: a incrível história de um garotinho e sua viagem de ida e volta ao céu (Editora Thomas Nelson). Esse livro, escrito por Todd Burpo, descreve a experiência de quase morte de seu filho Colton de quatro anos. Durante uma operação de apêndice perfurado, o menino esteve clinicamente morto por alguns minutos e retornou descrevendo uma viagem ao céu. A criança faz uma descrição do que é a vida do lado de lá. De acordo com Colton, no céu as coisas são muito mais agradáveis do que do lado de cá. Tanto que, quando o pai lhe disse que se ele atravessasse a rua sem olhar, poderia morrer, Colton não se assustou. Achou até legal a ideia da morte, pois aquilo queria dizer que ele poderia, então, voltar para o céu. Mas a maioria de nós não é como Colton. Queremos prolongar ao máximo nossa passagem pelo planeta. E, algo que pode nos auxiliar a esticar esta jornada é justamente a crença de que a vida continua do outro lado. Outra crença poderosa é a de que uma boa morte depende de uma boa vida. No meu caso, desejo atravessar o caminho que me resta com disposição para o trabalho e para o serviço a meus semelhantes. Eu acredito que essa predisposição para servir bem, nos leva a servir mais, melhor, e por mais tempo. Não é só uma proposta de aproveitar bem a vida, mas de potencializála ao máximo. Quem sabe? Talvez seja esse o segredo da vida eterna.
Ômar Souki é Ph.D. em comunicação pela Ohio University, nos EUA, e autor de 25 livros. www.souki.com.br editorasermais.com.br 41
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ADMINISTRAÇÃO X GESTÃO Você já deve ter ouvido ou lido coisas como: “A gestão da empresa não está bem”, “Faça um curso de gestão...”, “Precisamos melhorar a gestão pública desta cidade...”, enfim são inúmeras as maneiras como ... Leia mais pag 44.
MOTIVAÇÃO VENDEDORA
Gestão de Pessoas: o que não fazer... (Parte III)
Se avaliar o desempenho de alguém, nesse caso, um colega de trabalho, já não é das missões mais confortáveis e prazerosas de se fazer, os instrumentos e, principalmente, a forma como os processos de avaliação do desempenho são conduzidos tornam por piorar ainda mais a situação... Apesar de ser um processo imprescindível de ser realizado pelas organizações, tendo em vista que é fator-base (input) para outros processos (TD&E) ...Leia mais pag 48.
MUDANÇAS Sempre que o fim do ano se aproxima, as pessoas começam a adiar, protelar e deixar algumas coisas para o “ano que vem”. – “No ano que vem tudo vai ser diferente. Tudo será melhor e mais fácil.” Aqueles objetivos mais desafiantes, tais como, mudar de emprego, fazer dieta, academia, visitar parentes, arrumar a papelada, armários e gavetas, fazer check-up médico, entre outros, vão sendo postergados. Acredito que todo mundo, ou pelo menos... Leia mais pag 52.
Quero com este texto sensibilizar todos que lidam com clientes, a serem vendedores de suas ideias, da imagem da empresa, dos produtos e serviços espetaculares que representam. O motor da empresa é a venda e todos precisam se comprometer com esta. Motivação não existe, o que existe é a automotivação. Destaco que o título deste artigo é um acróstico criado para ser facilmente lembrado... Leia mais pag 50.
ATENDIMENTO DIFERENCIADO: SUA EMPRESA MAIS COMPETITIVA A acomodação pode ser uma grande armadilha para um atendimento insatisfatório ao principal patrimônio que sua empresa possui: o cliente. Não há como fechar os olhos para a realidade e deixar de perceber que, há inúmeras empresas, dizendo ter foco no cliente, mas na prática, o atendimento é algo completamente contraditório. Você acredita
que o atendimento excelente é uma utopia? Eu tinha horário agendado para participar de uma reunião com um cliente. Em decorrência de um congestionamento, o tempo para o almoço ficou limitado. Fazia um longo tempo que eu não entrava em um drive-thru e, para não atrasar com fila, é grande porque temos poucos funcionários e os que estão aqui... Leia mais pag 46.
PROBLEMA DO FUNCIONÁRIO É PROBLEMA DA EMPRESA?...Leia mais pag 54.
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David Nunes
ADMINISTRAÇÃO X GESTÃO Nas últimas décadas observamos que o termo ‘gestão’ está sempre em evidência, sendo utilizado constantemente no meio acadêmico ou profissional através de livros, revistas, artigos, internet e ou outros meios de comunicação
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ocê já deve ter ouvido ou lido coisas como: “A gestão da empresa não está bem”, “Faça um curso de gestão...”, “Precisamos melhorar a gestão pública desta cidade...”, enfim são inúmeras as maneiras como o termo gestão é empregado. E por onde anda o bom e velho termo ‘administração’? De fato verificamos nas organizações - sejam públicas ou privadas - que a função de administrador está sendo substituída pela função do gestor. Percebe-se uma mudança das titulações na
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estrutura hierárquica: onde tínhamos o gerente, supervisor, coordenador, líder e o encarregado, agora temos o gestor, ou seja, pessoas que praticam gestão (ou administração). E os cursos com titulação de administração, antes tínhamos administração da: qualidade, produção, financeira, recursos humanos, pública, ambiental etc., todos hoje são nomeados com o título de gestão, e, diga-se de passagem, esses cursos “melhoram em muito a gestão financeira de muitas organizações de ensino particular”. Certamente, em pouco tem-
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po o curso tradicional de Administração de Empresas, - o curso com o maior número de estudantes no país - será chamado de “Gestão empresarial, Gestão de negócios, Business Management – para americanizar - ou simplesmente Gestão”, titulação já utilizada por algumas instituições de ensino. Neste contexto o termo administração perdeu o seu status e cedeu parte do seu lugar para o termo gestão, porém quando se pergunta para as pessoas sobre o que é um termo e outro, surgem as dificuldades de delimitação de ambos.
Ora, muito bem! Por que esta mudança de termos? Existe alguma diferença entre administração e gestão? Por que administração está caindo em desuso? Para isso vamos voltar no tempo e entender o fundamento da administração segundo Chiavenato (2002): a palavra administração vem do latim: ad significa direção, tendência para - e minister significa subordinação ou obediência, o que significa aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem, isto é, aquele que presta um serviço a outro. Também podemos citar Henry Fayol, da escola clássica da administração; Fayol define o ato administrar como sendo: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Assim Chiavenato afirma que administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos. Os dicionários da língua portuguesa trazem as duas palavras – gestão e administração – como sinônimos entre si. Mostram que suas origens vêm do latim, e mesmo possuindo estruturas diferentes são traduzidas de forma semelhante
enquanto sentido de ação. Já a norma NBR ISO 9000:2005 – Fundamentos e Vocabulários define o termo gestão como sendo: “Atividades coordenadas para atingir e controlar uma organização”. Dentro deste contexto temos o papel do administrador que tem a função de gestão e ge-
Podemos dizer que administração é a ciência, e que para praticar esta ciência temos o gerente ou gestor que pratica a gestão rência. Você percebe os “trocadilhos” entre as palavras gestão e administração dadas pela literatura apresentada? Podemos dizer que administração é a ciência, e que para praticar esta ciência temos o gerente ou gestor que pratica
a gestão, ou seja, que aplica os conceitos da administração. Percebe-se que administração e gestão estão inteiramente ligadas e se completam, não existe administração sem gestão, e não existe gestão sem fundamento administrativo. Podemos encontrar na literatura científica muitos artigos sobre o assunto, entretanto não existem definições esclarecedoras sobre a questão administração x gestão, o que existem são indagações e inferências sobre o tema. Podemos inferir que o termo gestão ficou em evidência por influência americana, a maioria das suas obras utilizam o termo management e não termo administration, ou até mesmo a influência das grandes escolas de administração que empregam constantemente o termo business management (gestão de negócios). O termo gestão é relativamente novo em comparação ao termo administração e com a força que possui hoje, certamente perpetuará sobre o termo administração. Após a leitura do texto, cabe agora ao leitor a escolha do termo: Gestão ou Administração.
David Nunes Administrador, Consultor em Gestão e Professor Universitário.
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Dalmir Sant’Anna
ATENDIMENTO DIFERENCIADO:
SUA EMPRESA MAIS COMPETITIVA A acomodação pode ser uma grande armadilha para um atendimento insatisfatório ao principal patrimônio que sua empresa possui: o cliente
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ão há como fechar os olhos para a realidade e deixar de perceber que, há inúmeras empresas, dizendo ter foco no cliente, mas na prática, o atendimento é algo completamente contraditório. Você acredita que o atendimento excelente é uma utopia? Eu tinha horário agendado para participar de uma reunião com um cliente. Em decorrência de um congestionamento, o tempo para o almoço ficou limitado. Fazia um longo tempo que eu não entrava em um drive-thru e, para não atrasar com o meu cliente, decidi comprar um lanche. Considerando ser uma marca conhecida mundialmente, não acreditei em tudo o que aconteceu. Após um longo tempo na fila, dentro do automóvel, chegou a minha vez de ser atendido. Questionei a atendente com relação ao tempo de espera na fila e, de ser tão extensa. Ela argumentou: “A fila é grande porque temos poucos funcionários e os que estão aqui, trabalham totalmente desmotivados”. Para conhecer um
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pouco mais daquela situação, perguntei para a funcionária sobre os fatores que impedem de contratar mais pessoas. Ela respondeu: “Eles até contratam, mas quando chega o primeiro salário, ninguém quer ficar mais aqui”. Imagine a minha reação, ouvindo aquele desabafo. Para complicar ainda mais o atendimento, continuei na fila para receber o lanche, depois de alguns longos minutos, o lanche foi
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entregue por uma funcionária, com uma aparência triste, que mais parecia trabalhar como personagem de um trem fantasma. Será que isso somente aconteceu comigo? Convido você a refletir sobre essa história verídica e perceber que um atendimento diferenciado fortalece a compreensão de que o cliente é o ativo da empresa. E o que você faz para surpreender seu cliente? Surpreender faz parte do seu vocabulário?
O desafio de reter clientes e identificar métricas de valor – Realizo palestras em inúmeras convenções de vendas, reuniões em shoppings e treinamentos para entidades ligadas ao comércio lojista, procuro continuamente enfatizar que o pós-venda está sendo esquecido. Quantas vezes você ficou em um hotel, preencheu uma extensa ficha de dados na recepção e, no dia do seu aniversário, a gerência ligou para homenagear você? Para gerar reflexões na plateia gosto de perguntar: O cliente é fiel a sua empresa? O maior número de pessoas assinala negativamente e, torna-se possível perceber, como a satisfação foi completamente abandonada e um item, desconhecido de algumas pessoas. Há profissionais querendo desesperadamente vender, desejosos de cumprir suas metas, mas de maneira lamentável, esquecendo-se de reter o cliente em seu portfólio. Se o objetivo é conquistar melhor atendimento e surpreender, torna-se necessário definir métricas de valores, que são divididas basicamente em três dimensões: a primeira está relacionada com o cliente individual, usan-
do ações particulares e diretas, como por exemplo, uma ligação para saber se a mercadoria chegou na data combinada. A segunda são os clusters ou segmentos específicos de clientes, onde você pode criar campanhas diretas, vendendo água para quem tem sede. A terceira são os clientes, que você possui em seu portifólio, mas não tem uma frequência de consumo e realizam compras sazonais. Indiferentemente da métrica de valor a ser usada, observe que estruturar uma carteira de clientes gera importantes resultados. Ao direcionar sua força e suas ações para um determinado segmento estará contribuindo para expandir suas vendas, pois identificará melhor as práticas de compra do seu cliente, agindo com abordagens específicas para cada perfil de público e com preocupação constante com o ciclo de vida dos clientes. Parece óbvio falar que o cliente tem valor. Mas eu pergunto: Que tipo de valor é esse? Lembra-se do que aconteceu comigo no drive-thru? Acredite que há pessoas a sua volta, praticando um atendimento ineficaz, destruindo toda sua história e
todo o investimento realizado para trazer o comprador até sua empresa. Mas também acredite que há profissionais comprometidos, dedicados e dispostos em atender com o objetivo de transformar o cliente em um “agente de valor”. Reflita sobre os resultados da dinâmica relatada anteriormente, perceba que para tornar sua empresa mais competitiva será preciso trabalhar de maneira consistente em relação ao que diz e faz. Identificar o hábito de compra e o perfil do público consumidor é uma estratégia funcional e de visível resultado para tornar suas ofertas assertivas. Nesse sentido, se a proposta e a missão da sua empresa é atender com satisfação e oferecer serviços diferenciados, o cliente não pode deparar-se com algo que seja uma antítese dessa mensagem. Reveja seus indicadores. Reflita sobre os resultados alcançados. Mude seus conceitos de atendimento, em prol do principal patrimônio da sua empresa: o cliente. Acomodar-se pode ser uma grande armadilha para um atendimento insatisfatório.
Dalmir Sant’Anna Palestrante comportamental, mestrando em Administração de Empresas, autor dos livros “Oportunidades” e “Menos pode ser Mais”. www.dalmir.com.br
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Adriano Cesar
Gestão de Pessoas:
o que não fazer... (Parte III) Caso realizássemos uma enquete junto a uma amostra de colaboradores nas organizações dos mais diversos tipos, portes e setores da economia, certamente o processo de Avaliação do Desempenho estaria dentre os mais temidos, bem como dentre aqueles que mais apresentariam necessidades de melhorias nas práticas contemporâneas de Gestão de Pessoas
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e avaliar o desempenho de alguém, nesse caso, um colega de trabalho, já não é das missões mais confortáveis e prazerosas de se fazer, os instrumentos e, principalmente, a forma como os processos de avaliação do desempenho são conduzidos tornam por piorar ainda mais a situação... Apesar de ser um processo imprescindível de ser realizado pelas organizações, tendo em vista que é fator-base (input) para outros processos (TD&E, Remuneração Variável, Promoções etc.), a avaliação do desempenho é recheada de “equívocos”. Conforme costumo sempre argumentar durante meus cursos, palestras etc., entre fazer algo mal feito ou não fazê-lo, opte pela segunda opção; os prejuízos serão sempre menores e veremos menos expectativas frustradas nos colaboradores... Assim sendo, nessa edição,
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apontarei, abaixo, o que não se deve fazer quando o assunto é avaliação do desempenho nas organizações, continuando a série iniciada nas duas edições anteriores da Revista Ser Mais: 1. Falta de esclarecimentos e, principalmente, de sensibilização dos colaboradores pela área de Gestão de Pessoas: o período de avaliação do desempenho é um momento no qual se gera no colaborador, via de regra, sensações negativas como ansiedade, medos (de demissão, de “acerto de contas”, de críticas nada construtivas etc.) e dúvidas quanto ao futuro. Dessa forma, o momento que antecede a esse período é crucial para o seu sucesso. Infelizmente, a maioria das organizações deixa a desejar nesse momento de preparação, de desmistificação, de esclarecimentos e de sensibilização geral dos colaboradores e dos gestores que as conduzirão; 2. Falta de engajamen-
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to dos gestores no processo de avaliação (contínua) e de registro de informações no período avaliativo em questão: apesar de ser um processo formal e, na maioria dos casos, obrigatório nas organizações, a avaliação do desempenho e o feedback aos colaboradores que a ele deve ser seguido são processos que deveriam fazer parte da rotina de um gestor que verdadeiramente lidera pessoas e equipes. Compete à área de Gestão de Pessoas “lembrá-los” dessa atribuição que lhe é atinente. Além disso, se o período avaliativo considerado no processo é demasiado longo (anual ou semestral, por exemplo), é imprescindível que os gestores disponham de mecanismos próprios ou corporativos para o registro do desempenho de cada um de seus colaboradores, a fim de evitar o cometimento de injustiças durante o período formal de avaliação; 3. Foco demasiado nos instrumentos de avaliação: o foco nas técnicas, nos proces-
sos e nos instrumentos é uma característica típica das áreas de Gestão de Pessoas tradicionais (mais operacionais e menos estratégicas). Olham demasiado para o próprio “umbigo”, se deixam encantar pelos sistemas e pelos recursos computacionais que apoiam o processo e perdem o foco nas pessoas e na “blindagem” de eventuais distorções na lógica do processo; 4. Falhas no desenho do processo: o desenho do processo de avaliação do desempenho deve ser elaborado especialmente com vistas a evitar manipulações ou tendenciosidades por aqueles que o utilizam. Bem ou mal, a avaliação do tipo 360o, por abarcar em si os diversos pontos de vista daqueles que lidam no dia a dia com o colaborador avaliado, equilibra o campo de forças gerado entre os diversos avaliadores. As mais modernas avaliações do desempenho incluem, inclusive, clientes e fornecedores; 5. Demasiado intervaldo de tempo entre uma avaliação e outra: a maioria das organizações que realiza o processo de avaliação do desempenho o faz anualmente. Obviamente, os colaboradores mais “espertos” acabam por apresentar melhores desempenhos no período próximo ao que antecede ao da avaliação. Além disso, a nossa memória estará sugestionada pelos últimos acontecimentos, sejam eles bons ou maus. Logo, realizar avaliações do desempenho semestralmente é algo aceitável; trimestralmente, recomendável; 6. Foco na avaliação das
atividades de trabalho ou nos comportamentos: a avaliação do desempenho deve focar nas competências e não no cumprimento de atividades rotineiras. Ser leal, obediente, “gente boa”, não leva a organização a lugar algum! Portanto, uma avaliação do desempenho que se preze foca as competências e os resultados gerados no período e ponto final! 7. Não utilização de indicadores qualitativos e quantitativos concomitantemente: via de regra, as avaliações de desempenho ou utilizam parâmetros quantitativos (escala numérica não vinculada a acordo de resultados tangíveis) ou qualitativo (conceitos abstratos). Não se trata de um ou outro tipo de indicador, mas sim, dos dois! Porém, de forma diferente: qualidade das competências e percentual de atingimento dos resultados acordados previamente na última avaliação. Ambos são
necessários, mesmo quando se tratam de áreas e atividades meio (processuais). Não há desculpas! Por fim, ressalto que a avaliação de desempenho não é um fim em si mesma. Muito pelo contrário! Conforme acima referenciado, ela é um input fundamental para outros processos de Gestão de Pessoas e, principalmente, para a melhoria e desenvolvimento do potencial humano. Mais do que cobrar resultados, faz-se necessário proporcionar as reais condições e os suportes necessários (gerencial, financeiro, humano etc.) para os mesmos. Na próxima edição, será a vez de comentarmos sobre os principais “equívocos” comumente observados no processo Remuneração Estratégica. Até lá!
Adriano Cesar @AdrianoCesar é CEO, Consultor Organizacional e Palestrante da FATORH Consultoria. Personal & Professional Coach. “Black Belt” em Six Sigma. adriano@fatorhconsultoria.com.br
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Marcelo Ortega
MOTIVAÇÃO VENDEDORA Quero com este texto sensibilizar todos que lidam com clientes, a serem vendedores de suas idéias, da imagem da empresa, dos produtos e serviços espetaculares que representam. O motor da empresa é a venda, e todos precisam se comprometer em esta. Motivação não existe, o que existe é a automotivação. Destaco que o título deste artigo é um acróstico criado para ser facilmente lembrado, assim espero
Letra a letra – a palavra “motive” servirá como sigla para marcar uma sequência dirigida a você leitor, sobre o que lhe recomendo fazer para ser mais em vendas e na vida. M.ovimente-se: aprenda como ser uma pessoa de ação, que tem iniciativa, segurança e confiança para captar clientes e gerar uma boa carteira, com um eficiente mapa de oportunidades. Mãos a obra, entendendo como dar os primeiros passos essenciais em todo ciclo da venda. São eles: estudar o que vende, para quem pode vender e por que as pessoas
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compram de fato. Quais os benefícios!? O.rganize-se: organização em vendas nos tempos atuais é palavra de ordem. Não há tempo a perder, por isso, o vendedor de sucesso é focado em sua preparação, em seu planejamento e nas estratégias que permitam o atingimento de metas e objetivos. A melhor dentre todas as
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ferramentas é o uso do mapa de oportunidades para reuniões de vendas e acompanhamento semanal individual. Confira o mapa na sessão: ferramentas do portal www. marceloortega.com.br T.ransforme-se: uma pessoa tímida pode se tornar uma excelente vendedora ou vendedor. Até mesmo os mais expansivos têm muito a
aprender, basta se moldar ao momento do mercado e conhecer as novas habilidades essenciais para o sucesso em pleno século XXI, afinal estamos na era da sensibilidade, das vendas consultivas e empreendedoras. Comunicar-se bem é uma das habilidades fundamentais, por isso, desenvolva-se fazendo cursos e pondo em prática a arte de falar, de escrever, de palestrar. I.nclua-se: faça parte do time de campeãs e campeões de vendas, em vez de ficar no grupo dos que explicam demais por que não conseguem vender. Os melhores são aqueles obstinados ao resultado, por isso atingem metas e se tornam destaque em qualquer empresa ou negócio. Costumo dizer que não existem mais vendedores. Só bons!!! Alguns vendem pra fora da empresa, para o cliente. Outros vendem para o chefe, explicando por que não dá para vender. V.enda-se: antes de vender a empresa, o produto ou serviço que tem a oferecer, é preciso saber vender ideias,
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pontos que interessam a outra pessoa, o cliente em potencial. Por isso, dizemos que todos na empresa são vendedores, pelo menos das suas imagens e a da empresa também. Saiba o que dizer nos primeiros segundos da venda para captar atenção e o interesse de compra: fale em termos de benefícios e estes só podem ser verdadeiros quando se referem ao cliente, não ao produto. E.ntusiasme-se: entusiasmo é uma poderosa ferramenta em vendas. Não se atinge sucesso sem ter a energia positiva e boa vontade ao atender os seus clientes. Do grego, esta palavra é muito mais
do que motivação, fé, iniciativa ou vontade. Entenda o que é, qual o poder do entusiasmo e como se tornar uma pessoa entusiasmada e entusiasta todos os dias. En = dentro | Tusi = Teos = Deus | asmo = sopro. Os seis aconselhamentos acima (na sequência do acróstico - M.O.T.I.V.E.) são a base de minha nova palestra de comportamento, motivação e atitude para quem vende e todos que lidam com clientes. Motivação não existe sem ação e recompensas. Como motivar sua equipe sem que a única forma de recompensa seja o dinheiro. Pessoas que têm metas e objetivos, tais como gerar o crescimento da lucratividade e de sua produtividade, são alvo desta palestra. Enfim, trata-se de um conteúdo comportamental com alto nível de interação e entusiasmo, para todos que precisam se tornar pessoas realizadoras. Confira em meu site uma nova palestra para SER MAIS em termos de motivação em vendas!!! Sucesso e até a próxima.
Marcelo Ortega Palestrante e consultor, autor de Sucesso em Vendas - Ed. Saraiva. www.marceloortega.com.br
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Madalena Junqueira
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MUDANÇAS
Sempre que o fim do ano se aproxima, as pessoas começam a adiar, protelar e deixar algumas coisas para o “ano que vem”. – “No ano que vem tudo vai ser diferente. Tudo será melhor e mais fácil.” Aqueles objetivos mais desafiantes, tais como, mudar de emprego, fazer dieta, academia, visitar parentes, arrumar a papelada, armários e gavetas, fazer check-up médico, entre outros, vão sendo postergados. Acredito que todo mundo, ou pelo menos, a maioria das pessoas, tem grandes sonhos, desejos e esperanças e, especialmente, muita confiança no ano que se inicia. É como se o Ano Novo trouxesse “milagres”. Oportunidades diferentes de todas aquelas que já tiveram. Existem vantagens e desvantagens em se comportar assim. Vantagens: você ganha tempo para se preparar melhor. Desvantagens: atrasar uma realização que poderia já estar em andamento. Não só atrasar, mas talvez, até, perder a chance de realizar, pois muitos
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projetos acabam sendo esquecidos e, novamente deixados para o “para o ano que vem”. Tudo o que você deixa “para o ano que vem” pode acontecer, ou não. Às vezes pode até demonstrar um lado seu de procrastinação, de deixar as coisas pra depois, de não assumir
De fato, as coisas não mudam com a virada do ano. realmente o que você quer, ou, pior ainda, de não saber exatamente o que quer. Se você fizer um balanço do último ano, ou melhor, dos últimos anos, sobre tudo que vem acontecendo, perceberá se existe ou não este padrão em você. Que talvez, até o momento, ainda não tivesse percebido. Se for este o seu caso, entende-
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rá porque nem sempre consegue o que quer obter da vida. De fato, as coisas não mudam com a virada do ano. Nós é que devemos modificar algo em nós, para darmos oportunidade à vida para mudar as coisas. Uma mudança de ano é apenas um dia após o outro. Na PNL, um dos principais pressupostos, que são princípios orientadores para nossas vidas, é o de que “se o que você está fazendo não está trazendo o resultado que você quer, faça diferente, pois se você continuar a fazer tudo do mesmo jeito, só vai conseguir os mesmos resultados”. Eu gosto de um texto de Clarice Lispector sobre mudanças. Entre outras coisas ela diz: “Mude! Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude de novo. Experimente outra vez. O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda!” O que eu entendo desse texto é que, da maneira que levamos a nossa vida até hoje, conseguimos chegar até aqui, até o
ponto onde estamos, sob nossa inteira responsabilidade. Às vezes nos recusamos a mudar algo, a arriscar, por medo da novidade que, certamente, pode trazer certa insegurança, justamente por ser desconhecida. O nosso cérebro é movido por comandos, os quais ele costuma obedecer sem questionamento algum. Basta dar o comando adequado e ele, então, promoverá os acontecimentos para chegarmos aos nossos objetivos, da melhor maneira possível. Quando efetuamos várias pequenas mudanças, estamos programando o nosso cérebro, que entenderá essa atitude como início de um processo de mudanças. Não é que o cérebro tenha vida própria, paralela à nossa consciência. Não é bem assim! O que acontece é que, como estamos cercados por uma gama de infinitas possibilidades, não temos condições de enxergar todas elas ao mesmo tempo. Segundo pesquisas, nosso cérebro recebe 400 milhões de bits, por segundo, de informações, dos quais processamos apenas dois mil. Conscientemente conseguimos processar, em média, de 7 a 9 (5+ ou – 2) informações simultaneamente. Portanto, quando focamos a nossa atenção em algo, é nis-
so que colocamos toda a nossa energia, a nossa força de realização e esse algo, consequentemente, acaba acontecendo. Quando avisamos o nosso cérebro sobre o que realmente queremos, ele vai dirigir a nossa atenção para o local onde estão aquelas oportunidades que até então não conseguimos vislumbrar, pelo fato da nossa atenção estar ocupada em outro ponto. Essa ajuda do nosso cérebro é preciosíssima, com a qual podemos contar sempre e que nos levará a alcançar todos os
O melhor mesmo é buscar o equilíbrio entre o sonho e a capacidade realizadora. nossos objetivos. Não é milagre. É o nosso poder, em potencial, sendo colocado em prática. Existem pessoas muito sonhadoras, que não colocam em prática suas ideias. São muito criativas e “viajam” nessas ideias, sem, no entanto, conseguir executá-las, colocá-las em ação.
Outras são muito empreendedoras, de muita ação e que, às vezes não avaliam riscos e acabam por se dar mal. Nenhuma das duas formas é adequada. O melhor mesmo é buscar o equilíbrio entre o sonho e a capacidade realizadora. É fazer como fazia Walt Disney. Cada projeto seu era avaliado sob três ângulos diferentes: o Sonhador, o Realizador e o Crítico. Quando havia falhas em um desses aspectos, o Crítico apontava e ele ia corrigindo, na medida em que fazia essa avaliação, até que o projeto se mostrasse pronto para ser colocado em ação. Porém, aprofundando mais a nossa reflexão, é importante termos confiança no futuro e esperança de melhores dias. É importante sabermos que podemos sonhar, fazer planos, traçar metas e objetivos. É claro que vai depender do nosso empenho em darmos os devidos passos para que essa realização aconteça. Caso você tenha alguma dificuldade em planejar ou executar seus sonhos, você pode solicitar a ajuda de um coach, o profissional de coaching. De qualquer forma, será o seu empenho que o conduzirá ao sucesso. Portanto, desejo-lhe muito sucesso neste ano.
Madalena Junqueira Diretora do Instituto VIALUX, PNL e Coaching - SP. Trainer em Programação Neurolinguística - Metaforum (ALE) Formada em Língua Portuguesa (e Linguística) – USP. madalenajunqueira@institutovialux.com.br www.institutovialux.com.br
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Dora Ramos
PROBLEMA DO FUNCIONÁRIO É PROBLEMA DA EMPRESA
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uncionário feliz, empresa feliz. Parece clichê, mas esta frase ilustra perfeitamente o cenário vivenciado pela maioria das organizações do país. Não é novidade que problemas financeiros influenciam nos relacionamentos familiares e amorosos, mas, será que a falta de dinheiro prejudica também o desempenho profissional? O colaborador que sofre com endividamento tende a ser um profissional mais preocupado e centrado em situações que fogem do seu espaço de trabalho como, por exemplo, a procura de meios e soluções que o tirem do vermelho. Segundo pesquisa realizada pela CNC (Confederação Nacional
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do Comércio), mais da metade dos brasileiros estão endividados. Em fevereiro, por exemplo, 57,4% dos 18 mil consumidores entrevistados pelo instituto estavam com déficit. As crises financeiras podem, sim, atingir diretamente o rendimento de trabalho, podendo atrapalhar o desempenho de uma equipe e até levar ao insucesso de projetos e negócios. Por conta disso, é importante
Dora Ramos Diretora responsável pela Fharos Assessoria Empresarial. www.fharos.com.br.
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que as empresas percebam e estejam cientes dessa situação e procurem soluções que ajude o seu time a se livrar das dívidas. Como saída, empresas de diversos setores estão oferecendo consultoria aos seus funcionários e elaborando planejamento de finanças pessoais para que haja maior controle de receita e despesas. Os departamentos de RH e Finanças podem assumir essa tarefa mostrando ao colaborador que ele não está sozinho, além de estreitar os laços entre organização e pessoa. Essa alternativa, embora não garanta o fim dos problemas, é uma iniciativa positiva por parte das instituições que pode trazer de volta, de forma simples e economicamente viável, um profissional motivado e produtivo.
Aprenda inglês com diversão! Neste espaço você tem uma pausa para descontrair com as piadinhas e ainda aprimora o seu vocabulário da língua inglesa.
TOO MUCH READING
HOW LONG TO THE NEXT VILLAGE?
A teacher had just moved house with all her possessions including box after box of books. As the van driver put down the last box in her second-floor flat, he grumbled, “For Heaven’s sake, lady, why didn’t you read them before you came?”
A traveller walking along a road asked an old man working in a field to how long it would take to get to the next village. But the old man didn’t answer, so the traveller kept walking. He hadn’t gone far when he heard a call: “Hi, mister, it’ll take you about 20 minutes”. “Why didn’t you tell me that when I asked you?” asked the traveller. “How did I know how fast you were going to walk?” replied the old man.
VOCABULARY HELP • • • • • • • • • • • • • •
before - antes book - livro box - caixa come (come, came, came) - vir flat - apartamento For Heaven’s sake - Pelo amor de Deus, Pelos Céus grumble - resmungar last - última move house - mudar de casa possessions - pertences put down - colocar no chão read (read, read, read) - ler teacher - professor van driver - motorista da van
THE WRONG PEOPLE Maybe God wants us to meet a few wrong people before meeting the right one so that when we finally meet the right person, we will know how to be grateful for that gift.
VOCABULARY HELP • • • • • • • • • • • • • • • •
answer - responder ask - perguntar call - chamado field - campo go far - ir longe hear (hear, heard, heard) - ouvir how fast - qual velocidade how long - quanto tempo it’ll take you - você vai levar keep walking - continuar andando know (know, knew, known) - saber next village - próxima vila old man - homem velho traveller - viajante walking along a road - andando em uma estrada work - trabalhar
VOCABULARY HELP • • • • • • • • • • • •
before - antes gift - presente God - Deus grateful - grato maybe - talvez meet (meet, met, met) - encontrar people - pessoas right one - pessoa certa so that - de forma que want - querer when - quando wrong – errado
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´ ARTIGO TERCIO VITOR
Como Transformar
CONFLITOS em COOPERAÇÃO!
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uando uma discussão começa a degenerar em conflitos, é necessário descobrir as razões que levam as pessoas a se posicionarem contra ou a favor de alguma coisa. Em outras palavras, é crucial perguntar a si mesmo qual é a intenção por trás do comportamento ou da comunicação de uma pessoa. O primeiro passo para se mudar atitudes em relação aos comportamentos indesejáveis é entendê-los. A chave são as quatro intenções usadas como resposta para situações com dois tipos de variáveis: nível de assertividade e foco de atenção. Dependendo da situação, as pessoas podem ser mais passivas (menos assertivas) ou mais agressivas (mais assertivas). Durante períodos de mudanças, dificuldades ou estresse, as pessoas tendem a sair da normalidade, a chamada “zona de conforto”, tornando-se mais passivas ou mais agressivas. O foco de atenção em determinada situação pode voltar-se para a tarefa em questão ou para os relacionamentos. Reunindo as duas variáveis, podemos ter a seguinte situação: uma pessoa pode focar a atenção nas pessoas de forma agressiva (por exemplo, brigando), assertiva (se envolvendo) ou passiva (submissão). Da mesma forma, elas podem direcionar o foco de atenção para as tarefas de forma agressiva (determinação corajosa), assertiva (envolvimento) ou passiva (retirada). Todo comportamento, seja aceitável ou problemático, tem uma intenção ou objetivo básico a ser alcançado. No tocante às intenções, são basicamente quatro que determinam como as pessoas reagem em qualquer situação: •
Finalizar tarefas
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Fazer a coisa certa
•
Integrar-se às pessoas
•
Ser reconhecido.
Essas não são as únicas intenções que motivam as pessoas. Mas elas servem como uma ferramenta prática e bastante útil para entender e lidar com os comportamentos difíceis. O reconhecimento da intenção é o primeiro e importante 58 editorasermais.com.br
passo para entender uma pessoa difícil. Quando conseguimos identificar os elementos que impulsionam uma pessoa difícil, terremos alcançado uma compreensão mais profunda de suas necessidades e intenções. A partir daí, podemos aplicar a tática da harmonização (comportamento pelo o qual você reduz a diferença entre você e a outra pessoa) e com isso aumentar a cooperação e evitar os mal-entendidos. Outra maneira de entender profundamente a pessoa problemática é identificar os critérios que são importantes para ela. Critérios são como filtros de nossos pontos de vista, padrões pelos quais avaliamos as ideias e experiências para determinar se elas são boas ou más. Enfim, saber identificar as intenções e perceber os critérios aumenta a flexibilidade e a cooperação dos envolvidos. Procurar uma ideia ou solução que harmonize todos os critérios é uma maneira eficaz de transformar conflitos em cooperação.
Tércio Vitor Educador, escritor, economista e pós-graduado em Gestão de Marketing pela USP. www.aaetconsultoria.com.br
De olho na carreira! A Adecco, empresa de recrutamento e seleção, realizou uma pesquisa com mais de 2200 candidatos nos meses de fevereiro a abril de 2012 e obteve dados interessantes dos entrevistados. Segundo os participantes, 44,9% deles, caso precisassem optar entre duas vagas de emprego, considerariam a que tivesse um plano de carreira. Dos itens analisados,
Contact Center em alta os quesitos salário e desafio proposto ficaram praticamente empatados no rol dos considerados importantes, o primeiro com 11,6% e o segundo com 11%. O estudo demonstra a preocupação dos profissionais economicamente ativos em manter o emprego, a estabilidade foi apontada como fator mais importante.
Quem pretende ingressar no mercado de trabalho encontra oportunidades na área de telemarketing. O setor, além de oferecer vagas para profissionais em início de carreira, também terá um bom crescimento este ano. É o que indica uma pesquisa do Sintelmark (Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos). Pelo estudo, o mercado de contact center deverá registrar crescimento de 8% em seus negócios no Estado de São Paulo e de 11% no mercado nacional. O trabalho também trouxe informações sobre os setores que mais demandaram os serviços de telemarketing, entre eles estão o de finanças, o de serviços e o de comércio.
Inclusão SOCIAL Consumidor antenado Que a internet trouxe muitas opções de compras, ninguém discorda. Hoje existem inúmeras lojas e promoções para deixar qualquer internauta com aquela coceira, comum a quem quer comprar algo. Mas, antes de se aventurar pelo mercado virtual, é necessário tomar alguns cuidados. Assim como quando se vai para uma nova loja física ainda desconhecida. Para falar sobre esses cuidados e também orientar em outras questões financeiras na web, há o site http://www.consumidorconsciente.org/. A página traz conteúdos e dicas variadas que vão desde como controlar o próprio orçamento até dúvidas sobre como proceder para fazer o imposto de renda.
O UOL, empresa de conteúdo e serviços da internet brasileira, acaba de publicar seu primeiro vídeo inclusivo. A reportagem conta com recursos como legendas, intérprete de libras e autodescrição para pessoas com deficiência visual, que descreve as imagens veiculadas no vídeo. Outros vídeos estão sendo preparados pela redação do portal para as eleições municipais de 2012. O UOL patrocina a Fundação Dorina Nowill e apoia projetos de Inclusão Digital para crianças e adolescentes com deficiência visual.
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No alvo
Dança das cadeiras Nissan Américas tem novos executivos
Mudanças na área comercial da BusTV
A Nissan Américas acaba de anunciar seus executivos para a vice-presidência de Administração e Finanças e diretoria de recursos humanos para o Brasil. Na primeira posição está François Alain Dossa que terá como desafio a expansão das operações e da participação da empresa no país. O executivo vem do Banco Societe Generale, no qual era diretor-geral responsável pelo Brasil e América Latina. Já para o segundo cargo, o contratato foi Sidnei Alvares, ex-General Motors de Detroit, Michigan, onde foi diretor de RH em uma atribuição internacional da empresa na Venezuela.
Duas executivas foram recentemente contratadas para a área comercial da BusTV, rede de televisão em ônibus brasileira. As profissionais, Madalena Vaz e Claudia Boero ingressam no time da empresa para assumir o atendimento executivo de grandes agências. Madalena é especializada em Gestão Comercial de Mídia e Intensivo de Vendas pela ESPM e está no mercado há 13 anos. Já Claudia possui formação em letras pela FMU, trabalhou para a Clear Channel Out of Home e já atuou no atendimento de agências como JWT, Africa, F/Nazca e Full Jazz.
Edenred Brasil renova diretoria de TI
Predicta anuncia diretor comercial
A Edenred Brasil, empresa que integra as marcas Ticket e Accentiv´Mimética, anunciou Fábio Ferreira como novo diretor de Tecnologia de Informação. O profissional vem para coordenar as plataformas tecnológicas de todos os produtos da empresa, além de manter o fomento à inovação na área. Ferreira é graduado em Ciência da Computação pela USP, pós-graduado em administração de empresas pela FGV e possui MBA de executivo internacional pela USP – FEA/FIA.
A Predicta, empresa especializada em marketing online, contratou há pouco tempo Aleksey Stivanin como diretor comercial. O executivo assume a unidade digital de negócios da empresa, responsável por serviços de consultoria em comunicação e inteligência. Entre seus metas está a de oferecer aos clientes o aumento de eficiência nas suas iniciativas em marketing digital. Stivanin tem 12 anos de experiência no Terra Networks e possui formação em Administração de Empresas com MBA em Marketing, ambos pela USP.
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VITRINE DE SUCESSOS
28 mentes que mudaram o mundo
Respeito é bom e todo mundo gosta
Saiba como os cérebros mais importantes do mundo criaram seus negócios e conheça seu legado deixado para a humanidade. A obra ensina como o leitor pode organizar melhor as finanças, poupar e escolher os melhores investimentos para um dia ter capital suficiente que trabalhe por ele. Em “28 mentes que mudaram o mundo”, o autor traz o perfil das maiores mentes que reescreveram as regras do negócio.Também mostra o que está por trás das manchetes sobre líderes como Bill Gates, Warren Buffet e Jeff Bezos.
Para quem crê que a boa edução nunca sai de moda, o livro “Respeito é bom e todo mundo gosta” pode ser uma excelente pedida. Nesta obra, as autoras desenvolveram um guia prático com dicas indispensáveis nos relacionamentos interpessoais, principalmente nos profissionais. Resgatam valores como a delicadeza, o respeito e o bom senso. Propõem pequenas mudanças de comportamento para facilitar o diálogo, promover a autoestima, abrir portas e transmitir uma imagem de confiabilidade e profissionalismo.
Rhymer Rigby Editora Campus Elsevier R$ 59,90
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Adélia Maria Ribeiro, Liana Artissian, Ruth Cronemberger Editora Paulinas R$ 17,20
Compliance 360º - riscos, estratégias, conflitos e vaidades no mundo corporativo Você sabe o que é compliance? Compliance é o dever de cumprir, de estar em conformidade e fazer cumprir regulamentos internos e externos impostos a uma determinada atividade das instiuições. O livro “Compliance 360°” vem para sanar esta e muitas outras dúvidas sobre a função nas empresas. Informa como implantá-la, suas responsabilidades, políticas e como interage com as outras áreas das companhias, como auditoria, riscos operacionais, jurídico, controles internos e outras. Ana Paula Candeloro, Maria Balbina Martins de Rizzo e Vinícius Pinho Trevisan Editora R$ 89,90
33 milhões de pessoas na sua rede de contatos Os negócios se expandiram e já estão mais do que presentes nas mídias sociais. O empresário com visão de futuro já está na rede e sabe como otimizar os recursos oferecidos para alavancar seus produtos e serviços no mundo virtual. Para utilizar com sabedoria estes espaços é preciso estar bem informado e contar com uma literatura de apoio sobre o tema. É justamente isso o que propõe o livro “33 milhões de pessoas na sua rede de contatos”. A obra vem como guia para orientá-lo sobre o poder das redes sociais e sobre como alavancar a presença online do negócio. Juliette Powell Editora Gente R$ 24,90
Sugestão de Sucesso
Conheça o PODER da COMUNICAÇÃO e do DESIGN no varejo
O
s profissionais que atuam na área de marketing e comunicação, especialmente nas redes de varejo, precisam estar atualizados com as tendências de vendas e exposição de produtos no mercado. No livro “Compras por impulso”, Gilberto Strunck traz aos leitores exemplos práticos de como é possível apresentar melhor produtos nas praças e aumentar as chances de compra. A obra relaciona estudos dos comportamentos dos consumidores de forma didática e ensina como trabalhar a comunicação de modo mais eficiente nos pontos de venda. Também vem com modelos de briefings para auxiliar no trabalho diário de quem está em começo de carreira e precisa de suporte. Além de vir com imagens relacionadas, mostrando formas de aplicar as estratégias em diferentes segmentos do setor varejista.
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COLUNA PAULO GAUDENCIO
SUA PERGUNTA... Tenho problemas de relacionamento na empresa em que trabalho. Estou há três anos no setor de vendas e sei que meu bom desempenho gera inveja nos outros vendedores. Estão sempre fazendo fofocas a meu respeito e isso me magoa muito. Quando não aguento os comentários, tiro satisfação e acabo me envolvendo em discussões. Queria evitar essa situação, já até pensei em mudar de empresa, mas gosto muito do serviço e dos produtos. Gostaria de uma orientação, pois não sei qual atitude tomar. Rafael Nolli Pires.
...GAUDENCIO
RESPONDE
Ainda bem que você gosta do serviço e do produto. Impedem você de mudar de empresa. O problema é que mudando, você vai junto. Com qualidades e enganos vendendo bem, mas entrando em discussões infrutíferas quando se sente rejeitado. Acho que esse é o problema. Discutir com os outros quando a rejeição vem, embora você saiba que é inveja. A rejeição é o seu “nervo exposto”. Quando você a sente acaba agindo de forma inadequada, para tentar minimizá-la. O resultado é o oposto. Acho que a saída é descobrir porque ela é o seu nervo exposto, o que na tua vida explica isto. Honestamente não me parece muito difícil descobrir o que lá atrás faz com que a rejeição se torne uma dor tão grande que vale qualquer preço para diminuí-la.
Paulo Gaudencio é psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo (USP). Dedica-se há mais de 40 anos à psicoterapia de grupo e à pesquisa científica.
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EXPRESSAO REINALDO POLITO
Quando vale a pena dizer
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“NÃO”
e você tiver de escolher entre ficar aborrecido porque se manteve quieto diante do comportamento inconveniente de alguma pessoa ou agir para se defender, mas com chances de que ela se chateie, faça a cruzinha na segunda hipótese. Se alguém que trabalha ao seu lado costuma fazer brincadeiras de mau-gosto diante de outras pessoas e isso o incomoda. Se a sua namorada ou namorado tem o péssimo hábito de não cumprir horários e esse descompromisso o chateia. E você se desgasta porque não consegue dizer que gostaria que adotassem outro jeito de se comportar, está mais do que na hora de você mudar e aprender a ser mais assertivo. O primeiro passo na busca da assertividade é aprender a não ser agressivo. Saiba como se relacionar com as pessoas de maneira clara, direta, objetiva, mas sempre levando em conta os sentimentos que elas possuem e a circunstância em que se encontram. A comunicação assertiva tem por objetivo esclarecer situações obscuras, enevoadas que, por não serem discutidas de forma correta e permanecerem desconhecidas por pelo menos uma das partes, podem produzir desconfortos e mal-entendidos. Embora ao esclarecer situações que o incomodam, você deva evitar o tom de crítica, provavelmente a pessoa se sentirá criticada e tenta66 editorasermais.com.br
rá se defender com gracejos, risadas ou comentários que possam minimizar a importância do fato. Por isso, durante a conversa fale de maneira firme, sem hesitações, para deixar claro que o assunto é importante. Entretanto, repito, sem agressividade. Não dê uma de coitadinho. Nada de chororô. Se quiser ser respeitado e ouvido seja firme, olhe na direção do interlocutor sem fugir com os olhos, fale “para fora”, não fique esfregando as mãos ou cruzando e descruzando as pernas nervosamente. Mostre que você tem razão. Não existe atalho mágico. Por mais gentil e claro que você seja, ao dizer a uma pessoa que o procedi-
mento dela o desagrada, poderá provocar uma atitude defensiva e, em alguns casos, até agressiva. Por isso, prepare-se para enfrentar essas reações como sendo normais e fazendo parte do processo. O importante é saber que a situação deve ser resolvida, ou por ser errada, ou por ser injusta, ou porque o desagrada. Para dizer a alguém o que precisa ser dito com o fim de esclarecer mal-entendidos, marcar sua posição, reorientar rumos, tomar partido e até afastar da vida algum desconforto ou incômodo, será preciso conviver com algumas pessoas magoadas e, às vezes, até enfurecidas. Lógico que com jeito, traquejo e experiência essas inconveniências vão diminuindo, mas nunca desaparecerão totalmente. Cabe a você decidir se vale ou não a pena ser mais respeitado e viver uma vida plena e enfrentar alguns pequenos dissabores, ou continuar incomodado e até infeliz só para que as outras pessoas que o estão desconsiderando não sejam perturbadas.
Reinaldo Polito Mestre em Ciências da Comunicação, palestrante, professor de expressão verbal e autor consagrado. www.polito.com.br
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