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Expediente A revista Ser Mais é uma publicação mensal. Ano 3 | Nº 33 Diretor Editorial: Mauricio Sita Diretora Executiva: Julyana Rosa Diretora de Operações: Alessandra Ksenhuck Gerente de Projetos: Gleide Santos Redatora: Marília Marrafon Projeto Gráfico: Henrique Melo Direção de Arte: Estúdio Mulata (www.estudiomulata.com.br) Relacionamento com o cliente: Claudia Lima Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968 assinaturas@revistasermais.com.br Cartas para a redação: Av. Rangel Pestana, 1.105 – 3º andar. São Paulo - CEP 03001-000 redacao@revistasermais.com.br http://twitter.com/revistasermais Skype: revistasermais Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e email. A Ser Mais reserva-se o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas. O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax, telefone ou e-mail); e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque. Central do Anunciante: publicidade@revistasermais.com.br [11] 2691-6706 Representante Comercial – Região Sul: Beth Meger Rua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509 Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898 Ser Mais é a revista oficial da Associação Brasileira de Desenvolvimento Comportamental (ABDCOM). Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A Cadastre-se no site www.revistasermais.com.br para receber nossa newsletter. Impressão e Acabamento: Vox
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“Caro Leitor” Implantando um Sistema de Gestão de RH Up 2 date Estou saindo... Cidadão 21 Moda, beleza e estilo 2.0 Coaching - André Percia +otimista - Ser generoso é ser evoluído MANUAL DO SUCESSO Você é capaz de pensar fora da caixa? Relacionamento acima da tecnologia Identidade e cultura atraem talentos?
50 Decálogo virtual ou ciclo do marketing web 56 Fun Learning 58 Limão ou limonada: a postura do empresariado brasileiro frente ao cenário mundial de desaceleração econômica 60 No alvo 62 +vitrine 64 Gaudencio responde 66 +Expressão – Cuidado com atividades paralelas
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Especialistas nesta edição Adriana Lombardo
4 editorasermais.com.br Marcelo de Elias
André Percia
Antonio Luiz de Almeida Staut
Ômar Souki
Oscar Porto
Carlos Carlucci
Dorival Donadão
Paulo Gaudencio
Felipe Chibás Ortiz
Reinaldo Polito
João Moretti
Luis Seixas
Renata de Sergio Enrique Carvalho Jorge Faria
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A neurociência a serviço da educação
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Para o autoritário, qualquer banquinho serve
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CAPA Profissionais desengajados, como lidar com essa situação?
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Jogo Rápido Daniela Mercury
A internet 4G e as operadoras de telefonia
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EDITORAL A primavera já começa a bater às portas dos lares brasileiros e é hora de renovar e colocar as energias a todo vapor, para que trabalhem por você. Assim como as flores, típicas dessa época, é preciso desabrochar e entrar no ritmo do caminho já planejado para o próximo ano. Se já sabe quais etapas precisarão seguidas para tudo se concretizar, por que esperar até a virada? Para aprofundar a sua reflexão, a Ser Mais traz alguns textos complementares, com boas respostas às indagações que poderão surgir. Para abrir com chave de ouro os textos indicados a sua leitura, sugiro o de Felipe Chibás Ortiz. O artigo, de título “Decálogo virtual ou ciclo do marketing web”, mostra novas maneiras e até oportunidades de negócios na internet, descreve o passo a passo para o monitoramento de ações realizadas na rede mundial de computadores. Está imperdível! Outro com grandes chances de agradar profissionais e empresários é o texto de Renata de Carvalho Jorge e Luis Seixas, que trata da implantação de um sistema de gestão de RH. Empreendedor ou colaborador, a temática é interessante a quem deseja conhecer um pouco mais os meandros da área.
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Tão importante quanto saber além de seu campo de atuação, a capacidade para lidar com situações e pessoas complicadas também o é. Mestre Polito escreve justamente sobre os famosos Puxadores de Tapetes no mercado. Quem nunca encontrou alguém que, mesmo não tendo feito nada, torcia para ver o fracasso dos outros? Ou até chegou a ser vítima de mentiras? Com as dicas do nosso ilustre colunista, eles não serão mais problema na sua vida. Ao ler todas as sugestões, sua mente estará aberta a novidades e à evolução necessária a todo ser humano. Por fim, fica a deixa do texto de outro grande colunista nosso, Ômar Souki. O autor vê na atitude generosa um indicativo do avanço do indivíduo. Espero que aproveite todo o conteúdo da sua revista. Um grande abraço. Julyana Rosa Diretora executiva Editora Ser Mais
ARTIGO RENATA DE CARVALHO JORGE E LUIS SEIXAS
Implantando um Sistema de Gestão de
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ambiente empresarial vive em um contexto de profundas mudanças, com implicações importantes para a gestão de Recursos Humanos. Refletindo sobre algumas macrotendências, podemos destacar:
· pressão por desempenho e rentabilidade, · regulamentações e desregulamentações, · intensificação da orientação para clientes, · globalização, · aumento da tendência de fusões e aquisições de empresas como estratégia de crescimento, · inovação tecnológica, · busca de liderança de mercado através de vantagens duradouras e sustentáveis, · mudanças aceleradas, · crescente valorização do capital humano.
Assim, podemos perceber o desafiador papel que a área de Recursos Humanos tem que exercer nas organizações: o papel de parceiro estratégico do negócio. E este movimento pede um sistema de gestão de Recursos Humanos efetivo e que traga resultados consistentes para a empresa. Segundo recente pesquisa (1) sobre os Desafios e Planos de Investimento do Empresariado Brasileiro até 2015, Recursos Humanos aparece em segundo lugar como destino dos novos investimentos de acordo com 68% dos participantes. Portanto, ter um sistema de gestão de RH é fundamental para garantir transparência e sustentabilidade para os negócios, bem como um retorno mais efetivo sobre este investimento. Afinal, o que é um sistema de gestão? Por sistema de gestão entendemos um conjunto de processos gerenciais e/ ou práticas de gestão estrategicamente inter relacionadas para garantir equilíbrio nas decisões sobre pessoas e, assim, gerar resultados para o negócio. O sistema de gestão de RH tem por missão estruturar-se de tal forma que permita à organização aumentar o valor que o seu capital humano agrega ao negócio, reter os talentos críticos para o presente e futuro do negócio, desenvolver as habilidades para cumprir as estratégias de curto e lon-
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go prazo. Além de garantir a performance da organização através da gestão adequada das pessoas e seus resultados, antecipando as necessidades de atração, seleção, desenvolvimento de pessoas e remunerando e recompensando adequadamente seus resultados. Segundo a 14ª pesquisa anual com os CEOs realizada pela PwC em 2011, a retenção de talentos aparece no topo da agenda dos CEOs para os próximos 12 meses (79%) quando o assunto é estratégia de talentos(2). O sistema de RH é, por natureza, um sistema aberto, pois está em contínua e dinâmica interação com os demais
sistemas da própria organização e com outros sistemas que são externos. A interação com os sistemas externos visa enfrentar e superar, de forma racional e eficiente, os inúmeros e crescentes desafios em termos de gestão e retenção de pessoas. Para iniciar a implantação do sistema de Recursos Humanos, o primeiro passo é discutir estrategicamente como a empresa está sendo afetada pela falta de um modelo de gestão de RH estruturado. O intuito dessa reflexão é analisar as práticas existentes e quais as práticas que devem compor o novo modelo de RH. Este modelo vai orientar o estilo de atua-
ção dos gestores e sua relação com a equipe para alcance dos resultados. Nossa experiência permite dizer que um modelo de RH normalmente se estrutura a partir de três pilares: captação, desenvolvimento e retenção. O pilar Captação envolve práticas para obtenção de talentos para ocupar e desempenhar determinada posição. Considera técnicas e ferramentas para obter um perfil consistente e com competências imprescindíveis para o cargo. No pilar Desenvolvimento temos práticas voltadas para o crescimento e melhoria do desempenho das pessoas e consequentemente
Nossa experiência permite dizer que um modelo de RH normalmente se estrutura a partir de três pilares: captação, desenvolvimento e retenção. da performance da organização. Considera a formação, o conhecimento, o aprendizado e a informação para as pessoas. No pilar Retenção estão agrupadas práticas para tornar a empresa um lugar interessante para se trabalhar. Considera a identidade organizacional, o ambiente organizacional e o tratamento com as pessoas. Assim, para cada pilar podemos reunir algumas práticas de gestão de RH: práticas de remuneração variável, pesquisa de clima organizacional, plano de carreira, avaliação de 8 editorasermais.com.br
desempenho, etc. Essas práticas e políticas devem estar a serviço da estratégia da empresa, devem representar a realidade da empresa (região, segmento, etc.) e os objetivos que espera alcançar. O passo seguinte é definir a estrutura organizacional de RH de forma a garantir o sucesso na implantação do modelo estabelecido. Para isso, deve-se olhar com atenção para as pessoas, objetivos, processos, estrutura e para as formas de incentivo da empresa sempre tendo como ponto de partida as estratégias adotadas.
Uma proposição de desenho organizacional de RH deve contar com uma metodologia que considere os seguintes passos: 1 – Alinhamento e definição dos Objetivos de RH. Esta fase é composta pela análise do ambiente de trabalho; entendimento das necessidades de curto, médio e longo prazo do RH; mapeamento das partes relacionadas do RH e de seus desdobramentos dentro do ambiente de trabalho (relações de troca e produtos esperados); definição das orientações básicas para o aprimoramento das atividades do RH e levantamento dos indicadores-chave de desempenho do RH. Assim, conseguimos os seguintes resultados: ambiente de trabalho analisado; fatores críticos de sucesso do RH identificados; objetivos do RH identificados; orientações básicas para o aprimoramento das
atividades definidas e painel de indicadores-chave de desempenho validados e aprovados. 2 – Análise e proposição para a dimensão Processos onde identificamos os processos do RH; os agentes envolvidos com os processos e suas necessidades; levantar as entradas, regulamentos, saídas e habilitadores dos processos; priorizar os processos críticos; mapear a situação atual dos processos críticos; analisar desempenho e oportunidades de melhoria dos processos críticos. Como resultados esperados temos: processos do RH identificados; agentes envolvidos e suas necessidades identificadas; situação atual dos processos críticos mapeada e oportunidades de melhoria identificadas; 3 - Análise e proposição para a dimensão Estrutura, onde conseguimos identificar e analisar a estrutura
atual formal (ou seja, a estratégia, os processos e as metas) e informal (ou seja, os valores compartilhados e não explícitos, as afiliações, o orgulho e as redes não hierárquicas) do RH; identificar os papéis, responsabilidades e autoridades chave atuais; identificar os pontos fortes e a melhorar da estrutura e definir uma proposta de estrutura preliminar para o RH. Com isso temos a estrutura do RH avaliada e aprovada. 4 - Análise e Proposição para a Dimensão Pessoas, que é o momento de levantar e avaliar as pessoas envolvidas no RH; mapear os dados gerais dos colaboradores: escolaridade média, estratificações diversas; identificar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos recursos humanos atuais; definir o funcionograma do RH (quais as funções e quantitativo editorasermais.com.br 9
de pessoal necessário) e propor um plano de capacitação e/ou admissão para as pessoas em função da nova estrutura. Obtendo, assim, as pessoas do RH identificadas e avaliadas em função das necessidades da nova estrutura; o funcionograma definido e o plano de capacitação e/ou admissão de pessoas validado e aprovado. Para finalizar o método, temos o passo: 5 – Elaboração e validação do Modelo Conceitual e do Plano de Implantação do RH onde caminhamos para elaborar e fechar o Modelo Conceitual do RH; apresentar e validar este modelo e elaborar plano de Implementação da “nova organização” do RH. Sendo o Modelo Conceitual do RH e o Plano de Implementação elaborados e validados, os resultados finais esperados. Também é necessário estabelecer um plano para a implantação das práticas de RH bem como um plano de comunicação e disseminação do modelo. Toda esta estruturação e posterior manutenção do modelo devem contar com uma liderança de RH parceira do negócio e patrocinada pelos executivos da empresa. Qualquer sistema a ser adotado ou qualquer mudança a ser implantada deve levar em consideração a cultura da organização, ou seja, os valores comuns compartilhados pelos membros de uma organização. E esta cultura deve ser vista como algo dinâmico com alguns limites que podem ser ultrapassados e outros que devem ser respeitados. Para finalizar, queremos alertar que o momento atual é de grandes mudanças, as empresas não podem esperar para valorizar seus recursos humanos quando a concorrência chegar com práticas mais consistentes. Fora dos grandes centros o alerta é geral, pois não temos visto nada além do RH operacional, ou seja, se essas empresas não começarem a se mover, podem não sobreviver à guerra de talentos do novo Brasil e à preparação das pessoas para o crescimento do país. Referências de pesquisas citadas (1)https://www.deloitte.com/view/pt_BR/br/Conteudos/ estudosepesquisas/1e7ca3393280f210VgnVCM2000001b5 6f00aRCRD.htm (Pesquisa Deloitte sobre desafios e planos de investimento do empresariado brasileiro até 2015) (2)http://www.pwc.com/pt_BR/br/estudos-pesquisas/assets/relat-retencao-talentos-11.pdf 10 editorasermais.com.br
Renata de Carvalho Jorge Consultora de Desenvolvimento Organizacional focada em pesquisa e desenvolvimento de conteúdo para treinamento e jogos corporativos da Apoenarh. apoenarh.com.br Luis Seixas Diretor da Avention Gestão e Governança. www.avention.com.br
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ARTIGO SERGIO ENRIQUE FARIA
A neurociência a serviço da
EDUCAÇÃO
S
er uma pessoa mais culta ou bem informada não o torna um “bom papo”, da mesma forma que possuir títulos acadêmicos não o torna um bom professor. Mas qual será o segredo do sucesso das pessoas que todos gostam de conversar e dos professores cujas aulas todos apreciam? Lecionar em grandes salas para as novas gerações de alunos e disputar a sua atenção com celulares e tablets não é tarefa simples. E quem nos dera que estas fossem as únicas dificuldades e desafios dos professores no Brasil. No ensino superior um dos problemas encontrados é a falta de preparação do professor para dar aulas. Isso ocorre por que muitos professores trabalham em organizações, são empresários, consultores ou autônomos e de noite tornam-se professores. Assim, embora possuam um 12 editorasermais.com.br
vasto conhecimento em sua área, muitas vezes faltam-lhes técnicas e ferramentas para compartilhar o seu conhecimento. Até mesmo os professores formados em pedagogia, metodologia e didática podem melhorar as suas aulas, porque ninguém é tão bom que não possa melhorar! Como as pessoas aprendem? Como agem os professores mais eficazes? Como alterar estados e comportamentos nos alunos? Como se comunicar, gerar recursos possibilitadores, motivar os alunos, dar-lhes feedbacks de suas ações e avaliações, enfrentar desafios... Enfim, como agir no dia a dia da sala de aula? As respostas para estas e outras questões podem estar na neuroeducação! Porém, antes de abordar a neuroeducação, faz-se necessário tecer algumas considerações sobre didática e neurociência. DIDÁTICA A didática e a metodologia no ensino têm sido amplamente tratadas e
discutidas e são fundamentais para que ocorra um processo de ensino/ aprendizagem eficiente e eficaz. Uma das críticas mais comuns dirigidas às escolas diz respeito à didática dos professores, ou a falta dela. São constantes os debates entre professores e coordenadores discutindo e buscando maneiras de se trabalhar eficaz e eficientemente com o contingente de alunos cada vez maior que nos deparamos. Cada vez mais, a didática busca comprometer-se com a qualidade cognitiva das aprendizagens e esta, por sua vez, está associada à aprendizagem do pensar. O ensino-aprendizagem deveria ocorrer de forma compartilhada entre professor e aluno por meio de uma relação social afetiva na qual se pode ajudar os alunos a se tornarem seres pensantes capazes de lidar com conceitos, argumentar, resolver problemas, para se defrontarem com dilemas e problemas da vida prática. Uma vertente de estudo está apro-
ximando a pedagogia e a didática à neurociência, a qual vem apresentando contribuições valiosas para o processo de ensino. A neurociência aplicada à educação é chamada por alguns autores de Neuropedagogia, Neurodidática ou Neuroeducação e trata como o estudo da estrutura, do desenvolvimento, da evolução e do funcionamento do sistema cognitivo, pode auxiliar com conhecimentos que possibilitem novas metodologias que potencializem o ensino e a aprendizagem. A neurodidática ajuda professores e pedagogos a estudar como o cérebro se reorganiza no processo de adquirir e manter informações. As ferramentas e recursos inovadores da neurociência para se trabalhar melhor o processo/ensino-aprendizagem podem ser encontrados na Programação Neurolinguística ou PNL, como é mais conhecida. PNL – Programação Neurolinguística Programação Neurolinguística, ou PNL, estuda como nosso cérebro e mente funcionam, como os pensamentos são criados e, como podemos reprogramar o conteúdo de nossos sentimentos, estados emocionais e comportamentos. A Programação Neurolinguística consiste num modelo que nos permite entender a estrutura da experiência subjetiva humana com a finalidade de definir, modificar ou reproduzir qualquer objetivo comportamental. É uma ciência que proporciona ao ser humano uma maneira efetiva de utilizar o cérebro para alcançar os resulta-
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No ensino superior um dos problemas encontrados é a falta de preparação do professor para dar aulas. Isso ocorre porque muitos professores trabalham em organizações, são empresários, consultores ou autônomos e de noite tornam-se professores.
dos desejados. Ela faz o estudo de experiências internas, que desencadeia o autoconhecimente e proporciona o desenvolvimento do potencial criativo. A PNL tem uma abordagem prática que dá resultados e é cada vez mais usada em várias áreas no mundo inteiro. De acordo com Richard Bandler, um dos criadores da PNL, “a Programação Neurolinguística é um processo educacional de como usar melhor o nosso cérebro”. Surgimento da PNL A PNL foi criada nos EUA na década de 70, por John Grinder e Richard Bandler, os quais publicaram em 1975 aquele que é considerado por muitos o primeiro livro de PNL, A Estrutura da Magia, (publicado no Brasil pela Editora Guanabara-Koogan em 1977). Grinder é linguista e especialista em Gramática Transformacional. Bandler estudou matemática, ciência da computação e psicologia. Criaram a PNL juntos a partir de um processo chamado modelagem. Este processo se baseia na observação detalhada de uma determinada habilidade ou comportamento com o intuito de codificá-lo e torná-lo acessível a qualquer pessoa. Assim, Grinder e Bandler descobriram que nossa experiência é fruto da maneira como ouvimos, vemos e sentimos as coisas, o que comumente chamamos de pensamento. Se aprendermos a pensar e agir como outra pessoa poderemos conseguir os mesmos resultados que ela. A PNL nos indica, editorasermais.com.br 13
portanto, como reproduzir a competência humana. Desde sua criação, a PNL vem estudando e codificando várias estratégias de pessoas que se destacam em suas áreas de atuação. São estratégias de auto-estima, de comunicação, de criatividade, de flexibilidade e muitas outras que vêm sendo aplicadas com sucesso em pessoas que desejam possuí-las. Atualmente, a PNL vem sendo utilizada praticamente em todas as áreas da nossa vida: em terapia, na educação, nas artes, esportes, em organizações, vendas, no tratamento de doenças psicossomáticas, no tratamento de compulsões (comer em excesso, fumar etc) fobias (altura, bichos, falar em público, dirigir etc) e as pesquisas continuam. Hoje, as pessoas interessadas em conhecer e aprender mais sobre PNL têm disponíveis boas opções de livros, cursos e informações disponíveis na Internet. No meu blog você pode saber mais sobre este tema, obter indicações de livros e cursos. A Programação Neurolinguística aplicada ao ensino e aprendizagem A PNL apresenta um modelo inovador de como as pessoas aprendem. A clara compreensão da maneira como o cérebro trabalha pode ser comparada a um “Manual do Usuário” de um computador. Um leigo sabe que o computador tem uma memória vasta e pode fazer coisas incríveis, mas não sabe exatamente o que e nem como. Mas com o manual pode-se escolher exatamente o que pode ser feito e ter o computador funcionando perfeitamente sempre. Na PNL, considera-se que o processo de aprendizagem ocorre por meio de programas neurolinguísticos, ou seja, o indivíduo elabora mapas cognitivos dentro do seu sistema nervoso, conectando-os com observações do ambiente e respostas comportamentais. Estes mapas são elaborados por influência da linguagem e de outras representações que ativam padrões coerentes no sistema nervoso. A aprendizagem ocorre por meio de um ciclo “orgânico” no qual mapas cognitivos e experiências de referência de comportamento são juntados para formar sistemas maiores de programas ordenados que produzem desempenho competente. O professor neuroeducador O professor que se utiliza das ferramentas da neurociência no seu dia para, por
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exemplo, elaborar e ministrar as suas aulas, ou lidar com dificuldades de aprendizagens de seus alunos pode ser chamado de neuropedagogo ou neuroeducador. Os neuroeducadores possuem uma visão inteiramente nova do que é o ensino e de como os professores podem agir no seu cotidiano. Os neuroeducadores tornam-se professores mais efetivos e desenvolvem habilidades para: - Modelar professores de sucesso e suas estratégias de ensino; - Criar o senso de empatia com seus estudantes; - Gerar interesse por qualquer disciplina; - Identificar como funciona o cérebro do aluno para aprendizagem; - Lecionar utilizando diferentes formas de comunicação que atinjam com eficiências os diferentes tipos de alunos; - Instruir cada aluno a estudar da melhor forma dentro de seu mapa cognitivo; - Identificar bloqueios no aprendizado dos alunos e estratégias para superá-los; - Dar feedback com técnica, de maneira que se torne mais uma ferramenta de aprendizado; - Motivar e inspirar os alunos a alcançar o seu melhor; - Tornar a sua aula cada vez mais produtiva, interessante e melhor. Todas essas habilidades não são adquiridas do dia para a noite. Cursos, leituras e quebras de paradigmas fazem parte da rotina de quem deseja se tornar um neuroeducador.
Sergio Enrique Faria Mestre em Comunicação, Pós-graduado em Metodologia e Didática do ensino superior, Neuroeducador, Master Practitioner e Trainer em PNL. Coautor do Manual Completo de PNL. sergioenriquefaria.blogspot.com
Concluindo A didática é um dos elementos fundamentais no processo de ensino/aprendizagem. Há décadas, sociólogos, educadores e outros profissionais da área discutem as formas de ensino e melhoria dos métodos educacionais. Contudo, são limitadas as novidades trazidas à discussão nesta área e poucas mudanças são percebidas nas estratégias de ensino dos professores. No ensino superior, onde a maioria dos professores não é pedagogo e tampouco são exclusivamente professores, a questão da discussão da metodologia parece mais distante. A Programação Neurolinguística vem se mostrando uma ferramenta poderosa para se alcançar a excelência em tudo o que fazemos. Suas ferramentas, são relativamente simples de entender e de serem aplicadas. O professor neuroeducador, aplicando tais ferramentas pode mudar pensamentos, sentimentos, comportamentos e, até mesmo, crenças, criando mudanças pessoais profundas e ajudando os professores e alunos a obterem mais recursos e se tornarem mais eficientes e eficazes. Costumo dizer em meus treinamentos que ao nascer ganhamos o mais fabuloso e complexo computador, jamais construído pelo homem: o nosso cérebro! Paradoxalmente, ele vem sem manual de instruções. Com o avanço do estudo da neurociência e com as ferramentas da PNL, estamos aprendendo a reprogramar nosso computador e funcionar melhor em todas as áreas de nossa vida.
A Programação Neurolinguística vem se mostrando uma ferramenta poderosa para se alcançar a excelência em tudo o que fazemos. Suas ferramentas são relativamente simples de entender e de serem aplicadas.
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^ SE ATUALIZAR UP 2 DATE NOVIDADES PARA VOCE
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1- Coffee Cup Power
Quando bate aquele sono durante o dia, a primeira opção de quase todas as pessoas é aquela xícara de café. Você já imaginou a possibilidade de poder recarregar a bateria de seus aparelhos eletrônicos através de um copo de café?! Se não, comece a imaginar agora. O Coffee Cup Power Inverter converte a energia do seu carro e possibilita que você carregue seu iPod, celular e o que mais quiser. Além disso, ele também possui uma entrada USB de 500mA de poder. O item está à venda por cerca de 30 dólares no site ThinkGeek. 16 editorasermais.com.br
2- Upgrade no churrasco
O churrasco é sempre uma boa opção para aproveitar o final de semana de calor. Muitos acabam desistindo porque acham muito trabalhoso colocar fogo na churrasqueira, além de ter que mexer com carvão. Se você é uma dessas pessoas, seus problemas estão resolvidos. A SolGrill utiliza a energia do sol para fazer aquele churrasco gostoso. Suas lentes de grau elevado proporcionam um calor quase instantâneo. A churrasqueira custa 199 dólares e pode ser encontrada no site da Amazon.
3- Fones sem fio
Os fios dos fones de ouvido te incomodam? Se a resposta for sim, atente-se para esse lançamento da Parrot. O modelo chamado Zik foi projetado para ser utilizado com smartphones. Ele pode ser conectado ao aparelho através do bluetooth. Além disso, é possível realizar chamadas, já que o Zik possui um par de microfones embutidos.
4- Alimente seu porquinho
Os tradicionais cofrinhos ficaram no passado. Agora eles são mais
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modernos e interativos. O Dodeka Facebank não apenas guarda seu dinheiro, como também detecta e mastiga as moedas que você coloca em “sua boca”, além de fazer sons antes e depois de comer. Só poderia ser uma invenção japonesa! Você pode adquiri-lo no site Japan Trend Shop.
capaz de gravar vídeos em Full HD (1080p) e fotos de até 15 megapixels. Para completar, a webcam possui autofoco e ainda conta com dois microfones. O preço sugerido fica em torno dos 300 reais.
5- Webcam Full HD
Quando os aparelhos de celular deixam de funcionar, o usuário tem duas alternativas: mandar para a assistência técnica e esperar semanas por um retorno ou comprar um aparelho novo. Para resolver esse
Fato é: as webcams que vem acopladas nos notebooks não possuem muita qualidade na imagem. Agora a Logitech lançou o modelo HD Pro Webcam C920, com lente Carl Zeiss
6- Sobrevida para os aparelhos Samsung
dilema na vida das pessoas, a solução é o Unbrick Download 301K USB Mode JIG. O pen drive chinês promete consertar os problemas de software de alguns modelos da Samsung, como o Galaxy SII, por exemplo. O pen drive pode ser encontrado por cerca de 1,60 dólares no site Deal Extreme.
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ARTIGO JOAO MORETTI
A internet 4G e as operadoras de telefonia*
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notícia de que as operadoras de telefonia Claro, Oi e TIM estavam impedidas de vender novas linhas de celulares pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) esteve em destaque nos noticiários nos últimos tempos. As empresas foram surpreendidas pela decisão da Anatel, que determinou que fossem apresentados planos de melhoria para que as vendas voltassem a ser realizadas. A decisão da Anatel teve como objetivo melhorar a qualidade do serviço de telefonia que já é utilizado pelos usuários. Mas como fica a internet 4G nesta história? A suspensão da venda de novas linhas e os planos de melhoria atrasaram a chegada da internet 4G aos usuários. Ou este susto foi importante para garantir maior empenho na qualidade do 4G? A telefonia móvel de quarta geração tem duas finalidades: maior qualidade e velocidade na transmissão de dados e levar serviços de voz e internet banda larga para as áreas rurais. Se tudo sair conforme o planejado, a velocidade do 4G no Brasil será de 10 Mbps (Megabits por segundo) e não vai haver grande instabilidade no sinal. Desta forma, o usuário poderá baixar um filme de 100 MB (Megabytes) em pouco mais de um minuto.Também será 18 editorasermais.com.br
possível assistir vídeos na Web sem que fique engasgando, fazer videoconferências do celular e ouvir músicas diretamente da internet, entre outras possibilidades. No leilão realizado pela Anatel foi determinado que as empresas que oferecerão a tecnologia 4G devem cumprir algumas metas. Até abril de 2013, as operadoras devem ter conexões 4G nas cidades-sede dos jogos da Copa das Confederações – Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Já as sedes e sub-sedes da Copa do Mundo – São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Manaus, Cuiabá, Natal – deverão ter cobertura 4G até o fim de 2014. E o cronograma da Anatel ainda determina que todos os municípios com mais de 100 mil habitantes deverão ter sinal de 4G até 31 de dezembro de 2016.
O usuário poderá baixar um filme de 100 MB (Megabytes) em pouco mais de um minuto
Acredito que os últimos acontecimentos não irão atrapalhar o andamento da 4G. Os problemas atuais se devem pelo rápido crescimento da telefonia móvel no Brasil. Um estudo realizado pela Huawei em parceria com a Teleco mostra que no primeiro trimestre de 2009 eram 1,5 milhão de usuários de internet móvel e no primeiro trimestre deste ano, três anos depois, o número já havia aumentado para 8,7 milhões. As operadoras apresentaram os investimentos feitos e previstos para este ano com o objetivo de melhorar a telefonia móvel no Brasil e já entraram em acordo com a Anatel para que os serviços fossem normalizados. Mas a rapidez com que a telefonia móvel tem crescido e a velocidade com que as pessoas estão adquirindo smartphones e tablets é um desafio para estas empresas. Conclusão, depois disso tudo, as operadoras devem se empenhar em oferecer bons serviços aos usuários para garantir a continuidade do serviço e em paralelo seguirão com os investimentos na 4G. No fim das contas, o usuário só tem a ganhar.
“As operadoras apresentaram os investimentos feitos e previstos para este ano com o objetivo de melhorar a telefonia móvel no Brasil”
João Moretti Diretor geral da MobilePeople – empresa especializada em soluções móveis corporativas. www.mobilepeople.com.br
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ARTIGO | MARCELO DE ELIAS
Estou saindo...
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om as perspectivas de crescimento e, mesmo com os altos e baixos em alguns segmentos da economia, as empresas, de maneira geral, têm contratado novos funcionários. Com isso, os bons profissionais, mesmo que intencionalmente não estejam à procura de outro trabalho, podem receber convites para mudar de emprego. Os headhunters estão à procura de profissionais competentes e capacitados e, quando encontram, não medem esforços para conquistá-los e encaminhá-los para suas empresas-clientes. Além disso, tem ainda aquelas pessoas que entendem que a procura de um novo emprego é muito mais agradável enquanto se está empregado e enxergam a participação em processos seletivos como uma forma de se autoavaliar.
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Mas, e se uma dessas oportunidades venha a lhe agradar e você entender que vale a pena tentar? Antes de qualquer coisa, é importante que você saiba separar a empolgação da realidade. Qualquer empresa, à primeira vista, sempre se mostrará muito positiva, fazendo com que o candidato se entusiasme com a oportunidade. Vale uma boa análise crítica sobre o que a outra empresa representa, e isso, vai além de um estudo sobre impacto do salário e benefícios propostos. Busque conhecer a contratante, seus valores, cultura e gestão de pessoas, em especial, a estrutura organizacional, a chefia e o desenvolvimento da carreira. Se, após esse filtro, você decidir mudar de emprego, como agir? A regra mais importante é ter todo cuidado para não fechar as portas da empresa atual. E, para isso, um dos cuidados é não transformar seu chefe, ou melhor, futuro ex-chefe, em um inimigo. Assim, algumas dicas devem ser seguidas: Não saia espalhando para os colegas – Nunca diga aos colegas que você está participando de um processo seletivo sem antes falar com seu chefe. O assunto pode chegar a ele através de caminhos indiretos e isso pode dar a sensação de traição e frustração. Se chegar de maneira distorcida, pior ainda. Fale com o chefe na hora certa e do jeito certo – Seja amigável, polido e muito ético. Converse com ele na hora menos turbulenta. Se por alguma razão o chefe parece estar tenso, prefira outro momento. Seja cuidadoso. Ele também tem o direito de possuir os sentimentos de abandono, traição e raiva. Não o pegue de surpresa – Frequentemente converse com seu chefe sobre seus planos de longo prazo. Mostre que sua carreira é sua e
que você, mesmo estando satisfeito, busca o crescimento. Ele vai entender que, se quiser mantê-lo, precisará proporcionar a você oportunidades de desenvolvimento, caso contrário, não estranhará quando você der a notícia de que está sendo avaliado por outras empresas.
Os headhunters estão à procura de profissionais competentes e capacitados e, quando encontram, não medem esforços para conquistá-los e encaminhá-los para suas empresas-clientes. Entenda como seu chefe o vê – Você é um talento ou apenas mais um? Se para ele você é nada mais que um número na folha de pagamento, acerte primeiramente a sua vida no novo emprego e depois comente com seu chefe. Tem alguns que demitem o funcionário que pensa em mudar de emprego e se você ainda não conseguiu o novo... Ninguém quer perder um talento – Coloque-se no lugar do seu chefe. Ninguém quer ser visto como um líder que não soube reter um bom funcionário, assim sendo, entenda caso ele queira usar todas as armas para
segurar você. Nessa hora vale a tentativa dele oferecer uma contraproposta ou, em casos extremos, usar o próprio networking para tentar fechar as suas portas na outra empresa. Esteja preparado para tudo. As contrapropostas para reter você também devem ser cuidadosamente avaliadas, pois, muitas vezes, uma promoção ou aumento de salário fora do planejado podem vir cheios de cobranças e excesso de pressão. Dê um tempo justo para a sua empresa – Organize-se para ficar o tempo que a empresa precisar e, se possível, ajude a conseguir um substituto. É muito ruim a sensação de que você pulou do barco na hora mais importante, deixando a equipe na mão. Não saia da empresa no meio de um projeto importante, a não ser que você possa ser substituído sem grandes prejuízos. Deixe claro ao novo empregador que você tem responsabilidade e não quer prejudicar a sua empresa. Isso mostra credibilidade e você ganha pontos inclusive com os novos patrões. Seja ético – Avise aos clientes e fornecedores que têm contato com você sobre a sua saída e apresente o substituto. É bastante adequado transferir para o colega que ficará no seu lugar o vínculo que você tem com seus parceiros. Na nova empresa, não fale mal da empresa anterior nem do antigo patrão. Passa a impressão de pouco profissionalismo e de desrespeito à sua própria história.
Marcelo de Elias Executivo de RH e consultor especializado em gestão estratégica. É professor de MBA e coautor do livro Ser Mais em Gestão de Pessoas. www.marcelodeelias.com.br
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´ POR UM PLANETA SUSTENTAVEL
Luminárias recicladas O artista uruguaio Valentino Llegada resolveu transformar extintores de incêndio que iriam parar no lixo em objeto de decoração. Com um pouco de criatividade, ele resolveu cortar os extintores ao meio e fazer deles luminárias coloridas. A ideia surgiu enquanto fazia compras de material de arte em uma unidade de reciclagem. A princípio, ele procurava algo que pudesse transformar em ferramentas de jardinagem, porém acabou descobrindo uma excelente peça para decorar a casa. As luminárias estão à venda por 70 dólares no site valentinollegada.com
Corpo humano
recarregando
BATERIAS Pensando na diminuição do consumo de energia elétrica, o designer João Paulo Lammoglia criou o Aire Concept, máscara que transforma a respiração em eletricidade e que serve como carregador
de pequenos equipamentos, como celulares. O aparelho faz uso das reações químicas que acontecem no corpo e, consequentemente, a produção de energia para transformá-lo em eletricidade.
Comércio SUSTENTÁVEL
Sempre que algum objeto perde a utilidade em nossas vidas, acabamos jogando-os fora. Mas, se pararmos para pensar, ao invés de colocá-los no lixo, poderíamos trocar com outras pessoas que necessitam daquilo que já não nos serve mais. Essa prática já vem sendo testada nos EUA. A aluna da Parsons School of Design, Lina Fenequito, apresentou, como trabalho final, a Swap-O-Matic, máquina que possibilita que o usuário coloque algo que já não lhe serve mais e troque por algo novo. Gostou da ideia?
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ARTIGO ADRIANA LOMBARDO
Para o autoritário, qualquer banquinho serve
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É
bastante comum nas organizações que alguém que não conheça a prática da boa gestão, ao ser indicado para um cargo de chefia, entenda que a nova missão exige “apenas” o trabalho de planejamento, controle e acompanhamento das atividades e dos resultados alcançados, esquecendo-se, portanto, do componente humano. No entanto, no decorrer da nova rotina de trabalho com a equipe, com seus pares e outras chefias passa a manifestar várias características que não acreditava possuir. É que as tendências autoritárias deste profissional estavam adormecidas. Ao surgir oportunidades para atuar em alguma posição de poder relativo sobre outros colegas de trabalho passam a exibir características agressivas, criando um ambiente de tensão e hostilidade, de medo e até pânico. O perfil autoritário pode ser identificado com facilidade em circunstâncias de pequeno ou elevado poder, não necessariamente no alto de algum tipo de palco profissional, metafórico ou não. Para o autoritário, qualquer banquinho serve. Podemos perceber condutas de inflexibilidade, com exagero na aplicação de normas e regras, apoiadas pela burocracia funcional, em um chefe de pequeno escalão, em um funcionário de serviços de segurança ou limpeza, em uma
secretária, professora ou até em um estudante monitor. Não é absolutamente necessário ser um alto executivo para ter e demonstrar atitudes autoritárias, criando um ambiente desfavorável à produtividade, inovação, criatividade e realização profissional de indivíduos e equipes. O ambiente empresarial tende a privilegiar os elementos racionais em detrimento da sensibilidade, acomodando, naturalmente, os frios, calculistas e destemidos no abuso de poder, enquanto os oprimidos e agredidos optam pelo afastamento do emprego, temporário ou definitivo. Aqueles que buscam apoio na hierarquia superior tornam-se, em sua maioria, frustrados pelo corporativismo hierárquico e acabam por trabalhar sem disposição, minimizando ou evitando as oportunidades de interação com seus colegas ou renunciando a se destacar por seu desempenho profissional, temendo algum tipo de repressão. Será que você também é um autoritário? Fácil se descobrir. Quando você viaja, ou não participa de uma reunião, ou não acompanha os trabalhos de perto – seu colaborador
Adriana Lombardo É master coach e Especialista em Gestão Estratégica Internacional, Liderança e Inovação. blog.adrianalombardo.com
ou sua equipe sente-se feliz? Em período de avaliação, as pessoas de sua equipe são tomadas pela opressão? Você teria coragem de se colocar no lugar dos seus empregados, vendo ou ouvindo a gravação de suas reuniões, sentindo-se bem? Você mostraria os emails que envia aos colegas de trabalho para um membro amado de sua família e ouviria atentamente seu feedback? Você precisa do poder ou seria capaz de abrir mão dele a qualquer momento?
O perfil autoritário pode ser identificado com facilidade em circunstâncias de pequeno ou elevado poder, não necessariamente no alto de algum tipo de palco profissional, metafórico ou não. Vamos supor que você não se considere ou não seja mesmo um autoritário. Você convive com uma pessoa autoritária? Sabe como não se deixar influenciar pela opressão? Mesmo se considerando forte o suficiente para enfrentar a situação, tentando negociar e se articular com outros colegas para mudar os rumos da organização, lembre-se de cuidar de si e fortalecer suas condições psicofísicas. Faça caminhadas, preferencialmente, em contato com a natureza; se puder, corra e deixe-se levar pelas boas sensações na
sua mente e no seu corpo, liberando as toxinas acumuladas, renovando e aumentando suas energias. Mude sua alimentação e inclua ainda mais sabores e aromas agradáveis em seus pratos: alecrim, manjericão, cravo, canela, morangos e qualquer outro que você goste, mas não costuma provar com frequência. Busque momentos de solidão e relaxamento, mas alterne com conversas alegres, dando muitas risadas. Faça da sua casa um local de descontração: tire os sapatos ao chegar, coloque roupas leves, ouça suas músicas favoritas, tome um banho relaxante, abrace sua família e a si mesmo. Revitalizado será mais fácil lidar com o autoritário ou negociar a mudança dele, sua ou da organização. Você se descobriu autoritário?! Ainda há tempo de se libertar da sua própria armadilha, rever seu comportamento, redesenhar sua abordagem de liderança, engajar sua organização e atuar de maneira a elevar a qualidade dos seus resultados pessoais e profissionais. Lembre-se o quanto se dedicou para alcançar as competências técnicas que lhe fizeram progredir na carreira. Com o mesmo estímulo pode se motivar a evoluir como líder. É importante identificar que tipo de executivo você pretende ser no futuro e formular uma estratégia de alcance. Reflita quem são as pessoas ao seu redor que podem te apoiar, fornecendo um feedback honesto ou procure um coach para apoiá-lo. Reveja seus valores essenciais e perceba que são alicerces para uma caminhada consistente. O líder autoritário pode cair do banquinho, mas um líder genuíno sempre saberá se levantar.
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MODA, BELEZA E ESTILO
Giz de cera também é fonte de inspiração Quem nunca teve uma caixa de giz de cera que atire a primeira pedra. Agora eles saíram das caixinhas e foram parar nos vidros de esmalte. O kit Crayola mini nail polish vem
com 8 mini vidros em cores que nos fazem lembrar daquela época da infância e das famosas embalagens de giz. O kit custa 12 dólares e pode ser encontrado no site Fredflare.com
De olho no verão O inverno ainda está por aqui, mas todo mundo já está antenado no verão que está por vir. E o que vai fazer a cabeça das mulheres é o coque. Para quem acha o penteado sem graça, fique sabendo que essa vai ser a nova aposta das fashionistas e promete ganhar as ruas do país inteiro.
Das ruas para o mundo fashion Não é só de salto alto que são feitas as sessões de beleza. Você pode usar um tênis e, ainda assim, estar na moda. A Vans acaba de lançar uma nova coleção de seu modelo Authentic, a California Brushed Twill. Várias marcas têm apostado em tons pastel, e agora é a vez da Vans entrar no mundo fashion. E para completar, todos os modelos têm cadarço de couro marrom. 26 editorasermais.com.br
Novo hidratante MAC A MAC acaba de lançar uma loção que promete hidratar a pele imediatamente. A Mineralize Charged Water Face and Body Lotion foi desenvolvida a partir da tecnologia ionizada Super-Duo Charged Water, deixando a pele suave. E para quem costuma não gostar muito do cheiro dos produtos de beleza, a loção não possui fragrância. O produto está à venda no site da Sacks por 157 reais.
NOVIDADES DO MUNDO DA WEB
Rede social para fazer amizade e jantar com desconhecidos Criado nos Estados Unidos, o Grubwithus tem como principal objetivo estimular o chamado jantar social. A rede une a vontade de conhecer novas pessoas com uma boa programação. Para participar, basta fazer um cadastro e navegar pelos convites que estão em aberto, conhecer uma boa companhia e marcar um encontro agradável. Para facilitar a vida do usuário, é possível interagir com grupos que tenham os mesmos interesses que você.
TripAdvisor
O aplicativo promete ajudar sua viagem, sem tornar sua conta de telefone gigantesca. Isso porque, depois de instalado, não é necessário estar conectado à internet para que o Trip Advisor City Guides funcione. Ele lista restaurantes, hotéis e atrações com avaliações de outros usuários para que você escolha a melhor opção. Após selecionar um local, ele usa o GPS para indicar o caminho.
Mapa da VIDA
Em tempos de preocupação com o meio ambiente e preservação do planeta e das espécies que aqui habitam, muitos ficam curiosos para saber mais sobre o assunto. A Universidade de Yale, nos Estados Unidos, criou uma plataforma que permite que você visualize a distribuição geográfica de mais de 30 mil espécies de animais vertebrados e alguns peixes. Além disso, você pode descobrir em quais ambientes vivem determinadas espécies e outros locais onde já foram encontrados, além de saber quais animais se encontram mais perto da sua casa.
Cloth.
Escolher a roupa para um dia de trabalho ou uma ocasião especial pode ser um tanto quanto trabalhoso. O aplicativo desenvolvido pela Clothes Minded possibilita que os usuários tirem fotos de seus looks e compartilhem em uma rede, além de dar dicas para aqueles que não sabem o que usar. O usuário pode especificar as características do modelo e ainda fazer comentários.
Atualizando o
SISTEMA
Fazer atualizações de sistema demandam tempo e paciência. Mas todo esse trabalho pode ser poupado se você utilizar o DriverEasy no seu computador. O programa faz busca automática, download e instalação de drivers compatíveis com seus hardwares.
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´ PERCIA COACHING ANDRE
COACHING: A profissão do “Presente”! “Um terapeuta provê um tratamento para aliviar ou curar uma desordem enquanto um Coach é um instrutor, alguém que proporciona um ensinamento especializado.” (Concise Oxford Dictionary).
C
oaching é uma metodologia capaz de levá-lo a novas e surpreendentes conquistas. É a aplicação prática, com resultados imediatos, de conceitos de diversas ciências. “Coach” deriva de uma cidade chamada Kocs ao norte da Hungria onde foram concebidas as carruagens levadas por cavalos. Robert Dilts vai adiante na metáfora de “carruagem” e diz que as pessoas são transportadas de um lugar para o outro num “container” que as protegem e guardam. Dilts também acha que o coach (profissional) deve criar um “container” seguro (processo, condições) para o coaching funcionar da melhor maneira. Algumas pessoas se perguntam por que o coaching gera tantos resulta-
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dos e outras abordagens não. Resultados não acontecem pois muitas vezes não estabelecemos uma meta de qualidade, outras por não termos um bom plano de ação definido, ou seja, temos uma ideia do que queremos, mas não de como chegar lá. O Coach é o profissional que te ajuda a alcançar suas metas, com conhecimentos e técnicas específicas e inovadoras, cujo uso aumenta muito a chance de bons resultados. Pode-se aplicar coaching hoje em inúmeras áreas: *Aprendizagem *Estilo, moda, adaptação social *Questões existenciais e espirituais *Liderança *Esportes *Carreira *Gestão *Negócios
*Saúde, harmonia corporal *Coaching de vida *O céu é o limite… No coaching o cliente é ajudado e estimulado a desenvolver a melhor forma de resolver o problema em questão. O coaching ajuda a explorar e trabalhar crenças e bloqueios que o cliente possa ter, além de também ser autoaplicável.Todas as técnicas da Formação em Coaching podem e devem ser usadas por quem as estuda, o que fará do profissional uma pessoa ainda mais consistente com o que faz. A pessoa não apenas aprende a resolver seu desafio do momento, como também aprende a desenvolver formas de resolver vários outros tipos de problemas pois tendemos a generalizar a aprendizagem.
O coaching AJUDA a explorar e trabalhar crenças e bloqueios que o cliente possa ter, além de também ser autoaplicável. Todas as técnicas da Formação em Coaching podem e devem ser usadas por quem as estuda, o que fará do profissional uma pessoa ainda mais consistente com o que faz. Para David Clutterbuck, “O profissional de Coaching atua como um estimulador externo que desperta o potencial interno de outras pessoas, usando uma combinação de paciência, insight, perseverança e interesse (às vezes chamado de carisma) para ajudar os receptores de Coaching (coachees ou clientes) a acessarem seus recursos internos e externos e, com isso, melhorar seu desempenho”. Robert Dilts faz uma distinção entre fazer Coaching com “c” (c minúsculo) e fazer Coaching com “C”(C maiúsculo). O primeiro modo é o Coaching comportamental para ajudar alguém a conseguir uma meta, objetivo ou ter um desempenho particular, e sua origem vem do treinamento esportivo.
Por esses e outros motivos, coaching não é mais a “profissão do futuro” e sim a “profissão do presente”. Numa era onde a informação dobra em quantidades e velocidades cada vez mais rápidas e temos de usar as mesmas vinte e quatro horas para trabalhar, viver e aprender/desaprender tendências, o coaching atende de forma eficiente e brilhante, provendo formas eficazes, orientadas e objetivas para explorar o potencial humano na busca de soluções cada vez mais construtivas e geradoras de resultados para pessoas e organizações!
Já Coaching com “C” maiúsculo tem haver com “atingir propósitos num nível bem abrangente, com mudanças gerativas, desenvolvimento e reforço da identidade e de valores trazem os sonhos e metas para a realidade. Isso envolve habilidades do Coaching com “c” mas também inclui muito mais”.
André Percia Psicólogo clínico e hipnoterapeuta com formação internacional em Coaching. youtube.com/Andrepercia apercia@terra.com.br editorasermais.com.br 29
CAPA MARILIA MARRAFON
PRO FISSI ONAIS DESEN GAJA DOS
como lidar
com essa
situação? 30 editorasermais.com.br
CAPA
A
s empresas brasileiras estão em estado de alerta. Com o passar das décadas, juntamente com a mudança de perfil dos funcionários e transformação dessas empresas, inúmeros entraves têm surgido e deixado a situação mais grave. A alta rotatividade de funcionários, a falta de “conexão” destes com a empresa, o não comprometimento são só alguns dos problemas que podem ser listados quando falamos dessa relação “organização x empregado”. Reverter o quadro não é uma tarefa fácil e, para que isso aconteça, é preciso, primeiramente, identificar as deficiências nessa relação delicada. A Towers Watson realizou, recentemente, o Estudo Global sobre Força de Trabalho. Dentre os quesitos avaliados estão o engajamento e vínculo com as empresas. Ao final, concluiu-se que, no Brasil, 30% dos trabalhadores estão desengajados (nível considerado crítico), 26% se sentem sem suporte por parte da empresa e 16% estão desvinculados de suas companhias. Já no quesito engajamento sustentável, ou seja, comprometimento de longo prazo juntamente com a alta performance, os resultados nas empresas brasileiras somam apenas 28%. Para Carlos Ortega, Consultor Sênior
da área de Pesquisas com Empregadores da Towers Watson no Brasil, “esses números mostram que as empresas estão bastante vulneráveis”. O estudo foi baseado no conceito de Engajamento Sustentável, que pode ser definido pela soma de três fatores: o engajamento em si (vínculo e vontade de dar algo para ajudar suas empresas a serem bem-sucedidas), suporte organizacional (boa governança e comunicação, política clara, liderança - que resultará em produtividade e alto desempenho) e, por último, bem- es-
no Brasil,
30% dos
trabalhadores
estão desengajados tar (tanto físico, mental, quanto emocional). Embora muitas empresas ainda não tenham essa consciência, é de fundamental importância que os três elementos funcionem em perfeita harmonia, já que funcionários bem amparados, bom ambiente de trabalho e o sentimento de vínculo com a organização afetam diretamente a produtividade e, consequentemente, capacidade de crescimento do
negócio. Segundo Ortega, a ausência de qualquer uma dessas dimensões resultará no chamado desengajamento crônico. A pesquisa foi realizada em diversos países e, comparados com o restante do mundo, os índices brasileiros são preocupantes, já que se encontra em estado mais crítico. Os resultados alarmantes nas empresas brasileiras são consequência de um processo acelerado de crescimento da economia. Só no ano de 2010, por exemplo, o Brasil registrou um aumento de mais de 7%. Apesar do crescimento econômico, a educação e formação de profissionais de qualidade não acompanhou o mesmo ritmo. “Isso gera um déficit de executivos de ponta, especialmente no que se refere a modelos de gestão, que vêm, sim, evoluindo ao longo do tempo. No entanto, ainda é necessário que a cultura da gestão e da disciplina sejam promovidas”, diz Francisco Donato, CEO da Zoom. Outro agravante da situação é a falta de preparo dos gestores e líderes. No Brasil, grande parcela dos funcionários, independente da idade, é promovida a gestor por competência técnica e individual. Porém, o que ainda é pouco difundido e percebido nas organizações é que, para ser líder, é necessário mais
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CAPA
do que isso. Por melhor que seja um funcionário, as competências como gestor vão além daquelas exigidas como indivíduo. Carlos Ortega alerta que as empresas se preocupam demais com a sucessão de cargos e deixam de lado o processo e os quesitos realmente necessários para a escolha de um funcionário adequado para substituir o antigo líder. Para Carolina Pfeiffer, Diretora de Marketing e Vendas da consultoria de desenvolvimento de talentos LHH|DBM, “algumas empresas tem programas bastante robustos e consistentes neste sentido, mas, de uma maneira geral, ainda é por tentativa e erro que a maioria aprende, o
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que, claro, gera uma entropia enorme, para líder, liderado e organização”. Motivações apontadas pelos profissionais brasileiros Comum e erroneamente, as empresas tendem a pensar que remuneração e benefícios são os principais direcionadores de alto engajamento, porém, para os brasileiros, os principais motivadores que levam os funcionários a criarem laços com as empresas são: desenvolvimento de carreira, imagem da empresa e metas e objetivos claros. A pesquisa revelou que, para 36% dos entrevistados, a empresa não proporciona oportunidades de desenvolvimento pessoal.
CAPA
Hoje, os profissionais
não se preocupam
apenas
com o aumento
de salário, mas sim este aliado às
oportunidades
de carreira
Em relação às oportunidades de promoção, 33% dizem que as organizações não proporcionam aos funcionários novas possibilidades. Já 31% acreditam não ter treinamento suficiente para ser mais produtivo no cargo que ocupam. Apenas 37% dos entrevistados acreditam que os programas de formação na empresa que trabalham são eficazes. E, por fim, 35% tanto concordam como não concordam que a organização oferece ferramentas de planejamento e outros recursos (treinamento, avaliação, planos de carreira, job rotation). Segundo a pesquisa, uma
grande parcela dos funcionários não sabe ao certo se a empresa em que trabalha tem uma boa imagem no mercado e se ela conduz suas atividades com honestidade e transparência. Prova disso é que 32 e 34%, respectivamente, responderam a opção “neutro”, quando questionados se concordavam ou não com a afirmativa. Hoje, os profissionais não se preocupam apenas com o aumento de salário, mas sim este aliado às oportunidades de carreira. Outros quesitos igualmente importantes são as jornadas de trabalho flexíveis, a qualidade de vida e a
estabilidade financeira. Francisco Donato vê uma mudança muito grande no perfil dos profissionais na última década. “Acredito que se equilibrou a importância dos quesitos estabilidade e remuneração com o crescimento da busca por empresas estimulantes, vibrantes e com bom clima organizacional. Os novos profissionais passaram a valorizar ainda mais a meritocracia, como oportunidade de crescer na empresa, independente de idade ou tempo de casa”. Segundo Carlos Ortega, décadas atrás, os profissionais tinham a preocupação de guardar o máximo de dinheiro possível para gastar quando envelhecer, po-
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cabe ao líder
CAPA
identificar o tipo de suporte deficiente e tomar as medidas
necessárias
rém, hoje, os trabalhadores buscam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Para que o funcionário seja realmente parte integrante da empresa é preciso conhecer as metas da organização, como seu papel contribui para que a companhia alcance os resultados positivos e quais as ações necessárias para chegar lá. No Brasil, esses quesitos ainda estão em déficit e uma parte considerável dos funcionários ainda não compreende esses itens completamente. “É preciso remover as barreiras para a realização dos trabalhos. Além de ótimas condições de emprego, as companhias precisam ser claras ao demonstrar que o funcionário é valorizado, que ele faz parte da equipe e que terá todo o apoio para seu desenvolvimento pessoal e cumprimento de suas metas e, com isso, chegar aos objetivos de negócios da empresa”, afirma Ortega. “O suporte organizacional é importante para propiciar as condições necessárias para melhorar a produtividade e o desempenho”, completa. A falta de clareza nas metas e objetivos das empresas gera um cenário de sobrecarga nos funcionários. Muitas vezes esses profissionais são obrigados a lidar com situações que cabem somente à empresa resolver. As empresas precisam compreender que o perfil do funcionário de hoje é diferente daquele de 20 anos atrás. Suas preocupações e desejos se transformaram também. Exis34 editorasermais.com.br
te uma necessidade grande de adaptação dos objetivos das empresas com as demandas dos trabalhadores para atender às expectativas dos mesmos. E, para que isso aconteça, cabe ao líder identificar o tipo de suporte deficiente e tomar as medidas necessárias para solucionar o problema. Esse processo não é realizado em um dia ou um mês, todos esses cuidados devem se tornar parte do dia a dia das organizações. Diante desse cenário, Donato destaca 4 pontos-chave para o engajamento dos profissionais, “Primeiro, é fundamental que a empresa tenha uma causa pela qual as pessoas lutem. As pessoas têm que acreditar no sonho que a empresa busca. Isso tem um poder incrível para gerar envolvimento real de todos. Em segundo lugar, as pessoas precisam se sentir participativas, perceber que suas opiniões são importantes, respeitadas e entender qual o seu papel na construção da empresa. O terceiro ponto diz respeito ao ambiente: é fundamental que seja saudável e que haja um
clima de companheirismo. Por último, o profissional pre-
cisa perceber que pode crescer junto com a empresa.
Essas coisas juntas colaboram muito para o real engajamento de todos”.
O Estudo Global da Força de Trabalho Produzido pela Towers Watson, empresa mundial em consultoria, o estudo Global da Força de Trabalho – Global Workforce Study (GWS) é realizado a cada dois anos desde 2003. Sua última edição contou com 32000 profissionais de 28 países, que representam trabalhadores de diferentes tipos de organizações, de vários setores. O objetivo da pesquisa é auxiliar as empresas a compreenderem os perfis de seus funcionários e também quais fatores influenciam no desempenho dos mesmos dentro da organização. Para isso, o GWS realiza a medição das mudanças de atitudes que afetam a produtividade, atração e engajamento dos trabalhadores. Profissionais do mundo todo estão trabalhando um número de horas cada vez maior, mais preocupados com o futuro financeiro e, por conta disso, se sentindo mais estressados. A pesquisa reflete essa situação e prova que 65% desses profissionais não estão totalmente engajados e lutam para lidar com situações que não oferecem o suporte suficiente ou ligação emocional, acarretando, inevitavelmente, em baixa na produtividade, maior ineficiência e maiores taxas de absenteísmo e rotatividade, além do aumento dos custos com doenças crônicas.
CAPA
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JO GO RÁ PI DO 36 editorasermais.com.br
Daniela Mercury
Daniela Mercury tem a revolução e a reinvenção no sangue. Em suas turnês e apresentações internacionais, tornou-se uma espécie de embaixadora da música e da cultura brasileira. Artista de personalidade magnética, que prima pela criatividade, responsabilidade e engajamento social, excelência e inovação em seus trabalhos, Daniela passeia confortavelmente pela diversidade musical e ainda tem a seu favor, a alegria e energia contagiantes de quem é baiana. E com orgulho! Com treze CDs gravados e cinco DVDs, Daniela Mercury é hoje a cantora brasileira com maior respaldo internacional, com 19 anos de carreira e 15 anos de turnês fora do Brasil. E para completar, vamos conhecer, em detalhes, um pouco mais da trajetória desta grande artista da música brasileira. Por Lazara Melchior
Quem é a Daniela Mercury? R: Eu continuo sendo a mesma menina baiana cheia de sonhos lá do início da carreira, com muitos desejos e com muito amor pelo meu país, pela nossa cultura. P: O que a música significa para você? R: A música é minha companheira inseparável. Ela me inspira, me incentiva, me proporciona momentos maravilhosos... Me sinto privilegiada por ser cantora e trabalhar com arte. A arte liberta! P: Sobre o lado artístico de Daniela Mercury, o que mais preza nesta profissão do canto? R: Poder misturar, reinventar, criar...
Sou muito eclética e o que mais me inspira, o que mais me dá prazer é poder criar. Gosto do desafio da inovação, da busca de sonoridades, de timbres... Estou sempre pesquisando, fazendo fusões, provocando o novo. Acho que essa é a graça. P: Conte um pouco sobre a experiência de ter gravado o DVD ao vivo do show Canibália. Foi realmente emocionante? R: Todo o processo que envolveu o DVD “Canibália - Ritmos do Brasil” foi especial. Me envolvi profundamente em todas as etapas desde a pré produção. Além de ensaiar com os músicos, bailarinos e convidados, fiquei atenta à programação de luz, ao
figurino, cenário... Dei o meu melhor para que o espetáculo fosse inesquecível para o público e para mim. Foi um dos momentos mais emocionantes de minha carreira. Um show maravilhoso, à beira do mar, para mais de 2 milhões de pessoas...
ças do mundo, às comunicações, às novas tendências, moda, arquitetura, artes plásticas, adoro novidades, gosto muito de ler sobre vários assuntos e viajo muito também.
P: É verdade que você gosta muito de gravar e fazer shows em parceria com grandes nomes da música nacional e também internacional? Com quem você já teve o privilégio de cantar e que te emocionou bastante? R: Com tanta gente... Há tantos artistas espetaculares pelo mundo! Gostaria muito de ter conhecido e cantado com Carmen Miranda, mas como seria impossível pessoalmente (risos), a convidei para cantar comigo no meu CD/DVD, Canibália, e também no show, de forma virtual. Graças à tecnologia, posso dividir o palco com Carmen e, pra mim, é um momento muito especial no show.
Sempre tive uma relação mais íntima com moda. Desde as roupas que uso no meu dia a dia até meus figurinos.
P: Sua agenda deve ser bem apertada. Como você faz para conciliar shows, participar de eventos diversos e, ao mesmo tempo, cuidar da saúde e da beleza? É possível, por exemplo, fazer exercícios ou tratamentos estéticos em fases de apresentações e gravação de CD? R: Sou bailarina desde criança, então, a consciência de corpo, da qualidade da performance e a necessidade de uma boa alimentação fazem parte de minha vida desde muito novinha. Sempre pratiquei exercícios físicos e procuro ter uma alimentação equilibrada, sem radicalismo. Preciso de energia e saúde para cumprir a minha rotina. P: Você é uma pessoa que segue tendências da moda? Qual é a sua inspiração para a escolha das roupas usadas nos shows? R: Presto atenção a tudo, ao comportamento das pessoas, às mudan-
Tive a honra de trabalhar com os maiores estilistas brasileiros: Glória Coelho, que logo no início da minha carreira fez tanto show quanto Carnaval; Reinaldo Lourenço, que fez mais de um Carnaval; Alexandre Herchcovitch fez dois carnavais e vários shows, Maria Vasquez fez um carnaval completo; Fause Haten também foi maravilhoso; Lino Villaventura, Martha Medeiros, Valdemar Iódice e Pedro Lourenço, entre outros. Claudio Tovar e Cao Albuquerque, que são figurinistas importantíssimos brasileiros, além dos maquiadores Duda Molinos, Carrasco, Mauro Freire e Ricardo Brandão e produtores de moda como Flávia Lafer, Alina Amaral, Chiara Gadaleto fizeram o estilo desses carnavais, shows e apresentações.
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^ OTIMISTA OMAR SOUKI
Ser generoso é ser
EVOLUÍDO E
dward Wilson, biólogo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, publicou um livro no qual sugere que o processo evolutivo anda mais rápido em sociedades onde as pessoas cooperam mais umas com as outras. Grupos de pessoas, empresas e até nações que atuam pensando em beneficiar os outros são mais bem sucedidos. Tomei conhecimento dessa teoria logo após ter ministrado uma palestra para a Convenção do Rotary na estância hidromineral de Caxambu, no sul de Minas Gerais. Em uma apresentação anterior
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à minha, ministrada por Hipólito Ferreira, um rotariano de Belo Horizonte, ele mostrou que uma das metas do Rotary International é acabar com a poliomielite no mundo. Há países que ainda sofrem com essa doença como Nigéria, Paquistão e Afeganistão. Para isso, o Rotary organizou uma campanha de vacinação nesses países e contou com a ajuda de US$ 710 milhões, onde a metade foi oferecida pela Alemanha e Inglaterra, e a outra metade por Bill Gates. A implantação da campanha ficou por conta do Rotary devido à sua capilaridade e credibilida-
“ Ômar Souki P.h.D. em comunicação pela Ohio University, nos EUA, e autor de mais de 30 livros. Coautor do livro Ser+ com Palestrantes Campeões. www.souki.com.br omarsouki@bol.com.br
ficamos mais predispostos a adotar essa atitude em todas as situações da vida. A atitude generosa cria boa vontade em nosso entorno. Não foi por coincidência que meu pai se tornou um dos comerciantes mais bem sucedidos de Divinópolis, Minas Gerais. O mesmo aconteceu com Kamel Souki, um tio meu, que reside em Puerto Ordaz, na Venezuela. Ele, também rotariano, tinha a maior concessionária de veículos de sua região. Jamais me lembro de ter visto o meu tio negar um favor para quem quer que fosse. Hoje, está próximo de completar 90 anos de vida, mas, mesmo aposentado, continua “viciado” em servir. É comum ele oferecer viagens de ida e volta à Venezuela, com tudo pago, para seus amigos brasileiros. Aquela alegria em servir permanece com ele e, tenho a impressão, que deve ter contribuído para a sua longevidade. Ao pensarmos em altruísmo, temos que pensar também em seu oposto: o egoísmo. Também tive exemplos na família de pessoas individualistas e egocêntricas, verdadeiros “pão duros”. O foco deles era o interesse próprio, colocavam a sua própria comodidade em primeiro lugar. Alguns conseguiram uma prosperidade relativa e outros não conse-
guiram vencer na vida, mas todos, sem exceção, tiveram uma morte solitária. A pergunta que nos fazemos, então, é a seguinte: “Como podemos ser mais generosos?”. 1.
Considere cada solicitação de ajuda como uma oportunidade. De fato, quando ajudamos alguém, no momento exato em que ela mais precisa, estamos fazendo um favor a nós mesmos. Além de aumentarmos a nossa autoestima, vamos nos sentir melhor e, possivelmente, ampliaremos a nossa expectativa de vida.
2.
Observe de perto o que acontece com aos egoístas. Você conhece alguém que sistematicamente diz “não” a qualquer pedido de ajuda? Como é a vida dessa pessoa? Alegre? Feliz? Rodeada de amigos? Ou não?
3.
Procure saber mais sobre pessoas que pautaram a sua vida pelo serviço incondicional aos semelhantes tipo, Madre Tereza, Zilda Arns, Dom Helder Câmara, e, porque não, Bill Gates!
“Dar de si antes de pensar em si” e “Mais se beneficia quem melhor serve”. Ele não só falava isso, mas era a sua forma de ser, o seu exemplo de vida generosa. Se alguma pessoa batia em nossa porta pedindo comida, ele mandava fazer um prato completo, do alimento que estava sendo servido em nossa mesa, para levar para aquela pessoa necessitada.
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de, segundo Hipólito. Imediatamente lembrei-me de meu pai, que foi um rotariano dedicado. Desde cedo incutiu nos filhos a raiz filosófica do Rotary: “Dar de si antes de pensar em si” e “Mais se beneficia quem melhor serve”. Ele não só falava isso, mas era a sua forma de ser, o seu exemplo de vida generosa. Se alguma pessoa batia em nossa porta pedindo comida, ele mandava fazer um prato completo, do alimento que estava sendo servido em nossa mesa, para levar para aquela pessoa necessitada. Nos fins de semana, visitava famílias carentes da periferia e distribuía cestas básicas. Isso ele fazia com o maior prazer do mundo. Pesquisas recentes mostram que, quando a pessoa age de forma altruísta, a sua glândula pituitária produz um neurotransmissor chamado ocitocina, responsável por uma sensação de bem-estar. O altruísmo, portanto, é biologicamente recompensado e quanto mais atos de generosidade, melhor a pessoa se sente. É algo parecido com a ligação entre a ginástica e a produção de endorfinas. Quando exercitamos o corpo, somos recompensados com uma gostosa sensação de alegria. Ficamos mais animados. Depois que nos acostumamos a agir generosamente
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ANTONIO LUIZ DE ALMEIDA STAUT
Vo c cê
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os nossos processos de garimpagem, para selecionar talentos profissionais prontos ou de Master Coaching e para desenvolvê-los, a busca de pessoas capazes de pensar fora da caixa vem, em verdade, tornando-se um pré-requisito comum, tanto quanto a demanda por habilidades de liderança ou o domínio de um segundo e terceiro idiomas. Afinal, o que é, exatamente, pensar fora da caixa? Significa ir além das convenções e dogmas estabe-
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INOVACAO S
lecidos. Significa não submeter-se aos limites conhecidos de atuação, incluindo-se aqui o próprio desempenho. Significa saber ousar, correr riscos, quebrar paradigmas de condutas e ser capaz de inovar com soluções em padrões aceitáveis de conformidade e tempo. Se o indivíduo não tem tais atributos ou habilidades, um programa de coaching poderá ajudá-lo, propondo algum tipo de transformação? Assim como um homem ou uma mulher, para que se tornem san-
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INOVACAO S
tos, dependerão de grandes virtudes pessoais e de uma vida fértil de boas obras, um coachee não será transformado no empreendedor da vez apenas porque seu empregador acordou para o bom potencial do felizardo. Caso este seja despojado de atributos e habilidades pessoais essenciais e apresente baixa capacidade de entrega de resultados como característica revelada, o fato isolado, de apenas expor o indivíduo a um desafio estimulante e promissor, não será suficiente para promover, de pronto, um salto na qualificação e capacidade de resposta do profissional. Esse avanço está relacionado com a questão do DNA profissional do indivíduo, envolvendo a qualificação técnica, mas, principalmente, a comportamental, cobrindo competências como a Autogestão e a Gestão de Relacionamentos. Não será razoável e, podendo ser frustrante, esperar de um processo rápido e superficial de coaching, um resultado de transformação da essência do ser e do agir de qualquer coachee.
Entretanto, se o que se espera do assistido é o condicionamento comportamental, associado a algum estímulo ou comprometimento duradouros, isso será capaz de alterar sua forma de perceber a realidade e com ela alterar o modelo de pensar dessa mesma pessoa. Com tal combinação pode-
Não submeterse aos limites conhecidos de atuação, incluindo-se aqui o próprio desempenho -se esperar um estado de alerta mais intenso e quase permanente, capaz de promover entre o profissional e a situação uma relação de troca mais duradoura e previsível, ao ponto de alterar, por exemplo, o apetite e a capacidade de alguém para maior entrega de resultados.
Quanto mais fértil for o desafio e o estímulo por ele provocado, maior será a motivação do indivíduo para o “pensar mais estratégico” e para o “agir mais estruturado”, alavancando seu próprio desempenho. Se, por outro lado, busca-se através do coaching puro e simples, a transformação do indivíduo de um ser passivo e indiferente para um ser proativo e realizador, esse processo ganha conotação de terapia e será lento demais para ser chamado de coaching e capaz de atender às demandas e pressões típicas do mundo corporativo. O que mais se consegue trabalhar num processo bem estruturado de coaching é o “mind set”, o modelo de pensar de alguém, levando-o, pelo estímulo do reconhecimento contínuo de suas ações e desempenho, a quebrar seus próprios paradigmas de autogestão. Tal é desenvolvido para que ouse o suficiente e até mesmo surpreenda “pensando fora da caixa” por conta própria, sendo capaz de resistir às adversidades propostas pelo mundo corporativo pouco previsível.
Antonio Luiz de Almeida Staut é Sócio-fundador da StautRH, idealizador e conselheiro da PRO Outplacement. www.stautrh.com.br
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CARLOS CARLUCCI
GESTAO
Relacionamento acima da tecnologia
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ão há fórmula para o sucesso, mas existem regras básicas que precisam ser consideradas para o bom funcionamento de um negócio. Não importa se é uma micro ou uma grande empresa, para se manter no mercado é preciso que haja planejamento, organização financeira e bons funcionários,
por exemplo. Mas um princípio básico que não pode ser esquecido é o relacionamento com o cliente. Fidelizar clientes é fundamental e requer muito mais do que um SAC ou uma central de atendimento. Estamos em um momento em que as organizações precisam estar preparadas
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para atender clientes de diferentes perfis. As classes C e D estão em ascensão e cada vez mais tem o seu poder de compra aumentado. As gerações X, Y e Z estão aí, cada uma com uma característica particular. E também é preciso considerar que as pessoas utilizam e incorporam mais rapidamente as novas tecnologias ao seu dia a dia. Hoje, as empresas precisam estar
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GESTAO
preparadas para atender os heavy users de tecnologia e redes sociais. Diante de tantos perfis, o que fazer? Para as micro e pequenas empresas talvez este relacionamento seja mais fácil. Dependendo do negócio, o contato com o cliente é bem próximo, o que permite conhecer melhor o perfil da pessoa e oferecer um atendimento mais personalizado e com maior atenção. Além de ter um feedback quase instantâneo, o que possibilita corrigir os erros rapidamente. Por isso, o feeling de quem presta o atendimento é fundamental. Lidar com pessoas não é uma tarefa fácil e saber avaliar as reações de um cliente em determinada situação é imprescindível. Sem esta percepção apurada, por mais sinais que o cliente ‘emita’ de sua insatisfação não há como melhorar o atendimento ou resolver a questão. Mas este relacionamento próximo já não é possível para as empresas de médio e grande porte. Uma rede varejista não pode apenas confiar no feeling vendedor, por exemplo. Nestes casos, um bom treinamento e políticas internas de atendimento e relacionamento são fundamentais
para evitar problemas e fazer o possível para que o cliente fique satisfeito. Um bom exemplo é a troca de mercadorias, as lojas não são obrigadas a fazer a troca de roupas se o problema for o tamanho, mas a grande maioria faz para satisfazer o cliente. Muitas organizações acreditam que apenas disponibilizar uma
Um cliente insatisfeito pode não ligar na central de relacionamento, mas reclamar para a sua rede de amigos central telefônica de relacionamento é o suficiente para atender as demandas (reclamações, dúvidas, elogios e outros) dos clientes. Mas isso não é o ideal. Na verdade, sabemos que poucos são os que ligarão para reclamar. A grande maioria só entrará em contato quando houver um problema grave. Quase nenhuma pessoa ligará para fazer um elogio. E os outros simples-
mente não voltarão a comprar na loja ou utilizar o serviço. Além dos diferentes perfis de consumidores, outra questão que precisa ser levada em consideração são as redes sociais, que permitiram aos clientes ter mais um canal de divulgação. Qualquer ideia, pensamento ou opinião pode ser compartilhada com os amigos e este podem dividir com outros amigos e o processo não tem fim. Não é possível mensurar as consequências dos comentários. Um cliente insatisfeito pode não ligar na central de relacionamento, mas reclamar para a sua rede de amigos e fazer com que todos acreditem que aquela loja, produto ou serviço é ruim. O relacionamento, antes de qualquer coisa, acontece entre pessoas. Não adianta uma empresa ter só a melhor tecnologia, é preciso que o cliente sinta que ele pode entrar em contato e que será feito o possível para solucionar a questão, com um atendimento humano e atencioso. Certamente, uma boa solução dá ao atendente uma ótima base para oferecer um bom atendimento, mas conhecer o cliente, treinar os colaboradores e oferecer um ambiente de trabalho agradável são fundamentais.
Carlos Carlucci, country manager da Vocalcom Brasil – empresa especializada em soluções para contact center. br.linkedin.com/pub/carlos-carlucci/6/504/858
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~ DORIVAL DONADAO
RH
Identidade e cultura
ATRAEM TALENTOS?
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definição frequentemente obtida para cultura (usos e costumes de um grupo social) vem ganhando crescente sofisticação na medida em que os estudiosos do mundo corporativo percebem sua relevância no poder de atração de talentos profissionais. A verdade é que, considerando a escassez de oferta em vários segmentos profissionais, as equipes de RH e os headhunters do mercado começam a perceber algumas sutilezas que explicam a fidelização de pessoas altamente qualificadas em empresas conhecidas por sua clareza de identidade e pela veracidade de seus traços culturais. Fica difícil atrair essas pessoas para trocar de empresa só com os tradicionais apelos de remuneração, bônus, participação nos resultados e ofertas similares. Então, qual é a saída?
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RH
O alinhamento entre os valores organizacionais e as crenças pessoais surge aqui e ali como um fator particular no mundo corporativo. É igualmente notória a importância do desempenho competitivo de um negócio, mas é cada vez mais perceptível que o resultado pelo resultado não é suficientemente atraente e nem ideologicamente sustentável nesses tempos de ‘apagão de talentos’. Mas, afinal, como as empresas podem se preparar nesse caminho de construção de uma identidade nítida e de uma cultura atraente? Em primeiro lugar, verifique a clareza de seus propósitos. Missão & Visão, estratégia e focos bem estabelecidos, cocriados e compartilhados entre as lideranças, constituem a lição nº 1 das empresas, que constroem significado e com isso propiciam um senso de engajamento das pessoas. Parece simples, mas só parece. Eleger uma missão nos moldes tradicionais é tarefa corriqueira dos planejadores. Acontece que esses enunciados costumam repetir um velho e cansativo dis-
co do tipo “ser o melhor, ou o maior, com os clientes encantados, o melhor lugar para trabalhar e alta responsabilidade social etc”. As mesmas expressões podem
Fica difícil atrair essas pessoas para trocar de empresa só com os tradicionais apelos de remuneração servir a uma igreja, um frigorífico ou uma pizzaria. Onde está a distinção e a força de um propósito? A missão de uma organização vai além da simples “razão de ser do negócio”, ela deve mobilizar as pessoas para um desafio relevante, capaz de agre-
gar competências empresariais e profissionais num macroprojeto comum. Aliado ao propósito é fundamental definir um núcleo de valores que sirva de base referencial para a cultura organizacional. Os valores são essenciais para a clareza de critérios que apoiarão decisões e julgamentos no dia a dia dos negócios, dando consistência ao modelo de gestão. Não se trata apenas de constituir políticas, códigos e procedimentos. Essa é a parte hard do modelo de gestão. Em paralelo, é importante comunicar o sentido de continuidade (não ceder aos modismos, stop and go, frequentes alterações de focos), o sentido de conexão (integração da cadeia de valor do negócio, sinergia, cooperação interáreas, visão holística) e o sentido de direção (estratégias e táticas alinhadas, metas gerenciadas, responsabilidades equilibradas). É por aí que estão evoluindo as organizações capazes de atrair e manter talentos diferenciados. Um bom desafio para as lideranças ‘antenadas’ com a modernidade.
Dorival Donadão Consultor Organizacional e Sócio-diretor da DNConsult, São Paulo, SP. www.dnconsult. com.br
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´ ORTIZ FELIPE CHIBAS
MARKETING
DECÁLOGO VIRTUAL OU
CICLO DO MARKETING WEB Definir indicadores de sucesso ajuda a monitorar o desempenho
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em ânimo para oferecer receitas acabadas e, sim, no intuito de contribuir a organizar de forma didática as informações que hoje temos sobre como materializar as etapas de uma campanha de marketing na web, foi formulado o Decálogo virtual ou Ciclo de Marketing Web. Nele se expressam algumas das fases que consideramos essenciais para veicular campanhas de marketing utilizando os instrumentos e veículos da Internet. As campanhas de marketing na Internet tem diferenças com as de marketing fora do ciberespaço. Não é apenas seu relativo baixo custo, se comparada com uma campanha
que usa veículos tais como TV, rádio, revistas impressas, etc. Também a estratégia de abordagem e relacionamento é diferente (mais voltada para criar relacionamentos, rápida, interativa, com direito a feedback imediato e alterações de rumo mais velozes e supressivos, etc.); se usam veículos diferentes (site, portais, diretórios, jornais e revistas virtuais, newsletters, etc.); diversos receptores são usados pelo público alvo que vão desde computador e laptops, até os iPad, telefones e smartphones, assim como toda uma nova geração de novos aparelhos híbridos ainda por vir. Isso sem contar que hoje se trata de ter um sistema de comunicação
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integrada com o cliente, o que significa que se trata de unir a comunicação que ele recebe pela via virtual (site, portal, diretórios, blog, mídias sociais, link patrocinado, email, news letter, etc.) com a que recebe via física (TV, rádio, outdoors, revistas e jornais impressos, folder, flyer, etc ), tudo procurando cercar o cliente ou prospect de uma forma que ele se sinta sempre bem atendido e que a organização (empresa, clínica, escola, sindicato, loja, equipe, profissional liberal, etc) com seus produtos e serviços está sempre próxima, acessível. Todas estas etapas estão interligadas, mas não necessariamente devem se seguir estritamente nessa ordem. O Decálogo Virtual é mais um guia e não uma camisa de força. O ciclo de Marketing Web pressupõe ter um conceito de Gestão de redes virtuais. Isto é administrar os recursos e contatos no ciberespaço em vistas de atingir um objetivo (mailings; horários;
número de contatos diários, semanais ou mensais, etc.). Significa também integrar a comunicação nas diversas mídias e veículos digitais, tais como site, blog, links patrocinados, mídias sociais, disparo de emails, SMS, etc. assim como nos veículos físicos (folder, outdoors) e outros canais mais conhecidos ou tradicionais (anúncios na TV, rádio, imprensa, etc). Trata-se de ter uma estratégia digital que transcenda a utilização isolada ou esporádica de um meio ou canal de comunicação com o cliente. Isto implica planejamento (planos de mídia, etc) , objetivos e metas claras, pesquisa (relatórios, gráficos, etc). Para montar estes 10 passos ou etapas do Ciclo de Marketing Web partimos do pressuposto de que o estrategista web, seja ele pessoa física ou jurídica que fará a implementação, já tem em funcionamento um site, blog e presença em vária mídias sociais, assim como já utilizar os disparos de e-mails. Aqui apenas se define a ordem mais vantajosa na qual essas
Trata-se de ter uma estratégia
digital que
transcenda a
utilização isolada ou esporádica de um meio
ou canal de comunicação
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a primeira fase se caracteriza porque se trata de conhecer o público alvo
essas ferramentas podem ser utilizadas, obtendo-se um maior retorno. Estas etapas são formuladas a partir de minhas pesquisas e experiências no desenvolvimento de campanhas online e offline, assim como para os clientes. Algumas se assemelham bastante com as etapas do marketing feito utilizando os canais físicos e outras nem tanto. As etapas do Ciclo de Marketing Web são definidas a seguir: 1- Pesquisa: Esta é a primeira fase e se caracteriza por se tratar de conhecer o público-alvo, que lugares frequentam dentro do ciberespaço (são sites, blogs, qual conteúdo é mais relevante, etc), suas preferências, o que compram, quanto gastam, quanto tempo médio ficam visitando um site; quais horários são mais propícios para enviar e-mails para eles, dado que nessas horas abrem mais sua conta de email, etc. Essas informações podem ser obtidas através de questionários que podemos enviar para os prospects e clientes via email ou disponibilizar no site e mídias sociais ou fazendo através do Google Analitycs a leitura da visitação de seu
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site e blog das páginas mais visitadas, em quais ficam mais tempo e nas mídias sociais, levantando as postagens mais clicadas ou as que mais se curtiram e geraram comentários. Nas mídias sociais (Facebook, Orkut, etc. ) podem se fazer enquetes com perguntas teste ou abertas e verificar quais delas foram as que mais mobilizaram. Também ao se disparar e-mails frequentes pode se verificar quais assuntos e e-mails marketing tiveram um percentual maior de abertura. 2- Planejamento: Depois de ter a informação atualizada do público-alvo deve-se montar uma estratégia digital que abarque todas as ações de marketing que serão empreendidas dentro da campanha num período de, no máximo, oito meses para frente. Este planejamento deve estar pronto com uma antecedência de, no mínimo, dois meses à data de início da campanha. Se surgir para realizar este planejamento, utilizar a matriz SWOT tradicional, assim como a exclusiva para o marketing desenvolvido pelo Prof. Mitsuru Yanaze. Após ter a estratégia e posicionamento gerais que se deseja oferecer para o segmento e público-alvo a se-
MARKETING
rem atingidos, deve-se definir o POM ou Plano de Mídia Online, no qual são colocadas ações específicas a serem realizadas, datas, horários, responsáveis. 3- Endomarketing: Esta é uma fase quase sempre esquecida. Mas antes de vender para fora é preciso vender para dentro. Isto é, fazer que as pessoas que integram a equipe de Marketing online e toda a organização gostem do projeto e “comprem”a ideia. Para isso, as empresas devem criar um Plano de Mídia Online interno e utilizar a Intranet, software gerenciador de tarefas, o software CRM ou ERP da organização se tiver, assim como as mídias sociais. 4- Disparos de e-mail: Realizar disparos de emails que devem seguir uma lógica não agressiva e sim a de criar relacionamentos com os clientes atuais e futuros. Para isto, se sugere enviar e-mails institucionais (que falem de quem somos sem vender diretamente dos nossos produtos e serviços), newsletters (boletins informativos sobre nossos produtos e serviços com informação relevante para o público-alvo), e-mails referentes a datas comemorativas.
O corpo do e-mail deve estar linkado com o site, blog e mídias sociais Junto com estes também enviar e-mails marketing de produto (aquele que oferecem já de forma direta nossos produtos e serviços). O corpo do e-mail deve estar linkado com o site, blog e mídias sociais da nossa organização de forma que o internauta, ao clicar, caia nas mesmas. 5- Mídias Sociais: Nesta fase, tenta-se criar relacionamentos e não vender diretamente produtos, por isso as postagens nessas mídias devem ser divertidas, alegres e simpáticas, fazendo referências indiretas produtos e serviços. É recomendável postar frases famosas, matérias de autoria própria ou de outros. Podem ser feitos links patrocinados ins-
titucionais, enquetes sobre produtos ou outros assuntos que nos aproximem do cliente, criar eventos virtuais ou convidar para presenciais, oferecer prêmios, usar o compartilhamento de conteúdos. 6- Blogs Após visitar o perfil ou página nas mídias sociais, é recomendável desviar o fluxo para o blog corporativo. O blog é uma ferramenta excelente que se caracteriza por ser intermediária entre o site e os miniblogs ou plataformas de mídias sociais, permitindo passar uma imagem mais elaborada e personalizada da que se consegue nesses últimos, mas que não chega a passar toda a credibilidade e estrutura que tem um site. Aqui também é importante fazer postagens que criem relacionamento e não apenas vendas. Um blog com uma estrutura profissional pode ter diversas páginas, banners animados, aplicativos diversos, entre outros recursos que o aproximem bastante de uma estrutura de site. 7- Outros sites Nesta fase (que pode acontecer em paralelo com outras que antes mencionamos ou com as que são descritas a seguir
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MARKETING
seguir) o blog ou site deve estar elencado em portais, diretórios de bairros ou de classes profissionais. Assim por exemplo, se nosso negócio, clínica ou loja estão na Vila Mariana, ele deve estar no diretório das entidades desse bairro, assim como no diretório de profissionais ou negócios desse ramo. Trata-se também de ter presença ou parceria com plataformas, outros blogs, revistas e jornais virtuais que nos permitam postar matérias de forma gratuita. 8- Site/ Loja virtual Já o site ou loja virtual são ferramentas mais formais, que possuem uma estrutura mais solida, com uma arquitetura que inclui mais páginas e passa uma imagem mais institucional (diz quem somos, lista todos os produtos e serviços, clientes e parceiros, etc. ). Aqui os produtos e serviços são oferecidos de uma maneira mais direta. Após ter criado 54 editorasermais.com.br
um vínculo com o potencial cliente nas fases anteriores, o cliente é abordado de uma forma mais direta. 9- Arremate final opcional Contrário ao que acontece nas campanhas que focam mais as mídias físicas, nas campanhas virtuais são utilizados os veículos físicos para arrematar a venda e não para divulgar inicialmente o produto ou serviço. Isto é feito após a divulgação pela Internet utilizando todos os veículos mencionados. Pode-se se finalizar a venda dando um reforço para as mensagens oferecidas pelos outros veículos de Internet com uma mensagem em anúncios de veículos físicos tradicionais como TV, rádio, revistas e jornais impressos, cinema. Também podem ser enviadas mensagens de celular ou SMS, ou usar o telemarketing para aquelas pessoas que abriram mais vezes os disparos de e-mail marketing antes enviados sobre o nosso produto ou serviço.
10- Resultado Esta etapa é uma consequência das anteriores e, como resultado, deve se obter a compra do produto ou o acesso ao serviço que está sendo oferecido. Se o resultado não for o desejado, deve-se recomeçar todo o processo, começando pela fase de pesquisa. Mesmo ao obter o resultado esperado, é interessante retomar a pesquisa periodicamente. Há indicadores que sempre devem ser monitorados no site e blog, e servem como fonte de análises e pesquisa de tendências, como são os de número de pessoas que visitam o site, loja virtual ou blog, índice de conversão de vendas, índice de rejeição, número de sites e blogs que indicam seu site, número de comentários negativos e positivos nos blogs, mídias sociais e a taxa de fidelização do cliente. Por sua vez, esta fase final abre caminho para um novo ciclo, onde se repetem novamente todas as fases antes descritas.
O gráfico abaixo resume o Decálogo virtual ou Ciclo de Marketing Web
Conclusão: Para finalizar as reflexões, aponto algumas ideias: 1. Não é possível hoje, tanto para negócios como para profissionais liberais autônomos, estar fora da Internet. Pode-se perder clientes ou até a credibilidade. 2. As mídias digitais permitem fazer campanhas de marketing com um investimento muito menor e um retorno mais elevado, se comparadas em relação ao custo benefício das campanhas tradicionais. 3. Isto não significa que não deve se fazer um investimento financeiro. 4. Pesquisar, monitorar e fazer relatórios ficou muito mais fácil com a Internet. 5. Deve-se montar uma estratégia planejada e com pesquisa e não com ações isoladas. 6. Cada veículo ou mídia social deve ser utilizado com uma tática diferenciada.
FELIPE CHIBÁS ORTIZ é consultor, psicólogo pela Universidade de Havana, Cuba, mestre e doutor pela USP em temas de Comunicação Organizacional, Relações Públicas e Marketing. Especialista em Marketing Direto pela Universidade Alcalá de Henares, Espanha. Sócio-diretor da Perfectu Gerenciamento Empresarial.
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Aqui você aprende inglês e se diverte. A cada edição são novas piadinhas e vocabulários diferentes para enriquecer o seu outro idioma.
Grandpa will pay the bill
Why God Created Eve?
Walking up to a department store’s fabric counter, a pretty girl asked, “I want to buy this material for a new dress. How much does it cost?”
1. God worried that Adam would always be lost in the garden because men hate to ask for directions. 2. God knew that Adam would one day need someone to hand him the TV remote. 3. God knew that Adam would never buy a new fig leaf when his seat wore out and would therefore need Eve to get one for him. 4. God knew that Adam would never make a doctor’s appointment for himself. 5. God knew that Adam would never remember which night was garbage night. 6. God knew that if the world was to be populated, men would never be able to handle childbearing. 7. As “Keeper of the Garden,” Adam would never remember where he put his tools. 8. The scripture account of creation indicates Adam needed someone to blame his troubles on when God caught him hiding in the garden. 9. As the Bible says, “It is not good for man to be alone!” 10. When God finished the creation of Adam, He stepped back, scratched His head and said, “I can do better than that.”
“Only a kiss a yard, “ replied the smirking male clerk. “That’s fine,” replied the girl. “I’ll take ten yards.” With expectation and anticipation written all over his face, the clerk hurriedly measured out and wrapped the cloth, then held it out teasingly. The girl snapped up the package and pointed to a little old man standing beside her. “Grandpa will pay the bill,” she smiled.
VOCABULARY HELP • department store - loja de departamentos • a kiss a yard - um beijo por jarda • beside - ao lado • buy (buy, bought, bought) - comprar • clerk - atendente • cloth - tecico • fabric counter - balcão de tecidos • hold (hold, held, held) - segurar • How much does it cost? - Quanto custa? • hurriedly - apressadamente • male - masculino, homem • measured - mediu • new dress - novo vestido • pay the bill - pagar a conta • pretty girl - garota bonita • reply - responder • smirking - sorrindo afetadamente • snapped up - arrancar • teasingly - provocativamente • wrap - embrulhar
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VOCABULARY HELP • able - capaz • ask for directions - pedir informações • blame - culpar • catch - pegar • doctor’s appointment - consulta médica • fig leaf - folha de figo • finish - terminar • garbage night - noite do lixo • handle childbearing - cuidar de crianças • hate - odiar • hide - esconder • I can do better than that - Eu posso fazer melhor do que isso • It is not good for man to be alone! - Não é bom que um homem fique sozinho • Keeper of the Garden - Guardião do Jardim • know (know, knew, known) - saber • put (put, put, put) - por colocar • scratch - coçar • stepped back - deu um passo para trás • therefore - em consequencia • tools - ferramentas • troubles - problemas • wore out - gastar devido ao uso • worry - preocupar
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EMPREENDEDORISMO OSCAR PORTO
Limão ou limonada: a postura do empresariado brasileiro frente ao cenário mundial de desaceleração econômica
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ão é novidade que, por ser muito dependente da exportação de commodities, o Brasil fica à mercê das oscilações econômicas mundiais e da queda de cotações das principais mercadorias de exportação. Os sinais de redução do crescimento da economia mundial são claros e o Brasil acompanha essa desaceleração: em vez de 3,1%, o país teve sua projeção de crescimento reduzida para 2,5% pelo FMI. Os reflexos da crise recaem incisivamente sobre o saldo comercial e a redução das transações comerciais com o exterior, já que a Europa está importando menos e a China, nosso 58 editorasermais.com.br
principal parceiro comercial, apresenta uma queda brusca em relação ao ritmo de crescimento dos anos anteriores. Assim, a participação dos produtos básicos – onde está incluída a maioria das commodities – na exportação brasileira, representada por 47,8% nas exportações do ano passado, deve cair para 45,6%, de acordo com estimativa divulgada em julho pela AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil). A previsão também mostra que o Brasil irá exportar US$ 10 bilhões a menos de minério de ferro, nosso principal produto de exportação, enquanto o saldo comercial será 73% menor. Com 70% das exportações concentradas nas commodities, os números
acima evidenciam não apenas um estado de alerta para as grandes empresas do setor, mas a urgência em encontrar soluções a curto e médio prazo que possam reverter, ou ao menos minimizar, os impactos da desaceleração da economia da China e a crise na zona do euro. Diante desse cenário de incertezas, restam dois caminhos ao empresariado brasileiro: esperar por mais um pacote de medidas em âmbito nacional e global ou buscar soluções eficazes que ajudem a minimizar os efeitos da desaceleração econômica. A primeira implica aguardar para ver mais um programa surtir poucos efeitos, enquanto a segunda exige a adoção por parte das grandes companhias de uma nova postura frente aos desafios: encontrar a melhor forma de lidar com os processos que constituem o planejamento de cadeia produtiva e logística, tornando-os mais eficientes e rentáveis. Nesse contexto, o apoio da Tecnologia no planejamento da cadeia produtiva e de logística torna-se funda-
mental para se ter uma visão crítica das operações, trabalhar com incertezas e tomar as melhores decisões. O suporte de técnicas e ferramentas analíticas na busca por informações e dados capazes de fornecer subsídios para a elaboração de estratégias decisivas torna possível a visualização das operações como um todo, viabilizando ao máximo o aproveitamento do potencial dos recursos envolvidos nas diferentes etapas das atividades de produção e logística dos diversos setores industriais, como siderurgia, energia e mineração. Enxergar a melhor maneira de transportar a carga entre os portos, saber qual demanda é mais lucrativa atender e conseguir equilibrar a capacidade de produção com a limitação dos estoques e com o alto custo de armazenamento podem representar benefícios extremamente significativos para as empresas, desencadeando impactos diretos em ganhos de produtividade, redução dos custos e velocidade de respostas ao mercado. E já que estamos iniciando o último semestre do ano,
este pode ser o momento ideal para rever estratégias e redefinir planejamentos de operações a fim de transformar em vantagem competitiva a capacidade de lidar com os gargalos do setor e enfrentar o desaquecimento da economia, fazendo do limão uma limonada. E para adoçar essa limonada, uma pitada generosa de coragem. Sim, é o que está faltando aos líderes brasileiros. Está na hora dos decisores das grandes empresas do país terem coragem para investir em planejamento, em tecnologia e em soluções que deem resultados mais imediatos e contribuam para o aumento da competitividade e para o fortalecimento de suas companhias no mercado. Ou nos preparamos para enfrentar os tempos de “vacas magras” que estão por vir ou continuamos aguardando a próxima, e sem grandes novidades, política econômica, enquanto assistimos ao encolhimento das taxas de crescimento – sabe-se lá por quanto mais tempo.
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Os sinais de redução do crescimento da economia mundial são claros e o Brasil acompanha essa desaceleração: em vez de 3,1%, o país teve sua projeção de crescimento reduzida para 2,5% pelo FMI.
Oscar Porto Fundador e Diretor de Negócios da GAPSO, responsável pelo planejamento estratégico, gestão e relacionamento com novos clientes. www. gapso.com.br
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Novo portal Danone Baby
A Danone Baby Nutrition acaba de desenvolver o portal Danone Baby para dar dicas de saúde, bem estar, moda, beleza, nutrição e também sobre o desenvolvimento do bebê durante a gestação. A ideia é unir informação e entretenimento para os casais. Além disso, o portal ainda possui um espaço para que os pais possam entender sobre o mundo das mulheres.
Educação ambiental já! A Braskem, em parceria com a Editora Horizonte, desenvolveu o Projeto Horizonte Cultural com a intenção de incentivar a educação ambiental nas escolas
de ensino fundamental. Ao todo, foram distribuídos 10 mil kits nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Alagoas e Bahia.
Consumidores construindo O PRÓPRIO CARRO A Citroën lançou o primeiro carro construído a partir da colaboração de internautas – o C1 Connexion. O consumidor poderia escolher as configurações do veículo através do Facebook. O design final do carro foi baseado no protótipo mais popular entre os usuários da rede social.
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Aplicativo para
PAGAMENTO A rede de cafés Starbucks investiu cerca de 25 milhões de reais para viabilizar um novo sistema de pagamento - o uso de cartões por celular. O aplicativo chamado Square permite que o consumidor realize transações tanto de crédito e débito diretamente do smartphone ou tablet. Para isso, basta fazer o download gratuito no site do Square e criar uma conta.
Dança das cadeiras DIA COMUNICAÇÃO REFORÇA O QUADRO DE COLABORADORES A agência especializada em branding, Dia Comunicação, anunciou a contratação de três novos funcionários. Os profissionais assumem a diretoria de branding (Raquel Goulart), a gerencia de projetos (Carolina Fleming) e o posto de planejamento sênior (Marcel Jientara). Ra-
quel é especialista em comunicação Empresarial pela Universidade de Gênova, e atuou em agências internacionais como a Future Concept Lab de Milão. Já Carolina desenvolveu alguns projetos pela agência de comunicação In press Porter Novelli e é pós-graduada em Comuni-
cação pela ESPM. Jientara fecha o novo time, tem especialização em Comunicação para Redes Sociais pela FAAP, e em Comunicação Contemporânea, pela Perestroika. O recém-contratado passou pelas agências: McCann Erickson, Futura Networks e Ogilvy.
Semp Toshiba anuncia executivo
Volkswagen tem novo diretor de vendas
Haco etiquetas apresenta presidente
A fabricante de eletroeletrônicos, Semp Toshiba, está com um novo diretor de marketing e pós-venda. Eduardo Toni assume a posição com o desafio de criar novas estratégias para os produtos da empresa. Toni é formado em Publicidade e Propaganda pela Alcântara Machado e pós-graduado em Marketing pela ESPM, atuou durante seis anos na Gradiente como Gerente de Marketing e de Desenvolvimento de Negócios.
Hilário Soldatelli assumiu recentemente o cargo de diretor de vendas da Volkswagen do Brasil. O executivo é graduado em Gestão de Negócios e Marketing pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, tem formação em Administração de Empresas pela Universidade Luterana do Brasil e possui ampla experiência nas áreas de vendas, planejamento de vendas e desenvolvimento de rede de concessionárias. Atuou por mais de 18 anos como executivo de vendas em outra empresa do segmento automotivo no Brasil.
Alberto Conrad Lowndes acaba de assumir o posto de presidente da empresa de etiquetas Haco. Lowndes atuou na companhia durante cinco anos como diretor executivo. Seu novo desafio é implementar novas estratégias para diversificar os negócios, ampliando a área de atuação no mercado. Entre elas, está o suporte à fábrica de etiques de radiofrequência (RFID). O profissional é graduado em Administração de Empresas pelo IBMEC, com MBA Executivo pela Fundação Dom Cabral e pós-MBA na Kellogg School of Management (USA). É também especialista em administração pelo INSEAD (França), possui curso técnico têxtil pelo Senai e profissional têxtil pelo Narrow Fabrics Institute (Suíça).
Fonte: assessorias de imprensa das empresas.
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VITRINE DE SUCESSOS
Desvendando o dia a dia da gestão Mintzberg propõe uma nova visão do trabalho do executivo, administrador, gestor e/ou líder que se contrapõe à dos processualistas. Sua abordagem diferenciada se distancia da sistematização e fragmentação do processo, observa o lado visível do comportamento gerencial, tornando toda a análise mais palpável. Henry Mintzberg Editora Bookman R$ 49,00
O Poder da Atitude Como empresas com profissionais extraordinários encantam e transforam clientes em fãs Slivnik mostra como é possível trazer um alto padrão de excelência para o seu negócio. O autor traz de forma didática como usar o poder da história a seu favor, a antecipar-se aos problemas, e o quão importante é exceder as expectativas e cuidar obsessivamente dos detalhes. Alexandre Slivnik Editora Gente R$ 24,90
Código Y – Decifrando a geração que está mudando o Brasil A obra traz de forma detalhada uma pesquisa sobre a vida dos jovens nascidos entre os anos de 1980 e 1195, chamados de geração Y. O estudo faz uma leitura dos rumos e atitudes de grupos e indivíduos que nasceram na época, tem base no contexto em que foram criados e vivem atualmente. O livro faz uma análise sobre o poder de influência e de comunicação do “universo ípsilones”. Alfredo Motta e Marcos Calliari Editora Évora R$ 44,90
Desvendando a informática na melhor idade A linguagem do livro é didática, tornando-o acessível a todas as idades. Seus capítulos descrevem como utilizar o mouse e o teclado, como ligar/desligar o computador, como digitar suas receitas e outros textos. Também a acessar a internet para se comunicar enviando mensagens através de e-mails ou blogs, ensina como realizar bate-papo via internet, como acessar uma rede social, como executar pesquisas sobre qualquer assunto ou mesmo como encontrar treinamentos online para dar prosseguimento ao aprendizado proporcionado de forma simples e básica pela obra. Elianete Vieira Scortecci Editora R$ 30,00
*Fonte: assessorias de imprensa das editoras.
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Sugestão de Sucesso
“O QUE O FUTURO
ME CONTOU”
O
O que eu precisava ter aprendido antes, mas não é tarde para saber agora
que é importante aprender, desaprender e reaprender na área pessoal e profissional para enriquecer o presente e fazer a vida valer a pena? O Que o Futuro Me Contou é um livro que mostra a história de uma pessoa que se encontrou consigo mesma no tempo. Imagine você com a idade que tem hoje: 20, 40, 60 anos, não importa. De repente, alguém, com o dobro de sua idade chega do futuro. Esse alguém é você mesmo. Você, mais velho, sabe que o mais novo é você atualmente. Você tem, agora, a chance de acrescentar um ponto a mais de melhoria e inovação contínua em si mesmo. Mudar a si mesmo? Mas como? Que dicas e conselhos preciosos você, mais velho, com mais habilidades e competências, daria para si mesmo nesse encontro surpreendente? Mas como reescrever a própria história sendo que ela já está escrita? E o que acontecerá no final desse encontro? O Que o Futuro Me Contou é um livro que mostra um novo caminho para chegar mais cedo ao País das Pessoas Realizadas e Realizadoras. O próprio autor Maurício Góis diz: “Reli e reescrevi o texto de “O Que O Futuro Me Contou” mais de 20 vezes, burilando cada frase para tornar a obra atual e dinâmica, com o objetivo de fazer com que o leitor revolucione sua vida pessoal e profissional”.
Informações: Editora Proêxito Autor Mauricio Gois
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COLUNA PAULO GAUDENCIO
SUA PERGUNTA... Preciso encontrar orientação para focar melhor e desenvolver minha carreira. O que seria mais adequado, cursos de especialização na área em que atuo, sem consultar um profissional, ou contratar um coach? Rafael Fogaça da Silva
...GAUDENCIO
RESPONDE Quando você inicia uma pergunta dizendo “preciso encontrar orientação...”, você está me dizendo que a resposta seja consultar um “coach”. Qual deve ser a atuação do “coach”? Espelhar seus problemas e orientar as possibilidades de resolvê-lo. Não deve entrar no seu ajustamento emocional, a não ser que entenda e saiba lidar com a contra transferência ou começaria a agir como no Mickey Mouse, em Fantasia. Era o aprendiz de feiticeiro, que sabia como começar o processo mas, não o conhecia inteiro. Que causou uma inundação, só não fez pior por que o feiticeiro, que conhecia tal processo, o salvou. Cuidado com o aprendiz de feiticeiro! Se você tiver um “coach” com essas características irá ajudar muito.
Paulo Gaudencio Psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo (USP). Dedica-se há mais de 40 anos à psicoterapia de grupo e à pesquisa científica.
Você também procura respostas? pergunteaogaudencio@revistasermais.com.br 64 editorasermais.com.br
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EXPRESSAO REINALDO POLITO
Puxadores de
TAPETES
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uidado! Algumas expressões sutis, inseridas de maneira estratégica ao longo de um comentário, podem boicotar suas ideias e puxar seu tapete. Veja como funciona e algumas formas de se defender. Vamos supor que você seja o responsável pelo desenvolvimento de um projeto e que, depois de se dedicar semanas ou meses à sua elaboração, fosse apresentá-lo para a apreciação de um diretor. Suponha ainda que, pela função exercida, ele tivesse a obrigação de receber o trabalho e discutir com os demais membros da diretoria a possibilidade de implantá-lo. E vamos imaginar também que ele não desejasse a sua aprovação. Ele poderia prejudicar as possibilidades de sucesso da sua nova ideia, e jogar no lixo o resultado do esforço de toda a equipe envolvida no processo, fazendo apenas um comentário aparentemente ingênuo e não intencional. Se ele dissesse, por exemplo, que reconhecia o fato de o projeto ter demandado grande esforço de muitos profissionais e que teoricamente até poderia dar resultado, estaria usando de maneira sutil uma expressão que talvez atuasse como objeção ao plano apresentado. A expressão “teoricamente até poderia”, em circunstâncias como essa que exemplificamos, possui sentido negativo e pode induzir à conclusão de que, se é teórico, talvez na prática não funcione.
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Como nem sempre é recomendável estabelecer confronto e medir forças com o chefe, a solução para casos como esse é fingir que não entendeu a intenção do “boicote” e reforçar a linha de argumentação, enfatizando os aspectos sólidos e práticos do projeto. Veja outro exemplo em situação totalmente diversa. Há algum tempo estava assistindo a um programa de televisão e percebi que dois profissionais sutilmente trocavam farpas, embora a aparência fosse de perfeita cordialidade. Em determinado momento, após um deles fazer brilhante explanação de um tema comportamental, o entrevistador perguntou ao outro profissional o que ele achava daquele assunto. Antes de dar sua opinião sobre a questão, ele fez um comentário sobre a exposição do colega dizendo que, em parte, estava de acordo com o que acabara de ouvir. Observe que, ao dizer que concordava “em parte”, de maneira sutil demonstrava que não comungava com as ideias do colega. E o pior é que, em seguida, ao dar sua opinião com outras palavras, disse exatamente o que já havia sido exposto pelo outro entrevistado. Atenção, portanto, ao uso dessas expressões, pois, dependendo da
maneira como são usadas e da entonação como são pronunciadas, poderão funcionar como verdadeiro veneno para o sucesso da sua causa. Nessas circunstâncias, a melhor saída é, mais uma vez, ignorar a intenção velada de prejudicá-lo, e demonstrar que ficou feliz com o comentário, complementando que esperava mesmo que ele concordasse com seu ponto de vista, eliminando, assim, a força implícita da objeção. Cuidado, entretanto, para não começar a ver fantasmas em todas as situações, imaginando sempre que alguém esteja querendo puxar seu tapete. Use o bom senso e aprenda a identificar, principalmente pelo tom da voz, quais são as verdadeiras intenções do interlocutor.
Reinaldo Polito Mestre em Ciências da Comunicação, palestrante, professor de expressão verbal e autor consagrado. www.polito.com.br
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