Sermais edicao 30

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A revista Ser Mais é uma publicação mensal. Ano 3 | Nº 30 Diretor Editorial: Mauricio Sita Diretora Executiva: Julyana Rosa Diretora de Operações: Alessandra Ksenhuck Gerente de Projetos: Gleide Santos Projeto Gráfico: Henrique Melo Direção de Arte: Estúdio Mulata (www.estudiomulata.com.br) Relacionamento com o cliente: Claudia Lima Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968 assinaturas@revistasermais.com.br Cartas para a redação: Av. Rangel Pestana, 1.105 – 3º andar. São Paulo - CEP 03001-000 redacao@revistasermais.com.br http://twitter.com/revistasermais Skype: revistasermais Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e email. A Ser Mais reserva-se o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas. O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax, telefone ou e-mail); e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque. Central do Anunciante: publicidade@revistasermais.com.br [11] 2691-6706 Representante Comercial – Região Sul: Beth Meger Rua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509 Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898 Ser Mais é a revista oficial da Associação Brasileira de Desenvolvimento Comportamental (ABDCOM). Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A Cadastre-se no site www.revistasermais.com.br para receber nossa newsletter. Impressão e Acabamento: Vox

“Caro Leitor” Sucessão familiar nas franquias Criando times de alta performance Up to date Cidadão 21 Sacolinha: ser ou não ser? Moda, beleza e estilo 2.0 Coaching - André Percia +otimista - Generosidade atrai prosperidade MANUAL DO SUCESSO Empreendedorismo: individualismo ou competência? Panorama e perspectivas do assédio no ambiente de trabalho

48 Gestão de Pessoas: o que não fazer... (Parte IV) 50 Construindo resultados em vendas 52 Sucessão familiar: como garantir a continuidade da empresa entre parentes 54 O sonho da casa própria 56 Fun Learning 58 Não basta saber, é preciso fazer 59 No alvo 62 +vitrine 64 Gaudencio responde 66 +Expressão – Quando vale a pena dizer não Sigam-nos no twitter:

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Especialistas nesta edição Adriano Cesar

4 editorasermais.com.br Marcelo Ortega

Alexandre Prates

André Percia

Cesar Romão

Coriolano Xavier

Dalmir Sant’Anna

Evaldo Costa

Glauco Pinheiro da Cruz

Marco Barroso

Mauro Calil

Ômar Souki

Paulo Gaudencio

Reinaldo Polito

Sônia Mascaro Nascimento

Thaís Mayumi Kurita


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Vantagens e desvantagens do trabalho Home Office

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CAPA Atitudes transformadoras

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Jogo Rápido Tatá Cury

Inovação no atendimento

Toda EAD é online?

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EDITORAL Caro leitor, Nesta edição da sua Ser Mais você encontrará a continuação da matéria de capa “Atitudes Transformadoras”, escrita pelo palestrante Cesar Romão. É uma ótima oportunidade para parar e refletir sobre suas ações, como elas têm influenciado em sua vida e como podem, de forma inteligente, passar a trabalhar por e para você. Imagine que a mudança de hábitos e a maneira como encara o dia a dia podem transformar para melhor a sua carreira e até os seus relacionamentos! Além deste texto que promete realmente colaborar ao seu desenvolvimento, a equipe da Ser Mais traz duas matérias quentíssimas sobre trabalho a distância e outra sobre o uso de tablets nas empresas. Ambos assuntos estão em pauta e têm tudo a ver com o momento em que vivemos, da constante atualização para o mercado e das evoluções tecnológicas. É praticamente impossível negar que, depois dos computadores, os tablets também vieram para ficar e hoje têm mais do que o uso pessoal, mas profissional. Se você ainda não sabe como funcionam e podem ser utilizados no mundo corporativo, fica a dica. O segundo texto tem tudo a ver também com empreendedorismo. Muitos profissionais hoje trabalham de sua residência e possuem seus próprios clientes. Quem sabe não é a deixa para que abra o seu negócio? Empregador ou colaborador? A sua escolha pode estar nas próximas páginas da revista. E já que a temática desta edição passa por mudanças pessoais e profissionais, por que não falar de franquias? O grande dilema de quem já tem a sua e pretende passá-la adiante na família pode ser a sucessão. Como fazê-la? Como orientar melhor os “herdeiros”? No artigo assinado pela Dra. Thaís Mauymi Kurita estão relacionadas algumas soluções para os problemas dessa etapa pela qual o negócio passa, inclusive as jurídicas. O texto vale igualmente para quem tem planos para o futuro, deseja abrir a sua franquia. No Jogo Rápido há ainda uma breve entrevista com a banqueteira Tatá Cury. A chef fala sobre novos negócios em sua área e dá dicas para quem deseja atuar nela. No mais, há diversos outros conteúdos especialmente preparados para o seu aprimoramento. São de assuntos variados e complementares aos citados. Boa leitura! Julyana Rosa Diretora executiva Editora Ser Mais

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´ MAYUMI KURITA ARTIGO DRA. THAIS

Sucessão familiar nas

N

franquias

ão raras são as vezes nas quais as cláusulas fatais dos contratos de franquias são fortemente questionadas, pois levam o contrato à rescisão súbita, imediatamente após a ocorrência do fato. A mais preocupante, na maioria dos casos, é a que trata da sucessão em caso de morte do operador da loja, afinal, grande parte das franquias, além de ser uma realização pessoal, é contratada pensando num negócio que será passado de pai para filho. Antes de chegar ao tema proposto, é importante lembrar o conceito de franquia empresarial, trazido pelo artigo 2º da lei 8955/94: “Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício.”.

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Na maioria das vezes, a relação de franquia é concedida em caráter personalíssimo (cláusula intuitu personae), com o objetivo de aumentar a padronização da rede por meio da escolha de franqueados parecidos entre si, o que facilita a manutenção do padrão, que é a base de um sistema de franquia. Por esse motivo, nesses casos, o franqueado deve realizar o treinamento, devendo ainda ser o responsável pela operação e administração da unidade franqueada. Diante do caráter personalíssimo do contrato, do impedimento da pessoa física sobre a qual recai tal caráter em dar continuidade às atividades que lhe foram franqueadas, o contrato pode ser rescindido imediatamente. A grande preocupação que se apresenta no momento da formalização do contrato, é que parece injusta a rescisão abrupta de algo que o operador não possui controle sobre – aliás, ninguém possui, que é o advento da morte ou de acidente ou doença que venha a acometê-lo de forma irremediável. E a família, nesses casos, como fica? E os frutos gerados pelo desenvolvimento das atividades comerciais, para onde vão?


A resposta mais simples é a que decorre da lei: no momento da morte, abre-se a sucessão, de forma que o que pode ser aferido economicamente, poderá ou deverá ser partilhado aos herdeiros. Mas em se tratando de uma relação de franquia, na qual existem diversas peculiaridades, resta uma dúvida: com o falecimento do sócio-operador da franquia, a sua participação no negócio é automaticamente transferida aos seus herdeiros? A lei de franquia é silente sobre a questão, de forma que, por se tratar de um contrato que possui caráter personalíssimo, é importante trazer uma previsão expressa sobre a

questão da sucessão, como é o caso da possibilidade dos herdeiros condicionados à aprovação do perfil por parte do franqueador – tomarem para si a operação. É importante destacar que a cláusula de sucessão de franquia, devidamente assinada pelas partes, deve ser respeitada em razão da força

Pequenos negócios são os que apresentam mais obstáculos para permanecerem rentáveis após a morte de seu principal representante.

vida interessantes para seus filhos, levando-os à faculdade, a cursos no exterior – oportunidades que muitos daqueles não tiveram – o que acaba naturalmente afastando seus herdeiros do pequeno negócio da família. É exatamente isso que os pais querem para seus filhos, grandes oportunidades e chances melhores, para uma vida menos sacrificada (pois pais pensam que são sempre paradigmas), mas paradoxalmente esses mesmos pais que geraram todas essas oportunidades, acabam frustrados por não poderem contar com seus filhos no negócio da família, ou ainda, as oportunidades não geraram os

vinculante do contrato, que cria lei entre o franqueado e o franqueador. Equivocadamente alguns contratos ignoram, efetivamente não trazem a cláusula que impele força vinculante aos herdeiros e sucessores, interpretando erroneamente que a presença dessa cláusula significaria aceitação automática dos herdeiros como operadores. Evidente que não se trata disso, mas sim, como dito anteriormente, o que lá está acordado, deve ser respeitado pelos herdeiros, inclusive. Mas apenas a previsão contratual não basta, sobretudo quando o negócio franqueado é de onde se tira o sustento familiar; é preciso criar as condições necessárias para que o negócio permaneça rentável na falta do operador. Esse é um grande desafio para um setor que pode viver, em curto espaço de tempo, uma paradoxal transição. Paradoxal e inevitável: com um negócio próspero, boa parte desses franqueados criou condições de

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frutos sonhados, levando pais e filhos a encararem o dia a dia de uma operação, muitas vezes, sem entenderem muito bem o que fazem ali. Pequenos negócios são os que apresentam mais obstáculos para permanecerem rentáveis após a morte de seu principal representante, isso porque seu faturamento não permite a contratação de um sucessor profissional, como acontece em grandes e médias empresas. Por isso, preparar o herdeiro é o caminho esperado e natural. É preciso que o herdeiro tenha interesse em assumir o negócio e seja efetivamente preparado. Por efetivamente entenda-se participar da operação, das rotinas empresariais que requer o negócio. E aquele que será eventualmente sucedido, deve prestar atenção se há naquele alguma felicidade em abraçar tais tarefas, uma aderência natural dos comandados a essa nova liderança, caso contrário, é muito provável que a operação herdada chegue ao fim da linha antes que se possa fazer algo para mudar esse previsível e cruel destino, ou que seja um fardo, um “presente de grego”.

O que muitas vezes pode atrapalhar esse processo de sucessão, é justamente o olhar paterno/materno, muitas vezes turvo, e outras tantas, leniente. Assim, prestar atenção e ter coragem para concluir que talvez o herdeiro não possa ser seu natural sucessor, reconhecendo suas dificuldades, pode significar uma correção de percurso no tempo certo, seja para antecipar o trespasse do negócio, seja por conseguir um novo sócio para o negócio. Para tanto, é importante analisar cuidadosamente o que dispõe o contrato de franquia no tocante à sucessão hereditária, trespasse e inclusão de novo sócio. O contrato de franquia pode ter previsto que, com a morte do operador (I) o contrato se encerra de pleno direito; (II) os herdeiros poderão operar a franquia, desde que aprovados pelo franqueador; e, por fim, (III) que a franqueadora será remunerada para administrar a franquia até que um novo franqueado decida adquirir a operação. Essa última é uma opção da franqueadora, que poderá ou não fazê-lo. Por mais injusto que pareça, não podemos esquecer que existem razões plausíveis para que o franqueador tenha a prerrogativa de escolher qualquer uma das opções, uma vez que características pessoais não necessariamente são herdáveis; a franqueadora não pode ficar à mercê de um herdeiro que não tem as características necessárias e essenciais para a regular administração do negócio franqueado. Por mais piegas que possa ser, a morte faz parte do ciclo da vida, mas verdade é que nunca estamos preparados para ela. Assim, já que é impossível enganá-la, que seja possível, então, diminuir o impacto da ausência, deixando um futuro próspero para os que ficam.

Dra. Thaís Mayumi Kurita

Sócia do escritório KBM Advogados, especializado em franquias. Atua nas áreas de direito societário, contratos e cível. www.kbmadvogados.com.br 10 editorasermais.com.br


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ARTIGO ALEXANDRE PRATES

Criando times de ALTA PERFORMANCE

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sonho de toda empresa é conquistar um time que se comprometa com os seus objetivos e seja focado em resultados. Ao mesmo tempo, que haja confiança mútua entre os membros e um grande senso de união e respeito. Características presentes nos chamados TIMES DE ALTA PERFORMANCE. Durante minha vivência como executivo, quando liderava equipes e desenvolvia pessoas, e atualmente em minha carreira como empresário e consultor, constatei que o único elemento que pode tornar real o sonho das empresas e líderes em ter um time de alta performance é a COMUNICAÇÃO. Quanto mais investigo os problemas organizacionais, mais percebo processos de comunicação ineficientes e imaturos, que prejudicam o planejamento, os procedimentos, as vendas, os relacionamentos, enfim, toda a empresa. Dentre os problemas de

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comunicação mais comuns, destaco a imaturidade para fornecer e receber feedback. É muito comum um líder que não consegue fornecer feedback de qualidade aos seus colaboradores. Muitos líderes fogem deste momento por receio de ofender sua equipe e assim desmotivá-la ou criar alguma situação desconfortável. E o mesmo ocorre quando o feedback é dos liderados para o líder. Além de dificilmente o líder aceitar esse tipo de opinião de seus colaboradores, os mesmos não o fazem por medo de represálias, e as deficiências continuam a prejudicar a empresa. Sem contar que isso se estende aos pares de trabalho, quando o gerente de uma área quer corrigir uma determinada ação de outra área. É muito comum que um líder se ofenda quando recebe uma devolutiva negativa sobre o trabalho de um de seus colaboradores, pois isto conota que não está cuidando dos seus liderados. E o que isso acarreta? Simples, cada um cuida do seu e ninguém se intromete na área de ninguém. A solução para isso é uma só:

É preciso que o líder e seus colaboradores adquiram maturidade para compreender que existe algo maior do que seus próprios egos e encarar o feedback como uma proposta de crescimento e mudança. Todos estão ali para atingir uma única missão, fazer a empresa prosperar. Quando eu coloco o meu ego acima dessa proposta, o resultado é simples: um agrupamento de pessoas que só produzem um resultado, a estagnação. A verdadeira missão do feedback é gerar motivação e mudança. Não é sinônimo de bronca, portanto não o ofereça apenas para corrigir, faça também para motivar. Feedback positivo motiva e faz bem!

Alexandre Prates Especialista em liderança, desenvolvimento humano e performance organizacional. É também Master Coach e autor de livros. www.ica.com.br


´ MATERIA BARTIRA BETINI

INOVAÇÃO N

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ATENDIMENTO

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s tablets fazem parte de um gênero conhecido como killer app, que são aquelas tecnologias com “potencial matador” das tecnologias anteriores que eram utilizadas para fazer coisas semelhantes. Esse “potencial matador” se deve, entre outras coisas, ao fato dessa nova tecnologia ter condição de cumprir com o mesmo papel das tecnologias anteriores, só que com alguns avanços e ganhos de performance e produtividade. No caso do tablet, alguns aspectos aparentemente muito simples o tornam uma excelente alternativa ao laptop, como por exemplo a velocidade de uso que não depende de log in e log off, bastando abrir a capa para que ele se apresente imediatamente disponível. Outro ponto, é a praticidade e mobilidade. Por tratar-se de um equipamento compacto e leve, dispensa grandes arranjos para sua mobilidade e já é muito comum ver pessoas entrando e saindo de reuniões apenas com o seu em mãos.

Além disso, o representa um acesso fácil e imediato ao ambiente web, com acesso a e-mails, redes sociais e páginas da internet com grande facilidade. Um outro exemplo interessante é a facilidade que o tablet traz para trabalhos de campo na área de consultoria. Processos de diagnóstico, acompanhamentos de equipes de vendas e participação em reuniões dos clientes passaram a gerar muito mais informação e conteúdo. A nova tecnologia permite maior velocidade de acesso à informação e, por consequência, maior velocidade de resposta. Com o uso do tablet, é possível no meio de uma reunião pesquisar determinado assunto ou mesmo informações sobre determinada pessoa para um direcionamento mais adequado das abordagens. Ou seja, os pontos positivos são muitos e variados. Desde esse acesso imediato à web, o que permite grande velocidade de pesquisas e acesso a informação, bem como a constante conectividade e mobilidade. Além disso, o potencial de aumento da produtividade, editorasermais.com.br 13


pois os profissionais podem produzir serviços a qualquer momento ou em qualquer lugar, bastando que ele esteja conectado. “Um exemplo simples é o que acontece quando um voo é cancelado ou sofre grande nível de atraso. Com o tablet e o uso de serviços em nuvem, o usuário poderá facilmente encontrar maneiras de lidar com esse evento adverso sem prejudicar seriamente sua produtividade”, diz Scher Soares, presidente do Grupo Triunfo. E ele continua: “adotamos os tablets pela necessidade de mobilidade e conectividade, também pela efetividade dos recursos no que se refere a usá-los como plataformas de comunicação. Temos uma dinâmica de negócios bem específica que demanda elevado número de reuniões, encontros com clientes, downloads de arquivos e demais atividades que se beneficiam muito deles como ferramentas de trabalho”. Empresas Com a meta de alcançar um fatura-

mento de R$ 500 milhões (líquidos), a Dori Alimentos – indústria 100% nacional que atua no mercado de doces – adotou, na área de vendas, um sistema que informatiza os procedimentos realizados. A modernização demandou um investimento de R$ 500 milhões e transformou o setor dentro da empresa. Iniciado em julho de 2011, o sistema já está sendo utilizado por 150 colaboradores que incorporaram tablets na hora de emitir e conferir os pedidos de seus clientes. O aplicativo funciona no sistema operacional Android, sob o conceito de cloud computing – que permite a utilização de programas e aplicativos, sem que estes estejam instalados no hardware, por meio da internet. De acordo com Carlos Kawakami, gerente de TI da Dori Alimentos, os principais ganhos são relacionados à agilidade, pois com a nova ferramenta, a transmissão de informações como pedidos e faturamento, por exemplo, é online. “O

projeto foi um desafio muito grande, da aprovação até a implementação foram apenas três meses. Mas conseguimos fazer o lançamento na feira da ABAD, em Recife. Com o tablet, a equipe de vendas pôde consultar e mostrar o portfólio de produtos da Dori, além de emitir o pedido de compra em tempo real”, explica o gerente. Ainda segundo Kawakami, a empresa acompanha e gerencia o roteiro de visita dos vendedores em tempo real, via GPS. “Com uma equipe de vendas mais ágil e eficiente, ampliamos as chances de alcançar nosso objetivo estratégico de aumento de faturamento”, finaliza o gerente. Édem Davanzzo, sócio e diretor da Cristallo Lounge Anália Franco, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, conta que os os aparelhos foram adotados com o objetivo de digitalizar o cardápio e, com isso, proporcionar mais agilidade aos pedidos e modernidade na visualização por parte do cliente. “Optamos por

“Adotamos os tablets pela necessidade de mobilidade e conectividade. Também pela efetividade dos recursos no que se refere a usá-los como plataformas de comunicação.”

Scher Soares Presidente do Grupo Triunfo Crédito: divulgação

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Carlos Kawakami, gerente de TI da Dori Alimentos Crédito: divulgação

“Com uma equipe de vendas mais ágil e eficiente, ampliamos as chances de alcançar nosso objetivo estratégico de aumento de faturamento.” tablets porque são mais modernos e compactos. Disponibilizamos um por mesa, conectados através de um suporte desenvolvido especialmente para o nosso estabelecimento. O cliente pode visualizar os itens do cardápio com fotos e fazer seu pedido, independente do atendente. Os clientes que não sabem utilizar esses recursos são auxiliados por um atendente”. Dica “Quero chamar a atenção para um ponto que não podemos chamar de negativo, mas que merece nossas melhores reflexões. Refiro-me à tendência; à superficialidade e ao hábito de copiar que esse ambiente de constante conectividade pode criar em algumas pessoas. É preciso tomar cuidado para que não se perca o apreço pela pesquisa e, principalmente, pelo hábito de pensar em criar conteúdo. Com esse acesso fá-

cil a um ambiente com informações de todo o tipo, algumas pessoas ficam viciadas em procurar fórmulas prontas e conteúdo pronto para consumo. Nesse ponto #ficaadica, o usuário não deve corromper uma das funções básicas da tecnologia que é o aumento de conhecimento e a ampliação do patamar de qualidade”, completa Scher Soares. Ganhos com o uso de tablets • As reuniões de briefing da agência Triunfo Propaganda passaram a capturar maior volume de informação e mais referências. Com o tablet, os profissionais de atendimento gravam a conversa com o cliente e anexam fotos e demais referências visuais, que orientam o trabalho de criação. • As atividades de consultoria e treinamento passaram a contar com uma série de aplicativos, como mapas

mentais, fluxogramas, tabelas e planilhas que facilitam a captura e a organização das informações que servirão de base para um projeto. Além disso, há um ganho de velocidade, com a possibilidade de enviar arquivos de imediato, logo após as reuniões. • Há também os recursos de teleconferência por Skype. Assim, qualquer membro da equipe pode facilmente conversar em áudio e imagem com outras pessoas. • Outro ganho foi na área de comunicação e vendas, com convergência de recursos e amplo acesso aos clientes pelo ambiente web. Fonte: Scher Soares, presidente do Grupo Triunfo.

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^ SE ATUALIZAR UP 2 DATE NOVIDADES PARA VOCE

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1- Opção portátil de armazenamento Os pen drives, além de serem práticos para transportar arquivos, também podem ser usados para aumentar a capacidade armazenamento de tablets e notebooks. Para quem deseja praticidade, uma opção é o SanDisk Cruzer Fit com USB de apenas 5,4 milímetros. O acessório é pequeno só no tamanho, possui capacidades que vão de 2GB até 16GB. Além de atender do usuário doméstico ao mais experiente, que carrega grandes arquivos, a unidade tem proteção com senha pelo software SanDisk SecureAccess e 2GB de backup online (disponível opcionalmente), oferecidos pela empresa YuuWaa.

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2- Novidade para os gamers Acaba de ser lançada a versão na cor vermelha do Razer Naga Hex. O mouse foi desenvolvido para partidas de games MOBA (Multiplayer Online Battle Arena), RPGs e outros estilos de jogos. Nesta versão, o que muda é a cor, o periférico continua com os mesmos seis botões mecânicos de polegar do original. Com os comandos, o jogador consegue programar atalhos para suas habilidades, itens e utilizá-los com rapidez ao superar um inimigo ou se defender de ataques simultâneos. Seus botões mecânicos prometem agilidade e resistência e, segundo a fabricante, são capazes de registrar uma sequência de até 250 cliques por minuto.

3- Notebook ultrafino em terras tupiniquins A HP apresentou recentemente sua aposta para concorrer diretamente com os tablets e ultrabooks do mercado, o HP Folio13. A máquina vem com a proposta de proporcionar praticidade no transporte, já que mede 18 mm de espessura e pesa 1,499 kg. Suas principais características estão às vistas do consumidor, é fino e leve, mas também conta com boa autonomia de bateria, 9,5 horas. O equipamento, ainda de acordo com a empresa, é resistente, graças ao chassis metálico que pode proporcionar proteção contra impactos. Já sua tela é uma Brightview HD de 13.3 polegadas e o teclado vem com iluminação por leds, que facilita o uso em ambientes


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com pouca luz. O aparelho possui 128 GB de HD para armazenamento em SSD (Solid State Drive), 4GB de memória RAM e tem processador Intel ULV Core i5. Encontre em: www.lojahp.com.br

4- iPad ou note? Transforme seu iPad 2 em um verdadeiro notebook com o Notebook Case for iPad 2. O produto acopla teclado e até serve como case para o tablet, protegendo de riscos no transporte. Além de servir como proteção ao aparelho, tem bateria com autonomia para 55 horas com a carga completa, tempo para que o usuário consiga fazer outra recarga antes do desligamento do teclado externo. O item ainda vem com bluetooth 2.0 para uma conexão mais rápida

e possui entradas tanto USB como miniUSB. Produzido pela empresa japonesa Thanko, mais detalhes em: http://www.geekstuff4u.com/ notebook-case-for-ipad2.html

style-usb-stick-p-1233.html

5- Que cheirinho bom!

Melhor do que ter a companhia de um cachorro de estimação, é compreender os latidos dele. Parece difícil, não? Imagine, os japoneses já inventaram a solução para isso! O “Bowlingual Dog Voice Translator” é um aparelho para a tradução dos latidos do amigo canino. Para utilizálo, basta colocá-lo no cãozinho da mesma forma como a coleira. O eletrônico é capaz de identificar se o animal está triste, com fome e até triste. Disponível em: http://www. japantrendshop.com/bowlingualdog-voice-translator-p-720.html

Os aromas trazem memórias à tona, têm o poder de acalmar e de deixar o ambiente mais agradável. E, por que não levá-los ao escritório? O Aroma Style USB Stick é um difusor de aromas que funciona praticamente como um pen drive. O acessório é alimentado pela porta USB do computador, basta abastecê-lo com o óleo essencial de sua preferência e plugá-lo para começar a espalhar diferentes fragrâncias no ar. O item está à venda no site http://www. japantrendshop.com/PT-aroma-

6- Au, au! Agora meu dono entende o que digo

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ARTIGO MARCO BARROSO

Toda EAD

é online? O

que há em comum entre a Universidade de Chicago, o Instituto Hermod, na Suécia e a Universidade de Oxford, no final do século XIX? Além da educação formal até então ministrada nas salas de aula por um professor, iniciou-se a abertura de cursos por correspondência baseados em documentos impressos. Esta forma de educação a distância (EAD) surgiu como alternativa à busca de conhecimentos profissionais por indivíduos que ou residiam em locais afastados dos centros de ensino, ou não tinham frequentado a escola ou, ainda, que tinham fracassado em sua vida escolar. Com essa nova modalidade, aluno e professor raramente se comunicavam entre si e não era possível concretizar a interação entre aluno-aluno, pois os serviços de correio eram o canal de distribuição dos conteúdos. Não se pode afirmar que haja “uma progressão linear na educação a distância”, mas saltos tecnológicos distinguem gerações de EAD que vão sendo construídas, apoiadas pela evolução dos meios de transporte, 18 editorasermais.com.br

pelo aperfeiçoamento de serviços de correio e pelo desenvolvimento tecnológico no que se refere à comunicação e à informação. Ao lado, é apresentado um quadro sinótico com os principais marcos da Educação a Distância ao longo do tempo. Se verificarmos as modificações ocorridas, e tendo em mente a questão inicial, compreendemos que nem todas as formas de EAD são (e foram) online, mas também se tornam bastantes perceptíveis as evoluções entre os diversos níveis, que os avanços tecnológicos, as redes de tecnologia, permitiram e implicaram no seu desenvolvimento. Assim, no início do século XXI, vive-se numa sociedade dominada pela globalização onde a informação e a tecnologia prevalecem. Como consequência, os indivíduos são pressionados a adquirir cada vez mais competências em nível de instrumentos tecnológicos de comunicação e de informação. Podemos compreender que a educação a distância seja uma das modalidades do ensino e da aprendizagem em que se recorre aos suportes tecnológicos atuais. Tais suportes tornam-

-se um upgrade na promoção desse tipo de ensino entre aluno e professor e proporcionam um distanciamento temporal e/ou de flexibilidade espacial entre ambos. Consequentemente, o ensino e a aprendizagem constroem-se de uma forma assíncrona e a conexão entre aluno-professor baseia-se em tecnologias da comunicação, como a Internet. Atualmente preconiza-se o “blended learning”, isto é, “ensino misto” que consiste numa forma de combinar educação presencial, com educação online. Essa modalidade de ensino acolhe não só os benefícios da comunicação em tempo real, onde os participantes interagem “face a face”, mas também as vantagens propiciadas pela educação a distância, assíncrona. Desse modo, procura-se atender às necessidades individuais e coletivas dos aprendentes, conciliando-se trabalho e formação. Igualmente, associa-se a flexibilidade de tempo e de espaço, facultando ao aluno a obtenção de formação e conhecimento, mantendo-se no seu espaço físico e geográfico. Robin Mason e Carol Twigg defendem essa modalidade de educação


Podemos compreender que a educação a distância seja uma das modalidades do ensino e da aprendizagem em que se recorre aos suportes tecnológicos atuais. que pode ter diferentes tipologias, de acordo com premissas variadas, que se prendem, por exemplo, com os objetivos do curso, os domínios de estudo, as peculiaridades dos alunos, a formação dos professores, os espaços físicos e geográficos, os recursos online, entre outros. Nos dias de hoje, considerando-se as mudanças e os avanços tecnológicos e a competitividade no mundo do trabalho, classifica-se a educação a distância como uma modalidade de educação alternativa, capaz de ultrapassar os limites de tempo e do espaço. Nela devemos apostar fortemente como uma forma confiável e efetiva de ensino-aprendizagem.

Marco Barroso Mestrando em Gestão do Conhecimento e psicopedagogo, especialista em Pedagogia Empresarial. marcobarroso.com.br editorasermais.com.br 19


´ TECNOLOGIA | MATERIA - BARTIRA BETINI

Vantagens e desvantagens

do trabalho

HOME OFFICE

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ais de 30 milhões de brasileiros trabalham em casa, segundo dados do Censo do IBGE de 2010, e essa é uma tendência que deve triplicar nos próximos 20 anos. Os motivos são muitos: empresas com estrutura cada vez mais enxuta e o trajeto casa/trabalho, principalmente em cidades com trânsito como São Paulo e Rio de Janeiro, estão entre as principais “causas” dessa mudança. E uma novidade recente regulariza essa opção de trabalho criando regras claras entre empresa e funcionário. A alteração do artigo sexto da Lei 12.551, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), determina que todos os trabalhadores que executam suas atividades fora do

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local de trabalho, seja em casa ou a distância, passam a ter os mesmos direitos daqueles que exercem suas funções dentro das empresas. No entanto, para realmente ser um fator positivo é importante que a empresa tenha uma estrutura preparada para essa modalidade e a pessoa tenha o perfil adequado para esse tipo de trabalho. Muitas empresas contratam funcionários home office, que cumprem um horário de trabalho, com horário de almoço, folga nos finais de semana, direito a férias e 13º salário. “É uma tendência mundial e no lugar de ter vários postos de trabalho em cidades diferentes, optamos em manter funcionários home office, percebemos que dá certo quando há comprometimento de ambas as partes.”, acredita Jaqueline Gluck, sócia da


empresa Savannah Ações em Comunicação, localizada em São José dos Pinhais, em Cascavel, no sul do País. Para Jaqueline, o importante é o profissional home office cumprir com suas obrigações como se estivesse no ambiente de trabalho. “Por isso, logo na contratação deixo claro: preciso que o celular esteja ligado durante o horário combinado como horário de trabalho. Quando eu precisar, quero encontrar o profissional da mesma forma que encontro quando trabalhamos na mesma empresa, na sala ao lado. Com essas regras definidas, o trabalho tem dado certo.” Segundo o consultor especializado em Gestão de Pessoas, Eduardo Ferraz, é fundamental fazer uma análise do histórico de vida e o rastro profissional de cada candidato, evitando problemas e frustrações futuras, para ambas as partes. Porque para trabalhar bem em casa, segundo o consultor, a pessoa precisa ter algumas características básicas. Entre elas, ser disciplinada, pontual e organizada. “Se o funcionário já apresenta esses comportamentos

no ambiente de trabalho, ele também será assim em casa. O que vai mudar será apenas o contexto.”, diz Eduardo que também é autor do livro “Vencer é ser você”, da Editora Gente. Giovana Chiquim, jornalista da Savannah, que trabalha em casa, em Londrina, no Paraná, diz que conseguiu se adequar bem a rotina home office. “Tem vantagens como não perder tempo com deslocamento para chegar até o trabalho. E também melhorei muito minha qualidade de vida, já que é possível conciliar o trabalho com outras atividades e fazer as refeições em casa - o que é bom para a saúde e para o bolso”, brinca. Giovana conta que logo cedo resolve as pendências e urgências de trabalho na primeira hora da manhã. “Em seguida, posso andar na esteira. É a forma que encontrei de fazer atividade física. Se acontecer alguma coisa, posso interromper a atividade, sem problemas, porque já estou no meu local de trabalho”. A desvantagem é que é difícil se desligar do trabalho, inclusive nos finais de semana e fora do expediente.

“Checar os e-mails vira um vício. E como trabalho em casa, mesmo nas horas de lazer, continuo no ambiente de trabalho. Por isso, disciplina é fundamental. Acordar cedo todos os dias, estabelecer uma rotina para horário de almoço, por exemplo, como se você estivesse numa empresa. É preciso também ter um local adequado (ambiente reservado) para trabalhar em casa, como um escritório, para não se envolver com as atividades dos outros moradores”, aconselha a profissional. Agora Eduardo alerta: o profissional que, ao contrário, precisa trabalhar em equipe, gosta de trocar ideias com várias pessoas e que é muito sociável, certamente terá dificuldades para trabalhar isolado em casa. “Mesmo que no curto prazo a alternativa se mostre atraente, em médio e longo prazo ele não vai aguentar”. Para evitar a perda de contato com a empresa, ele sugere visitas regulares. “Você trabalha em casa, mas ainda faz parte da estrutura social e política da empresa. É importante estar atualizado e informado sobre o que está acontecendo no dia a dia

“Tem vantagens como não perder tempo com deslocamento para chegar até o trabalho. E também melhorei muito minha qualidade de vida.”

Giovana Chiquim, 33 anos, Londrina, assessora de imprensa

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da companhia. Pelo menos uma ou duas vezes na semana, vá trabalhar com a equipe no escritório para ver e ser visto”, finaliza. Como ser profissional e trabalhar bem em casa 1. Veja se você tem perfil adequado para trabalhar em casa. É preciso ter iniciativa e fugir do isolamento. Analise as opções de atividades que podem ser executadas em casa e suas possibilidades de ganho. 2. Desenvolva um plano de negócios e uma estratégia de marketing. O Sebrae tem cursos gratuitos pela internet que podem ajudar nessa fase. Acesse o site do Sebrae (www. sebrae.com.br), clique em “Aprenda com o SEBRAE” e, no submenu, clique em “cursos pela internet”. 3. Lide com a burocracia: registro

Eduardo Ferraz, consultor especializado em Gestão de Pessoas

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de marca (acesse o site do INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial), domínio na internet (acesse o site registro.br), abertura de empresa, alvará na prefeitura, leis de zoneamento, dentre outros. 4. Construa uma estrutura financeira. O ideal é obter o máximo de informação sobre como gerenciar as finanças. Livros e cursos contam bastante. Um gerente de banco que

Porque para trabalhar bem em casa, a pessoa precisa ter algumas características básicas. Entre elas, ser disciplinada, pontual e organizada. se disponibilize a ajudar pode ser importante. Um ótimo contador é imprescindível. 5. Monte seu escritório. Selecione um espaço próprio. Adquira o equipamento, mobiliário específico para escritório e artigos de almoxarifado necessários. 6. Procure instalar uma entrada independente para receber clientes, fornecedores ou mesmo para a entrada de funcionários. Isso dá um ar mais profissional ao negócio. Não há nada pior do que atravessar a sala, onde a criançada está na maior folia ou a família está se alimentando, para chegar ao balcão de uma empresa, caso opte por abrir o próprio negócio. 7. Planeje com cuidado o espaço da casa que você ocupará para trabalhar, até mesmo adotando tratamento acústico nas paredes, para que sons de atividades domésticas (como crianças, televisão e aparelhos de som) não interfiram em seus telefonemas. 8. Tenha uma linha telefônica exclusiva para o negócio. Atenda sempre de modo formal e, na sua ausência, prefira a secretária eletrônica à ajuda de familiares para anotar recados. Estude o caso de contratar os serviços de escritórios virtuais. Com eles, você pode ou não ter um espaço para trabalhar, pode alugar salas apenas para reuniões e usar diversos serviços, como os de co-

piadora, motoboy, recebimento de correspondência, atendimento telefônico profissional, por exemplo. 9. Se abrir a sua empresa, registre um domínio na internet para a criação do site dela. Para isso você precisa pagar uma taxa anual ao órgão responsável pelo registro de domínios (www.registro.br). O site é um ótimo cartão de visitas e ajuda a dar credibilidade a um novo negócio. Além disso, ao registrar o domínio, você também recebe um e-mail (voce@suaempresa.com.br), o que dá uma aparência mais profissional aos contatos feitos com clientes e fornecedores. 10. Defina horários para o início e o término do expediente. Um pouco de disciplina nos horários não faz mal a ninguém e ajuda na sua qualidade de vida e na de sua família. 11. Organize e administre bem seu tempo. Cumpra prazos e compromissos com o cliente. Não é porque você está numa “garagem” que não precisa ser pontual, ter bom preço e produtos de qualidade. 12. Estabeleça regras claras com sua família, para não misturar problemas e situações da vida doméstica com as da empresa. Separe a pessoa física da pessoa jurídica. O caixa da empresa não pode ser confundido com o cofrinho da família. 13. Cuide da aparência. Não é porque está trabalhando em casa que pode apresentar-se de chinelo ou de camiseta furada. Vista-se como se fosse ao escritório. A aparência conta pontos preciosos na conquista de respeito e confiança de clientes, fornecedores e empregados. 14. Lance mão de terceirizar serviços, como entregas, cópias ou fabricação. 15. Desenvolva o material de marketing: cartões de visita, material de vendas e amostras. Associe-se a entidades dentro da sua área de atuação.


´ POR UM PLANETA SUSTENTAVEL

Sustentável e descolada E do container se fez a loja. Quem vê caminhões carregados em direção ao porto, sequer poderia imaginar que, um dia, parte deles poderia se transformar em belos estabelecimentos comerciais. É o caso da “Container Ecology Store”, que nasceu em Xangri-lá, litoral do Rio Grande do Sul, pelas mãos do empresário André Kai. A loja está presente em cidades espalhadas por todo o Brasil e, desde 2008, é também franquia. Além de sua estrutura, também são compostos por materiais reciclados as araras, feitas com corrimãos de ônibus, e os decks, produzidos com casca de arroz. A cada estabelecimento novo, segundo dados da empresa que comercializa a franquia, são poupadas 500 árvores; normalmente utilizadas nas construções tradicionais. Mais informações em: http://www.lojacontainer.com.br

GM e a fábrica

SUSTENTÁVEL

A General Motors está com um investimento de mais de R$ 1 bilhão para construir seu complexo industrial de Joinville. A novidade é que o empreendimento tem iniciativas sustentáveis, como o primeiro sistema de geração de energia fotovoltaica da indústria automotiva brasileira. Também sairá na frente no quesito reciclagem, reciclando 100% dos resíduos industriais. Além de incorporar o tratamento de efluentes e esgotos por meio de jardins filtrantes e reaproveitamento da água industrial pela osmose reversa, processo para a separação de sedimentos. A nova unidade será inaugurada até o final do ano.

Menor emissão de carbono

A Dori Alimentos acaba de instalar em sua matriz, localizada em Marília, um sistema de lavagem de gases para caldeiras que reduz as emissões de CO2. A tecnologia faz parte do processo de queima da casca de amendoim e possibilita, ao mesmo tempo, o tratamento dos resíduos sólidos lançados na rede de esgoto. Em outra unidade, situada no Paraná, na cidade de Rolândia, a bola da vez é a geração de energia renovável por processos de biomassa. Essa fábrica está utilizando o efluente tratado para a irrigação de uma área agrícola de 150 mil metros quadrados, destinada ao plantio de feno e eucaliptos.

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ARTIGO CORIOLANO XAVIER

Sacolinha:

ser ou não ser?

O

utro dia fui comprar chocolate no supermercado, como faço habitualmente. Daí veio a surpresa na velha rotina: “não temos sacolinha”, disse a jovem do checkout, escudada na lei que alvejou as sacolas plásticas descartáveis nesse comércio. O que se seguiu foi um desajeitado manejo das guloseimas durante o trânsito e outros afazeres, até chegarem ao destino – em estado de razoável viscosidade. Apesar do desconforto, e mesmo sendo defensor do arbítrio do consumidor, não vou aqui defender o direito das pessoas à conveniência absoluta, pois o mundo mudou e precisamos, todos, rever conceitos. A poluição está aumentando? Sim. A temperatura da Terra também? Sim. Então, não há porque dinamitar atitudes de mudança contributivas, mesmo que tenham um balanço de eco-eficiência mais modesto. Se a margem de contribuição é positiva, ponto. O caso das sacolinhas plásticas dos supermercados é um ícone dessa questão. Primeiro a constitucionalidade da lei foi questionada, daí ela virou acordo setorial e depois ganhou uma espécie de moratória de dois meses, até o “dia D” da proscrição das sacolinhas.

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Enquanto acontecia tudo isso, o que mais se discutiu foi como serão as compras agora, ou se vai ter sacola biodegradável para todo mundo, se é pertinente cobrar por ela, qual seria o valor, ou como ficam as sacolas retornáveis. Muito pouco se debateu sobre o suposto ganho ambiental da medida. Ganho ambiental Calcula-se que em São Paulo são usadas mais de 600 milhões de sacolas descartáveis por mês. No Estado, estima-se um volume mensal de 2,5 a 3 bilhões de sacolas. Há quem fale em números menores, mais próximos à metade disso, mas não deixa de ser uma coisa simples que assume proporções gigantescas. Retirar esse volume de circulação representa ganhos ambientais? Aparentemente sim, principalmente pensando-se nas grandes metrópoles: redução do impacto das sacolas nas enchentes das cidades; redução da sua destinação inadequada para rios, lagos, mar e outros locais onde prejudiquem a fauna; e contribuição para a equação do aquecimento global, já que são um subproduto do petróleo – um dos causadores do aquecimento. Como se vê, muito da percepção de impacto ambiental das sacolinhas vem do desperdício, do descarte incorreto e até de aspectos estruturais, como a inexistência de sistemas eficazes de coleta seletiva de lixo. Mas como é sempre mais fácil rotular um vilão do que olhar sistemicamente para o problema, a sacolinha paga o pato (ela tem sim, a sua culpabilidade) e não se encaminham soluções mais abrangentes e profundas para o meio ambiente, simplesmente porque não se pensa nelas. Olhar sistêmico Isso tudo vai custar alguma coisa para o consumidor? Provavelmente sim, pois ele pode ter alguma despesa com sacolas retornáveis, ou na compra de sacos de lixo, ou na ado-

ção de outras formas de transporte dos gêneros que comprar. Contudo, não vamos esquecer que as tradicionais sacolinhas tinham um custo de R$ 0,15 a 0,20 para o comércio e isso era naturalmente repassado aos consumidores. De outro lado, já foram feitos estudos sobre o ciclo de vida e emissão de CO2 de sacolas de algodão, ecobags, sacos de papel, papelão, sacolas plásticas tradicionais ou biodegradáveis e as opções de material plástico não foram as de pior desempenho em consumo de matéria-prima e pegada de carbono. Contudo, em eco-eficiência não é somente o olhar íntrínseco ao produto que conta, mas sim uma visão sistêmica que o analise em todas as suas interfaces na sociedade – da sua funcionalidade especifica a extensões de uso e manejos de descarte. A tecnologia pode fazer alguma coisa? Ainda não, mas que ninguém duvide do poder da ciência. O poliuretano (plástico) é um dos materiais mais versáteis e resistentes, desenvolvidos pelo homem. Hoje, ele está presente em tudo. Mas, por seus aspectos de degradabilidade, de recurso festejado transformou-se em preocupação ambiental, sem solução realista à vista. Recentemente, uma expedição de estudantes de Yale, pesquisando plantas nas florestas tropicais do Equador, sob a liderança do Prof. Scott

Strobel, descobriu um fungo que tem a surpreendente capacidade de digerir plásticos e sobrevive em ambientes anaeróbios (sem oxigênio). O fungo recebeu o nome de Pestalotiopsis microspora e a pesquisa sobre o processo de decomposição do plástico que ele induz já foi publicada pelos alunos da expedição. Talvez, um dia esse fungo possa ser aplicado nas profundezas de aterros sanitários e neutralizar milhões de toneladas de plástico. Mas, por enquanto, isso é apenas uma promessa; talvez um sonho. Novos paradigmas E assim voltamos ao nosso mundo da sacolinha. Chegamos a um ponto em que tudo o que represente ganho ambiental tem que ser feito, tem que ser tentado, sem paixões e com a racionalidade da tecnologia. Nosso horizonte não é hoje, ou o ano que vem, mas sim os 9 bilhões de seres humanos que habitarão o planeta, em cerca de 30 anos. E isso não tem negociação, é direito à vida. Nessa perspectiva, é imperativo mudar, edificar uma nova cultura e preparar um mundo novo. Assim contextualizado, o caso das sacolinhas torna-se emblemático e por isso digo: abaixo a sacolinha! Mas tem que fazer isso com transparência, democratização da informação, consciência e educação social. Sem isso não criaremos novos paradigmas e é disso que estamos precisando na questão ambiental.

Coriolano Xavier Professor do Núcleo de Estudos do Agronegócio da ESPM e membro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável. www.agriculturasustentavel.org.br

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MODA, BELEZA E ESTILO

Remoção a jato!

MAKE DE GATA Se para você o batom, além de cosmético, é item de colecionador, vai adorar os da marca Paul & Joe. Eles têm formato de gatinho e a embalagem é uma graça, com estampas vivas em um estilo clássico, que remete às maquiagens e cosméticos usados nos anos 1920 e 1930. Os tons variam desde rosados até corais e marrons, e a textura cremosa apresenta um leve toque de brilho. Os outros produtos da marca também trazem motivos felinos, como o blush e o pó compacto, que esbanjam estilo e dão um toque muito sofisticado ao seu nécessaire.

Loiríssima

Esse é para as loiras que desejam clarear ainda mais suas madeixas. O Go Blonder, da John Frieda, é um spray composto por camomila, água oxigenada e citrus que clareia a tonalidade dos fios, dando a eles o efeito de luzes, visível após três ou cinco aplicações. Basta borrifar o produto nos cabelos úmidos, deixá-los secar ao sol ou então usar secador. Os fios ganham um look praieiro sem ficar pesados ou com a aparência oleosa. O produto deve ser usado apenas em cabelos claros, caso contrário não surtirá efeito. É possível encontrar o produto à venda no site da marca e em outros, voltados ao segmento de cosméticos. 26 editorasermais.com.br

Sempre bate aquela preguiça de tirar o esmalte das unhas, mesmo que um removedor de esmaltes e um algodão facilitem este trabalho. Para tornar as coisas ainda mais simples, a Sephora lançou o Express Nail Polish Remover, produto que promete revolucionar a remoção de esmaltes. Basta colocar o dedo dentro da espuma que reveste a parte interna do frasco vermelho, girá-lo por alguns segundos e pronto! O esmalte é totalmente removido! Com propriedades que hidratam as unhas e sem acetona na composição, o produto não está à venda no Brasil e pode ser encontrado no site da marca (www.sephora.com).

SEM SOMBRA DE DÚVIDA Todo final de festa é a mesma história: aquela sua sombra preta toda borrada, escorrendo no canto dos olhos, acumulada em uma região específica das pálpebras. Pare evitar este transtorno é aconselhável usar um produto que conserve a durabilidade da maquiagem. Aposte nos fixadores de sombra que, aplicados antes dela, mantêm a produção firme por mais tempo. Só não exagere na quantidade, pois o excesso pode comprometer a aplicação do produto. Este fixador em gel, da Mary Kay, custa em torno de R$ 41 e ainda evita que a sombra fique craquelada.

Toque marcante O perfume Bulgari – Omnia Amethyste não traz apenas uma embalagem exótica e moderna, mas também toques diferentes em sua composição, como toranja e rosa búlgara. As fragrâncias florais e amadeiradas tornam este produto típico para a mulher que gosta de ousar na produção e opta por aromas marcantes. Afinal, não é apenas a embalagem que garante presença em ocasiões especiais.


NOVIDADES DO MUNDO DA WEB

E

Aprendizado em 3D

ntre as diversas formas para aprender idiomas, surge uma que tem proposta diferenciada, o Inglês 3D. Imagine andar por ambientes virtuais e ainda poder praticar o inglês. A proposta lembra um pouco jogos que simulam a vida real, nos quais é possível interagir com os diversos jogadores e personagens. No caso da “escola virtual”, tais jogadores seriam professores e outros alunos, com a diferença de serem pessoas reais. Para utilizar, é preciso contratar algum dos planos do site que, a partir da compra, ficam disponíveis 24h por dia. Mais informações em: http://inglesonline3d.com.br

Cuidados na REDE SOCIAL O Norton, antivírus da empresa Symantec, acaba de elaborar uma série de dicas para que você mantenha seu perfil sempre saudável no Facebook. A rede social é a maior mídia colaborativa, processa 26 bilhões de conteúdos e promove dois trilhões de cliques na própria rede. Tendo esses dados em vista, também atrai cada vez mais malfeitores virtuais e cibercriminosos. Para evitá-los, bastam apenas alguns cuidados como: não permitir acesso a dados pessoais a aplicativos desconhecidos e/ou suspeitos, não copiar endereços na barra de navegação, entre outros. Todas essas dicas e muitas outras estão concentradas em um infográfico que pode ser baixado pelo Facebook da Editora Ser Mais: http://www.facebook.com/editorasermais/photos

Rede social corporativa Em tempos de redes sociais e que o relacionamento pode render contatos para indicações de emprego e/ou negócios, as empresas agora possuem uma opção para lançar a sua. Tanto é que a R18 Comunicação e Tecnologia acaba de colocar no mercado a ferramenta Working Social. A interface desenvolvida para a web alia conceitos da produtividade empresarial com as redes sociais. A ideia é propiciar a comunicação e a conexão de todos os departamentos e colaboradores de uma companhia. É um espaço como o das tradicionais, mas voltado ao âmbito corporativo, em que os funcionários podem criar seus perfis e compartilhar informações, assim como lançar comunidades específicas. Além disso, ainda permite : mapeamento de informação e organização dos arquivos da empresa e a criação de aplicativos exclusivos. Mais detalhes em: www.workingsocial.com.br

Tecnologia em prol da saúde infantil A Telit Wireless Solutions, em parceria com a empresa de M2M do Reino Unido, desenvolveu uma forma de as clínicas rurais africanas receberem rapidamente os resultados de testes de HIV em mães gestantes por comunicação sem fio. A iniciativa contempla uma pequena impressora que incorpora o protocolo SMS (serviço de mensagem curta) e é usada para receber os resultados laboratoriais, além de módulos de envio instalados nos laboratórios. Com isso, as mães portadoras do HIV começam o tratamento mais cedo com drogas anti-retrovirais, diminuindo em 40% as chances de contaminação dos pequenos com o vírus. Atualmente 400 clínicas estão equipadas com as impressoras em Moçambique, mas, ainda, metade das crianças recém-nascidas do país morrem de HIV até os dois anos de vida.

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´ PERCIA COACHING ANDRE

COACHING E PROFISSÃO

N

o âmbito profissional, pode-se fazer Coaching Executivo (ou de Carreira) e Corporativo.

Coaching Executivo – Voltado para trabalhar pessoas detentoras de autoridade tais como executivos-chefes, vice-presidentes e membros da diretoria. Ideal para melhorar seu desempenho, visões, metas e trabalhar seus desafios, e sua influência pode se estender para toda organização. Muitos profissionais que já construíram resultados significativos buscam o coaching para atingir resultados ainda mais significativos com seu potencial, aumentando seu autocontrole e lidando melhor com suas responsabilidades, sustentado por seus valores mais fortes. O Coaching Executivo deve levar em consideração o indivíduo e a organização, onde o cliente é ao mesmo tempo uma pessoa e um membro de um contexto mais amplo, onde cliente e organização se interinfluenciam. O profissional de coaching deve ser sensível a todos estes fatores, incluindo trabalhos e questionamentos, os quais considere estilos de liderança e influência das decisões

deste líder sobre o grupo. Treinamentos, por mais importantes que sejam, carecem de processos de acompanhamento para o desenvolvimento efetivo do que foi aprendido, ao passo que o coaching acaba sendo um investimento, o qual contribui para com o aumento da produtividade e da lucratividade. O profissional de Coaching Executivo deve escolher a abordagem para trabalhar levando em consideração o que se pretende realizar. Terá um papel crucial para trabalhar todos os envolvidos, considerando a estratégia, visão e valores da organização, dando sustentação aos negócios com ações de curto, médio e longo prazo coordenados, gerando mais congruência no grupo e contribuindo para a consolidação de sua expressão no mercado. COACHING CORPORATIVO Aqui, muitas vezes, o cliente não é uma pessoa, mas a empresa onde essa pessoa assistida trabalha, e aquele profissional pode ser trabalhado para ter seu resultado mais congruente com os objetivos da organização. O coach necessitará inteirar-se com o que significa ser um “líder” naquele contexto e seu bom

O profissional de Coaching Executivo deve escolher a abordagem para trabalhar levando em consideração o que se pretende realizar, e terá um papel crucial para trabalhar todos os envolvidos, considerando a estratégia, visão e valores da organização. 28 editorasermais.com.br

relacionamento com o cliente ajudará que se chegue a um planejamento para mudanças comportamentais eficazes. O líder precisa estar disposto a comprometer-se usando sua capacidade e experiênciapara assumir seu cargo. Coaching é feito, segundo o Dr. Lair Ribeiro, para fazer a pessoa “chegar lá” e não perguntar-se “onde chegar”. O coach deve identificar os atributos necessários para a função, identificando as características comportamentais de um executivo bem-sucedido, envolvendo o cliente nisso e visando gerar comprometimento. Deve ajudar a constituir uma equipe para dar feedback efetivo por meios independentes e contínuos para o cliente: colegas, clientes, fornecedores e integrantes da equipe. A análise do feedback deve considerar a diferença entre os pontos fortes e fracos, desenvolvendo um plano de ação e um processo de acompanhamento contínuo, bem como analisar resultados para ações.

André Percia Psicólogo clínico e hipnoterapeuta com formação internacional em Coaching. youtube.com/Andrepercia apercia@terra.com.br


CAPA CESAR ROMAO

ATITUDES TRANSFORMADORAS

Inventar o novo, reinventar o velho, criar para cá, criar para lá... Criatividade é colocar a sua inteligência em movimento, é decidir o que vai fazer com o que lhe inspira e transpira, colocando a inteligência como ponto de partida para a criatividade vencer. Uma pessoa inteligente inventou a roda, uma pessoa criativa colocou um eixo entre duas rodas; um chinês inteligente inventou o macarrão, um italiano criativo o transformou no prato mais famoso do mundo.

Essa é a segunda parte da matéria “Atitudes Transformadoras” de Cesar Romão. Aproveite as dicas preciosas a seguir para enxergar novos horizontes pessoais e profissionais. Boa leitura! - Outro dia enquanto um mestre de obra despedia um pedreiro me disse: “é Seu Cesar, não adianta ferramenta boa na mão de cabra ruim, quem é ruim é ruim com qualquer ferramenta...”. Não reclame da falta de condições em sua empresa, nem tampouco espere as condições chegarem, descubra-as, invente-as, se vire. - Nunca abandone seus sonhos, se você desistir, vai carregar a dor de não ter conseguido, se persistir, será uma pessoa alimentada pela esperança de um futuro melhor e a sua esperança no futuro é que vai dar força ao seu presente. Todo sonhador é um louco, todo sonho é uma loucura, mas quando o sonho se realiza, o sonhador de torna um sábio e o sonho sabedoria. - Valorize-se, mas nem tanto, pior que não ser, é pensar que é. Estou falando daquele tipo de pessoa que quando é procurada para resolver algo diz: falou com o dono da empresa, mas não falou comigo... Tem pes-

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soas que se valorizam tanto que terminam por se tornar inviáveis de se conviver, de se contratar e até de se tolerar. Dê valor à sua capacidade, mas permita que seu campo de atuação determine o grau de valorização que lhe compete. - Ter uma bússola não é garantia que se está no rumo certo. Ampliação de visão, possibilidade de gerar conhecimento em sua mente, levando uma bússola na mão, inspiração no coração, paixão pela profissão, fazendo do aprendizado muito mais que informações, fazer dele um despertar do saber com emoção e entusiasmo é que vai lhe conduzir ao seu destino. - Mesmo atitudes, por mais simples que pareçam, quando não executadas, podem causar um transtorno e tanto em sua carreira. Imagine uma recepção onde o prato é sanduíche de metro, mas a cozinha esqueceu de cortar o sanduíche em pedaços: os

Valorize-se, mas nem tanto, pior que não ser, é pensar que é. 30 editorasermais.com.br

convidados começam a se servir e aí como fica? Dê a devida importância às mais simples atitudes e gestos. - Aconteça o que acontecer em sua carreira, não se contamine com sua própria sabotagem emocional, não desperte em você o motivo de desculpas, as justificativas do por que não, e tantas outras teias de aranha que limitam seu poder de raciocínio, decisão e escolha. - Toda pessoa, ao iniciar uma carreira, deveria estudar a Teoria da Existência do Formigueiro, onde as lições organizacionais são exemplares e profundas; onde a união vence as deficiências mais intrínsecas e o respeito edifica uma sociedade voltada ao trabalho em equipe. - Seja sempre o mais original possível, comportamentos alheios ao seu jeito são como cera diante do calor, uma hora derretem e mostram a verdadeira face das coisas. Não pratique pirataria pessoal, não se falsifique, seja você mesmo. - Você ainda vai dar de cara com um gerente ou diretor de aluguel: aqueles modelos que são contratados para fritar pessoas dentro das organizações, aqueles que implantam programas de impacto, só para impactar sua presença e autoridade. Aqueles que vão logo cortando: cortando verba de treinamento, cortando orçamento estratégico e

vão agulhando sua contabilidade emocional... Calma... Calma... Contra resultados e competência não existem argumentos. Trabalhe nas prioridades e sempre ofereça resultados: eles são o seu amortecedor contra profissionais de aluguel. - Carreira é um montão de momentos e a vida não é mais complicada do que o amor e o trabalho, temos de lutar para facilitar nosso próprio caminho, e não colocarmos gabaritos em nossos processos organizacionais que fazem nossos valores ficarem institucionalizados. - Muitas vezes tomamos uma decisão em determinados assuntos, muitas vezes essas decisões no decorrer da caminhada, não nos parece a ideal e nos arrependemos dela. Na verdade acredito que em alguns casos não somos fiéis o suficiente em nossas decisões para ter noção de sua influência em nossa vida. Tomar a decisão de se casar com alguém ou assumir um amor, sempre é a melhor opção naquele instante, o difícil é fazer valer esta decisão, fazê-la acontecer, investir nela e ser responsável por ela. Na maioria das vezes, voltamos atrás em nossas decisões sem saber o seu real desfecho. Somente indo até o final daquilo que escolhemos poderá nos fazer descobrir, o quanto nossa decisão pode nos fazer feliz ou influenciar de forma nutritiva nossa vida. - Sempre estamos no centro de todos os acontecimentos de nossas


vidas. Queiramos ou não... O grau de atuação neles, o grau de compromisso e o empenho que temos vão definir os resultados que obteremos. - Existem pessoas que sempre reclamam da escassez de recursos para iniciar algo na vida. Porém nas histórias de sucesso, se observá-las com atenção, poderá notar que o Nada sempre foi a matéria-prima empregada nas conquistas de quem venceu. Talvez o Criador primeiro tenha em seus planos nos transformar em rochas, para depois nos esculpir a sua maneira, primeiro nos fortalece e depois nos permite sermos realmente a imagem de nosso destino. - Viver consiste em administrar riscos, arriscar é viver. Conhecer significa abrir nossos preconceitos, nos tornarmos observadores, usarmos nossa capacidade para causarmos reflexões que podem despertar nossas melhores emoções, sentimentos e inspirações para podermos seguir entre tantas adversidades e oportunidades nesse universo que está para nos servir e nós para servi-lo. - Vencer com ética é difícil em qualquer parte, vencer com esse instrumento que é nosso código para atuarmos de acordo com aquilo que

acreditamos, esse norte-do-bem, realmente não é simples, porém as únicas vitórias que podem se perpetuar na vida das pessoas são as vitórias conseguidas com ética. - Nosso processo motivacional está

Sempre estamos no centro de todos os acontecimentos de nossas vidas. Queiramos ou não... ligado ao nosso sistema genético, fazemos parte da classe dos mamíferos, condicionados a percorrer as mesmas rotas durante a vida, encontrando conforto no peito, no leite e no colo. Com facilidade somos motivados e também desmotivados. Essa é a razão da motivação ser como um banho: precisamos tomar todos os dias, de alguma maneira. Todos os dias devemos praticar algo que nos motive, nem que seja por apenas alguns minutos, só assim conseguimos combater as teias de aranha do cérebro. - Entre todos os itens que podem motivar pessoas, um deles se mos-

tra capaz de tornar-se permanente: pessoas motivam-se quando encontram eco naquilo que buscam, ou seja, se motivam quando obtêm resultados. Dessa forma, também encontram força em seguir num ritmo promissor que as deixa num estado de satisfação e felicidade. - Antes de se motivar pessoas é extremamente necessário encaminhá-las em uma direção que possam transformar seu esforço em resultado positivo. Pessoas motivadas sem essa visão terminam por bater num tremendo paredão e, muitas vezes, depois da trombada não encontram meios para continuar. Motivação é capacitar pessoas com competências que as façam transformar seu esforço em resultados positivos. - O talento de alguém pode desaparecer, caso essa pessoa não o valorize, fazendo dele apenas um instrumento utilizável no dia a dia. Talento é algo que precisa ser mantido através de prática, por meio de treinamento e incentivo. - Algumas pessoas quando atingem o auge perdem a motivação, por inversão de valores. Elas estavam preparadas para vencer competições, desafios ou ganhar dinheiro e, quando conseguem, sentem-se

Motivação é capacitar pessoas com competências que as façam transformar seu esforço em resultados positivos.

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vazias, pois não conseguiram crescer em seu interior como “gente”. É necessário se preparar profissionalmente, mas também nos prepararmos “dentro” de nós mesmos com nossos valores humanos. - Certa vez o escritor Og Mandino me deu um conselho: que eu deveria começar meu dia lendo um jornal mas, que não iniciasse a leitura pelas notícias políticas, porque possivelmente isso me deprimiria; também não deveria começar pelas notícias econômicas, pois essas roubariam minha motivação; não deveria ler as páginas policiais, pois ficaria com medo de sair para o trabalho; e, menos ainda, as páginas esportivas, pois se o meu Palmeiras tivesse perdido o jogo eu me sentiria goleado. Og me recomendou iniciar a leitura do jornal pelo obituário. “Sim Cesar Romão, pelo obituário” – disse ele – “Pela relação das pessoas que morreram naquele dia e não pule nenhum nome”. “Sabe Ce-

sar, quando chegar ao final da lista, vai perceber uma coisa fantástica: descobrirá que seu nome não está naquela lista e que as pessoas ali mencionadas fariam tudo para estar onde você está, mas não podem, pois, infelizmente, elas estão mortas e você está vivo. E. se está vivo, milagres podem acontecer em sua vida, agora, hoje! Se está vivo não deve perder sua motivação... só assim seus anseios podem se tornar realidade!” - Situações são difíceis quando temos pouco ou nenhum conhecimento sobre o funcionamento racional desse feito. Sempre que estamos em situações difíceis devemos procurar descobrir um aprendizado e buscar o conhecimento que nos auxilie a solucioná-las. - Nosso preparo para viver deve sempre envolver nosso racional e nossa intuição. Sempre em conjunto. Nunca se envolva demais de maneira racional numa dificuldade e nunca se envolva de-

Sempre que estamos em situações difíceis devemos procurar descobrir um aprendizado e buscar o conhecimento que nos auxilie a solucioná-las.

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mais, também, emocionalmente. Tem de haver um equilíbrio. - Pessoas vencedoras são aquelas que fizeram do difícil uma ponte para o possível. As adversidades hoje são um paradoxo, sempre vão estar em nosso caminho, mas não significa que permanecerão lá. - É no fogo que o aço encontra sua melhor forma e sua densidade mais resistente. É no calor e na pressão da terra que o carvão se transforma em diamante. Portanto, são nas adversidades que nós, seres humanos, podemos exercitar nossa fé, nosso conhecimento e nossa missão. - Seja qual for a difícil situação que estiver enfrentando agora, pense nela como uma fase para ser transposta e não como uma barreira dizimadora de sua motivação. O Criador é um jogador de xadrez e,

muitas vezes, antes de nos ensinar o Xeque-Mate da vida, Ele nos coloca em pequenos xeques, para avaliar nossas habilidades. Você pode estar em situação difícil agora. Mas, parabéns, pois ainda está no jogo da vida!

ticamente nessa direção. As coisas acontecem muitas vezes nesse âmbito independente de nossa vontade. Nossas escolhas são feitas por aquilo que conseguimos vivenciar na esfera da existência humana.

- Nossos riscos emocionais são aqueles que conquistamos ao longo do tempo vitórias, através da própria vivência, da própria prática de condutas morais e, principalmente, através do processo de busca humana, envolvendo nosso crescimento interior e nossa espiritualidade. Vivemos nossas emoções e sentimentos, aprendemos, e com eles sorrimos, choramos, nos decepcionamos e, finalmente, ficamos felizes quando alinhamos nossa mente ao nosso coração. - Estamos sempre praticando novas formas de nos relacionarmos com amigos, parentes e o sentimento de amor, somos impulsionados gene-

- Em situações de risco, é necessário extrair a maior recompensa do nível de risco aceitável, manter a agressividade progressiva com prudência, aprender com experiências de riscos anteriores e estar permanentemente em alerta vermelho. - Pessoas que buscam uma colocação no universo profissional devem sempre estar nos caminhos que produzam um comportamento com proatividade, numa política de consequências, perspectiva de otimização e do desenvolvimento da capacidade de mobilização de suas estratégias.

“O Criador é um jogador de xadrez e, muitas vezes, antes de nos ensinar o Xeque-Mate da vida, Ele nos coloca em pequenos xeques, para avaliar nossas habilidades.”

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Otimismo é um sentimento! Sim, um sentimento! Ele trata de algo que está correndo por dentro das pessoas resultando num comportamento.

- Na linha da prioridade do tempo, como não sabemos o que é realmente importante, tudo parece importante! E, como tudo parece importante, achamos que temos de fazer tudo. Outras pessoas nos veem fazendo tudo e passam a esperar que façamos tudo mesmo. Fazer tudo nos faz pessoas ocupadas, pois não temos tempo de pensar sobre o que é realmente importante, transformamos assim nossa gestão do tempo em indigestão do tempo. Lembre-se: valores controlam o nosso comportamento e princípios as nossas consequências. - Otimismo é um sentimento! Sim, um sentimento! Ele trata de algo que está correndo por dentro das pessoas resultando num comportamento. Nesse padrão de comportamento desenvolve-se o hábito de uma crença de positivismo e esperança em relação a fatos que possam fazer parte da vida cotidiana de uma pessoa, por meio do qual ela transforma interiormente adversidades em possibilidades e tem sempre uma visão de que tudo pode ficar melhor do que está e, ainda, de que o final pode sempre ser feliz. - Temos de encontrar coisas para fazer na vida que nos deem a sensação de estarmos vivos, que nos deem a sensação de estarmos jovens. Cumprir a vida é compreender a marcha, abrir uma caça individual contra nossa ineficiência e ampliar nossa eficácia. Quando desistimos de algo que desejamos, apenas facilitamos para quem vem atrás de nós, deixando-lhe uma vaga. Quanto mais tempo vivemos, é necessário que compreendamos o im34 editorasermais.com.br


pacto das atitudes sobre nossas vidas, elas são uma importantíssima realidade naquilo que fomos, naquilo que somos e naquilo que desejamos ser. Nossas atitudes possuem influência direta em nosso desempenho e em nossos pensamentos. Devem se basear sempre em informações válidas e não em histórias nascidas e contadas por pessoas que “ouviram o galo cantar”, mas que não possuem a mínima noção de onde, como, quando e para que ele cantou. Entre tantas atitudes que tomamos, muitas nos levaram ao sofrimento, a dor e ao desconforto pela vida, porém quando decidimos por elas, com as informações e emoções que tínhamos, pensamos estar agindo corretamente. Outras vezes, colocamos nossas atitudes em ação, mesmo inconscientemente, levados por instantes inexplicáveis. As consequências são as colheitas que temos ao longo do tempo. Durante ela nos questionamos: por que tomei essa

atitude; por que não tomei aquela; na próxima vez vou decidir por uma melhor... Mas tudo já está feito, ali um amor pode ter perdido a chance de nascer, uma oportunidade pode ter escapado, uma amizade pode ter sido desperdiçada, tudo em função de uma atitude. Talvez uma de nossas missões de existência seja a de sofrer, aprender e renascer diante de nossas atitudes, razão pela qual devemos considerá-las como um dos grandes desafios de nosso destino. Quem sabe se, antes de evidenciarmos uma atitude, pudéssemos submetê-la melhor aos nossos pensamentos, às nossas reflexões, às nossas emoções e ao nosso coração, estaríamos diante de um futuro mais compatível com o nosso destino.

Cesar Romão Escritor e conferencista. Realiza conferências dirigidas à reformulação de empresas e negócios. www.cesarromao.com.br editorasermais.com.br 35


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JO GO RÁ PI DO 36 editorasermais.com.br

Tatá Cury

Confira a breve entrevista com a banqueteira paulistana e aprenda mais sobre a atuação no mercado gastronômico

1- Quando e como a Sra. descobriu que atuaria produzindo banquetes para a sociedade paulistana? Já atuou em outra área, fez algum curso para administrar o próprio negócio?

grandes oportunidades para quem, por acaso, se inspirar na sua área de atuação?

Quando era pequena e vi que os leilões onde meu pai trabalhava eram muito carentes de um serviço de A&B eficiente e de qualidade. Não fiz nenhum curso de administração e nem atuei em outra área que não a gastronomia

3- Empreender no seu segmento hoje é mais fácil ou mais difícil do que na época quando começou nele?

2 - O seu mercado apresenta

Para todos aqueles que têm força de vontade e paixão pela cozinha.

Bem mais fácil. Hoje a gastronomia está à favor e se tornou um ícone de glamour. Os chefs deixaram de ser apenas cozinheiros e possuem mais prestígio!


4- O seu mercado apresenta oportunidades para quem quiser trabalhar com operações de menor porte? Quais? Sim, qualquer porte, é possível trabalhar em todo o tipo de evento, desde pequenas festas, petit comitês até grandes eventos sociais e empresariais.

5- O que acredita ser o diferencial do serviço que oferece entre outros já existentes? Eu ofereço um trabalho criativo e honesto. Tudo que é servido é comida fresca, feita na hora, não há nada congelado.

6- A revista Ser Mais teve acesso a um perfil seu em que estão relacionadas as principais áreas de atuação suas, moda, turismo e gastronomia. Quais não indicaria para inciantes, pelo nível de especialização exigido e dificuldades? Nesse mercado não existe isso. Não há como eu falar que não indicaria um certo evento e tal. O mercado de eventos para hotelaria é mais chato, mais complicado, mas ao mesmo tempo é uma verdadeira escola.

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^ OTIMISTA OMAR SOUKI

Generosidade atrai

PROSPERIDADE!

B

ill Gates já doou 48% de seu patrimônio, ou seja, US$ 28 bilhões, para causas filantrópicas. Decidiu que seus filhos Jennifer (15 anos), Rury (12) e Phoebe (9) herdarão “apenas” 5% de sua fortuna e que o restante será distribuído enquanto viver. Seu trabalho na Fundação Bill & Melinda Gates é doar (da melhor forma possível) o que conquistou através da Microsoft. Além disso, ele também viaja pelo mundo tentando convencer os super ricos a seguirem seu exemplo altruísta. Bill diz que se inspirou em pessoas como Andrew Carnegie (magnata do aço, que doou 90% do que tinha para a filantropia) e J. D. Rockfeller (barão do petróleo e filantropo). A generosidade de Rockfeller é lendária: contribuiu para a melhoria da saúde, construiu

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escolas, bibliotecas e universidades. Em valores atualizados, Carnegie e Rockfeller deixaram juntos uma contribuição de US$ 18 bilhões para os menos afortunados. Gates pretende doar três vezes mais do que isso. Para ele, a grande motivação é a emoção de ajudar os outros. Ele acredita que o altruísmo estimula as pessoas a doarem parte do que conquistaram. Outro mega filantropo é Warren Buffet, amigo de Gates, que vai abrir mão de 99% de sua fortuna calculada em US$ 47 bilhões. Você deve estar pensando: “Se eu tivesse tanto dinheiro, também seria generoso como eles. Antes de começar a distribuir o que tenho, vou procurar ganhar mais!”. Mas, de acordo com Bruce Fleet, autor do livro Os sete princípios de Salomão (Editora Lua de Papel), não importa o quanto ganhamos, uma parte deve ser distribuída para os mais ca-


rentes. Segundo Fleet, quando se reparte o que se tem, mesmo que seja apenas o nosso tempo, isso nos ajuda a receber mais. Cita o apóstolo Paulo quando diz que devemos trabalhar com seriedade para que possamos socorrer aos mais necessitados (Efésios 4, 28). O ato de ganhar deve andar junto com o de doar e, aos poucos, vamos descobrir que, quanto mais se doa, mais se ganha. O Rei Salomão nos aconselha: “Há os que distribuem e, contudo, se engrandecem; e quem retém o que seria justo dar, só alcança perdas. O generoso enriquecerá, pois o que atende os outros, também será atendido” (Provérbios 11, 24-25). Fleet chegou à conclusão de que as coisas materiais que acumulamos, de fato, não têm valor. O que realmente conta é ver o sorriso no rosto das pessoas que ajudamos. Embora ele ensine a arte de investir corretamente, confessa que o maior investimento que se pode fazer na vida é na felicidade dos outros. Eu mesmo, desde cedo, aprendi com meu pai, que é bom ser generoso. Papai veio de família pobre,

mas conquistou seu lugar ao sol. Jamais deixou de ajudar aos que precisavam. Participava de uma organização assistencial chamada São Vicente de Paulo. Nos fins de semana, eu o acompanhava nas visitas que fazia às famílias carentes e distribuía alimentos. Até hoje posso ver em minha tela mental a alegria

“As coisas materiais que acumulamos, de fato, não têm valor. O que realmente conta é ver o sorriso no rosto das pessoas que ajudamos. “ daquelas pessoas quando viam meu pai chegando. Era como se um raio de sol estivesse entrando pela porta. Como criança, eu ficava triste de ver a pobreza em que viviam, mas, por outro lado, me alegrava de ver que podíamos ajudar. Quando retorno a Divinópolis, Minas Gerais, onde passei a minha infância, as pessoas

comentam sobre a generosidade de meu pai. Nossas doações, no entanto, não devem ter como finalidade o próprio ganho. Para entender os enormes benefícios que nos advém da generosidade é importante começar logo a repartir o que você tem. Seja pouco, seja muito, comece agora a ajudar aos seus semelhantes e vai sentir na própria pele as bênçãos que a generosidade pode nos trazer. Fleet nos faz a seguinte pergunta: “Por que aqueles que são menos afluentes têm de perder os benefícios fantásticos do ato de compartilhar?”. Houve uma época em que eu estava bastante focado em vender mais livros. Foi quando li um depoimento do psicólogo Wayne Dyer dizendo que, quando desejava vender mais exemplares, aumentava suas doações para bibliotecas e até mesmo para seus conhecidos. Segui o exemplo dele e, automaticamente, o número de meus leitores aumentou consideravelmente. Além disso, passei a ter mais gosto pela arte de escrever e de publicar mais obras, chegando hoje a ter mais de 30 títulos publicados.

Ômar Souki P.h.D. em comunicação pela Ohio University, nos EUA, e autor de mais de 30 livros. www.souki.com.br editorasermais.com.br 41


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DALMIR SANT’ANNA

EMPREENDEDORISMO

EMPREENDEDORISMO:

INDIVIDUALISMO OU

COMPETÊNCIA?

A

companhei recentemente a apresentação de uma dissertação de mestrado, indicando os principais atributos do perfil empreendedor no processo de internacionalização de pequenas e médias empresas. Os resultados apontaram quatro características essenciais: a relação existente com a identidade de uma oportunidade, a melhoria do desempenho operacional, o gerenciamento de turbulências e a tomada de decisão diante de problemas. Interessante constatar que os quatro fatores relacionam-se diretamente ao ser

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humano, ou seja, para manter-se empreendedor há o compromisso de desenvolver suas competências, rompendo o individualismo e procurando por novas oportunidades, com o desejo de acreditar na capacidade de superar desafios. Mas como ser empreendedor em um cenário de competitividade? Desafio de manter-se em constante atualização - O empreendedor sabe que grandes realizações ocorrem quando rompe a inércia do comodismo e confia, que todo resultado é gerado por mudanças em observar o ambiente a sua volta. Nessa direção, além de cultivar o hábito de participar de treinamentos e palestras, é importante também, participar de reuniões em núcleos


EMPREENDEDORISMO

setoriais, com o propósito de fortalecer sua rede de relacionamentos e buscar, definitivamente, abandonar qualquer situação que limite sua capacidade para a expansão do seu negócio. Para um empreendedor, o desafio de manter-se em constante atualização não é perda de tempo, mas o ensejo de expandir seus conhecimentos e traduzir sua estratégia em resultados, desenvolvendo cinco competências essenciais. A primeira está no conhecimento sobre os processos de trabalho. Em seguida, o aprofundamento de técnicas específicas sobre o que trabalho que deverá ser realizado. O terceiro item refere-se a saber organizar os fluxos de trabalho de acordo com o tempo, meta e recursos financeiros disponíveis. O próximo fator é de suma importância, pois exige a ação de alinhar sua ideia com o impacto que estará conquistando diante de possíveis clientes. O quinto exercício é uma revisão de desempenho,

avaliando a autonomia do projeto, a responsabilidade social e resultados a serem conquistados. Note que são cinco exercícios, que além de contribuir com o desenvolvimento das competências, direcionam forças para transformar a

O intraempreendedorismo ao ser aplicado diariamente, passa a ser um diferencial para fortalecer a sua capacidade de superar desafios. ideia de empreender não em uma utopia, mas em algo real e produtivo. Além de pesquisado e reconhecido, nas mais diversas áreas do conhecimento, o empreendedorismo também pode ser um importante diferencial na sua atividade

profissional. Buscar oportunidades de crescimento dentro da sua área de trabalho também é empreender. Entretanto, para tal deixe de lado o individualismo e passe a acreditar mais nas suas competências. Perceba que em um período em que a duração dos empregos formais está menor e, os mais diversos setores são caracterizados por expressiva volatilidade, o intraempreendedorismo ao ser aplicado diariamente, passa a ser um diferencial para fortalecer a sua capacidade de superar desafios. Seja em uma reunião, visita a um cliente ou, desenvolvendo um projeto pessoal, o empreendedorismo está dentro de você. Procure continuamente lembrar e revisar as quatro características essenciais dos resultados da dissertação que estão no início desse texto. Permita acreditar mais na oportunidade de expandir seus conhecimentos, mantendo-se em constante atualização, diminuindo o individualismo e desenvolvendo suas competências. Vamos tentar?

Dalmir Sant’anna Palestrante comportamental, mestrando em Administração de Empresas, autor dos livros “Oportunidades” e “Menos pode ser mais”. www.dalmir.com.br

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^ SONIA MASCARO NASCIMENTO

MERCADO DE TRABALHO

Panorama e perspectivas do

ASSÉDIO no ambiente de trabalho

N

a última década, os termos “assédio” e “dano moral” no Brasil tornaram-se bastante comuns não apenas perante o Judiciário, como no dia a dia das pessoas. Na Justiça do Trabalho, por exemplo, o número de processos trabalhistas em que consta no rol de pedidos a indenização por danos morais cresceu de maneira bastante relevante. Na primeira instância da Justiça do Trabalho esse aumento é notável, figurando hoje entre um dos mais frequentes pedidos em petições iniciais, ao lado de demandas como horas-extras e verbas rescisórias. Exemplo estatístico é o grande aumento do número de sentenças com o termo “dano moral” no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP), que em 2001 re-

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gistrou 223 ocorrências, enquanto em 2011 o registro já passava das 5.890. Esse aumento de processos que versam sobre a matéria também é perceptível nas instâncias superiores. No Tribunal Superior do Trabalho (TST), durante o ano de 2006 foram publicados 23 acórdãos que mencionavam o tema, enquanto no ano de 2011 esse número foi de 1.006 acórdãos, um aumento bastante expressivo em apenas cinco anos. O Poder Legislativo também tem se preocupado com a questão, pois se alguns anos atrás havia um ou dois projetos que abordavam essa matéria no Congresso Nacional, hoje existem nove projetos de lei em tramitação, com sete emendas modificativas, substitutivas ou supressivas. Um conjunto de fatores pode nos apontar explicações para esse salto no número de trabalhadores que buscam a Justiça com esse tipo de demanda, dentre os quais o aumento da conscientização sobre o tema. Inicialmente, cabe partirmos da definição de assédio moral, que é caracterizado por uma conduta abusiva de natureza psicológica, seja de superior hierárquico seja de colega de


MERCADO DE TRABALHO

trabalho, que atente contra a dignidade psíquica de forma repetitiva e prolongada, que exponha o trabalhador a situações humilhantes, causando-lhe dano emocional. Inegável, portanto, que o assédio moral permeia a sociedade desde seus primórdios, já que atitudes hostis de intimidação e constrangimento entre as pessoas não são novidade. Entretanto, as práticas de “gestão pelo medo” e competitividade entre colegas passou a tomar proporções muito mais agressivas com a reestruturação do mundo laboral nos últimos 20 anos, que geraram concorrência intensa entre empresas, a redução e a flexibilização do emprego. Paralelamente, somente a partir da década de 1980 começaram a ser elaborados os primeiros estudos que atentavam para esse fenômeno, com destaque para as pesquisas de Heins Leymann, na Suécia, relacionando os casos crescentes de pacientes em tratamento por problemas psicológicos com as dificuldades nas relações pessoais no local de trabalho. Assim, com o desenvolvimento de tais pesquisas e o

aumento da percepção desses acontecimentos no ambiente de trabalho, o tema passou a ter destaque na mídia, tornando-se bastante recorrente em reportagens, juntamente com o destaque dado ao bullying, referente a situações de assédio moral que ocorrem não na empresa entre colegas, mas nas escolas entre crianças e adolescentes.

O assédio moral permeia a sociedade desde seus primórdios, já que atitudes hostis de intimidação e constrangimento entre as pessoas não são novidade. Da mesma forma que o assédio moral e o bullying, também têm ganhado destaque os casos de assédio sexual no trabalho, que pode ser definido como toda conduta de natureza sexual não desejada que, mesmo repelida, é reiterada continuamente, gerando constrangimento à intimidade do assediado. Enquadram-se nesta noção atitudes como cantadas reiteradas, piadinhas, gestos e comentários constrangedores,

que colocam a vítima em situação de coação psicológica. Entretanto, tais casos são pouco denunciados e raramente chegam ao judiciário. O TST, por exemplo, registra apenas 268 acórdãos que debatem a matéria. Isso pode ser compreendido pelo fato de que, em grande parte das vezes, o assediador é superior hierárquico, que se utiliza dessa posição de poder para oprimir e intimidar suas vítimas, por meio de promessas de tratamento diferenciado ou ameaças de represálias como a perda do emprego. Traçar tal panorama da situação do assédio moral e sexual no Brasil é fundamental, pois possibilita perceber os pontos nos quais o Direito do Trabalho ainda precisa avançar para garantir um meio ambiente laboral saudável e harmonioso para os trabalhadores. Importante também o trabalho de conscientização e de prevenção desse tipo de conduta nas empresas, bastante interessante economicamente, já que empregados que se sentem bem no local de trabalho produzem mais, garantindo maiores e melhores resultados.

Sônia Mascaro Nascimento Mestre e doutora em Direito do Trabalho pela USP. Consultora-sócia de Amauri Mascaro Nascimento & Sônia Mascaro Advogados. www.mascaro.com.br

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ADRIANO CESAR

RH

Gestão de Pessoas:

o que não fazer...

P

or meio desse artigo encerra-se uma mini-série iniciada há três edições, nas quais foram ressaltados junto aos leitores da Revista Ser Mais alguns “equívocos” que, na minha visão, vêm sendo cometidos com certa frequência pelas áreas de Gestão de Pessoas nas organizações. A exemplo do processo de avaliação do desempenho, objeto do artigo publicado na edição anterior, um sistema de remuneração estratégico, quando bem utilizado, é fator de promoção da justiça. Ele reconhece que todos nós somos diferentes, apesar do mesmo cargo e do mesmo uniforme, porém, justamente por sermos diferentes, entregamos à organização resultados distintos, cuja remuneração também deveria ser, por menor grau que fosse, também distinta e flutuante conforme o passar do tempo. Todavia, reconheço que esse é um assunto espinhoso, pois toca na parte mais sensível, delicada e conflitante da relação trabalhis-

(Parte IV)

ta que é o bolso de cada um dos lados – empresa e colaboradores. Em jogo, a permanente tensão ressaltada por Marx entre o capital e o trabalho. Porém, se não há como eliminar essa tensão que fundamenta e, em certo sentido, está na base do sistema capitalista no qual ainda viveremos por algum tempo, ao menos é possível regulá-la para níveis menores e mais justos. Dessa forma, nessa edição apontarei, abaixo, o que não se deve fazer quando o assunto é Remuneração Estratégica nas organizações, último capítulo da mini-série:

1.

Uso somente da remuneração tradicional (fixa): a única desculpa plausível para não se adotar uma remuneração mista – combinação de parte fixa (salário) e parte variável (proporcional ao atingimento dos resultados pré-acordados) – é a não existência de um sistema de avaliação do desempenho e/ou a falta de critérios que norteiem uma distribuição de parte da lucratividade da empresa. Desde uma microempresa às grandes organizações, todas elas podem (e devem) im-

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plementar algum tipo criativo de remuneração variável;

2.

Mudança das “regras do jogo” durante o andamento do mesmo: esse talvez seja um dos maiores e mais recorrentes “equívocos” cometidos pelas organizações que utilizam remuneração variável. Não há nada mais revoltante e desonesto com os colaboradores do que mudar as regras do jogo quando se percebe que as mesmas podem beneficiá-los mais do que o desejado e/ou quando se percebe que as metas de resultados foram mal contratadas (subestimadas, calculadas erroneamente). É um verdadeiro “tiro no próprio pé”! Como resultado, obtém-se o efeito reverso: desmotiva-se ao invés de motivar e estimular os colaboradores que passam a enxergar com certa desconfiança certos valores tão bem difundidos pela organização;

3.

Utilização somente de fontes de receitas internas para premiações: nenhuma organização pode utilizar como desculpa o fato de não ter dinhei-


RH

ro em caixa para não premiar e reconhecer o trabalho diferenciado exercido pelos seus colaboradores, em especial aqueles que se destacam no dia a dia. As que continuarem insistindo nessa desculpa esfarradapa verão os seus melhores talentos arrumarem suas malas para a concorrência (ou mesmo se tornarem concorrentes direto...). Parcerias com fornecedores (e até mesmo com certos clientes) são sempre possíveis e bem-vindas, especialmente porque há interesses comerciais em jogo por parte desses. Afinal, quanto melhor forem os resultados de uma organização, maiores serão as demandas para os seus fornecedores, não?!;

4.

Demasiado intervalo de tempo no ciclo de premiação ou de um estímulo variável: tendo em vista que as remunerações variáveis acompanham o ritmo e os resultados do processo de avaliação do desempenho, e sendo estes realizados, vida de regra, anualmente, haja estímulo e motivação para que os colaboradores continuem fazendo a diferença e sejam reconhecidos financeiramente por isso! Quanto menores os intervalos de recebimento de gratificações e de premiações variáveis, melhor para todos, tanto

para a organização quanto para os colaboradores;

5.

Remuneração variável somente para as áreas fins: metas de produtividade e de resultados não é um assunto somente para vendedores ou para quem está na linha de frente da organi-

Em jogo, a permanente tensão ressaltada por Marx entre o capital e o trabalho. Porém, se não há como eliminar essa tensão, ao menos é possível regulá-la para níveis menores e mais justos. zação. Em todo o trabalho humano é possível estabelecer níveis de produtividade ou, sob outro argumento, formas de reconhecer a qualidade dos resultados obtidos pelos colaboradores de áreas de suporte (administrativas). Chegando ao final desse artigo e da mini-série empreitada, gosta-

ria de ressaltar mais uma vez que em todo o momento o foco não foi simplesmente apontar erros ou tecer qualquer tipo de julgamento de valor acerca dos profissionais que estão por trás desses processos. Muito pelo contrário! Sei, por experiência própria, que na prática nem sempre é possível realizarmos o nosso trabalho do jeito que gostaríamos ou como belamente ditam os livros de Gestão de Pessoas face às circunstâncias e restrições do mundo real, como as políticas internas, os jogos de poder, a falta de apoio dos gestores, as restrições orçamentárias etc. Todavia, sempre haverá algo em nossas práticas cujo controle e decisão final estarão, literalmente, em nossas mãos; ou seja, somente dependerão de nós mesmos, ainda que isso envolva correr riscos e ousar um pouco mais. É justamente nesse campo de atuação que as entrelinhas dos artigos buscaram atuar e lhes sensibilizar. Espero que possamos nos reencontrar em outras edições! Por ora, deixo o meu forte abraço e os meus sinceros agradecimentos pela atenção dispensada aos leitores ao longo dessas últimas Edições da Revista Ser Mais. Até breve!

@Adriano Cesar CEO, consultor organizacional e palestrante da FATORH Consultoria. Personal & Professional Coach. adriano@fatorhconsultoria.com.br

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MARCELO ORTEGA

VENDAS

Construindo resultados em

“A “Nenhum floco de neve numa avalanche

se sente responsável

Vendas

pela mesma.” Stanislaw Lec (Poeta Francês)

parte mais prazerosa da jornada de um líder (gerente ou dirigente) de vendas é a de comemorar grandes resultados com sua equipe. A equipe de sucesso é resultado de uma liderança eficiente e que aplica toda as ferramentas de vendas para preparar cada dia mais um ambiente de conquistas extraordinárias: lucro para a empresa, crescimento do negócio e, principalmente, pessoas cada dia mais felizes com seu trabalho em vendas. Trabalhar demais definitivamente não é o que estressa, mas a falta de resultados e as pendências que ficam dia após o outro. Isso é estressante. Deixar tudo para o final do mês ou

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do trimestre em que se tem uma meta a cumprir é cruel demais e dá muita dor de cabeça ao líder. O primeiro a sofrer com a pressão natural no mundo das vendas é que precisa ser proativo para evitar tal desconforto. Proatividade e antever momentos difíceis, antecipar soluções e fazer o impossível para que metas sejam atingidas e superadas. Liderar vendedores é como liderar uma equipe de rafting, aquele esporte radical em que descemos corredeiras de um rio. Existe um líder, mas não dá tempo de avisar ninguém quando surgir uma pedra pela frente. Isso significa que todos devem saber o que fazer! Uma equipe de vendas se estimula quando o líder determina as regras do jogo na largada, no momento em que se iniciam os trabalhos ou uma


VENDAS

campanha de vendas. As atitudes de liderança e habilidades gerenciais em vendas são resultantes dos relacionamentos das pessoas e, principalmente, do desprendimento que cada um de nós dá a antigos papéis. Um líder é aquele que tem habilidades natas, mas ainda assim, as aperfeiçoa, aprende com outros líderes e assim se torna apto a formar novos líderes, não apenas seguidores. Liderança em vendas é uma notável mistura de habilidades e atitudes, pois vendedores não gostam de ter chefe, no entanto adoram desafios e responsabilidades vindas de um líder inspirador. Inteligência em vendas é ter resultados sustentáveis nesse caso. Não dá para conviver com equipes “vaga-lumes”, que acendem e apagam em termos de performance. O segredo é criar planos de ação que tenham alternativas para jamais abandonar o rumo. Flexibilidade é palavra de ordem na liderança gerencial em vendas. “O líder inteligente é aquele que mobiliza as pessoas de sua equipe e sabe que o sucesso é ver cada um de seus vendedores mais felizes e preparados.” David Fadel

A seguir quero destacar o que um diretor e gerente de vendas fazem para construir resultados de forma incessante:

1. Constroem o futuro. Tem uma visão clara

de onde querem chegar e planos alternativos para conseguir isso. “Para prever o futuro, é preciso construí-lo”.

2.

Não declinam nunca de seus objetivos e metas. Não aceitam frases e comportamentos de perdedores. “É muita areia para o meu caminhãozinho” é uma frase popular que considero a pior da língua portuguesa.

3.

Promovem desafios e responsabilidades. Delegam e motivam seus subordinados para que se comprometam com o resultado. Trabalham de forma a criar uma equipe, não um grupo com alguns craques.

4.

Trabalham junto. Nada inspira mais uma equipe do que ver seu chefe trabalhar junto com ela. O líder deve tomar medidas de emergência e tolerar que algumas coisas podem dar errado, mesmo assim outras devem compensar e garantir as metas.

Muito sucesso em vendas e até a próxima.

Marcelo Ortega Vendedor, treinador, palestrante e fundador do Instituto Marcelo Ortega. www.institutomarceloortega.com.br

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GLAUCO PINHEIRO DA CRUZ

RH

Sucessão familiar: como garantir a continuidade da empresa entre parentes

É

esperado que a maioria das empresas consolidadas no mercado passe por processos de sucessão. Mas o que está em jogo nas companhias familiares é muito mais do que escolher uma nova figura de liderança. É a manutenção da fonte de renda para sustentar a família, é a continuidade do sonho do empreendedor que a fundou. Ao chegar o momento de transferir a empresa para os filhos, independentemente dos motivos que causaram essa decisão, duas situações são fundamentais. Primeiro, no caso de os filhos quererem dar continuidade ao negócio

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e gostarem do que o pai e/ou a mãe fizeram durante tantos anos, basta planejar a transferência e deixar bem definido quem fará o que, com os devidos percentuais de participação. Segundo, no caso de não haver quem toque o empreendimento – apenas herdeiros não interessados na administração – o ideal é profissionalizar a gestão e deixar para os herdeiros apenas a tarefa de fiscalizar. Sem a ocorrência de uma dessas duas situações, o melhor será vender a empresa. Em geral, o fundador da empresa é um homem centralizador, que gosta de estar presente em todas as decisões. O que é natural, já que ele começou tudo do zero. A sucessão, no entanto, não é algo empírico, mas essencialmente técnico. E a preparação do suces-


RH

sor que irá concorrer ao cargo de principal executivo não é um processo rápido, muito pelo contrário, pode exigir um determinado tipo de educação formal. A presença do fundador durante o processo de passagem do bastão é muito importante, porque ele conhece todos os bastidores da companhia, já que foi o responsável por definir seus valores e políticas de gestão. Logo, sua avaliação é fundamental para ajudar a identificar o herdeiro mais bem preparado para assumir o comando. Para isso, é preciso levar em conta não só suas habilidades e os bons laços familiares, mas principalmente sua capacidade de dar continuidade ao modelo cultural já estabelecido. Nessas situações não é raro o acirramento das relações que aparentavam ser estáveis, já que o escolhido para estar à frente do negócio pode não ser unanimidade entre os sócios. São casos de protecionismo e paternalismo, às vezes existentes nessas organizações, que debilitam seu crescimento, visto que muitas vezes o pretenso sucessor não tem a mesma capacidade técnica para gerir do que os executivos

ou funcionários da casa. É muito arriscado apostar que a sucessão possa acontecer naturalmente e sem erros, então o primeiro passo para essa mudança é designar um profissional ou escritório especializado para facilitar o diálogo sobre a sucessão da empresa familiar. É ele quem

É preciso levar em conta não só suas habilidades e os bons laços familiares, mas principalmente sua capacidade de dar continuidade ao modelo cultural já estabelecido. irá identificar quais são os pontos fortes e fracos dos possíveis sucessores e também da própria sociedade. A profissionalização é um bom instrumento para diferenciar os interesses da família e os da empresa, diminuindo possíveis conflitos. Isso significa estabelecer

critérios gerais para nortear as decisões dos diretores, além de criar regras para definir os papéis corporativos e dividir as tarefas dentro da companhia. O profissional será o responsável por redigir os documentos que possibilitarão a sucessão e definirá regras claras entre os sucessores e seus pais - os antigos proprietários -, incluindo mudanças em contratos e estatutos sociais, código de conduta, regimentos internos e acordos societários, entre outros. Ele também irá apontar quais são os caminhos mais seguros e econômicos para a sucessão, se é a compra, cessão, doações de ações/cotas ou redução/ aumento do capital, entre outros. Para muitos, profissionalização é sinônimo de substituir todos os membros da família que trabalham na empresa por profissionais do mercado de trabalho, mas esse é um pensamento equivocado. Na realidade, profissionalizar a empresa significa adotar as melhores práticas de administração, sabendo que, apesar da proximidade e interdependência dos sistemas “família” e “empresa”, é fundamental estabelecer limites claros e bem definidos entre eles.

Glauco Pinheiro da Cruz Consultor e diretor do Grupo Candinho Assessoria Contábil. www.candinho.com.br

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MAURO CALIL

INVESTIMENTO

U casa O sonho da

pró pria

ma situação muito comum na cultura brasileira é ver casais, jovens ou maduros, fazendo planos para comprar um terreno e construir uma casa, na qual criarão seus filhos e viverão até o fim da vida. Nada mais legítimo e, como o tempo é o senhor das finanças, quanto antes o plano da conquista da casa própria for colocado em prática, menor será o esforço para a conquista se concretizar. Existem vários caminhos para isso ocorrer, mas o pior deles, pelo menos enquanto os altos juros vigorarem no Brasil, é o financiamento. Outros caminhos, como poupar previamente ou ainda contar com as parcelas do

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consórcio, são bem mais amigáveis do que o financiamento. No entanto, um dia desses, um jovem em início de carreira me procurou para avaliar sua ideia, amplamente discutida em família, com o pai e o sogro. Ambos concordavam que o melhor para o jovem pai de família seria comprar um terreno e construir aos poucos. Assim, se o dinheiro da obra faltasse, poderia interromper os serviços, voltar a juntar recursos e continuar a construção posteriormente. Dessa forma, não se apertaria financeiramente, visto que sempre teria a possibilidade de interrupção e o que foi investido permaneceria construído à espera de novos tijolos. Resolvi me manifestar em relação ao plano. Veja que são duas etapas financeiras distintas e importantes. A primeira é a com-


INVESTIMENTO

pra de um terreno e a segunda, a construção em si. Há ainda uma terceira que se refere à mudança propriamente dita, ou seja, mobília, cortinas, equipamentos etc. da qual não tratarei. Comprar um terreno depende do encontro entre o desejo e o bolso do comprador e aquilo que se encontra disponível no mercado, pelo preço que se pode pagar. Nesse caso, é possível realizar a compra agora, já que os terrenos podem aumentar muito de preço ou mesmo ser vendido para outra pessoa, ou ainda por qualquer outro motivo ficar indisponível para a compra. O grande cuidado aqui é saber quais serão os custos recorrentes, como IPTU, condomínio e limpeza do terreno, e em quanto tempo tais custos podem retardar o início das obras. Já com relação à ideia de “construir aos poucos”, sou radicalmente contra. De todos os pontos de vista não vejo vantagem alguma nisso. A questão de ‘não se apertar’ não me parece real, pois a obra só para justamente quando há algum problema orçamentário. Colocado assim, “vai construindo aos poucos, sem sufoco”, parece-me algo colocado em segundo plano e não uma das mais importantes conquistas na vida de todas

as famílias, que é a casa própria. Do ponto de vista financeiro, é um desastre. Ao começar uma obra, retira-se dinheiro de uma aplicação financeira, que rende juros, para comprar tijolos. Se você tinha R$ 20 mil, que renderiam R$ 100 em um mês ou R$ 1.200,00

Caminhos, como poupar previamente ou ainda contar com as parcelas do consórcio, são bem mais amigáveis do que o financiamento. em um ano (por exemplo), agora tem 1.000 tijolos assentados (ou menos), que serão 1.000 tijolos tanto em um como em 12 meses. Ou seja, dinheiro aplicado acelera a obra, mesmo que o início dela se dê meses depois. O argumento mais comum contra poupar primeiro e iniciar a obra depois se baseia no INCC, índi-

ce de inflação para os materiais da construção civil. Os incautos pensam que, se não comprarem agora, não poderão comprar amanhã, pois o preço de tijolo, areia, cimento, argamassa, tinta etc. ficará maior. Esse é mais um exemplo que deve ser visto com cautela, pois, se o preço do tijolo aumenta a ponto de você não poder acompanhá-lo, significa que sua obra parará e você ficará sem a casa e sem o dinheiro aplicado. Outro ponto importante é que obra que anda, para e volta a andar, fica mais cara. Muito do serviço iniciado fica comprometido pela ação de sol e da chuva, desperdícios de material se multiplicam e a retomada exigirá novas compras e contratação de outra equipe, que sempre achará algum defeito naquilo que os outros fizeram, exigindo reparos. Caso haja pressa, sugiro verificar a utilização dos consórcios para compra de material e contratação de mão de obra, inclusive arquitetos e engenheiros. Caso tenha tempo, sugiro fazer um plano financeiro de poupança e aplicações financeiras sofisticadas e turbinadas para acelerar seu projeto de modo que comece e termine dentro do prazo e de suas expectativas.

Mauro Calil Palestrante, educador financeiro, gerente geral do INI (Instituto Nacional de Investidores) e autor do livro “A Receita do Bolo”. www.calilecalil.com.br

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Aqui você aprende inglês e se diverte. A cada nova edição são novas piadinhas e vocabulários diferentes para enriquecer o seu outro idioma.

SPARE BOMB Two terrorists were driving to the location where they intended to plant a bomb, which one of them had in his lap. “Drive a little faster, the bomb may go off any minute,’ said the man carrying the explosive. “Don’t worry,” the driver assured him, “we have got a spare one in the boot.”

VOCABULARY HELP • • • • • • • • •

assure - tranquilizar, assegurar boot - porta-malas carry - carregar drive (drive, drove, driven) - dirigir faster - mais rápido go off - detonar lap - colo spare - reserva, adicional worry - preocupar

• • • • •

Cowardice Generations Two Guys in a Supermarket Canadian Siamese Twins Hearing problems

VEJA TAMBÉM

TERRIBLE OBSESSIONS

A patient complains to a famous psychologist: “Professor, I’ve been having terrible obsessions for years, and no one has ever been able to help me.’ “Who’s been treating you until now?” “Dr. Lal Rathor.” “I see. He’s an idiot. I’m curious to know what he advised you to do.” “To come and see you.”

VOCABULARY HELP • • • • • • •

advise - aconselhar been able - ser capaz come (come, came, came) - vir complain - reclamar help me - me ajudar see (see, saw, seen) - ver until now - até agora

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FIRST MARRIAGE ANNIVERSARY GIFT For their first anniversary, a man bought his young wife a cell phone. She was thrilled and listened eagerly as he explained all its features. The next day she was out shopping when the phone rang. “Hey, darling,” her husband said. “How do you like your new phone?” “Oh, I just love it!’ she gushed. “It’s so cute and small - and your voice sounds so clear. But there’s just one thing I don’t understand.” “What’s that?” “How did you know I was at the sari shop?’

VOCABULARY HELP • buy (buy, bought, bought) - comprar • cute - bonito • darling - querido • eagerly - ansiosamente • features - recursos, características • gushed - emocionar, ficar feliz • husband - marido • listen - ouvir • next day - próximo dia, dia seguinte • shop - loja • thrilled - excitada, animada • understand (understand, understood, understood) - entender, compreender • wife - esposa


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ARTIGO EVALDO COSTA

Não basta

SABER,

é preciso

T

em muita gente que acha que o saber por si só garante o sucesso. Há muita gente disposta a se sacrificar financeiramente para adquirir conhecimento facilitado. Mas será que quem busca o saber deseja mesmo conhecimento? Pode parecer estranho, mas pense, por exemplo, na pessoa que paga caro para cursar uma universidade e não comparece a todas as aulas. Pense naquele que se matricula em um curso caro em relação às suas posses e não comparece a todas as sessões, chega atrasado e não faz todos os exercícios propostos. Pense também naquele que faz vários cursos e não coloca nenhum em prática. O que essas pessoas buscam afinal de contas? É bem provável que boa parte esteja mais interessada no título que receberá (formação), do que nas informações que levará para a vida. É preciso ainda considerar que o fato da pessoa tentar parecer interessada, não quer dizer que ela está realmente interessada.Pense, por exemplo, naquele que comparece a todas as sessões do curso, participa dos exercícios propostos e anota quase tudo que ouve. Quantos assim você acha que ao final do evento consultarão as suas anotações? Pode ter certeza que são poucos os verdadeiros interessados. A maioria provavelmente deposita o material no fundo de uma gaveta ou na prateleira da estante. A minha experiência de conferencista, coach ou facilitador em treinamento, revela que muitas pessoas confundem ouvir falar com conhecimento. É mais ou menos assim: você está assistindo uma palestra, o conferencista aborda um assunto e alguém ao seu lado diz: “mas isso eu já sabia”. Muitas vezes a pessoa já ouviu falar, ou leu em algum livro, artigo, jornal e acha que domina o assunto.

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FAZER O verdadeiro saber é mais do que ter ouvido falar. É ter meios e capacidade para transformar a informação em algo mais valioso do que ela própria. Além disso, é preciso ter a consciência de que para vencer na vida, não basta saber, é preciso fazer. É como disse Martyn Lloyd Jones: «Os homens que tentam fazer algo e falham, são infinitamente melhores do que aqueles que tentam fazer nada e conseguem.» Além disso, tem muita gente que sabe muito e faz pouco. Gente que acha que basta estudar e sentar na frente da televisão que o sucesso chegará pelo controle remoto. Gente que prefere ignorar os ensinamentos de Walt Disney ao revelar que“A melhor maneira de fazer alguma coisa é parar de falar e começar a agir”. Gente assim ainda não descobriu que o sucesso advém da capacidade de transformar o conhecimento em algo que as outras pessoas apreciam. Então, podemos dizer que o sucesso está mais próximo dos que associam o saber com o fazer, transformando-os no saber fazer algo com maestria. Aquele que de tanto fazer, desenvolveu uma habilidade que causa admiração. Há muitos bons exemplos de pessoas de sucesso que encantaram e encantam o mundo com enormes capacidades de saber fazer. No entanto, vou concluir este artigo prestando uma homenagem a um ilustre brasileiro, mestre na arte do humor, que acabou de falecer. Estou falando do iluminado Chico Anísio, que tantas alegrias nos proporcionou. Usou como poucos a arte do saber e do fazer, para saber fazer humor da melhor qualidade.

Evaldo Costa Escritor, conferencista e diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil. www.evaldocosta.blogspot.com evaldocosta@evaldocosta.com


De olho no sanduíche O Brasil ocupa a segunda posição dentre os países que mais crescem com a rede de franquias Subway. A pesquisa realizada pela marca aponta 840 lojas abertas e prevê o aumento para 1.100 até o final do ano, com 30% a mais de investimento do que no ano anterior. Atualmente, a rede gera mais de dez mil empregos diretos no país. Além desses dados, esti-

ma-se que pelo mundo atenda cerca de 6 milhões de clientes. A Subway foi fundada nos EUA há mais de 45 anos e ainda pertence ao seu fundador, Fred Deluca. Sua primeira unidade fora dos EUA foi na ilha de Bahrain, em 1984. Desde então, mantém lojas ao redor do mundo com ingredientes de acordo com as características culturais do local.

MercadoPago NAS ALTURAS O MercadoPago cresceu 85% no primeiro trimestre de 2012 na América Latina. A empresa de pagamento online registrou esse aumento no volume de transações realizadas em relação ao mesmo período do ano anterior. As transações movimentaram US$ 370 milhões em volume de pagamentos nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2012. Os dados consideraram os países onde a empresa opera (Brasil, México, Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela).

TALENTOS DA MÚSICA Inscrições abertas para prêmio universitário Já estão abertas as inscrições para a 8ª edição dos Prêmios Santander Universidades. A versão atual traz como novidade uma categoria, a do Jovem Empreendedor Comunitário. O autor do projeto deverá ser da modalidade empreendedora, universitário residente, ou que comprove vir de uma comunidade carente. Outro atrativo é que agora a categoria Economia Criativa passa a fazer parte do Prêmio Santander de Empreendedorismo, que tem temas ligados a empresas inovadoras nos setores de tecnologia da informação e comunicação. Os 12 finalistas do prêmio receberão uma bolsa do programa de mobilidade internacional Ibero-Americana, no valor de 5.000 euros cada,

para estudar durante o período de até seis meses em um dos países participantes: Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, México, Uruguai, Peru, Porto Rico e Portugal. A bolsa cobre as despesas com alimentação, hospedagem, transporte, entre outras necessidades durante o período de estudos. As inscrições são feitas pelo site www.santander.com.br/ universidades até 16 de setembro de 2012.

A FNAC está com uma campanha que abre oportunidades para novos compositores e intérpretes de todos os gêneros musicais. O programa Novos Talentos Fnac 2012 é a chance que esses profissionais têm para aumentar a sua visibilidade, apresentando-se ao mercado e ao grande público. Quem tiver interesse deve, primeiramente, fazer uma inscrição por meio do e-mail facebook@fnac. com.br com os dados: nome completo, endereço, telefone e e-mail, com a apresentação do trabalho que desenvolve em vídeo ou áudio. As composições devem ser originais e inéditas e, no ato da inscrição, o candidato deve especificar em qual loja Fnac gostaria de se apresentar. Até o final do ano, os escolhidos se apresentarão pelas lojas da rede em todo o Brasil.

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No alvo

Dança das cadeiras Lua reforça time de atendimento A Lua acaba de contratar quatro novos profissionais para a equipe de atendimento. A agência de propaganda trouxe para seu time Waleska Bueno (ex-MPM), Kethyna Flores (ex-Angência Need), a trainee Taís Boaventura (ex-TV Bandeirantes) e a estagiária Ca-

rolina Lagana. Waleska possui know-how de 18 anos na área com passagem pelas principais agências do País, já Kethyna atuou como atendimento nas agências Souto Crescimento de Marca (Jundiaí), Agência Need, BZZ Comunicação (Florianópolis), D/Araújo

Positivo Informática anuncia vice-presidente de Consumo

Allied contrata diretor de canais

Nova gerente de marketing

Germano Couy é o novo vice-presidente de Produtos de Consumo da Positivo Informática. Com formação em Administração de Empresas e Análise de Sistemas e MBAs em Gestão Empresarial e em Marketing, Couy tem 43 anos e mais de 20 anos de experiência no setor de Tecnologia. Seu currículo inclui cargos de direção nas distribuidoras Bell Microproducts, Flytech e Tech Shop. Couy também ocupou a presidência na Megaware, último posto antes de assumir o cargo de vice-presidente de Produtos de Consumo na Positivo Informática.

Marcelo Brunete foi rencentemente contratado como diretor de canais da Allied. O profissional tem 25 anos de experiência na área Comercial de Vendas e Gestão de Negócios em multinacionais de grande porte, como Samsung, Coca-Cola FEMSA e Nestlé. Seu novo desafio é contribuir para a agilidade de todos os processos comerciais, refletindo asim no aumento da demanda. O executivo fica responsável pelas áreas de vendas especializadas em informática e imagem (câmeras digitais), pela divisão de acessórios para celulares, telefonia fixa e tablets, por todo o atendimento para os varejos online e televendas.

Ana Meniguini é a recém-contratada da New Age Software para a posição de gerência de marketing. A executiva tem mais de dez anos de mercado e tem como objetivo colaborar para o crescimento do negócio, além de potencializar a força e a identidade da marca. A contratação faz parte da estratégia de novo posicionamento de marca da empresa especializada em sistemas de gestão empresarial. A profissional possui vivência em marketing on e offline e passou por companhias como Blockbuster Vídeo, Drogaria Onofre, Nazca Cosméticos e multinacionais como Johnson & Johnson e Ogilvy & Mather. Ana é graduada em Administração e Marketing pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Marketing pela FGV.

Fonte: assessorias de imprensa das empresas.

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Comunicação, OneWG Comunicação, TZQG Comunicação. Taís é formada em Publicidade e Propaganda pela PUC, estagiou como atendimento ao telespectador na TV Bandeirantes. E a estagiária Carolina Lagana é estudante de Publicidade no Mackenzie.

na New Age Software


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VITRINE DE SUCESSOS

Con-viver em equipe

Mundo em crise

Vencer é ser você

Nessa obra os autores apresentam as dimensões profissional e pessoal para conviver em equipe. Também mostram como aumentar a capacidade de estabelecer relacionamentos pessoais e profissionais sustentáveis. O livro ainda trata de como deve ser a interação entre os integrantes do grupo, como se manifestam plenamente e como suas habilidades devem ser continuamente equilibradas.

O livro faz uma análise do período em que o mercado financeiro mudou e ganhou mais expressão econômica. Foi dividido em cinco partes para permitir ao leitor uma visão progressiva das transformações ocorridas desde a década de 1970 e das estratégias utilizadas pelas nações desenvolvidas, a fim de recuperar os volumes disponibilizados pelo mercado de trabalho e os níveis de crescimento econômico.

Gustavo e Magdalena Boog M.Books R$ 59,00

Claudia Kodja Editora Almedina R$ 47,00

Vencer é ser você tem a proposta de auxiliar o leitor a compreender melhor a personalidade humana. O autor fundamenta o livro nas novas descobertas da neurociência e da psicologia para ensiná-lo a lidar bem com as pessoas. Tem como tema central os relacionamentos, mas também o autoconhecimento, justifica que a partir dele é possível mudar a si e os outros para melhor, em prol da própria carreia e/ou da organização em que se atua. Eduardo Ferraz Editora Gente R$ 27,90

Manual de Gestão Organização, Processos e Práticas de Liderança Burmester apresenta a liderança como fenômeno organizacional coletivo que não depende de líderes heróis, condutores ou servidores de pessoas. O autor tem a proposta de mostrar aos leitotes como fazer as coisas de uma maneira diferente sem aderir a modismos que podem ocasionar em problemas. O livro defende a tese de que a liderança deve orientar e referenciar a ação de todos os agentes envolvidos com a organização e traz exemplos práticos do dia a dia nas empresas. Haino Burmester Editora Saraiva R$ 42,00

*Fonte: assessorias de imprensa das editoras.

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Sugestão de Sucesso

Lições de liderança do futebol para o

MUNDO CORPORATIVO

P

aixão não se explica. E como já disse o poeta “Amor é fogo que arde sem se ver”, assim também é o sentimento de uma torcida. A cada partida, o coração de cada torcedor se alegra e se inquieta, espera vivamente que o time faça o melhor em campo. Esta vontade de vencer estimula e colabora para o rendimento da equipe, carinhosamente “empurrada” pelos gritos e comemorações em belas jogadas ou gol marcados.

Com a rápida leitura de alguns capítulos, saberá como deixar a equipe afinada e ter somente craques para trabalhar ao seu lado.

Para ser campeão é fundamental o apoio e integração dos jogadores, conquistados a partir de uma boa liderança. Assim como no mundo corporativo, o futebol também precisa de bons líderes. Os relacionamentos entre técnicos, esportistas, times e os dos colaboradores, colegas de trabalho e empregadores, têm muitas semelhanças. Tantas que Edson de Paula reuniu de forma didática e divertida grande parte delas em “Torcendo por Você!”. O livro faz uma analogia entre futebol e liderança com naturalidade, ensina aos apaixonados pelo esporte como lançar mão de estratégias similares em suas vidas para alcançar o sucesso e se relacionarem bem. Por meio de histórias e ilustrações elaboradas, o leitor passeia e tem visão privilegiada no estádio onde acontece a maior partida de todos os tempos, a da própria vida. Da cadeira cativa, lê o relato de momentos especiais do autor que contribuíram ao seu desenvolvimento profissional e aprende como manter sempre cheia sua bola. Ainda descobre como ganhar o campeonato e deixar no banco de reservas os bolas murchas.

Todo mês, uma escolha para você ampliar seu conhecimento e Ser Mais! editorasermais.com.br 63


COLUNA PAULO GAUDENCIO

SUA PERGUNTA... Ultimamente o síndico do meu prédio, um senhor aposentado, não tem aplicado o Regimento Interno aos seus próprios filhos. Ele não tem outra “função” além dessa e sequer atende os pedidos dos moradores quando o assunto é barulho e baderna em festas. A maioria dos proprietários não se habilita para assumir a posição e já há alguns anos o cidadão está no posto. Como ninguém quer o “pepino”, passamos desconforto e raiva dentro de nossas próprias casas. Tentei diversas vezes conversar amigavelmente com ele, mas simplesmente fala que se não estamos satisfeitos, que façamos outra eleição para tirá-lo do cargo. Vemos abuso de poder da parte dele e falta de interesse pela maioria dos condôminos. Como a questão afeta não só a vida pessoal, mas profissional minha e dos outros, venho pedir um aconselhamento. Gilmar Ferreira Carvalho.

...GAUDENCIO

RESPONDE

Para responder, preciso falar de teologia. Vamos lá! Você sabe por que cachorro entra na igreja? Por que a porta está aberta. Se você sabe isso, sabe toda a teologia necessária para a ocasião. Em outras palavras seu vizinho age assim por que pode, e você diz isso claramente: “a maioria dos proprietários não se habilita para assumir a posição e já há alguns anos o cidadão está no posto. Como ninguém quer o “pepino”, passamos desconforto e raiva dentro de nossas próprias casas”. Ele sabe disso, por isso responde: “façam outra eleição para tirá-lo do cargo”. Está existindo abuso de poder sim, mas existe porque pode existir. A porta está aberta. E os condôminos deixam a porta aberta. Com ele abusando do poder, todos escondem o próprio egoísmo atrás dessa desculpa verdadeira.

Paulo Gaudencio Psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo (USP). Dedica-se há mais de 40 anos à psicoterapia de grupo e à pesquisa científica.

Você também procura respostas? pergunteaogaudencio@revistasermais.com.br 64 editorasermais.com.br


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+EXPRESSAO REINALDO POLITO

Invista no bom RELACIONAMENTO

H

oje, mais que nunca, se torna ainda mais importante ter uma extensa rede de contatos para o sucesso da carreira e da projeção social. Ser bem relacionado significa abrir portas para uma vida mais descomplicada, mais fácil, melhor. Mesmo que você não conheça pessoas que saibam como resolver determinada questão, com um relacionamento mais extenso as chances de que alguém abra as portas certas se ampliam. Analise como você chegou a ser o que é hoje. Vai constatar que os caminhos se abriram a partir dos relacionamentos que construiu. Não perca a oportunidade de participar dos eventos que envolvem profissionais ligados à sua atividade. Você só terá benefícios e multiplicará suas chances de conhecer novas pessoas e de reencontrar velhos amigos. Reforce a quantidade de cartões de visita e acrescente novos nomes à sua agenda de endereços e telefones. Amplie suas possibilidades de ver e ser visto. Falando em cartões de visitas, não existe nada mais prático e eficiente que esse antigo recurso para estreitar o relacionamento. Por isso, ande sempre com um bom estoque deles na carteira. Nem preciso dizer que deve tomar cuidado para não sair por aí distribuindo cartões como se fossem panfletos publicitários. Eles devem ser entregues com critério e bom senso, isto é, quando o contato com a pessoa for mesmo efetivado.

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Alguns contatos são tão importantes que vale a pena dedicar a eles atenção especial. Por exemplo, antes de entregar o cartão, anotar a mão no verso o número do seu celular ou da sua residência. Essa atitude será uma demonstração de como você considera a pessoa. Aproveite o verso do cartão para registrar depois do encontro tudo o que souber a respeito da pessoa. Escreva especialmente o nome de quem a apresentou a você e o local onde se conheceram. Guardar o nome das pessoas é fundamental para se relacionar bem. Você precisa ser sincero. Ter bom relacionamento não significa manter contato com pessoas para se aproveitar do fato de conhecê-las. Para que um relacionamento seja interessante é preciso existir uma

troca, em que você e a pessoa com a qual passou a manter contato se sintam à vontade para continuar conversando, se correspondendo e apresentando novas pessoas que conheçam. Procure ser útil às pessoas que conhecer, pondo seus contatos e informações à disposição delas. Pode ter certeza de que os outros procurarão fazer o mesmo por você. Não existe nada mais repulsivo do que perceber que uma pessoa só se aproximou tentando estreitar o relacionamento para levar algum tipo de vantagem. Agindo com transparência e sinceridade, se no futuro um precisar da ajuda do outro, naturalmente o auxílio será prestado. Conhecer e se relacionar com outras pessoas sem “segundas intenções” proporciona alegria incomparável. Você ficará surpreso ao verificar como a vida se torna mais interessante e as possibilidades de novos projetos surgem com maior facilidade. Não custa nada, dá muito prazer e é extremamente motivador.

Reinaldo Polito Mestre em Ciências da Comunicação, palestrante, professor de expressão verbal e autor consagrado. www.polito.com.br


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