Sermais edicao 32

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Expediente A revista Ser Mais é uma publicação mensal. Ano 3 | Nº 32 Diretor Editorial: Mauricio Sita Diretora Executiva: Julyana Rosa Diretora de Operações: Alessandra Ksenhuck Gerente de Projetos: Gleide Santos Redatora: Marília Marrafon Projeto Gráfico: Henrique Melo Direção de Arte: Estúdio Mulata (www.estudiomulata.com.br) Relacionamento com o cliente: Claudia Lima Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968 assinaturas@revistasermais.com.br Cartas para a redação: Av. Rangel Pestana, 1.105 – 3º andar. São Paulo - CEP 03001-000 redacao@revistasermais.com.br http://twitter.com/revistasermais Skype: revistasermais Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e email. A Ser Mais reserva-se o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas. O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax, telefone ou e-mail); e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque. Central do Anunciante: publicidade@revistasermais.com.br [11] 2691-6706 Representante Comercial – Região Sul: Beth Meger Rua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509 Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898 Ser Mais é a revista oficial da Associação Brasileira de Desenvolvimento Comportamental (ABDCOM). Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A Cadastre-se no site www.revistasermais.com.br para receber nossa newsletter. Impressão e Acabamento: Vox

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“Caro Leitor” Líder coach, o líder do futuro Up 2 date Motivos em ação Cidadão 21 Moda, beleza e estilo 2.0 Coaching - André Percia +otimista - A maior vitória MANUAL DO SUCESSO Inovação A Terapia Analítico-Comportamental Recursos humanos x gestão de pessoas

50 52 54 56 58 60 62 64 66

7 caminhos para evitar o cansaço mental em vendas Liderança Humanizada nas Organizações Media training: ontem e hoje Fun Learning Empreendedor - Compositor do seu sucesso No alvo +vitrine Gaudencio responde +Expressão – Cuidado com atividades paralelas

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Especialistas nesta edição Alda Marmo

4 editorasermais.com.br Luiz Cláudio Riantash

André Percia

Bete D’Elia

Cersi Machado

Fabiano Brum

Marcelo Ortega

Nelson Vieira

Ômar Souki

Paulo Gaudencio

Fábio França

Reinaldo Polito

Flávio Souza

Lisiane Szeckir

Valtermario Rodrigues

Wagner Galletti Valença


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Gestão integrada holística 30

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Afinal, o que quer o cliente?

Comportamento Organizacional: os sanguessugas corporativos

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CAPA Motivar é um desafio que vale a pena Jogo Rápido Gil Jung

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EDITORAL O inverno é uma época em que ficamos mais introspectivos. As baixas temperaturas nos convidam aos ambientes fechados e nos quais possamos ficar confortáveis. Em casa ou no escritório, por mais que a vida esteja corrida, sempre conseguimos uma pausa para o café. A bebida, além de nos aquecer, convida à reflexão e à leitura. Imagine-se, agora, sentado com a sua Ser Mais. Ao folhear as páginas, passará por textos que irão prender a sua atenção como o artigo especialmente elaborado por Bete D’Elia, que trata da Gestão Integrada Holística. O tema é muito pertinente em tempos que o ser humano foi fragmentado pelas diversas áreas do conhecimento, e no qual somos avaliados e vistos por tais setores isoladamente. A autora explica o tema e propõe uma forma mais humanizada de trabalho ao desenvolver pessoas, vendo-as por completo, com todas as suas características. E é nessa linha que segue outra leitura da revista, proposta por Alda Marmo. Terapia Analítico Comportamental explica um pouco as relações entre o indivíduo e o ambiente, como ele se comporta, o que faz e sente dentro de um contexto. A temática vem para aprofundar os seus conhecimentos sobre si mesmo. Também propõe uma pequena autoanálise, a fim de ampliar a compreensão dos desafios do cotidiano. Como já deve ter percebido, o foco desta edição está no seu crescimento como pessoa. Para tanto, é preciso estar bem profissionalmente. Você se sente feliz onde trabalha? Como é o ambiente? Ao responder essas perguntas, vale uma lida no texto de Cersi Machado. O palestrante fala exatamente do assunto, por meio da conscientização das lideranças; para que o local do serviço seja agradável. A transformação do espaço de trabalho deve começar de cima, para que os colaboradores tenham o exemplo em seus superiores e em quem se espelhar. Tendo isso em vista, deixo a dica do texto de Wagner Galetti, Recursos Humanos x Gestão de Pessoas, para ilustrar o comprometimento que os gestores de pessoas devem ter com o talento humano nas organizações. Os líderes, para serem agentes da mudança, devem estar em constante evolução. Precisam atualizar-se e conhecer as ferramentas para o aprimoramento. O coaching é justamente uma delas. Luiz Cláudio Riantash o aborda de maneira bastante didática em Líder coach, o líder do futuro. Seu artigo fala dos benefícios desse tipo de liderança e, inclusive, detalha as principais características de quem trabalha sob essa ótica. São muitos os conteúdos interessantes nesta revista, no entanto, fico por aqui para o leitor poder ir logo aproveitá-los. Finalizo somente com um agradecimento aos outros colaboradores da edição, que souberam com maestria trazer assuntos pertinentes a você. Fica aqui meu grande abraço a: Lisiane Szeckir, Fabiano Brum, Flávio Souza, Valtermário Rodrigues e Fábio França. Boa leitura!

Julyana Rosa Diretora executiva Editora Ser Mais

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´ ARTIGO LUIZ CLAUDIO RIANTASH

LIDER COACH o Líder do Futuro

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á alguns séculos atrás imperava a figura do chefe. Com a evolução das relações de trabalho surgiu o líder. Para levar as empresas e as equipes a uma evolução integral e sustentável, surge a necessidade do líder coach. O líder coach é o profissional que consegue unir a essência da liderança com o poder das ferramentas do coaching. O líder tradicional foca somente nos resultados, utiliza do comando e do controle, dá ordens, dá conselhos, tem funcionários e não prepara o grupo para pensar. No processo de coaching, o foco é na pessoas, e no seu desenvolvimento. O líder coach é o líder do futuro porque ele é caminho do meio, ele representa o equilíbro das duas metodologias. O líder coach foca nas boas relações e nos grandes resultados. Estamos numa era em que os talentos não mais demitem-se da empresa e sim dos chefes. De cada 3 pedidos de demissão, 2 são por problemas com o líder imediato. 8 editorasermais.com.br

O líder do futuro precisa capacitar, treinar, dar feedbacks constantes, motivar e energizar a sua equipe. Precisa se duplicar também. O paradoxo do líder é que quanto mais insubstituível, pior líder é. O líder coach é aquele que contrata pessoas melhores do que ele e não tem medo de ser substituído. O segredo de organizações como Circo de Soleil, Google, Aple e Microsoft é contratar pessoas extraordinárias. 4 Benefícios do estilo de liderança coach 1.

Equipes se desenvolvendo constantemente Segundo o Autor Rogério Caldas, para cada real investido em treinamento e capacitação, 5 reais retornam ao caixa da empresa. Em gestão de pessoas é necessária paciência e persistência até que finalmente se conquiste a alta performance dos seus membros. O líder coach é um treinador e investe em seminários de capacitação também.


2.

Liderados responsáveis e comprometidos - O comprometimento vem da descoberta e do alinhamento do sonho, valores e missão pessoal com os da organização.

3.

Comunicação assertiva e feedbacks constantes - A maior parte dos colaboradores não sabe o que se espera dele. É importante ter isso claro e saber como anda o desempenho, para poder ser ajustado durante a jornada.

4.

Equipes empoderadas e com alto desempenho - O Lider Coach confia na sua equipe e delega poderes. Empodera com o estímulo à iniciativa. Apóia a equipe a pensar e a ser autodirigida.

O líder coach atua no sistema pessoa-a-pessoa. Ele tem encontros individuais de pelo menos 15 minutos por semana com cada liderado. Nesses encontros o gestor vai alinhar as metas da semana. Na próxima semana se repete o processo, verificando o que foi feito e o que não foi feito.

1.

Boa escuta - o líder coach fala 20% e escuta 80%. Ele o faz de maneira atenta e completa. Saber ouvir é uma das atitudes mais importantes do líder. A equipe, se for ouvida, vai entregar quase todas as respostas.

2.

Capacidade de fazer perguntas poderosas com foco no futuro e na ação - O líder do futuro não é o que sabe as respostas, é o que sabe perguntar. A pergunta deve ser aberta e orientadas à solução. Ex.: “O que você pode fazer essa semana para melhorar a produtividade do seu setor?” “Como você pode bater a sua meta até o final do mês?”

Para as ações realizadas, o liderado deve ser motivado e reconhecido. Para o não realizado deve receber feedback. Essa atenção individualizada semanal gera motivação e aumento da performance, uma vez que ela é acompanhada bem de perto pelo líder. Para desempenhar com excelência esse processo, o líder coach precisa desenvolver habilidades interpessoais. De acordo com a organização Condor Blanco Internacional, que promove seminários de coaching e liderança em 16 países, seguem 3 habilidades do líder Coach:

O líder coach troca os conselhos pelas perguntas, porque dar conselho não gera comprometimento, uma vez que vem do outro e não de si próprio. Além disso, deve focar em objetivos em médio prazo e metas de curto prazo. Tirar a pessoa do papel de vítima e levar à ação. Definir tarefas práticas com datas de entrega. 3.

Incentivo E Reconhecimento - Reconhecer todos os avanços, mostrar que pode mais, estirar os limites e promover ou premiar sempre que possível.

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“Reconhecer é expressar a realidade de uma maneira saudável e positiva. O Reconhecimento é uma ferramenta poderosa que permite estimular o bom desempenho, desenvolver a autoestima e reforçar os bons comportamentos.” Suryavan Solar, autor do Livro Manual para Líderes. A Liderança coach é voltada para servir. Cria a lealdade e a satisfação

do colaborador, aumenta a produtividade, melhora o relacionamento com os líderes e gera um bom ambiente de trabalho. A consequência é a criação da paixão no colaborador, que gera a satisfação do cliente e, consequentemente, a sua fidelidade. Com a devoção do cliente, a empresa se torna o fornecedor preferido, o empregador preferido e o investi-

mento preferido. O resultado é a vitalidade da organização. Todos saem vitoriosos quando se tem um líder coach. “No futuro, gestores que não forem coaches não serão promovidos, gestores que forem coaches, serão a regra.”Jack Welch, ex-CEO da GE, eleito o executivo do século XX.

Luiz Cláudio Riantash

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Professor de Oratória. Diretor da Humanni Assessoria e Treinamento Pessoal. Coautor do livro Ser+ com Equipes de Alto Desempenho. www.humanni.com.br riantash@humanni.com


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ARTIGO BETE D’ELIA

Gestão Integrada HOLÍSTICA

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ara falarmos de Gestão integrada holística, é necessário fazer um retrospecto às décadas de 80 e 90, em que o mundo se preparava para entrar no 3º milênio e vislumbrava a chegada de uma mudança maior, preconizada por muitos estudiosos como “a mudança da mudança”. Vivíamos o fechamento da Era de Peixes – e o nascimento da esperada Era de Aquarius. Esse importante momento registrou a entrada da palavra “holística” no contexto social, principalmente, porque seu significado tinha total sintonia com os prenúncios do século XXI. Holística vem de holus, do grego, que quer dizer todo. Até então, o mundo, a sociedade, todas as áreas do saber tinham como verdade absoluta o aprendizado segmentado. A proposta holística quebrou radicalmente este paradigma, mostrando a potencialidade do ser integral 12 editorasermais.com.br

e a possibilidade de resgatar as partes adormecidas, em prol de um desenvolvimento amplo, no campo pessoal e profissional. Este chamado ousado ocorreu, inicialmente, na parte filosófica, orquestrado por respeitados estudiosos, como Fritijof Capra, Pierre Weil entre outros. Segundo eles, estávamos vivendo um momento único”: “Não se trata de um novo sistema político, religioso ou econômico. É uma nova mentalidade - uma reviravolta importante na consciência”. Estamos vivendo um momento de síntese, integração e globalização. A humanidade é chamada a colar as partes que ela mesma separou nos séculos em que se submeteu à ditadura da razão”. Começava a ficar evidente que tudo estava ligado e interdependente: fenômenos biológicos, psicológicos sociais e ambientais. Fritijof Capra, em O Ponto de Mutação, nos ajuda a compreender com mais propriedade essa relação.

“Essa nova visão inclui a emergente visão sistêmica de vida, mente, consciência e evolução, a correspondente abordagem holística de saúde e da cura; a integração dos enfoques ocidental e oriental da psicologia e da psicoterapia, uma nova estrutura conceitual para a economia e a tecnologia e uma perspectiva ecológica e feminista, que é espiritual em sua natureza essencial e acarretará mudanças em nossas estruturas sociais e políticas”. Pierre Weil enriquece essa abordagem agregando que “A abordagem holística propõe uma visão não fragmentada da realidade, onde sensação, sentimento, razão e intuição se equilibram e se reforçam. A holística é uma atitude diante da realidade, uma forma de ver e compreender o mundo, um espaço onde é permitido um intercâmbio dinâmico entre Ciência, arte, filosofia e as tradições espirituais. O pensamento holístico permeia todos os níveis de atuação do indivíduo. Admite todas as religiões. Admite todos os sistemas filosóficos. Não


os mescla, não os mistura. Respeita o que cada um tem de importante e entende que a diversidade é não somente aceitável, como até recomendável e essencial para a riqueza e a fertilização do pensamento. Não exclui, não condena, não separa” As décadas de 80 e 90 foram férteis em preparar a sociedade e o ser humano para entenderem a proposta holística. Vários segmentos aceitaram o novo desafio, apresentando inúmeras opções dessa forma de crescimento, no campo pessoal e profissional. As pessoas passaram a se descobrir como seres completos, em que as dimensões – física, mental, emocional e espiritual – poderiam ser ativadas em prol da evolução, da melhoria do desempenho em todas as áreas. A conexão corpo, mente e alma passou a ser a bandeira de muitos, que souberam formar uma massa crítica, sensibilizando frentes refratárias, onde só havia espaço para a razão. Adentramos em 2001 com novos e promissores ventos re-

Não se trata de um novo sistema político, religioso ou econômico. É uma nova mentalidade - uma reviravolta importante na consciência. Estamos vivendo um momento de síntese, integração e globalização.

presentando a nova era e o 3º milênio. Com uma grande esperança de que os ganhos seriam tangíveis e motivadores para a escolha da importante mudança: o investimento no ser holístico, na liderança compatível com esse perfil, na construção de uma empresa sedimentada pelos mesmos princípios. Estamos em 2012 . Percorremos mais de uma década direcionados por essas diretrizes . Temos certeza de que houve avanços significativos na sua implementação. Podemos celebrar algumas conquistas concretas. Mas, quando trazemos à tona o assunto “Gestão Integrada Holística”, pairam algumas dúvidas e faltam respostas para importantes perguntas. A gestão integrada holística é referência, na atualidade, como modelo de gestão viável no mundo corporativo, moldado com as características do mundo globalizado, competitivo e direcionado para resultados?

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As empresas se prepararam, adequadamente, para que essa proposta fosse realmente implantada, desenvolvida e monitorada? Quantas organizações optaram pelo imediatismo, ao constatarem que a escolha da gestão integrada holística exigiria total e permanente investimento na mudança do seu fio condutor, no perfil dos líderes e das equipes? Não temos a pretensão de dar essas respostas. Mas, podemos apresentar alguns dados percebidos nessa trajetória, em que tivemos o privilégio de participar, como um convite à reflexão, bem como à responsabilidade que temos como agentes de mudança do ambiente empresarial. A gestão integrada holística evidencia seus diferenciadores, ao possibilitar que todos que nela participem dêem o seu melhor, como resultado do desenvolvimento integral. Como consequência da potencialidade coletiva, é natural a vantagem competitiva no segmento de negócio, bem como a otimização da produtividade e do comprometimento consciente de todos à conquista dos objetivos e ao crescimento permanente. Não é uma utopia e sim a opção por um caminho árduo, de investir na mudança interna das suas pessoas . É a certeza de estar iniciando um percurso longo, com resultados gradativos a médio e a longo prazo. Por não ser linear, apresentará dificuldades, avanços e retrocessos. Mas será mantido pela persistência incansável e permanente de mentores, motivados e dispostos a recomeçar, sempre que necessário. A dificuldade dessa jornada, mesmo sinalizando inúmeros benefícios , teve uma adesão que consideramos incipiente. A pressão por gerar resultados, com velocidade, a necessidade de encarar a acirrada competitividade para permanecer no mercado, fez com que muitas empresas voltassem aos modelos tradicionais , mesmo com o risco de também provocarem posturas imediatistas nos profissionais. O atual “calcanhar de Aquiles” de várias organizações é a retenção de seus talentos. Os profissionais incentivados apenas a entregar resultados não criam vínculos. Agem movidos pelas regras do mercado de troca; mudam, frequentemente, de empresa, em busca de melhores condições. Quando o modelo de gestão não privilegia o crescimento integral, não inclui a preocupação com a qualidade pessoal e profissional, não oferece um ambiente propício à realização e à felicidade, as pessoas ficam lá de passagem, apenas comprometidas com o contrato de trabalho e não com toda a plenitude que ele pode propiciar ao ser humano.

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A gestão integrada holística é ainda uma escolha para poucos, mesmo que as vantagens do modelo pareçam lógicas e coerentes. Visualize uma empresa, de qualquer segmento, em que todas as atividades e processos sejam importantes e interdependentes, na parte estratégica, tática e operacional. Imagine líderes e liderados investindo no desenvolvimento conectado do corpo, mente e alma, e colocando toda a sua potencialidade a serviço do desempenho e dos objetivos do negócio. Agregue ainda a esse círculo virtuoso um processo permanente de nutrição e monitoramento ao crescimento diário. É desnecessário dizer que exige coragem, audácia, crença no ser humano e, principalmente, uma aposta na perenidade. Não é algo construído do dia para a noite. Podemos afirmar que as organizações que adotaram a gestão integrada holística são líderes em seus segmentos, referências de qualidade e produtividade, além de terem facilidade em manter os seus profissionais. Como o 3º milênio e o mundo globalizado também trouxeram os conceitos de tempo real, velocidade, inovação, produtos e serviços descartáveis, parece incongruente para muitos a escolha de um modelo de gestão que exige

Bete D’Elia Coach,palestrante, instrutora de cursos e Diretora Toucher Desenvolvimento Humano. Coautora do livro Ser+ em Gestão do Tempo e Produtividade. www.betedelia.com.br betedelia@uol.com.br

tempo para se consolidar e dar frutos. Como profissionais de desenvolvimento pessoal e profissional, além de constatarmos essa aparente incongruência no cenário corporativo, cabe-nos também o desafio de lutar pelos modelos que estejam coerentes com o nosso trabalho. Além de ser adepta, defensora e praticante da gestão integrada holística, minha missão é ajudar a solidificar suas raízes nessa e nas próximas décadas do século XXI, como forma de contribuir para que o ambiente do trabalho e o mundo se tornem lugares em que a convivência possa ser mais humana, ética, saudável e feliz. Referências bibliográficas CAPRA, Fritjof. O Ponto de Mutação. 9ª Edição. São Paulo, Sp. Editora Cultrix, 1993, 445 p. C FERGUSON, Marilyn. A Conspiração Aquariana. 7ª edição. Rio de Janeiro, RJ, Editora Record, 1992, 411 p. NAISBITT, John & ABURDENE, Patrícia. Megatrends 2000. 5ª edição. São Paulo, SP, Editora Amana-Key, 1990, 461 WEIL, Pierre. A arte de Viver em Paz. 3ª edição. São Paulo, SP. Editora Gente, 1993. 93 p.

A pressão por gerar resultados, com velocidade, a necessidade de encarar a acirrada competitividade para permanecer no mercado, fez com que muitas empresas voltassem aos modelos tradicionais, mesmo com o risco de também provocarem posturas imediatistas nos profissionais.

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^ SE ATUALIZAR UP 2 DATE NOVIDADES PARA VOCE

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1- Macbook Pro Retina Display A Apple deu mais um passo a frente dos concorrentes no que diz respeito aos computadores. Acaba de ser lançado o novo Macbook Pro, com a tão aguardada Retina Display. A tela possui uma resolução tão alta, que acabou deixando os ultrabooks para trás. A tela, de 15,6 polegadas, possui 2880 x 1800 pixels de resolução. Mas se você ainda tem dúvidas do que isso significa, a tela do Pro Retina Display tem 5 milhões de pixels, enquanto uma TV Full HD possui 3 milhões de pixels. O único modelo em venda sai por US$ 2199.

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2- Arrumar a cama é passado!

Você é daquele tipo de pessoa que acorda todo dia atrasado para o trabalho e nem tem tempo de arrumar a cama? Pois bem, a OHEA, fabricante de móveis espanhola, acaba de anunciar uma cama que se arruma sozinha. Agora você não vai ter mais que se preocupar com essa tarefa diária, já que a cama tem braços mecânicos que esticam o lençol pelas laterais. Além disso, ela também possui dois suportes que levantam os travesseiros para deixar tudo muito bem organizado.

3- Lâmpada multicor

Fazer festa em casa pode ficar mais divertido. Se a preocupação é criar um clima agradável para os convidados, a lâmpada multicolor LED vai resolver o problema. Você pode escolher qual cor gostaria de emitir, além de controlar os níveis de luminosidade. Ao todo, são 16 opções de cores, todas ajustáveis através de um controle remoto. O produto custa 39 dólares e pode ser encontrado no site ThinkGeek.

4- Suas plantas em boas“mãos” Muita gente costuma ter plantas em casa, mas fato é que grande parte acaba se esquecendo delas e, quando


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percebem, já estão quase morrendo nos vasos secos. Com o intuito de resolver essa situação, cientistas e biólogos criaram o Koubachi, sensor que mede a qualidade da terra, a luminosidade e a temperatura ambiente. Por wi-fi, ele transmite para o celular do dono a informação e do que a planta precisa. O sensor pode ser adquirido na loja online da Koubachi.

5- Leap, o “mouse” 3D

Ao que tudo indica, em breve, os mouses, trackpads, teclados e, até mesmo, touchscreen ficarão no passado. A bola da vez é o Leap, da empresa norte-americana, a Leap Motion, dispositi-

vo de controle de movimentos 3D. Assim, é possível controlar as atividades em frente ao computador como se fosse um mouse, porém com muito mais precisão. A companhia promete lançar o produto no mercado ano que vem.

6- Lentes para celular

Fato é: as pessoas estão, cada vez mais, descobrindo maneiras de aperfeiçoar o uso das câmeras dos celulares. Desde o desenvolvimento de aplicativos com filtros, como Instagram, até lentes que podem ser acopladas ao aparelho. Uma delas é produzida pela Sanwa. A lente possui zoom de até 12x e ainda vem com

um minitripé para você apoiar o celular e tirar fotos ainda mais legais.

7- Acessórios para câmeras

E, falando em câmeras...para o fotógrafos profissionais, surge uma nova opção na hora de fazer time lapses. Criado por Chris Thomson e Bem Ryan, o acessório chamado Genie permite que o fotógrafo tenha maior controle na hora de tirar as fotos. Tudo isso porque é possível controlar e mudar a direção em que a foto vai ser tirada, além de programar a duração dos disparos. A novidade é que o acessório pode ser preso em qualquer superfície e não se limita ao tripé da câmera.

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MERCADO CORPORATIVO NELSON VIEIRA

Comportamento Organizacional:

Os Sanguessugas

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CORPORATIVOS

á muito já não é novidade que o ambiente corporativo é um organismo vivo, que pensa, sente e se comporta como qualquer ser humano já que é formado eminentemente por pessoas. Dessa forma, o seu comportamento impacta diretamente no clima organizacional, afetando a produtividade, o moral e o entusiasmo da equipe, que se reflete na qualidade dos produtos e serviços oferecidos e, por conseguinte, nas relações com o cliente. Assim, é preciso entender que uma empresa é composta por diferentes perfis de pessoas que interagem entre si, cada qual a seu modo, por exemplo: Há pessoas mais expansivas, comunicativas e conciliadoras; há aquelas mais executoras, competitivas e voltadas para os resultados; há ainda aqueles mais planejadores, criativos, visionários e perfeccionistas, vivem cheios de novas ideias e projetos e; também, aqueles de perfil mais analítico, com pensamento cartesiano, são detalhistas e pragmáticos, nem sempre são simpáticos e seguem à risca as normas. Não existe um perfil melhor do que o outro, todos são fundamentais para manter a empresa em perfeito equilíbrio. Quando essas pessoas conhecem-se mutuamente e a seus respectivos papéis na empresa, passam a se respeitar, apesar das diferenças, e crescem com isso. Contudo, existe uma dada característica comportamental que prejudica as relações, degrada o clima e deteriora o ambiente. Ela ocorre quando as pessoas tentam dominar umas as outras, sugando-lhes a energia ao invés de doar-lhes, o que pode ser mais comum do que imaginamos. Daí a metáfora dos sanguessugas corporativos. João era um gerente corporativo de desenvolvimento organizacional de uma empresa de grande porte que somava com vários profissionais e executivos oriundos de

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vários estados do Brasil, para ele, era um período muito importante, dada a rica troca de conhecimentos e experiências acerca do mundo corporativo. Tinha uma característica de ser bastante entusiasta em suas atividades, jamais fazia algo simplesmente por fazer, tudo o que fazia era com muita satisfação, desde um simples bom dia até a participação em reuniões e envolvimento em novos projetos. Assim, visitava todas as áreas da empresa e cumprimentava as equipes diariamente, sempre com um cordial bom dia, acompanhado de um sorriso e duas palmas até o cumprimento individualizado ao que as equipes retribuíam com natural cordialidade e entusiasmo. No entanto, certo dia, em um departamento, para a sua surpresa, João foi abordado pelo gestor de lá – seu par – que o indagou: – Oh bichão, e aê, não entendi. Qual o intuito daquelas palmas? O que você pretendia com aquilo? Ao que respondeu, ainda atônito pela abordagem do colega, a quem tanto admirava e tinha profunda estima e consideração: – Ora, apenas fiz o que sempre faço! E ele prosseguiu com certa truculência: – Pois eu deixo aqui registrada a minha indignação. Que isso não se repita na minha área! João deixou a sala tranquilamente e, em silêncio, mas aquela atitude o atingiu bem no fundo da alma, pois ja-

Cada indivíduo que deixa o seu emprego leva consigo conhecimentos que valem a pena reter. E cada novo funcionário contratado trará conhecimentos que merecem ser compartilhados por todos.


mais pensou em desrespeitá-lo, sua intenção era tão somente a de compartilhar mais um dia, mais um pouco de sua alegria e de sua satisfação em estar ali, trabalhando, fazendo o que gosta, compartilhando momentos agradáveis com aquelas pessoas, quem sabe até ajudando a alegrar o dia de alguém e óbvio, se retroalimentando de toda aquela energia. Porém, ocorreu o inverso, depois daquela conversa João sentiu-se sem ânimo, desgastado, apático, triste, sem forças sequer para teclar, foi um golpe traiçoeiro em sua autoestima enquanto estava desarmado e “entre amigos”. Que lições tiramos desta situação? Os sanguessugas corporativos não sugam, à priori, o sangue de outras pessoas, tampouco dinheiro, eles sugam o que você tem de mais precioso: o seu espírito, seu entusiasmo, sua alegria, seu talento. E detalhe, eles não precisam necessariamente ocupar cargos de liderança nas organizações, podem estar na média gerência, supervisão, portaria, serviços gerais e outros profissionais exercendo cargos de menor expressão, embora não menos importantes. Suas ventosas estão ocultas sobre os recônditos da sua frustração, do seu autodesconhecimento, da sua inveja, ciúme e amargura. Normalmente, alimentam conversas paralelas e sem propósito, boicotam profissionais e dificultam o desenvolvimento de novos projetos. Assim, para que uma empresa seja mais produtiva, é

importante permitir que os profissionais se descubram, dêem vazão para o seu talento, deixem o seu verdadeiro potencial se manifestar, usem a criatividade de modo responsável, respeitem-se, perdoem-se, acreditem ser uma fonte inesgotável de recursos, afinal, ninguém precisa da energia de ninguém, e tampouco apagar o brilho de quem quer que seja. Portanto, acredite mais em si mesmo e use “suas ventosas” para transfundir-se, compartilhando coisas boas, abstraindo o que há de melhor no outro, sem sugar-lhe, mas transmitindo também o que você tem de melhor. Desse modo, descobrirá um mundo de possibilidades rico e abundante no ambiente corporativo com espaço para todos.

Nelson Vieira Advanced Coach Sênior e Master Coach Trainer. Palestrante comportamental e psicólogo clínico. Coautor dos livros: Manual Completo de Coaching e Manual Completo de PNL. www.nelsonvieira.com.br. contato@nelsonvieira.com.br

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ARTIGO | VALTERMARIO RODRIGUES

Motivos em

Ação M

otivação é todo motivo que leva alguém a fazer alguma coisa. Motivação (motivo em ação). Essa é a definição mais simples e perfeita que encontrei sobre o tema Motivação.

A motivação intrínseca, que está dentro de cada um de nós, é preponderante para o sucesso pessoal e profissional, embora a motivação extrínseca (de fora pra dentro) possa nos estimular em curto prazo. O sucesso, normalmente, não é resultado da sorte e sim consequência do trabalho e da busca constante pela realização de sonhos e metas.

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A história da Sra. Mari retrata muito bem o conceito de motivação. Ela é um exemplo de pessoa motivada. Na década de 80 saiu do interior da Bahia e veio para a capital em busca de conquistar seus objetivos. Em determinado momento, traçou como meta principal adquirir a casa própria: decidiu comprar um apartamento e não mais depender de aluguel. Eis, então, um motivo, uma motivação para entrar em ação. Trabalhava das oito às dezoito horas como assistente administrativa em uma Construtora, nas horas vagas comercializava roupas, e com o lucro adquirido dessa atividade deu entrada na compra do tão sonhado apartamento. Como diz o ditado popular, “quem trabalha Deus ajuda”, na década de 90 apareceu em sua vida um homem maravilhoso, o autor desse artigo (modéstia à parte... risos), com o qual se casou e vivem felizes na busca pela realização de outros sonhos. Contei a história de minha esposa apenas para ilustrar esse artigo,

mas poderia ter contado a história de algum amigo, colega de trabalho ou personalidade da mídia. Todo profissional de vendas tem sonhos e objetivos de curto e/ou longo prazos; o que falta para muitos deles é atitude; espírito empreendedor; foco, ousadia, disciplina, planejamento, persistência: Na verdade falta AÇÃO, falta motivação. Infelizmente o que presenciamos em muitas empresas são colaboradores, principalmente vendedores, que apenas reclamam de preço,

prazo, entrega, reclamam das normas e procedimentos. Preocupam-se apenas em cumprir a meta estabelecida pela empresa, quando na verdade o profissional de vendas deve trabalhar com uma visão de futuro, vislumbrar seus sonhos e metas e trilhar o caminho em busca da realização de seus objetivos. Bola pra frente! Planejamento é essencial e como diz um provérbio chinês “para quem não sabe aonde quer chegar qualquer caminho serve”.

Valtermario Rodrigues Analista Administrativo Sênior da Distribuidora Automotiva S/A. Membro do Núcleo de Estudos do CRA/BA. Coautor do livro Ser+ Inovador em RH. valtermariosr@distribuidora. com.br

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´ POR UM PLANETA SUSTENTAVEL

Música e sustentabilidade Todo mundo está de olho na preservação do planeta e, quanto maior o número de produtos sustentáveis, melhor ainda! Pensando nisso, os brasileiros Eduardo Medeiros e Bruno Araujo, criadores da Echo Music, desenvolveram instrumentos musicais ecológicos, fabricados com matéria-prima certificada. Eles criaram uma maneira diferente de produzir guitarras e deixaram os usuais e poluentes metais e polímeros de lado. As tintas são à base de água e o alumínio é reciclado.

Móveis reciclados As embalagens de alimentos que nós jogamos fora todos os dias podem, não necessariamente, virar lixo. O designer Stephen Burks apresentou, na última Semana de Design de Milão, móveis produzidos a partir de materiais reciclados, como sacos plásticos e embalagens de bebida. A coleção é composta por poltronas, bancos e uma mesinha de centro.

Arte e

SOM

Você já imaginou uma harpa gigante? O britânico Luke Jarram imaginou e colocou em prática. Ele criou um instrumento que ressoa sons a partir dos movimentos do vento e o melhor, sem necessidade de energia elétrica. A peça, chamada Aelus, foi construída a partir de tubos de aço com cordas de nylon ligadas ao centro da peça. O objetivo é alterar as percepções visuais e auditivas do visitante sem a necessidade de amplificação e instrumentos elétricos.

KeepCup Na tentativa de diminuir o descarte de copos de café, o site eCycle apresentou um novo conceito de copo reutilizável, personalizado e térmico. Desenvolvido pelos irmãos Jamie e Abigail Forsyth, o KeepCup mantém o líquido quente por, pelo menos, meia hora e ainda é compatível com a maioria dos porta-copos existentes. Além disso, pode ser usado no forno microondas e nas máquinas de lavar louças. Desde seu lançamento, cerca de 2 bilhões de copos não foram jogados no lixo. O produto pode ser adquirido no site keepcup.com editorasermais.com.br 23


ARTIGO LISIANE SZECKIR

Afinal, o que quer o cliente?

E

sta é uma das maiores dúvidas quando encontro com públicos de vendas e atendimento de vários segmentos, em palestras e capacitações. Aos seus olhos, muito se faz pelo cliente, mais do que se poderia, aliás, e este ainda não se diz satisfeito. Os sistemas de avaliação muitas vezes não conseguem identificar o porquê da insatisfação e, assim, várias empresas e profissionais sentem-se perdidos quando se fala em bom atendimento. Uma questão, porém, chama muito a atenção. Há pelo menos uma década fala-se muito em ENCANTAMENTO, em palestras, livros, programas de treinamento. Vende-se muito a ideia e a necessidade de encantar o cliente como estratégia de fidelização. Estratégia válida, diga-se de passagem, quando, e somente quando a satisfação já está atendida. Talvez aí esteja a resposta para tantas dúvidas. Certamente todos nós queremos encantar nossos clientes. Encantados, eles promovem nossa marca, falam de nossos produtos e serviços, indicam novos prospects. Mas será que paramos para pensar o quanto estamos SATISFAZENDO este público?

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Explico melhor. Uma loja que vende, por exemplo, meias e outros artigos de moda íntima. O mínimo de satisfação do cliente está em, ao entrar na loja, encontrar produto que ele foi procurar. “Temos sim, mas está em falta” é uma resposta no mínimo preocupante para quem quer encantar. Sim, os artigos podem faltar, faz parte da dinâmica do varejo. Mas pensando sob a ótica do encantamento, o que este vendedor faria? Anotaria o nome do cliente e seu telefone para ligar quando a mercadoria chegasse? Ligaria a outras filiais para procurar o produto? Iria até o estoque, mesmo sabendo que poderia não encontrar alternativas? Convidaria o cliente a conhecer outros itens da loja? Normalmente o que vemos, seja em situações de avaliação de cliente oculto, ou mesmo como clientes, é o vendedor esboçando um sorriso amarelo e partindo para uma venda que “valha a pena”. Isso quando não incomoda-se de ter perdido sua vez de atender. Com a venda de serviços acontece o mesmo. Muitas vezes, antes da

Lisiane Szeckir Master Coach e Diretora da Líbera Treinamento e Capacitação. Atua na área de desenvolvimento humano, com programas nas áreas de atendimento, comunicação, equipes. Coautora do livro Master Coaches da Editora Ser Mais. br.linkedin.com/in/lisiane

mínima expectativa ser atendida, pensa-se em diversas “formas de encantar”, através de eventos, brindes e outros mimos. Não quero dizer com isso que não são importantes estas estratégias de marketing, mas nada como um serviço bem feito. Este sim gera novas indicações, contratos e sorriso no rosto do cliente. Perfumaria só sublinha bom atendimento, quando vem sozinha, parece cada vez mais desnecessária.

Vende-se muito a ideia e a necessidade de encantar o cliente como estratégia de fidelização. Estratégia válida, diga-se de passagem, quando, e somente quando a satisfação já está atendida. Enfim, na prática, o que pode ser feito para trilhar o caminho do encantamento em qualquer segmento? Não existem fórmulas mágicas, mas alguns itens podem fazer parte de um checklist de boas práticas de atendimento: > o básico do básico: o que seus clientes precisam? Cabe revisar periodicamente o que não pode faltar em sua carteira de produtos/serviços para que realmente possamos atender às mínimas expectativas comerciais de seu público-alvo. As pessoas mudam, o mercado muda também.

> o pulo do gato: qual o seu diferencial? O que faz com que seus clientes permaneçam utilizando seus produtos/serviços? Isto pode aparecer claramente em pesquisas de avaliação de atendimento e feedbacks informais, e torna-se uma vantagem ainda mais competitiva quando todos a utilizam conscientemente. > a hora da verdade: encantar o cliente requer maestria e prática. Um olhar atento às necessidades imediatas e aos detalhes pode sim fazer a diferença mesmo quando existem falhas no processo. Um cliente provavelmente entenderá a boa vontade de um garçom novato que derrubou um pouco do seu café, mas fez questão de trocar o pires ou trazer uma nova xícara, mas não aceitará tão bem um café entregue de má vontade, por melhor que esteja. Vale a velha máxima “tratar o outro como gostaria de ser tratado”. > treino, treino, treino: em primeiro lugar, compartilhar as percepções acima com todos os membros da empresa, para que pensem juntos e com foco no cliente. Em segundo lugar, treinar diariamente, exercitando sob um olhar atento da gestão cada boa ideia trazida, cada ponto a ser desenvolvido, cultivando a cultura de encantamento de dentro pra fora. Quem se sente bem atendido enquanto colaborador, não precisa fazer força para atender bem seu cliente. Encantar é simples sim, mas exige trabalho, dedicação, olho no olho. E não só de quem está na linha de frente. Cada pessoa da organização tem participação fundamental no resultado final. Faz sentido experimentar e ver o resultado.

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MODA, BELEZA E ESTILO

Cores da estação A Chanel acabou de lançar um trio novo de cores para a famosa linha de esmaltes Les Harmonies de Primtemps. O lançamento aconteceu em comemoração à chegada da primavera no hemisfério norte, porém as brasileiras já estão de olho e esperando ansiosamente sua vinda para o Brasil. As cores são vermelho queimado, tangerina e rosa perolado. Os produtos vão custar cerca de R$69 cada.

Super Schock Max A Avon lançou um novo produto que promete cílios até 15 vezes mais volumosos. O novo Super Schock Max tem as cerdas mais finas e, o melhor, é à prova d’água. A máscara ainda deixa os cílios mais alongados e separados do que as máscaras normais. O produto está à venda na loja virtual Maquiagem Avon.

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Gravidez sem

ESTRESSE A dica agora é para quem está grávida e não quer ter estrias e nem sofrer com uma possível flacidez pós-parto. O Stretch Marks Intensive Action, da Mustela, estimula a produção de colágeno e das fibras de elastina. Além disso, sua fórmula é hipoalergênica, garantindo a segurança da mãe e do bebê.

Adeus, frizz! Você acha que só a chapinha não é o suficiente para deixar os cabelos lisos e impecáveis? Então uma dica interessante é usar o Healing Strength Neem Plant, da Lanza, que acaba com o frizz e evita que o cabelo fique desidratado, já que ele ajuda a controlar a perda de água dos fios. Você pode encontrar o Healing Strength no site Beleza na web.


NOVIDADES DO MUNDO DA WEB

Aplicativo que pode facilitar sua vida no trânsito

Muitos acham que o Google Maps não é suficiente para informar as pessoas sobre as melhores rotas, ainda mais nos horários de trânsito intenso nas grandes cidades. O aplicativo Waze acaba de ganhar uma versão brasileira e promete ajudar muito a vida dos motoristas. Ele não funciona apenas como um aplicativo de GPS, mas permite também que os usuários troquem informações sobre as melhores rotas e sobre o trânsito em todo território nacional. O Waze está disponível tanto para iOS quanto para Android.

Banco multimídia online Para quem está procurando um banco multimídia, uma opção muito interessante é o iStockphoto. Lá você encontra foto, áudio, vídeo e também arquivos vetoriais sobre diversos temas. Todo conteúdo do site é gerado por colaboração dos próprios usuários. Além disso, todo mês a iStock disponibiliza um arquivo vetorial de graça para que você possa fazer o download.

Ferramenta nova para o mercado de MICROSSEGUROS A Provide IT Business Solution acaba de desenvolver uma ferramenta direcionada ao mercado de microsseguros. O software, construído na plataforma Java, tem a capacidade de processar um grande número de informações, uma forma de cobrança simples e barata, além de permitir a venda de acordo com o canal de distribuição. O novo software da Provide IT Business Solution pode ser utilizado em diferentes ambientes operacionais e bancos de dados.

Software promete recuperar fotos

Quase todo mundo já deve ter deletado do computador, sem querer, arquivos importantes. Pois bem, o software Zero Assumption Recovery (ZAR) pode te ajudar a recuperar aquelas fotos tão importantes que foram excluídas sem custo nenhum. A versão trial

do programa recupera apenas 4 imagens por varredura, mas você também tem a opção de adquirir a versão completa por cerca de 99 dólares e ter de volta outros arquivos também. O download gratuito do programa pode ser feito no site z-a-recovery.com

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´ PERCIA COACHING ANDRE

REENQUADRANDO

SENTIMENTOS

OU SENSAÇÕES

NEGATIVAS

S

ou procurado em cursos, na clínica e no coaching com frequência para lidar com pessoas experimentando sensações ou sentimentos negativos. Para a Programação Neurolinguística existem os fatores externos e os fatores internos numa situação. Fatores internos relacionam-se como reagimos às questões externas e outras questões internas. Fatores internos tem a ver com a forma pela qual sequenciamos o que vemos, ouvimos e sentimos, as crenças envolvidas no processo e outros fatores. Abaixo apresento uma alternativa para lidar com esse tipo de questão: 1 – Agradeça (como forma de reconhecimento a capacidade que você possui) a seu Eu-Interior por este SINAL (percepção da sensação) e

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peça (como forma de exercício) para que sinais como esses possam ficar cada vez mais conscientes, de uma forma ou de outra através das quais poderá gostar de percebê-los e usá-los para crescer e se desenvolver. Agradeça a essa parte interna pela sinalização, sem a qual seria virtualmente impossível fazer algo de novo e melhor para você. 2 - INTENÇÃO POSITIVA: Existe uma “parte” sua provocando esse incômodo que estamos prestes a resolver. Interiorize-se e pergunte a essa “parte”: “Parte” o que existe de importante que você quer me fazer ver, ouvir ou sentir através desses sintomas que ainda se apresentam desta forma?”. Faça e processe por algum tempo esta pergunta para si. Se ainda tiver dificuldade, pergunte-se: “Se você escolhesse perceber ou tirar algo de proveitoso, imaginando esse sintoma como um alerta para

algo importante, o que seria?”. E depois que chegar a algumas anotações sobre as perguntas acima, responda pensando nelas: Que dois ou três outros meios eu poderia usar já mais saudáveis para me fazer resolver ou lidar melhor com a questão? 3 – Em seguida, sobre um sentimento ou sensação de ordem negativa experimentado, pegue um pedaço de papel e escreva: NOMES ou frases para eles, como vai chamá-los. FORMAS para eles, como eles são para você? SONS para eles, se soassem, como seriam? METÁFORAS que lhe venham à mente sobre eles


Para a Programação Neurolinguística existem os fatores externos e os fatores internos numa situação. Fatores internos relacionam-se como reagimos às questões externas e outras questões internas. CHEIROS que os caracterizassem Vá completando cada categoria até esgotarem as associações. Agradeça ao Eu-Interior pela colaboração. Volte em algum momento ao que escreveu e verifique como se sente ao ler. Reescreva ou adicioneinformação nas lacunas. Perceba como se sente. Agradeça ao Eu-Interior. Pergunte a si mesmo: O que posso aprender/desenvolver/amadurecer com esse processo? Escreva, inclusive o que – especificamente – pode fazer para caminhar objetivamente no processo. Como saber

que estará obtendo resultados. Você vai querer saber! Perceba como se sente depois de escrever. Agradeça ao Eu-Interior pelo processo. Antes de dormir, peça para que seu Eu-Interior dirija processos os quais você não precisa acompanhar conscientemente para já alcançar os objetivos determinados. Imprima e carregue consigo esse roteiro. Comunicar-se com seu Eu – Interior é uma dissociação simbólica para fazer alusão aos muitos processos que escapam do escopo da consciência e que, não raro, acabam funcionando melhor quando não acompanhamos cada detalhe deste processo. Por isso, simbolicamente, representamos como uma “parte”, mas essa parte é parte de nós e, certamente, vai ajudar a desatar os nós que nossos caminhos haviam nos apresentado. O processo se partia na forma de uma “parte”, mas com essa abordagem, a velha forma da parte é que parte, ou talvez já tenha mesmo partido, como talvez já possa ter percebido ou não... Ou lembrado de esquecer, partindo para a merecida nova concepção sobre sua vida ainda mais saudável.

André Percia Psicólogo clínico e hipnoterapeuta com formação internacional em Coaching. youtube.com/Andrepercia apercia@terra.com.br editorasermais.com.br 29


CAPA BARTIRA BETINI

Motivar é um desafio que vale a pena! Empresas e funcionários ganham com ações que englobam o ambiente de trabalho e potencializam o material humano

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CAPA BARTIRA BETINI

O

tema motivação é muito comum no mundo corporativo, mas isso acontece devido uma evolução histórica das necessidades das empresas em reter seus talentos e, a tendência é que, cada vez mais, esse tema seja latente no cotidiano organizacional. As necessidades dos seres humanos têm evoluído ao longo dos anos, e as empresas têm tido papel fundamental na manutenção no nível de motivação dos profissionais. Há pelo menos 20 anos, falar em motivação era fora de contexto, o que imperava era a premissa de fazer mais com cada vez menos, porém hoje na Era do Conhecimento, onde o valor mais importante é o capital intelectual, e quem o detém são as pessoas, a motivação passou a ser algo importante para o sucesso da pessoa no cargo, logo, o sucesso da organização. “As organizações devem motivar seus colaboradores, alinhando as necessidades da empresa e mercado, com as necessidades individuais, o que é difícil, e essa tarefa é dos gestores, em parceria com o RH. Por isso, as empresas concomitantemente têm investido na preparação da sua liderança, através de ações de educação continuada, para dar a sustentação teórica prática para os gestores entenderem as necessidades de ambos envolvidos (pessoa e empresa)”, acredita Fernando Battestini, consultor de recursos humanos da Leme Consultoria. Para Ana Artigas, psicóloga e diretora de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento da Caliper Brasil, a motivação é interna, intrínseca ao ser humano, então “motivar” sempre é um pouco complicado,

pois não dá para motivar todos de forma igualitária. Por isso é tão trabalhoso, mas, claro, possível e necessário. A questão e o desafio do líder é entender como as pessoas se motivam, o que as motivam e o que deve fazer para motivar cada um. Para Fernando, fazer apenas eventos motivacionais, que são muito bons no momento que estão acontecendo, não resolvem a questão motivação constante e desempenho profissional. Os eventos são eficazes, mas quando as pessoas voltam para suas rotinas diárias, tudo aquilo que foi bom de ser visto e ouvido no evento vai por água a abaixo porque o gestor não consegue

As organizações devem motivar seus colaboradores, alinhando as necessidades da empresa manter a “CHAMA” acessa. Por isso, o gestor é peça fundamental. Ele deve entender de pessoas, estudar a complexidade do ser humano para poder gerenciá-lo, e, a partir daí, entender quais são as necessidades individuais e coletivas da sua equipe e fazê-los se conectarem aos objetivos organizacionais (Missão, Visão e Valores)”. Dessa forma, o colaborador vai compreender o seu propósito enquanto profissional e a contribuição que ele pode dar ao negócio,

com isso você consegue trazer a tona a automotivação, e aí o gestor passa a ter um papel de administrador na manutenção da automotivação do seu colaborador. É preciso fazer o colaborador criar amor pelo trabalho. “E ele só fará isso se esse trabalho se conectar emocionalmente com seu propósito de vida”, diz Fernando. Entender o Perfil dos seus colaboradores é o primeiro passo. E entre os desafios do líder está o fato de compreender e influenciar pessoas para que elas sigam uma determinada visão e assim empreendam esforços para atingirem determinado objetivo juntos. E, para isso, o líder tem que respeitar cada um e entender as particularidades. Atitudes motivadoras não são prêmios que a empresa fornece aos seus funcionários, mas atitudes que possibilitam a verdadeira realização do acordo contratante x contratado. O colaborador espera remuneração justa e condições para realização do trabalho e a empresa espera o retorno do investimento, e se o retorno for bom, poderá motivar esse funcionário para que ele permaneça em seu time e, em contrapartida, colaboradores motivados contribuirão cada vez mais para o sucesso da empresa , explica Ana. Suely Buriasco, mediadora de conflitos no ambiente coorporativo, acredita que motivar é essencial porque, comprovadamente, pessoas desmotivadas tendem a diminuir sua produtividade. Mas é importante entender mais do ser humano para poder usar de maneira eficaz essa ferramenta e, realmente,

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CAPA BARTIRA BETINI

alavancar a equipe de trabalho. A motivação acontece de dentro para fora através de atitudes que fazem a diferença. Penso que mais do que uma vontade, é uma necessidade: motivar, estimular, criar condições para que as pessoas além de produzirem mais, sobretudo, sintam-se comprometidas pelo que estão construindo, são grandes desafios tanto para os gestores, quanto para os colaboradores. O ganho não é só profissional, é também pessoal. “Toda ação corporativa deve ser movida através de um plano estratégico e com o fator motivação não é diferente. É preciso que se desenvolvam ações que se enquadrem nas necessidades da empresa antes de inicia-las”, diz Suely. Motivação na medida certa Na opinião unanime de consultores e gestores, não existe um mo-

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delo de motivação ideal. “Acredito que existem formas adequadas e coerentes que podem ajudar a motivar, mas não existe fórmula mágica. Tudo precisa ser adaptado a cada situação ou realidade, acho que motivar é, mais ou menos, como educar filhos. Não existem regras, mas existem caminhos saudáveis que podem levar ao sucesso”, diz Ana. Ou seja, a estratégia de motivar deve ser direcionada conforme o perfil da equipe. “Caso contrário, se torna um ‘tiro no pé’? Sim, cada equipe tem um perfil diferente, pois são formadas por personalidades diferentes, por isso que o gestor precisa entender as necessidades e estudar o ser humano que está sobre a sua responsabilidade, assim ele conseguira pensar em ações motivacionais que satisfaçam as necessidades dos Indivíduos e da organização”,

Não existem regras, mas existem caminhos saudáveis que podem levar ao sucesso


CAPA BARTIRA BETINI

completa Fernando. Por isso, a questão não é receber motivação, pois isso não é algo que você possa dar a alguém. “Motivação é uma condição de escolha, o que o gestor pode fazer é criar estímulos que satisfaçam as necessidades das pessoas, a decisão em usar esse estimulo depende do ser humano que recebe. Se o indivíduo estiver automotivado com certeza a sua produtividade aumenta muito, pois ele entende o propósito do seu trabalho, pois tem amor pelo que faz. Veja o exemplo das ações de voluntariado, o que motiva as pessoas a doarem uma parte do seu tempo e expertise para outras pessoas, mesmo não tendo qualquer recompensa financeira? É justamente o propósito. Eles estão lá por um propósito, que não é financeiro e sim emocional, por isso, que os gestores devem aprender a conectar os propósitos para gerar a automotivação, assim as pessoas não trabalharam apenas pelo salário no final do mês”. Se o perfil dos funcionários de uma empresa não for considerado como peça fundamental, a motivação pode até acontecer, mas é efêmera e sem continuidade. A Mediação Corporativa, por exemplo, é um trabalho que foca o indivíduo e sua relação com o meio. Abrange a resolução dos conflitos, cuidando das relações entre os membros que formam a empresa, dessa forma a motivação passa a ser consequência e o resultado é duradouro. A falta de reconhecimento é uma das maiores queixas entre funcionários desmotivados. O simples fato de ser ouvido em suas necessidades produz um efeito transformador, fazendo com que a pessoa se sinta satisfeita, mesmo não sendo totalmente atendida. Sentindo-se como parte importante da equipe o comprometi-

mento é natural e o desempenho aumenta significamente”, completa Suely. O outro lado A motivação é uma das grandes forças impulsionadoras do comportamento humano. É ela quem determina os níveis de desempenho pessoal e profissional obtidos. As pessoas tendem a ser mais motivadas para fazer o seu trabalho quando elas amam o que fazem. Tatiane Sandes, 27 anos, Analista de Comunicação da TAP M&E Brasil, acredita que receber incentivos motivacionais faz toda a diferença na hora de executar e alavancar sua carreira. Independente da área em que o colaborador atua, ele deve se sen-

tir motivado para trabalhar, seja esta motivação oriunda do salário, do bom ambiente em que ele atua, dos desafios que lhe são lançados, dos elogios que ele recebe, da preocupação da empresa em fazer com ele se sinta parte da organização, bem como os seus familiares (já que estes tendem a apoiar mais o trabalho na empresa, pois entendem que por meio dessas experiências a organização está preocupada no bem-estar do familiar) etc. A motivação oferece força/ânimo para continuarmos dando o máximo pela empresa. Ela conta que a TAP M&E Brasil desenvolve diversos programas/ações que visam manter os colaboradores motivados e reconhecidos. “Dentre eles, posso destacar o Dia de beleza para as mulheres e as esposas dos

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colaboradores, clube de descontos, festa dos aniversariantes do mês, treinamentos/palestras que possibilitam o aprendizado contínuo, café com a Diretoria para discutir assuntos pertinentes à organização, a visitação familiar e reconhecimento por parte das lideranças. Ela está tentando sempre inovar e busca a interação dos colaboradores para isso! Eles tentam mostrar que somos importantes para o desempenho da mesma”. E Tatiana cita aquilo que para ela precisa ser abolido e desmotiva realmente um colaborador. Acho que um dos erros cometidos por alguns líderes é corrigir o colaborador em público. O feedback (positivo ou negativo) deve ser dado, mas em local e momento oportuno.

No caso do negativo, creio que conversar a sós com o colaborador e fazer daquela situação um case pode ser a melhor alternativa. Já o positivo, pode até ser dado em público, para soar como um elogio e encarado pelos outros colegas como motivação. É importante observar e reconhecer o que está sendo feito certo e bem feito, pois isto motiva os colaboradores a continuar por este caminho. E ela completa: outro fato que deve ser repensado pelos líderes é a questão da humanização nas relações interpessoais e na forma de recompensas dos funcionários. Muitos tratam seus subordinados como número, robôs. Não são sensíveis aos problemas e também não sabem reconhecê-los por um bom desempenho.

Para manter a motivação 1 - Entenda um pouco de pessoa 2 - Tenha claro que ninguém motiva ninguém, o que criamos são estímulos. 3 - Procure saber quais são as necessidades da organização. 4 - Procure entender as necessidades das pessoas. 5 - Faça uma conexão entre essas duas necessidades. 6 - Não seja um gênio solitário. Compartilhe com pessoas suas ideias e não queira que só sua opinião prevaleça. 7 - Motivação é como combustível, precisa ser de qualidade senão corre o risco do carro quebrar e consumir mais, portanto não compre pacotes de motivação prontos, pois as pessoas são diferentes. 8 - Entenda como sua equipe pode contribuir para alcançar as metas crucialmente importantes para o organização e conecte essas metas as metas das sua equipe e das pessoas. 9 - Para estabelecer um propósito para a equipe lembre-se Se não houver envolvimento, não há comprometimento. 10 - E por fim, amplie a visão das pessoas sobre o negócio e sobre o trabalho que ela executa. Isso pode contribuir muito para uma conexão de propósitos. Fonte: Fernando Battestini - consultor de Recursos Humanos da Leme Consultoria.

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E não esqueça! Procure dar mais segurança aos seus colaboradores Entenda que todos têm medo de fracassar Deposite confiança na equipe Procure dar instruções completas e com clareza Evite pensar que você pode fazer o trabalho melhor e mais rápido Faça acompanhamento e controle apropriado dos prazos No entanto, relaxe, cuide também com o excesso de controle Se necessário, tome ações de correção Dê feedbacks constantes à equipe Procure escutar com atenção as demandas e as necessidades Dicas: Ana Artigas, psicóloga Espaço de convivência Uma outra maneira encontrada por algumas corporações foi investir em espaços comunitários como ferramenta motivacional. A resposta pode estar no compartilhamento de ideias e estratégias entre colegas de trabalho. “Não é vantajoso para nenhuma organização que seus funcionários fiquem enclausurados em suas estações de trabalho ou salas. Os espaços estão cada vez mais integrados e a existência daqueles que propiciem o encontro entre as pessoas, para bater papo e trocar experiências, são mais requisitados. O capital intelectual é hoje a principal ferramenta de distinção das empresas no mercado. Se, por exemplo, um funcionário acabar indo trabalhar na concorrente e o seu colega não possuir os mesmos conhecimentos, a marca perde bastante”, explica a arquiteta Estela Netto. “É importante fazer um briefing bem detalhado, buscando conhecer quem são as pessoas que vão utilizar o espaço. Quanto mais


CAPA BARTIRA BETINI

informações o arquiteto colher, mais acertado será o projeto”, destaca Estela. “Boas poltronas, mesinhas de apoio para lanches, cafés, livros e muitas revistas devem compor o espaço de convivência nas empresas”, completa a arquiteta. Vale a pena ler A maneira de organizar e liderar pessoas ficou para trás e não se consegue mais basear sucesso empresarial com hierarquia e departamentos. O conhecimento enfim ganhou destaque e se sobrepôs ao capital financeiro, haja visto, que hoje, as maiores empresas, as que fazem parte do nosso cotidiano, surgiram nas garagens ou nos quartos das universidades americanas. Hoje, o conhecimento é o primeiro artigo no comércio em geral, é vendido e entregue, mas o dono continua com ele. A nova liderança tem como grande desafio influenciar e mobilizar os colaboradores para que, motivados, sejam mais produtivos. O novo líder tem em sua marca a criatividade e precisa ajudar a criar, mobilizar as pessoas para que implantem as mudanças. Sobre esse assunto, a Editora Évora traz o livro Liderança Positiva do professor Gilberto Guimarães, que logo na apresentação dispara: “liderança não é um dom, mas uma tarefa, função que pode ser aprendida. Para ter sucesso, um líder precisa, primeiro, conhecer-se muito bem, ou seja, saber como age e reage, o que sabe, do

que gosta, o que quer, por que quer, etc. Em seguida, ele precisa aprender a conhecer muito bem os outros - como agem e reagem, o que sabem, do que gostam, o que querem, por que querem, etc. Algumas pessoas podem ter isso como uma característica pessoal inata, mas outras, sem esse dom natural serão obrigadas a desenvolver habilidades e competências.” O professor apresenta capítulos que discutem a destruição criativa e a aldeia global de McLuhan,

O conhecimento enfim ganhou destaque e se sobrepôs ao capital financeiro

a evolução da liderança e seus diferentes estilos, as características e competências do líder e como torná-lo eficaz. O conceito da liderança positiva, a avaliação e o desenvolvimento de líderes, acompanhados de resultados financeiros coloca uma avaliação para que o leitor reflita sobre que tipo de líder ele é ou pode se tornar. O

líder necessário ou o que vai fazer a diferença no mundo corporativo é o que reúne os pensamentos dos colaboradores e consegue convergir para um ponto em comum, transformando profissionais em equipes motivadas e produtivas. Gilberto Guimarães (@GG_Guimaraes) é mestrando em Filosofia na Faculdade de São Bento. Concluiu MBA pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), graduou-se em Engenharia pela Escola Politécnica da USP, cursou Psicanálise na Sociedade Paulista de Psicanálise (SPP) e fez vários cursos de especialização no Brasil e no exterior (França, Canadá). SOBRE O LIVRO Título: Liderança Positiva Autor: Gilberto Guimarães Assunto: gestão, liderança, gestão de pessoas e equipes. Preço: R$ 49,90 Páginas: 192

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JO GO RÁ PI DO 36 editorasermais.com.br

Gil Jung

De mo delo e apresentadora ao mundo dos negó cios

Como começou a ideia de criar a sua própria marca de biquínis? Acreditava nessa veia empreendedora? Como foi no começo? Quais os principais desafios de quem tem um negócio próprio? Gil: A ideia começou em 2009. Eu sempre tive muita dificuldade de achar biquínis pequenos que valorizassem meu corpo, então pensei em desenhar e mandar produzir. No começo fiz para uso próprio, mas minhas amigas adoraram. Resolvi fazer para vender às amigas, amigas de amigas e com o tempo começou a expandir. Coloquei em algumas lojas e, a partir daí, as oportunidades foram aparecendo! Comecei a inovar e elaborar para todos os tipos de mulheres, atendendo a todos os gostos. No final do mês de março, tive a oportunidade de patrocinar um me-

gaevento de vôlei na praia de South Beach em Miami com modelos de diversas agências, como Ford Elite e outras que usavam os biquínis Gil Jung. Todo negócio é um desafio, a gente nunca sabe no que vai dar, o importante é não ter medo. Acredito que isso veio de berço, já que cresci com minha mãe empreendedora. Nada é imediato, tudo requer muita dedicação, trabalho e força de vontade. 2. Você já terminou seu curso de Direito? De que maneira a formação contribui para o desenvolvimento da sua marca? Gil: Ainda não terminei, mas acredito que todo conhecimento ajuda também a formar o indivíduo. 3. Para manter a forma, você deve


treinar com uma certa frequência. A disciplina dos treinos tem ajudado no seu desenvolvimento e trabalho como empresária? Como? Gil: Sim, a disciplina é um grande desafio pra maioria das pessoas e toda prática que exige disciplina ajuda, e isso serve pra tudo na vida, inclusive no trabalho. 4. E como apresentadora, já aprendeu algo diferente que colaborou para o seu desenvolvimento profissional? Gil: Uma das mais importantes é a desenvoltura em público. Também aprendi a lidar com a diversidade da personalidade das pessoas. 5. Quais dicas daria para quem deseja empreender e ter sua própria marca? Gil: Acho que tem a ver com perfil e vontade. E se você é uma pessoa com essa vontade tem que se arriscar e não ter medo de errar, porque não vamos acertar sempre. 6. Foi preciso realizar algum curso extra, estudar para colocar seu negócio em funcionamento? Ou você estava assessorada neste sentido? Gil: Ainda não fiz um curso especifico sobre administração ou de negócios, mas sempre procurei aprender com pessoas que têm experiência no ramo. Também pretendo me desenvolver e fazer cursos, mas toda ajuda de amigos sempre foi bem vinda.

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^ OTIMISTA OMAR SOUKI

A maior

ITÓRIA! A

partir dos 12 anos de idade, eu passei a ter interesse por livros de desenvolvimento pessoal. O primeiro que encontrei, por acaso, na Livraria Frei Orlando, de Divinópolis, Minas Gerais, foi O poder do pensamento positivo de Norman Vincent Peale. Naquela época, jamais poderia imaginar que, eu mesmo, me tornaria um escritor e um conferencista nessa área. Eu apenas sonhava em escrever um livro como aquele de Peale, que me inebriava com as suas ideias e com os seus exemplos de coragem e altruísmo. Foi nas profundezas daquelas reflexões, que o pequeno coração do menino Ômar começou a formar uma ideia mais nítida do que significava ter coragem, vencer! Nos filmes de cowboy a realidade era outra, vencia o que era fisicamente mais forte, mais ligeiro. Era o mocinho, admirado pelas mulheres e temido pelos homens. Com o tempo, porém, a maioria de nós aprende, mesmo que não tenha lido Norman Vincent Peale, 40 editorasermais.com.br


“ Ômar Souki P.h.D. em comunicação pela Ohio University, nos EUA, e autor de mais de 30 livros. Coautor do livro Ser+ com Palestrantes Campeões. www.souki.com.br omarsouki@bol.com.br

“A quem tentou entregá-lo”, respondeu um dos discípulos. O sábio lhes explicou que o mesmo é válido para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. Esclareceu que a nossa paz interior depende exclusivamente de nós. Os outros não têm o poder de tirar a nossa paz, se nós não permitirmos que o façam. Antes, porém, de chegarmos a essa sabedoria, muita água tem que passar debaixo da ponte. Esse correr do rio não representa necessariamente anos vividos. Conheço pessoas que chegam à maturidade e que, em vez de se tornarem mais sábias, se transformam em velhos rabugentos. Como aumentar as nossas chances de crescer, não só em idade, mas também em graça e sabedoria? A resposta é simples, mas não é fácil. Da mesma forma que colocamos a comida na boca, devemos também alimentar nosso coração com pensamentos e sentimentos elevados. É preciso largar a preguiça de lado e seguir um programa diário de alimentação da alma. Como deve ser esse programa? 1. Foco no presente. Pare de se preocupar com o que fez ou com o que deixou de fazer ontem. Pare de correr

para o futuro. Ele ainda não chegou. Não podemos respirar nem ontem, nem amanhã. Nossa respiração ocorre no agora! Viva junto com a sua força vital, com a sua respiração, com o sopro divino em você. 2. Marque um encontro com você mesmo. Você já se encontrou com você hoje? Faça disso uma responsabilidade diária. Marque pelo menos dois encontros com você de, no mínimo 15 minutos, diariamente. Escute o seu coração. Atenda aos seus clamores. Basta ficar em silêncio e respirar fundo, ele vai lhe dizer o que deseja. 3. Vença a pressa. Estamos correndo muito. Desacelere! Organize seu dia de forma que tenha mais tempo para cada um dos compromissos assumidos. O que não der para fazer hoje; faça amanhã. Não faça hoje malfeito o que pode ser feito amanhã, bem feito. Viva apenas o que consegue fazer, com calma, neste dia de hoje.

Os alunos surpresos perguntaram ao mestre como ele tinha conseguido suportar tanta indignidade, tanta humilhação. Ele, então, respondeu: “Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?”

que a maior vitória não é aquela que conquistamos fora, mas, sim, dentro de nós mesmos. Mahatma Gandhi chegou a nos dizer que devemos ser a mudança que almejamos ver no mundo. Uma lenda japonesa ilustra o que é, de fato, ser vitorioso. Um grande samurai que vivia perto de Tóquio, mesmo idoso, se dedicava a ensinar a arte Zen aos jovens. Apesar de sua idade, diziam que ele ainda era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua força física e por sua falta de escrúpulos, foi ter com o velho samurai. Desejava vencer o mestre e, com isso, aumentar a sua fama. O velho aceitou o desafio. O jovem partiu para o ataque e começou a insultá-lo. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou insultos, ofendeu seus ancestrais. Durante horas, fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final do dia, sentindo-se já exausto e humilhado, o guerreiro retirou-se. Os alunos surpresos perguntaram ao mestre como ele tinha conseguido suportar tanta indignidade, tanta humilhação. Ele, então, respondeu: “Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?”.

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´ Flavio Souza

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em coisas em nossas vidas que estamos tão imersos nela que nem paramos para observá-las. Uma delas é a inovação, ela é tão importante para a humanidade que se ela não existisse estaríamos ainda morando em cavernas. Podemos dizer que a inovação é ação de criar algo novo a partir do que já existe e que sua irmã mais velha a invenção é ação de criar algo novo a partir do que não existe. Essas duas irmãs andam juntas e fazem parte de toda nossa história e são competências exigidas no mundo atual para que possamos crescer, evoluir e nos desenvolver. No mundo empresarial a inovação é vista como a forma mais eficiente de criar diferencial e obter a vantagem competitiva. Pesquisas mostram que são lançados no Brasil em média 11.000 produtos/ano porém 80% deles desaparecem em até 2 anos, desses 48% desapa-

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CRIATIVIDADE

recem por falta de inovação. Avaliações apontam que a inovação com benefícios percebidos pelo consumidor aumenta em 73% a chance de sobrevivência dos novos lançamentos no mercado. Hoje as empresas cientes das demandas atuais estão implantando a área de Gestão da Inovação onde são estabelecidos os Planos de Inovação, tal a sua necessidade. Dessa forma, percebemos a relevância da inovação para raça humana que vive em sociedade em nosso maravilhoso planeta Terra. Apesar de sua relevância, nem tudo são flores, uma grande dificuldade não é fazer com que as pessoas aceitem novas ideias, mas sim fazê-las


CRIATIVIDADE

esquecer as velhas. Temos vários exemplos disso em nossa história: Quando Alexander Graham Bell inventou o telefone, em 1876, não tocou o coração de financiadores com o aparelho. O Presidente Rutheford Hayes disse: “É uma invenção extraordinária, mas quem vai querer usar isso?”. Já pensaram na possibilidade de como seria viver hoje sem telefones ou celulares? O diretor da gravadora Decca, ao recusar-se em fechar contrato com os Beatles, disse que eles não tinham futuro, são apenas mais um grupo barulhento. O The New York Times, em 1939, na apresentação de um protótipo de aparelho de TV publicou: “A televisão não dará certo. As pessoas tem que ficar olhando para sua tela e elas não tem tempo para isso”. O próprio Auguste Lumière, ao inventar o cinema, disse que o mesmo seria encarado por algum tempo como curiosidade científica, mas não teria futuro comercial. Assim, para inovarmos, devemos aprender a abrir mão do velho, de nossos hábitos de pensamento e nos abrirmos para o novo, para o diferente, para o inusitado e a até para o que até agora era impensável. Devemos abandonar pensamentos que se tornam impeditivos da inovação e da criatividade,

pensamentos simples que rondam nossas cabeças. Dizem que Thomas Edison fez duas mil experiências para conseguir inventar a lâmpada. Um jovem repórter perguntou o que ele achava de tantos fracassos. Edison respondeu: “Não fracassei nenhuma vez. Inventei a lâmpada. Acontece que foi um processo de 2.000 passos.” Essa é a postura mais adequada no

Todos nós temos

potencial

criativo, isso é da essência humana

processo criativo de inovar. Para inovar, precisamos despertar o potencial criativo que reside em nós. A criatividade é a atividade de criar, essa é a maior capacidade humana e talvez o nosso maior dom. A criatividade é tão presente em nossas vidas que é comum nos esquecermos dela. Mas, pense: a roupa que você está vestindo, a cadeira em que se senta, o telefone em que conversa, a cama

em que dorme, a casa em que mora, tudo foi criação humana. Sem nossa criatividade ainda estaríamos andando a pé e comendo carne crua. A criatividade é filha de nossa liberdade de pensar, agir, sonhar, divertir, brincar, intuir, amar, solucionar, viver... Por isso, a evolução para um ser consciente é se criar e se recriar, dia após dia, pois a nossa existência é criativa por si só. É preciso criar e inovar. Muitos dizem que não são criativos, mas isso é impossível de se conceber. Todos nós temos potencial criativo, isso é da essência humana, faz parte do “ser” humano e da vida. Criar é dar forma à vida, pois, criamos lembranças do passado, ações no presente e possibilidades no futuro. A criatividade nos desperta aos nossos sonhos e ainda vai mais longe, nos ajuda a realizá-los. Quando sonhamos, criamos nossos sonhos dentro de nós, e quando agimos criamos essa realidade fora de nós, isso é criatividade, isso pode nos levar à inovação. Muitas vezes, as pessoas complicam o que é simples, mas criatividade é a arte de transformar o complexo em simples. A simplicidade criada tem em si genialidade. Valorize o simples e inove! Dessa maneira as coisas sempre poderão mudar para muito melhor. Pense nisso!

Flávio Souza - CEO da Você Vencedor Soluções Empresariais. Formador de Coaches da International Coaching Community e Lambent do Brasil. Especialista em PNL. flaviosouza@vocevencedor.com.br www.vocevencedor.com.br

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ALDA MARMO

GESTAO

A Terapia

Analítico-Comportamental

U

m dos significados de terapia é tratamento. Quando um médico diagnostica uma enfermidade, receita remédios e faz recomendações, também está fazendo terapia. No dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, encontramos como significado de terapia: “toda intervenção que visa tratar problemas somáticos, psíquicos ou psicossomáticos, suas causas e seus sintomas, com o fim de obter um restabelecimento da saúde ou do bem-estar”. Quando se fala em terapia, é frequente relacioná-la aos aspectos conhecidos por psicológicos do ser humano. Algumas pessoas ainda relacionam a terapia ao ‘divã’, ao ‘inconsciente’ ou a Freud, não sem razão, estes no-

mes fazem ou já fizeram parte da história da terapia. Freud, por exemplo, foi um dos responsáveis por dar o pontapé inicial para o surgimento da terapia, afirmando que era possível ‘curar’ através da fala. Mas a terapia evoluiu, hoje é uma prática diferenciada de sua origem e que se mantém continuamente investindo esforços para promover o bem-estar humano. A psicoterapia vem cada vez mais sendo aceita como uma estratégia útil e adequada para fazer frente aos desafios que a vida apresenta. Ao longo da história da psicologia diferentes abordagens para lidar, principalmente com o sofrimento humano, foram propostas, dentre elas está a terapia analítico-comportamental, que é a que vou apresentar aqui. Diferentes motivos levam alguém a procurar um processo terapêutico: a busca por soluções para problemas (emocionais, comportamentais) que não se está conseguindo resolver sozinho; transtornos psiquiátricos e autoconhecimento são os principais motivos. A terapia analítico-comportamental é uma das atividades aplicadas que o analista do comportamento pode desempenhar como profissão. No Brasil, para se tornar um terapeuta comportamental é necessário cursar uma faculdade de psicologia, mas o analista do comporta-

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GESTAO

mento é um profissional que se capacita para entender e intervir nos fenômenos comportamentais em toda a sua complexidade onde quer que o comportamento humano aconteça. A terapia analítico-comportamental baseia toda a sua prática no conhecimento produzido pela ciência da análise do comportamento que por sua vez são regidos pela filosofia desta ciência, o Behaviorismo Radical. O terapeuta analítico-comportamental parte da ideia de que o comportamento é sempre e invariavelmente um fenômeno relacional, segundo Diittrich (2012)1, “comportar-se é interagir constantemente com um entorno, que a análise do comportamento denomina genericamente como “ambiente”(p.88). O terapeuta analítico-comportamental busca identificar como as relações entre o cliente e seu ambiente se constituíram e se mantém, ou seja, o terapeuta procura as relações de dependência entre: o que a pessoa faz, pensa e sente; o contexto em que isso de dá e os efeitos resultantes dessa interação. De certa forma é uma relação de aprendizagem, na qual o setting clínico torna-se um espaço que favorece e facilita o aumento da auto-

-observação ‘trazendo à consciência’ uma parcela maior daquilo que é feito e das razões pelas quais as coisas são feitas. Ciente dessas relações, acredita-se que é possível encontrar maneiras de administrar ou solucionar a situação problema. A terapia analítico-comportamental tem como ferramenta de trabalho a análise de contingências, ou mais tecnicamente falando a avaliação funcional.

O terapeuta analíticocomportamental busca identificar como as relações entre o cliente e seu ambiente se constituíram e se mantém Tais análises dizem respeito ao modo como o terapeuta clínico vai buscar organizar e compreender aquilo que é relatado (vivido física e emocionalmente) pelo paciente. A partir dessas análises o terapeuta vai nortear sua conduta e as intervenções que irão compor o processo terapêutico. Outro aspecto imprescindível na

terapia comportamental é a relação terapêutica. O relacionamento entre o cliente e o terapeuta deve ser uma relação diferente de todas as outras que o cliente mantém no seu entorno, deve ser uma relação especial, caracterizada pelo acolhimento, atenção, interação mútua e principalmente por uma audiência não punitiva – só a partir de uma relação baseada nestas premissas o cliente poderá confiar, cooperar e se beneficiar do processo terapêutico. Concluindo, a terapia analítico-comportamental já foi muito e, por vezes, ainda é alvo de críticas e difamações por parte daqueles que têm conhecimento superficial da proposta behaviorista. Atualmente a terapia analítico-comportamental se tornou uma das mais respeitadas propostas de intervenção sobre os problemas humanos devido principalmente à sua constante produção de conhecimento através de pesquisas científicas e também devido aos resultados que apresenta na prática clínica. Enfim, não há como refutar a contribuição da análise do comportamento e da terapia comportamental para a compreensão e solução dos complexos problemas humanos.

1 Borges, Cassas & Cols (2012) Clínica Analítico-Comportamental – aspectos Teóricos e práticos. – Artmed, Porto Alegre Alda Marmo Mestre em Análise do Comportamento Terapeuta Analítico-Comportamental Master Coach. Coautora do Manual Completo de Coaching da Editora Ser Mais. www.aldamarmo.com.br

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Wagner Galletti Valenca S

RECURSOS HUMANOS

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RH

GESTÃO DE PESSOAS

Muito se discute ainda o que é uma coisa e o que é outra. Iguais? Diferentes? Muito diferentes?

A

simples nomenclatura, RH, que antes definia e direcionava tudo relacionado a pessoas, hoje compartilha responsabilidades com todos os níveis hierárquicos: estratégica/filosofia de papéis. Como sempre, o mercado reconhece a empresa através das pessoas que as compõem e suas atitudes, é através dessa projeção, define quais estão propensas ao sucesso ou ao insucesso. Assim, a área de Recursos Humanos deixou de ser um mero departamento de pessoal para se tornar o personagem principal de transformação dentro da organização. Dizer, por exemplo, que responsável por recrutar ou demitir alguém é tarefa de Recursos Humanos é ser simplista demais e continuar fazer valendo a premissa de focar cargo e não focar pessoa. Claro está que a burocracia do processo continua tarefa da área de Recursos Humanos, mas dentro da filosofia de Gestão de Pessoas. Gestores têm, igualmente, responsabilidades, tanto no recrutamento e seleção quanto no desenvolvimento, motivação, foco em pontos fortes e fracos das equipes para criar ações que minimizem quaisquer riscos.

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RH

Seria cômodo, como já o foi, que na hora de demitir alguém se diga “passe em Recursos Humanos”, ou “não deu certo porque Recursos Humanos não recrutou direito”. Esse tempo passou e, tenho certeza, não volta. É a ética das responsabilidades predominando e cada um exercendo e assumindo sua tarefa na Gestão de Pessoas. O espírito de Gestão de Pessoas é o que permeia toda a organização hoje (ok, não é de hoje que se espera isso) e o envolvimento de todos influenciados por esta necessidade é que dará o tom dos próximos tempos, onde o que se espera é o real desenvolvimento da competência de “visão sistêmica”. É a única maneira de todos irem no mesmo rumo, lado a lado na busca dos resultados esperados. A gestão de pessoas visa aprimorar as competências de todos os protagonistas organizacionais, incluindo aí os especialistas do RH. Dito de outra forma, a questão tecnoadministrativa da área de RH é de competência da própria área. Porém, a função de gerir pessoas é de responsabilidade e está no limite de todos. (Angelo Peres). ( Inclusive dos profissionais da área de RH, em minha observação complementar ao pensamento do autor). Essa transformação direciona ao desenvolvimento da visão sistêmica , que pode ser também vista como “visão holística” (minha interpretação), pois o termo Holismo vem do grego “holos”que significa todo, tudo. É a

ideia de que a organização não pode ser explicada apenas pela soma dos seus componentes (recursos materiais e humanos). O holismo é o resgate da dimensão ética no sentido mais profundo. Consiste num compromisso

Recursos Humanos deixou de ser um mero departamento de pessoal para se tornar o personagem principal de transformação com o todo e no caso de empresas o reconhecimento e respeito à interdependência. Gestão de Pessoas implica na responsabilidade pelo aprendizado organizacional, ou seja, a dimensão humana e suas divergências reconhecidas hoje, mais fortemente, como parte integrante do papel. Antigo? Não, atualíssimo! Alguns exemplos dessas atitudes na Gestão

efetiva sde pessoas com o suporte estratégico de RH ( responsável por resultados organizacionais tanto quanto os executores parceiros, tanto da linha de frente quanto da retaguarda / suporte): fim de raças ou atitudes (que, ainda bem, nenhuma ONG foi criada para defendê-los) tais como, especialistas em culpar os outros, complexo de vítima, incongruência de propósitos, desconfiança, “todo chefe tem de ser um bruto”, “faça o que eu mando, não o que faço”, “não é minha responsabilidade”... Ou seja a mudança clara “ de capataz a capaz”. Nessa transformação, que vai além da simples nomenclatura, a tríade Conhecimento, Habilidades e Atitudes, hoje considera também os Valores e Emoções de cada um. Outra revisitação de conceitos que pregava que os três primeiros elementos seriam os fatores suficientes para que todos fossem bem-sucedidos. Hoje é CHA...VE considerar ( e quem ainda não o faz, deve refletir a respeito) os valores e emoções de cada um que, se são diferentes em conhecimentos, habilidades e atitudes, também em relação a valores e emoções são igualmente desiguais. Finalizando pelo começo: RH cuida de ações burocráticas. Gestão de Pessoas de Ações Estratégicas e, assim, vão conviver, no sentido do desenvolver pessoas, cuidar de gente!

Wagner Galletti Valença Consultor na área de treinamento comportamental e escritor. Coautor dos livros Ser+ em Gestão do Tempo e Produtividade, Ser+ com Equipes de Alto Desempenho e Ser+ com Excelência no Atendimento ao Cliente. wgv@terra.com.br

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MARCELO ORTEGA

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VENDAS

caminhos

para evitar o cansaço mental em vendas

Um dos fatores que mais afetam o desempenho do vendedor e do gerente de vendas é o tal cansaço mental. Ele se traduz na estafa do cotidiano duro, no estresse somatizado pelas perdas e pela árdua rotina de prospectar, conquistar clientes e mantê-los satisfeitos, sobretudo, na necessidade da obtenção das metas e objetivos essenciais em vendas

M

uitas vezes me peguei sem vontade de levantar da cama para trabalhar, talvez você já tenha sentido isso. O que traz esse desânimo ou cansaço é a falta de objetividade naquilo que temos de bom pela frente. O foco nos problemas e nas barreiras nos tira o desejo de vencê-las, nos abate. Para evitar tudo isso é preciso ser maior que o problema e eliminar atitudes e comportamentos limitantes, pessimistas e quase sempre rotineiros modos ineficazes de fazer sua venda. Se não deu certo antes, ótimo! Ainda está por vir o melhor. Sempre há um meio de se conquistar o sucesso. Segundo Albert Einsten, a maior prova de insanidade é querer ter resultados diferentes fazendo sempre o mesmo. E eu

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posso lhe garantir que trabalhar demais não cansa a mente, ou você discorda? Imagine aquele dia que se levantou bem cedinho, recorreu a um planejamento feito no dia anterior para prospectar clientes ou fazer vendas mais bem elaboradas àquela clientela rotineira e pôs em prática novos argumentos, melhores discursos e apresentações comerciais, contudo, teve um melhor desempenho como fruto de todo seu nobre empenho. O resultado foi excepcional, fez mais vendas e com mais lucro e melhores comissões. Ao final do dia chegou em sua casa bem cansada (o), mas com o sentimento de dever cumprido, satisfação total. Seu cansaço é físico ou mental? Você vai sentir vontade de ficar em sua cama no dia seguinte? Tenho a certeza que não. O stress não é produto de muito trabalho, mas de muitas pendências e insucessos naquilo que fazemos.


VENDAS

Para se livrar dele seguem 7 dicas poderosas e que me ajudaram como vendedor que sou há 20 anos 1.

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Procure ser maior que seus problemas, afinal você é o protagonista da sua história de sucesso. O problema lhe trará o contrário. Invente novos meios de falar, mude sua maneira de vendas, sua abordagem e procure entender o que motiva o seu cliente a comprar. Venda ganhos e benefícios para marcar mais visitas ou conquistar mais clientes pelo telefone ou no contato em sua loja. Estude mais seus produtos e serviços e faça um mapeamento de oportunidades para cada perfil de cliente. Não trate todo mundo da mesma maneira, isso pode lhe proporcionar perdas (de tempo, da atenção do cliente, do interesse em comprar)

5.

Aceite-se como vendedor(a) e faça suas vendas com convicção. Chega de temer o contato inicial, pensar que está amolando os outros, agir com insegurança e de forma imprecisa. Um (a) profissional de sucesso tem brio, coragem, fome de resultado e faz seu trabalho com paixão e preparação.

6.

Influencie as pessoas a indicarem você, por isso relacione-se bem. Quando um vendedor investe seu tempo ocioso nos relacionamentos duradouros, encarando clientes como seus amigos e melhores vendedores.

7.

Por fim, nunca deixe que uma derrota temporária (a falta de vendas em um determinado momento) ou o excesso de esforço seguido de um baixo resultado sejam mais importantes que a sua capacidade criativa, motivadora, inspirativa. O ser humano é uma maquina poderosa de superação quando decide por convicção e paixão viver como tal.

Coopere com o inevitável. (este é um princípio de vida ensinado por Dale Carnegie no livro “Como evitar preocupações e começar a viver”). Nem tudo dará certo e algumas coisas quando estão erradas nos ajudam a melhorar e a refazer bem feito da próxima vez.

Uma mãe na Flórida, há alguns anos atrás, abriu a boca de um crocodilo para tirar seu filho. Aqui no Brasil, outra supermãe tirou seu filho debaixo da roda de um microônibus escolar. Seria preciso entre quatro a oito homens para estes dois feitos. Reflita conclusivamente, você aplica sua força naquilo que faz? Faz o que gosta? Ou, ainda, gosta do que faz? Certamente nunca dará margem ao cansaço se suas respostas forem positivas. Pense nisso e muito Sucesso em Vendas!

Marcelo Ortega Vendedor, Treinador, Palestrante e Fundador do Instituto Marcelo Ortega - Autor dos Best-Sellers: Sucesso em Vendas e Inteligência em Vendas. www.institutomarceloortega.com.br www.marceloortega.com.br ortega@marceloortega.com

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CERSI MACHADO

MERCADO DE TRABALHO

Liderança Humanizada nas

Organizações Um novo perfil de liderança que contribui para um bom ambiente de trabalho

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ocê alguma vez em sua carreira profissional já sentiu vontade de pedir demissão por não suportar o seu chefe? Conhece alguém que se demitiu porque o chefe não se preocupava com o bem-estar da equipe, era mal humorado, centralizador e até mesmo autoritário? Na década de 90, as grandes empresas instaladas no Brasil começaram a ter alto índice de afastamentos de colaboradores por estresse e, além disso, profissionais gabaritados confessavam, ao pedir demissão, que o motivo da saída era o chefe. A área de Recursos Humanos começou a rever o perfil de gerência e chegaram à conclusão que não

adiantava somente oferecer grandes saláriose benefícios à equipe, se não tinham um líder competente. O modelo de liderança, se assim pode se chamar, era de uma pessoa que pensava e mandava e os funcionários obedeciam. Todavia, isso causava prejuízo às empresas, pois boas ideias não eram ouvidas, e a cada demissão ou afastamento, novo funcionário tinha que ser treinado, fora o desgaste do grupo e o clima de trabalho que ficava prejudicado. Contudo, percebeu-se que um grande líder é aquele que trabalha com o conceito de Liderança Humanizada, visto que toda a organização passa grande parte do seu dia, grande parte da sua vida trabalhando. Portanto, começou-se a desenvolver a humanização no trabalho. A consequência disso é a melhoria da qualidade de vida, assim aumentando o rendimento profissional e pessoal do colaborador. A Liderança Humanizada parte do princípio da importância da inteligência emocional, que já era citada no século 18, pelo naturalista Charlie Darwin, na qual traz em sua obra a importância do emocional para a sobre-

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RH

A consequência disso é a melhoria da

qualidade de vida, assim aumentando

o rendimento

profissional e pessoal do colaborador.

Veja algumas características de uma liderança humanizada: - Valoriza os esforços, criando um ambiente motivacional para o trabalho;

vivência e adaptação do ser humano. O psicólogo norte-americano Daniel Goleman retoma também na década de 90, a importância do emocional. O autor do bestseller Inteligência Emocional sobressalta o equilíbrio emocional, visto que não adianta só dar ordens e cobrar os colaboradores, pois eles possuem emoções e expectativas. Na Liderança Humanizada o líder reconhece quem são os seus colaboradores e o que eles têm de melhor. Neste espaço, nascem ideias, aumenta a produtividade, melhora a comunicação e o relacionamento intrapessoal. Cria-se uma empresa na qual as pessoas são inspiradas a melhorar sempre. Esse funcionário que tem um líder com uma visão mais humanizada é incentivado, motivado, ouvido, trabalha mais comprometido com a organização. Esse tipo de liderança contemporânea consegue maior engajamento de todos, principalmente em épocas de crise.

- Escuta os colaboradores, fazendo com que eles sintam que são importantes para a organização; - Sabe dar feedback, não critica e não inibe, pois considera o feedback uma ferramenta para orientar como está o desempenho do colaborador, ajudando-o a melhorar sua performance; - Relacionamento positivo, bom humor e prontidão para apoiar quando necessário; - Olíder reconhece que seu papel é ajudar os liderados a acreditarem neles mesmos. Jamais deixa que um liderado trabalhe desacreditado ou inseguro;

Hoje em dia é uma necessidade real dentro das empresas contar com uma liderança humanizada, pois as equipes não devem ser gerenciadas ou chefiadas, mas, sim, lideradas. É através da liderança que as coisas acontecem de fato, pois diante das mudanças velozes que as empresas enfrentam, as equipes de trabalho precisam de direção e apoio, por isso é importante a existência de líderes competentes para indicar os rumos certos. Portanto, se você ocupa algum cargo de liderança ou gestão de pessoas, paute o exercício de sua liderança no respeito, na parceria, no trabalho em equipe e no reconhecimento de que o grande potencial da empresa são as pessoas.

- Ensinar a fazer bem feito, transmite informações relevantes para o bom desempenho nas atividades. - Permitir espaço para o crescimento. Uma liderança humanizada permite que as pessoas possam inovar e assumir riscos, sempre acompanhando para que todos obtenham êxito nas tarefas.

Cersi Machado Atua há 12 anos como palestrante motivacional e treinador comportamental em diversas regiões do Brasil. Autor de dois livros e coautor dos livros Ser+ Líder, Ser+com PNL e Ser+ com Motivação da Editora Ser Mais. www.cersimachado.com.br cersi@cersimachado.com editorasermais.com.br 53

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´ FABIO FRANCA S

COMUNICACAO S

Media training:

ONTEM E HOJE

A

s organizações preocupam-se sempre em manter visibilidade positiva na sociedade. Uma das formas que empregam para isso é preparar seus executivos para promovê-las em todos seus pronunciamentos públicos, quando concedem entrevistas e participam de eventos como seus representantes. Para ter êxito, esse procedimento exige que sejam seguidas as normas do protocolo e da etiqueta empresarial, como forma de garantir a qualidade da apresentação dos executivos e a credibilidade de suas falas perante a opinião pública. Outra exigência é treiná-los para que saibam como proceder ao serem entrevistados. O termo mídia representa o conjunto de meios de comunicação que podem ser utilizados para a transmissão de mensagens dirigidas a qualquer público. Como a forma de abordagem é diferente para cada tipo de veículo,

quem não tem traquejo no uso das mídias necessita passar por um treinamento especial, chamado de media training. O objetivo é ensinar como conhecer cada meio de comunicação, sua natureza, características, e como proceder, por exemplo, ao dar uma entrevista para um jornal, revista, uma emissora de rádio, de TV, ao fazer a gravação de um vídeo para o YouTube, pois são situações muito diferentes, que exigem procedimento próprio em cada caso. As empresas contratam agências de publicidade, de relações públicas, equipes de TV, para fazer o media training de seus executivos ou “porta-vozes”. Muitas vezes, a preocupação maior é ensinar como dar uma entrevista para um canal de televisão, levando em conta fatores como a apresentação pessoal, o uso de microfones, posicionamento diante da câmara, boa articulação, modulação

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COMUNICACAO S

de voz, elaboração de respostas curtas e convincentes. Esse treinamento precisa abranger também o uso dos demais veículos das mídias impressa, eletrônica e digitais, com suas múltiplas plataformas. Cada uma dessas situações exige uma postura diferente. Vejamos alguns princípios que devem fazer parte do media training. O executivo: representante oficial da empresa Quando solicitada para dar uma informação para as mídias, a empresa designa um dos executivos, previamente escalado de acordo com seu Manual de Imprensa. O escolhido torna-se representante oficial da empresa e seu discurso deverá traduzir o posicionamento organizacional a respeito do tema proposto. Sua linguagem deve ser protocolar e seguir os princípios éticos e operacionais da empresa, limitando suas respostas ao tema da entrevista. O que o entrevistado deve fazer Marcar a entrevista para horário conveniente para o jornalista, em local tranquilo, para evitar interrupções. O jornalista merece respeito e o sucesso da entrevista poderá depender da atenção que lhe for dada. Indagar antes da entrevista qual será a pauta. Conhecimento das perguntas permite que o entrevistado construa

suas respostas com maior precisão, evitando repetições e imprecisões na sua fala. Formular respostas de maneira objetiva, clara e precisa. Respostas longas prejudicam a qualidade da entrevista pela falta de clareza, redundâncias e dá ocasião para a introdução de assuntos que não constavam da pauta. Evitar o uso de respostas previamente “embaladas” pela assessoria de imprensa da empresa. Isso denota falta de transparência, insegurança, despreparo do entrevistado, e reduz a credibilidade das respostas. Dizer claramente que não poderá responder a determinada questão, se o assunto for considerado confidencial pela empresa; não falar em off. Lembrar que a melhor maneira de convencer alguém é utilizar dados estatísticos, históricos, científicos, técnicos sobre o tema em questão, acompanhados de exemplos. O que não fazer Não dar respostas sobre temas que o entrevistado não domina, embora, muitas vezes, a tentação de falar seja grande. Evitar emitir opiniões sobre assuntos

fora da pauta e polêmicos de ordem social, política, religiosa. Lembrar que a entrevista tem por objetivo tratar de temas ligados à empresa. Não fazer referências indelicadas, preconceituosas sobre pessoas, regiões, estados, países, outras empresas. Hoje tais comentários, além de incorretos, podem ter divulgação rápida e ampla pelas redes de relacionamento, causando prejuízos ao entrevistado e à empresa. Altos executivos já perderam suas posições por terem feito pronunciamentos indevidos. Conclusão Se o media training era importante ontem, hoje, diante das multimídias, tornou-se indispensável, para que os “porta-vozes” da organização obtenham resultados significativos na transmissão de informações que contribuam para aumentar a credibilidade e a reputação da empresa perante a opinião pública.

Fábio França É consultor de Relacionamentos Corporativos e de Comunicação Organizacional. Diretor de Relações Públicas do Sindicato dos Profissionais de Relações Públicas de São Paulo. pfranca@uol.com.br editorasermais.com.br 55

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Aqui você aprende inglês e se diverte. A cada nova edição são novas piadinhas e vocabulários diferentes para enriquecer o seu outro idioma.

THE REPLACEMENT SON

WINDOW SEATS

A young man was walking through a supermarket to pick up a few things when he noticed an old lady following him around. Thinking nothing of it, he ignored her and continued on. Finally he went to the checkout line, but she got in front of him. “Pardon me,” she said, “I’m sorry if my staring at you has made you feel uncomfortable. It’s just that you look just like my son, who just died recently.” “I’m very sorry,” replied the young man, “is there anything I can do for you?” “Yes,” she said, “As I’m leaving, can you say ‘Good bye, Mother? It would make me feel so much better.” “Sure,” answered the young man. As the old woman was leaving, he called out, “Goodbye, Mother!” As he stepped up to the checkout counter, he saw that his total was $127.50. “How can that be?” he asked, “I only purchased a few things!” “Your mother said that you would pay for her,” said the clerk.

At the airport check-in counter, a man overheard a woman ask for window seats for both herself and her husband. The clerk pointed out that this would prevent them from sitting together. “Sweetie,” the woman replied, “I’ve just spent 10 days of quality time in a compact rental car with this man. I know what I’m requesting!”

VOCABULARY HELP • As I’m leaving - Assim que eu sair • called out - gritar • checkout line - fila do caixa • die - morrer • feel (feel, felt, felt) - sentir • follow - seguir • How can that be? - como pode ser? • is there anything I can do for you? - tem algo que eu possa fazer por você? • look just like my son - é muito parecido com meu filho • mother - mãe • notice - notar, observar • old lady - senhora de idade • pick up - pegar • purchase - comprar • reply - responder • stare - encarar, olhar fixamente • Sure - claro, certamente • through - através • uncomfortable – desconfortável

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VOCABULARY HELP • ask - pedir • check-in counter - balcão de check-in • clerk - atendente • compact rental car - carro de aluguel compacto • herself - ela mesma • husband - marido • know (know, knew, known) - saber • overheard - entreouvir • pointed out - indicar, salientar • prevent - impedir • reply - responder • request - pedir • sit togegher - sentar juntos • spend (spend, spent, spent) - gastar, passar • Sweetie - doçura, querida • woman – mulher

WHAT IS AN ANTIQUE? An antique is something your grandmother bought, your mother threw out, and you are now buying it back.

VOCABULARY HELP • antique - antiguidade • back - de volta • buy (buy, bought, bought) - comprar • grandmother - avó • something - alguma coisa • throw out - jogar fora


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EMPREENDEDORISMO FABIANO BRUM

EM PREEN DE DOR

COMPOSITOR DO SEU SUCESSO

O

empreendedor é aquele que transforma uma ideia ou uma inovação em uma ação. Ele explora uma oportunidade independentemente dos recursos que se tem à mão. O empreendedor é alguém capaz de identificar, agarrar e aproveitar uma oportunidade, buscando e gerenciando recursos para transformar essa oportunidade em um negócio de sucesso. Poderíamos também dizer que o empreendedor é o compositor do seu sucesso. O dicionário diz que compositor é aquele que compõe; que é autor de uma realização artística; aquele que compõe ou escreve uma música; que se dedica à arte da 58 editorasermais.com.br

composição musical. Nessa visão o empreendedor é o autor de uma “realização” ou uma “composição” que pode ser um novo empreendimento . Ele compõe ou escreve um projeto que provavelmente se transformará em um negócio de sucesso. Tem a habilidade par olhar para onde todos veem e enxergar o que ninguém consegue enxergar. Mas, afinal, o que é sucesso? Sucesso é a conquista de resultados consistentes e predefinidos. Algo que foi sonhado, transformado em meta para depois ser realizado. Como diz o ditado: “Ele sonhou fazer, foi lá e fez !”. Vejamos algumas lições de empreendedorismo que podemos aprender com os compositores:


1– Princípio da Ressonância - Uma música tem que grudar na cabeça das pessoas. Observe que as músicas mais executadas, aquelas que permanecem mais tempo nas paradas normalmente são as de harmonias mais simples e letras fáceis de serem aprendidas pelo público. Além desse fator, é preciso que a música seja divulgada nas rádios, lojas de músicas, programas de televisão etc. Por isso o empreendedor sabe que só terá êxito aquele negócio que venha para facilitar a vida das pessoas, que seja de fácil entendimento/utilização, e que é preciso fazer com que seus possíveis clientes saibam da sua existência. Um bom produto sempre vem acompanhado de uma boa campanha de marketing.

Moraes, Lennon e McCartney, Roberto e Erasmo Carlos e tantas outras parcerias. O empreendedor muitas vezes se associa a outras pessoas para incrementar suas ideias, ou para utilizar algum recurso seja comportamental ou financeiro. O empreendedor sabe estruturar parcerias de sucesso. Lembre-se do ditado: “Sozinho talvez se chegue mais rápido, mas juntos se chega mais longe!”. É necessário determinação, foco e humildade para saber buscar e ampliar a rede de relacionamento nos permite concretizar as ideias que estão no plano da criatividade. Além disso, o empreendedor tem uma grande habilidade para influenciar pessoas para que elas apoiem seus projetos.

2 – Algumas músicas farão sucesso, outras não. Uma das virtudes do empreendedor é assumir riscos calculados. Ele sabe que para o sucesso acontecer é preciso determinação, persistência e ousadia. Alguns projetos trarão resultados diferentes de outros, mas o empreendedor certifica-se de que foi feito tudo que estava ao seu alcance para a conquista de bons resultados.

4 - O maior prazer do compositor é ver sua música sendo executada, seja por ele mesmo ou por outro intérprete. É muito raro aquele que compõe uma canção sem o objetivo de gravá-la ou apresentá-la para uma plateia, mesmo que isto esteja sendo feito por outro intérprete. A satisfação do empreendedor acontece quando ele vê seu negócio prosperando, saindo do papel, sendo concretizado, satisfazendo e encantando pessoas. Como no caso do compositor que apenas escreve uma canção para

3 – Saber compor em parceria. Lembre-se de Tom Jobim e Vinícius de

que outro a interprete, muitas vezes o empreendedor é apenas o idealizador do projeto, ou seja ele é um vendedor de ideias, um semeador da inovação. 5 - O compositor é o autor da música e como tal detentor dos direitos autorais. Quantas canções premiadas já não foram plagiadas por oportunistas que as registraram em seu nome por falta de visão ou descuido de quem as criou? Por este motivo o verdadeiro empreendedor sabe proteger sua marca, suas ideias, produtos ou serviços. De nada adianta termos uma grande ideia, e depois a vermos sendo posta em prática por outros sem que tenhamos a devida participação nos créditos. 6 - Na linguagem musical, o compositor é aquele que escreve a música, e normalmente ele a faz utilizando um sistema de notação musical que permita a execução por outros músicos. O empreendedor estrutura o seu negócio de forma que outras pessoas possam administrá-lo no futuro. Ele tem visão empreendedora, sabe que para algo crescer com sustentabilidade é preciso saber delegar e assim ter tempo para criar outros negócios, produtos, projetos, novas oportunidades, ou seja, outras composições de sucesso.

O empreendedor é o autor de uma “realização” ou uma “composição” que pode ser um novo empreendimento . Ele compõe ou escreve um projeto que provavelmente se transformará em um negócio de sucesso.

Fabiano Brum Palestrante nas áreas de empreendedorismo, vendas, motivação e trabalho em equipe. Vem destacando-se pela maneira inteligente e criativa com que alia seu conhecimento musical aos temas de seus treinamentos. contato@fabianobrum.com.br www.fabianobrum.com.br

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Parceria de

SUCESSO A C&A fez uma parceria com o Youtube e, juntos, lançaram um canal sobre moda, que vai reunir vídeos exclusivos com a participação de vlogueiros populares no mundo da web. O intuito é que o canal seja referência para aqueles que se interessam pelo assunto, além de ser uma maneira de democratizar a moda no Brasil. O projeto foi desenvolvido pela DM9DDB juntamente com a Damasco Filmes, responsáveis pela produção e curadoria do conteúdo.

“Cada abraço, uma história” A Dove está promovendo, através do Facebook, o concurso “Cada abraço, uma história”, com o intuito de inspirar as consumidoras a contarem suas histórias de vida e trajetórias. A vencedora estrelará o filme da marca, em setembro.

Volkswagen investe na Porsche Em 2009, a Volkswagen investiu 3,9 bilhões de euros para comprar 49,9% da Porsche. Agora a montadora anunciou que pretende comprar o restante da participação do negócio por cerca de 4,4 bilhões de euros e, assim, ter a possibilidade de aumentar a eficiência da Porsche. A Volks ainda é dona de outras marcas como Audi, Bentley, Bugatti e Lamborghini.

Prêmio Melhores e Maiores 60 editorasermais.com.br

A TOTVS foi eleita a empresa do ano no prêmio promovido pela revista Exame. Após crescimento de mais de 1000% na última década, hoje é considerada a maior empresa brasileira de software, e ocupa o 6° lugar no ranking mundial. Fundada nos anos 80 por Ernesto Haberkorn e Laércio Consentino, a TOTVS vale mais de 6 bilhões de reais na bolsa.


Dança das cadeiras Eike Batista indica presidente para OGC O empresário Eike Batista indicou Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, atual diretor presidente da OSX, para o cargo de presidência da OGX.

Carneiro é formado em Engenharia Mecânica pela UFF e Engenharia de Petróleo e tem experiência de mais de 30 anos no setor petrolífero, já

Mudança na direção da Gol

KKR sob novo comando

Grupo Pão de Açúcar na mão dos franceses

O ex-presidente da Audio, Paulo Sérgio Karkinoff, nomeado novo presidente da empresa de aviação Gol por Constantino de Oliveira Júnior. Antes de chegar à Audi, o executivo exerceu diversas funções no Grupo Volkswagen. A mudança no cargo tem como objetivo garantir mais agilidade à companhia.

O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, foi indicado para o cargo de conselheiro sênior da companhia de private equity, KKR. Meirelles já presidiu a BankBoston Corporation desde ano de 1996, atuou no conselho da J&F Participações (controladora da JBS) e comandou o Banco Central do Brasil dos anos de 2003 a 2010.

Jean Charles Naori, presidenteexecutivo e do conselho do grupo de varejo francês Casino, foi eleito, em assembleia, novo chairman da Wilkes, holding controladora do Grupo Pão de Açúcar. Até então, o cargo era ocupado por Abílio Diniz. Até o momento, o grupo francês não é sócio majoritário do Pão de Açúcar.

tendo passado por diversos cargos na Petrobrás. O executivo substituirá Paulo Mendonça, que ocupava a presidência da OGX desde 2008.

Fonte: assessorias de imprensa das empresas.

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VITRINE DE SUCESSOS

O ensino à velocidade do pensamento O livro foi desenvolvido para auxiliar os gestores escolares no planejamento de sistemas mais efetivos e eficientes. Os resultados foram baseados no envolvimento do autor com Ministérios da Educação de diversos países, resultando em uma visão realista da escolarização moderna. Mike Lloyd Planeta Educação R$49,90

Fazendo as malas O livro conta a história de brasileiros que decidiram estudar fora do país e acabaram construindo suas carreiras por lá mesmo. São diversos personagens do país inteiro que largaram suas casas e resolveram se aventurar em outras terras e dar um novo rumo em suas vidas. Maurício José Serpa Barros de Moura Sidney Nakao Nakahodo Editora Saraiva R$49,00

*Fonte: assessorias de imprensa das editoras.

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Criatividade e inovação na empresa: do potencial à ação criadora Sanmartin oferece uma base de conhecimentos em criatividade e de sua inclusão no contexto das organizações. O livro traz temas que podem conscientizar o leitor sobre sua capacidade criativa e apresenta procedimentos que podem aprimorar a prática de suas atividades profissionais. Stela Maris Sanmartin e David de Prado Editora Trevisan R$34,90

Bem-me-quer Malmequer – Histórias verdadeiras de mulheres e suas escolhas de carreira Análise sobre as dificuldades que as mulheres enfrentam para conciliar a vida profissional e pessoal em diferentes períodos da vida. O livro é feito para quem busca a plenitude na profissão, mas sem deixar de lado a família e quer enfrentar os desafios constantes enfrentados pelas mulheres em sua carreira. Fernanda e Stella Angerami Editora Évora R$ 36,90


Sugestão de Sucesso

O LADO NEGRO do maior site de buscas

DO MUNDO D iversos autores já se aventuraram pelo gigantesco “mundo” do Google. Desde seus idealizadores, passando por sua criação, sua ascensão meteórica, os benefícios concedidos aos funcionários, até o crescente faturamento da empresa. Dessa vez a temática é outra, o livro Busque e Destrua – Por que você não pode confiar no Google Inc, do autor Scott Cleland, traz para o leitor o outro lado da história e relata como uma empresa que oferece resultados imparciais de busca, e-mail gratuito e anúncios úteis, pode ter objetivos obscuros por trás da imagem de organização perfeita. Na obra, o autor explica que o modelo de negócio do Google está totalmente ligado à destruição da privacidade dos usuários. “Quanto maior a eficácia do Google no direcionamento de anúncios, mais dinheiro ele ganha – e são rios de dinheiro”, revela. Quando um internauta apaga uma informação de sua conta, por exemplo, está apenas negando o próprio acesso a ela, porque o Google fica com uma cópia. Além disso, o autor ressalta que a empresa não respeita a propriedade intelectual, já que digitaliza e organiza conteúdo que não lhe pertence e ganha dinheiro anunciando em sites que traficam conteúdo pirateado. Cleland ainda prova que o verdadeiro intuito do Google é mudar o mundo através do controle e manipulação de informações.

Todo mês, uma escolha para você ampliar seu conhecimento e Ser Mais! editorasermais.com.br 63


COLUNA PAULO GAUDENCIO

SUA PERGUNTA...

Acabo de terminar a minha graduação em Engenharia de Alimentos. Só que o mercado é bastante concorrido e especializado. Estou muito cansada de estudar, a vontade que tenho é de ir ganhar logo meu dinheiro e conquistar a liberdade financeira. Já me falaram que se não fizer um curso de especialização, não conseguirei uma boa colocação como primeira experiência. Com isso em mente, tenho dúvidas sobre o que fazer, se parto para uma pós, se ela será suficiente, ou se faço um MBA. O que acha? Ingrid Guedes

...GAUDENCIO

RESPONDE

Esta talvez seja a pergunta que mais tenha sido feita. As pessoas estão infelizes na escolha profissional e desejam saber se mudam. Vale para esta e à última das perguntas enviadas à revista Ser Mais, a da edição 31. Minha resposta: “Mude”. A pessoa mesmo deve escolher. Minha velha opinião sobre conselhos: se der certo, eu serei glorificado. Se der errado, o outro paga a conta. Por isso não dou conselhos orientando a mudança. Mas sempre tenho dito mude. A base que tenho é que a pessoa sabe que está na escolha errada e que vai ser infeliz na profissão e na vida como consequência. Mas, eu não estaria contratransferindo? Para fugir dessa possibilidade, o melhor é contar que já estive nessa posição. Eu nasci no Brás. Era, na época, um bairro de classe média. Estudava medicina na USP, o cartaz lá em cima. Estava no 3º ano quando descobri que não gostava do que estudava. Desistir? O que falariam? Que diria meu pai? Fiquei mal. Tão mal que me levaram a uma psicóloga, a Madre Cristina Maria, que dirigia o Sede Sapientiace. Descobri a psicologia e ela me descobriu. Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. O duro foram os quatro anos seguintes para completar o curso de medicina. Tive uma mudança de rumo que deu certo. Será que é o motivo de minha opinião que as pessoas devem mudar ou é uma opinião objetiva?

Paulo Gaudencio Psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo (USP). Dedica-se há mais de 40 anos à psicoterapia de grupo e à pesquisa científica.

Você também procura respostas? pergunteaogaudencio@revistasermais.com.br 64 editorasermais.com.br


A seção de anúncios mágicos da Ser Mais

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+EXPRESSAO REINALDO POLITO

Cuidado com atividades

PARALELAS P or causa dos comentários que um aluno fazia sobre sua atividade paralela precisei ter uma conversa reservada com ele. Ocupava o cargo de gerente de uma grande construtora e participou com os colegas da mesma empresa de um curso de Expressão Verbal na minha escola. Eram 15 gerentes e cinco diretores. Embora os gerentes fossem subordinados diretamente a esses diretores, as diferenças hierárquicas não eram evidenciadas dentro da sala de aula. Não preciso dizer, entretanto, que mesmo não sendo expostas, as posições de comando e de subordinação continuavam existindo. Todas as vezes em que esse aluno se dirigia à tribuna para cumprir um exercício, dava um jeito de citar como exemplo uma empresa que havia montado com a esposa. Seus olhos brilhavam de satisfação. Demonstrava orgulho daquele empreendimento. Quase no final do primeiro dia de treinamento chamei esse aluno para uma conversa particular e sugeri que parasse de mencionar sua atividade paralela. Pedi que refletisse sobre a vantagem e os benefícios daquela atitude. Talvez despertasse inveja dos colegas e desconfiança dos superiores. Afinal, alguém que fala com tanto entusiasmo de outra atividade que desenvolve, pode demonstrar falta de comprometimento com seu trabalho na organização. Portanto, essa vaidade de dizer que se dedicava a um empreendimento alternativo poderia prejudicar o fu66 editorasermais.com.br

turo de sua carreira. Ele se convenceu imediatamente, agradeceu e fez a promessa a si mesmo de nunca mais tocar no assunto. Ainda que se considere exagerada a pregação de Vieira, o certo é que afirma em um de seus sermões: “Platão mandava na sua

República que nenhum oficial pudesse aprender duas artes. E a razão que dava era porque nenhum homem pode fazer bem dois ofícios”. A história mostra exemplos que contrariam as palavras de Vieira. Só para citar dois, Michelangelo e Da Vinci. Especialmente nos dias de hoje, com o extraordinário desenvolvimento da tecnologia, aprender e se aprimorar em mais de uma atividade chega a ser simples para muitas pessoas. Abraçar tarefas dis-

tintas e perder o foco já é diferente. Por isso, mesmo que detenha ínfima parcela de uma sociedade, não leve esse assunto para dentro da empresa, muito menos discuta suas vitórias e agruras extramuros com pares ou superiores hierárquicos. Se achar que a atividade paralela é muito boa e lhe proporciona satisfação e bons rendimentos, pense em se dedicar a ela com exclusividade. É importante ressaltar também que um profissional pode ser visto com bons olhos se usa parte do seu descanso semanal para desempenhar trabalhos voluntários, assim como poderia ser admirado se uma vez por semana ou a cada quinze dias atuasse como professor universitário, ensinando matérias ligadas à sua atividade. Cabe a você refletir e ponderar sobre o que pretende na vida. Em qualquer circunstância, saiba que a empresa deseja contar cem por cento do tempo com um profissional, e, provavelmente, não tolerará que atividades paralelas sejam concorrentes das preocupações daqueles a quem paga o salário.

Reinaldo Polito Mestre em Ciências da Comunicação, palestrante, professor de expressão verbal e autor consagrado. www.polito.com.br


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