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Expediente A revista Ser Mais é uma publicação mensal. Ano 3 | Nº 36 Diretor Editorial: Mauricio Sita Diretora Executiva: Julyana Rosa Diretora de Operações: Alessandra Ksenhuck Gerente de Projetos: Gleide Santos Redatora: Marília Marrafon Projeto Gráfico: Henrique Melo Direção de Arte: Estúdio Mulata (www.estudiomulata.com.br) Relacionamento com o cliente: Claudia Lima Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968 assinaturas@revistasermais.com.br Cartas para a redação: av. Rangel Pestana, 1.105 – 3º andar. São Paulo - CEP 03001-000 redacao@revistasermais.com.br http://twitter.com/revistasermais Skype: revistasermais Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e email. A Ser Mais reserva-se o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas. O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax, telefone ou e-mail); e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque. Central do Anunciante: publicidade@revistasermais.com.br [11] 2691-6706 Representante Comercial – Região Sul: Beth Meger Rua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509 Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898 Ser Mais é a revista oficial da Associação Brasileira de Desenvolvimento Comportamental (ABDCOM). Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A Cadastre-se no site www.revistasermais.com.br para receber nossa newsletter. Impressão e Acabamento: Vox
06 “Caro leitor” 08 Otimização dos investimentos: seus primeiros passos na bolsa 16 Up 2 date 20 Novo cálculo do seguro-desemprego 23 Cidadão 21 26 Moda, beleza e estilo 27 2.0 28 Coaching - André Percia 42 +otimista - O sopro divino 45 MANUAL DO SUCESSO 46 Bullying nas empresas brasileiras 54 O sentido do trabalho em sua vida 56 O atual cenário econômico influenciará nas contratações para 2013? 58 Fun Learning 60 No alvo 62 +vitrine 64 Gaudencio responde 66 +Expressão – Gente que fala demais
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Especialistas nesta edição André Felicio
Benedito Milioni
André Percia
4 editorasermais.com.br Nelson Vieira
Ômar Souki
Cersi Machado
Paulo Gaudencio
Isaac Rincaweski
Reinaldo Polito
Lúcia Helena dos Santos Cordeiro
Ricardo de Amorim Hermes
Marco Barroso
Sílvia Rodrigues
Nadir Paes
Vanessa Alcici
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A inclusão de portadores de necessidades especiais no ambiente de trabalho Cursos profissionalizantes podem impulsionar jovens a tocarem seus próprios negócios?
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Piaget: razão e emoção no processo de ensino-aprendizagem
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CAPA Befriend, o novo mecanismo feminino de resposta ao estresse
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Jogo Rápido Ciro Bottini
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EDITORAL Caro leitor, Entramos em 2013 com as energias renovadas. Espero que tenha descansado bastante e esteja preparado para o novo ciclo que se inicia. Agora é o momento para começar a colocar em prática os planos e metas, para que ao final você olhe para trás com satisfação e não simplesmente com nostalgia. O empenho, com certeza, será recompensado mais para a frente. Aproveito essa fase para fazer uma proposta, vamos trabalhar juntos? Ao aceitar, verá que nessa edição da sua Ser Mais há conteúdos inteiramente voltados a essa proposta. A equipe de redação da editora separou materiais que o ajudarão e muito nessa caminhada. Que tal passear pelas próximas páginas e, enquanto isso, colocar no papel aquilo que pode ser aplicado de antemão na sua vida? É apenas uma sugestão, pois reunimos com muito carinho textos para o o seu aprimoramento. Como é praxe, aproveito a oportunidade para indicar algumas leituras interessantes. Todos os meses, Reinaldo Polito traz um novo artigo sobre comunicação. Aconselho-o a dedicar um pouco do seu tempo a ele. Mestre Polito sempre tem dicas indispensáveis a quem está no mercado e pode melhorar a maneira como se comunica. Outro material importante está na coluna do nosso querido escritor Ômar Souki, que nos mostra por meio de palavras os caminhos para sermos ainda melhores como seres humanos, mais motivados, comprometidos com os demais a nossa volta e até melhor preparados para enfrentar a vida. Aproveite também para dar uma passada na coluna do Dr. Paulo Gaudencio, as dúvidas dos outros profissionais podem ser parecidas com as suas ou, quem sabe, podem até enriquecer aquilo que já sabe. Os demais materiais da sua revista, apesar de não mencionados, têm sua importância e estão aqui para serem apreciados com igual empenho. Espero que goste das temáticas abordadas e que elas possam verdadeiramente colaborar ao seu crescimento, tanto ao pessoal como ao profissional. Boa leitura e um feliz 2013! Julyana Rosa Diretora executiva Editora Ser Mais 6 editorasermais.com.br
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ARTIGO RICARDO AMORIM HERMES
Otimização dos INVESTIMENTOS: seus primeiros passos na bolsa
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ara iniciar seus investimentos em ações, nada melhor do que conversar com quem sabe: a Bovespa dá excelentes dicas em seu site. Neste artigo, vamos explorar algumas dessas dicas para que você tenha uma boa experiência ao investir em ações e otimizar seus investimentos quando aplicar na Bolsa. Antes de decidir investir em ações, vale a pena considerar alguns pontos. Existem vários investidores que seguem a orientação de diversificar seus investimentos, se precavendo quanto ao significado da expressão de que “não devemos colocar todos os ovos na mesma cesta”, ou seja, não se deve colocar todo o seu dinheiro num único investimento. Porém, também temos a linha de pensamento de que os seus recursos serão otimizados quando concentrados em investimentos rentáveis. Pois bem, qual linha você deve seguir? Qual orientação deve seguir visando a otimização dos seus investimentos? Esta definição sempre dependerá da resposta que você der às questões que iremos observar juntos a partir de agora 1) Defina o objetivo a ser alcançado com os recursos que você está aplicando. Para facilitar, você pode chamar o investimento de “minha casa nova”, “meu carro novo”, “viagem de férias”, “aposentadoria”, etc, sendo algo significativo para você e para sua família. Veja algumas perguntas importantes que podem ajudar nesta
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definição: o que você pretende fazer com este dinheiro? E quanto tempo pode guardá-lo antes de resgatar? Respondendo corretamente a estas questões, você estabelece seu objetivo e pode direcionar suas atitudes sempre com o objetivo em mente. 2) Existem algumas formas de investir na Bolsa que poderão otimizar seus investimentos. Conheça as principais e veja o que é mais fácil e melhor para você: a.
Compra direta de ações significa ter um pedaço da empresa e se tornar sócio dela. Nesta forma de investimento, você escolhe as ações e transmite a ordem para que a corretora efetive a compra. Dentre as principais características desta forma de investimento estão as que você não divide os riscos nem os ganhos do seu investimento, além de você poder comprar e vender quando e quantas ações quiser, e poder alugar suas ações.
b. Aplicar em Fundos de Índices, que buscam obter o retorno de índices que representam os desempenhos de determinados setores de mercado. Nesta modalidade, o investimento inicial geralmente é baixo, cerca de R$ 200,00 em alguns casos, possibilitando
a diversificação do investimento, além de ter os dividendos automaticamente reaplicados no próprio fundo, fazendo-o crescer. c.
Clubes de investimento são grupos de pessoas que se reúnem para investir. Num clube de investimento os ganhos e perdas são divididos proporcionalmente entre os membros. O investimento na Bolsa fica mais acessível quando os recursos são somados e os custos são divididos. Além de possibilitar maior diversificação nos investimentos, é um lugar onde os membros podem opinar e contribuir nas assembleias de investidores.
d. Fundo de Investimento em Ações, onde o investidor compra cotas de um fundo de investimento administrado por uma corretora ou banco. Neste caso, o cliente não está comprando ações, mas cotas de um fundo que compra ações.
Trata-se de uma forma cômoda de investir, uma vez que o investidor não negocia a compra ou venda das ações. Porém, o investidor deve pesquisar e comparar a rentabilidade e as taxas dos fundos antes de aplicar. 3) Encontrar a melhor corretora nem sempre é uma tarefa fácil, mas é muito importante, pois ela o ajudará em cada etapa antes do primeiro investimento e permanecerá ao seu lado dando apoio e conselhos de seus especialistas. Além disso, a corretora o ajudará a escolher as ações de acordo com seu objetivo financeiro, dando o suporte para entender o funcionamento da Bolsa, ajudando na identificação de seu perfil de investidor, facilitando suas operações com serviços como o home broker, relatórios, informativos, além de assessoria sobre o mercado, novos produtos e informações sobre recebimento de dividendos e outros bônus pagos pelas empresas aos acionistas. Para decidir entre as várias corretoras disponíveis, vale a pena conhecer os serviços oferecidos e o valor da taxa de
corretagem, pesquisando e comparando estas informações. Para abrir sua conta em uma corretora, deve-se fazer um cadastro, entregar alguns documentos pessoais e assinar um termo de adesão e contrato de intermediação. 4) Conhecer as taxas que são cobradas é determinante para o resultado do investimento. Existe a taxa de corretagem, que é o valor cobrado pela possibilidade de acesso ao mercado de ações, que pode ser um valor fixo ou uma porcentagem sobre o valor da operação. Existe também a taxa de custódia, que é o valor mensal pela guarda das ações pela Bolsa e pelos serviços da corretora, podendo ser até gratuita em algumas corretoras. Como regra geral, o IR sobre ganhos com ações é de 15%, mas se o investidor vender num determinado mês menos de R$ 200 mil, seus ganhos serão isentos. 5) Após a decisão de investir na Bolsa, o próximo passo é a escolha das ações. Para essa decisão ser tomada com segurança, a sugestão é que você sempre converse com sua corretora. Ela conta com especialistas que acom-
Existem vários investidores que seguem a orientação de diversificar seus investimentos, se precavendo quanto ao significado da expressão de que “não devemos colocar todos os ovos na mesma cesta”, ou seja, não se deve colocar todo o seu dinheiro num único investimento. Porém, também temos a linha de pensamento de que os seus recursos serão otimizados quando concentrados em investimentos rentáveis. editorasermais.com.br 9
panham o mercado e analisam as empresas, podendo recomendar ações que podem vir a ter rentabilidade atraente. Vale citar que você é o responsável final por esta decisão e tem total poder para seguir determinada orientação! Outra forma que pode ajudar é dar preferência às ações de empresas que você consome produtos ou serviços. Como cliente, você já deve ter uma opinião sobre a evolução do valor das ações da empresa pela sua própria experiência e a de seus amigos. Aprender o máximo sobre as empresas significa conhecer suas estratégias, perspectivas de crescimento e comportamento em seu setor de atuação. 6) Agora que você já sabe como começar a investir na Bolsa, veja o que não deve fazer com seus investimentos. a.
Investir todo seu dinheiro em ações, principalmente se você estiver começando a investir em ações, pois você estaria assumindo totalmente o risco do seu investimento. Existe, porém, outra linha de pensamento em que indica aos investidores aplicarem seus recursos nas ações que “certamente” darão algum retorno. Mas, para isso, exige-se conhecimento, avaliação pormenorizada e tempo.
vadas pelo medo de perder dinheiro, excesso de confiança ou até mesmo pela ganância. Para estes casos, vale a pena conversar bastante com a corretora para criar um plano de longo prazo com objetivos e metas bem definidas, e manter-se dentro do plano, fazendo pequenos ajustes quando for necessário. f.
Seguir dicas “infalíveis” é a mesma coisa que aceitar atalhos ou segredos para sempre ter sucesso no mercado. Porém, não existe garantia de retorno, pois os ganhos sempre serão proporcionais ao dinheiro aplicado, ao tempo investido e ao conhecimento do investidor.
Diante de tantas dicas, as melhores certamente são: sempre estudar antes de investir e manter a paciência quando tudo parecer negativo. Antes disso, é bom definir sua linha de investidor: concentração ou diversificação. E isso tem muito a ver com o seu perfil de investidor! Bons negócios! Fonte: BM&F Bovespa
b. Comprar e vender ações por impulso, pois paciência e disciplina são fundamentais. Se você estiver pensando no curto prazo, ou em investir sem estudar as empresas, ou ainda em agir de acordo com tendências, possivelmente perderá dinheiro. c.
Comprar ações na alta e vender na baixa. Parece que o aviso é óbvio, mas é um erro muito comum. Acontece quando investidores tentam responder de maneira imediata ao mercado, se tornando aquele investidor que abraça o prejuízo do mercado e gera ganhos para quem estava atento e paciente.
d. Começar com passos muito grandes pode ser apressado demais. Tendo definido seu objetivo e quanto irá aplicar, busque a experiência antes dos grandes ganhos. e.
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Deixar-se levar pela emoção é comum aos investidores excessivamente ligados aos seus investimentos. Pode resultar em atitudes precipitadas moti-
Ricardo de Amorim Hermes Graduado em Administração pelo Centro Universitário de Brasília e Pós-graduando no MBA em Gestão de Negócios. Atua na área comercial de captação de recursos do Banco Cooperativo do Brasil - Bancoob S.A. ricardoh@bancoob.com.br
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ARTIGO VANESSA ALCICI
A Inclusão de portadores de necessidades especiais no ambiente de trabalho “Tudo tem sua beleza, mas nem todos estão preparados para VER!”
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screver este artigo é muito gratificante. Convido o leitor a fazer uma viajem inusitada que vai muito além do tema proposto, mas sim para uma busca interna sobre as nossas próprias “necessidades especiais”. A inclusão social dos portadores de necessidades especiais faz parte do meu cotidiano, sou empresária no segmento de educação e a cada dia percebo um aumento significativo dos empresários na busca destes profissionais. A cadeia devoradora de talentos busca incessantemente tanto a qualificação dos profissionais que fazem parte do seu quadro de funcionários quanto procuram novos profissionais para contratação imediata. Da mesma forma que o trabalhador moderno precisa constantemente desenvolver aptidões diversas, com vistas a garantir seu espaço no mercado laboral, também empregadores e governos buscam novas 12 editorasermais.com.br
formas, alinhando temas como responsabilidade social empresarial e inclusão social. Nos dias atuais ouve-se muito falar sobre inclusão social, que nada mais é que trazer aquele que é excluído socialmente por algum motivo para uma sociedade, de forma a participar de todos os aspectos e dimensões da vida como: o econômico, o cultural, o político, o religioso e todos os demais. Infelizmente, ainda podemos dizer que inclusão social é um tema distante da realidade social do Brasil. Segundo Pastore (2007), as pessoas portadoras de necessidade especiais possuem uma vida muito sofrida, e afirma que esse sofrimento advém da combinação de suas limitações com os obstáculos criados pela sociedade. Após a Constituição Federal de 1988, os portadores de necessidades especiais são vistos de forma participativa no mercado de trabalho. Mesmo assim, não se pode afirmar
que essa contratação é por entender que o deficiente físico faz parte da sociedade como indivíduo ou por força de lei. Pode-se afirmar que o número de oportunidades ao portador de necessidade especial se ampliou respeitosamente, mas infelizmente detectou-se também a dificuldade de cumprir a cota de funcionários estabelecida na legislação, além do preconceito que já era natural no ramo empresarial. É possível visualizar essa situação por dois ângulos, dificuldades e vantagens em ter um portador de deficiência como um funcionário, que por um lado tornar-se necessário para acabar com o preconceito da sociedade, pois ainda não se vê preparada para tratar dos limites e diferenças do outro. Até o momento foi vencida a dificuldade inicial para inserção do portador de deficiência e pode-se ver nitidamente que são capazes de contribuir em várias funções em uma empresa e prosseguir profis-
sionalmente. Por outro lado veem-se inúmeras vantagens, e uma delas é apresentada pelo Ethos (2002), que informa que quando uma empresa oferece oportunidade ao portador de deficiência física no quadro de funcionários, a empresa é bem focada pela sociedade e ao âmbito comercial por transparecer o interesse na responsabilidade social. E isso não adianta estar escrito, temos que sentir que está dentro de nós. “Só a participação cidadã pode mudar o país.” (Souza, 1997). Nem todas as pessoas são iguais. Existem certos grupos que apresentam algumas limitações, ou falta de habilidade na realização de uma atividade comparada ao desempenho da média de um total de pessoas; a este grupo, dá-se o nome de portadoras de necessidades especiais (PNE’S). Mesmo com algumas habilidades reduzidas, deve-se apoiar a inclusão das pessoas portadoras de deficiência na sociedade e no mercado de trabalho. Elas podem apresentar potencial e desenvolver um talento tanto quanto os indivíduos que não são considerados deficientes. Incluí-las não é fácil. A sociedade, as empresas e as próprias pessoas, mesmo que não intencionalmente, são um pouco preconceituosas. Muitos acreditam que incluir pessoas deficientes, principalmente no mercado de trabalho, pode vir a gerar muitos problemas, pois consideram este grupo de pessoas incapazes de trabalhar, desenvolver e pensar direito, portanto, passam a ser consideradas pessoas que
não dão um bom rendimento e podem até causar prejuízos. Baseado neste preconceito existente, e também para tentar amenizar o problema de que algumas empresas não empregam pessoas portadoras de deficiência, foram criadas leis de proteção ao deficiente. Estas leis não visam apenas diluir o preconceito existente, mas também facilitar a inclusão deste grupo de pessoas na sociedade. De acordo com o art. 93 da Lei 8.213 de 24 de julho de 1991 (Plano de Benefícios de Previdência Social), Portaria do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) fica instituída a obrigatoriedade de reserva de postos em empresas privadas a portadores de deficiência de acordo com os percentuais abaixo listados: “A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção”:
• Até 200 empregados.................. 2% • De 201 a 500 empregados..........3% • De 501 a 1000 empregados........4% • De 1001 em diante.....................5% A lei já está em vigor, e as autoridades (Ministério Público editorasermais.com.br 13
do Trabalho, Ministério da Justiça, Ministério da Previdência e Assistência Social e Ministério do Trabalho e Emprego) têm a responsabilidade de zelar pelo seu cumprimento. A preocupação das instituições em manter e passar para a sociedade uma imagem de empresa cidadã está relacionada com o processo de recrutamento de uma força de trabalho mais diversificada, e também de cumprimento da legislação em vigor, que exige que as empresas possuam um quadro funcional diversificado. Recrutar uma força de trabalho diversificada não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas uma necessidade. Ainda existem muitas empresas que resistem ao emprego da minoria, principalmente no caso de portadores de necessidades especiais. Pode-se atribuir esta resistência à falta de preparo e de programas de incentivo à recolocação desta parte da população. Existem milhares de portadores aguardando por uma oportunidade de colocação profissional, graças à Legislação e à constante fiscalização este sonho tem se tornado realidade para muitas pessoas. As organizações têm colaborado efetivamente para esta recolocação, algumas abrem processos seletivos paralelos e não discriminatórios para que não haja constrangimento e exposição dos candidatos, assim como utilizam parâmetros diferenciados para a seleção. A inclusão da pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho não pode mais ser considerada um problema individual do portador e de sua família. Ao incluir uma pessoa com necessidade especial estará proporcionando a ela uma razão para lutar e amenizar os problemas enfrentados com a sua deficiência, é uma maneira de reconhecer e oferecer oportunidades iguais no mercado de trabalho tão competitivo dos dias de hoje. Muitos problemas que afligem a vida dos portadores de deficiência têm origem na sociedade. Uma par-
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te da redução da capacidade de andar, pensar, aprender, falar ou ver está ligada às limitações que possuem, mas uma boa parte decorre das barreiras que lhes são impostas pelo meio social. Isso é fácil de ser observado, basta atentar para o fato de que, em muitos casos, a pessoa deixa de ser deficiente no momento
Quando as pessoas conseguirem viajar e empreender dentro de si mesmas entenderão que a diferença existe para promover o crescimento e encontrar o verdadeiro significado de viver uma vida. em que a sociedade lhe proporciona condições adequadas; é o caso de um cadeirante, por exemplo, para se locomover na escola e no trabalho são necessárias providências no transporte e na arquitetura, como uma simples rampa de acesso. A inserção e a retenção de portadores de necessidades especiais no mercado regular de trabalho dependem basicamente de três providências: 1.
Preparo do portador;
2.
Educação do empregador;
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Disposição de boas políticas públicas.
Para enfrentar as dificuldades atuais de identificar e recrutar pessoas qualificadas, as empresas brasileiras estão se envolvendo em programas de educação e treinamento dos candidatos. Isso tem sido feito de maneira direta e indireta, pois as grandes empresas estão optando pela implantação de programas próprios nesse campo, e algumas empresas
médias estão utilizando os serviços de escolas e entidades de portadores de deficiência através de convênios e outros tipos de articulações. Diante disso, a sociedade está mudando suas estruturas e serviços oferecidos, abrindo espaços conforme as necessidades de adaptações específicas para cada pessoa com deficiência, possibilitando a interação natural na sociedade. Todavia, este parâmetro não promove a discriminação e a segregação na sociedade. A pessoa com deficiência passa a ser vista pelo seu potencial, suas habilidades e outras inteligências e aptidões. Para qualquer ser humano, o sistema motivacional é altamente complexo, podendo ser concebido como conjunto de “condições responsáveis pela variação na intensidade, qualidade e direção do comportamento”. Essas condições são intrínsecas e extrínsecas ao indivíduo. Segundo Moscovici (2001, p 86), “a ênfase maior está nas condições intrínsecas do indivíduo, já que é o que o leva à ação, que pode lhe trazer satisfação ou alívio de tensão”. Os aspectos positivos desta medida de integralização destes indivíduos na sociedade já podem ser visualizados de diversas formas dentro das organizações, na sociedade e até mesmo no cenário esportista mundial como nas Paraolimpíadas em 2012 (os jogos ocorreram em Londres entre os dias 29 de agosto e 09 de setembro). Houve a participação de mais de cinco mil atletas. Estes jogos mostram que, apesar da deficiência física, estas pessoas conseguem se dedicar aos esportes em nível profissional. É um exemplo de integração, inclusão social e esportiva para os portadores de necessidades especiais. Desta forma, podemos questionar o que realmente é uma necessidade especial? Seja qual for a resposta para esta pergunta, podemos concluir que a capacidade de adaptação do ser humano é surpreendente e reafirma que quando existe um propósito definido, a força interior supera os limites e conquista o impossível.
No meu ponto de vista, acredito que todos são iguais, cada um com sua diferença. As pessoas procuram ser diferentes, ser diferenciadas e encontrar um lugar de destaque no mercado de trabalho e na sociedade. O que os torna cada vez mais igual e mais próximo. Diferenciar, descriminar e julgar é uma arte da sociedade. Afirmo que a maior aventura do ser humano é encontrar suas próprias diferenças. Quando as pessoas conseguirem viajar e empreender dentro de si mesmas, entenderão que a diferença existe para promover o crescimento e encontrar o verdadeiro significado de viver uma vida. Apenas desta forma e com este entendimento seremos capazes de encontrar nas diferenças um verdadeiro potencial infinito dentro de cada ser humano e, assim, aprender que as “necessidades especiais” são necessárias para nossa evolução, pois é através delas que a mente se abre para novas possibilidades e procura novos caminhos para chegar a um mesmo objetivo comum. Como diz Augusto Cury, “O pior cárcere não é o que aprisiona o corpo, mas o que asfixia a mente e algema a emoção. Sem liberdade, as mulheres sufocam seu prazer. Sem sabedoria, os homens se tornam máquinas de trabalhar”. Afinal, todas as pessoas possuem necessidades especiais, alguns encontram esta necessidade em seus relacionamentos amorosos, outros no campo profissional, alguns ainda podem dizer que se referem a necessidades físicas, mas todos possuem o direito de aprender com suas diferenças e, desta forma, entendemos que todos são iguais, cada um com sua diferença! Ser diferente é deixar a diferença de lado e, juntos, conhecer um mundo novo repleto de possibilidades infinitas. FONTES: BRASIL. Constituição da República Federativa do. Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990. São Paulo, cap. III - Da Educação, da Cultura e do Desporto, Saraiva,2000. Lei nº. 10.098 de 19 de dezembro de 2000. Promoção de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência. http://www.planalto.gov.br; MORAIS, Alexandre de. Direito Constitucional. 18. ed. – São Paulo: Atlas, 2005;
“O pior cárcere não é o que aprisiona o corpo, mas o que asfixia a mente e algema a emoção. Sem liberdade, as mulheres sufocam seu prazer. Sem sabedoria, os homens se tornam máquinas de trabalhar”.
Vanessa Alcici Administradora de empresas, analista comportamental e consultora organizacional. Especialista em gestão estratégica de pessoas. editorasermais.com.br 15
^ SE ATUALIZAR UP 2 DATE NOVIDADES PARA VOCE
1 - Música até debaixo d’água
Ouvir música é um incentivo e tanto para quem gosta de praticar exercícios, porém, para aqueles que gostam de nadar, isso não era possível. Agora já existe um fone de ouvido a prova d’água para que os nadadores possam se divertir quando estão dentro da piscina. Produzido pela Finis, o fone tem uma capacidade de 2 GB de armazenamento e pode ser adquirido por cerca de 160 dólares no site finisinc.com
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2 - Para a alegria dos paparazzi
A lente super secreta é imprescindível para aqueles que querem fotografar algo discretamente, sem serem notado. O mecanismo é simples, mas eficiente. A lente possui uma abertura e um espelho, permitindo que o usuário aponte a câmera para um lado e tire foto de outro. Por 85 dólares no site This is why I’m broke.
3 - Diga adeus aos cortes
nos dedos!
Você já se cansou de cortar a ponta dos dedos enquanto está fatiando legumes? Pois já existe uma solução para esse problema por um valor pequeno. Você pode adquirir um protetor de dedos por menos de 10 dólares no site da Amazon e evitar os tão doloridos cortes.
4 - Mande um recado para o motorista ao lado!
Todos sabem que discutir no trân-
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sito não vale a pena e, ao invés de solucionar o problema, causa mais transtornos. Mas a verdade é que sempre dá vontade de mandar um recado para o motorista do carro ao lado. E, se você também tem essa vontade, fique ligado no Driving Message Display, que pode ser adquirido no site Think Geek.
5 - Lentes para o celular
Até pouco tempo atrás a novidade era poder acoplar uma lente à câmera do
celular. Agora já é possível fixar mais de uma lente ao aparelho sem desconectar as outras. O sistema funciona como um suporte giratório colocado no celular e facilmente manuseável.
6 - Redecorando!
Mudar a decoração da casa é sempre bom, e conseguir adequar objetos diferentes ao ambiente é melhor ainda. Sabe aqueles livros que ficam empilhados em um canto e que você nunca sabe onde colocá-los? Agora eles podem ganhar destaque
em uma prateleira inspirada em encanamentos de ferro.
7 - Vamos de bike
Quem não gosta de andar de bicicleta? Muita gente gosta, mas deixa de andar pela dificuldade em encontrar um lugar seguro e, mais do que isso, de se locomover com a bike. Mas uma ótima alternativa para esses problemas é a bicicleta dobrável. O preço está em torno dos 2000 dólares, mas os benefícios compensam. Disponível no site Bergmoench.com editorasermais.com.br 17
´ ARTIGO LUCIA HELENA DOS SANTOS CORDEIRO
Cursos Profissionalizantes
podem impulsionar jovens a tocarem seus seus próprios negócios?
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pagão de mão de obra, curso técnico ou superior, empregabilidade ou empresabilidade: EIS A QUESTÃO! Notícias publicadas nos últimos dois anos sinalizam para o “apagão de mão de obra” em vários segmentos no mercado. Face à triste constatação, empresas do setor público e privado vêm buscando alternativas no sentido de qualificar seus colaboradores e/ou contratando jovens sem experiência no mercado para atender suas necessidades específicas, através de parcerias com escolas técnicas ou criando sua Universidade Corporativa. Em paralelo, observamos uma faixa de jovens de 18 a 24 anos buscando empreender em seu primeiro negócio, de forma ousada, porém primária. Antes de analisarmos se terão ou não sucesso, sem a pretensão de usar bola de cristal, mas com a experiência adquirida como Coach de Carreira e responsável por treinar jovens empreendedores em incubadoras de empresas, convém que clareemos a diferença entre cursos técnicos e cursos profissionalizantes. Cursos Técnicos são aqueles regidos pelo
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MEC (Ministério de Educação), através do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Exigem pré-requisitos para ingressar (ter concluído o Ensino Fundamental é um deles) e dura em média 1,5 a 2 anos. São exemplos de cursos técnicos: Mecânica, Elétrica, Caldeiraria, Solda, Mecânica de Autos, Técnico de Enfermagem, Técnico em Hotelaria e outros, desenvolvidos pelo Sistema S (SENAI, SENAC, SESI, SESC), bem como Tecnologia da Informação, Manutenção de Redes, Mecatrônica, Técnico Agrícola e outros desenvolvidos por escolas técnicas regulares em todo o país. Já os cursos profissionalizantes não colocam exigências para ingresso (muitas vezes basta ser alfabetizado) e tem duração variável de 2 meses a 6 meses. Podemos citar: Cursos de Cabeleireiro, Ma-
jovens de 18 a 24 anos buscando empreender em seu primeiro negócio, de forma ousada, porém primária.
nicure, Cozinheira, Podologia, Panificadores, Doceiros, Costureiras, Pedreiros, Carpinteiros, Serralheiros e outros. Outro diferencial é que nas escolas técnicas os alunos saem diplomados após estágio, o que lhes propicia o início da vivência na área. Os cursos profissionalizantes, quando muito, emitem certificados de conclusão. Interessante observar, entretanto, o crescimento do empreendedorismo oriundo dos participantes dos cursos profissionalizantes, embora nem todos de maneira formal. Convém ressaltar que não são os jovens os predominantes nestes cursos profissionalizantes, e sim os com idade entre 28 a 60 anos. Os jovens do Brasil, em sua maioria, ainda não se sentem atraídos para as escolas técnicas, embora a demanda recente do mercado sinalize salários superiores a de doutores. A maioria ainda opta em cursar o Ensino Médio e adentrar cursos tecnológicos (2 a 3 anos) ou outros de nível superior (igual ou superior a 4 anos). Voltando à “bola de cristal”, observo que a não preocupação das escolas, sejam elas técnicas ou profissionalizantes (incluindo muitas de ensino superior), em desenvolver metacompetências comportamentais, exigidas pelas organizações de excelência, vem dificultando aos jovens empreendedores para tocarem seus próprios negócios ou intraempreender nas grandes organizações para atender aos desafios do séc. XXI. Afinal, não basta “saber”. É preciso “saber fazer” (vivenciar o saber) e, principalmente, “querer fazer” a diferença. É preciso ir muito além...
Lúcia Helena dos Santos Cordeiro Mestre em Administração, Educação e Comunicação. Palestrante Comportamental, Conferencista, Coach e Consultora Organizacional e Educacional.
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ARTIGO ISAAC RINCAWESKI
NOVO CÁLCULO DO
SEGURO-DESEMPREGO
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Breve Histórico Seguro Desemprego foi criado por intermédio do Decreto Lei No. 2.284 de 10/03/1986 com a finalidade de prover assistência financeira temporária ao trabalhador dispensado invo-
luntariamente. Após a Constituição de 1988, o Seguro Desemprego foi remodelado e o benefício passou a integrar o chamado Programa do Seguro Desemprego, com o objetivo de prover assistência financeira temporária ao trabalhador em virtude da dispensa sem justa causa, inclusive indireta, auxiliá-lo na manutenção e busca de emprego, promovendo para tanto, ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional. O programa foi criado através da Lei nº. 7.998 de 11/01/1990, que definiu a fonte de custeio com a instituição do Fundo de Amparo do Trabalhador – FAT, instituindo também o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador – CODEFAT, composto por representantes dos empregadores, dos trabalhadores e do governo. Quem tem direito ao Seguro-Desemprego Terá direito a receber o Seguro-Desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa, inclusive a indireta, que comprove: •
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Ter recebido salários consecutivos no período de 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data da dispensa, de uma ou mais pessoas jurídicas ou físicas equiparadas às jurídicas;
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Ter sido empregado de pessoa jurídica ou pessoa física equiparada à jurídica durante, pelo menos, 06 (seis) meses nos últimos 36 (trinta e seis) meses que antecederam a data de dispensa que deu origem ao requerimento do Seguro-Desemprego;
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Não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto no Regulamento de Benefícios da Previdência Social, excetuando o auxílio-acidente e a pensão por morte;
•
Não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família.
•
Também terá direito ao Seguro-Desemprego, sob a aplicação de regras específicas, os empregados domésticos e os pescadores profissionais, categoria artesanal, durante os períodos de defeso. Critérios Básicos de Concessão
O Seguro-Desemprego será concedido ao trabalhador desempregado, por um período máximo variável de 03 (três) a 05 (cinco) meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 (dezesseis) meses, observando-se a seguinte relação: •
03 (três) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de no mínimo 06 (seis) me-
“
Essa medida aumenta o controle do governo sobre as empresas que não contribuem corretamente para o INSS e indiretamente beneficia o trabalhador, pois o cálculo dos demais benefícios previdenciários também é feito com base nesse cadastro.
•
04 (quatro) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de no mínimo 12 (doze) meses e no máximo 23 (vinte e três) meses no período de referência;
•
05 (cinco) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo 24 (vinte e quatro) meses no período de referência.
“
ses e no máximo 11(onze) meses, nos últimos 36 (trinta e seis) meses;
tro Nacional de Informações Sociais – CNIS. Se, excepcionalmente, o salário de contribuição não constar na base CNIS, este deverá ser obtido na Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, atualizado, no contracheque ou, ainda, nos documentos decorrentes de determinação judicial. Nestes casos, as cópias dos documentos deverão ser arquivadas junto ao Requerimento de Seguro-Desemprego. O salário será calculado com base no mês completo de trabalho, mesmo que o trabalhador não tenha trabalhado integralmente em qualquer dos três últimos meses. O valor do Seguro-Desemprego
será calculado com base no salário mensal, tomando-se por parâmetro o mês de 30 (trinta) dias ou 220 (duzentos e vinte) horas, exceto para quem tem horário especial, inferior a 220 horas mensais. Em resumo, o que muda é a base de dados das informações que serão utilizadas para composição do valor do seguro desemprego, que a partir de agora serão extraídas do Cadastro Nacional do Seguro Social – CNIS. Essa medida aumenta o controle do governo sobre as empresas que não contribuem corretamente para o INSS e indiretamente beneficia o trabalhador, pois o cálculo dos demais benefícios previdenciários também é feito com base nesse cadastro.
Novo Cálculo do Seguro Desemprego (em vigor desde 03/09/2012) Conforme a resolução nº. 699 de 30/08/2012, para fins de apuração do beneficio será considerada a média aritmética dos salários dos últimos três meses anteriores à dispensa e referem-se aos salários de contribuição informados no Cadas-
Isaac Rincaweski Contador, sócio-administrador da Futura Contabilidade e Assessoria Ltda. desde 1998. Pós-graduado em Gerência da Qualidade nos Serviços Contábeis pela FURB -Blumenau.
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´ POR UM PLANETA SUSTENTAVEL
Hora de surfar
O finlandês Bjorn Holm decidiu dar um destino diferente para seus skates que ficavam velhos e não serviam mais. O estudante de design juntou os restos de madeira e criou a “Reto”, prancha de surf sustentável. Após os primeiros testes, ele constatou que o novo modelo funciona da mesma maneira que as pranchas comuns.
Café eco-friendly
Os moradores de Amsterdam estão bem servidos quando o assunto é sustentabilidade. Duas empresas de design projetaram um espaço de encontro e café eco-friendly construído com madeira e outros materiais de construções antigas. Os materiais foram adquiridos em fábricas falidas.
Para lavar roupas sem gastar energia A máquina de lavar roupas sempre consome muita energia, não é?! E o que você acha de trocá-la por uma máquina que não gasta energia alguma? A ideia é bem interessante e foi desenvolvida pelos designers Ji a You e Alex Cubunoc e funciona através de pedaladas. O processo de lavagem é exatamente igual ao de máquinas elétricas, a única diferença é que ela funciona a partir da força motora.
Câmera fotográfica de papelão A onda sustentável pegou as câmeras fotográficas também! A rede de móveis sueca IKEA lançou a Knäppa, construída com papelão. A câmera faz parte da uma linha de produtos que faz uma releitura de grandes projetos de design do passado, porém com um teor sustentável.
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ARTIGO MARCO BARROSO
PIAGET:
RAZÃO E EMOÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM “Tudo isso é aprender. E aprender é sempre adquirir uma força para outras vitórias, na sucessão interminável da vida”. (Cecília Meireles)
O
maior desafio do mundo da informação é como organizá-la e que num momento necessário possa aplicá-la: na evolução das conquistas humanas, como ferramentas decisórias na construção do conhecimento. O ser humano, antes de tudo, pensa, sente, age. A informação mal compreendida, mal armazenada, significa o mesmo que confusão mental, o que se pretende é chegar ao conhecimento crítico, inovador, reflexivo. O que se pretende é que o educando alcance o topo mais amplo da existência humana, a felicidade e a capacidade de lidar com as incertezas da vida, produzindo e reconstruindo significados para uma qualidade efetiva da sua existência no planeta. O grande desafio da Sociedade do Conhecimento é estimular uma saudável relação emocional tanto quanto racional com as informações. Sentir com a cabeça e pensar com o coração é colocar-se em ação diante das informações. É fazer
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perguntas diante das afirmações, é abandonar a obsessão pela certeza absoluta e definitiva. Ensinar é fundamentalmente aprender. Aprender a enfrentar o desafio da vinculação da emoção com a razão no processo de conhecer e, além disso, enfrentar o desafio de criar recursos, instrumentos, estratégias táticas e operacionais que mobilizem, no educando, sua emoção em paralelo com sua razão. Na verdade, continua-se, ainda, vivendo o modelo tradicional mecanicista, que separa o mundo da razão e o mundo da emoção, o sujeito do objeto, vida, razão, indivíduo, ambiente, fragmentando conhecimentos e pensamentos humanos. Quando se aprende com a cabeça e com o coração sempre tem algo a dizer sobre o que parece ter aprendido, a aprendizagem torna-se mais impregnada, mais verdadeira. Jean Piaget procurou explicar o desenvolvimento intelectual partindo da ideia de que os atos biológicos são atos de adaptação ao meio físico e organizações do meio ambiente, procurando sempre manter um equilíbrio. De igual modo, ele concebe o desenvolvimento intelectual. Em sua teoria do conhecimento procurou demonstrar que a inteligência era “o saldo adaptativo do homem nas suas interações com o meio”. Essas trocas dialéticas que o indivíduo realiza com o meio dariam origem ao conhecimento e à formação de estruturas específicas
Marco Barroso Marco Barroso é Psicopedagogo e Especialista em Pedagogia Empresarial e Docência do Ensino Superior. É também Advanced Coach Senior (BCI), Trainer Comportamental e Professor Universitário. www.marcobarroso.com.br
para o ato de conhecer. Piaget argumenta que o homem, em seu desenvolvimento, apresenta três tipos de estruturas: aquelas herdadas pela filogênese (totalmente programadas); as estruturas parcialmente programadas (desen-
Quando se aprende com a cabeça e com o coração, sempre tem algo a dizer sobre o que parece ter aprendido, a aprendizagem torna-se mais impregnada, mais verdadeira. volvimento depende de construções sinápticas resultantes das interações com o meio) e as estruturas em nada programadas (estruturas mentais específicas para o ato de conhecer). De acordo com suas teorias, o conhecimento é gerado através da interação do sujeito com o seu meio, a partir de estruturas previamente existentes nele. Dessa forma, a aquisição do conhecimento depende tanto de certas estruturas cognitivas inerentes ao próprio sujeito, bem como de sua relação com o objeto. Esse biólogo procurou explicar o funcionamento da inteligência sustentando, entre outras ideias, que ela funciona sempre seriando, ordenando, classificando ou fazendo implicações. Tal processo, segundo ele, seria responsável pela formação
das estruturas mentais. Um conceito também fundamental para Piaget é o de estrutura: “conjunto de elementos relacionados entre si de tal forma que não é possível definir ou caracterizar seus elementos integrantes fora dessas relações”. E as estruturas lógicas, na perspectiva de Piaget, somente poderão ser construídas por intermédio das trocas realizadas com o meio do conhecimento. Ao processo de construção do conhecimento reiniciado de uma construção anterior Piaget chamou de gênese. Para ele “toda estrutura tem uma gênese e toda gênese resulta de uma nova estrutura”. Essa gênese, segundo Piaget, ocorre mediante um sistema de autorregulações progressivas. Esse processo de adaptação é realizado sob duas operações, a assimilação (quantitativo) e a acomodação (qualitativo), processos esses que regulam as trocas do organismo com o meio. Na assimilação ocorre a aplicação, pelo sujeito do conhecimento, de esquemas já formados, as demandas atuais do meio (mudança quantitativa). E quando o indivíduo não consegue responder às solicitações do meio utilizando estruturas já formadas, ocorre um desequilíbrio entre as estruturas já construídas e aquelas exigidas pela situação. Ao expor as ideias de assimilação e de acomodação, Piaget argumenta que da mesma forma que não há assimilação sem acomodações, também não existem acomodações sem assimilação. A proposta desse breve artigo foi ressaltar a importância do binômio razão-emoção no processo de aprendizagem. Piaget nos demonstra cabalmente que ambos são indissociáveis e fundamentais a uma educação plena e construtiva, que forme verdadeiros cidadãos do século XXI.
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MODA, BELEZA E ESTILO
Já enjoou? Sabe aquela roupa que não serve mais? Ou aquele sapato lindo que você comprou, mas não fica confortável no seu pé e você não sabe o que fazer? Agora você não precisa mais ficar guardando essas peças e esperando o dia em que elas
servirão novamente. O site Enjoei está fazendo o maior sucesso, pois você pode vender as roupas novinhas que ficam lá no seu armário. Além disso, é possível se desfazer de acessórios, produtos eletrônicos e até móveis.
Quem disse, Berenice? O Grupo Boticário acaba de lançar a marca que está fazendo a cabeça das mulheres: a Quem disse, Berenice?. Ao todo são 500 produtos com preços super acessíveis. Os batons custam cerca de 18 reais, as bases de 30 a 40 reais e o Primer 44 reais.
Cuidado com o cabelo! A Elseve lançou, recentemente, o creme de tratamento Arginina X3 Secos para cabelos frágeis e ressecados. Seus ingredientes restauram os fios danificados sem agredir o couro cabeludo. Além da fragrância agradável, o cabelo fica sedoso e maleável.
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Para manter
A PELE
SAUDÁVEL Os dias de calor chegaram e a vontade de ir à praia só aumenta. Mas as altas temperaturas exigem um cuidado especial com a pele. E, para isso, uma dica interessante é usar uma máscara de limpeza profunda para o rosto. A Triple Oxygen Instant Energizing Mask, da marca Bliss, desintoxica e reduz o número de bactérias na pele.
NOVIDADES DO MUNDO DA WEB
Dando uma mãozinha
para as produções
INDEPENDENTES
Com as plataformas de crowdfunding em destaque, o Vimeo acaba de lançar uma novidade! A ideia é ajudar os produtores independentes a arrecadar verbas para seus projetos. Os usuários podem fazer o depósito de pequenas quantias de dinheiro caso gostem das produções. Porém, a funcionalidade não é para todos os usuários. Só aqueles que possuem a conta Plus ou Pro poderão ativar a nova ferramenta.
Quem precisa do Instagram? Para a infelicidade daqueles que compraram um celular com o sistema criado pela Microsoft, a probabilidade do aplicativo Instagram chegar ao sistema é pequena, mas, para compensar, os usuá-
Cloudee
E falando em Instagram, a Boxee lançou o aplicativo Cloudee que, ao invés de fotos, produz vídeos com espaço ilimitado, diferente
de outros aplicativos como SocialCam. O layout é intuitivo e prático – ótima opção para aqueles que preferem os vídeos.
rios podem instalar o Molome. Ele segue o mesmo princípio do Instagram e integra as principais redes sociais. Ao todo são 18 efeitos, mas 3 deles ficam disponíveis após o usuário postar mais de 30 fotos.
Gift
O Facebook apresentou mais uma inovação. Agora é possível comprar presentes através da rede social e enviar para quem você quiser. A novidade já conta com mais de cem estabelecimentos cadastrados nos EUA. A expectativa é sobre a data da chegada do aplicativo ao Brasil.
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´ PERCIA COACHING ANDRE
WORKSHOP COM BASE EM COACHING FINANCEIRO COM PNL (Parte I)
PROSPERIDADE:
PROJETO 2013
E
sta série de artigos compõe um workshop estruturado e sequenciado em 25 passos com influência de inúmeras abordagens psicológicas e, sobretudo, da Programação Neurolinguística. Passo a passo, ressignifique o dinheiro e a prosperidade em sua vida! O design do workshop foi feito para que o sequenciamento dos passos promova uma reestruturação interna, portanto, embora sempre seja permitido adaptar, procure respeitar cada etapa. O mesmo também pode ser aplicado em etapas enviadas por e-mail para que o trabalho em cima de cada uma seja discutido pessoalmente e assim por diante. Descubra o que é mais ecológico para seu cliente!
A maioria das pessoas pobres e de classe média trabalha por dinheiro, e esse é o seu maior problema. O mais inteligente seria aprender a fazer o dinheiro trabalhar para elas, assim como o desenvolvimento do significado da prosperidade como algo muito além do que “ganhar dinheiro”. Caso contrário, elas nunca escaparão do círculo ilusório: trabalhar, ganhar dinheiro, consumir, pagar contas, se endividar, conseguir um empréstimo, pagar juros, etc. Ter um emprego seguro e um salário previsível é o sonho da maioria das pessoas. A questão não é o emprego ou o salário. Se a pessoa é assalariada, autônoma, dona de um pequeno ou grande negócio, a questão é: o que ela quer, verdadeiramente, para sua vida financeira? Para prosperar, as pessoas precisa-
rão fazer mais do que ganhar seus salários, pagar contas, pagar juros indefinidamente e trabalhar para o banco, para as administradoras de cartão, etc. O reajuste do salário e até mesmo as promoções farão muito pouca diferença para a maioria das pessoas. Não raro, elas vão arranjar novas formas de continuar no velho padrão: vão aumentar o limite do cartão de crédito e do cheque especial, comprarão carros mais caros, farão viagens mais caras... e, no final, estarão ainda correndo sem realmente terem saído do lugar. O desafio não é se privar das coisas boas da vida como viagens, carros, compras e tudo mais, mas sim o momento e a forma como usam seus recursos, inclusive os recursos financeiros. Há inúmeros casos verídicos de ga-
O desafio não é se privar das coisas boas da vida como viagens, carros, compras e tudo mais, mas sim o momento e a forma como usam seus recursos, inclusive os recursos financeiros. 28 editorasermais.com.br
Não queremos colecionar papel. Queremos qualidade de vida. O poder e o valor do dinheiro estão muito além do dinheiro enquanto uma “entidade” em si. nhadores da loteria ou atletas que ficaram ricos e, anos depois, estavam pobres. Na verdade eles nunca souberam lidar com o dinheiro. Estas histórias provam que prosperidade não á sinônimo de dinheiro. Prosperidade é uma atitude na vida, e o que acontece com o dinheiro, uma de suas inúmeras consequências. Há outras incríveis histórias de pessoas que mal tinham o que comer e onde morar, mas tinham o compromisso de construir resultados significativos para suas vidas e, apesar de todos os fatores contrários, muitos emergiram de favelas e de condições bastante desfavoráveis, desafiando não só seus próprios mapas internos, mas muitos outros mapas: sociais, culturais, econômicos, entre outros. Prosperidade significa a decisão de enfrentar muitos medos. O medo da mudança é o primeiro passo. Como já falamos anteriormente, tudo aquilo que é novo ameaça de alguma forma. As pessoas em geral criam o hábito de evitar aprofundar o conhecimento sobre dinheiro, investimento e finanças, quando deveriam, na verdade, associar prazer e satisfação ao processo, pois é o que poderá libertá-las do círculo vicioso. Muitos pressupõem que é muito difícil, quando na verdade não é. Basta que comecem devagar.
Há o medo do novo, o medo do desconhecido, o medo de perder o pouco que conquistaram... e por outro lado, há o desejo. O desejo de experimentarem prazer na vida. Não há nada de errado em buscar o prazer, mas voltamos à questão da busca da gratificação imediata. Muitos vivem na ilusão: tenho medo de perder o que tenho, por isso não faço nada de novo. Não uso meus recursos, inclusive os financeiros, de forma inteligente. Vivo sonhando com um aumento ou promoção, e, nesse meio tempo, para aliviar o medo e a ansiedade, gasto meu dinheiro e me endivido no cartão de crédito, empréstimos e cheque especial. A melhor forma de se ter dinheiro é transcender o significado dele enquanto uma entidade isolada. Não queremos colecionar papel. Queremos qualidade de vida. O poder e o valor do dinheiro estão muito além do dinheiro enquanto uma “entidade” em si. O papel-moeda traz qualidade de vida ou a qualidade de vida traz o papel-moeda? Precisamos trabalhar ativamente nos dois lados. Tanto na melhoria da qualidade de vida quanto na gerência dos nossos recursos, que incluem os recursos financeiros. Mas precisamos saber que, antes de se inventar o dinheiro,
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Na medida em que estamos dando o melhor de nós para o universo, é perfeitamente natural e até mesmo normal e esperado que o universo retribua proporcionalmente. já existiam indivíduos prósperos, porque prosperidade é uma condição universal. Muitos fazem uma terrível metáfora sobre dinheiro: que devem correr atrás dele. Melhor é tomar uma decisão sobre o significado deste processo e correr “na frente” do dinheiro. E para que isso possa acontecer, o dinheiro deve ser visto como uma extensão e uma expressão daquilo que estamos fazendo sobre nossas vidas. Na medida em que estamos dando o melhor de nós para o universo, é perfeitamente natural e até mesmo normal e esperado que o universo retribua proporcionalmente. Tal qual um amigo a quem hospedamos e tratamos bem, somos gentis e nos interessamos por ele e por suas necessidades e desejos. Na primeira oportunidade, ele retribui com prazer. O desafio é que nem sempre estamos nos dando o que seria o melhor. Nem sempre gostamos o suficiente de nós para estarmos em nossa melhor forma. Sendo assim, nossas possibilidades de “dar nosso melhor” já ficam automaticamente comprometidas. Como é possível dar aquilo que não temos? Consequentemente, o retorno do universo também ficará muito aquém do desejado. Se eu recebo você em minha casa e não te trato bem, não presto atenção em suas necessidades, diminuo as chances de você desejar retribuir sua hospitalidade no futuro. Sem essa consciência, entramos num círculo disfuncional e limitante. Nadamos, nadamos e nunca chegamos à praia da prosperidade. Enquanto o “mapa mental” interno negativo e disfuncional perdurar, esse resultado nada mais expressará do que aquilo que estamos fazendo por merecer. Se quisermos um resultado diferente, temos de agir diferente. Muitos autores no campo da comunicação e do desenvolvimento pessoal são categóricos em afirmar que somos os únicos responsáveis pelo retorno que recebemos do mun-
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do. Como falei anteriormente, a pessoa com quem primeiro precisamos aprender a nos comunicar somos nós mesmos. Se quisermos prosperidade, temos de “arrumar a casa” em primeiro lugar. Precisamos nos comprometer com o que queremos, verificando se o grande “mapa” que nos guia é o mais adequado para lidar com o “território”, que é a vida que nos propomos a viver. Se não houver coerência e consistência, como transmitiremos nosso “melhor” para o universo? Num mundo tão dinâmico e competitivo, se não estamos desenvolvendo o melhor dentro de nós e não damos o melhor, diminuímos as chances de receber as melhores respostas do universo. Tendemos a culpar coisas, pessoas e situações por não sermos notados, por não recebermos a atenção desejada ou as oportunidades que gostaríamos de ter, esquecendo-nos daquilo que está dentro de nós que é comunicado para o mundo. Temos de nos implicar com os resultados que estamos colhendo. Não adianta culpar o chefe, o governo ou o sistema por nossa inabilidade em nos proporcionar prosperidade. As pesquisas confirmam que o mais poderoso meio de comunicação é a linguagem não verbal. Portanto, não adianta ter a intenção de prosperar se, primeiro, não somos interiormente prósperos e, segundo, não acreditamos verdadeiramente em nosso potencial. Prosperidade é, na verdade, um significado
sobre quem e o que somos, sobre o quanto nos julgamos merecedores de resultados. Ganhar dinheiro é um entre inúmeros resultados que acreditamos poder alcançar na vida e é consequência direta de nossa autoimagem, autoestima, coerência, consistência e comunicação eficaz. Algumas pessoas veem-se muito aquém de onde gostariam de estar e sentem raiva, têm medo... raiva e paixão estão relacionadas. Precisamos que essa agressividade se manifeste numa forma mais construtiva para que possamos ter condições de lutar, construir, refazer nossos passos e objetivos. Muitos usam a energia da raiva para se culparem por algo que deu errado no passado, por algo que sofreram. Isso corrói e destrói suas possibilidades. Se essas pessoas usarem essa energia para construir sua prosperidade, o resultado será diferente. São elas que devem decidir se o copo pela metade está “meio vazio” ou “meio cheio”. A pessoa, grupo ou entidade que deseja prosperar deve desenvolver um senso de prosperidade pessoal e profissional sem se preocupar com o quanto vai receber em dinheiro por isso.
Quando falamos de prosperidade, estamos falando de gerenciar as habilidades e competências que já conhecemos. Quando nos trabalhamos numa terapia ou nos desenvolvemos como pessoas, temos de gostar de nós mesmos o suficiente para investir em nosso desenvolvimento, aplicando os rituais e cuidando de nossa economia energética. Assim como fazemos com as finanças, investimos numa aplicação, e precisamos injetar novos significados, pensamentos, sentimentos, atitudes e comportamentos, deixando que esse novo padrão cresça e gere renda. Para isso, precisamos ter paciência, ao mesmo tempo em que ficamos atentos a outros investimentos, porém com cuidado para não desperdiçar de forma impulsiva e imatura todas as nossas reservas. Se conseguirmos fazer isso para outros objetivos, podemos certamente gerenciar a vida financeira. Nós ficamos cegamente hipnotizados pelo dinheiro em si e nos esquecemos de que prosperidade não se refere a dinheiro, e sim a planejar metas, objetivos, a buscar excelência, coerência, a construir passo a passo a mudança, exatamente como fazemos com qualquer outro objetivo.
BIBLIOGRAFIA: COACHING, MISSÃO E SUPERAÇÃO – DESENVOLVENDO E DESPERTANDO PESSOAS – ANDRÉ PERCIA – EDITORA SER MAIS
André Percia Psicólogo clínico e hipnoterapeuta com formação internacional em Coaching. youtube.com/Andrepercia apercia@terra.com.br editorasermais.com.br 31
CAPA EMERSON A. CIOCIOROWSKI
“Befriend” o novo mecanismo feminino de resposta ao estresse
Desde que o papa do estresse, o Dr. Hans Selye,escreveu seu livro “The Stress of Life”, em1956, não tínhamos nenhuma grande novidade no campo da resposta do organismo aos fatores de estresse.
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CAPA
O uma ponte rígida tende a quebrar-se ou partir-se em função do nível de rigidez.
E como anda sua flexibilidade?
estresse é um mecanismo disparado frente a qualquer ameaça, real ou imaginária, no nosso sistema límbico, que é um conjunto de estruturas cerebrais que se desenvolveu junto com a evolução do cérebro dos mamíferos. Novas descobertas me entusiasmaram exatamente quando escrevia meu último livro, recém-lançado, “Executiva, a heroína solitária” (Ed. Ideias& Letras, 2012). Nele, dedico um capítulo especial à questão do estresse e abordo a novidade do mecanismo “befriend”. Faço uma reflexão sobre esta nova descoberta e seu impacto na maneira como as mulheres respondem ao processo de estresse. O Dr. Selye foi o primeiro pesquisador do mecanismo de reação do corpo aos fatores de estresse e importou a palavra “estresse” da Física de Materiais, que era usada para definir o estresse que uma ponte sofria e, com isto, definia-se a qualidade dos materiais que se colocariam na ponte para suportar o peso e a força do tráfego sobre ela. Neste ponto cabe um parênteses para comentar o fato de que uma ponte rígida tende a quebrar-se ou partir-se em função do nível de rigidez. E como anda sua flexibilidade? Pois bem, em seus estudos, Dr. Selye observou que uma cascata de hormônios surge nos processos de estresse e gera um mecanismo básico no sistema límbico que é o famoso FightorFly, que significa que diante de uma ameaça tendemos a lutar ou fugir. O sistema límbico é o responsável por nosso impulso reprodutor para manter a espécie, por nosso sistema
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CAPA
de busca de alimento quando o corpo necessita repor suas energias, e também é responsável por fugirmos ou lutarmos diante de uma ameaça exterior. Em cima deste mecanismo, estudado há cinco décadas, basicamente nas respostas comportamentais masculinas, surge agora uma nova luz no que diz respeito à resposta das mulheres aos processos de estresse que é o “befriend”. Um primeiro estudo publicado na edição de julho de 2000 do jornal Psychological Review relatou que as mulheres são mais propensas a lidar com o estresse “cuidando das amizades”, ou seja, preservando os relacionamentos e as amizades do seu entorno. Esse “cuidado” envolve atividades destinadas a proteger a si e aos descendentes, promovendo uma sensação de segurança e, assim, reduzindo o estresse. “Amizade aqui é a criação e a manutenção de redes sociais que podem ajudar neste processo”, escrevem os pesquisadores, incluindo a Dra. Shelly E. Taylor, notável professora do departamento de psicologia da Universidade da Califórnia – UCLA. Por que as mulheres tendem à amizade em vez de à luta ou fuga? Nos estudos mais recentes, a Dra. Laura Cousin Klein, professora assistente de saúde comportamental da Penn State University, e sua colega pesquisadora, Shelley Taylor, descobriram uma resposta diferente ao estresse nas mulheres. A razão, em grande parte, é a combinação da “oxitocina”, que é um hormônio produzido pelo hipotálamo e armazenado na hipófise posterior com a função de promover as contrações musculares uterinas durante o parto e a ejeção do leite durante 34 editorasermais.com.br
a amamentação. A suspeita é que a oxitocina, em combinação com outros hormônios reprodutivos femininos, gera um comportamento diferente na resposta aos fatores de estresse. Quando a oxitocina é liberada, ela “isola” a resposta de fuga ou luta. Na verdade, a liberação da oxitocina faz com que as mulheres fiquem mais propensas a “reunir as crianças e a se reunir com outras mulheres”. Essa resposta é chamada de “befriend”, afirmam as pesquisadoras Dra. Laura Cousin Klein e sua colega Shelley Taylor. Como cito no livro Executiva, a heroína solitária: “Nós, homens, por outro lado, com quantidades menores de oxitocina, tendemos a sair
a oxitocina, em combinação com outros hormônios reprodutivos femininos, gera um comportamento diferente na resposta aos fatores de estresse.
CAPA
para a luta e experimentar a verdadeira resposta do fugir ou lutar”. Isso faz sentido para quem leu Homens são de Marte e Mulheres são de Vênus, do Dr. John Gray, onde ele comenta o fato de que a mulher tem esse aspecto socializante: reunir as crianças, dividir seus problemas, encontrar-se com outras mulheres e conversar. As mulheres geralmente buscam apoio para falar de experiências emocionais e para processar o que está acontecendo e como poderiam lidar com uma situação, ao passo que os homens tendem a ficar só na “sua caverna” ou procuram uma “atividade” para se aliviar do estresse e relaxar. “Toda vez que estamos sobrecarregadas de trabalho e muito ocupa-
das, a primeira coisa que fazemos é dividir com uma amiga nossos problemas”, explica a Dra. Ruthellen Josselson, coautora do livro lançado nos Estados Unidos, Best Friends The Pleasures and Perils of Girls and Women’s Friendships (Three Rivers Press, 1998).“As mulheres são uma fonte incrível de forças de umas para outras. Nós nos nutrimos. É uma experiência curadora”. E para os homens, uma boa dica: vocês sabiam que o cérebro da mulher pode produzir mais serotonina, apenas pelo fato de falar sobre o que as incomodam? A serotonina é um neurotransmissor responsável pela sensação de bem estar, além de atuar decisivamente na prevenção aos efeitos do estresse diário. Além disso, sua produção se acentua quando a mulher pode sentir que está sendo ouvida. Tudo isso poderá nos dar uma nova luz para compreender melhor como as mulheres respondem aos fatores de estresse e como podem administrar seus efeitos mais naturalmente. Isso ajudará também as relações entre homens e mulheres no ambiente profissional, bem como no campo pessoal. Isso amplia a qualidade de vida e das relações. Esta é uma excelente descoberta para ajudar as mulheres, uma vez que elas nunca estiveram tão estressadas como agora em suas múltiplas tarefas e responsabilidades.
“Toda vez que estamos sobrecarregadas de trabalho e muito ocupadas, a primeira coisa que fazemos é dividir com uma amiga nossos problemas”
Emerson A. Ciociorowski Graduado em Economia pela Universidade Mackenzie, com especialização em Marketing pela Universidade de Nova York e em Comércio Exterior pela Fundação Getúlio Vargas. Especializado em coaching familiar, atua também em planejamento de carreira, comunicação, marketing pessoal, liderança, motivação e administração de estresse. Site: emerson@tempusnet.com.br E-mail: www.tempusnet.com.br editorasermais.com.br 35
ARTIGO NELSON VIEIRA
Desmistificando
A
expressão do momento no ambiente corporativo é coaching, que ganha novos adeptos a cada dia e se desenvolve em ritmo acelerado no Brasil. Algumas matérias jornalísticas chegam a reconhecer esta profissão como a que mais cresce no mundo, principalmente após a última crise econômica mundial (2008/2009). Para algumas empresas, qualquer programa introdutório ou treinamento on the job, acompanhado ou não de um profissional mais antigo e experiente é, equivocadamente, considerado coaching. Se for levar a ex-
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pressão, de origem inglesa, ao pé da letra, coaching é treinamento, logo, generalizando, qualquer forma de treinamento também seria coaching. Analisando por esse ponto de vista, as empresas ficam muito suscetíveis à abordagem de todo tipo de profissionais e curiosos que se dizem coaches, mas não têm a formação específica para isso e acabam atuando como instrutores de treinamento, consultores e, em alguns casos, até como conselheiros e terapeutas, e as empresas acabam comprando tais serviços como se fosse coaching. Coaching é um processo que se utiliza de técnicas, ferramentas e métodos específicos, cientificamente testados
e de eficácia comprovada, que têm por objetivo ajudar pessoas e organizações a alcançarem seus objetivos e serem felizes. Dois personagens fazem parte deste processo, são eles: O coach (profissional especializado) e o coachee (pessoa ou time que se submete ao processo). O processo de coaching se dá através de sessões abertas, positivas e desafiantes nas quais se define um objetivo e se traça um plano de ação para alcançá-lo com o auxílio do coach, que atua em parceria com o coachee, como uma espécie de “cérebro auxiliar”, que o ajuda a pensar de uma forma que sozinho ele não pensaria e o leva a encontrar opções
Nelson Vieira Master Coach Trainer certificado por diversas instituições internacionais. Escreve artigos para diversos sites e revistas especializadas e é coautor dos títulos “Manual Completo de Coaching” e “Master Coaches - Técnicas e relatos de mestres do coaching”. www.nelsonvieira.com.br contato@nelsonvieira.com.br
com os prazos para atingir os seus resultados, que, por sua vez, é sistematicamente avaliado e de onde se extrai a verdadeira aprendizagem do coachee, levando-o a melhorar continuamente sua performance para atingir resultados cada vez mais significativos. Afinal, é importante compreender que, no processo de coaching, não se alimenta a ideia de fracasso, apenas de aprendizagem. Desse modo, se o coachee entrou em ação e não deu certo, o coach reconhece o seu esforço e verifica o aprendizado, adotando ações de melhoria, e se, por outro lado, deu certo, questiona o que pode ser melhorado a partir daquela ação para se obter resultados ainda mais eficazes e duradouros. Como se vê, o coaching se caracteriza por potencializar o talento e trazer à tona a responsabilidade do coachee pelos resultados alcançados, resgatando o que as pessoas têm de melhor: o seu talento! Explore o seu potencial, desafie-se. Faça coaching!
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O processo de coaching se dá através de sessões abertas, positivas e desafiantes nas quais se define um objetivo e se traça um plano de ação para alcançá-lo com o auxílio do coach
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das quais não dispunha para alcançá-los ou mesmo para resolver problemas aparentemente insolúveis. O diferencial neste processo é que o coach não ensina ou aconselha o coachee acerca do que deve ou não ser feito, ele apenas gerencia uma conversa que o coachee estabelece com ele mesmo, levando-o a responsabilizar-se pelas próprias escolhas. Um dos modelos utilizados neste processo é o GROW, de John Whitmore, cujo acrônimo significa: Goal (Definição de metas de curto, médio e longo prazo); Reality (Explorando a realidade atual); Options/Obstacles (Quais as estratégias atuais e as possíveis opções existentes para alcançar os resultados e superar os obstáculos?); Way Forward (Definindo o plano de ação a ser seguido). Portanto, para que haja um processo de coaching, é preciso definir um objetivo para o qual se elabora um plano e o coachee é estimulado a entrar em ação, comprometendo-se
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JO GO RÁ PI DO 38 editorasermais.com.br
Ciro Bottini
Apresentador de um dos maiores canais de venda da televisão, Ciro Bottini mostra como é possível ganhar destaque quando o assunto é vendas.
Como o Ciro Bottini se define? Comunicador, apresentador? Vendedor comunicativo? De que maneira se vê e acredita ser visto pelo seu público? Comunicador é a definição mais apropriada. O que faz um comunicador? Utiliza suas habilidades e técnicas de comunicação para influenciar pessoas. Eu criei um estilo específico de comunicação voltado para estimular o consumo. A sua principal estratégia de marketing é o bom humor? Desde o começo o bom humor se mostrou uma ferramenta indispensável para o sucesso das vendas pela televisão. Eu não consigo imaginar um programa como o meu sendo apresentado de forma sisuda, o que não quer dizer que eu
não seja sério. O segredo está em ser animado, bem humorado, brincar no ar, sem perder a credibilidade. Qual é a característica mais marcante do bom vendedor? De que maneira ele vende mais e se destaca no mercado? É preciso criar um estilo próprio? A venda é um processo puramente emocional, o consumidor quer ser encantado e surpreendido a todo momento. O vendedor que consegue proporcionar uma boa experiência ao cliente sempre será mais lembrado, fará mais sucesso e, como consequência, vai ganhar mais dinheiro. Como encantar o cliente? Cada vez mais, acho que as habilidades de comportamento são mais importantes do que as manjadas técnicas de venda. Valem muito mais um sorriso aber-
to e uma boa conversa do que explicações técnicas sem fim, afinal, o consumidor que quiser se aprofundar em qualquer produto consegue informações completas na internet. O papel do vendedor é cativar o cliente, surpreendê-lo indo além do que foi pedido e transmitir confiança para que fique parecendo que se trata de um amigo. Como reverter situações negativas inesperadas para gerar bons resultados? É possível? Há algum exemplo prático de “saia-justa” pelo qual passou? Faço meus programas ao vivo todos os dias, portanto, as chances de surgirem problemas são grandes. Qual é a solução quando um produto não funciona ou algo cai no chão? Assumir o erro, achar graça da situação e seguir em frente. Naturalidade é uma característica importante, não dá para achar que vamos conseguir enganar as pessoas, o consumidor é ligado em cada detalhe. No meu caso, procuro tirar proveito da situação, já que está provado que a programação ao vivo dá mais audiência justamente por causa do desejo do telespectador de ver tudo acontecendo de verdade, sem cortes ou edições. Eu até gosto quando alguma coisa sai do planejado, é uma oportunidade de testar meu jogo de cintura e improvisar. Certa vez, durante a venda de um smartphone que, segundo o fabricante, era resistente a quedas, eu joguei o aparelho no chão e ele quebrou. Dei muita risada, o operador de áudio colocou uma música engraçada e, em seguida, eu assumi a culpa, dizendo que havia exagerado na força, afinal, o equipamento era resistente, e não totalmente a prova de quedas. Isso aumenta a confiança do consumidor.
várias vezes alterando o tom da voz e usar bastante meus bordões enquanto vendo os produtos. Sou sempre original, quero que as pessoas lembrem-se de mim na hora de comprar alguma coisa pela TV, podem esquecer de tudo, menos do meu nome e da minha figura. Mas é sempre bom lembrar que, embora eu fale, brinque e ria bastante durante o programa, nunca perco o foco na venda. O que certamente não faria para se promover, para favorecer o seu marketing pessoal? O maior patrimônio do profissional de vendas é a credibilidade, com isso não se brinca jamais, portanto, eu jamais toparia vender um produto ou uma marca que não respeite o consumidor.
Para ser engraçado sem correr o risco de cair na mesmice ou ficar chato é preciso, além de inteligência, aproveitar o gancho de algumas situações do dia a dia. Os bordões criados por você “Selo Dedão Bottini de Qualidade” e a “Dancinha Bottini” foram criados ao acaso? Qual indicador mostrou que tinham se tornado marcas suas e deveriam ser repetidos? Antes de vender um produto, o vendedor tem que vender a si próprio. Quando consegue fazer isso bem e vira uma referência para o consumidor, qualquer produto que ele mostrar depois terá uma receptividade muito maior. Minha maneira de chamar a atenção do consumidor é o bom humor, quero que as pessoas se divirtam comigo enquanto compram, ajuda a deixar o processo mais leve e, quem sabe, deve diminuir a culpa de quem está gastando dinheiro...rsrsrs. Minha maneira de fazer humor é criar piadas e tirar sarro de mim mesmo, repetir meu nome
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OTIMISTA ^ OMAR SOUKI
O sopro
T
DIVINO
udo começou com um sopro: “Então, Deus modelou o homem com a argila do solo, soprou-lhe nas narinas um sopro de vida, e o homem tornou-se um ser vivente” (Gênesis 2, 7). Em hebraico, a ideia de shabbat gira em torno da noção do sopro. O dia de sábado é o dia em que o ser vivente, sentado diante de Deus, cessa suas atividades para respirar e se alimentar do sopro de Deus. Isso mostra a importância que devemos dar a esse alimento divino: a respiração! Mas os avanços tecnológicos e as demandas diárias estão nos distanciando cada dia mais desse ideal de respiração profunda e de introspecção. Estamos
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respirando de forma rápida e superficial. Mestres da meditação do passado e do presente nos aconselham: “É preciso lembrar-se de Deus ao respirar. Pense em Deus mais frequentemente do que você respira”. Seria possível fazer isso hoje? Talvez no meio da natureza sim, mas nos grandes centros temos até receio de respirar em profundidade, pois a poluição já atingiu níveis insustentáveis. À medida que se acelera a contaminação, diminui a nossa consciência da Presença do Criador. Coisas que os antigos recorriam a Deus para resolver, os seres contemporâneos recorrem à tecnologia. Antigamente se orava a Deus pelos possuídos por demônios (pessoas deprimidas ou excessivamente
agressivas), hoje consultamos psiquiatras que recorrem aos remédios reguladores de humor. Os resultados alcançados pelos remédios podem, então, motivar ainda mais o distanciamento de práticas espirituais. Mas, a busca do equilíbrio nas atitudes e comportamentos não deve se limitar à ingestão de remédios. Pode e deve ser complementada por uma dose diária de introspecção. Como fazer isso em meio a tanto barulho, a tanta correria? Manter um foco constante no presente. Mais do que o ruído e a agitação externa, duas coisas são responsáveis pela nossa irritação cotidiana: o sentimento de culpa (pelo que fizemos ou pelo que deixamos de fazer no passado) e a preocupação (pelo que ainda temos de fazer no futuro). Culpa e preocupação tomam conta de nosso espaço mental e emocional que poderia estar sendo dedicado à
tarefa que se encontra agora à nossa frente. Daí a importância da nossa presença no presente. O presente é a graça da vida, Deus em nós. O sopro que nos criou no início continua disponível a cada momento, a cada respiração. Mas esse sopro só acontece no presente. O presente é Deus! Sem ele não poderíamos nos mover nem realizar as proezas tecnológicas que às vezes ocupam (em nossa mente) o seu lugar. Portanto, é pura ilusão querer resolver nossos desafios diários sem essa Presença Divina, que se encontra em cada respiração. Ao passo que nos conscientizamos mais e mais do sopro em nós, rejuvenescemos. Somos recriados pela respiração profunda e consciente. Esteja onde estiver, pare agora. Respire fundo e agradeça pela presença em você. Sopre o ar até não poder mais. Ao esvaziar os pulmões, per-
“ P.h.D. em comunicação pela Ohio University, nos EUA, e autor de mais de 30 livros. Coautor do livro Ser+ com Palestrantes Campeões. www.souki.com.br omarsouki@bol.com.br
Culpa e preocupação tomam conta de nosso espaço mental e emocional que poderia estar sendo dedicado à tarefa que se encontra agora à nossa frente. Daí a importância da nossa presença no presente.
“
Ômar Souki
mitimos que mais ar nos preencha. A linfa que envolve as células se movimenta e elas podem liberar as toxinas do organismo, melhorando nossa saúde. Foco total no presente, concentração na tarefa em questão é uma atitude que pode ter efeitos milagrosos em nossa qualidade de vida, não importa o nível de desafios que temos de enfrentar. Paulo de Tarso aconselhava aos hebreus: “Animem-se uns aos outros a cada dia, enquanto durar o dia de hoje” (Carta aos hebreus 3, 13). E Jesus de Nazaré dizia às multidões: “A cada basta o seu cuidado” (Mateus 6, 34). Busque viver no agora. A melhor lembrança de que a única coisa que conta, de fato, é o presente, está na respiração. Não podemos respirar nem ontem nem amanhã, somente agora. A vida está no presente!
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Silvia Rodrigues ´
RH
Bullying
nas empresas brasileiras
F
alar sobre bullying nos faz pensar num fenômeno atualíssimo, não é mesmo? Entretanto, esta prática sempre existiu. Se analisarmos o simbolismo dos contos de fadas podemos listar inúmeras vítimas de bullying como, por exemplo, Cinderela, Branca de Neve, O Corcunda de Notre-Dame, o atualíssimo Sherek e o mais famoso de todos: O Patinho Feio. Longe dos contos de fadas, vivemos hoje a dura realidade do bullying. Este termo, ainda sem uma palavra correspondente em nossa língua, foi usado pela primeira vez pelo norueguês Dan Olweus, em 1978, tendo como foco central o contexto escolar. Mas o que se tem observado atualmente é a disseminação desta prática em todos os âmbitos sociais. Tem sido definido como um conjunto de ações de caráter intencional,
abusivo e agressivo, visando desqualificar, humilhar, coagir, constranger e, finalmente, minar os recursos psicológicos de um indivíduo ou grupo. Diz respeito à agressão social, rejeição, opressão, intimidação e crueldade psicológica para com subordinados e/ou colegas. Quem nunca se viu vítima de constantes piadinhas, apelidos maldosos e xingamentos? Seja em família, escola e até mesmo no trabalho? Infelizmente é mais comum do que se pensa. O bullying apresenta características muito próprias: 1- Acontece em todos os espaços onde há relacionamentos interpessoais, principalmente onde há hierarquia de poderes: família, escolas (inclusive de níveis superiores), forças armadas,
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prisões, instituições sociais, bem como em empresas públicas e privadas. 2- Os comportamentos mais frequentes são os de intimidação por meio de insultos, brincadeiras de mau gosto, constrangimentos, hostilidades, acusações indevidas, isolamento, entre outras. 3- Causam sequelas emocionais como insegurança, depressão, estresse, baixa estima, gastrites, insônia, tentativas de homicídio e suicídio. Quanto aos prejuízos sociais há o abandono do emprego, curso ou trabalho, dificuldades financeiras e de convívio social. 4- Estas ações podem apresentar-se de modo explícito e/ou implícito
RH
por meio de: - Críticas severas e descabidas; - Piadas, xingamentos, humilhações na presença de outros funcionários; - Exigências irreais no cumprimento de metas; - Desqualificação do profissional em avaliações de desempenho; - Exclusão do mesmo em promoções e cursos oferecidos pela empresa; - Isolamento do resto da equipe, a famosa “geladeira”. Pesquisas mostram que a prática maciça de bullying já chegou às empresas brasileiras, trazendo muitos prejuízos como a alta rotatividade de funcionários, absenteísmo, afastamentos por tratamento de saúde, altos custos em treinamentos, campanhas e palestras para identificação de processos de bullying, bem como processos trabalhistas. O que fazer quando se constata ser vítima de bullying no ambiente de trabalho? - Use os serviços de Ouvidoria ou RH que geralmente as empresas disponibilizam para contato mais estreito com seus colaboradores. - Evite ficar calado porque isso colabora para que a prática se estenda indefinidamente. - Abra um processo legal, é uma opção válida e de direito de todos. Para isso, guarde toda e qualquer prova, visto que uma denúncia deve ser sempre com-
provada. - Tome consciência de que existe um problema fora do âmbito de seu desempenho. A vítima de bullying tem sempre a tendência de achar que ela não é boa o suficiente para a função, visto que já está fragilizada. - Anote todos os momentos em que a prática do bullying aconteceu. Registre a situação desencadeadora, as reações, bem como o local, a data e hora dos fatos. Se possível, agregue uma testemunha ou imagem. Por se tratar de um problema mundial, algumas iniciativas contra o bullying vêm sendo tomadas, tanto no âmbito público quanto no privado. Estas iniciativas têm como objetivo alertar e coibir a disseminação desta prática na escola para que estes mesmos jovens, hoje alunos, possam ter ambientes de trabalho mais saudáveis no futuro. INICIATIVAS PÚBLICAS 1- O Conselho Nacional de Justiça lançou uma cartilha de prevenção contra o bullying. 2- A Lei 14957 - Decreto Nº 51.290, de 11 de Fevereiro de 2010- Sancionada para ajudar no combate ao bullying nas escolas públicas do Município de São Paulo.
INICIATIVAS EM EMPRESAS - Investigação da real situação de bullying: como, onde, quando e com quem estão acontecendo os conflitos; - Programação de ações no seu combate, por meio de palestras, vivências e treinamentos, visando ampliar os conhecimentos sobre esta prática tão nociva; - Cultivo de uma política de tolerância zero à prática do bullying; - Investigação e resolução de toda e qualquer queixa de colaboradores.
Estas posturas ainda não fazem parte constante do cenário atual de nossas empresas, pois ainda há quem atribua a prática do bullying apenas a uma questão de índole de quem a pratica, minimizando a influência negativa que o modelo de gestão centrado no abuso da autoridade possa desencadear. Infelizmente ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas o que importa é estarmos no caminho certo.
Sílvia Rodrigues Psicóloga graduada pela Universidade Metodista, com aperfeiçoamento em Terapia Cognitiva Comportamental (Ciclo CEAP) e Terapia Cognitiva (ITC). Possui formação em Coaching Estrutural e atua como coach de vida e empresarial.
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~ GESTAO
Nadir Paes
Produção de
NOVOS CONHECIMENTOS nas empresas
As perguntas a seguir, nos leva a pensar fortemente sobre os conceitos de Gestão de Pessoas: 1. Como lidar com as ideias que surgem e são implantadas nas empresas. Elas são de propriedade da empresa? 2. Qual a situação do funcionário que apresentou?
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ara respondê-las, é necessário falar de Gestão de Pessoas. “Gestão de Pessoas é o conjunto integrado de atividades de especialistas e de gestores - como agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar pessoas no sentido de proporcionar competências e competitividade à organização”. (CHIAVENATO, 2008, p. 9). Desta maneira, fica claro que nos dias atuais, o grande diferencial competitivo das organizações são as pessoas e a forma como elas percebem a em-
presa, e esta imagem caracteriza-se pela obtenção de resultados positivos para a organização. Assim, também podemos ver a inovação como a chave principal para o sucesso de uma organização em todos os aspectos. E quando este conceito torna-se prioridade em uma empresa, o RH acaba exercendo um papel estratégico e muito importante, pois este, através de práticas de gestão de pessoas, estimulará os colaboradores para que eles enxerguem esta necessidade e contribuam através de ideias inovadoras e
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construtivas. No entanto, para que as boas ideias surjam e proporcione a inovação, é necessária uma cultura aberta e democrática, com um programa bem estruturado de sugestão de ideias. Então, convidar as pessoas a participarem ativamente é a melhor forma de identificar soluções para os problemas organizacionais, tendo em vista que quem sabe melhor sobre as falhas e oportunidades de melhorias do trabalho são as pessoas que desempenham as atividades. Em um passado não muito distante, as organizações exigiam que as pes-
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soas tivessem um comportamento burocrático e repetitivo. O foco era apenas concentrado na eficiência, onde as coisas tinham que ser feitas de acordo com os procedimentos e regras. Neste contexto, as pessoas não tinham liberdade para pensar, e apenas seguiam rigorosamente as ordens e executavam suas tarefas. Nesta época, pouco se pensava na estimulação de sugestão de ideias como estratégia para aumentar a motivação, clima e resultados. No máximo haviam caixas de sugestões sem objetivos claros, as quais não eram utilizadas de forma adequada pela empresa. Desta maneira, ocorria o efeito contrário às boas práticas de gestão de pessoas, a desvalorização, desmotivação, clima organizacional comprometido, imagem negativa da empresa pela falta de reconheciomento e crédito pelas ideias sugeridas. E não podemos deixar de citar que devido a essa falta de visão estratégica, algumas ideias de colaboradores foram apropriadas e implementadas sem ser dado o devido reconhecimento e premiação. Obviamente que nestes casos a situação do funcionário que apresentou a ideia era de desrespeito e contrangimento. Devido às mudanças, as organizações estão adotando outros critérios no que diz respeito ao comportamento das pessoas. Hoje não basta a eficiência, mas também é necessário um comportamento criativo e inovador. A mudança se faz necessária em todos os aspectos organizacionais, inclusive no comportamento das pessoas, portanto, a criatividade é essencial para o desenvolvimento das organizações. O RH e os gestores precisam
utilizar de forma bem efetiva todas as vantagens de participação e envolvimento das pessoas para estimular a criatividade individual e grupal. Segue abaixo algumas dicas do Con-
As pessoas não tinham liberdade para pensar, e apenas seguiam rigorosamente as ordens e executavam suas tarefas.
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• sultor americano Bob Nelson, especialista motivacional, para a implantação de um processo de sugestões: •
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Elimine o preconceito de que todas as pessoas assalariadas não estão interessadas em sugerir melhorias. Certifique-se de que todas as sugestões sejam lidas e ava-
liadas. Comunique o que aconteceu com cada uma das ideias. Tente usar o máximo de sugestões possíveis. Agradeça pessoalmente cada uma das pessoas que contribuíram, independentemente da ideia dada. Divulgue o impacto positivo das ideias implementadas para incentivar ainda mais a participação das pessoas. Enfatize que qualquer ideia é bem-vinda, e não apenas aquelas que são grandes, como economizar X% ou aumentar as vendas em Y%. As pequenas também são válidas e contribuem para a organização. Gaste sua energia arranjando formas de implementar a ideia, e não razões para rejeitá-la. Certifique-se de que a missão e os valores da empresa estejam bem internalizados entre a equipe, para que as sugestões estejam mais de acordo com a estratégia da empresa. Com o tempo, vá “educando” seus funcionários na arte de sugerir ideias. Peça que estejam relacionadas a um resultado claro, como aumentar a produtividade, economizar tempo ou dinheiro, potencializar oportunidades, simplificar de alguma forma a vida deles ou a dos clientes ou reduzir processos sem danificar a qualidade.
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É bastante interessante citar alguns cases de implantação de Programa de Sugestão de Ideias que foram bem sucedidos. Então vamos falar do Programa: “Ideias que valem muito”, adotado pela ArcelorMittal Tubarão (Por: Mariana Basso, revista Melhor gestão de pessoas). A ArcelorMittal Tubarão, Grande Vitória - ES, é uma das maiores produtoras de aço do país, especializada em aços planos. Vigente desde março de 1984, o Programa de Melhorias foi concebido como forma de incentivo à criatividade e à participação dos colaboradores no aperfeiçoamento das operações com as quais estão envolvidos no dia a dia. Seu desenho foi baseado em um modelo aplicado em empresas japonesas que foi bem-sucedido, sendo adaptado de acordo com as particularidades culturais brasileiras. Atualmente, a metodologia funciona como um sistema de premiação, clara e explícita, da capacidade dos funcionários em avaliar problemas e propor soluções para o desenvolvimento contínuo de suas atividades. Desde a sua implantação, o programa já propiciou a execução de 4.364 projetos. A partir de 2002, ano em que o método passou a ser informatizado, até 2011, foram implementadas 2.759 ações de melhorias sugeridas pelos funcionários, o que resultou em uma economia anual de 595 milhões de reais para a indústria. Durante o mesmo período, foram investidos 2,5 milhões de reais em bonificações para os 3.841 autores dos projetos. “Atribuímos esse re-
torno financeiro ao esforço, à ousadia e ao comprometimento dos colaboradores que, por meio de suas opiniões e sugestões, vêm realizando projetos focados nos valores e em resultados para a organização”, afirma a gerente de remuneração e desenvolvimento da ArcelorMittal Tubarão, Juliana Oliveira Almeida. Outro case bastante interessante é o
... incentivo à criatividade e à participação dos colaboradores no aperfeiçoamento das operações com as quais estão envolvidos no dia a dia da Todeschini, onde a empresa cria moeda para premiar ideias inovadoras. “Libra sisterlina” é o nome da moeda que a empresa de móveis Todeschini criou para estimular a produção de ideias inovadoras entre os colaboradores. Todas as semanas, eles se reúnem durante uma hora em grupos operacionais e sugerem melhorias em
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processos, produtos e no próprio ambiente de trabalho, conforme diretrizes do Programa SOL (Soluções, Oportunidades, Líderes). Os autores das ideias implantadas são premiados com a moeda, válida exclusivamente no território do SISTE (Sistema Todeschini de Excelência). As “libras sisterlinas” possuem liquidez e podem ser trocadas por dinheiro na agência bancária localizada no interior da fábrica. A moeda tem sistema de câmbio e flutuação: sua cotação varia de acordo com o percentual realizado das metas de cada setor definidas para o semestre. Quanto mais alto o percentual realizado, maior a valorização da moeda. Caso contrário, pode ser guardada para troca em novo momento de valorização. Quando a ideia é implementada, o grupo que a propôs recebe 5 “libras sisterlinas” e pode concorrer à Melhor Ideia do Mês. Caso vença, cada integrante do grupo ganha 100 libras e a ideia pode concorrer à Melhor Ideia do Ano. Se vencer, a Melhor Ideia do Ano recebe o prêmio de 2 mil libras para dividir entre os integrantes. Mais de 1,8 mil sugestões foram implantadas em 2011. Uma das iniciativas premiadas foi a substituição do PVC do revestimento interno de gavetas por plástico de garrafas PET recicladas. Somado ao menor custo ambiental, a ideia foi aprovada por mostrar que o revestimento com PET apresenta maior resistência se comparado ao PVC. (ABRH - Nacional). Cenibra premia sugestões de em-
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pregados - o Programa foi criado em abril de 2002 com o objetivo de valorizar a inovação, a competência, o compromisso e a contribuição dos empregados. Desde 2002 foram implantadas 897 propostas. Em 2011 foram 36 propostas implantadas. Dentre os critérios para premiação estão: retorno mensurável ou imensurável, autor com maior número de propostas implantadas, coordenador da área que implantou mais
sugestões e proposta com maior retorno mensurável. Esta iniciativa faz parte das ações previstas pelo Sistema Integrado de Gestão da CENIBRA. O Sistema promove a gestão integrada da qualidade, do meio ambiente, da segurança e saúde ocupacional. Para incentivar os empregados a participarem da melhoria dos processos produtivos, proporcionando resultados positivos para o desenvolvimento técnico e pessoal, a empresa mantém juntamente como Programa de Sugestões (PSC) os Círculos de Controle de Qualidade (CCQ), que apresentam soluções criativas para problemas relativos à operação e produção. Para concluir, podemos dizer que é natural que haja dificuldades dentro das organizações, talvez a diferença de uma para outra esteja no grau das dificuldades ou dos problemas. E se isto não for considerado, podemos constatar que isto já é um problema. Assim, os Programas de Sugestões podem ser uma estratégia bem interessante, podendo ser implantados para correção destes problemas e para sugestões de outras melhorias dentro do ambiente da empresa. Estes Programas, ao mesmo tempo em que geram benefícios para a empresa, proporcionam ao colaborador maior motivação e um sentimento de importância, tornando-se cada vez mais comprometido e parte integrante da organização.
Nadir Paes Psicóloga e especialista em Administração de Recursos Humanos e em Gestão de Pessoas com Coaching. Master Coach Senior e Trainer certificada pelo BCI Behavioral Coaching Institute. www.nadirpaescoach.com nadirpaes@nadirpaescoach.com
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Andre´ Felicio
CARREIRA
TDAH COMO FAZER DO
UM ALIADO NA CARREIRA?
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma doença neuropsiquiátrica que afeta o funcionamento de algumas regiões do cérebro, levando a um quadro de falta de atenção e inquietude. Apesar de o TDAH ser identificado já na fase escolar, há muitos adultos com o transtorno que nunca tiveram este diagnóstico e sofrem constantemente na vida pessoal e profissional.
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ão é incomum ouvir alguém dizer que seu emprego é chato e monótono. Nos casos de TDAH não diagnosticado em adultos, essa sensação de monotonia se dá em função da falta de canalização do excesso de energia que o portador de TDAH possui. Quando ele reconhece o transtorno e dá início ao tratamento, consegue usar esta energia a seu favor, transformando-a numa aliada para se destacar no meio profissional. Quando bem trabalhada, a hiperatividade pode ser benéfica no auge da carreira. O portador de TDAH está mais propenso a realizar diversas atividades sem tanto des-
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gaste ou sobrecarga. A pessoa com TDAH também tem muito mais facilidade de exercer diferentes tarefas simultaneamente do que alguém que não tenha o transtorno. Outra vantagem do profissional com TDAH é a sociabilidade: geralmente, os portadores do transtorno são incrivelmente comunicativos, sabem se expressar e criar novos relacionamentos com muita facilidade, fazendo com que eles se diferenciem daqueles que possuem competência, mas não têm a mesma capacidade de se colocar e se expor em determinadas situações.Vale lembrar que estas vantagens só serão percebidas se o transtorno for diagnosticado e
CARREIRA
tratado. E o tratamento pode ser feito de duas maneiras, com medicação e/ou terapias. Entre as medidas não-farmacológicas (sem remédio) temos desde psicopedagogia, psicoterapia, musicoterapia, equinoterapia, terapia ocupacional e a prática de esportes, em particular, esportes coletivos, que exigem interação com outros colegas e bastante concentração. Já os principais remédios utilizados são os estimulantes do sistema nervoso central, sejam derivados anfetamínicos ou não. Existem ainda outras medicações que podem ser utilizadas dependendo de cada caso e de outros problemas associados ao TDAH, como transtorno do sono, do humor ou ansiedade. Para cada uma destas situações podemos usar uma classe específica de medicação, respectivamente, indutores do sono, antidepressivos e ansiolíticos.
E para que estas características do TDAH sejam melhor aproveitadas, é ideal que o paciente adote algumas medidas que serão essenciais no dia a dia, como evitar ler e escrever com música, TV ligada ou janela aberta. Ruídos e movimentações incentivam a dispersão. Se puder usar um tapa-ouvido, melhor ainda. Quando tiver um projeto longo para desenvolver, faça pausas durante sua execução. Só assim será possível manter a concentração. O uso rigoroso de uma agenda para organizar os compromissos também é indispensável. O diagnóstico de TDAH em adultos ainda é um desafio, mas o tratamento é bastante eficaz e devolve ao adulto acometido o “infinito” potencial do cérebro para novos aprendizados. Afinal, isto é o que esperamos de mais de 100 bilhões de neurônios...
André Felicio Neurologista, doutor em Ciências pela UNIFESP, membro da Academia Brasileira de Neurologia e Clinical Fellow da University of British Columbia, no Canadá.
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CERSI MACHADO
COMPORTAMENTO
O SENTIDO DO TRABALHO EM SUA VIDA
O
que significa trabalho para você? Se perguntarmos às pessoas, as respostas serão variadas, pois, para alguns, o trabalho representa castigo, para outros, apenas um meio de sobrevivência, outros veem o trabalho como um caminho de autorrealização. A palavra trabalho é originária do latim tripalium, que significa instrumento de tortura, usado na Roma antiga. Há mais de um milênio os gregos consideravam trabalho como qualquer atividade menor, inferior. Historicamente, em muitas culturas espalhadas pelo mundo, trabalho teve a conotação de escravidão. Hoje em dia, a ideia de castigo e sofrimento vinculadas ao trabalho está perdendo o espaço. Porém, muitas pessoas ainda acreditam que é falsa a esperança
que o trabalho possa ter algum sentido maior, ou até mesmo trazer felicidade. Elas acreditam que não haverá maiores ganhos financeiros, e que as oportunidades de crescimento raramente vão surgir. Dessa forma, passam o tempo todo desmotivadas no trabalho, esperando que algo aconteça para que elas comecem a melhorar. O que precisa ficar claro a todos os trabalhadores, seja qual for a atividade que executam, é que o sentido do trabalho quem dá é você mesmo. Cada um atribui um significado para aquilo que faz, e esse significado vai determinar o quanto de dedicação você vai colocar para executar as atividades. Se o significado do trabalho for grandioso, você se comprometerá verdadeiramente com sua profissão. O filósofo Alain de Botton, autor
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COMPORTAMENTO
do livro Os prazeres e desprazeres do trabalho, diz que o trabalho, ao lado do amor, pode ser a nossa principal fonte de sentido na vida. Nós passamos a maior parte do tempo no trabalho, sobra pouco para outras atividades importantes como lazer, saúde, estar com a família, amigos, etc. Pesquisas já informam que, em algumas atividades, o brasileiro trabalha até 48 horas por semana. Então, se não encontrarmos um sentido valioso para o trabalho, passaremos pelo menos 1/3 da vida desanimados, desmotivados e desesperançosos. Dar sentido ao trabalho não significa ser obcecado por ele, ou seja, ser um workaholic (viciado em trabalho), que só dá atenção ao trabalho e esquece as outras áreas que
compõem a vida. Quando você tem grandes motivos em sua vida, ou seja, metas pessoais, sonhos e realizações para alcançar, o trabalho pode ser um meio de conquistar o que deseja. Dessa forma, o trabalho terá um sentido muito mais amplo. Um trabalho sem grandes significados faz com que a rotina distancie você de seus sonhos. Então, procure visualizar seu trabalho como uma missão, como uma forma de ajudar os outros, de servir a outras pessoas, de ser útil e importante naquilo que você faz. Quando damos sentido ao nosso trabalho não existe preguiça ao acordar cedo e não há resistência para ficar um pouco mais no trabalho ao final do dia. Um trabalho com sentido forte faz com que aquilo que foi iniciado seja con-
cluído. Pessoas que enxergam um sentido no trabalho o fazem com entusiasmo, se dedicam a fazer o melhor em cada momento. Lembre-se que o trabalho é o contexto mais apropriado para evoluirmos e crescermos como seres humanos, pois através do trabalho é possível desenvolver habilidades, contribuir com o progresso de outros, aprimorar relacionamentos e conhecer as próprias limitações. Portanto, não escolha fazer de seu trabalho um martírio diário. Ao invés de reclamar do que você tem, agradeça por estar trabalhando e note o quanto você pode melhorar e crescer, inclusive espiritualmente. Reveja os significados que você tem colocado para acordar cedo todos os dias e enxergue a importância do que você faz para si e para os outros.
Cersi Machado Considerado como um dos palestrantes mais criativos e dinâmicos da atualidade. Atua há 12 anos como palestrante motivacional e treinador comportamental em diversas regiões do Brasil. www.cersimachado.com.br
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Benedito Milioni
FINANCAS ´
O atual cenário econômico influenciará nas
CONTRATAÇÕES PARA
2013?
E
m primeiro lugar, temos que definir: “qual” cenário econômico? O propalado pelo governo? O ameaçado pelos economistas e comentaristas que insistem com suas apocalípticas análises e inconclusivos laudos como legistas dos desastres econômicos do dia a dia? O cenário que leva o empresário a uma ciclotimia neurótica entre agudos temores e fugazes euforias: afinal, nossa economia vai bem ou bem não vai? O cenário “admirável mundo novo” desenhado em eventos de RH? Seria melhor considerar o cenário em que se debatem empresas e gestores de RH, buscando entender rumos e tendências e, especificamente, conhecer e dominar ferramentas práticas, que levem a soluções para o grande drama: tem muita gente desempregada e subempregada no mercado de trabalho, mas falta gente
para atender a demanda do tímido crescimento do PNB na casa dos preguiçosos 3%? Sem o engessamento da escolha de cenário e, a par do operacional concreto, o fato é que, desde a malfadada reengenharia dos anos 90 e do brotar da geração formatada em terabites, o mercado de trabalho passou a redesenhar suas fisionomia e textura. Não é o mesmo e nunca será igual, bastando, para mudar muito, o intervalo de tempo entre uma crise econômica e outra e os surtos transformacionais que são a herança de cada uma. A reengenharia e o seu perverso mecanismo “corta cabeças”, “enxuga a estrutura”, “corta custos a qualquer custo”, romperam o pouquinho de confiança das pessoas para com as empresas. Nota-se a legião de pessoas que todos os dias aposta as suas fichas nos concursos públicos porque
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FINANCAS ´
viram seus pais (ou elas próprias, a depender da idade) sendo considerados como “gorduras” e despedidos como descartáveis de menor importância. Em face dessa dolorosa memória, muitas pessoas optaram por empreender a sua libertação definitiva: rasgaram seus currículos, guardaram a carteira profissional, abriram seus negócios e prosperaram na sua gigantesca maioria. Seus filhos, a turminha dos terabites, acompanhando os dramas vividos em casa naqueles tempos que não justificam saudades, registraram, no chamado inconsciente coletivo, que o melhor mesmo é buscar os próprios caminhos, bem ao estilo de “empregar” a ser “empregado”! E as empresas precisando de gente! Uma outra vertente do problema: aumentou muito o percentual de brasileiros com acesso ao ensino superior, mas a qualificação propriamente dita não avançou nem para alcançar a poeira levantada pela expansão da economia. O resultado: as empresas ofertando postos de trabalho e sem a contrapartida de postulantes. A falta crônica de qualificação profissional é a severa consequência dos anos de muita discussão sobre modelos de educação, com viés de confusa, se não ultrapassada ideologia, e nenhum resultado prático. Sabem
disso os profissionais de atração e seleção de pessoal nas empresas: a cada requisição de pessoal que brota na tela do sistema de RH, corresponde um tremor. E cada um desses profissionais se transforma numa espécie e Indiana Jones corporativo, na busca do candidato perdido. E a economia segue indiferente aos seus juízes, detratores. E, há muito livre dos seus ineficazes planejadores, ela escancara a realidade: se não tem gente disponível no mercado de trabalho dos dias atuais, nos próximos meses a única diferença é que tudo será pior. O descompasso entre a qualificação de pessoas e o vórtice da demanda pelas empresas será uma desgastante rotina. Se o mundo não acabar, segundo as previsões do calendário maia, também não vão acabar os vetores que pressionam por ações rápidas, especialmente da parte dos gestores de RH, que estão com os olhos postados no futuro e que já sentiram o tamanho da encrenca. E o que deve ser feito para enfrentar de forma minimamente preventiva todo esse cenário que, repito, só mudará na intensidade das suas cores mais fortes ou, para rimar, das suas dores? As empresas precisam mudar no que se refere à atratibilidade das pessoas qualificadas. Salários e benefícios de mercado não
aumentam em nada a atratibilidade: se é de mercado, todas as empresas oferecem e onde está uma razão que seja para que a pessoa preste mais atenção na vaga oferecida pela empresa? É aí que entra o RH para valer: já que em 2013, no mínimo, a dificuldade será a mesma, então se justifica a mudança na empresa para que possa atrair e reter as pessoas qualificadas e, melhor ainda, aquelas realmente talentosas. E a receita para isso é simples: além da retribuição pecuniária, a empresa deve ter, oferecer e manter uma perspectiva de carreira consistente, o compromisso de inversão de recursos no desenvolvimento profissional, a garantia de processos gerenciais e de liderança éticos e motivadores, a permanência renovada todos os dias de qualidade de vida e ambientes humanos, a fidelidade da empresa aos seus colaboradores, sem aquele tradicional hábito de demitir indiscriminadamente, apenas porque as vendas caíram na proporção do tamanho do Bóson de Higgs. A proteção da vida e da dignidade humana, com zero acidentes de trabalho e zero motivos para processos trabalhistas e o que é mais importante e que cada empresa deve descobrir em si: a razão principal que justifique a paixão por ela!
Benedito Milioni Graduado em Sociologia e Administração, é Diretor Técnico da ABTD Nacional (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento). Júri de prêmios de Excelência na Gestão de Pessoas.
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Aqui você aprende inglês e se diverte. A cada edição são novas piadinhas e vocabulários diferentes para enriquecer o seu outro idioma.
Fully automatic airplane
We’re going to get help
After the first takeoff of the fully automatic airplane, the passengers heard the soothing, reassuring voice of the pilot: “Ladies and gentlemen, this is your automatic pilot. In my modern and carefully tested system an error is absolutely impossible, absolutely impossible, absolutely impossible, ...”
While cruising at 40,000 feet, the airplane shuddered and Mr. Benson looked out the window. “Good lord!” he screamed, “one of the engines just blew up!” Other passengers left their seats and came running over; suddenly the aircraft was rocked by a second blast as yet another engine exploded on the other side. The passengers were in a panic now, and even the stewardesses couldn’t maintain order. Just then, standing tall and smiling confidently, the pilot strode from the cockpit and assured everyone that there was nothing to worry about. His words and his demeanor made most of the passengers feel better, and they sat down as the pilot calmly walked to the door of the aircraft. There, he grabbed several packages from under the seats and began handing them to the flight attendants. Each crew member attached the package to their backs. “Say,” spoke up an alert passenger, “aren’t those parachutes?” The pilot said they were. The passenger went on, “But I thought you said there was nothing to worry about?” “There isn’t,” replied the pilot as a third engine exploded. “We’re going to get help.”
VOCABULARY HELP • absolutely impossible - absolutamente impossível • carefully tested system - sistema cuidadosamente testado • fully automatic airplane - avião totalmente automático • reassuring - reconfortante • soothing - tranquilizadora, calma • takeoff - decolagem
In The Desert A man on a camel rode through miles of sun drenched desert searching for some sign of life. His supplies were running low when his camel died. Now on foot he desperately sought refuge from the scorching heat, and most importantly a source for water. Suddenly, he came across a vendor in the middle of the desert. “Thank God I found you!” the man cried. “Please help me, I’m in dire need of water!” “Well,” said the vendor, “I don’t have any water, but would you like to buy one of these fine ties? What am I going to do with a tie?” the man asked. “That’s what I’m selling sir, and if you don’t like it, then I can’t help you. The man left the vendor and walked on for many more miles, praying each mile that he would find refuge from the scorching sun. Squinting his eyes he thought he saw in the distance a restaurant. It must be a mirage he thought but he decided to check it out anyway. As he approached the door, his mouth opened in amazement, seeing that the restaurant was real! The doorman stopped him as he tried to enter. “Excuse me sir, but you can’t come in here without a tie.”
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VOCABULARY HELP • aircraft - avião • crew member - membro da tripulação • demeanor - comportamento, atitude • feel better - sentir melhor • grab - agarrar, pegar • looked out the window - olhou para fora da janela • one of the engines just blew up! - um dos motores tinha acabado de explodir! • parachutes - paraquedas • scream - gritar • second blast - segunda explosão • shudder - tremer, balançar • smiling confidently - sorrindo com confiança • standing tall - em postura ereta, altiva • stewardesses - comissária • suddenly - de repente • there was nothing to worry about - não havia nada com que se preocupar • We’re going to get help - vamos buscar ajuda
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Consumo RESPONSÁVEL A Ambev mobilizou cerca de 116 mil funcionários do mundo todo para difundir o consumo responsável de bebidas alcoólicas. A ação foi realizada com o apoio de bares, restaurantes e supermercados. Os funcionários da empresa passaram um dia visitando todos os estabelecimentos e distribuindo cartazes.
O carro dos seus
SONHOS
A Toyota do Brasil promoveu o concurso cultural Toyota Dream Car Art Contest para selecionar os melhores desenhos com o tema “O carro dos seus sonhos”. A primeira edição foi destinada para crianças e adolescentes de seis a quinze anos, estudantes de escolas da rede pública de ensino. O intuito é fortalecer o relacionamento com a comunidade local e conscientizar os alunos sobre a importância da segurança no trânsito. Os vencedores da etapa mundial concorrerão a uma viagem ao Japão.
Movimento Papel do Cidadão Personal A marca Personal realizou, recentemente, o Movimento Papel do Cidadão Personal, que promove uma limpeza completa em vinte pontos da cidade. Além disso, os pontos serão embelezados com arte urbana. A campanha, baseada na cidadania e responsabilidade social, irá revitalizar, de forma criativa, as áreas selecionadas.
Para acompanhar a gravidez! A Dermodex criou um aplicativo para que as mulheres possam acompanhar desde a gestação do bebê até os primeiros anos de vida da criança. A mãe deve se cadastrar na fanpage da marca para que ocorra a liberação dos aplicativos de acordo com a fase gestacional. Os pais receberão boletins informativos de comportamento, dicas de saúde, moda e tendência, além de poder compartilhar fotos do bebê.
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DANÇA DAS CADEIRAS
Executivo assume a Unidade de Negócios da Mead Johnson A Mead Johnson Nutrition contratou João Carlos Ferreira para liderar a Unidade de Negócios de Fórmulas Infantis com o desafio de expandir o portfólio das fórmulas. Formado em Economia pela Universi-
dade Federal do Rio Grande do Sul, pós-graduado em Marketing pela ESPM, João Carlos passou por empresas globais como Sandoz, Roche, Wyeth e Hoechst durante os 20 anos de carreira.
Novo sócio na Maksen Consulting
KPMG apresenta nova diretora
Grand Hyatt contrata Márcia Lemenszenski
A Maksen Consulting anunciou um novo sócio para o Brasil. Xavier Sabadell possui experiência no mercado de Business Consulting e atuou por mais de 20 anos na PwC e liderou os segmentos de varejo, bens de consumo e agronegócio.
Sandra Campos é a nova diretora da área de Auditoria da KPMG. Ela atuará no escritório de Belo Horizonte, com foco em governos e adaptação dos órgãos ao IFRS. A diretora é graduada em Contabilidade e Administração de Empresas pela PUC-MG. Atuou no Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, no cargo de Inspetora de Controle Externo.
O Grand Hyatt São Paulo informou a contratação de Márcia Lemeszenski para o cargo de diretora da divisão de Revenue Management. Anteriormente, a executiva trabalhou por mais de 16 anos na rede Marriot International, onde iniciou sua trajetória profissional como agente de reservas, passou pelo cargo de gerente de reservas e, por fim, assumiu a Direção de Estratégia de Receitas para Brasil e Argentina.
Fonte: assessorias de imprensa das empresas.
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VITRINE DE SUCESSOS
O segredo de Luísa Fernando Dolabella nar-ra a história de uma jovem do interior de Minas Gerais que descobre o que faz um empreendedor. O livro traz as dificuldades dos empreendedores e mostra como é feita a montagem de um plano de negócios. Fernando Dolabella Editora Sextante R$ 24,00
As 60 ações inteligentes para o sucesso: as atitudes essenciais para você chegar lá Na obra, o autor trata de temas como metas, responsabilidade, dinamismo, persistência, sabedoria e criatividade a fim de ensinar o leitor a reorganizar e reinventar estruturas pessoais e profissionais. Eugênio Sales Queiroz Editora Qualitymark R$ 30,00
Transforme seus sonhos em vida – construa o futuro que você merece O autor explica como é possível construir uma vida diferente e concretizar até mesmo aqueles desejos mais antigos que acabam sendo esquecidos uma vez que não se realizam. Para isso, é preciso deixar de lado hábitos e desculpas para ir de encontro com os sonhos. Eduyardo Shinyashiki Editora Gente R$ 19,90
Escolha certa – Como tomar a melhor decisão hoje para conquistar uma carreira de sucesso amanhã O livro ajuda jovens que estão prestes a fazer sua escolha profissional a descobrir seu perfil vocacional. Maurício Sampaio traça um mapeamento das áreas de interesse e destaca a importância de delinear o perfil comportamental. O livro traz ainda exercícios práticos, atividades de reflexão e testes vocacionais consagrados na área de coaching. Maurício Sampaio Editora DSOP R$24,90
*Fonte: assessorias de imprensa das editoras.
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Sugestão de Sucesso
Sistema financeiro e política econômica
em uma era de INSTABILIDADE C
oletânea de artigos escritos por renomados economistas brasileiros e convidados estrangeiros da corrente kaynesiana, Sistema Financeiro e política econômica em uma era de instabilidade é fruto de uma parceria entre a editora Campus/Elsevier e a Associação Keynesiana Brasileira. A obra tem como objetivo avaliar os desdobramentos da crise financeira internacional, no mundo e no Brasil, assim como avaliar algumas alternativas de políticas. Para tanto, procura responder algumas perguntas atuais: a crise financeira internacional resulta da adoção do paradigma econômico liberal? Quais os motivos da hesitante recuperação econômica mundial? O que está por detrás da crise na Europa? As respostas à crise têm sido adequadas? No caso do Brasil, houve mudanças recentes na gestão da política macroeconômica? Essas mudanças marcam uma nova etapa na política econômica? Um elemento comum nas análises presentes no livro é a crítica ao paradigma da autorregulação do mercado – inerentemente instável dos mercados liberalizados. Assim, a crise financeira internacional é vista como uma crise de um mundo excessivamente liberalizado, em particular no que se refere às finanças. Entretanto, o “olhar keynesiano” diferencia a perspectiva desta obra de outras interpretações mais convencionais da economia.
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André de Melo Modenesi, Daniela Magalhães Prates, José Luís Oreiro, Luiz Fernando de Paula e Marco Flávio da Cunha Resende Editora Campus/Elsevier R$ 59,90
Todo mês, uma escolha para você ampliar seu conhecimento e Ser Mais! editorasermais.com.br 63
COLUNA PAULO GAUDENCIO
SUA PERGUNTA... Todo trabalho que eu faço deve ser repassado para o meu superior, porém, quando cometo algum erro, ele não nota e acaba deixando passar. No fim, a culpa acaba sobrando pra mim, sendo que meu chefe deveria me reportar esses erros para que eu pudesse consertá-los. O que fazer diante dessa situação? Carlos Cunha Pires
...GAUDENCIO
RESPONDE
Uma das funções da empresa é o desenvolvimento dos funcionários e o instrumento usado é o feedback. Sua empresa sabe disso, tanto que usa o feedback. Quem não o faz é seu chefe. Pelo bem da empresa e pelo seu próprio (aprender e impedir que as coisas caiam no seu colo) é importante que a empresa saiba da lacuna do chefe. Eticamente seria bom que ele soubesse de sua decisão: falar com ele e com a empresa. Não sei qual será a reação dele e a sua diante da dele.
Paulo Gaudencio Psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo (USP). Dedica-se há mais de 40 anos à psicoterapia de grupo e à pesquisa científica.
Você também procura respostas? pergunteaogaudencio@revistasermais.com.br 64 editorasermais.com.br
A seção de anúncios mágicos da Ser Mais
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EXPRESSAO REINALDO POLITO
Gente que fala DEMAIS
V
ocê fala demais? Gasta um tempão para dizer o que poderia ser dito rapidamente? Vale a pena refletir sobre os motivos que o levam a ser prolixo e buscar soluções para esse problema. A questão se torna ainda mais grave nesses tempos em que as pessoas estão cada vez mais ocupadas e com pouca paciência para ouvir conversas prolongadas. O primeiro passo em busca da solução é ter consciência de que você fala além do necessário. É comum observar pessoas criticando outras porque são prolixas quando elas mesmas, que fazem as críticas, são as que mais falam. Alguns sinais poderão servir como luz amarela para você ficar atento. Procure se lembrar de alguém já ter feito algum tipo de comentário sobre o fato de você falar muito. Tente recordar ainda se você mesmo já se surpreendeu por não ter percebido como o tempo passou tão rapidamente enquanto falava. A vaidade intelectual é um dos maiores motivos para que alguém se torne prolixo. Certas pessoas não resistem à tentação de mostrar seus conhecimentos e revelar seu brilho intelectual. Basta o tema ter pelo menos uma remota ligação com o que aprenderam em livros, nos bancos escolares ou por qualquer outro meio, e não terão nenhum escrúpulo para incluí-los na mensagem. A conversa ou apresentação fica parecida com uma árvore cheia de galhos. Caminham em determinada direção e mudam a trajetória no meio do caminho para incluírem nova informação, em seguida outra, depois mais uma. De tal forma que 66 editorasermais.com.br
os ouvintes não conseguem mais acompanhar o raciocínio. Se este for o seu caso, resista e não se desvie da rota traçada. A não ser que a informação seja muito relevante a ponto de comprometer o entendimento e o sentido da mensagem, deixe-a de lado. Trace uma rota e permita poucos desvios ao caminho determinado. Faça sempre esta pergunta: em que medida essa nova informação será útil para o resultado da apresentação? Se concluir que ela apenas servirá para demonstrar seu conhecimento e dotes intelectuais, não deve ser incluída. A falta de um objetivo claro pode obrigá-lo a dar voltas nas conversas ou apresentações sem que saiba exatamente aonde deseja chegar. Pode parecer estranho, mas muitas pessoas expõem a mensagem sem saber qual sua real finalidade. Afinal, o que você deseja com sua exposição? Convencer, esclarecer, entreter, informar? Estabeleça seu objetivo principal e se dedique para atingi-lo. Não saber ordenar o raciocínio tira a objetividade da apresentação. Se você não souber qual o rumo que pretende seguir, terá dificuldade para cumprir
de forma correta todas as etapas da apresentação. Seja disciplinado e estabeleça como será o início, o meio e o fim. Parece tão simples, mas são poucos aqueles que conseguem dar esses passos tão elementares. Tomando essas cautelas você evitará divagações desnecessárias, irá com mais objetividade ao ponto, facilitará a compreensão dos ouvintes e conquistará o sucesso que deseja com suas apresentações. Não é complicado, mas exige um pouco de trabalho, dedicação e bastante humildade. Vale a pena. O resultado será gratificante.
Reinaldo Polito Mestre em Ciências da Comunicação, palestrante, professor de expressão verbal e autor consagrado. www.polito.com.br
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