editorasermais.com.br 1
2 editorasermais.com.br
editorasermais.com.br 3
índice
Expediente A revista Ser Mais é uma publicação mensal. Ano 3 | Nº 34 Diretor Editorial: Mauricio Sita Diretora Executiva: Julyana Rosa Diretora de Operações: Alessandra Ksenhuck Gerente de Projetos: Gleide Santos Redatora: Marília Marrafon Projeto Gráfico: Henrique Melo Direção de Arte: Estúdio Mulata (www.estudiomulata.com.br) Relacionamento com o cliente: Claudia Lima Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968 assinaturas@revistasermais.com.br Cartas para a redação: av. Rangel Pestana, 1.105 – 3º andar. São Paulo - CEP 03001-000 redacao@revistasermais.com.br http://twitter.com/revistasermais Skype: revistasermais Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e email. A Ser Mais reserva-se o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas. O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax, telefone ou e-mail); e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque. Central do Anunciante: publicidade@revistasermais.com.br [11] 2691-6706 Representante Comercial – Região Sul: Beth Meger Rua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509 Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898 Ser Mais é a revista oficial da Associação Brasileira de Desenvolvimento Comportamental (ABDCOM). Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A Cadastre-se no site www.revistasermais.com.br para receber nossa newsletter. Impressão e Acabamento: Vox
06 “Caro leitor” 07 Como não deixar que o turnover nas empresas atrapalhe o desempenho da equipe 16 Up 2 date 20 Empresas proativas 23 Cidadão 21 26 Moda, beleza e estilo 27 2.0 28 Coaching - André Percia 40 +otimista - Ser generoso é ser evoluído 43 MANUAL DO SUCESSO 44 Competências profissionais para o trabalho num futuro-presente 46 Perdi a promoção da empresa, e agora? 48 Em busca dos 7 bilhões de sequiosos consumidores! 50 Desafios nas empresas diante das multiplicações móveis e da cultura mobile na sociedade moderna 56 Fun Learning 58 A Influência do perfil comportamental na carreira profissional 60 No alvo 62 +vitrine 64 Gaudencio responde 66 +Expressão – Cuidado com atividades paralelas
Sigam-nos no twitter:
@EditoraSerMais1
Visitem nossa página no facebook: www.facebook.com/edit.sermais
Especialistas nesta edição Ademir Vogel
André Percia
Adriano César
4 editorasermais.com.br José Augusto Corrêa
Laura Núbia
Andréa Aguiar
Malu Monteiro
Daniel Scharf
Ômar Souki
Enio De Biasi
Paulo Gaudencio
Gutemberg Leite
Pedro Carlos de Carvalho
Heloísa Capelas
Reinaldo Polito
Jerônimo Mendes
Ritah Oliveira
12 24 30 18
36
www.revistasermais.com.br
12
18
24
10 dicas para tornar seu negócio mais sustentável
30
CAPA Quando o prazer se torna um vício
36
Jogo Rápido Fabíola Molina
Gerencio o quê? Quem? A importância das homenagens
editorasermais.com.br 5
EDITORAL Às vésperas do final de ano e das festas, a correria dos preparativos começa a tomar conta da agenda. É preciso pensar na reunião com a família e até o local onde será comemorada. Por mais que o clima inunde o comércio e as pessoas comecem a respirá-lo, ainda faltarão os ajustes finais para deixar o trabalho em dia e também para o planejamento do próximo ano. Refiro-me não só aos planos de carreira para os próximos 365 dias, mas também às perspectivas para os negócios. Você já pensou em adiantar uma oportunidade para colaborar ao desenvolvimento profissional? Algumas pessoas ficam estagnadas por terem a mente fechada e não vislumbrarem outras áreas e mercados de atuação para as empresas, produtos e serviços. O que não é o seu caso, se está com a revista em mãos, é porque quer aprimorar-se e contribuir ao crescimento de onde atua. Para ampliar a visão do futuro, a Ser Mais antecipa algumas tendências nas próximas páginas. Mais do que fazer futurologia, propõe uma análise e leitura
crítica de sua parte, para realmente trazer a mudança para melhor na vida do leitor. Como dica, deixo relacionados alguns textos de suma importância, são artigos indispensáveis ao aprimoramento. O escritor e palestrante Adriano Cesar vem com as oito competências para o trabalho num futuro-presente. Já Ademir Vogel coloca à tona seu tino para os negócios em um texto sobre como é possível atingir os sete bilhões de consumidores do planeta. Em tempos de internet e globalização, é bom estar de olho no comércio eletrônico, no atendimento às necessidades dos clientes do mundo virtual. Estar afinado com o público é tão fundamental quanto saber interagir de trabalhar com o sexo oposto no ambiente coporativo. O artigo da escritora Malu Monteiro trata do tema de forma objetiva e propõe o equilíbrio entre os dois perfis de liderança, vale muito uma olhada no material produzido por ela. No mais, deixo-o à vontade para curtir o conteúdo especialmente desenvolvido para você. Um grande abraço! Julyana Rosa Diretora executiva Editora Ser Mais
6 editorasermais.com.br
ARTIGO GUTEMBERG LEITE
Como não deixar que o turnover nas empresas atrapalhe o desempenho da
EQUIPE
E
xiste no cenário nacional de trabalho uma situação paradoxal. Ao mesmo tempo em que há forte desemprego, há insistente procura por pessoal qualificado, com milhares de vagas em aberto não só em setores de tecnologia, engenharia, petróleo, mas também de serviços, muitas vezes para funções que exigem nível muito menor de qualificação. Outro paradoxo situa-se na vinda para o Brasil de profissionais de países que enfrentam continuada crise econômica na expectativa de encontrar aqui oportunidades que não têm mais em seus países, sendo rapidamente absorvidos por empresas locais dos mais diversos setores. Diante da falta de qualificação da mão de obra nacional, as empresas adotam novas formas de seleção e admissão, buscam talentos, desenvolvem projetos próprios de treinamento, criam “universidades corporativas” para dotar seu quadro de pessoal dos conhecimentos necessários para que possam desenvolver com sucesso suas atividades. Tais iniciativas nem sempre impedem que aconteça a rotatividade indesejada, o que pode acabar afetando seus negócios. Por que o turnover pode prejudicar a empresa? Várias causas, como o enfraquecimento das equipes de trabalho
já constituídas, a fuga de talentos, atrasos na execução de projetos, necessidade constante de novas contratações, ruptura da confiança na relação dos empregados com a empresa, criação de ambiente interno instável sobre a sustentabilidade da empresa e sua capacidade de gestão. No balanço contábil, isso significa menor produtividade e prejuízo. Pode-se dizer que alguns fatores influenciam diretamente os empregados a desistirem do trabalho. Políticas inadequadas de gestão de pessoas. O sucesso da contratação e de retenção de talentos depende fundamentalmente da prática de excelentes políticas de gestão de pessoas. Frustração do empregado. Após seleção rigorosa e exigente, o candidato fica frustrado ao ser indicado para exercer função na qual não utilizará suas competências e habilidades. Sentindo-se enganado, procurará logo outra empresa para trabalhar. Fusões de empresas. Quando as reestruturações alteram a estrutura administrativa e as políticas de relacionamento de maneira abrupta, sem planejamento da gestão de talentos, os empregados preferem evitar os riscos nos seus planos de carreira. Lideranças mal preparadas. Falta de acolhimento e de acompanhamento do colaborador, de respeito, diálogo.
editorasermais.com.br 7
Centralização da gestão, relacionamento precário com os dirigentes e a desumanização do trabalho desmotivam as equipes e sua ligação com a empresa. Conflito de gerações. Incapacidade das lideranças da empresa de reconhecer as diferenças de gerações e de gerenciar a diversidade de pessoas, talentos, trabalhando em prol da mesma causa. Situações de crises. Em momentos de crise, quando a empresa recorre sempre às demissões, ela rompe a ligação de confiança que mantinha com os colaboradores, tornando-os apreensivos e inseguros quanto ao seu futuro.
Falta de comunicação eficaz. A comunicação é importante fator estratégico para manter a integração da empresa com seu pessoal e mantê-lo informado e comprometido com seus objetivos e valores. Com enfrentar o desafio do turnover? Nos dias de hoje, se alguém tem preparo e não está satisfeito com as condições de trabalho na empresa onde está, poderá “vender” seu talento a outra organização para não ficar marcando passo no seu crescimento profissional. As pessoas buscam de forma consciente e decidida o que querem. Utilizam as redes sociais para trocar informações so-
bre as empresas e para optarem por aquelas que podem contribuir de maneira mais efetiva para atingir seus objetivos. Procuram, por isso, as melhores. Para reduzir o turnover, as empresas precisam fazer um diagnóstico preciso da situação e descobrir os conflitos existentes, planejar a melhor forma de atrair talentos e mantê-los trabalhando a seu favor. O turnover é um comportamento de ruptura, de insatisfação, de busca de segurança e de melhores oportunidades para a construção de um projeto de vida e de uma carreira profissional. Essa tensão poderá ser controlada
Para reduzir o turnover, as empresas precisam fazer um diagnóstico preciso da situação e descobrir os conflitos existentes, planejar a melhor forma de atrair talentos e mantê-los trabalhando a seu favor.
se aprendermos a lidar com o problema como fazem as melhores empresas. Ao estudar “As melhores empresas para você trabalhar” (Você S/A – Exame - 150 melhores empresas para você trabalhar), publicada anualmente pela Editora Abril, a empresa entenderá facilmente por que elas constituem objeto de desejo e poderá fazer um benchmarking, que a fará perceber logo as razões que as colocam no rol das melhores: pagam melhor, retêm mais, tem público interno mais escolarizado e mais diversificado; excelente índice de qualidade no ambiente de trabalho; gestão sólida, baseada em valores, ética, transparência, respeito e meritocracia. Estabelecem compromisso com seus funcionários, trabalham com práticas que os valorizam, além de oferecer expressiva gama de benefícios extensivos aos familiares. Dessa forma, trabalham com colaboradores felizes, com alto índice de permanência, desempenho e fidelidade, derrotando assim o temível turnover.
8 editorasermais.com.br
Gutemberg Leite É mestre em Ciências da Comunicação e pós-graduado em Comunicação Empresarial. Fundador da Meta RH, empresa que presta serviços de recrutamento e seleção. Também é sócio da Meta Executivos, empresa de seleção de executivos e especialistas. http://www.metarh.com.br/
^ ARTIGO JERONIMO MENDES
STEVE JOBS e o valor das
IDEIAS D
e acordo com muitos analistas de mercado norteamericanos, Steve Jobs pode ser considerado um dos maiores empreendedores de todos os tempos, ao lado de figuras ilustres como Thomas Edison (GE), Henry Ford, Thomas Watson (IBM) e William McKnight (3M), pioneiros do empreendedorismo nos Estados Unidos. Jobs saiu da vida para entrar na história como uma personalidade incomum, digna de reconhecimento e veneração nos quatro cantos da Terra, não apenas em função do seu
gênio criativo, despertado aos dezesseis anos de idade, mas devido ao seu completo desprendimento das coisas materiais. Para quem se considerava “um sujeito que provavelmente teria sido apenas um poeta semitalentoso do Quartier Latin, mas meio que se desviou do caminho”, pode-se dizer que a história premiou o talento, a persistência e a vontade de superar os mais indignos obstáculos. Ao desistir da escola, para evitar o sacrifício financeiro dos pais adotivos, Jobs começou a participar de palestras sobre produtos eletrônicos da HP, onde encontrou Stephen Wo-
zniak, egresso da Universidade da Califórnia. Wozniak era um jovem gênio da engenharia que gostava de inventar dispositivos eletrônicos. Com a aproximação, Jobs e Wosniak também compareciam regularmente às reuniões do Homebrew Computer Club (Clube do Computador feito em Casa). Os associados eram, na maioria, tecnófilos interessados em diodos, transistores e ainda nos dispositivos eletrônicos que poderiam construir com isto. Jobs era diferente, segundo Daniel Goleman, PhD. Ele sabia avaliar o estilo, a utilidade e a capacidade de colocação dos produtos no mercaeditorasermais.com.br 9
do. Com o tempo, Jobs convenceu Wozniak a trabalharem juntos para colocar em prática uma simples ideia: a construção de um computador pessoal. Nasceu assim o Apple I, projetado no quarto de Steve Jobs e com o protótipo construído na garagem da casa de seus pais. Ao seguir os conselhos de um executivo aposentado da Intel, Jobs e Wozniak fundaram sua própria empresa. Para viabilizar o projeto, ambos venderam os seus bens mais preciosos na época, uma Kombi VW de Jobs e a calculadora HP de Wozniak. Com os US$ 1300 arrecadados, ambos iniciaram oficialmente a Apple. Jobs, aos vinte anos de idade, e Wozniak, aos vinte e seis. Em menos de dez anos, a Apple havia deixado de ser apenas dois sócios numa garagem para se tornar uma empresa de dois bilhões de dólares, com mais de quatro mil funcionários. Um ano depois de lançar a sua melhor criação – o Macintosh –, Steve Jobs completava trinta anos de idade quando foi, então, despedido da Apple por divergências internas com a equipe de comando. Em menos de cinco anos, Jobs fundou a NeXT e, logo depois, a Pixar, o estúdio de animação mais bem-sucedido do planeta, onde idealizou o primeiro desenho animado do mundo feito apenas por computador: Toy Story. Se-
gundo o próprio Jobs, “foi um remédio amargo, mas acho que o paciente precisava dele”. Entrava em cena novamente o seu espírito empreendedor e criativo. Numa impressionante reviravolta, a Apple comprou a NeXT e, em menos de dez anos, Jobs voltou para a empresa que ele mesmo ajudou a fundar, para alegria dos “applemaníacos” e o bem da companhia. Retornava, dez anos depois, o salvador da pátria, num período difícil para a Apple. O resto é história. Quando se trata de empreender, ideias somente não bastam. O mundo está cheio de boas ideias que vagam sem destino e são desperdiçadas porque ninguém acredita nelas e os autores desistem ao primeiro não. Mais do que obter uma ideia, é necessário iniciativa, esforço, otimismo e, na maioria dos casos, persistência para conseguir alguém que acredite no que está dizendo. Era o caso de Steve Jobs. O roteiro a seguir poderá ser muito útil quando as ideias surgirem. Estude-o com carinho e não tenha medo de pedir ajuda para empreendedores bem sucedidos. São dicas valiosas para ajudá-lo a ampliar o seu nível de confiança na implementação das ideias empreendedoras. Prometo que a sua motivação vai crescer bastante.
CHECK-LIST DA BOA IDEIA Antes de apresentar uma ideia, estude-a com profundidade, avalie os prós e os contras e certifique-se de que ela é aplicável nos negócios. Aprofunde-se na ideia e demonstre conhecimento sobre o assunto; isso vai gerar confiança, uma virtude indispensável para quem se propõe a “dar a cara para bater”. Não existe ideia perfeita nem ideia completamente descartável, entretanto, seja original, simples e criativo; tome cuidado para não reapresentar uma ideia que não é sua. Reflita sobre as questões que favorecem a aceitação de novas ideias: reduz custos? É inovadora? Aumenta o faturamento? Traz resultados em curto prazo? Melhora a vida das pessoas? Seja aberto a críticas, contribuições e mudanças na ideia original, caso contrário, é provável que continue armazenada na mente por muito tempo.
A questão fundamental é: funciona? Você vai saber somente quando praticar, portanto, não desperdice seu tempo imaginando coisas. Vá além da imaginação, pois a execução é uma das habilidades mais admiradas e valorizadas no mundo dos negócios. Inspire-se nas histórias de Steve Jobs, Bill Gates, Bill Joy, Paul Allen, Soichiro Honda e de tantos outros que se mostraram mestres na arte da execução. Pense nisso, empreenda e seja feliz!
10 editorasermais.com.br
Jerônimo Mendes Administrador, Coach Empreendedor, Professor Universitário e Palestrante Mestre em Organizações e Desenvolvimento Local http://www.jeronimomendes.com.br
editorasermais.com.br 11
~ RITAH OLIVEIRA GESTAO
Gerencio o quê?
F
alar sobre gestão tem um significado muito importante, diferencia-se do antigo perfil de gestão, porém com algumas atribuições burocráticas para o mesmo. Como é costume, uso os conceitos para elucubrar as informações que disponho em meus artigos. Etimologicamente são estes os termos que trataremos neste artigo. Significado de Gestão s.f. Ação de gerir. Gerência, administração. Gestão de negócios, diz-se quando uma pessoa administra os negócios de outra, por eles se responsabilizando solidariamente, mas sem autorização legal. Significado de Chefe s.m. Pessoa que se destaca pelas qualidades de autoridade, competência, poder
12 editorasermais.com.br
Quem? de decisão. Indivíduo que, por essas qualidades, é investido de poder para ocupar um lugar de mando, de direção. Na contemporânea administração, o chefe cede lugar ao gestor, aquele que está à frente, aquele a quem cabe a preocupação com o melhor serviço a ser prestado pela organização, seja ela publica ou privada. Academicamente falando, hoje existem faculdades que especializam profissionais em Gestão. Lá eles aprendem como lidar com números, normas e pessoas. Algumas diferenças entre chefiar e gerir vão além dos significados conceituais está elencado em atitudes. Acredito que esta figura surgiu para suavizar as difíceis relações dentro das organizações. O gestor enquanto pessoa é aquele que oferece a si mesmo em busca de melhores chances de alcançar sucesso; aquele que é um incen-
tivador, pois reconhece que nós humanos fazemos coisas porque queremos. Algumas vezes fazemos coisas porque as consequências de não fazer algo são desagradáveis. Entretanto, a maior parte do tempo se quer fazer coisas por aquilo que conquistamos através delas. Não é diferente no trabalho, as pessoas fazem um bom trabalho pelo salário, pelo prestígio ou pelo reconhecimento. Fazem um mau trabalho porque querem moleza (e ainda assim receber no final do mês). Trabalha duro porque quer impressionar alguém ou quer promoção… e por aí vai. Portanto, para melhor motivar a sua equipe, descubra o que querem e como você pode lhes oferecer isso.
Realizei um trabalho em determinado mecanismo público e constatei a veracidade destas afirmativas: algumas pessoas apenas são chefes,
porém as relações interpessoais precisam de gestores, de pessoas que têm a flexibilidade de transformarem-se em líderes. Este comportamento engessado dos chefes em nada contribuem para a eficácia e motivação dentro das organizações. Ao gerir, estamos nos colocando à frente em determinadas situações, situações as quais nos deparamos com afirmativas do tipo: o gestor administra; mantém; concentra-se em sistemas e estruturas; confia no controle; perspectiva de curto prazo. Gerir recorre a não cometer injustiças, a selecionar o sucesso do outro como o seu próprio, haja vista que se em algum momento você incentiva, está partindo do pressuposto de que as consequências para que algo seja feito não será desagradável, pois na grande maioria das vezes queremos fazer algo baseado na certeza do que será conquistado por aquela ação. Na convivência organizacional isto não é diferente – as pessoas realizam um bom trabalho pelo salário, pelo prestígio ou pelo reconhecimento. Fazem um trabalho sem qualidade por querer atividades brandas. Trabalham exaustivamente para impressionar alguém ou querem promoção… e por aí vai. Daí, caminhamos através da porta da motivação, aquela que dá luz às questões inerentes ao desempenho do colaborador e ser humano. Se o alinhamento destes não for eficaz em algum momento, estaremos diante desta frase que li em um site de relacionamentos: “o funcionário que tem um chefe, quando vê
“
“
Academicamente falando, hoje existem faculdades que especializam profissionais em Gestão. Lá eles aprendem como lidar com números, normas e pessoas. Algumas diferenças entre chefiar e gerir vão além dos significados conceituais , estão elencadas em atitudes.
alguém falando mal de sua empresa, ele diz: você ainda não viu nada!”. Gerir tem a ver com time, daí surge algo que gosto de chamar de líder gestor ou gestor líder, de onde as palavras e a sonoridade positiva que elas promovem nos remetem ao sucesso. São elas: inovar, original, desenvolver, inspirar confiança, aproximar, criar, reunir, absorver, etc. Deste modo, é necessário que a equipe esteja motivada a alcançar sucesso, para tal precisam trabalhar a fim de atingir objetivos desejados, precisamos estar em equipe, e não grupo, haja vista que qualquer aglutinação de pessoas pode ser um grupo, mas nunca uma equipe, um time, onde todos estão imbuídos da mesma motivação, do mesmo ideal. Portanto, a figura do Gestor Líder ou Líder Gestor (você deve estar pensando: “ela mudou a ordem!”), não foi acaso. Sim, neste artigo estamos tratando de gestão, e para tal, este precisa estar alinhado com o significado de liderança. Proporcione direção, pois é a habilidade de liderar que distingue um gestor dos seus pares. Através de uma característica e necessidade premente nas relações – a comunicação - esta é, sem dúvida, um diferencial de um gestor. Você não pode realizar nenhuma atividade sem que consiga comunicar sua visão, seja ela de mundo ou organizacional, e esta deve ser transparente e honesta. Os resultados organizacionais dependem da influencia e habilidade que o gestor tem para administrar recursos, tempo, cultura organizacional, criatividade, produtividade, oporeditorasermais.com.br 13
tunidades, ética, foco. Se neste exato momento de nossas elucubrações enquanto Coach pensarmos em uma roda da vida, esta teria oito fatias, o que na metodologia Coaching Teen chamo de PIZZA DA VIDA. Daí, o gestor que estivesse passando pelo processo de Coaching Executivo exercitaria através desta roda, estabelecendo os objetivos primordiais para a formação de sua excelência como gestor. Primeiramente, vamos analisar os níveis de afastamento desta roda da vida, quais os campos em que temos ou atribuímos em escala de 0 a 10, por onde caminha nosso processo de gestão. Alguns itens naturalmente são 10, como foco e produtividade ética. Outros são aqueles que normalmente têm sua pontuação em menor escala de valor, como oportunidades, cultura e recursos. O que estaria sempre com a pontuação inferior seria o tempo. Comece com a seguinte pergunta: ele está relacionado a situações ou pessoas? Caso sejam em relação a situações que aconteceram como, por exemplo, a perda de um pra-
zo, o mais importante é verificar como isto aconteceu, ou seja, uma análise racional dos fatos e “erros” que podem ter levado a situação e assim por diante. O Coach Executivo, dentro de um processo de Coaching, iria conduzi-lo através deste tipo de questionamento a fim de que os pontos necessários fossem alinhados de maneira que obtivéssemos a excelência dentro do processo de gerir esta empresa. E então, como está sua pizza da gestão organizacional?
Os resultados organizacionais dependem da influencia e habilidade que o gestor tem para administrar recursos, tempo, cultura organizacional, criatividade, produtividade, oportunidades, ética, foco.
14 editorasermais.com.br
Ritah Oliveira Administradora de Empresas com habilitação em Gestão de Negócios. Especialista em Psicologia Organizacional. Coach. Desenvolveu a inovadora metodologia Coaching Teen. Coautora dos livros Ser+ em Coaching e Ser+ com Motivação. www. ritaholiveiracoach.com
editorasermais.com.br 15
^ SE ATUALIZAR UP 2 DATE NOVIDADES PARA VOCE
1
2
3
1- Camisetas do rock
Quem nunca quis ser astro do rock, mas nunca conseguiu aprender a tocar instrumento nenhum? Com certeza muita gente. Agora você pode satisfazer sua vontade com essas camisetas. Elas possuem um protótipo de guitarra que, ao ser conectado a um mini amplificador, emite sons de guitarra de verdade. Disponível no site ThinkGeek por cerca de 30 dólares.
16 editorasermais.com.br
2- Vintage Camera Nightlights
Objetos antigos acabam sempre virando peças de decoração. Mesmo que não funcionem direito, sempre existe um espaço em casa para colocá-los. Agora as câmeras antigas também podem ser reutilizadas. A Vintage Camera Nightlights serve como uma espécie de abajur para o seu quarto. Ela possui um sensor para que acenda automaticamente quando escurece. À venda no site thisiswhyimbroke.com
3- Despertar com a luz do sol Acordar com o barulho irritante do despertador causa estresse em muitas pessoas. Por mais que a música seja legal, é comum que passemos a odiá-la depois de um tempo. Agora surgiu um novo conceito de “despertador” que promete despertar a pessoa naturalmente. O Wake Up Light erradia uma luz progressivamente e vai aumentando a intensidade até o horário programado. O produto pode ser adquirido no site da Philips.
4
5
6
4- Bloco de notas à prova d’água Nada como passar uns bons minutos embaixo do chuveiro pensando na vida. Quem nunca teve uma grande ideia nessa hora e, assim que acabou o banho, se esqueceu completamente? Agora isso não acontecerá mais graças ao bloco de notas à prova d’água. Você poderá escrever quaisquer ideias na hora que elas surgirem. Disponível na Amazon.
5- Teclado virtual
Já pensou em ter um teclado em qualquer lugar que você vá? Se não, comece a imaginar porque você já pode ter um. O teclado virtual infravermelho é do tamanho de um celular e pode ser levado para onde você quiser. Ele conecta com qualquer aparelho via Bluetooth e pode ser adquirido também no site da Amazon por cerca de 160 dólares.
6- Contra os ladrões de sorvete!
Você compra aquele sorvete delicioso, guarda um pouco para o dia seguinte e, quando vai ver, não tem mais nada lá. Essa situação se repete várias vezes, não é? Pois bem, o Ice Cream Locker vai te proteger dessas pessoas e manter seu sorvete do jeito que você deixou no congelador. Compre em: commerce. workflowoneaccess.com
editorasermais.com.br 17
MARILIA ´ MARRAFON
A importância das
HOMENAGENS O local de trabalho é onde a maioria das pessoas passa grande parte do dia e da vida. Muitas vezes, são anos de dedicação e de construção de laços com os companheiros de trabalho, outras nem tanto tempo e nem relações tão profundas. Mas fato é: independente da intensidade, os colegas de trabalho são as pessoas que estão mais perto. Quando, por vezes, um deles falece, a equipe enfrenta dificuldades por não saber como agir frente ao momento delicado. A falta de orientação forma uma barreira para tomar as decisões adequadas. Tal despreparo, aliado ao pouco diálogo sobre o assunto nas organizações, torna difícil a solução do evento de uma forma mais agradável aos demais colaboradores e familiares do ex-funcionário. A temática não faz parte do cotidiano da maior parte dos seres humanos e nas empresas a regra é a mesma. Grande parte delas ainda não está preparada para enfrentar essa situação e acabam por deixar algo tão importante em segundo plano. Quando algum funcionário vem a falecer, ninguém sabe como agir, qual a melhor maneira de homenagear o colega, como demonstrar sua importância para a equipe. Para Vagner Jaime Rodrigues, sócio da Trevisan Gestão & Consultoria (TG&C), “nem todas as empresas têm um programa interno que minimize os problemas quando um empregado retira-se da empresa de forma não programada”.
18 editorasermais.com.br
Embora pareça não ter relação, a falta de cuidado na hora de lidar com a perda de um membro pode afetar uma equipe toda. Todos os profissionais gostam de se sentir parte da empresa, esperam ser reconhecidos e fazer a diferença dentro daquele ambiente. Demonstrar essa importância, mesmo na hora da perda, é sinal de que a empresa realmente se importa e valoriza seus funcionários. Segundo Vagner, não homenagear um funcionário pode ter consequências negativas para a equipe, que se sentirá desmotivada, afetando seu comprometimento com a empresa. “Entendo que primeiro deve-se dar total apoio aos seus familiares, também é importante trabalhar o clima organizacional. Deve-se rapidamente buscar um substituto de forma não impactar o fluxo operacional”, completa. Os cuidados com a família e os colegas de trabalho podem ser traduzidos em uma homenagem ao profissional que já não está mais presente. Para realizá-la, no entanto, é preciso entender do assunto. A boa intenção e o empe-
Quando algum funcionário vem a falecer, ninguém sabe como agir, qual a melhor maneira de homenagear o colega, como demonstrar sua importância para a equipe.
nho em cuidar da situação correm o risco de serem interpretados de forma errônea, caso não sejam tomadas as devidas precauções. Algo natural para alguns torna-se ofensa para outros. A organização correta do evento prescinde de uma série de fatores a serem analisados com tato. A cautela evita que as companhias passem por situações embaraçosas e tenham em pessoas especializadas o apoio necessário. Os irmãos Allan e Leonardo Lopes viram nessa lacuna uma forma para ajudar as empresas a prestarem suas homenagens. A Best Homenagens nasceu da experiência de mais de 14 anos com negócios relacionados a homenagens póstumas, em que Allan aprendeu a ver com sensibilidade a maneira correta para lidar com os familiares e amigos na hora despedida. Também foi criada uma base tecnológica que desse suporte à logística e ao atendimento às solicitações de todo o país, pela qual Leonardo é responsável.
Assim, uniram seus conhecimentos para formatar um modelo de negócio e atender empresas de todos os portes e, principalmente, com opções para todas as necessidades. Existem muitas maneiras de demonstrar que a perda foi significativa, porém as possibilidades ficam restritas quando a situação exige que as atitudes sejam tomadas rapidamente. Segundo Leonardo, “muitas vezes uma empresa não consegue enviar uma coroa, pois o sepultamento já ocorreu, e não existem outras opções claras no mercado para isto”. Essa necessidade torna-se clara quando a única opção para homenagens póstumas são as flores. Pouco difundidos no Brasil, os tributos são dedicados a pessoas de grande destaque na sociedade, porém, por que não fazê-los quando um funcionário falece? Parte das empresas não enxerga essa possibilidade por não ter em seu quadro alguém preparado que exponha o que pode ser feito. Embora ele não exista dentro da empresa, é possível encontrar no mercado quem dê o direcionamento correto de como agir.
Pouco difundidos no Brasil, os tributos são dedicados a pessoas de GRANDE DESTAQUE na sociedade, porém, por que não fazê-los quando um funcionário falece?
editorasermais.com.br 19
ARTIGO | DANIEL SCHARF
Empresas PROATIVAS M
A nova linha de chegada para criação e entrega de valor
uito tem se falado em criação e entrega de valor. Mas, para criar valor, precisamos em primeiro lugar entender o que é valor e, mais importante, para quem.
Valor é percepção e cada um tem a sua, é subjetivo. Você pode perceber diferente da sua equipe, dos clientes e fornecedores. Identificar, entender e aprender com essas percepções inicia o trabalho proativo necessário para atender expectativas dos clientes e prosperar no novo mercado. Uma das formas para conhecer melhor seu cliente é a abordagem Design Thinking. Nela, busca-se entender quem é seu cliente além dos aspectos como idade, sexo, estado civil ou prefêrencia sexual. O novo olhar parte para colocar o usuário no centro de tudo para, a partir daí, entender empaticamente como pensa, o que ouve, de quem ouve, quais problemas precisam ser endereçados e quais desejos tem ou terá. Outra característica da metodologia é sua faceta colaborativa; se antes os clientes eram entrevistados para se conhecer costumes, hoje colaboram com as empresas. Seja através de pesquisadores assistindo suas vidas, como em um filme, ou experimentando e opinando em produtos antes de serem lançados. As co20 editorasermais.com.br
munidades também têm um grande papel neste cenário. Nelas, trocam-se informações relevantes para se identificar problemas, necessidades e novos caminhos. Para fazer frente à dinâmica do mercado, observamos quatro tipos de perguntas: 1) 2) 3) 4)
O que aconteceu? O que está acontecendo? O que vai acontecer? O que queremos que aconteça?
Na primeira estão os espectadores, aqueles que esperam passivamente os acontecimentos. Na segunda são as que tentam se ajustar ao mercado, como aquelas que mudam os preços de acordo com a concorrência. Na terceira temos as atentas ao mercado, elas monitoram o ambiente atrás de indícios ou sintomas que estejam em “gestação”. E, finalmente, as proativas que criam seus mercados e alavancam oportunidades. Enquanto as outras reagem aos acontecimentos, as proativas enxergam mais longe, criando estratégias para o alcance de suas ambiciosas metas de crescimento. Veja o quadro abaixo:
Empresas reativas Reage aos acontecimentos É uma entidade criada pelo ambiente Defende seu mercado Segue o mercado Ouve o mercado Palavras-chave: reação, passividade, apreciação, rotina, estabilidade Outro ponto interessante é que o contrário da proatividade nem sempre é a reatividade, mas sim a passividade, aquela capaz de encerrar as atividades de qualquer negócio que não se atualize. Para ser proativo precisa-se de inquietação para a buscar novas formas de se fazer algo em um nível diferente do que estamos acostumados. Precisamos de um novo olhar. Pense, por exemplo, em como a Starbucks reinventou a cafeteria ao criar em suas lojas o conceito de um “terceiro lugar” (após a casa e o trabalho) para se passar o tempo, com áreas confortáveis equipadas com sofás e poltronas macias, tomadas elétricas para utilização de computadores portáteis, além de acesso sem fio à internet. A partir da proatividade de mercado e definido quem é nosso cliente (e do que precisa), podemos criar o valor a ser entregue como elemento de diferenciação, o que fortalece a marca e posiciona a empresa na mente do cliente. Para a produção desse valor também precisamos identificar quais atividades-chave são necessárias e quais podem ser realizadas por parceiros, pois a empresa nem sempre tem recursos ou capital para tudo. Este é um grande fator de sucesso. Veja o caso das operadoras de telefonia; elas vendem planos de serviços enquanto os fabricantes de celulares produzem os aparelhos e outra empresa instala as antenas para gerar a cobertura nas
Empresas proativas Antecipa os acontecimentos É criadora Define seu mercado Guia o mercado Fala ao mercado Palavras-chave: proação, inovação, busca, empatia, reflexão, aprendizado, feedback
cidades. São três modelos distintos em uma organização, cada qual com seu foco bem definido. Como são as pessoas que fazem acontecer, alinhar o fator humano à estratégia corporativa tem sido trabalho constante das diretorias de recursos humanos. Além de recrutar com base nas necessidades das competências técnicas e comportamentais, existe mais um elemento vital para o alinhamento de pessoas: o coração delas. Pessoas precisam de causas para viver. Contrate cérebros e tenha atendentes, conquiste corações e forme aliados. Isto implica em compartilhar os valores e crenças que a empresa acredita ter entre todos os colaboradores, do faxineiro ao presidente. Esses valores são capazes de nortear atitudes mesmo na incerteza dos acontecimentos. Veja a Disney, por exemplo: um valor importante para
eles é o clima de magia desfrutado pelas pessoas ao visitar o parque. Para assegurar tal coisa qualquer funcionário tem autonomia gastar até 100 dólares para resolver qualquer problema de um cliente. Certa vez uma menina, louca para conhecer o Mickey Mouse, ficou doente no primeiro dia de visita e precisou ficar no quarto. A arrumadeira, ao perceber o fato, comprou um Mickey de pelúcia e colocou em sua cama junto com um belo bilhete. Como acha que ela se lembrará deste episódio? A nova linha de chegada, portanto, não é mais aquela em que observamos o que esta acontecendo agora no mercado. Ela está na percepção do que ainda vai acontecer. As pistas para as empresas proativas estão nas pessoas (e suas peculiaridades) e demandam um novo olhar, mais empático e centrado no cliente.
Daniel Scharf Consultor, autor e coach. Desenvolve programas educacionais para o desenvolvimento de pessoas e alcance de metas corporativas. www.dimensaohumana.com | daniel@dimensaohumana.com
editorasermais.com.br 21
22 editorasermais.com.br
´ POR UM PLANETA SUSTENTAVEL
Sustentabilidade nos ares A onda sustentável também está nas alturas! A TAM iniciou recentemente a coleta seletiva em voos domésticos. Os carrinhos de bordo foram adaptados para que os passageiros possam separar o que é reciclável do que é orgânico. Além disso, a companhia treinou os funcionários e preparou uma campanha para incentivar a prática.
Alternativas
para LIMPEZA Os produtos de limpeza são insubstituíveis? A resposta para essa pergunta é “não”. É possível trocar esses poluentes por receitas caseiras e naturais que não carregam centenas de substâncias químicas. Sal, limão, vinagre, dentre outros podem ser
Sobrevida aos maiôs
A marca inglesa From Somewhere e a australiana Speedo se uniram para criar um vestido de festa produzido com retalhos de maiôs. A peça foi desenvolvida a partir do conceito de upcycling, onde as roupas são reutilizadas e ganham novas “funções”, incentivando, assim, um consumo mais sustentável.
ótimos aliados na limpeza e ainda não prejudicam o meio ambiente. Você pode misturar vinagre branco e limão em partes iguais e pulverizar em vidros e utensílios. Depois de um tempo é só enxaguar com água. Vale a pena tentar!
Brinquedos eco friendly
Em meio a essa onda de tecnologia que atinge o mundo todo, uma empresa vem apostando em algo diferente. A Little Pnuts pesquisa e entrega brinquedos ecológicos para crianças de até 5 anos na casa do cliente. As peças ajudam no aprendizado e estimulam o raciocínio lógico. Você pode adquirir os brinquedos no site littlepnuts.com
editorasermais.com.br 23
´ ´ NEGOCIOS SUSTENTAVEIS ENIO DE BIASI
10 dicas para tornar seu
NEGÓCIO
MAIS SUSTENTÁVEL 24 editorasermais.com.br
É
cada vez maior a cobrança da sociedade para que as empresas sejam sustentáveis, mesmo que muitas nem saibam ao certo o que significa realmente ser uma companhia “verde”. Apesar de poucas terem profissionais dedicados exclusivamente a questões ligadas à sustentabilidade e gestão em meio ambiente, é preciso tomar algumas medidas para, por exemplo, economizar recursos como água, energia elétrica e papel. Muitos pequenos e médios empresários acreditam que investir em algo sustentável em seus negócios é oneroso. Mas é justamente o contrário, já que é possível mudar a partir de detalhes que, de tão simples, muitas vezes passam despercebidos – como separar os lixos recicláveis, usar lâmpadas que gastem menos energia e fechar as torneiras durante algumas tarefas – e que podem até trazer economia, mesmo que a médio ou longo prazo. Acredito que, para trabalhar de modo ecologicamente correto, independentemente do tamanho da empresa, basta que cada um queira fazer a sua parte. Para isso, é necessário entender como influenciar as pessoas a comprarem a ideia da sustentabilidade. E quem adota práticas sustentáveis permanece um passo à frente quando surgem novas legislações relativas ao meio ambiente, como a Lei dos Resíduos Sólidos e a proibição das sacolas plásticas.
A seguir, sugiro 10 ações que podem ajudar as empresas a adotar, de forma realista, uma postura mais verde e sustentável, sem trazer impactos negativos nos negócios: - Criar ambientes de trabalho que viabilizem projetos com foco em sustentabilidade: é importante pensar nos impactos de cada decisão, como a escolha dos tipos de dispositivos que serão usados na empresa, o local onde os funcionários serão alocados e o desenho dos espaços de trabalho. - Manter regras que controlem as emissões de carbono e, se possível, neutralizá-las: algumas organizações medem essas emissões, tanto individualmente quanto de forma macro, o que permite calcular quantas árvores devem ser plantadas para neutralizar o carbono lançado na atmosfera durante as atividades cotidianas de sua empresa. - Adotar políticas de gerenciamento de energia: além de desenvolver sistemas de monitoramento, é interessante criar data centers eficientes, pensar na tendência das redes inteligentes de energia elétrica e em seus requisitos, desligar equipamentos eletrônicos (computadores, impressoras, estabilizadores, etc) ao deixar o posto de trabalho e trocar as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes, entre outras questões. - Substituir as sacolas tradicionais,
caso sejam utilizadas pela empresa, pelas versões biodegradáveis, que se deterioram em pouco tempo, sem agredir o meio ambiente. Caso seu negócio crie lixo tóxico, o ideal é contatar as empresas responsáveis pela coleta para saber como deve ser o descarte correto. Isso vale também ao eliminar pilhas, baterias, computadores e lâmpadas fluorescentes. - Procurar saber, ao contratar um fornecedor, quais são os métodos usados pela empresa dele como, por exemplo, se ela utiliza meios legais para vender seus produtos e se cumpre as legislações ambiental e trabalhista.
Muitos pequenos e médios empresários acreditam que investir em algo sustentável em seus negócios é oneroso. Mas é justamente o contrário, já que é possível mudar a partir de detalhes que, de
tão simples, muitas vezes passam despercebidos(...)
- Tornar seus cartões de visita “verdes”: uma boa forma de deixá-los mais eco-friendly é trocar os papéis comuns das impressões pelos reciclados e utilizar tintas a base de soja, entre outras novidades. Isso, além de ajudar o meio ambiente, melhora a imagem da empresa. - Instalar um software para economizar na impressão e eliminar as máquinas de fax: uma importante
parte dos custos de uma companhia é oriunda das impressoras. Isso porque a impressão – muitas vezes desnecessária – de documentos, e-mails e páginas da internet consome muito papel e tinta. Para resolver o problema, basta instalar um software de gerenciamento de impressões. Há opções gratuitas na internet, de fácil instalação. - Melhorar a sala de descanso dos colaboradores: para evitar desperdícios de materiais como papéis, copos e talheres plásticos é preciso tomar algumas atitudes como convencer os funcionários a utilizar canecas para beber água e café, que são reutilizáveis. Outra sugestão é dispensar máquinas de café, lanches e afins, que gastam muita energia e deixam resíduos como sacos de salgadinhos e garrafas plásticas, e disponibilizar uma cesta de lanches saudáveis e um pequeno refrigerador para gelar bebidas e alimentos. Além de mais saudáveis e gostosos, ainda economizam dinheiro e ajudam a melhorar o planeta. - Aprimorar seus equipamentos de escritório, em vez de trocá-los: tentar usá-los pelo maior tempo possível é uma das melhores maneiras de economizar dinheiro e reduzir o volume de lixo. Mas isso não significa que você precise sacrificar um bom desempenho, mas que tente fazer upgrades nas máquinas quando der, em vez de simplesmente jogá-las fora e comprar novas. - Pensar verde ao trocar móveis ou materiais do escritório: quando for necessário realizar essas substituições, tentar fazê-las de modo sustentável, dando preferência a peças e utensílios compostos por material reciclado, madeiras certificadas ou materiais que causem baixo impacto ao meio ambiente.
Enio De Biasi Sócio-diretor da De Biasi Auditores Independentes http://www.debiasi.com.br
editorasermais.com.br 25
MODA, BELEZA E ESTILO
Porta treco Você vive comprando produtos de beleza e maquiagens, mas não sabe onde guardá-los? Então conheça a Van Porta Treco Jardí. Além de deixar tudo organizado,
Tênis do
verão
ainda ser como um ótimo objeto de decoração. O produto pode ser adquirido no site istickonline.com por cerca de 80 reais.
A Converse e a marca carioca Farm firmaram sua parceria e lançaram os novos modelos de tênis. A linha para o verão 2013 é chamada “Que Beleza” e traz tênis de cano alto com bordados de inspiração mexicana. Acesse o site farmrio.com.br e saiba mais.
A volta do
TOPETE
A primavera ainda está chegando, mas todos já estão de olho nas tendências do verão. E se você ainda não sabe o que fazer no seu cabelo, fique atento: os topetes estão de volta. O penteado que foi sucesso nos anos 80 e começo dos 90 fará a cabeça das mulheres no próximo verão.
26 editorasermais.com.br
Adeus, rugas Conforme o tempo passa, aumenta a preocupação das mulheres em relação à pele. O creme antienvelhecimento Abeille Royale Night possui um concentrado puro de geleia real, o que estimula os mecanismos do processo de cura para reparar as rugas. O produto pode ser encontrado no site da Sephora.
NOVIDADES DO MUNDO DA WEB
Ficar sem bateria? Nunca mais!
Hoje os celulares fazem quase tudo! Redes sociais, jogos, fotos, vídeos e por aí vai. O único problema é que as baterias dos aparelhos não duram tanto quanto gostaríamos. Muitas vezes elas acabam no meio do dia, quando estamos na rua e não há nada que se possa fazer. Pensando nisso, os chineses encontraram uma maneira de solucionar essa questão tão frequente. Eles instalaram carregadores nos postes de luz. Sim, isso mesmo. Cada poste conta com oito conectores para diferentes celulares e outros aparelhos eletrônicos.
Recuperando arquivos
Você passa anos organizando seus arquivos no computador, guarda documentos importantes e, de repente, tudo se perde. Existem algumas alternativas para tentar reverter a situação, mas muitos acabam deixando de lado pela dificuldade em recuperar o material. O CrashPlan é um programa que faz backup automaticamente em seu sistema e envia cópias para outro computador ou até mesmo para um servidor via internet.
Walk’n Type
Os smartphones tomaram conta do mercado de telefonia. Já é possível fazer o download dos mais variados tipos de aplicativos, para diversas finalidades. E, se você anda por aí digitando mensagens e tropeçando por todos os lados,
Pagamentos via
CELULAR
seus problemas podem ter chegado ao fim. O app Walk’n Type utiliza a câmera do seu aparelho para que você possa ver o que está na sua frente enquanto escreve e envia sua mensagem.
A Vivo e a empresa de pagamentos PayPal fizeram uma parceria para permitir o envio e recebimento de pagamentos via celular. A tecnologia USSD possibilita que essas transações sejam feitas sem conexão com a internet. O serviço funciona em qualquer aparelho GSM, dos mais simples aos mais sofisticados.
editorasermais.com.br 27
´ PERCIA COACHING ANDRE
Fazendo Coaching com duas pessoas ao mesmo tempo
E GRUPOS P ara Dave Ellis, apesar de o Coaching ser feito com um cliente apenas, há casos em que se pode trabalhar com dois. O autor mencionado dá algumas dicas: trabalhar duas pessoas pressupõe que ambas tenham algum tipo de relacionamento - afetivo, familiar, profissional, comunitário e assim por diante. FERRAMENTA 1: Ellis recomenda que o Coach se encontre com cada pessoa individualmente antes que trabalhe com os dois ao mesmo tempo. A pessoa deverá ser ajudada a falar sobre suas metas, com foco em soluções ao invés de problemas.
Se o Coach tem mais tempo com uma das pessoas, por talvez já ter trabalhado com ela, deve buscar construir mais rapport com a outra, enquanto define seu papel como facilitador desta comunicação interpessoal.
As pessoas devem estar comprometidas uma com a outra. Coaching não é terapia onde simplesmente se despejam os problemas. Deverá existir uma proposta de Coaching construtiva com foco numa solução para as duas pessoas, e elas devem estar imbuídas deste espírito.
Se existe problema sobre uma comunicação não expressa, peça para que cada um escreva o que não está expressando verbalmente. Antes do debate, o Coach deverá ler em voz alta o que foi escrito. Apesar de parecer assustador para alguns, a proposta ajuda que as pessoas se conhe-
Coaches devem se assegurar que ambas as pessoas tem mais ou menos o mesmo tempo para se expressarem. Uma das ferramentas quando isso não ocorre espontaneamente é dar um objeto que representa o “direito de falar” para que ambos saibam que só fala quem estiver com ele, o que significa que o outro deve ouvir. Uma alternativa é pedir a uma das partes que resuma o que a outra colocou. Isto trabalha a percepção em colocar-se no lugar do outro também.
çam. Para o autor, uma vez que esses segredos sejam expostos, o relacionamento tende a melhorar quando há interesse das duas partes. FERRAMENTA 2: Outra técnica para trabalhar conflitos entre pessoas é colocar uma cadeira vazia e pedir que o cliente comunique o que pensa e sente para a cadeira para que o outro observe. Trata-se de uma forma de amortecer o confronto direto num primeiro momento dissociando. Para coaching com duas pessoas ou grupo, o coach deve ajustar sua percepção e pensar numa “Identidade de Grupo” para fazer seu trabalho de coaching. Assim como uma pessoa tem aspectos internos diversos que formam “uma pessoa”, várias pessoas formam “um grupo” e tudo o que cada um fizer e trabalhar deverá refletir e ser discutido em grupo em prol do amadurecimento do mesmo.
“trabalhar duas pessoas pressupõe que ambas tenham algum tipo de relacionamento - afetivo, familiar, profissional, comunitário e assim por diante. “
28 editorasermais.com.br
André Percia Psicólogo clínico e hipnoterapeuta com formação internacional em Coaching. youtube.com/Andrepercia apercia@terra.com.br
editorasermais.com.br 29
´ MARRAFON CAPA MARILIA
o o d e uan
s r e z a r p na um tor
Q
30 editorasermais.com.br
o i c ví
´ MARRAFON CAPA MARILIA
Tudo começa com o pensamento de que é só um sapato novo, só um relógio. Depois, uma ida ao shopping significa, necessariamente, ter que comprar algo. Conforme o tempo passa, essa necessidade aumenta e comprar vira quase uma obrigação.
E
m um mundo onde o apelo publicitário é enorme, adquirir coisas novas virou sinônimo de felicidade. Cada vez mais surgem objetos que não existiam até então e viram necessidade de consumo de primeira grandeza de muitas pessoas, seja pelo status, pelo modismo ou pelo simples prazer de ter algo novo. É preciso ter algo para fazer com que a pessoa se sinta bem. Grande parte das pessoas enfrenta essa situação, porém, para algumas delas, comprar representa mais do que isso. Não importa o que está sendo adquirido e quanto isso vai custar, o importante é a sensação de estar comprando algo. Os compradores compulsivos ficam camuflados em uma sociedade onde adquirir algo novo parece algo completamente normal e, mais do que
isso, representa estar dentro dos padrões. Assim, essas pessoas não percebem que estão cruzando um limite muito tênue, perigoso e com consequências graves. Dívidas incontáveis, problemas na família, o nome incluso nas listas de proteção ao crédito são só algumas das consequências que os compradores compulsivos enfrentam. Oniomania Embora pareça uma doença dos tempos modernos, impulsionada pelo novo ritmo de vida, a Oniomania, compulsão por compra, foi registrada pela primeira vez no início do século XX, porém só voltou a ser estudada nos últimos 15 anos, já que o número de casos vem aumentando consideravelmente. Ao longo da história, personagens conhecidos apresentaram episódios de compras excessivas. O mais conhecido
deles foi o da rainha francesa Maria Antonieta, que foi acusada de esgotamento do tesouro nacional e executada posteriormente. Mesmo com o aumento de casos, o transtorno ainda não figura nos sistemas de classificação em psiquiatria. Pessoas que possuem a compulsão por compras são enquadradas em “outros transtornos dos impulsos”, já que existe uma forte discussão a fim de investigar se a Oniomania é de fato um transtorno psiquiátrico ou consequência extremada do consumismo e materialismo. Os consumidores compulsivos chegam a deixar contas essenciais de lado para comprar coisas supérfluas, sem terem consciência do prejuízo que aquele ato pode lhes causar. Entre os comportamentos mais comuns dessas pessoas destacam-se esconder as compras da família e mentir sobre a quantidade gasta, gastar
editorasermais.com.br 31
CAPA MARILIA ´ MARRAFON
quando acontece algo ruim ou que desencadeie sentimentos negativos, sentir ansiedade e euforia quando pensa em adquirir algo e atração por cartões de crédito e cheques especiais. Uma vez que são impedidos de comprar, sentem-se angustiados, frustrados e irritados. Grande parte das pessoas sente-se culpada depois de comprar compulsivamente, porém o ato não deixa de se repetir. O comprador compulsivo consome apenas pelo prazer e não pela real necessidade. Estudos apontam que a idade e a situação econômica são os principais fatores de risco para o desenvolvimento desse transtor-
32 editorasermais.com.br
no. Geralmente, os produtos mais comprados são aqueles relacionados à aparência. As mulheres também estão mais propensas a desenvolverem a Oniomania. Uma das hipóteses amplamente difundida é a de que, fazendo uma análise histórica, o papel das compras sempre foi atribuído a elas, assim, estariam mais expostas do que os homens aos objetos de compulsão. Além disso, o transtorno tende a aparecer quando o indivíduo alcança a independência financeira. Estudos apontam que de 60 a 70% das mulheres que são consumidoras com-
CAPA MARILIA ´ MARRAFON
as pessoas gastam e impulsionam a economia que, por sua vez, dá condições para que essas mesmas pessoas comprem mais
pulsivas apresentam sintomas depressivos. Além disso, constatou-se que grande parte dessas pessoas possuem distimia, um tipo de depressão com sintomas mais leves e contínuos. Uma vez que descobrem as compras como uma maneira de obter prazer, desenvolvem a compulsão. Segundo a psicóloga da Clínica Greenwood Monique Brandão de Freitas, “a compulsão por compras pode, muitas vezes, estar associada a outros transtornos psiquiátricos, o que faz com que seja necessária uma avaliação por profissionais da área. Há doenças também psiquiátricas que podem ter como sintoma a compra excessiva sem controle sem ser caracterizadas como compulsão por compras, como é o caso do transtorno bipolar do humor”. Determinadas situações provocam sensações prazerosas nas pessoas, isso porque ocorre a liberação de dopamina no corpo. Os compradores compulsivos estabelecem uma relação entre o ato de comprar e esses níveis de dopamina. Porém, quando a ação é repetida muitas vezes, a ação da dopamina se esgota rapidamente, assim, a pessoa sente a necessidade de repetir o estímulo com mais frequência para ter aquela sensação. Antes, acreditava-se que isso só ocorria com os usuários de drogas, porém provou-se que acontece da mesma maneira com diversos tipos de compulsão.
A doença do século Para os dependentes de drogas, a luta não é apenas contra o próprio vício, mas sim contra a sociedade que recrimina o uso dessas substâncias (mesmo que os índices apontem o aumento constante do consumo de drogas). Porém, os compradores compulsivos estão na contramão dessa lógica. Consumir se transformou em uma marca quase que cultural na sociedade pós-moderna. Grosso modo, a lógica é simples e funciona como um sistema retroalimentado: as pessoas gastam e impulsionam a economia que, por sua vez, dá condições para que essas mesmas pessoas comprem mais. Assim, a publicidade ganha um papel importante nesse sistema. O status social é medido através do poder de compra e adquirir determinados produtos representa estar dentro dos padrões. Em meio a essa realidade que incentiva o consumismo, torna-se mais difícil perceber quando alguém consome de forma exagerada. Segundo o psiquiatra Juan Pablo Roig Albuquerque, a publicidade não pode ser considerada a causa da doença, mas representa um estímulo para pessoas que apresentam pré-disposição a desenvolver a Oniomania. Recentemente, o jornal científico Psychological Science divulgou um estudo onde se constatou que o materialismo não é apenas um problema
editorasermais.com.br 33
CAPA MARILIA ´ MARRAFON
individual, mas sim ambiental. Segundo Galen V. Bodenhausen, coautor da pesquisa e psicólogo da Universidade de Northwestern, “independentemente da personalidade, em situações que ativam uma mentalidade consumista, as pessoas apresentam os mesmos tipos de padrões problemáticos no bem-estar, incluindo afeto negativo e desengajamento social”. Além disso, ele destaca que “tornou-se comum usar o termo ‘consumidor’ como uma designação genérica para as pessoas”. Ao substituir o termo pela palavra cidadão, essa mudança “ativará diferentes preocupações psicológicas”. Inadimplência e Oniomania Nos últimos anos, as ofertas de crédito, financiamentos e possibilidades de parcelamentos para compras tem crescido exponencialmente. Esse fato faz com que as pessoas tenham a falsa sensação de possuir aquele dinheiro oferecido como crédito. O resultado é o endividamento de grande parte da população. Segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, no mês de junho de 2012, 74,8% das dívidas dos consumidores eram por conta do cartão de crédito e 5,3% do cheque especial. Diante de um número cada vez maior de opções, os indivíduos que apresentam uma pré-disposição para de-
34 editorasermais.com.br
senvolver o transtorno encontram um campo fértil, porém, invariavelmente, acabam perdendo o controle dos gastos e contas a pagar. Atendimento especial para os superendividados Visto que o número de endividados tem aumentado, o Procon-SP criou o Núcleo de Tratamento do Superendividamento com atendimento especializado para essas pessoas. Primeiramente, elas devem procurar um posto do Poupatempo e, em seguida, serão encaminhadas ao Cejusc (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania) para uma triagem de avaliação do nível de endividamento. Os superendividados são aqueles que comprometeram mais de 50% da renda para o pagamento das dívidas. Finalizada essa etapa, os endividados participarão de palestras e entrevistas no Núcleo do Procon. Aqueles que já tiverem condições de negociar as dívidas participarão de audiências coletivas com os credores. Segundo Vera Remedi, assessora executiva do Procon-SP, durante o projeto piloto foi possível constatar que em torno de 20% das pessoas que participaram do programa enfrentavam problemas para controlar os impulsos. Devedores Anônimos O grupo de autoajuda Devedores Anônimos surgiu nos
CAPA MARILIA ´ MARRAFON
superendividados são aqueles que comprometeram mais de 50% da renda para o pagamento das dívidas.
EUA, no final dos anos 60. Inspirado no modelo dos Alcoólicos Anônimos, o intuito era fazer com que os compulsivos reconhecessem os problemas e conseguissem lidar com eles através da troca de experiência sobre o consumo descontrolado, as dívidas e a culpa que aqueles que enfrentam o problema sentem. Embora tenha sido criado há mais de 40 anos, o D.A só chegou ao Brasil na última década. O tratamento segue, basicamente, os mesmos princípios
do A.A., com o programa de 12 passos. O D.A tem como objetivo ensinar os membros a reaprender a lidar com o dinheiro através das reuniões semanais. Os encontros são baseados nos depoimentos desses membros, que dividem suas experiências sobre a compulsão. A psicóloga Monique Brandão de Freitas indica que os grupos de autoajuda representam parte eficaz do tratamento. “Os pacientes podem ter uma identificação ao compartilhar experiências semelhantes, e com experiências diferentes conseguir descobrir novas estratégias para tentar controlar a doença e, assim, diminuir a ansiedade”.
editorasermais.com.br 35
}
JO GO RÁ PI DO 36 editorasermais.com.br
Fabíola Molina
- Você é uma atleta profissional, e isso exige uma rotina intensa de treinamentos e dedicação. Diante dessa rotina, o que foi preciso fazer para conseguir ter o próprio negócio e, mais do que isso, obter sucesso com esse empreendimento? Precisei ter um grupo de apoio muito bom. Assim como no esporte o trabalho em grupo é importante e dependemos de várias pessoas, nos negócios também precisamos estar cercados de pessoas boas, competentes e com vontade de fazer o melhor e crescer. Minha mãe é minha sócia e com ela estando a frente do negócio me ajudou a organizar minhas responsabilidade,
na escolha das estampas, aprovação dos catálogos e projetos de marketing, participação no catálogo e loja virtual como modelo e os contatos internacionais. - Quais foram os principais desafios quando decidiu que queria abrir o próprio negócio? Ter uma mão de obra especializada, com capacidade de dar segurança na confecção de um produto de qualidade e cumprir com nossas demandas. O mais importante quando começamos é termos um produto bom, com alta qualidade, que as pessoas gostem e voltem a comprar. Fizemos muito pouca propagan-
da no começo, só crescemos com a propaganda boca a boca e isso foi solidificando nossa empresa. Com o tempo foram surgindo outros desafios, como o de exportar e fazer as vendas online, mas com paciência e buscando informações fomos superando esses desafios também. - Os atletas geralmente têm uma carreira mais curta do que em outras profissões. Essa foi uma motivação para investir na própria marca? Sim, apesar de eu ter um diploma, ter me formado nos EUA em Teatro, sabia que essa (da moda esportiva/ moda praia) era uma área que podia me dar segurança numa carreira pós-natação. Depois de 2000, quando fui as Olimpíadas de Sydney, comecei a pensar no meu pós-natação, já que tinha realizado meu objetivo. Começamos a loja em 2003 para 2004. Daí conheci meu marido, que também é nadador e minha carreira na natação se estendeu um pouco mais. - Depois de criada a marca, você começou a exportar as peças para outros países e investiu nas vendas online em uma época onde essa prática não tinha a força que tem hoje. Foi uma ideia inovadora, porém arriscada. Para obter sucesso é preciso estar disposto a correr esse tipo de risco? Sim, sentimos a necessidade de exportar, já que várias das nossas clientes eram nadadoras de outros países. Em alguns países, como os EUA, a venda online já era algo comum, e como havia morado lá, acreditamos que poderíamos ter sucesso também. Mas foi um processo longo e que precisamos nos preparar para podermos atender essa demanda online com ra-
pidez e bom atendimento. - Você tem planos para ampliar sua marcar e aumentar sua área de atuação nos próximos anos? Se sim, como pretende fazer isso? Sim, temos muita área para crescer. Já faz um tempo que queremos fazer maiôs de competição e estamos trabalhando há bastante tempo no desenvolvimento de um tecido, mas também é um processo caro e como não queremos importar o material e sim desenvolver algo brasileiro, é um processo a longo prazo. Também queremos melhorar e aumentar nossas vendas no segmento infantil e de fitness. Estamos terminando a construção de um novo espaço, onde poderemos produzir mais e atender melhor também. Com isso, poderemos crescer um pouco mais, pois hoje estamos no limite da nossa produção. - Pessoas decidem mudar a área de atuação o tempo todo, porém, nessa empreitada, muitos acabam falhando pelos mais variados motivos. Quais dicas você daria para quem deseja começar um negócio diferente da sua área de atuação? Ter um conhecimento da nova área. É muito importante saber onde estará atuando. No meu caso, eu conhecia muito bem o mundo da natação e isso me ajudou muito, também procuramos atender as necessidades dos clientes. Conhecer os clientes e suas necessidades favorece muito para o negócio ter sucesso. Outro ponto importante é tentar fazer algum produto diferenciado do que já esteja no mercado. E também ter organização dentro da empresa para que ela possa funcionar com eficiência.
editorasermais.com.br 37
38 editorasermais.com.br
editorasermais.com.br 39
OTIMISTA ^ OMAR SOUKI
S e r
m a i s
o t i m i s t a
p a r a
v i v e r
MAIS E MELHOR U
ma amiga enviou-me um e-mail dizendo que a sua iniciativa de abrir um negócio tinha dado errado. Além disso, tinha sido despedida de seu emprego de professora de faculdade. Estava atolada em dívidas. Será que ela tinha sido excessivamente otimista e se atirado demais? Será que pensou que poderia fazer tudo de uma só vez: ser empregada e empreendedora ao mesmo tempo? Nesses casos, dizemos que a pessoa acreditou demais no pensamento positivo e menos no planejamento. Isso já aconteceu comi-
40 editorasermais.com.br
go. Mas não foi por excesso de otimismo, mas sim por falta de planejamento e equilíbrio entre o que eu ganhava e o que gastava. Há também que medir a energia pessoal que entra e a que sai. Muitas vezes a pessoa se super estima. Acha que pode fazer mais do que realmente tem condições de fazer. Você conhece alguém assim? Ser otimista não é ser bobo. Ser otimista é saber medir a “água com o fubá” (como dizia meu pai), para fazer um bom angu. Vem então a pergunta: precisamos ser mais otimistas? Sim. A Mayo Cli-
“ Ômar Souki P.h.D. em comunicação pela Ohio University, nos EUA, e autor de mais de 30 livros. Coautor do livro Ser+ com Palestrantes Campeões. www.souki.com.br omarsouki@bol.com.br
Unidos, em seu livro Desafiando a Lei de Murphy, mostra que o otimismo não é apenas ser positivo, mas é mais relacionado com a motivação e a persistência. Segerstrom e outros pesquisadores chegaram à conclusão de que, em vez de desistir e se afastar de situações complicadas, os otimistas as enfrentam de frente. Planejam formas de ação, buscam ajuda de outros e focam possíveis soluções para suas crises. Em geral, os otimistas buscam (como eu) ver aspectos positivos até mesmo nas piores crises. Eles se perguntam: “O que foi que eu aprendi com isso?”. As pesquisas indicam que a propensão ao otimismo pode ser genética. No meu caso, com certeza: meu pai era um eterno otimista. Por pior que a situação fosse, ele sempre dizia: “No final, tudo vai dar certo”. E deu mesmo. Hoje ele está no Céu! Por outro lado, a forma de criação de cada indivíduo influencia suas atitudes. Ao estimular a autoestima dos filhos, criticando menos e elogiando mais, os pais estão estimulando atitudes saudáveis com relação à vida. Os atributos do otimismo podem ser aprendidos. Segerstrom aconselha a técnica do “agir como”, isto é, comece a se comportar de forma mais otimista e, depois de algum tempo, vai notar
que está se tornando uma pessoa mais positiva. Já os pesquisadores da Mayo Clinic recomendam que usemos alguns minutos no fim de cada dia para fazer uma lista de pelo menos três coisas positivas que nos aconteceram naquele dia. Também oferecem algumas dicas: 1. Foco positivo. Fuja das conversas negativas com os outros e consigo mesmo. Reflita sobre os aspectos positivos da situação. 2.
Trabalho. Identifique aspectos positivos no que está fazendo. Se o seu trabalho é limpar o chão, admire como ele fica brilhante após a limpeza.
3.
Relacionamentos. Cerque-se tanto de pensamentos quanto de pessoas positivas. Evite reclamar da situação. Se você for terrivelmente pessimista, as pessoas positivas vão fugir de você.
4.
Controle. Concentre-se nas situações em que pode controlar e ignore as que não estão sob o seu domínio. Use a influência que estiver ao seu alcance para melhorar a situação.
Ser otimista não é ser bobo. Ser otimista é saber medir a “água com o fubá” (como dizia meu pai), para fazer um bom angu.
“
nic, nos Estados Unidos, define o otimismo como “a crença de que coisas boas irão acontecer e de que coisas negativas são apenas contratempos efêmeros que podem ser superados”. Será que a minha amiga vai superar a crise em que se encontra agora? Eu acredito que sim. Ela é uma pessoa bem disposta, inteligente e guerreira. Além disso, ela acredita que vai vencer. Imagine se ela não acreditasse que isso seja possível, talvez nem se levantasse da cama. A pior coisa que podemos fazer em uma crise é adotar uma atitude pessimista achando que não tem mais jeito. Jeito tem! Na pesquisa realizada pela Mayo Clinic durante 30 anos, adultos que eram pessimistas — cuja identificação foi feita a partir de testes psicológicos — apresentaram taxas de mortalidade mais altas que os classificados como otimistas. O estudo mostrou que os otimistas eram mais saudáveis. Isso acontece porque eles têm uma tendência de cuidar melhor de si mesmos. Outros estudos comprovam que a vida é mais agradável quando se acredita no lado bom das coisas, quando se vê o copo “meio cheio” em vez de “meio vazio”. A professora de psicologia Suzanne C. Segerstrom, da Universidade de Kentucky, nos Estados
editorasermais.com.br 41
´ CAPELAS ARTIGO HELOISA
Vencer é uma escolha Se pensarmos que a vida é uma grande Olimpíada em que merecemos o nosso ouro, então, por que será que alguns ganham e outros não?
O
s Jogos Olímpicos de Londres foram encerrados em agosto deste ano com números recordes. Ao todo, 10.500 atletas vindos de 205 países disputaram nada menos que 26 esportes. Desses, apenas um seleto grupo teve a oportunidade de participar de uma das 302 cerimônias de premiação celebradas ao longo da Olimpíada. Os centésimos, pontos e centímetros que separaram o primeiro dos últimos colocados, no entanto, perdem a importância diante da determinação que levou cada participante a disputar um dos maiores eventos esportivos já realizados. Não precisamos ser ou nos tornar atletas olímpicos para compreender a importância de lutar por um objetivo. O que nos diferencia desses brilhantes esportistas é o fato de que o nosso mais difícil campeonato tem a nós mesmos como grandes adversários. Ou seja, não são os outros que nos impedem de conquistar o pódio. O que nos falta para o ouro da alegria, do bem-estar, do sucesso pessoal e profissional é o que sobra no atleta olímpico: dedicação e prática. Durante a Olimpíada, mesmo os atletas que não conseguiram alcançar as metas propostas demonstraram um brilho de entusiasmo e empolgação nos olhos. Havia neles uma gana em vencer, uma vontade extraordinária de participar e representar seu povo e seu país. Se continuarmos com a metáfora, 42 editorasermais.com.br
poderemos dizer que na vida nem sempre conseguiremos o ouro, embora sejamos favoritos ao título. Ainda assim, não poderá nos faltar nunca a vontade e a incrível decisão de nos mantermos vivos. Os atletas olímpicos abriram mão
Não precisamos ser ou nos tornar atletas olímpicos para compreender a importância de lutar por um objetivo. O que nos diferencia desses brilhantes esportistas é o fato de que o nosso mais difícil campeonato tem a nós mesmos como grandes adversários. do descanso, do prazer, da família e de tantas outras coisas mais para, simplesmente, conquistar o direito
Heloísa Capelas Diretora do Instituto Hoffman Internacional, com sede nos EUA, e do Centro Hoffman, no Brasil. Especializada há mais de 20 anos no desenvolvimento do potencial humano. heloisa@centrohoffman. com.br / www.heloisacapelas.com.br
de representar seus países. Da mesma forma, a vida nos pede também que, em busca dos nossos títulos e conquistas, abramos mão da preguiça, do comodismo, da rigidez e da certeza de que não vai dar certo ou de que não vale a pena. O ser humano traz consigo a possibilidade de vencer sempre, de viver com dignidade e de honrar e representar a si mesmo com foco e disciplina. Cada um de nós tem a sua própria bandeira e deve carregá-la com orgulho e satisfação. A honra, a dignidade e o amor próprio vêm da prática, do treino, da dedicação e, principalmente, da escolha. O espírito do atleta está em todos nós e a vida é um jogo. Neste campeonato, há medalhas de sobra. Cabe a você montar sua equipe e decidir ganhá-las.
editorasermais.com.br 43
ADRIANO CESAR ´
8
MERCADO DE TRABALHO
Competências
1.
Habilidade de relacionamento interpessoal (conectar-se com as pessoas para além das fronteiras das redes sociais): é indiscutível que a aproximação/conexão entre as pessoas após as redes sociais não é mais a mesma. Porém, mais do que conexões virtuais, precisamos reaprender a nos conectar fora dela (olho no olho), presencial e francamente. Desaprendemos a viver em coletividade. Porém, é da força dessa mesma coletividade enquanto inteligência social coletiva que emergirão as soluções para que o nosso planeta sobreviva e seja sustentável;
2.
Inovação: mais do que palavra da moda, critatividade e inovação já fazem parte do nosso presente e serão os fatores que garantirão a sobrevivência tanto das pessoas físicas quanto jurídicas no futuro que serão cada vez mais instadas a se reinventarem e a gerarem mais valores que façam sentido e significância;
3.
Intuição: aliados a outros atributos humanos, e de certa forma transgredindo o pensamento científico, quem melhor souber utilizar a intuição (a sabedoria interior) a favor do desenvolvimento de novos conceitos, ideias, produtos e serviços, certamente será capaz de agregar mais valor ao seu trabalho e, por consequência, para a sociedade que desse se beneficiará. O chamado “sexto sentido” tão presente e bem utilizado pelo gênero feminino hoje em dia será peça-chave em todas as
profissionais para o trabalho num futuro-presente
Prever o que vai acontecer num futuro próximo não é missão das mais fáceis, tendo em vista o ritmo acelerado de mundanças que estamos vivenciando ao longo das últimas décadas e, consequentemente, o rompimento de paradigmas solidamente construídos, estimar quais serão as competências profissionais que permanecerão válidas num tempo futuro soa quase adivinhação. Quase... explico-me melhor. Os últimos avanços científicos, tecnólogicos e sociais nos permitem prenunciar algumas pistas sobre como o futuro do trabalho será desenhado. É fato que viveremos mais do que a média atual, de modo que muitas serão as carreiras profissionais e aprendizados que teremos à frente por trilhar. Assim sendo, aponta-se, abaixo, a partir de algum esforço de precisão, as competências profissionais que não somente permitirão a nossa sobrevivência no mundo do trabalho da contemporaneidade, mas, principalmente, a nossa evolução nele. Ei-las:
44 editorasermais.com.br
44
MERCADO DE TRABALHO
áreas da vida, em especial, no trabalho e mundo dos nos negócios/empreendedorismo; 4.
5.
Flexibilidade: atitude cada vez mais requerida, no futuro, a capacidade de se desapegar dos “velhos”e obsoletos paradigmas da ocasião e adaptação ao novo e às mudanças advindas dos seus substitutos serão imprescindíveis. Isso implica em desenvolver a habilidade de questionar constantemente as próprias crenças e valores; Comunicação (em todas as suas formas de expressão): com o advento da internet e o uso intensivo das redes sociais, a capacidade de comunicação avançou sobremaneira na quantidade, porém não proporcionalmente na qualidade. Dito de outra forma, estamos desaprendendo a nos comunicar bem (de forma clara, sucinta e ordenada) tanto por meio da escrita quanto do uso das linguagens verbal e corporal. Aqueles que prezarem por desenvolver as habilidades de expressão de ideias e usar adequadamente essas linguagens, certamente se constituirão profissionais diferenciados no mercado de trabalho. Além disso, as organizações que genuinamente desejarem se comunicar com
os seus clientes internos e externos e compartilharem os seus ideais e valores, estarão no caminho da plena utilização de todo o potencial criativo disponível dentre e fora de suas tênues fronteiras. 6. Gestão do tempo: o tempo certamente continuará sendo o ativo mais valioso, dada a sua “escassez”. Democrático, pois está disponível em igual quantidade todos os dias para todos, quem melhor desenvolver a habilidade de geri-lo e utilizá-lo de forma equilibrada em todas as dimensões da vida, certamente se destacará dentre os demais. Qual o prêmio? Uma vida mais produtiva e saudável. Nesse sentido, foco e disciplina serão vitais para que possamos utilizar bem esse ativo nos projetos que verdadeiramente sejam importantes e façam sentido em nossas vidas; 7. Equilíbrio emocional: a capadidade de lidar com as frustrações e, principalmente, de lidar com os sintomas da ansiedade desencadeada pelo ritmo alucinante do dia a dia num futuro próximo se constituirá fator de sobrevivência e de saúde mental no trabalho, em particular, e na vida, em geral;
8.
Colaboração: o mundo está cada vez mais crowd. Ou seja, as soluções geniais e individuais estão cada vez mais cedendo espaço para a rica e sábia inteligência coletiva (ou social) e voluntária. Saber trabalhar sob o regime de mais colaboração e de menos competição será a ordem dos novos tempos tanto dentro quanto fora das organizações e do contexto cultural no qual estejamos inseridos. Saber lidar com as diferenças transculturais e utilizá-las sabiamente a nosso favor requerirá uma bosa dose de flexibilidade e de humildade.
Por fim, ressalto que essas competências não se esgotam em si mesmas e tampouco se tratou de um tentativa de adivinhação ou predição. Apesar de remontarem ao futuro, o exercício e o desenvolvimento das mesmas deve dar-se no presente, pois, parafraseando Peter Drucker ao tratar de planejamento estratégico, as decisões presentes repercutem no futuro. Portanto, tratemos de desenvolvê-las em maior ou em menor grau conforme os nossos planejamentos de carreiras (no plural mesmo, propositalmente).
Adriano César Sócio-diretor, consultor organizacional e palestrante da FATORH Consultoria. Professor de cursos de graduação e de pós-graduações nas áreas de Gestão de Pessoas e de Gestão de Negócios. http://www.fatorrh.com.br/
editorasermais.com.br 45
45
LAURA NUBIA ´
COMPORTAMENTO
Perdi a promoção da empresa,
e agora? Você estava esperando para dar aquele salto na carreira? Aquela promoção tão esperada na empresa não saiu? E o pior, tinha certeza que a vaga seria sua? Muitas pessoas acreditam cegamente que a vaga concorrida seria delas, e quando ocorre o contrário, se revoltam contra tudo e contra todos. Além de perder uma oportunidade, passam a ser firmes candidatos a uma demissão por baixo desempenho. Manter-se motivado e firme na atual função é fundamental para demonstrar inteligência emocional e preparo esta reação será a mais evidenciada pelos que estão à sua volta. Já diz o velho ditado que quando uma porta se fecha, várias janelas se abrem, mas no seu caso uma janela deixou de se abrir e você precisa de foco para manter a porta aberta nesta tempestade. Quando a janela de uma nova oportunidade não foi aberta para você, veja como agir: 1. Feedback: conheça os principais motivos de a oportunidade não ter sido sua. Uma oportunidade nunca é perdida, sempre tem alguém que irá aproveitá-la. Neste primeiro momento, não perca seu tempo analisando quem conquistou a oportunidade, mas direcione todos os seus esforços para identificar o porquê de você não ter a conquistado. Solicite um feedba-
ck para a liderança ou pelo responsável pelo processo seletivo e liste todos os motivos que te impediram de dar este salto. Coloque-se no lugar deles e avalie o seu perfil como quem o estará contratando. Seja profissional, mantenha a calma e anote tudo o que for dito. Faça um paralelo entre os requisitos para o cargo e o seu perfil. Resuma os pontos que a empresa acredita que você
46 editorasermais.com.br
46
não atendeu. Se achar necessário, solicite a mesma conversa um tempo depois. Busque motivos e não culpados. 2. Autoavaliação: reflita sobre o seu preparo para a vaga. Em posse das principais anotações do feedback, avalie o seu preparo e tente determinar se o que te impediu de assumir a vaga foram deficiências técnicas ou
COMPORTAMENTO
comportamentais. Grande parte das pessoas se ilude com uma nova vaga e seus benefícios e se esquecem de avaliar se realmente tem potencial para a nova função. Comece anotando seus pontos fortes e seus pontos fracos. Ao fazer esta autoavaliação, não seja nem mais e nem menos, ou seja, avalie com sinceridade e nunca se julgue demais, a ponto de não precisar se desenvolver, e nem se julgue menos, a ponto de se considerar incapaz. A autoavaliação deve estar embasada na visão da empresa e suas metas. Durante o feedback você já fez um comparativo entre os requisitos do cargo e o seu perfil, agora faça uma autoavaliação ponderando os valores da empresa com os seus, a visão da empresa com a sua visão de mercado e as metas da empresa com a sua capacidade de resolver problemas. A autoavaliação é o mecanismo mais eficiente para a busca de melhores resultados, pois te dá suporte para identificar o que manter e o que melhorar. 3. Qualifique-se: invista em você! Elabore um plano de desenvolvimento com base nos principais pontos a serem desenvolvidos. O autodesenvolvimento é o fator chave para manter sua empregabilidade e se manter imprescindível na atual
função. Quando falamos em autodesenvolvimento, falamos em assumir a responsabilidade pelo nosso crescimento. Responsabilidade esta traduzida em identificar, planejar e agir. Identificar
Manter-se motivado e firme na atual função é fundamental para demonstrar inteligência emocional e preparo os pontos a serem trabalhados. Planejar o desenvolvimento através de estratégias práticas para o crescimento. Se for preciso, solicite ajuda a seu superior ou a um mentor. Crie ações para o crescimento e não o desenho de um sonho. As ações do seu
plano de recuperação devem ser objetivas e rotineiras. Agir, pois além de criar o seu plano, você deve acompanhar o seu desenvolvimento e arregaçar as mangas a caminho da mudança. 4. Prepare-se para uma nova promoção! Não espere uma nova promoção ser anunciada, antecipe-se e esteja preparado. Tenha uma atitude proativa, proponha soluções para uma rotina descomplicada, antecipe-se aos problemas do dia a dia, mantenha o foco nos resultados da empresa e se aperfeiçoe na arte do relacionamento interpessoal. A sua reação e suas ações perante a notícia de que não foi promovido serão determinantes em sua carreira deste momento em diante. Reagir negativamente e tomar ações desenfreadas podem resultar no fracasso total. Em contrapartida, reagir de forma madura e encarar este momento como uma chance de um recomeço podem fazer de você um novo profissional. Explore ao máximo este momento de crise e crie estratégias para o sucesso. Cada profissional é o agente causador das oportunidades que lhe surgem. Estar preparado é responsabilidade de cada um. Não desista, prepare-se e a sua oportunidade vai chegar!
Laura Núbia Graduada em Administração, com MBA em Gestão de Pessoas e Formação Internacional em Coach Pessoal e Executivo pela SLAC. Coautora do Livro Ser + com Qualidade Total.
editorasermais.com.br 47
47
CORPORATIVO
ADEMIR VOGEL
Em busca dos
7 bilhões de sequiosos consumidores!
A
pós a 2° Guerra Mundial, os países vitoriosos e os devastados conscientizaram-se que a necessidade de encurtar os laços econômicos entre elas seria o segredo para acelerar o ressurgimento das economias. Portanto, os valores gastos em fabricar armas foram utilizados para baratear os meios de transportes e retornar os projetos de melhoria nas comunicações. Os países deixaram o confronto armado para um novo confronto: o confronto das melhores gestões e produtos inovadores. Sabe-se que a primeira empresa global eleita foi a Companhia das Índias Orientais Holandesas, criada na era dos descobrimentos e uma oportunidade que os empresários acharam para criar um cartel no comércio mundial do séc. XVII. Trazendo este artigo para a nossa realidade, nosso país é uma consequência desta expansão territorial, acompanhada de uma crescente tecnologia que estreita e unifica características de compra de 7 bilhões de consumidores. Nós, como empreendedores, não podemos mais pensar localmente, ou apenas nos 200 milhões de consumidores brasileiros. Segundo Kotler, o ponto central de qualquer geração de produto ou serviço sempre será o consumidor,
e, portanto, farei o seguinte exercício neste texto, que tem como objetivo orientar as empresas tupiniquins a elaborarem estratégias assertivas para transporem fronteiras mercadológicas e satisfazerem os consumidores globais. O consumidor que possui valores que gerarão interesses, atitudes e opiniões é o centro dos gastos de Pesquisa e Desenvolvimento das empresas. Iremos imaginar que o planeta é um ávido consumidor por produtos e serviços e, portanto, como um bom trabalho de segmentação de marketing, realizaremos um perfil psicográfico único e orientaremos como as empresas brasileiras deverão responder às vozes da demanda mundial. A segmentação psicográfica do consumidor é uma proposta de analisar o público alvo, não somente pelas características demográficas (sexo, idade, renda, grau de instrução), mas também pelas características pessoais e psicológicas (sentimentos, tendências e estilo de vida). Foi o escritor Emannuel Demby que criou a palavra psicografia, um insight em uma reunião com seus clientes para definir o que pretendiam fazer sobre compras e hábitos, e, desta forma, combinou as palavras psicologia e demografia.
48 editorasermais.com.br
48
Abaixo, algumas características de um consumidor global:
Não vive mais em seu país e sim em uma aldeia global; Populações longânimes; Busca reconhecimento social; Cada vez mais adepto a sites de redes sociais; Almeja segurança em suas transações comerciais; Antes da maioria das compras, pesquisa quase todas as características e benefícios dos produtos e serviços; Quando chega aos estabelecimentos, sejam eles virtuais ou não, já está com a opinião formada a respeito do que quer; Dá valor ao marketing boca a boca; valoriza os relacionamentos;
CORPORATIVO
Busca um sentimento de realização com o que consome; É inteligente e adepto a inovação e renovação; Permanentemente volúvel; Dócil quando satisfeito e agressivo quando frustrado com produtos ou serviços; Consumidor expansivo e participativo (conceito de coprodutor); Defensor e guardião das marcas que o satisfazem; Busca a facilidade e praticidade, pois o seu tempo é muito valorizado; Permanece na empresa onde se sente feliz; Zela pela saúde física e psicológica; Valoriza soluções com tecnologias limpas e sustentáveis; Faz as refeições fora de casa.
Podem ter faltado muitos outros pontos em comum entre os consumidores globais, mas estes citados são um direcionamento para os empresários gerarem estratégias de mudanças culturais, renovarem a missão, visão e valores; novos planos de treinamentos para os seus funcionários, e atitudes que os deixem preparados para receber os consumidores atuais e adquirir flexibilidade de mudanças para poderem satisfazer qualquer tipo de consumidor, tendo ele qualquer nacionalidade. As empresas brasileiras, primeiramente, precisam diminuir a grande barreira linguística que ainda existe em nosso país, pois segundo dados da Pesquisa dos Executivos 2011 feito pela Catho Online onde apenas 11% dos candidatos conseguem falar inglês sem dificuldades e apenas 3,4% falam inglês fluentemente. Outro ponto que deve ser explorado para alcançar a excelência é seguir as empresas globais no quesito plataforma de mídia social para se comunicar com o seu consumidor. Um levantamento realizado com base nas informações das empresas presentes no ranking global Fortune 100, pelo menos 87% das empresas utilizam uma plataforma de mídia social para se comunicar. Sendo
que a ferramenta que mais cresceu foi o YouTube, seguido do Facebook, onde 93% das páginas corporativas são atualizadas semanalmente. Outra ação que deve ser realizada pelas empresas brasileiras é preparar os seus colaboradores que serão os gestores através de temporadas internacionais, desta forma, eles estarão prontos para liderar a empresa frente a diferentes culturas com o conhecimento apurado da região que estará atuando. Neste texto, é possível viajar pelo início das empresas globais e também perceber as suas intenções mercadológicas no período em que viveram. Justificar através do princípio da globalização e da evolução das comunicações como o consumidor age e como ele é influenciado simultaneamente em todo o mundo. Traçamos um perfil de consumo e exigências que se tornaram padrão entre todos os 7 bilhões de consumidores do mercado global. Aconselho a todos os empresários que façam esta experiência de atuar globalmente, pois nós, brasileiros, adquirimos competências que nos habilitam a gerir empresas de produtos e serviços para satisfazermos qualquer consumidor global.
Ademir Vogel Administrador, cursando Pós-Graduação em Marketing e Cadeia de Valor no Uniceub de Brasília. Possui 1 ano de experiência em Empresa Multinacional do ramo de Alimentos. Multiplicador e Treinador de equipe de Vendas. Blogueiro com ênfase em atendimento e aprimoramento de técnicas de Vendas para Vendedores. www.queroserbematendido.blogspot.com
editorasermais.com.br 49
49
^ ´ AUGUSTO CORREA JOSE
DESAFIOS NAS EMPRESAS DIANTE DAS MULTIPLICAÇÕES MÓVEIS E DA CULTURA MOBILE NA SOCIEDADE MODERNA
A
cada dia vivemos mais e mais plugados neste universo, seja ele de negócios, seja de lazer; seja ele de compras ou seja de vendas, assim, formamos um Universo conectado “online - all time”. A multiplicação exponencial da comunicação e dos dispositivos móveis tem feito no mundo e em nosso Brasil grandes avanços da acessibilidade a todos os níveis sociais, desde básico, como um celular a notebooks, ou de sistemas de comunicações portáteis; e assim possibilitando a tomada de decisões a cada instante e estarmos 24 horas online com as nossas empresas, familiares e associações; e porque não dizer as nossas redes
de contatos formando assim outro gigante universo de influência no mercado mundial e local. Diante disto, muitos gestores estão fazendo uso de dispositivos móveis para gerir suas corporações, num primeiro momento em áreas estratégicas, tais como: finanças, vendas, compras e engenharia; e em algumas situações até mesmo na gestão fabril, tornando assim uma “gestão assistida à distância”, onde a distância torna-se pequena. Esta gestão tem sido aplicada a cada dia mais intensamente, talvez pelas inúmeras unidades de negócios que este gestor tem que responder e, obviamente, obter resultados positivos. Grandes companhias e grupos estão sendo constituído dia a dia e, portanto, a condição de estar presente em todas as empresas no mesmo instante torna-se impossível para seus gestores.
50 editorasermais.com.br
50
TECH
TECH
O grande desafio desta vida cotidiana de gestão de negócios não está em somente ter e ter mais dispositivos móveis, e sim na capacidade de identificar as oportunidades de melhoria em toda a cadeia.
Mas diante deste cenário gigantesco de tecnologias e aplicações destes dispositivos móveis e de acessos remotos nos deparamos com alguns desafios que podem fazer a grande diferença nas empresas. Diante disto, questões surgem e devem ser trabalhadas para obtenção de êxito operacional, tais como: -Conseguiremos implementar e manter uma cultura de gestão? -Conseguiremos formar tal cultura para criar um ambiente que possibilite o crescimento e a competitividade diária nas nossas operações? -Conseguiremos administrar resultados em nossa empresa através de dispositivos móveis? -Conseguiremos manter sinergia dos integrantes da equipe? -Os dados do sistema são seguros quanto ao acesso de pessoas não autorizadas? -Como atingir cada integrante da empresa nos desafios e metas da corporação? Enfim, é certo que muitos podem estar pensando que é possível e seguro, afinal de contas, toda esta tecnologia faz com que a proximidade das empresas aos gestores torne-se pequena. Mas a nossa experiência tem nos sinalizado que a cada instante o “dono” do negócio deve estar presente nas operações a fim
de assegurar ritmo nas operações x resultados; bem como é fundamental formar multiplicadores para vivenciar tais operações sob pena de que as metas/resultados não sejam sustentáveis aos stakeholder. Esta atividade de monitorar as operações, avaliando o desempenho periodicamente, faz parte das atribuições dos gestores para possibilitar as ações de correção, ações preventivas e até mesmo implementar as melhorias nos processos. E isto só é possível aplicar estando corpo a corpo, ou tendo a formação contínua de liderança para que os mesmos tenham a habilidade de mover as ações. O grande desafio desta vida cotidiana de gestão de negócios não está em somente ter e ter mais dispositivos móveis, e sim na capacidade de identificar as oportunidades de melhoria em toda a cadeia. Portanto, cabe a gestores multiplicar a formação de mais profissionais para tais trabalhos corpo a corpo, mesmo com os dispositivos em todas as nossas áreas de trabalho. Entretanto, ainda o conceito “vá e veja na prática e no local de trabalho” (“genchi gembutsu no gemba”) é e será fundamental para gestores manterem e formarem a cultura organizacional para um negócio
competitivo e consiste. Quando o principal gestor deixa de focar in loco as suas operações, pode haver risco da perda de formação da cultura e da sinergia operacional; assim sendo, as tecnologias são fundamentais para dar maior agilidade nas decisões, mas nada substitua o corpo a corpo onde as coisas realmente ocorrem, no “chão da fábrica”. Considerações finais: Mesmo com toda conectividade, também temos que estar “plugados” não só online, mas ainda in loco, visto que tomadas de decisões somente online exige de uma interação muito intensa de toda equipe e da credibilidade total de fatos e de dados. Quando o gestor do negócio faz isso in loco, obviamente a segurança das operações torna-se mais intensa e com os olhos do “dono” do negócio. Portanto, estar no Gemba ainda deve ser prática nas nossas organizações a fim de formar solidez de dados e cultura para atendimento dos objetivos organizacionais e, assim, aplicar intensamente toda tecnologia móvel na gestão, pois isto é e será nosso futuro nos dias de hoje.
José Augusto Corrêa Gestor industrial na área melhoria contínua – lean manufacturing, professor de ensino técnico e universitário e coautor “Ser + com Qualidade Total”, pela Editora Ser Mais. augustosoares.91@gmail.com
editorasermais.com.br 51
51
PEDRO CARLOS DE CARVALHO
O aumento da quantidade de profissionais estrangeiros no Brasil
Quais as consequências desse aumento nas
empresas brasileiras?
O
Brasil recebeu, a partir das últimas décadas do século 19, muitos imigrantes, espanhóis, italianos, portugueses, alemães, assim como 168 famílias de japoneses, em junho de 1908, vindos no navio Kasato Maru, com o mesmo objetivo: novas perspectivas de trabalho no país. Assim, o Brasil começou a utilizar a mão de obra de imigrantes. Porém, durante o governo de Getulio Vargas essa prática diminuiu, pois as ofertas de trabalho passaram a ser criadas somente para o trabalhador brasileiro. O significativo desempenho da economia brasileira, a partir da década de 1990, a queda de indicadores econômicos e a redução da oferta de trabalho em diversos países despertou o interesse de trabalhadores estrangeiros para a vinda ao Brasil em busca de novas oportunidades, aliado ao fato de existir no país uma demanda por profissionais especializados em diversas áreas empresariais.
Segundo o Ministério da Justiça, em dezembro de 2011 o número de trabalhadores estrangeiros aumentou 57%, totalizando 1,51 milhão de pessoas, motivados pelas perspectivas de trabalho e também porque os direitos trabalhistas são iguais para todos, como FGTS, férias, 13º salário, etc. A Lei nº 6.815/80, regulamentada pelo Decreto nº 86.715/81, estabeleceu regras para a entrada e permanência de trabalhadores estrangeiros no país, criando ainda o Conselho Nacional de Imigração (Cnig) - órgão do Ministério do Trabalho e Emprego responsável pela política de imigração e controle de suas atividades no Brasil. Desta maneira, as empresas instaladas no Brasil têm uma legislação vigente e podem recrutar, selecionar e contratar profissionais de outras nacionalidades. E quais são as praticas e critérios a serem observados nessa relação de trabalho?
52 editorasermais.com.br
52
RH
RH
A empresa deve: - Analisar criteriosamente documentos pessoais, profissionais e acadêmicos apresentados pelos estrangeiros; - Exigir os documentos brasileiros necessários para a permanência e trabalho no Brasil (Carteira Profissional, Cédula de Identidade de Estrangeiro, CPF, etc); - Submeter os candidatos estrangeiros a testes, entrevistas e dinâmicas para confirmação de suas competências, habilidades, idiomas, etc; - Preocupar-se em não adotar diferentes políticas para seus empregados, tratando brasileiros e estrangeiros da mesma forma, com direitos e obrigações semelhantes; - Oferecer treinamentos que contribuam para a devida adaptação dos trabalhadores estrangeiros à sua cultura organizacional, como: integração, equidade, idioma português, políticas de Recursos Humanos, relacionamento interpessoal; - Preparar a liderança para a gestão de pessoas com etnias, raças, idades, perspectivas, bases culturais, valores pessoais e sociais diferenciados; - Administrar a diversidade da força de trabalho, promovendo reuniões, fortalecendo o espírito de equipe, distribuindo de forma equânime as responsabilidades organizacionais.
O trabalhador estrangeiro deve
O trabalhador brasileiro deve
Apresentar todos os documentos oficiais exigidos para a sua entrada, permanência e trabalho no Brasil;
Manter-se atento a esse tipo de profissional no mercado, preparando-se para essa nova convivência;
Demonstrar seus conhecimentos, habilidades e competências para integração com as pessoas e com os objetivos organizacionais;
Preocupar-se com sua empregabilidade, revendo seus conhecimentos, competências e habilidades permanentemente;
Observar e respeitar as práticas advindas da cultura organizacional e as estratégias de relacionamento interpessoal, social e profissional;
Evitar qualquer tipo de discriminação, sabendo administrar esse novo tipo de relacionamento pessoal e profissional;
Buscar a fluência, leitura e redação do idioma português, para o pleno exercício de suas funções na nova empresa;
Conhecer a experiência de seus novos colegas de trabalho, observando, aprendendo e ampliando seus horizontes profissionais
Desenvolver seus trabalhos coerentemente com as normas e procedimentos vigentes na empresa;
Observar critérios e procedimentos que contribuam para o clima organizacional e produzam resultados para a empresa;
Omitir comentários que possam denegrir sua imagem pessoal e profissional em questões comportamentais, valores sociais e pessoais, ideologias, etnias e raças;
Acelerar o seu processo de aprendizagem de um novo idioma (preferencialmente o inglês);
Mostrar-se acessível a novos conhecimentos, atividades, exigências organizacionais, relacionamento social e profissional.
Permanecer atento às novas exigências organizacionais, para não perder oportunidades de trabalho para os estrangeiros.
O Brasil oferece perspectivas de trabalho em diversos setores, como: Serviços, Logística, Petróleo, Gás e Energia, Tecnologia da Informação, Agronegócio, Construção Civil, Indústria, Varejo e Consumo, Ciências da Vida, e continuará sendo receptivo aos profissionais estrangeiros que possam contribuir para o desenvolvimento dos negócios e também do país.
O trabalhador estrangeiro deve estar consciente de sua potencialidade, permanecendo atento às oportunidades de trabalho existentes, apresentando e aplicando suas competências, habilidades e conhecimentos às empresas que os acolherem, agregando valor ao capital humano e ao capital intelectual de nosso país.
Pedro Carlos de Carvalho Professor em cursos de graduação, pósgraduação e MBA. Diretor executivo da Colocar Assessoria em Recursos Humanos. www.pedro.pro.br
editorasermais.com.br 53
53
MALU MONTEIRO
DESENVOLVIMENTO
Homens e mulheres lideram
melhor juntos?
R
ecentemente (agosto de 2012), o Research Institute publicou uma pesquisa sobre a diversidade de profissionais de ambos os sexos na participação do Conselho nas empresas. O estudo foi voltado para o segmento financeiro e revela que a participação das mulheres nos conselhos de empresas pode contribuir de forma positiva para os negócios, porém, demonstra que em outros segmentos os resultados também são promissores. Homens e mulheres no mesmo espaço de gestão podem somar suas características e produzir resultados ainda melhores do que aqueles conselhos compostos apenas por profissionais do sexo masculino. O estudo buscou as respostas em quatro questões: - Qual a evidência para apoiar a teoria de que o desempenho do mercado melhora por ter um maior número de mulheres no conselho? - Existe alguma diferença nas características financeiras de empresas com um número maior de mulheres no quadro? - Por que pode fazer a diferença (melhor ou pior) ter alguma diversidade de gênero na gestão da empresa? - Quais os fatores que podem limitar as companhias em aumentar a representação feminina? De acordo com a pesquisa, as
companhias que mantiveram uma ou mais mulheres cresceram, em média, 14% nos últimos seis anos. A este resultado atribui-se o fator das mulheres serem mais cautelosas no que diz respeito a correr riscos. Em contrapartida, empresas cujo conselho é composto apenas por profissionais do sexo masculino o crescimento foi de 10% no mesmo período. O outro lado desta questão é que para o mercado financeiro muitas vezes é necessário estratégias de crescimento mais agressivas. No Brasil, o número de mulheres nos conselhos apresentou um crescimento de 12.6% (no período de 2005 a 2011) dentre as 78 companhias pesquisadas. Durante o estudo surgiram evidências que potencializam o trabalho em equipe. 1 – empresas que já possuem um bom desempenho são mais propensas a nomear mulheres para o conselho; 2 – pessoas se preparam melhor quando sabem que o trabalho vai envolver uma equipe mais diversificada; 3 – um grupo diversificado é mais suscetível a encontrar a melhor resposta, há um maior esforço e atenção aos detalhes; 4 – a inteligência coletiva do grupo é maior e a sociabilidade aumenta
54 editorasermais.com.br
54
quando um indivíduo pode compartilhar e discutir suas ideias com outros membros; 5 – mulheres são tipicamente mais sociáveis e sensíveis que os homens, assim, se os grupos tiverem mulheres a sensibilidade social do grupo será maior; 6 - cada membro do grupo terá algo para oferecer (informações, experiência, processamento de poderes) se tiver a oportunidade de compartilhar seus conhecimentos. Mas não é ter uma mulher em nível de administração que faz a estrutura da empresa. É o conjunto de pessoas, chamado na era contemporânea de o “valor do capital humano” que é o diferencial competitivo. É a mistura dos gêneros e personalidades que permite a mescla de habilidades de liderança. “Quando homens e mulheres tomam decisões importantes juntos, a governança corporativa melhora”, segundo o relatório do Credit Suisse. Nos princípios de administração de William Edwards Deming, o 14º diz que “a transformação é competência de todos” e no 2º “a administração deve conscientizarse de suas responsabilidades e assumir a liderança no processo de transformação”. Faz sentindo quando vemos os estudos sobre liderança e ética realizados pela Columbia Business University, de Nova York,
DESENVOLVIMENTO
que sinaliza que neste cenário é provável que o resultado para a equipe seja maior do que cada uma das partes. Para Katherine Philips, a diversidade pode trazer uma maior tensão e conflito para o processo decisório, ainda assim, estes grupos são propensos a produzir um resultado melhor. Temos um grande desafio para a gestão: aproveitar os positivos da diversidade. E o grande desafio é fazer a organização como um todo funcionar; promover o sucesso da empresa em benefício dos seus membros. Este capital humano rico em conhecimento, experiências e criatividade para promover resultados satisfatórios precisa aprender com o outro e, nestes casos, a diversidade é sempre um grande benefício. Os talentos são bem vindos à corporação, mas no grupo somam-se as competências e habilidades, tornando a diversidade uma grande vantagem estratégica. O relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), lançado em 2010, revela que existem 57 milhões de homens a mais do que mulheres em todo o mundo. Esse fato fica evidente em países mais populosos como a China e a Índia. Em outras regiões o número de mulheres é superior ao de homens. Ainda assim, diversas pesquisas (ILM - Institute of Leadership and Management, Harvard Business Review Survey, entre outras) apontam um número reduzido de profissionais do sexo feminino em cargos de liderança.
Alguns fatores são apontados como responsáveis por estes índices: Comportamento
Mulheres
Homens
Falta de confiança na própria capacidade
70% das mulheres entrevistadas avaliaram seu próprio desempenho como equivalente a dos seus colegas de trabalho
70% dos homens entrevistados classificaram o seu desempenho maior do que seus colegas de trabalho
Apresentam menor ambição profissional
somente 15% das profissionais altamente qualificadas aspiram cargos de poder
27% dos profissionais altamente qualificados aspiram cargos de poder
Preponderância para realizar tarefas domésticas
Gastam 2 vezes mais tempo que os homens
Gastam 2 vezes menos tempo que as mulheres
Família
Mais mulheres que homens optam por deixar o trabalho ou mudam de profissão. Tal atitude reduz automaticamente o pool de talentos que os gerentes podem escolher e limita o número de mulheres disponíveis para cargos de liderança.
Para promover uma liderança mais igualitária a solução é projetar um ambiente de trabalho compatível com a vida familiar, que deve ser um benefício pra homens e mulheres. Além disso, a área de Recursos Humanos poderá realizar processos seletivos mais equilibrados e adequar o desenvolvimento profissional dos colaboradores para as diferentes características (masculino/feminino). Esta ação aumentaria a o número de mulheres preparadas para cargos de liderança. Quanto ao desenvolvimento de suas carreiras, a professora Katherine
Philips, doutora em comportamento organizacional pela Stanford Graduate School of Business, sugere que os processos de coaching e mentoring são formas mais eficazes de lidar com o nível de confiança e ambição das mulheres. Sim, as mulheres podem contribuir e muito para os resultados de uma empresa, para os relacionamentos e para a prática da liderança que estimula as pessoas a executarem a melhoria contínua, assumindo cada qual o seu papel dentro da organização. Basta desejar, criar opções e estratégias de ações, perceber as oportunidades e realizar.
Malu Monteiro Personal & Professional Coaching, Consultora na área de Gestão Empresarial e Professora Universitária. Como executiva, desenvolveu trabalhos na área financeira, tecnológica e da educação profissional. www.malumonteiroppc.com.br
editorasermais.com.br 55
55
Aqui você aprende inglês e se diverte. A cada edição são novas piadinhas e vocabulários diferentes para enriquecer o seu outro idioma.
The Klotschtein Curse A businessman boarded a plane to find, sitting next to him, an elegant woman wearing the largest, most stunning diamond ring he had ever seen. He asked her about it. “This is the Klotschtein diamond,” she said. “It is beautiful, but there is a terrible curse that goes with it.” “What’s the curse?” the man asked. “Mr. Klotschtein.”
VOCABULARY HELP • boarded a plane - entrar em um avião • businessman - homem de negócios • curse - maldição • diamond ring - anel de diamantes • stunning - deslumbrante, estonteante
Neurotics, Psychotics and Psychiatrists Neurotics build castles in the sky. Psychotics live in them. Psychiatrists collect the rent.
VOCABULARY HELP • build (build, built, built) - construir • collect the rent - recebem o aluguel • live - viver • Psychiatrists - psiquiatras • Psychotics – psicótico
56 editorasermais.com.br
We have lost an engine An airplane was flying from LA to New York. About an hour into the flight, the pilot announced, “We have lost an engine, but don’t worry, there are three left. However, instead of 5 hours it will take 7 hours to get to New York.” A little later, the pilot announced, “A second engine failed, but we still have two left. However, it will take 10 hours to get to New York.” Somewhat later, the pilot again came on the intercom and announced, “A third engine had died. Never fear, because the plane can fly on a single engine. However, it will now take 18 hours to get to new York.” At this point, one passenger said, “Gee, I hope we don’t lose that last engine, or we’ll be up here forever!”
VOCABULARY HELP • airplane - avião • A little later - um pouco mais tarde • die - morrer • instead of - ao invés de • Never fear - não temam, não tenham medo • the plane can fly on a single engine - o avião pode voar com um único motor • We have lost an engine - nós perdemos um motor • we’ll be up here forever! - ficaremos aqui em cima para sempre • worry - preocupação, preocupar
editorasermais.com.br 57
´ AGUIAR ARTIGO ANDREA
A Influência do perfil comportamental
NA CARREIRA PROFISSIONAL
O
“As pessoas são contratadas pelas suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelos seus comportamentos”. Peter Drucker
desenvolvimento econômico e tecnológico tem mudado rapidamente as características profissionais para se manter num mercado competitivo devido às transformações nas carreiras e nas oportunidades de trabalho. Atualmente, as características necessárias para manter-se neste mercado são: • Definição de objetivos (pessoais e profissionais); •
Definição de caminhos (alternativas);
•
Definição de metas (mensuráveis, específicas, temporais, alcançáveis e significativas);
•
A busca pelo autoconhecimento (quem sou eu);
•
E do autodesenvolvimento (aprendizagem contínua).
58 editorasermais.com.br
Neste artigo, iremos dar ênfase no autoconhecimento para o desenvolvimento de uma carreira profissional. Numa outra oportunidade, poderemos abordar a importância do planejamento (objetivos e metas) e da paixão (motor da automotivação) para uma carreira profissional. Uma definição bem simples de autoconhecimento seria a capacidade que as pessoas têm de conhecerem a si mesmas (limites e potencialidades) e de serem capazes de superar as dificuldades em lidar com seus pontos fracos, bem como maximizar seus pontos fortes. É comum as pessoas acreditarem que para terem uma carreira de sucesso e que lhe traga felicidade bastaria ter paixão pelo que faz e um bom planejamento de carreira com objetivos e metas bem definidas. Porém, na minha experiência como Coach de Carreira, tenho percebido que não basta apenas um bom planejamento e ser apaixonado pelo que faz para que você tenha alta performance profissional. É fundamental conhecer seus talentos e
sua vocação. Vou dar um exemplo para ilustrar o que eu penso. Você pode ser apaixonado por música, por um instrumento musical especificamente, planejar seus estudos, estudar com toda dedicação, mas se lhe falta o talento, você nunca será um músico de alta performance, será apenas um músico dedicado. Como eu faço para conhecer meus talentos, para me conhecer melhor? A busca pelo autoconhecimento pode se dá com a ajuda de profissionais como o psicólogo, ou um coach. Seja qual for o profissional procurado, é fundamental que ele tenha ferramentas que o auxilie neste processo para que venha garantir a objetividade e a imparcialidade do diagnóstico, ajudando seu cliente a conhecer seus pontos fortes e de melhoria sem a lente da subjetividade e do julgamento, o que traria grandes prejuízos ao processo. O uso de uma ferramenta também permite que nosso cliente não seja contaminado com suas lentes pessoais que afetam sua percepção de si mesmo, como, por exemplo: os valores familiares, a necessidade de
“
reconhecimento, poder e status, o que desencadeia uma escolha profissional desalinhada com sua verdadeira vocação, com seus talentos. A análise do perfil comportamental através de ferramentas, como, por exemplo, o Coaching Assessment possibilita de modo objetivo e seguro um mapeamento das competências profissionais, destacando seus pontos fortes, suas potencialidades, seus pontos de melhoria, a maneira como lida com situações de pressão, seu estilo de liderança dentre outros fatores. Tal mapeamento é fundamental para que o profissional se autoconheça e seja capaz de fazer uma analise crítica de si mesmo. Este é o grande diferencial dos profissionais de sucesso, saber mapear suas competências e alinhá-las com suas áreas de interesse a fim de construir uma carreira que lhe traga sentido e significado, ou seja, que lhe proporcione sucesso e felicidade. Você já parou e se perguntou qual o impacto que você causa nas pessoas? Sabe me responder quais são os seus pontos de excelência? E quais seriam as verdadeiras prioridades da sua vida? Se você não conseguiu responder às
perguntas acima, você faz parte de um grande grupo de pessoas que não estão no controle da sua vida, que estão sobrevivendo ao invés de viver. Através de uma análise comportamental com um profissional qualificado você obterá a maior vantagem competitiva para alavancar a sua carreira. Esta vantagem nada mais é do que entrar em contato com o melhor de você, com alguém que mora aí dentro, mas que ainda não lhe foi apresentado, ou se caso a apresentação já se deu, posso garantir que ainda falta uma verdadeira intimidade de você com o melhor de você. Se você já definiu sua carreira, já fez um bom planejamento sem ter tido a oportunidade de uma análise comportamental para avaliar suas competências e pontos de desenvolvimento, convido você a uma revisão para que não venha a correr o risco de ter uma carreira desalinhada com quem realmente você é. Este é um convite para uma vida plena, pois verdadeiramente acredito que as pessoas nasceram para terem sucesso e serem felizes e a carreira é um dos fatores que promovem a todos os homens tal possibilidade.
Você já parou e se perguntou qual o impacto que você causa nas pessoas?
“
Andréa Aguiar Sócia-Diretora do Instituto Virtue de Treinamento e Desenvolvimento. Psicóloga. Master Coach Senior. Analista Comportamental. Mestre em Administração. Consultora em RH. Professora de Pós-Graduação do SENAC. Coautora do livro Master Coaches. andrea@andreaaguiar. com.br
editorasermais.com.br 59
Conscientização
NO METRÔ
A Pampers realizou, no último mês, uma ação de conscientização nos metrôs de São Paulo. O objetivo é educar os usuários a deixar os assentos preferenciais livres para as mulheres grávidas. Para concretizar a ação, a P&G espalhou adesivos e cartazes com os dizeres: “Deixem o assento preferencial sempre livre. Mamães e bebês agradecem”.
Grafite em alta Em 2007 a prefeitura de São Paulo colocou em vigor a lei da Cidade Limpa, que proibiu o uso indiscriminado de publicidade externa na cidade. Agora a GE promoveu uma ação para transformar os painéis em arte a céu aberto. A em-
60 editorasermais.com.br
presa convidou artistas para grafitarem o alto de alguns prédios e transformarem aqueles espaços em obras. Os temas variam, mas estão ligados à área de atuação da GE no Brasil, como, por exemplo, transporte e energia.
Ame o Coração A Becel desenvolveu um site para incentivar os consumidores a cuidarem do coração. A ideia do site chamado “Ame o Coração” é mostrar a dimensão dos problemas cardiovasculares. Além do conteúdo interativo, o portal tem um espaço para que o público possa enviar perguntar para um cardiologista online.
DANÇA DAS CADEIRAS Banco Volkswagen anuncia a contratação de novo executivo de RH Marco Aurélio de Castro é o novo executivo de RH do Banco Volkswagen. Castro formou-se em Filosofia pela PUC-SP e se especializou em Gestão
Estratégica de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Já atua na área há mais de 26 anos.
Do Google para o Yahoo
Mudança na área de country manager
New York Times de cara nova
O Yahoo! anunciou a contratação de uma nova presidente. Marissa Mayer fez carreira no Google e saiu para assumir o comando do maior rival. A nova medida visa trazer a empresa de volta aos trilhos.
A empresa de análise de mercado IDC (International Data Corporation) anunciou que terá um novo country manager, profissional que representa a empresa fora do seu país de origem. Denis Arcieri substituirá Mauro Peres, que atua na empresa há 13 anos.
O New York Times anunciou a contratação de Mark Thompson para o cargo de presidente e CEO. O executivo era diretor-geral da BBC, onde comandou a expansão digital da rede no mercado de comunicação. No NYT ele terá a missão de ampliar os negócios digitais da empresa.
Fonte: assessorias de imprensa das empresas.
editorasermais.com.br 61
VITRINE DE SUCESSOS
A arte da persuasão
Escolhendo Líderes
Ação entre amigos
O livro é um guia de comunicação verbal e não verbal feito pela especialista em palestras motivacionais Tonya Reiman. A autora dá dicas de como passar uma imagem positiva na vida profissional através da linguagem corporal.
Joseph McCool destaca os caminhos para a evolução dos processos de recrutamento e seleção de profissionais para os cargos de liderança das empresas. Além disso, expõe quais os aspectos que devem ser levados em consideração na hora de trocar a gestão da companhia.
Mais um livro da série “O menino do dinheiro”, que dialoga com crianças sobre temas como empreendedorismo e educação financeira. Com uma linguagem delicada e divertida, o autor Reinaldo Domingos lança dúvidas e questionamentos que levam a criança ao caminho do aprendizado e do amadurecimento na busca pela realização de seus desejos.
Tonya Reiman Editora Lua de Papel R$ 36,90
Joseph McCool Editora Saraiva R$ 49,90
*Fonte: assessorias de imprensa das editoras.
62 editorasermais.com.br
Reinaldo Domingos Editora DSOP R$ 26,50
Good to great – empresas feitas para vencer Neste livro, o autor mostra ao leitor como é possível transformar uma boa companhia em uma grande empresa. Baseado em um estudo de 5 anos comparando equipes que deram certo com aquelas que estagnaram, Jim Collins mostra que a grandeza é consequência de disciplina e escolhas conscientes. Jim Collins Editora Campus R$ 96,00
Sugestão de Sucesso
O livro negro do EMPREENDEDOR
A
brir o próprio negócio não é uma tarefa tão simples quanto parece e obter o sucesso pode não estar tão perto assim. Porém, quando o leitor procura livro sobre empreendedorismo, geralmente encontram histórias vencedoras que inspiram qualquer um, mesmo aqueles que não estão tão preparados para enfrentar os percalços de ter um negócio. O livro negro do empreendedor vai à contramão e mostra quais são os principais erros que as pessoas cometem quando buscam um negócio de sucesso, e o que está por trás do fracasso empresarial. Assim, os futuros empreendedores poderão evitar seguir o mesmo caminho. Segundo o autor Fernando Trías de Bes, 90% dos novos negócios fracassam antes de completar os 4 anos iniciais, sendo que boa parte deles não chega nem aos 2 anos de vida. Sobre o autor O escritor espanhol Fernando Trías de Bes é também consultor de inovação e marketing e professor associado do Departamento de Marketing da ESADE Business School, em Barcelona.
Fernado Trías de Bes Editora Best Seller R$ 24,90
Todo mês, uma escolha para você ampliar seu conhecimento e Ser Mais! editorasermais.com.br 63
COLUNA PAULO GAUDENCIO
SUA PERGUNTA... A empresa em que eu trabalho não dá espaço nenhum para a fluidez intelectual, além de não darem feedback aos funcionários. Está na hora de repensar esse emprego? Gabriele J. Reis
...GAUDENCIO
RESPONDE
Uma das funções da empresa é exatamente o desenvolvimento de seus funcionários. O que eu diria fluidez intelectual. O mecanismo usado é o feedback. Você está no emprego errado, isto é, a empresa só pensa em si mesma e no curto prazo. Está bem na hora de repensar sua carreira e com isto, seu emprego. Paulo Gaudencio Psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo (USP). Dedica-se há mais de 40 anos à psicoterapia de grupo e à pesquisa científica.
Você também procura respostas? pergunteaogaudencio@revistasermais.com.br 64 editorasermais.com.br
A seção de anúncios mágicos da Ser Mais
editorasermais.com.br 65
~
EXPRESSAO REINALDO POLITO
Deu BRANCO
Todos nós estamos sujeitos a ter um branco na hora de falar. Embora possa ser uma situação quase desesperadora, há um conjunto de recursos que podem ajudá-lo a se desvencilhar desses momentos de desconforto. Esteja muito bem preparado. Ainda que o preparo nem sempre seja suficiente para impedir o aparecimento do branco, as chances de que ele ocorra se ampliam ainda mais se você não se preparar de maneira conveniente. Por isso, não se arrisque. Não se limite a uma preparação apenas superficial. Saiba que passar os olhos duas ou três vezes no texto que irá expor provavelmente não será suficiente para que se sinta seguro e em condições de falar. Cuide da sua preparação o máximo que puder. Use todo o tempo que tiver à disposição. Quanto mais preparado estiver, maior será o seu domínio sobre o tema, mais organizada será a sequência do raciocínio e, consequentemente, menores serão as chances de que ocorra o branco. Leve um roteiro como apoio. Não haverá nenhum mal se você resolver levar um roteiro escrito como apoio para ter mais segurança na apresentação. Você poderá contar com o auxílio do roteiro sempre que desejar, mas recorra a
66 editorasermais.com.br
esse apoio especialmente quando se sentir desconfortável, imaginando que, pelo nervosismo, poderá ter um branco. Você se sentirá mais amparado com o uso de um roteiro. Provavelmente, o fato de saber que se não se lembrar de alguma informação poderá recorrer ao recurso de apoio vai deixá-lo mais seguro. E é quase certo que nunca precise recorrer a ele, pois essa confiança permitirá que se lembre de todos os dados que precisar. Como agir na hora do branco O maior e mais importante de todos os conselhos que eu poderia dar é que procure não perder a calma e muito menos se desesperar se der o branco - por maior que seja a dificuldade para agir assim. Tenha em mente que se ficar desesperado, perderá o controle da situação e agravará ainda mais o problema. Se você for dominado pelo desespero, mais irá se pressionar e menores serão as chances de se safar dessa verdadeira armadilha que armará para você mesmo. Por isso, quanto mais puder manter a calma, maiores serão as possibilidades de sucesso. Se tiver um branco, recorra a uma expressão que dá excelentes resultados, o melhor remédio contra o branco. Diga: “na verdade o que eu quero dizer é...”. Essa expressão
o obrigará a recontar a informação por um novo ângulo e o pensamento se ajustará para continuar com a sequência planejada. Funciona mesmo, pode usar que dá resultado. Se mesmo assim esse remédio que estou dizendo que é infalível fracassar, comente com os ouvintes que mais à frente voltará a abordar esse ponto da apresentação e passe imediatamente para o tópico seguinte. Desta forma, tendo saído da pressão do momento e com mais tranquilidade ao longo da apresentação, você terá melhores condições de se lembrar do que havia esquecido. Você também poderá contar com o auxílio de um ponto eletrônico. Com esse aparelho imperceptível no ouvido e com a ajuda de uma pessoa bem treinada para passar informações, você estará ainda mais protegido contra o branco.
Reinaldo Polito Mestre em Ciências da Comunicação, palestrante, professor de expressão verbal e autor consagrado. www.polito.com.br
editorasermais.com.br 67
68 editorasermais.com.br