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Expediente A revista Ser Mais é uma publicação mensal. Ano 3 | Nº 42 Diretor Editorial: Mauricio Sita Diretora Executiva: Julyana Rosa Diretora de Operações: Alessandra Ksenhuck Gerente de Projetos: Gleide Santos Projeto Gráfico: Henrique Melo Direção de Arte: Estúdio Mulata (www.estudiomulata.com.br) Relacionamento com o cliente: Claudia Lima Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968 assinaturas@revistasermais.com.br Cartas para a redação: R. Antônio Augusto Covello, 472 São Paulo - CEP 01550-060 redacao@revistasermais.com.br Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e e-mail. A Ser Mais reserva-se o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas. O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax, telefone ou e-mail); e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque. Central do Anunciante: publicidade@revistasermais.com.br [11] 2691-6706 Representante Comercial – Região Sul: Beth Meger Rua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509 Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898 Ser Mais é a revista oficial da Associação Brasileira de Desenvolvimento Comportamental (ABDCOM). Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A Cadastre-se no site www.revistasermais.com.br para receber nossa newsletter. Impressão e Acabamento: Vox
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Editorial Profissional startup! Eu franqueado? Up to date Cidadão 21 A importância da respiração correta na hora de tomar decisões Moda, Beleza e Estilo 2.0 Estratégia Disney +otimista - Ser mais líder MANUAL DO SUCESSO Como recrutar, formar e reter talentos? Amor e trabalho é possível conciliar?
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O elo fundamental para o sucesso de uma mudança cultural Identificação Biométrica Pensamento de formiga para ser grande na vida Como dizer não? Fun Learning Jogos Cooperativos No alvo +vitrine Gaudencio responde +Expressão – Gentileza
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Especialistas nesta edição Alberto Centurião
Alexandre C. D. Sita
4 editorasermais.com.br Marcela Leila Navarro
Buttazzi
Amauri Nóbrega
Marcelo Ortega
André Percia
Bel Cesar
Marli Santander
Dalmir Sant’Anna
Ômar Souki
Dario Amorim
Patrícia Camargo
Denise Lovisaro
Paulo Gaudencio
Dorbson Borges
Reinaldo Polito
José María Gasalla
Renato V. Filipov
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É hora de reinventar
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CAPA Startup
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Jogo Rápido Stefanye Falco
Por que ter uma agenda? Personagem ou intérprete?
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EDITORIAL Caro leitor, Adentramos uma das épocas mais gostosas para a reflexão, o inverno. Que delícia ler um bom livro sob as cobertas e refletir com um saboroso café sobre a vida. Esse é um período que nos faz introspectivos e traz à tona algumas das melhores atividades que podemos realizar dentro de nossas casas, a leitura. Peço licença para entrar em sua casa neste rápido bate-papo e destacar alguns textos legais que poderão dar mais cor a essa estação. Aproveite, enquanto relaxa, cada um dos conteúdos especialmente preparados pelos nossos articulistas, sei que todos poderão contribuir muito para este momento. Que tal mudar um pouco e começar pelo contrário a folhear as páginas da revista; de trás para frente? Não se preocupe, não precisa ler também de trás para frente, esse pequeno exercício é só para mudar um pouco o seu hábito e dar aquela forcinha para o seu cérebro trabalhar mais. Sabia que quando fazemos atividades cotidianas de outra maneira estimulamos novas conexões cerebrais e estimulamos os neurônios? Quer tentar? Então comecemos a brincadeira. O primeiro texto que indico ao estimado leitor é o artigo de Reinalto Polito, nosso mestre quando o assunto é Comunicação. O tema desta edição é “Vencendo o medo de falar em público”, algo pelo qual muitos de nós já passamos em determinados momentos da vida e que ainda pode assombrar algumas pessoas. Se você passa por esse desafio, agora é a oportunidade de vencê-lo, Polito traz dicas preciosas para que mande de uma vez por todas a vergonha embora! Nessa toada do desenvolvimento, a escritora Marli Santander propõe um texto sobre Jogos Cooperativos, que diz como é possível aprimorar e desenvolver competências por meio do lúdico. Excelente pedida para adultos, jovens e até crianças. Por que não incutir nos pequenos desde cedo os valores desejados pelo mercado, quiçá pelo mundo? Do berço se traz também a educação para a vida... E é durante ela que os maiores desafios aparecem, alguns deles podem, inclusive, ir contra os seus princípios, como resolver isso? A coach Denise Lovisaro, no texto “Como dizer não”, nos ensina como trabalhar essa questão e como saber negar algo quando for preciso. Com essas leituras, verá que difícil mesmo não será recusar o que propõem a você, mas deixar de lado a sua Ser Mais! Espero que tenha bastante tempo para curtir cada um dos textos deste número e também para aproveitar as experiências aqui compartilhadas por nossos articulistas. Um forte abraço!
Julyana Rosa Diretora executiva Editora Ser Mais
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ARTIGO LEILA NAVARRO
Profissional startup!
Você pode se considerar um?
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alma, calma, calma! Aqueles que têm claro o que significa o termo startup podem dizer que nomear um profissional como startup é incorreto. Mas, será mesmo? Vamos refletir um pouco a respeito. O conceito de startups tem origem nos EUA e significa empresas de pequeno porte, recém-criadas ou ainda em fase de constituição, com atividades ligadas à pesquisa e desenvolvimento, cujos custos de manutenção sejam baixos e ofereçam a possibilidade de rápida e consistente geração de lucros. Até aí tudo certo? Agora traga essa realidade para a condição profissional que tem sido
exigida no mercado corporativo. Alterando um pouco a definição do que é uma startup podemos dizer que o profissional que corresponde a essa nova tendência tem uma característica muito importante: projeta a sua carreira para criar soluções para o seu próprio empreendimento, para a empresa na qual é colaborador, para a sociedade e para o bem comum. Dá para fazer uma conexão com startup e carreira profissional? Certamente sim! Nos últimos anos, entre os requisitos de um profissional competitivo estão o perfil arrojado, empreendedor e inovador que, independentemente do segmento, almeja conquistar o mercado e manter um ritmo acelerado de expansão. O
fato é que, assim como as empresas precisam ser altamente competitivas para ter bons resultados, os profissionais que desejam ser bem-sucedidos também devem ser competitivos e inovadores. Startup é um negócio de grande impacto, que une talentos, tem um perfil jovial, otimista, não burocrático e é isento dos elementos tradicionais de uma empresa comum, como, por exemplo, hierarquia rígida, formalidades e horários fixos. Um profissional competitivo deve contemplar em seu currículo os atributos e a flexibilidade que correspondam a esse novo nicho de mercado! O Brasil está se consolidando como um importante polo mundial de novos empreendedores e startups. editorasermais.com.br 7
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Ao olhar o mercado de forma mais realista é fácil perceber que as técnicas de planejamento de carreira tradicionais não funcionam mais. Hoje é preciso ter visão tecnológica, espírito empreendedor e se manter atento aos novos modelos de negócios! As empresas buscam profissionais que oferecem boa relação entre risco, inovação, visão de mercado e mente empreendedora. Os profissionais que têm desprezado esse novo modelo de atuação certamente estão com seus dias contatos. O conhecimento técnico continua em alta, porém, a ascensão profissional está intimamente ligada à capacidade de ação. Ser um profissional cheio de ideias e não saber colocá-las em prática é hoje uma deficiência que precisa ser superada. Um
“profissional startup” quando tem um objetivo, tem a necessidade de fazer acontecer e sabe que o melhor caminho é manter o foco, determinar uma linha de atuação e sair em busca dos recursos necessários. Assim como as startups, cada profissional deve gerir sua própria carreira, ter coragem para encarar a diversidade, manter-se conectado aos acontecimentos da sua área de atuação e também de outros setores e, ainda, ser capaz de fazer coisas que antes eram impossíveis. Assim, na era das startups, o melhor caminho para ter um futuro promissor com uma carreira de destaque é reinventando o seu próprio modelo de atuação profissional! Torne-se um profissional startup!
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Com os novos conceitos do futuro do trabalho torna-se apropriado aproveitar a ideia e trazer este conceito ao profissional (como indivíduo) porque as atitudes de um empreendimento nesses moldes apontam para a coragem de investir, de inovar, alçar novos voos e conquistar territórios. E nesse panorama podemos considerar pessoas felizes e com qualidade de vida, fazendo o que gostam, utilizando de forma agradável seus dons, talentos e habilidades, ou seja, todo o seu potencial intelectual. Cada vez mais as organizações estão em busca de profissionais que se destaquem por suas qualidades humanas e pela aptidão de aumentar seus recursos e suas potencialidades de forma contínua e integrada – o que faz parte do conceito de startup.
As empresas buscam profissionais que oferecem boa relação entre risco, inovação, visão de mercado e mente empreendedora. Os profissionais que têm desprezado esse novo modelo de atuação certamente estão com seus dias contatos.
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Leila Navarro Palestrante motivacional, autora de 14 livros, entre eles, “Talento para ser Feliz”, “Talento à prova de crise” e “O poder da superação” e “Obrigado, equipe”. leilanavarro.com.br
ARTIGO ALEXANDRE SITA
Eu franqueado?
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EU FRANQUEADO!
e cada dez empresas abertas no Brasil, seis irão fechar antes de completarem três anos. Outras duas sucumbirão em mais dois anos. Isso significa que a cada 10.000 empresas abertas, quatro anos depois, 8.000 empresários viverão a frustração de ver seu sonho empreendedor se transformar em um pesadelo. Mas de quem é a culpa? Podemos culpar o governo brasileiro com seus impostos abusivos por segurarem os empresários, impedindo que eles decolem. Podemos culpar também a falta de qualificação da mão de obra que é cara e deveria acompanhar uma certidão de casamento, obrigando o empresário a
pensar dez vezes antes de aumentar o quadro, tamanho o vínculo criado nesta relação. Também atrapalham a falta de crédito, problemas de infra-estrutura, corrupção, etc... Apesar de tudo isso, existe um modelo de empresa crescendo e se multiplicando mais do que os Gremlins em chuva de verão. Se você ainda não pensou em ter uma franquia, é só uma questão de tempo... Afirmo isso com segurança, pois existem franquias de tantas formas, tamanhos e valores, que em algum momento uma vai se encaixar no seu perfil. Você será seduzido pela chance de um rendimento maior do que o que você tem como funcionário e com menos riscos do que você corre sendo um empresário solitário. De acordo com dados da ABF (As-
sociação Brasileira de Franquias), de cada dez franquias abertas apenas 0,8 irão fechar antes de completarem seis anos. É isso mesmo! No mesmo país com todos os problemas descritos anteriormente, a taxa de sucesso de uma franquia é atrevidamente superior ao de uma empresa individual. O interessante é que quando pergunto para alguém interessado em adquirir uma franquia, qual o seu palpite para tanta diferença? A resposta sai naturalmente: “Bem, uma franquia já tem um know how estabelecido e desta forma diminui o risco de insucesso do negócio”. Destrinchando um pouquinho melhor este conceito de know how ou saber como fazer, acompanhe-me no exemplo a seguir: você decide editorasermais.com.br 9
montar uma padaria sozinho. Simples não? Conceitualmente sim, até que você parte para a escolha do ponto. Você procura um imóvel assina o contrato, faz a reforma e abre para o público o mais rápido possível. Afinal, pão é tudo igual... E assim você se torna um forte candidato a engrossar a estatística de empresas que fecham antes de três anos. E se você o fizer com uma franqueadora? Bem uma franqueadora de padarias experiente, começa do começo. Qual a melhor região para montar uma padaria? Uma área com alta densidade demográfica e muitas residências ou uma área comercial? Qual o ponto ideal para o seu negócio? Qual o tamanho certo? Com ou sem estacionamento? O volume de variáveis para a escolha do ponto é imenso. Vai desde o lado certo da rua, proximidade de sinais de trânsito, velocidade do fluxo, pontos de ônibus, metrô, trem, etc... E além de tudo isso, quando você encontrar o imóvel ideal, ele precisa ter um valor de reforma que não
prejudique o seu investimento e um valor de aluguel que caiba no seu fluxo de caixa sem arruinar a sua lucratividade. É necessário entender de negociação de aluguel, conhecer o mercado e saber como levar segurança ao locatário. Com a confirmação é preciso saber negociar o prazo do contrato, escolher as garantias e garantir que o seu investimento na reforma do ponto traga benefícios e segurança para o seu investimento. Carência? Você merece! E deve ser negociada antes da assinatura do contrato. De acordo com o Presidente do Mc Donalds, o sucesso de um negócio depende de três fatores: Ponto, ponto e ponto. Se você negligenciar este passo que é o primeiro, seu negócio pode ter um ponto final antes de você dizer “sou excessão nas estatísticas do Sebrae”. Já que o primeiro ponto é o ponto, no próximo artigo falaremos sobre como uma franquia é implantada e os benefícios deste processo frente ao “faça você mesmo”.
Alexandre Sita
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MBA – Marketing – University of Dallas. Atua há 15 anos em mercados nacionais e internacionais, nos setores de aviação, telecomunicações, distribuição, consultoria e odontologia. Diretor de expansão da rede Sorridents.
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ARTIGO MARCELA BUTTAZZI
POR QUE TER UMA AGENDA?
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ara início de conversa, preciso saber... Você ama ou odeia a sua agenda? No mundo atual com a velocidade das informações e tantos compromissos do dia a dia, você consegue viver sem a presença dela na sua mesa ou no seu celular, tablet ou computador? A agenda deve ser sua aliada no cumprimento de metas para gerar resultados sem levar trabalho pra casa ou incontáveis horas extras.
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Como conseguir essa árdua tarefa? Em primeiro lugar, precisamos eliminar a crença limitante que está na ponta da língua: “não tenho tempo, não vai dar tempo”... Em uma definição simples e objetiva o tempo nada mais é que o período que separa dois pontos usados como base para classificar um evento sendo que esses pontos podem ser segundos, minutos, dias, horas,
meses, anos, décadas… Ou seja, temos todo “tempo do mundo” para realizar as nossas tarefas pessoais e profissionais de acordo com a nossa demanda e/ou necessidade. Toda vez que se sentir angustiado, ansioso pela falta de tempo ou pela grande demanda de trabalho, lembre-se: nós criamos o tempo, vivemos em função do relógio, mas ele não pode ditar as regras da nossa vida, mesmo sabendo que criamos uma rotina para organizarmos a mesma. Segundo lugar, tenha autocontrole
e organização, viver na bagunça não faz bem para ninguém! No ambiente de trabalho procure ser reservado, gentil, comunicativo e planejado. Planejar-se é uma tarefa simples que requer disciplina, mas pode se tornar um hábito na sua vida. Terceira dica: faça a agenda, na segunda feira reflita sobre sua semana, ou sobre a quinzena, marque todos os compromissos, reveja tempo hábil para executar aquela tarefa ou aquela visita externa (conte atrasos e trânsito, imprevistos acontecem, mas podemos prevê-los na maioria das vezes). Após a programação realizada, siga-a risca, mas também fique ciente que situações emergenciais ou circunstanciais aparecerão e talvez você não possa pular, dizer não ou fugir: Deverá encará-las com bom humor e sem stress. Exemplo: um relatório de emergência, uma visita externa a um cliente próximo do outro, um reagendamento etc. Como tarefa para um funcional 2013 sugiro um exercício infalível para administrar a sua agenda. Monte sua agenda em uma folha de papel ou em uma planilha no Excel, se desejar especifique horários e atividades. Após a realização da mesma, leia o quadro abaixo e classifique suas tarefas como:
Rasbique ou pinte com canetinhas coloridas e veja como sua agenda pode ficar muito mais organizada do que você imaginava e com certeza sobrará “tempo” para inovar, ser criativo, produzir mais no trabalho e viver feliz com você mesmo! Fonte: Artigo: http://queconceito.com.br/tempo#ixzz2QZAurHuF
Fundadora e sócia-diretora da MB Coaching, escritora dos livros Manual Completo de Coaching, Ser+ em Gestão de Pessoas, Ser+ com Saúde Emocional e Ser+ com Equipes de Alto Desempenho, pela Editora Ser Mais.
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Marcela Buttazzi
Em uma definição simples e objetiva o tempo nada mais é que o período que separa dois pontos usados como base para classificar um evento sendo que esses pontos podem ser segundos, minutos, dias, horas, meses, anos, décadas…
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ARTIGO DALMIR SANT’ANNA
É POSSÍVEL CRIAR
OPORTUNIDADES EM UM PASSE DE
MÁGICA? Descubra como transformar desculpas em oportunidades e sentir novas descobertas. Onde está sua força para acreditar nas suas habilidades e crer no potencial para superar desafios?
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vida é feita de oportunidades repletas de derrotas e vitórias. Para aproveitá-las o ser humano precisa expandir seus conhecimentos, desenvolver habilidades e evoluir com comprometimento, dedicação e satisfação. Considerar nas suas atividades diárias três pilares que movem o comportamento humano: escolhas pessoais, satisfação profissional e a busca pela qualidade de vida. Você não conseguirá demonstrar suas competências ao jogar futsal de chuteira ou jogar futebol de campo com patins. Nesse sentido não há como dizer “sinsalabim” e em um passe de mágica criar oportunidades, ou gritar “abracadabra” e vencer uma partida. Uma pessoa com competência percebe que a vida é feita de oportunidades. Com as dificuldades aprende, desenvolve ha14 editorasermais.com.br
bilidades e supera desafios. Com as conquistas, jamais aceita ser a mesma pessoa que antes. Vigiar seu ego pode contribuir para aproveitar a oportunidade de aprimorar o relacionamento pessoal e interpessoal Procure continuamente ser diferente sem deixar de ser eficiente. Pessoas que fazem a diferença acompanham o avanço entre a tecnologia e os serviços oferecidos conquistando cada vez mais posições de destaque. Coloque em prática o desafio de prometer menos e fazer mais. Como em uma metáfora, perceba que há pessoas fazendo o próprio barco acompanhar as ondas e as evoluções da maré, sem erguer as velas para mudanças do percurso. Não são capazes de crer na capacidade da força do motor do seu próprio barco e não acreditam no potencial de superar as ondas. Tenho a oportunidade de constatar que algu-
mas pessoas não disponibilizam parte de seu precioso tempo para planejar seus sonhos. Deixam de acreditar em si. No seu dia a dia, vigie seu ego e torne ele um aliado para contribuir juntamente com a autoestima, para uma melhor motivação. Entretanto, volto a repetir, vigie seu ego, pois poderá ser prejudicial, quando usado para demonstrar autoritarismo, prepotência e arrogância. Acredito ser algo louvável sentir orgulho de conquistas, mas algo hipócrita está na ação de tornar suas conquistas um orgulho somente para inflar o ego diante de outras pessoas. Onde está sua coragem para agir? Não basta apenas correr exageradamente sem resultados eficazes. Na minha adolescência, quando jogava futebol com meus amigos na escola, acreditava que transpirar a camiseta bastava para vencer um jogo, ou ainda, para eu acreditar
que era um bom jogador. Corria de um lado para o outro do campo, com o objetivo de encontrar opções de jogada. Puro engano! Terminava o jogo esgotado fisicamente, sem conseguir marcar nenhum gol. Hoje com maturidade, acredito que não basta apenas correr exageradamente sem apresentar resultados eficazes. Ao direcionar essa experiência para o ambiente corporativo, quero refletir com você, que alguns profissionais somente correm, mas esquecem de planejar, estudar e identificar oportunidades reais no mercado de atuação. Você conhece pessoas que somente correm de um lado para o outro e não apresentam resultados eficazes? Conhece pessoas que falam muito, mas na prática aproveitam muito pouco as oportunidades para apresentar resultados coerentes? Para fazer a rede balançar, será preciso aproveitar as oportunidades, não permanecendo parado no banco de reservas, sem demonstrar coragem para agir. Lembre que o momento é agora! Amanhã poderá ser tarde demais! O jogo da sua vida pode estar aos 45 minutos do segundo tempo. Que tal aproveitar a oportunidade e marcar o gol da vitória? Há pessoas que entram em uma atmosfera de comodismo e não são capazes de perceber a “velocidade
da mudança” e a necessidade de uma “mudança de velocidade”. Para manter-se sempre atualizado é preciso lembrar que sem conhecimento não há inovação, sem quali-
(...)escolhas pessoais, satisfação profissional e a busca pela qualidade de vida. Você não conseguirá demonstrar suas competências ao jogar futsal de chuteira ou jogar futebol de campo com patins. ficação não há evolução, sem aprendizagem não há desenvolvimento e sem coragem ninguém chega a lugar algum. Em alguns momentos da vida, você precisa acreditar que o jogo está no zero a zero. Aos 45 minutos do segundo tempo há um pênalti a favor do seu time e quem irá fazer a cobrança é você. Não há como cruzar os braços e passar a decisão para outro jogador. Acreditar que você consegue marcar o gol é um grande diferencial. Não vá para o vestiário sem antes experimentar
o gostinho mágico de uma oportunidade de vitória. Lembre-se do pensamento do poeta cearense José de Alencar (1829/1877): “Quem não espera vencer, já está vencido”. Pergunte para qualquer pessoa que está próxima de você, o que faria sendo possível voltar ao tempo? Pare alguns segundos e responda: o que você faria se conseguisse voltar os ponteiros do relógio? É incrível como há pessoas que vivem arrastando lembranças tristes passadas e deixando de abraçar o presente como uma dádiva. Como não é possível em um passe de mágica alterar sua história passada, lembre que a pessoa rancorosa vive fatos do passado. O indivíduo ansioso quer estar no futuro nesse instante. Mas o ser humano prudente aproveita o período presente para ser feliz. Defendo que somos pessoas feitas de passado e de histórias, mas acredito que a principal pessoa beneficiada em viver o presente é você. O que impede você de colocar em prática o desejo de uma transformação agora? Qual motivo impede para deixar a oportunidade de ser feliz escapar das suas mãos? O passado serve como recordação e experiência. O amanhã pode ser tarde demais para você viver uma nova descoberta. Levante seus olhos para novas oportunidades e descubra que é encantador viver. Vamos tentar?
Dalmir Sant’Anna Mestrando em Administração de Empresas; pósgraduado em Gestão de Pessoas; bacharel em Comunicação Social; palestrante e professor de pós-graduação; autor de livros na área comportamental. dalmir.com.br
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^ SE ATUALIZAR UP 2 DATE NOVIDADES PARA VOCE
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1. Projetor de bolso
Ideal para pequenas apresentações ou reuniões familiares, os microprojetores da Philips chegam ao mercado com entradas microSD e USB, capacidade para reproduzir vídeos nos formatos MPEG4, H264 e RMVB e com autonomia de bateria de 2 horas. São três modelos, Philips PicoPix 2055, PicoPix 2480 e o PicoPix 2330, com preço sugerido entre R$ 1.599 e R$ 2.499.
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2. Mixtape USB
Nos anos 80 não existia presente mais romântico do que levar horas preparando uma fita com as músicas favoritas do amado. Estudantes da Califórnia resolveram resgatar essa tradição na versão século 21. My Modern Mixtape vem com pendrive de 2GB, o suficiente para armazenar cerca de 500 músicas. Vale colocar fotos e vídeos especiais. Disponível por US$ 16,99 no mymodernmixtape.com.
3. Teclado Bluetooth
Para quem não se acostumou com o teclado virtual do iPhone, o Donya YKB-50K surge como um dispositivo mais do que útil. Integrando teclado e mouse, o touchpad se comunica através de tecnologia Bluetooth com smartphones e tablets da Apple (com iOS 4.0 ou superior), computadores Windows e PlayStation 3.
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4. Fone de zíper
Nada mais irritante do que os incontáveis nós que os fones de ouvido formam no bolso. A opção da Zipbuds tenta resolver o problema com design inusitado: com cabos de nylon, os fios em formato de zíper impedem que os fones fiquem enrolados, mantendo a flexibilidade e duração. Por dentro, liga de cobre prateado leva o som até o ouvido do usuário. A partir de US$ 19,90 no zipbuds.com.
5. Mouse of Legends
Para quem é viciado no sucesso League of Legends, a Razer, em parceria com a Riot Games, lançou um mouse especial para o jogo, com o logotipo e runas desenhadas no botão de rolagem. Há seis botões personalizáveis na lateral, permitindo o fácil acesso a magias e habilidades, por exemplo. Por US$ 89,99 no razerzone.com.
6. Cadê minha mala?
Um botão adesivo com Bluetooth para ser grudado onde você quiser: nas chaves, nas bagagens do aeroporto, na coleira gato… Do celular, o usuário tem acesso ao aplicativo que funciona como radar, mostrando a distância aproximada do objeto, em um raio de 30 metros. A invenção da Stick-N-Find vem em seis cores e versões para iOS e Android. O jogo com dois adesivos fica por US$ 49, no sticknfind.com. editorasermais.com.br 17
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ARTIGO ALBERTO CENTURIAO
Personagem ou INTÉRPRETE?
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Descubra os papeis que você representa dentro da empresa
ada pessoa tem seu papel institucional bem definido dentro de uma organização empresarial. Um lidera, outro executa, um se ocupa das questões humanas, outro dos aspectos técnicos, logísticos etc. Mas as relações humanas são fluidas e as situações frequentemente exigem que cada um assuma outros papeis, além do que lhe foi atribuído na forma regimental. É natural que nos diversos departamentos de 18 editorasermais.com.br
sua vida uma pessoa assuma diferentes máscaras sociais, adotando padrões gerais de comportamento e atitude, correspondentes ao seu lugar em cada organização social em que se insere, seja ela formal ou informal. Quem vê o gerente austero em uma reunião de negócios não o imagina estirado no tapete da sala, a brincar com os filhos pequenos, mas é natural que isso aconteça, porque, embora o papel seja o de gestor e líder nos dois ambientes, a natureza da relação é bastante diferenciada. Certa vez, participei de uma força tarefa em
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É natural que nos diversos departamentos de sua vida uma pessoa assuma diferentes máscaras sociais, adotando padrões gerais de comportamento e atitude, correspondentes ao seu lugar em cada organização social em que se insere, seja ela formal ou informal.
Alberto Centurião Coach, escritor e dramaturgo. Sócio gerente da Centurione Teatro e Treinamento. Escritor do livro Ser+ com Coaching da Editora Ser Mais. centurione.com.br
que, desenvolvendo o projeto junto a uma equipe de especialistas em diversas áreas, estava também o dono da empresa. Nessa equipe diversificada não existia hierarquia, pois cada um liderava em aspectos relativos à sua expertise. Nesse contexto, eu achava divertido ver o meu empregador chamar-me de “chefe”, e retribuía a deferência chamando-o de “patrão”. Casos pitorescos à parte, no dia a dia da empresa as relações interpessoais precisam ser flexibilizadas para garantir o melhor fluxo da comunicação, com o menor coeficiente de atrito no campo emocional. A hierarquia define a ordenação na distribuição de papeis, mas a dinâmica dos acontecimentos pode, eventualmente, levar a uma situação em que esse ordenamento tenha que ser flexibilizado e, muitas vezes, invertido. Mesmo quando a ordem hierárquica não se altera, um gestor precisa assumir diversos papeis na relação com seus colaboradores, pois exerce funções determinadoras – controle, avaliação, planejamento e atribuição de tarefas – mas também precisa corresponder às necessidades e expectativas da equipe no campo afetivo e emocional – dando apoio, orientando e incentivando – para manter elevado o moral do time. Mas é bom lembrar que o chefe é também um colega de trabalho dos seus subordinados, com quem convive e compartilha alegrias e tristezas, vitórias e fracassos, sonhos e expectativas. Mas a flexibilidade não pode ser
radical a ponto de descaracterizar a relação hierárquica, uma distorção que pode ocorrer quando o papel principal – o papel de gestor – se descaracteriza devido à contaminação pelos papeis secundários, que têm sua função e utilidade, mas não devem sobrepor-se ao protagonista. A vivência como autor e encenador teatral direcionado ao ambiente corporativo me proporcionou inúmeras oportunidades de brincar com as figuras pitorescas e divertidas que abundam no mundo do trabalho, verdadeiras caricaturas vivas que, com suas atitudes excêntricas e comportamentos bizarros, alimentam a boataria da rádio peão e fazem as delícias do dramaturgo interessado em criticar equívocos para sinalizar caminhos. Relembrando os tipos mais divertidos dessa galeria de personagens, percebo o traço comum a todos: a rigidez. São, todos eles, pessoas que trazem, afixada à face, a sua inflexível máscara comportamental, reflexo do limitado entendimento que eles próprios têm do papel que lhes é dado representar dentro da empresa. Já os gestores de alta competência, os empreendedores mais bem sucedidos, os líderes com intenso poder de influência, os negociadores mais habilidosos, os chefes mais amados pelos subordinados, são, invariavelmente, pessoas flexíveis, capazes de adequar sua atitude e seu comportamento às mais diversas situações e demandas do ambiente corporativo, cultivando boas relações e colhendo bons resultados.
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ARTIGO DARIO AMORIM
É hora de reinventar
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Como mudar o foco do negócio quando os resultados não surgem da maneira esperada? omeço o artigo citando frases que escutei nas empresas por onde passei desenvolvendo meu trabalho:
Mudar pra quê? Faz 20 anos que trabalhamos assim! Vamos esperar para ver o que acontece! Já vi isso antes... Não vai dar certo!
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Você já ouviu isto antes? Pois é, todo processo de mudança, necessário para as empresas, é pensado, implantado e praticado por pessoas que nela trabalham, logo, o sucesso do mesmo depende e sempre dependerá das pessoas. Lembre-se sempre que uma empresa é um organismo vivo que, ao longo do tempo, naturalmente, sofre modificações. Porém, estas modificações, ou mudanças, dependem das pessoas, que nem sempre estão dispostas a colaborar. Tudo depende de um fator chamado “Motivação”, ou seja, todos precisam ter um bom “Motivo” para praticar a “Ação”.
Uma reflexão sobre mudanças: elas podem incluir a definição de novo foco ou a escolha de outro modelo de negócio, situações que geralmente acontecem quando o mercado já não tem espaço para o produto/ serviço comercializado, ou quando os resultados desejados não surgem da maneira esperada. Cito o caso das locadoras de vídeo e das lojas que revelavam fotos analógicas. Boa parte destes empreendimentos fechou as portas, porém, existem aquelas empresas que, com ajustes, conseguiram sobreviver e se reinventar. Agora, tão importante quanto se adaptar às mudanças é perceber
a hora de fazê-las. Muitas vezes o envolvimento com um negócio ultrapassa questões financeiras. É algo também de caráter emocional, e sentir a sensação de “sonho frustrado” é o medo pelo qual passa a maioria dos empresários. Analisando com a Razão, e não com a Emoção, vemos alguns Indícios. Devemos ficar atentos a três tipos básicos de mudanças: 1.
As tecnológicas;
2.
As de caráter legislativo;
3.
As sociais e demográficas.
É preciso se antecipar à tendência, ao surgimento de novas regiões, ao envelhecimento da população ou ao desuso de certas tecnologias. Até mesmo grandes empresas às vezes têm aversão às mudanças e ficam paradas no tempo. Um exemplo é o caso da rede americana Blockbuster, que foi a falência depois que os downloads e a pirataria dominaram o mercado. Os sinais das mudanças do mercado têm aparecido cada vez mais rapidamente, mas isso não significa que elas aconteçam de fato de uma hora para outra. Se ficarmos atentos, acompanhando o que acontece a nossa volta, dá para se preparar, sim.
Dario Amorim Consultor empresarial, palestrante especializado em Liderança e Vendas. Escritor do livro Ser+ em Vendas vol. II pela Editora Ser Mais. darioamorim.com.br
Um problema comum é a própria forma como as empresas nascem. Na maior parte dos casos, os empresários criam produtos/ serviços para depois verificar a demanda. Eles desenvolvem o que pensam ser “soluções” e saem em busca de um problema, quando deveria ser feito o contrário. O que fazer então? Cada negócio se adapta de uma maneira muito própria às variações do seu setor de atuação, mas existem medidas que são válidas para todos. Uma delas é diversificar e aumentar o mix de produtos. Outro caminho é romper as “barreiras”: do conhecimento, onde o empreendedor tem de pensar em como ele leva seu produto para pessoas que não possuem conhecimentos básicos para operá-lo; de riqueza, ou seja, ajustar o produto e vendê-lo para outra camada social, diferente daquela para a qual ele foi pensado originalmente; e a barreira do tempo, que é rompida quando a empresa encontra meios de tornar o seu negócio mais conveniente. Às vezes, a necessidade de tal produto/ serviço não morre, mas o que muda é a maneira como os clientes querem consumir aquilo. Um bom exemplo é o fato de que o desejo de ver filmes ou o de tirar fotos não deixou de existir. O que mudou foi a forma de fazê-lo. Você, caro leitor, concorda? O que o empresário precisa é superar todas essas barreiras e explorar novos nichos de mercado, já que não é raro que determinada tendência esteja ultrapassada para uma parcela dos clientes, mas não para todas. Vamos voltar um pouco no tempo para perceber qual caminho devemos empregar neste processo: no passado, as mudanças organizacionais eram feitas através de decisões tomadas
pela alta administração e implementadas através de autoridade e poder. Hoje isso não funciona, simplesmente porque em uma época em que o conhecimento é uma das ferramentas principais para o desenvolvimento, se faz necessária a participação dos funcionários que lidam diretamente com informações estratégicas para a empresa, possuindo dados necessários à concepção, planejamento e execução das mudanças. Voltamos então a falar de pessoas. As empresas começam a perceber que a utilização de suas competências internas é a chave para elaborar e implementar manobras estratégicas mais eficazes e ágeis. Ou seja, para mudar com sucesso é preciso envolver seus funcionários em todo o processo de mudança e desenvolver competências específicas, tais como técnicas de análise e resolução de problemas, de trabalho em equipe, de modelagem de sistemas, de mudança de atitudes e comportamentos, e de gerenciamento da cultura organizacional. Estas competências definem o perfil profissional dos gestores de mudança. Hoje cada gestor precisa de qualificações, conhecimentos e competências necessárias à identificação da necessidade de uma mudança organizacional e a sua implantação. Agora, não podemos esquecer o principal: a capacidade que um gestor deve ter para motivar todos a participarem do processo de mudanças, garantindo assim a possibilidade de sucesso do mesmo. Amigo leitor (a) lembre-se sempre: as empresas nascem e se desenvolvem em função das pessoas. E nunca serão maiores, nem mais poderosas, do que as pessoas que a representam.
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´ POR UM PLANETA SUSTENTAVEL
ABRACE A SUSTENTABILIDADE
Ponto forte na lista de 12 Compromissos Malwee, a sustentabilidade ganhou uma coleção própria. Batizada de “Eu abraço a sustentabilidade com estilo”, trazendo detalhes que reforçam a gestão sustentável da empresa. Na composição das peças foram utilizadas malha PET (composição de fibras de algodão e garrafas PET recicladas), malha desfibrada (mistura novas fibras de algodão, resíduos de malha e poliéster PET) e a exclusiva meia-malha Brasil, feita através do reaproveitamento das fibras de bananeira). Para completar, parte da renda é destinada a fundação SOS Mata Atlântica.
Grupo Boticário lança plano de sustentabilidade O Grupo Boticário começa a trabalhar em um plano de sustentabilidade para os próximos 12 anos. Até 2024, a empresa se comprometeu a rever suas embalagens e matérias-primas utilizadas na composição de seus cosméticos. A análise do ciclo de vida dos artigos, que levanta o impacto ambiental dos produtos e embalagens, desde a extração de matéria-prima até a decomposição, também será analisada para reduzir os danos ao meio-ambiente.
Bicycled A carcaça enferrujada de carros abandonados é a materia-prima para a criação de bicicletas nas mãos dos designers espanhois do estúdio Lola Madrid. A Bicycled aproveita tudo, como a luz de seta do carro se transforma no refletor da bike, o estofamento recobre o guidão e o selim, e a maçaneta da porta serve para regular a altura do selim. Misturando obra de arte e sustentabilidade, as peças são feitas sob medida para cada encomenda. É possível reservar seu modelo pelo bicycledbikes.com.
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SAUDE ´ BEL CESAR
A importância da RESPIRAÇÃO correta na hora
E
m 1982, o neurocientista português Antonio Damásio acompanhou um paciente, chamado Elliot, que após extrair um pequeno tumor cerebral do córtex pré-frontal não conseguia tomar decisões, mesmo as mais rotineiras, como escolher que roupa usar. Apesar de estar fisicamente bem e de seu QI não ter sofrido alterações, Elliot encontrava-se emocionalmente distante de tudo, de todos, assim como de si próprio. Sua fala era calma, porém indiferente. Não demonstrava qualquer sentimento de frustração, impaciência ou tristeza. Este fato levou Damásio a questionar a premissa da racionalidade humana, segundo a qual pessoas sem emoções seriam capazes de tomar as melhores decisões!
“Um cérebro que não consegue sentir não pode decidir”, concluiu. Aproximar-se e reconhecer os próprios sentimentos, e os dos outros, assim como aprender a lidar com eles e expressar emoções, são formas de ativar o córtex pré-frontal. Desta forma desenvolvemos a inteligência emocional: saber reconhecer e validar os sentimentos e pensamentos presentes em escolhas e decisões. Para que o córtex pré-frontal funcione bem é preciso estabilizar a mente. Quando estamos sobrecarregados pela pressão interna ou externa, movidos pela ansiedade, medo ou raiva esta área cerebral torna-se desativada, prejudicando nossa capacidade de tomar de decisões. Para tanto, precisamos, antes de tudo, estabilizar nossa respiração. A ciência já comprovou que existem redes de células nervosas ao redor do
coração e por todo o corpo que se comunicam diretamente com as áreas pré-frontais do cérebro. Ou seja, na medida em que nossa respiração é capaz de estabilizar nossos batimentos cardíacos, pensamos melhor. Parece óbvio, mas não é. Pois, na pressão do estresse, muitas vezes tomamos justamente decisões impensadas e impulsivas porque não nos familiarizamos com a premissa de primeiro estabilizar nossa respiração e depois decidirmos o que fazer! Uma das dificuldades que temos para observar nossa mente é o fato de que, ao nos interiorizarmos, estaremos sem o apoio dos estímulos externos. Em geral, a nossa mente flui quando segue um estímulo sensorial. Por exemplo, escutar uma música agradável é tão fácil, porque nossa mente entrega-se sem dificuldade a uma experiência auditiva
A ciência já comprovou que existem redes de células nervosas ao redor do coração e por todo o corpo que se comunicam diretamente com as áreas pré-frontais do cérebro. Ou seja, na medida em que nossa respiração é capaz de estabilizar nossos batimentos cardíacos, pensamos melhor. 24 editorasermais.com.br
DE TOMAR DECISÕES agradável. Mas, quando fechamos os olhos e nos interiorizamos para observar nossas emoções, não temos uma experiência sensorial para seguir, o que nos dificulta manter nossa atenção apenas em nosso mundo interior. Mas, com treino, aprendemos a nos concentrar e assim adquirimos mais familiaridade com os movimentos sutis de nosso corpo, como nossa própria respiração. Inicialmente aprenda a reconhecer o seu modo de respirar: de olhos fechados coloque a mão direita sobre o peito e a mão esquerda sobre o abdómen. Note apenas o movimento de subida e descida das mãos. Qual mão está se mexendo mais? Se você
Bel Cesar Psicóloga, pratica a psicoterapia sob a perspectiva do Budismo Tibetano desde 1990. Escritora do livro Ser + com Saúde Emocional, pela Editora Ser Mais. belcesar@vidadeclaraluz. com.br
estiver ansioso provavelmente estará com a sua mão direita se mexendo mais. Por isso, foque sua atenção na mão esquerda e, gradualmente, permita que ela suba e desça suavemente. Na medida em que sua respiração desacelera e torna-se estável, concentre-se numa possível opção de decisão. Deepak Chopra também compartilha da ideia de que nosso coração é intuitivo porque está conectado ao computador cósmico, ao campo da potencialidade pura. Ele escreve em seu livro As Sete Leis Espirituais (Ed. Best Seller): Às vezes pode até parecer irracional, mas o coração tem uma capacidade mais acurada e muito mais precisa de processar dados do que qualquer outra coisa que exista nos limites do pensamento racional. Inclusive ele nos ensina como aprender a sentir o corpo para sabermos se estamos tomando uma decisão correta: há um mecanismo muito interessante no universo para ajudar a fazer escolhas espontaneamente corretas. Esse mecanismo se relaciona com as sensações físicas. Nosso corpo conhece dois tipos de sensações: uma é a do conforto; a outra é a do desconforto. Imedia-
tamente antes de fazer uma escolha consciente, observe seu corpo enquanto faz a pergunta: ‘Se eu escolher isso, o que acontecerá’? Se seu corpo enviar uma mensagem de conforto, é a escolha certa. Se seu corpo enviar uma mensagem de desconforto, a escolha não é adequada. Para alguns, a mensagem de conforto e desconforto se dá na região do plexo solar. Para a maioria, no entanto, se manifesta na área do coração. Conscientemente, preste atenção nessa área do coração e pergunte a ele o que fazer. Depois espere uma resposta física, na forma de sensação, mesmo que seja muito leve. O importante é que está lá, em seu corpo. Precisamos aprender a manter a calma para receber as informações do corpo. A impaciência nos cega. Para vermos com clareza, precisamos descansar a agitação mental. Às vezes, nosso corpo diz para pararmos enquanto nossa mente nos diz para agir. É melhor seguir as mensagens do corpo. O corpo não mente, sua linguagem intuitiva é direta. A mente lógica pode dar muitas voltas e nos enganar se estiver viciada numa única visão de realidade.
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MODA, BELEZA E ESTILO
Cachinhos Com quatro novos produtos de finalização, a linha Curvaceous da Redken, elaborada especialmente para quem tem cabelos ondulados e cacheados, fica mais completa. Mousse, spray ativador de ondas, sérum creme e loção leave in definidora de cachos são as armas para “domar” as ondulações por até 72 horas e promete 97% de controle de frizz.
Leite.com Nascida no comércio virtual, a Leite. com abriu sua loja física no bairro de Pinheiros, em São Paulo, especializada em decoração, casa e design. Inspirado pela capital paulistana, o grupo lançou a primeira coleção, que destaca bairros clássicos da cidade, como Bixiga, Barra Funda, Rua Augusta e Avenida Paulista. Conheça os produtos no leite.com.br/loja ou Avenida Pedroso de Morais, 785, Pinheiros, São Paulo.
Fine-one-one no Brasil O esperado blush Fine-one-one, da Benefit Comestics, chegou ao Brasil. São duas tonalidades, que além de iluminar, delineia e finaliza o look, sendo aplicado nas bochechas ou nos lábios. O produto está disponível nas lojas da Sephora por R$ 149,00 ou pelo site sephora.com.br. 26 editorasermais.com.br
Copa do Mundo
Já no clipa de Copa das Confederações e Copa do Mundo, a Lansay apresenta uma linha exclusiva de malas, sacolas e frasqueiras, licenciadas pela FIFA. Com as cores do Brasil, os produtos prometem conquistar os fãs de futebol e viagem. A linha Color também faz uma homenagem a outros países, destacando a oferta de cores.
NOVIDADES DO MUNDO DA WEB
Numbers Addict
Bovespa
Acompanhar as cotações de ações em uma carteira personalizada, acessar gráficos dos índices da bolsa e assistir aos vídeos publicados na TV BM&FBOVESPA são alguns dos recursos que o aplicativo da BM&FBOVESPA traz. O usuário ainda fica por dentro do noticiário postado no Twitter oficial da companhia, além de informações sobre investimentos, finanças pessoais e eventos. Grátis para Android e iOS.
Pagamento no celular
Celulares e tablets podem dar lugar às tradicionais maquinhinhas de cartão de crédito, abrindo o leque para pequenos lojistas e autônomos utilizarem a forma de pagamento. A Go Pay e o Pag Seguro já oferecem o serviço para os sistemas Android e iOS. Basta fazer o cadastro no site (R$
Da série de joguinhos viciantes, o Numbers Addict é a versão matemática do tradicional Tetris. O objetivo é formar sequências do mesmo número e explodir a maior quantidade de esferas. É possível jogar contra amigos e compartilhar os resultados no Facebook. O game é gratuito para Android, iOS, Blackberry e Windows Mobile.
118,80 no Pag Seguro e R$ 140,00 na Go Pay) e baixar o aplicativo. A empresa envia o leitor de cartões, que é acoplado na saída de fone de ouvido do aparelho. No Pag Seguro o lojista parcela as compras em até 12 vezes e na Go Pay é possível capturar cartões pré pagos e cartões presentes.
Vou de táxi
Já não é preciso ficar parado no ponto à espera de um táxi disponível. São diversas apps gratuitos para Android, iOS e Windows Phone que funcionam no Brasil e no exterior, trazendo o táxi até o usuário, mostrando tempo de espera e avaliação do motorista. O Click a Taxi é um dos de maior abrangência, disponível em 50 países e em 30 cidades no Brasil. O SaferTaxi tem serviço executivo para aeroportos e programa de milhas para trocar por trajetos grátis. Em São Paulo, o Me Leva oferece a possiblidade de dividir a corrida até o aeroporto de Guarulhos com outros passageiros.
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´ PERCIA COACHING ANDRE
I
ESTRATEGIA DISNEY:
DESPERTANDO SEU POTENCIAL CRIATIVO!
O
Roteiro Realista, Sonhador, Crítico
nde na sua vida esportiva você precisa criar e inovar? Muitas pessoas buscam o coaching com esse objetivo ou percebem essa necessidade ao longo do processo. Walt Disney surpreendeu o mundo criando um sem número de personagens e formas de entreter pessoas que perduram muitas décadas após a sua morte. O Coach e Pioneiro da PNL Robert Dilts estudou e modelou o processo de Disney para criar, e, agora, você pode despertar seu potencial criativo de forma fácil e objetiva, usando processos similares. Fiz algumas adaptações desta famosa e clássica técnica da PNL para este artigo. Em termos bem objetivos, Disney, primeiro, se permitia sonhar livremente. Depois, pensava em executar este so-
nho de forma mais realista para, então, criticar construtivamente o que estava projetando. E permanecia neste ciclo até que o processo fosse satisfatório: voltava a sonhar, pensar em executar e criticar construtivamente. Esta é a essência da “Estratégia Disney”. Coloque no chão pedaços de papel com os nomes “Realista, Sonhador, Crítico e Metaposição” no chão, com o crítico um pouco mais afastado dos demais. Recorde-se de uma situação no passado na qual usou com sucesso seu potencial criativo. Entre no espaço do Sonhador e reviva esse momento. Identifique e escreva o que vê, ouve e sente nesta experiência: Alterne o pensamento sobre a experiência e a consciência de estar nessa posição (sonhador). Quebre o estado. Saia dele.
Recorde-se agora de uma experiência na qual você colocou um plano em ação, e entre na posição do “realista” revivendo este momento. Escreva o que vê, ouve e sente.
Alterne o pensamento sobre a experiência e a consciência de estar nessa posição (Realista). Quebre o estado. Saia dele. Recorde-se, por fim, de uma vez onde você conseguiu criticar construtivamente algum projeto com intuito de torná-lo melhor. Entre no Espaço do crítico e reviva essa experiência.
Alterne o pensamento sobre a experiência e a consciência de estar nessa posição (Critico). Quebre o estado. Saia dele. Identifique um objetivo pessoal ou profissional o qual deseja alcançar e entre na posição 1 (Sonhador) e traga de volta a “experiência do sonhador” revivida que deixou ancorada neste espaço (pode rever as anotações). Puxe por seu potencial criativo! Considere todas as possibilidades, sonhe! Anotações:
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Entre direto no espaço do realista (2) e traga de volta a experiência revivida que deixou ancorada neste espaço (pode rever as anotações). Pense nos seus sonhos organizando as ideias de uma forma mais realista. Comece a considerar como você vai transformar o sonho em prática? O que é realista esperar e alcançar? Anotações:
Agora entre no espaço do crítico avaliando o plano (3). Traga de volta a experiência que deixou ancorada neste espaço (pode rever as anotações). Considere em seguida sobre seu objetivo: o que está faltando? O que não funciona tão bem ainda? O que poderia dar errado? O que vai gerar de resultados para você e para os outros envolvidos? Como se sente ao considerar tudo isso? Anotações:
A intenção positiva do crítico é que o resultado seja alcançado. O crítico deve criticar o plano e não o sonhador ou o realista por terem contribuído. Volte para a posição do sonhador com todas essas novas ideias processadas, anotadas, percebendo se ainda existe algo que o sonhador pode contribuir ainda mais. Novas contribuições do sonhador:
Revisite mais uma ou duas vezes cada posição, sempre processando e anotando novos insights até sentir que está satisfeito e que não existe mais nada que o sonhador, o realista e o crítico possam contribuir. Considerações e novos insights:
André Percia Psicólogo clínico e hipnoterapeuta com formação internacional em Coaching. Coordenador de livros da Editora Ser Mais. youtube.com/Andrepercia apercia@terra.com.br
Imagine-se ao final num futuro próximo colocando em prática de forma concreta e objetiva tudo o que aprendeu para usar criativamente em seu objetivo. Se quiser,
repita o processo algumas vezes para trabalhar mais ainda essas posições, e aplique a outras áreas de sua vida onde precisa que a criatividade se manifeste agora!
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CAPA GABRIELA PANCHER
Startup Entre 1996 e 2000, a bolha da internet nos Estados Unidos trouxe o termo startup para o vocabulário dos empreendedores, com o surgimento acelerado de empresas do setor: ter um site ou uma loja de comércio virtual era sinônimo de status e promessa de lucros exorbitantes. Nos anos 2000, grande parte dessas marcas “ponto com” desapareceram com o estouro da bolha, quando se percebeu que apenas “estar” na internet não melhorava o rendimento da empresa, derrubando o preço das ações. O Google (1998) é um exemplo dos que atravessaram a bolha e se firmaram com o passar dos anos. A diferença está em analisar e entender o contexto e buscar inovações. Com a consolidação no mercado, assumindo a liderança no serviço de busca, o Google partiu para novos projetos, expandindo a força da marca: em 2010 lançou o Nexus One, seu primeiro modelo de celular em parceria com a fabricante HTC e o sistema operacional Android; em 2013 veio o primeiro computador com sistema operacional próprio, batizado de Chrome OS. 30 editorasermais.com.br
O
setor de serviços e tecnologia continua sendo o grande celeiro para novas empresas, trazendo um modelo de negócios repetível e escalável, marcado essencialmente pelo risco e inovação. Apesar da estrutura reduzida, com inúmeros cases que nascem na garagem de casa (Google, Apple, Flickr) não se trata de uma empresa pequena, como uma lanchonete no bairro. A startup se firma em um cenário de dúvidas, já que a sua proposta ainda não foi testada no mercado, então não há modelos a serem seguidos. Baixos custos de manutenção e a possibilidade de geração rápida de lucros também caracterizam a startup. Essa foi a receita do Google e das mais de dez mil startups que existem no Brasil, levantando cerca de R$ 1,7 bilhão em aportes em 2012, segundo dados da Associação Brasileira de Startups. E a expectativa é que o número de empresas dobre até o final de 2013. Mas como conseguir uma parte desse montante para transformar a sua boa ideia em um negócio rentável? Como conquistar um investidor? A revista Ser Mais conversou com dois dos empresários que mais se destacam entre as startups nacionais para esclarecer essas questões, Julio Vasconcellos,
cofundador e CEO do Peixe Urbano, e Eduardo Meneses, um dos idealizadores do HotelUrbano.com. Muito mais do que uma boa ideia “Se você tem uma ideia para um negócio, a melhor forma de saber se ela é boa mesmo é testando a sua hipótese no mercado.” A frase é de Julio Vasconcellos, que ao lado de Emerson Andrade e Alex Tabor, trouxe em março de 2010 o modelo de compras coletivas para o Brasil com o Peixe Urbano, hoje um dos endereços mais acessados no país. O objetivo era chegar a 300 mil usuários até o final do ano. Em dezembro, o cardume já registrava cinco milhões de usuários cadastrados e hoje já são mais de 20 milhões em todo o Brasil. A empresa escalou rapidamente e agregou novas ferramentas, transformando o site em uma plataforma mais completa de serviços, com o Peixe Urbano Delivery, Peixe Urbano Viagens e o Guia Peixe Urbano. Em 2010, o termo startup não era tão comum no Brasil e o Peixe Urbano foi abrindo caminho para novos empreendedores. Não havia tantas opções de aceleradoras, incubadoras ou eventos para trocar experiências entre os novos empreendedores. “Não basta ter uma boa ideia,
é preciso executá-la muito bem, e para isso a equipe é fundamental. No início, tivemos muita agilidade e conseguimos escalar rapidamente a operação e construir uma marca forte, reconhecida nacionalmente”, relembra Julio. O Peixe Urbano acabou não só chamando a atenção do mercado nacional, mas de grandes fundos de investimentos estrangeiros, como Morgan Stanley e T. Rowe Price Associates. Em 2012, a empresa foi a primeira latino-americana a ser coroada com o “Oscar” da tecnologia e do empreendedorismo, levando o prêmio de Melhor Startup Internacional no The Crunchies Awards, na Califórnia. “O que me deixa ainda mais contente é poder compartilhar a nossa história e a nossa experiência com outros empreendedores, podendo assim estimular o desenvolvimento de um ecossistema de empreendedorismo no Brasil”, destaca Julio. Foi também em 2010 que nasceu a maior agência de turismo online, o Hotel Urbano idealizado pelos irmãos Eduardo e Ricardo Meneses. O objetivo era desenvolver um sistema ainda novo no Brasil: uma empresa capaz de oferecer descontos agressivos em hotéis e pousadas. No ar desde janeiro de 2011, o site realizou mais de 16000 ofertas e
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Hoje o Hotel Urbano contabiliza um faturamento médio anual de R$ 250 milhões e 220 funcionários. Em 2012 foram inauguradas duas lojas físicas no Rio de Janeiro, uma no New York City Center e uma no Park Shopping. Até o final do ano serão mais 14 unidades no país. Para conquistar a América Latina, está previsto um investimento de
R$ 79,5 milhões até 2015 para expandir as operações na Argentina e Uruguai, que contará com o escritório na capital Montevidéu até o final do ano. “Não somos apenas um canal de venda mas também um canal gerador de demanda e aí que está a graça do negócio. Nosso make meaning, nosso propósito é fomentar o turismo através de preços acessíveis”, afirma Eduardo.
lucro. O desafio é que, por apostar na inovação, a startup dificilmente conhece com precisão a validade de sua solução, então é preciso trilhar um caminho de incertezas. O mundo digital possui baixas barreiras de entrada e uma rápida evolução, então não é recomendado gastar muito tempo preparando um plano de negócios muito elaborado. “Na maior parte das vezes, faz mais sentido testar uma versão beta do seu produto (o Minimum Viable Product, ou produto mínimo viável) para ver se a ideia realmente tem potencial antes de seguir em frente”, aconselha Julio. Conforme a empresa vai crescendo, manter o foco se torna cada vez mais essencial e tentar manter o equilíbrio entre implementar novos projetos simultaneamente ou um de cada vez, com maior nível de cuidado e qualidade. “Saber planejar e priorizar os
Produto Mínimo Viável (MVP) A lógica da startup é tentar resolver um problema, identificar uma necessidade no mercado e investir em uma solução. Empreendedores tradicionais costumam criar planos de negócio que apoiem sua decisão no início da operação da empresa. Já para a startup, um plano de negócios só deve vir após um modelo de negócios validado. O modelo é a forma como a empresa transforma um produto em algo rentável, em
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“Boas ideias são somente boas ideias. O poder de execução é mais raro e difícil do que o poder de criação.” Eduardo Meneses, diretor de marketing, operações e cofundador do Hotel Urbano.
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vendeu mais de 400 mil pacotes. “A ideia surgiu após alguns anos trabalhando com internet, notamos que o setor de agências de viagem online no Brasil contava com apenas um player que focava única e exclusivamente em passagens aéreas onde as margens são mais reduzidas. Já no mercado global, a Priceline, por exemplo, com 40 bilhões de dólares de valor de mercado, tem 90% de seu resultado da marca Booking. com, que foca justamente em hotéis”, conta Eduardo Meneses.
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Se você tem uma ideia para um negócio, a melhor forma de saber se ela é boa mesmo é testando a sua hipótese no mercado. Julio Vasconcellos, Cofundador e CEO do Peixe Urbano
diferentes projetos e ser realista diante dos recursos disponíveis é extremamente importante para que eles sejam alocados da forma mais estratégica possível, visando o crescimento sustentável e de longo prazo da empresa”, completa o fundador do Peixe Urbano. Aceleradora, incubadora, angels O crescimento no número de aceleradoras, incubadoras, eventos e programas que incentivam o empreendedorismo é um fenômeno recente no Brasil, auxiliando não somente no desenvolvimento do plano de negócios como também com a captação de funding. Para o Hotel Urbano, a Insight Partners ajudou a mudar de patamar em termos de governança e abriu outros horizontes como a internacionalização da marca. Já o Peixe Urbano não contou com uma aceleradora no início de suas operações. Com os diversos tipos de investidores, Yuri Gitahy, fundador de A Aceleradora que desde 2008 já apoiou mais de 200 startups com mentoring e capacitou mais de 500 empreendedores, esclare-
ce os principais existentes no mercado: Angels: se tiverem boas referências do empreendedor e do projeto, angels que atuam individualmente podem levar de duas a oito semanas para investirem uma média de R$ 100 mil (ou até mais que isso, em alguns casos). Grupos de angels: costumam avaliar projetos em fóruns semestrais. Podem investir de R$ 200 mil a R$ 500 mil em até três meses. Fundos de capital semente com recursos privados: definem suas próprias regras porque têm mais flexibilidade para negociar acordos junto aos investidores. Alguns podem avaliar sua empresa, reduzirem o contato por vários meses e reaparecerem com uma proposta. Outros podem ajudá-lo a melhorar a empresa informalmente, e ao final de vários meses de interação constante, fazerem uma proposta formal de investimento para fechá-la em poucos dias. Fundos como esses tendem a fazer um primeiro aporte de R$ 200 mil a R$ 1 milhão em um período entre três a seis meses para projetos realmente atrativos. Fundos de capital semente com capital público: têm regras específicas e
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investidores institucionais, aumentando a formalidade do processo de avaliação. Podem levar de três a seis meses somente para avaliar se a empresa está apta a receber um investimento entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. Na média, projetos maduros recebem R$ 2 milhões em até seis meses, contando três meses para avaliação e três meses migrando a empresa para a nova estrutura de capital. A recomendação de Julio para esse momento passa por avaliar os principais objetivos e dificuldades da empresa, o que cada programa oferece e o custo, em termos de tempo, dinheiro ou equity, antes de se comprometer com determinada oportunidade. “Independente da decisão, é sempre importante buscar fóruns onde se possa compartilhar experiências com outros empreendedores, identificar mentores, construir uma boa rede de contatos e buscar diferentes fontes de aprendizado”. Yuri destaca que o pior momento para se tentar conseguir um investimento é quando o dinheiro acaba a ponto de o projeto congelar ou morrer. “Planeje-se para para engrenar a startup antes de essa hora chegar, ou gerencie seu contato com os in-
vestidores certos para acioná-los na hora certa”. No termo dos empreendedores, conquistar um investidor depende de um bom pitch, ou seja, um bom discurso para vender sua ideia. Ser breve e claro e apresentar o problema e a solução ajudam na apresentação. “Com uma boa ideia e um time por trás capaz de executar você não vai encontrar dificuldade em achar um investidor que acredite na empresa”, recomenda Eduardo. Startup Brasil Ao analisar a taxa de empreendedorismo no país é possível entender de onde vem essa força dos novos investimentos e a mudança da cultura de buscar emprego para a de abrir o próprio negócio. Em 2002, a taxa era de 20%, contra os 40% atuais, de acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), publicada no Brasil pelo Sebrae em 2013. Se antes a razão por criar um negócio era guiada por uma necessidade, por falta de emprego e de perspectiva de reinserção no mercado de trabalho, hoje em dia a oportunidade é quem comanda o jogo, representando 70% dos empreendimentos, contra 42% há dez anos.
mance, lança tendência, diferenciação, suporte e talento) é fácil perceber que o país se destaca, por exemplo, no mindset, que está relacionado a quanto o pensamento voltado para startups foi incorporado na cultura. Mas ainda perde em performance e no lançamento de tendências, ou seja, inovação. “Boas ideias são somente boas ideias. O poder de execução é mais raro e difícil do que o poder de criação”, esclarece Eduardo Meneses. Legenda do gráfico: O Vale do Silício, Estados Unidos, ainda é o melhor ambiente para a criação de startups e novos negócios. Em 2012, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação
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É graças a essa nova dinâmica que o Brasil se destacou no relatório Startup Ecosystem de 2012, organizado pela Startup Genome e Telefonica Digital, no qual São Paulo aparece como a 13ª melhor região do mundo para se empreender, a frente das demais cidades latino-americanas. Dos oito quesitos analisados (venda de startup, investimento, perfor-
(MCTI) decidiu dar um “empurrãozinho” para o setor de startups e anunciou o programa Start-up Brasil, que pretende destinar R$ 40 milhões até 2014 para 150 empresas de software e serviços de TI em fase de lançamento, visando fortalecer o setor e ampliar a competitividade. A iniciativa do Governo Federal baseia-se em cinco pilares: desenvolvimento econômico e social; posicionamento internacional; inovação e empreendedorismo; produção científica, tecnológica e de inovação; e competitividade. “Queremos criar pontes, por exemplo, entre os jovens cheios de ideias e as universidades com projetos avançados de tecnologia”, ressaltou o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgilio Almeida. “A intenção é posicionar o Brasil como um player global de desenvolvimento e oferta de produtos de alto valor agregado. Estamos fazendo um evento dentro de um setor-chave para o Brasil, a economia digital. Em 2012, essa área cresceu 10,8%, enquanto a economia como um todo cresceu, aproximadamente, 1%.” Para Yuri Gitahy, de A Aceleradora, a iniciativa coloca o Governo Federal como interlocutor e incentivador
junto aos empreendedores digitais e investidores de risco. “Além de fomento às empresas, muitas pessoas também esperam do governo uma reforma tributária para reduzir impostos para investidores-anjo, além de redução da carga da CLT em empresas nascentes.” Segundo Eduardo Meneses, o governo deve se preocupar em criar um ecossistema propício ao empreendedorismo, como se vê no Vale do Silício. “Existe uma grande faculdade que fomenta bastante o empreendedorismo, grandes fundos de investimentos que fazem com que sonhos e modelos de negócio pos-
sam tornar-se realidade, bons advogados para cuidarem da burocracia e fazer tudo acontecer”, compara. “Isso criaria um ambiente favorável para fomentar startups de sucesso no Brasil.” Na opinião de Júlio Vasconcellos, o Start-up Brasil ajudará a criar incentivos importantes e necessários para estimular a inovação e o empreendedorismo. “O país possui condições mercadológicas muito favoráveis para empresas de tecnologia, mas existe ainda um custo-Brasil muito alto que dificulta a abertura e o crescimento de startups.” Três fases compõem o programa:
na primeira, por meio de edital, foram selecionadas nove aceleradoras. O edital seguinte escolheu as startups, incluindo 25% de estrangeiros. Na terceira e última fase, a aceleração foi iniciada, ou seja, as empresas começaram a receber apoio para a realização de projetos de P&D. A infraestrutura da aceleradora completa o processo de inovação (P&D + Gestão + Mercado + Funding) em um processo que durará de seis a 12 meses.
Para saber mais: Empreendedorismo Inovador: como criar startups de tecnologia no Brasil Nei Grando Editora Évora R$ 79,90 Associação Brasileira de Startups: http://www.abstartups.com.br Start-up Brasil: http://startupbrasil.mcti.gov.br
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JO GO RÁ PI DO 36 editorasermais.com.br
Stefanye Falco
Nascida em Campo Grande e formada pela New York Film Academy, de Hollywood, Stefanye Falco estreia em 2013 nos cinemas norte-americanos com o longa The last boat to Alcatraz (O último barco para Alcatraz). Em 2012, a atriz participou da novela A Vida da Gente, da Rede Globo, e acumula em seu currículo papéis em musicais e comerciais. Formada em jornalismo, Stefanye ainda é empresária, com a 4ever, tem e-commerce própria no Facebook e é blogueira do Luta Pela Vida. Por Gabriela Pancher
Participar de um filme em Hollywood é o sonho de muitos atores, mas passa por um caminho cheio de desafios. Que conselhos você daria a quem, independente da profissão, almeja grandes objetivos profissionais? Eu digo que se deve sim sonhar, porém sempre com os pés no chão. Haverá um momento em que se sustentar, sobreviver e com qualidade de vida será a prioridade. Se você puder realizar teu sonho conseguindo sustentar aquilo que é essencial à vida, considere-se abençoado. Considero-me realizada por buscar e realizar o que gosto de fazer.
Além da carreira de atriz, sou empresária da 4ever (http://www.facebook.com/4everecommerce?fref=ts) e amo minha empresa bem como atuar em minha área de formação. Como foi a sua preparação para o filme? Teve algum sentimento diferente rodar um filme de terror na prisão desativada de Alcatraz? Foram muitos ensaios, leituras e interação com todo o elenco e diretores, em San Francisco, Califórnia. Gravar dentro do presídio muda tudo. A vivência é muito mais real, diferente de tudo que já fiz e deu toda magia necessária para o trabalho.
O que a levou a estudar nos Estados Unidos? Quais as principais diferenças com as escolas que passou no Brasil? Escolhi morar no Estados Unidos pela qualidade do ensino nas universidades, pela qualidade de vida que não se compara com a do Brasil e porque estudar cinema em Hollywood é sempre um grande sonho para todos da área. A experiência foi sensacional e achei muito diferente das escolas no Brasil. É indiscutível que eles sabem fazer cinema melhor do que qualquer um. A interação com os estrangeiros também é sempre positiva. Sua carreira inclui musicais, participação em novela, apresentadora de televisão, colunista em revistas, comerciais e agora o cinema. Existe algum em que se sinta mais realizada? Foi difícil mudar para a telona? Na verdade não mudei pra telona definitivamente. Sou formada em Jornalismo com DRT em apresentadora e locutora. Fiz minha pós-graduação em Cinema para me auxiliar ainda mais na área de comunicação, que é bem abrangente. Estou aberta a novas oportunidades dentro da área. Em 2010 você criou o blog Luta pela vida, que aborda a Encefalite Herpética, doença enfrentada por seu filho no primeiro ano de vida. O que o blog representa para você? Considero meu blog “Luta pela vida” (http://batalhapelavida.blogspot.com.br/) mais importante do que qualquer trabalho que eu já tenha realizado na vida. Decidi criá-lo como agradecimento pela cura do meu filho e com a intenção de informar, apoiar e salvar vidas. Minha gratidão pela recuperação do meu filho é eterna e acho que jamais conseguirei retribuir totalmente essa benção que recebi do Universo.
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^ OTIMISTA OMAR SOUKI & DOBSON BORGES
Ser Mais Líder
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Editora Ser Mais publicou em 2010 a obra Ser Mais Líder, o primeiro da série Ser Mais. Naquele livro, renomados especialistas contribuíram cada um com um capítulo, para o avanço da liderança pessoal e empresarial. Depois vieram outras obras versando sobre Vendas, PNL, Coaching, Comunicação, etc. A série Ser Mais é um sucesso de vendas, tanto que inspirou a publicação de títulos de autores individuais. Um deles é o livro de Dobson Borges, Os E’s da gestão: estratégia, execução, excelência, espiritualidade (Editora Ser Mais, 2013). Nessa obra Dobson sugere que as empresas que atingem o sucesso são aquelas que conseguem fazer coisas de forma radicalmente diferente. Superam as expectativas de seus clientes e ampliam sua participação no mercado. Para que isso aconteça é importante que a liderança de tais organizações esteja também disposta a pensar de forma radicalmente diferente. Achei a ideia do livro genial e convidei Dobson para ser o coautor deste artigo. O foco de Dobson é a estratégia. Recentemente ele sugeriu que criássemos indicadores de liderança para serem aplicados nas empresas. O objetivo é ver qual é a relação que existe entre o sucesso empresarial e o espírito de liderança de seus gestores. Já sabemos que a relação existe: quanto mais forte o espírito de liderança em uma
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empresa, mais sucesso! Vamos agora medir essa relação. Qual é, de fato, o papel da liderança dentro de uma organização? Neste artigo lhe oferecemos uma prévia do teste que será aplicado nas organizações. Ao aplicar este teste — em você mesmo — ficará sabendo como está o seu espírito de liderança. Quanto maior for a sua nota, em uma escala de 0 a 10, mais forte é a sua liderança e maior poderá ser a sua contribuição para o sucesso da empresa. Esta avaliação, porém, não é só para avaliar o quanto você está contribuindo, mas também para verificar em quais áreas você se destaca e em quais precisa investir mais. Os indicadores foram baseados nas chaves da liderança apresentadas na obra Liderança & genialidade empresarial, de minha autoria (Editora Planeta, 2007). São chaves comuns à personalidade de grandes gestores como Thomas Edison, Henry Ford, Sam Walton, Bill Gates, Walt Disney e Ted Turner. São pessoas que souberam pensar de forma radicalmente diferente, por isso fizeram e ainda fazem a diferença em suas organizações. Você também poderá crescer incrivelmente com auxílio da seguinte avaliação. Experimente! Teste de liderança Verifique seu desempenho e atitudes relativas aos seguintes quesitos: iniciativa, senso de missão, criatividade, comunicação, energia pessoal e congruência. Avalie o quanto cada afirmação se aplica a você, às suas atitudes e ações. Utilize a escala de 0 a 10, na qual: - as notas de 0 a 6 indicam nenhuma a pouca concordância com as afirmações, sugerindo que há espaço para um maior aprimoramento; -
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as notas de 7 a 8 sugerem boa concordância com as afirmações, mas ainda com algumas restrições, mostram bom desenvolvimento e também indicam que pode haver mais; as notas 9 ou 10 evidenciam áreas onde você está se destacando.
Iniciativa 1. Acredito que as minhas atitudes e ações estão gerando um impacto transformador no meu ambiente de trabalho. 2.
Assumo a responsabilidade pelas coisas que me acontecem e que acontecem ao meu redor.
3.
Sempre vejo as coisas sob vários ângulos, inclusive sob o ponto de vista de meus liderados e de meus clientes.
4.
Tenho a convicção de que tudo que nos acontece pode, de uma forma ou de outra, nos beneficiar.
5.
Para mim, não existe fracasso, apenas resultado. As falhas indicam resultados diferentes dos resultados esperados. Modificando-se a ação, modifica-se o resultado.
Senso de missão 1.
Minha missão, assim como a de minha organização, se baseia em valores. A nossa contribuição para os clientes, para os colaboradores, e para a comunidade tem sido fundamentada em nossa missão e em nossos valores.
2.
Pauto as minhas ações pelos meus valores. Através de minhas ações me aproximo da realização de minha missão e da missão de minha organização.
3.
Meu foco mental tanto em casa, quanto no trabalho, é orientado pelo meu senso de missão.
4.
Direciono as minhas ações e as ações de minha equipe para que as metas de minha organização sejam atingidas.
5.
Mantenho a minha mente e as minhas emoções focadas no presente. Sempre me pergunto: “Como é
que esta atitude e esta ação estão contribuindo para a realização da minha missão pessoal e da missão de minha organização?”.
nha equipe sobre a melhor forma de produzir resultados geniais. 2.
Apoio o meu discurso com as minhas ações. Eu faço o que eu falo.
3.
Mantenho em minha organização abertura para sugestões — como por exemplo: uma caixa de sugestões. Todos são convidados a manifestar sua opinião sobre os processos utilizados.
Criatividade 1.
Eu me permito momentos de reflexão nos quais busco melhorar a maneira de realizar as minhas tarefas e as tarefas de minha equipe.
2.
Reservo um tempo para pesquisar sobre os avanços de minha área de atuação e permaneço informado sobre as necessidades, expectativas e desejos de meu público-alvo.
3.
4.
5.
Examino o meu diálogo interno com frequência para ver se estou me alimentando de ideias construtivas. Dentro de mim atuam três personalidades: o sonhador, o realizador e o avaliador. Desperto em minha equipe a manifestação dessas três realidades.
4.
Incentivo meus colaboradores a avaliarem o meu próprio desempenho como líder de minha equipe (ou de minha organização).
5.
Mantenho um sistema de avaliação do desempenho dos colaboradores e também do nível de satisfação de meus clientes (e ofereço feedback com base nas avaliações).
Ação eficaz 1.
Minhas atitudes, ações e reações indicam que há sempre uma forma melhor de realizar as tarefas e de produzir resultados geniais.
Comunicação 1.
Antes de propor soluções, escuto as opiniões da mi-
2.
Planejo minha agenda semanalmente focando as prioridades da organização. Nesse planejamento incluo uma reunião com a minha equipe, onde os temas principais são a nossa estratégia e a melhoria de nossos processos. Tudo que tem a ver com a minha missão pessoal e em-
Ômar Souki
Dobson Borges
P.h.D. em comunicação pela Ohio University, nos EUA, e autor de mais de 30 livros. Escritor dos livros Ser+ com Palestrantes Campeões, e Ser+ em Vendas vol.II. www.souki.com.br omarsouki@bol.com.br
Cofundador e CEO da Simeon — Estratégia e Desenvolvimento. Autor do livro Os E’s da Gestão: Estratégia, Execução, Excelência, Espiritualidade. Mestre em gestão de empresas e doutorando em ciências empresariais. w w w. s i m e o n . c o m . b r dobson@simeon.com.br .
presarial é importante. Dedico a maior parte do meu tempo ao que é importante. 3.
Separo o que é importante daquilo que é urgente. Realizo as coisas mais importantes em primeiro lugar.
4.
Sei que, mais importante do que produzir mais, é produzir aquilo que é importante para o nosso público-alvo.
5.
O foco de minha disciplina pessoal é o cultivo de bons relacionamentos dentro e fora da organização. Dedico parte do meu tempo para zelar e desenvolver estes relacionamentos.
Energia pessoal 1.
Sou apaixonado pelo que faço.
2.
Cultivo hábitos de vida saudáveis.
3.
Faço exercícios físicos com frequência.
4.
Não pulo refeições e tenho uma alimentação saudável.
5.
Separo tempo para leituras motivacionais e para o relaxamento pessoal.
Congruência 1.
Mantenho congruência entre o que eu penso, sinto, falo e faço.
2.
Sou a personificação daquilo que eu acredito.
3.
A estrutura física de minha organização e o ambiente de trabalho refletem os nossos valores e a nossa missão.
4.
O meu comportamento e o de meus colaboradores é um retrato dos ideais de minha organização.
5.
Todos em minha organização temos consciência dos benefícios geniais que proporcionamos aos nossos clientes e à comunidade.
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´ GASALLA JOSE´ MARIA
Como recrutar, formar
E RETER TALENTOS?
Apostar em bons salários, bonificações, pacotes de benefícios, cursos de formação, viagens internacionais e até promoções, nem sempre são ações capazes de aquietar as almas especiais que distinguem e credenciam a companhia no mercado
O
Brasil é um lugar espetacular. Constitui-se hoje em laboratório vivo para todos aqueles que realizam estudos no campo de gestão e negócios. Tudo aqui acontece rapidamente. Os processos de inovação geram empresas singulares e alteram as já existentes. Isso é muito bom porque demonstra a vitalidade da economia e um desejo coletivo de aperfeiçoamento. No entanto, há também certa imprevisibilidade no ar. Algumas organizações ambiciosas demais anunciam mais do que realmente podem oferecer. Outras, especialmente na área de serviços, geram impactos positivos, mas não são capazes de manter padrões de rapidez e qualidade.
Com isso, pode-se dizer que muitas companhias produzem frustração. É a loja que demora um mês para entregar um colchão, a operadora de TV a cabo que leva uma semana para enviar um técnico, o restaurante que retira do cardápio seu prato predileto, a empresa de telefonia que não consegue atender a demanda de reclamações. Mas, por que isso ocorre? A razão é simples: as empresas são feitas, sobretudo, de pessoas. São elas que têm a genialidade inventiva. São elas que aprimoram modelos. E são elas que sabem como agradar e cativar um cliente. Quando uma empresa se despede de um bom colaborador perde um pouco de seu carisma e da capacidade de encantar. Recentemente acompanhei uma amiga a um super petshop. Lá eles ven-
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~ GESTAO
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dem e fazem de tudo. Há ossos de borracha, comida para peixes e serviços especiais para lavagem e tosa de cães e gatos. Em um determinado momento observei a entrada de uma elegante senhora cinquentona, com um labrador meio amalucado, impaciente, aparentemente disposto a fugir e destruir toda a loja. Ao chegar ao “salão de beleza” canino, ela levantou o dedinho indicador e logo perguntou por um funcionário específico: “cadê aquele carinha?“ Ela buscava “um certo” Roberto, rapazinho novo, o único capaz de aquietar seu cão e efetuar o trabalho de higiene necessário. Logo foi informada que o profissional tinha deixado a empresa - foi trabalhar em um concorrente do outro lado da cidade. Neste momento estampou-se uma grande decepção no semblante da senhora. Chateada e repetindo baixinho o nome do outro petshop, arrastou seu cachorro para o estacionamento. Acredito que partiu em busca de Roberto. Esse episódio me remeteu a uma questão importantíssima no cenário de hipercompetitividade: como recrutar, formar e reter talentos?
De modo convencional as empresas apostam em bons salários, bonificações, pacotes de benefícios, cursos de formação, viagens internacionais e até promoções. Essas ações, no entanto, nem sempre são capazes de aquietar as almas especiais que distinguem e credenciam a companhia no mercado. Deparamo-nos com um número crescente de divórcios no Brasil. O mesmo ocorre na relação entre organizações e profissionais. Os talentosos estão constantemente olhando pela janela, flertando com a mudança e buscando novas oportunidades. Com o apagão de mão de obra no país, o assédio tornou-se ainda mais intenso, de modo que se torna particularmente difícil segurar um bom profissional. Porém, há um elemento intangível que deve ser considerado na construção da fidelidade dos colaboradores. Trata-se da confiança. Dificilmente alguém procura deixar uma empresa se confia plenamente em seus valores, em seus líderes e em sua capacidade de premiar o talento e a dedicação. Quem se sente valorizado, ouvido, compreendido e (por que não?) amado, tende a manter a
parceria e nela investir seus esforços. Nesse particular é preciso destacar um dos elementos constituintes do modelo de Gestão por Confiança (GpC). Trata-se da consistência. Refiro-me aqui ao alinhamento, ao longo do tempo, de comportamentos e valores. Os melhores colaboradores percebem quando a empresa tem um norte estratégico, um padrão humano de conduta interna e um projeto sólido de atendimento das demandas do mercado. Se as coisas boas são feitas sempre, os melhores profissionais logo perceberão esse diferencial de virtude. A atitude das lideranças também é fundamental à geração da confiança. Observam-se coerentemente as práticas inovadoras, se criam caminhos para o aperfeiçoamento contínuo e se têm preocupação genuína com as pessoas, farão o melhor endomarketing possível. Esses comportamentos indicadores da solidez são, muitas vezes, mais importantes que salário e benefícios. Quer segurar o seu Roberto? Converse mais com ele. Mostre que a empresa conta com ele e valoriza sua capacidade de lidar com os labradores inquietos.
José María Gasalla Idealizador do modelo “Gestão por Confiança”, consultor empresarial nas áreas de Mudança e Desenvolvimento Organizacional, Recursos Humanos, Gestão de Pessoas e Desenvolvimento de Talentos. www.gasalla.com
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´ PATRICIA CAMARGO
COMPORTAMENTO
Amor e trabalho
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é possível conciliar?
enho visto muitos casais que trabalham juntos. O início da história acontece geralmente de duas maneiras. Na primeira, o casal já se conhece, mas ainda não tem um relacionamento amoroso. Quando surge o relacionamento, o que era antes somente uma relação profissional torna-se também uma relação afetiva. No segundo caso, o casal já se conhece e resolve trabalhar junto, pois ambos acreditam que a afinidade que possuem pode também ser vivenciada no ambiente profissional. Independente do início da história, cabe aqui uma pergunta para reflexão: é possível conciliar amor e trabalho? Vamos analisar o que comumente se espera de um relacionamento afetivo:
amor, respeito, compromisso, dedicação, objetivos em comum, valores semelhantes, tolerância, flexibilidade, entre outras coisas. E o que se espera de uma relação profissional: respeito, compromisso, dedicação, tolerância, flexibilidade... Se pararmos para refletir, com exceção do aspecto sentimental e de um horizonte maior de tempo na expectativa da relação afetiva, não há muita diferença entre o que se espera de uma boa relação profissional e de uma boa relação sentimental. Se em um caso há o papel de marido/ mulher (ou parceiro/parceira, namorado/namorada em várias combinações), no outro há o papel do profissional, algumas vezes do chefe e do subordinado também. Empresas médias e grandes têm diferentes políticas em relação ao casal que partilha o mes-
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mo ambiente de trabalho. Algumas toleram que isso ocorra, desde que um não seja subordinado ao outro, outras empresas apenas exigem que os departamentos de atuação de cada um sejam diferentes e outras ainda, não aceitam de forma alguma que um casal partilhe o mesmo local de trabalho, mesmo que seja somente a mesma empresa, em departamentos distintos. Já em empresas menores, a aceitação sobre um casal dividir o mesmo local de trabalho é feita com maior naturalidade, isto quando não são os dois que fundaram a empresa. Mas existe um segredo em não confundir os dois papéis quando eles se encontram: uma certa dose de cerimônia. Porque é muito fácil observarmos que um casal pode se permitir um tratamento mais áspero e menos to-
COMPORTAMENTO
lerante, pois confundem seus papéis profissionais e sentimentais. Tenho relatos de casais que quando divergem em sua vida particular, levam o problema para a empresa, extrapolando assim o que seria um problema particular, tornando-o público. Mas também tenho relatos de casais que têm uma parceria muito bem-sucedida profissionalmente, pois tiveram maturidade o suficiente para não levar os problemas de casa para o trabalho. Devo dizer que o oposto também ocorre, quando o casal leva seu problema profissional para a casa, ou mesmo não se desliga do ambiente de trabalho quando chega em casa, mas esta situação é menos difundida, pois é tratada no ambiente íntimo e não no ambiente aberto da empresa. Voltando à certa dose de cerimônia, quando ela existe – e junto com ela a maturidade – o casal compreende que não pode e não deve confundir um papel com o outro. Assim, no ambiente de trabalho cobra-se apenas o que se espera profissionalmente do outro, e não o que ficou mal resolvido num momento
de lazer do final de semana. Então é possível não deixar que os problemas de casa influenciem na empresa e vice-versa? Acredito que sim. Quanto maior for a maturidade do casal para não confundir as questões, quanto maior a empatia do mesmo, a compreensão de que o ambiente de trabalho e seus problemas ficaram no escritório e que os problemas de casa ficaram em casa, maior a chance de sucesso. Uma coisa que tenho visto que funciona muito bem é quando os dois definem perfeitamente qual a área de atuação de cada um, e mantém o respeito sobre a decisão do outro. E manter o respeito sobre a decisão não é só aceitar o que o outro decidiu, mas também conversar com sabedoria sobre o problema, partilhando com o outro qual pode ser a melhor decisão para ambos. Por exemplo, se um é do departamento financeiro e está com as contas atrasadas e o outro é do departamento de compras e não consegue colocar novos pedidos, de nada adianta um acusar o outro de que sua área está sendo pre-
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Se pararmos para refletir, com exceção do aspecto sentimental e de um horizonte maior de tempo na expectativa da relação afetiva, não há muita diferença entre o que se espera de uma boa relação profissional e de uma boa relação sentimental.
judicada por uma decisão unilateral. É muito mais sábio que ambos conversem desarmados, em busca de uma solução que poderá ser boa para ambas as partes: podemos reduzir nosso estoque e assim girar o mesmo num prazo mais curto, empatando assim menor capital? Podemos fazer uma oferta para alavancarmos as vendas? Podemos negociar com o fornecedor um prazo maior de pagamento? Neste simples exemplo, cada uma vai entrar com o que sabe fazer melhor: o financeiro fará contas, o departamento de comprar fará negociações, e ao invés de um apontar o dedo para o outro como culpado do problema, ambos trabalharão unidos para o bem maior, que é o da empresa. Existe um sábio ditado para os relacionamentos afetivos: “Eu não quero ganhar, eu quero é ser feliz”. Esta máxima, quando bem empregada no ambiente profissional por um casal, pode fazer toda a diferença, não só para ambos, mas para todos que compartilham daquele ambiente profissional com o casal.
Patrícia Camargo Coach, especialista em coaching afetivo. Trabalha com a aplicação do coaching aos relacionamentos. Escritora do livro “Coaching Grandes Mestres”. bom-conselho@hotmail.com.
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´ AMAURI NOBREGA
CORPORATIVO
O elo FUNDAMENTAL para o SUCESSO de uma MUDANÇA CULTURAL
É
fato que a maioria busca um especialista quando a situação é grave. Isso ocorre, por exemplo, com doença. Enquanto não sentimos nada aparente, não buscamos ajuda, mesmo se temos comportamentos que depõem contra (cigarro, bebida, sedentarismo, etc). Não diria que 90% das pessoas são assim, mas olhando analogicamente para as organizações, esse percentual está bem próximo da realidade. Faço essa analogia porque ela é real e de fácil assimilação. E, como na medicina, nas organizações não é diferente: quanto pior o quadro, pior será o tratamento e pior ainda as suas consequências. Falo isso porque no tratamento médico, fisicamente ape-
nas o paciente é afetado, e a família, emocionalmente. Nas empresas é pior, pois o paciente (empresa) será duramente afetado, mas o mesmo é um ser vivo que depende de “n” outros seres, então todos serão afetados fisicamente pelo tratamento. Agora vamos deixar um pouco a medicina de lado para focar no ponto central desse texto. A maioria das organizações com mais de 30 anos, principalmente as que são passadas de pai para filho e depois para neto, começaram em um momento em que não havia a globalização e as tecnologias existentes nos dias atuais. Hoje, as que não fecharam as portas ou foram vendidas, sobreviveram em razão de ter implementado uma profunda mudança cultural. Um dos grandes desafios das empresas é o ciclo de vida de seus
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produtos/serviços. Se avaliarmos mais profundamente as empresas que sobreviveram à virada do século, iremos notar que a maioria não tem como principal fonte de receita um produto com mais de 36 meses de vida que não tenha sido reformulado. O ciclo dos produtos/ serviços é muito menor atualmente. Antigamente desenvolvia-se um produto que se tornava um sucesso e a empresa se acomodava, vivendo desse sucesso por longa data. Hoje se isso ocorrer, é óbito certo. O que fazer para mudar isso? Vejo, como fundamental para o sucesso das empresas, a busca por conhecer a sua cultura. Você pode até dizer que toda empresa conhece a sua cultura, mas tenho diversos exemplos
CORPORATIVO
de que isso não é verdade. Cultura é algo que se cria ao longo do tempo e é construído por pessoas que passam pela empresa ao longo de sua vida, mas que deve ser constantemente criticado e ajustado. Coloque-se no lugar de um colaborador recém-contratado e, em sua primeira semana de trabalho, passa por um treinamento exaustivo de como “as coisas devem acontecer”, e com aquele gás de calouro, pergunta por que deve ser assim e/ou assado e a resposta é: “porque foi sempre assim”. Você acredita que depois de seis meses a motivação dele será a mesma? Vejo isso como fatal para a sobrevivência de qualquer organização nos tempos atuais. O que fazer para mudar? Liderança e feedback. Essa é a resposta de ouro. Hoje são raras as empresas que têm um perfil detalhado no papel de seu líder ideal e as poucas que o tem, foi criado a partir da opinião individual do seu CEO. Erro fatal. Um dos grandes desafios da Liderança é saber dar feedback, manter um canal de comunicação contínuo com sua equipe, deixar bem claro o papel de cada um no processo e a sua importância. E deixar o canal aberto para ouvir também o que os liderados têm a dizer da atuação do líder.
Se avaliarmos mais profundamente as empresas que sobreviveram à virada do século, iremos notar que a maioria não tem como principal fonte de receita um produto com mais de 36 meses de vida que não tenha sido reformulado. O ciclo dos produtos/serviços é muito menor atualmente. marco, a nova meta. Após exaustivas discussões, conclui-se o perfil básico e entrega ao CEO aprová-lo. Passado pelos passos acima, deverá ser desenhado o perfil atual de todo o corpo sênior e gerencial da empresa e comparar com o perfil desenhado a avaliar os seguintes pontos: •
É de conhecimento e entendimento de todos, a nossa missão, visão, valores, objetivos e desafios?
•
Todos entendem as novas realidades e tendências no mercado onde atuamos?
•
Todos têm ciência das exigên-
Por onde começar? O primeiro passo é ratificar aquelas “coisas” que muitas vezes são apenas peças de marketing como a Missão, Visão e Valores. Quem deverá patrocinar isso é o CEO. O segundo passo é trabalhar junto ao corpo sênior e gerencial para levantar as competências e habilidades necessárias para atingir o novo, ou seja, o novo ponto, o novo
cias necessárias para a mudança organizacional? •
É de conhecimento dos líderes o perfil de cada membro de sua equipe?
•
Qual é o grau de comprometimento para liderar a mudança?
•
Qual é o grau de conhecimento da necessidade de comunicação com seus liderados?
•
Qual é o tempo de resposta para a melhoria a partir de um feedback? Todos têm capacidade de criar planos de desenvolvimento para a melhoria pessoal?
A verdadeira mudança organizacional só será alcançada se existir um patrocinador. E este não pode ser outra pessoa senão o CEO. Todos na organização, em todos os seus níveis, têm que ter comportamentos que promovam e apoiem as ações e metas estratégicas, pois elas são fundamentais para que se atinjam os objetivos futuros, ou seja, a sua VISÃO. Até “as montanhas se movimentam”, então acredito que toda organização pode acordar e mudar a sua cultura do “foi sempre assim”, para a cultura da “disciplina voltada para estratégia”.
Amauri Nóbrega Consultor executivo, coach, conselheiro IBGC, escritor dos livros Ser + em Gestão de Pessoas e do Manual Completo de Coaching, pela Editora Ser Mais. amaurinobrega.com.br
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RENATO V. FILIPOV
H
TECH
Identificação Biométrica
á milênios sempre levamos a identificação das pessoas muito a sério. Para sobreviver, é preciso reconhecer seus familiares e protetores, assim como evitar e se preparar caso esteja diante de um inimigo. Fazemos isso naturalmente, traçando perfis de cada um em nossas memórias e cruzando dados para dizer “bom dia, papai”, ou “como foi o fim de semana, chefe?”. Nosso cérebro faz isso automaticamente, em frações de segundo. Mas como as empresas podem criar sistemas de identificação sem depender de um cérebro, e sim, de um computador? Dentro da tecnologia, a técnica chamada de “identificação biométrica” consiste em localizar características específicas de cada indivíduo em um determinado banco de dados, cruzando-se informações para localizar uma pessoa. A polícia, por exemplo, possui um imenso banco de impressões digitais de quase todos os cidadãos. Antigamente, os papilocopistas cruzavam os dados manualmente, através de algumas escalas de classificação. Mas esse trabalho era muito desgastante. Com alguns algoritmos tecnoló-
gicos, é possível em menos de 1 segundo identificar uma impressão digital dentro de um banco de dados com milhares de registros.
Dentro da tecnologia, a técnica chamada de “identificação biométrica” consiste em localizar características específicas de cada indivíduo em um determinado banco de dados, cruzando-se informações para localizar uma pessoa. Quem nunca teve de entrar em um edifício e pressionar o dedo contra uma catraca para poder entrar? Muitas empresas utilizam a biometria para controle de acesso e até como forma de registro de ponto eletrônico. Sua alta adesão pode ser explicada por ser um sistema relati-
vamente simples e barato, e também simples na sua utilização, embora possa falhar... Pessoas mais idosas e com alta umidade nas mãos podem ter dificuldade no reconhecimento pelo leitor, já que a pele fica menos firme, gerando distorções. Esse recurso também é mais suscetível a fraudes. Recentemente, uma funcionária pública foi detida tentando registrar o ponto de alguns médicos (supostamente) de plantão, portando próteses de silicone que simulavam os dedos dos infratores. Outras técnicas também utilizadas são o reconhecimento de íris e palma da mão, que apesar de mais seguras, também são bem mais caras e complexas. Reconhecimento facial também está na lista, mas é ainda ineficiente (uma simples foto consegue autenticar uma pessoa, e o contrário também ocorre se alguém colocar um óculos ou tirar o bigode, deixaria de ser reconhecido). Portanto, nada ainda é tão eficiente quando o nosso cérebro, mas diante de tanta facilidade e boa eficiência, adotar um sistema de identificação biométrica em sua empresa, mesmo por impressão digital, já trará uma boa margem de segurança para automatizar seus processos de entrada/ saída e até controle de presença.
Renato V. Filipov Especialista em desenvolvimento de software e sócio da Tetrasoft, com formação em engenharia de software pelo ITA e especialização em Harvard.
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MARCELO ORTEGA
VENDAS
Pensamento de formiga para ser
GRANDE NA VIDA Jim Rohn, um de meus autores preferidos, tem uma palestra sobre “sucesso” para crianças. Ele usa fábulas para transmitir seus conceitos e a principal delas é o que ele chama de Filosofia das Formigas. Segundo Rohn, as formigas têm quatro conceitos que todos deveríamos estudar
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primeiro conceito é que elas não desistem. Se uma formiga anda em uma direção e você tenta pará-la, ela vai achar um outro jeito de avançar. Passar por cima, pelos lados, por baixo, ela sempre procura outro jeito. Que filosofia interessante: nunca deixar de procurar formas diferentes de chegar aonde você quer. Segundo, formigas pensam no inverno durante todo o verão. É uma perspectiva interessante. Você não pode ser ingênuo achando que o tempo bom vai durar para sempre. As formigas passam o verão juntando comida para passar o inverno.
Pensam no futuro e se preparam. A terceira parte é que as formigas pensam no verão o inverno inteiro. Isso é muito importante! Durante o inverno, elas motivam-se pensando: “Este tempo horrível vai passar, logo sairemos daqui”. E no primeiro dia de sol saem correndo do formigueiro, motivadas para trabalhar e descobrir coisas novas. E aqui está a última parte: quanto as formigas juntam durante o verão? Tudo o que conseguem. Elas não gastam achando que têm o suficiente, ou que aquilo é tão pouco que não vale a pena guardar. Simplesmente guardam tudo – e por isso têm quando precisam.
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VENDAS Como diz o Jim Rohn, quatro pontos simples, uma filosofia poderosa. Mais do que planos milagrosos, precisamos pensar mais como as formigas. Se cada um fizer sua parte, a colônia prospera e cresce. As formigas têm foco. Trabalhar junto é abreviar o caminho para as metas. Nunca perder o foco e evitar o desperdício de tempo, elemento em escassez nos tempos modernos. Se existe uma reclamação comum hoje em dia é a falta de tempo. Cada pessoa tem um jeito de lidar com isso. Algumas dormem menos, outras ficam estressadas, outras desistem. Obviamente chega um ponto onde temos que fazer escolhas e, dependendo da decisão, podemos ser mais felizes e produtivos, ou o contrário. Aliás, como não podemos administrar o tempo, mas apenas nossos atos, escolher e priorizar é a única forma de ser mais eficaz (e não enloquecer). Canfield, Hansen e Hewitt, autores de “O Poder do Foco” (Editora Best Seller) propõem um exercício bem simples e extremamente prático de 7 passos para colocar em ordem suas prioridades. É o que eles chamam de “Workshop de Focalização Prioritária”. a) Liste as atividades no trabalho que consomem tempo. Ligações, reuniões, relatórios, etc. Inclua tudo, mesmo atividades que só parecem consumir cinco minutos. Seja específico, claro e conciso. b) Cite três atividades em que é brilhante no trabalho. c) Cite as três atividades mais
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e) f) g)
importantes que geram renda à empresa. Cite as três atividades mais importantes que você não gosta de realizar ou nas quais seu desempenho é medíocre. Liste quem que poderia realizar estas tarefas por você. Quais atividades você vai delegar imediatamente ou dizer ‘não’? Quais benefícios imediatos resultarão dessa decisão? O que vai fazer com o tempo disponível?
Assuntos inacabados são outro problema sério, por isto os autores recomendam um outro sistema, também simples e prático: Liste os assuntos inacabados que você quer resolver. Liste os benefícios que terá ao resolvê-los. Como vai se sentir? Crie um plano de ação para resolvê-los. O que vai fazer exatamente? Coloque uma data limite. Quando vai resolvê-los? Seja qual for o método utilizado, alguém que busca a realização pessoal e profissional, um estilo de vida saudável e equilíbrio entre trabalho e vida familiar precisa ter bem claro qual é seu foco e suas prioridades. Menos estresse e mais produtividade – não é o que todos queremos? O sucesso e a independência financeira. Não é fácil se manter no patamar dos bem-sucedidos, mas chegar é muito mais simples. O segredo dos que têm sucesso sustentável, que podem parar de trabalhar e manter um padrão de vida bem bacana está na disciplina, no poder de empreender, de investir, de economizar. Especialistas e autores de finanças destacam
fórmulas para enriquecer, mas, sem dúvida, o mundo das vendas é o caminho mais curto para isso. Nestes 15 anos treinando e dando palestras para equipes comerciais, conheci centenas de vendedores ricos, muito ricos, multimilionários. A base do sucesso contínuo ao longo de suas carreiras foi o pensar e fazer acontecer. Trabalhar demais é uma verdade absoluta entre todos. O dinheiro só vem antes do sucesso e do trabalho no dicionário. Uma corretora de imóveis que esteve em meus treinamentos me contou sobre seus gimmics (artimanhas ou façanhas especiais, em inglês). Em vez de fazer como a maioria dos corretores, ela trabalhava muito mais quando acabava de fechar uma venda. Ela conta que um corretor normal trabalha muito para fechar uma venda, mas, quando fecha, decide gastar boa parte das comissões de venda, diminuem o rítmo. Esta campeã não. Ao vender, ela usa o entusiasmo para contagiar ainda mais clientes, e não cessa seus esforços de prospecção. No dia seguinte a um grande fechamento, lá estava promovendo novas unidades que tinha para vender. Não tinha vergonha de fazer panfletagem em pontos estratégicos como shoppings e condomínios comerciais. O trabalho dela era extremamente maior do que os demais, mesmo já tendo relativo sucesso. Moral da história: esta corretora chegava a vender 15 imóveis por mês, que é um número extraordinário se pensar que a maioria não vende nenhum por mês. Trabalhe duro como as formigas e pense em aprender com os melhores, pois eles trabalham demais para ter o sucesso.
Marcelo Ortega Vendedor, Treinador, Palestrante e Fundador do Instituto Marcelo Ortega Autor dos Best-Sellers: Sucesso em Vendas e Inteligência em Vendas – Ed. Saraiva www.institutomarceloortega.com.br - Formando Treinadores e Líderes Educadores www.marceloortega.com.br
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DESENVOLVIMENTO HUMANO
DENISE LOVISARO
C o m o
d i z e r
NÃO?
D
a mesma forma que você diz sim poderá dizer não se souber como e quando fazê-lo. Algumas pessoas dizem sim, quando desejam dizer não e isso acaba por causar mal estar geral. Como ninguém é capaz de dar o que não tem, se a pessoa não estiver disponível para atender uma demanda, sua doação será parcial e aquele que recebe perceberá, intuitivamente, que foi atendido apenas em parte e, por isso não, conseguirá se sentir plenamente satisfeito. E expressará isso de alguma forma. A inconsciência de quem pede sem se importar se o demandado está ou não disponível, quanto daquele que não consegue dizer não, mesmo estando sobrecarregado torna a relação desequilibrada. Este desequilíbrio é um terreno fértil para a troca de feedbacks na maioria das vezes,
não verbais, de insatisfação. Revirar os olhos para cima e jogar discretamente a cabeça para trás ou para o lado, suspirar ou soltar o ar como se fosse um desabafo, olhar para o relógio com frequência, franzir a testa, torcer o nariz ou os lábios, alterar o ritmo e o tom da voz ou movimentar o corpo sem controle são algumas das formas não verbais de revelar o que estamos sentindo. Uma pesquisa feita por Albert Mehrabian, pioneiro em pesquisas sobre linguagem corporal, em estudos realizados em 1950, apurou que a mensagem na comunicação interpessoal é transferida na proporção de 7%; 38% e 55%. Sendo 7% verbal (corresponde às palavras que proferimos durante uma conversa), 38% vocal (corresponde ao tom de voz, à velocidade, ao ritmo, volume e entonação) e 55% não verbal (corresponde aos gestos, expressões faciais, postura e demais informações que expressamos).
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Como você demonstra o seu descontentamento? Esta pesquisa aponta que o melhor é evitar fazer ou falar algo que não estamos sentindo ou pensando, já que o interlocutor acabará percebendo a falta de coerência entre o que é dito e o que é transmitido não verbalmente. No ambiente corporativo existem alguns mitos de que não se deve dizer não a uma solicitação para evitar ser percebido pelos colegas e chefes como alguém não colaborativo, incompetente ou mau humorado. O medo de ser rejeitado pelos grupos ou de receber retaliação também colabora para a manutenção de comportamentos pouco assertivos, como aceitar convites para participar de reuniões, cujo tema nada tem a ver com a posição que ocupa. Esse medo pode resultar em escolhas equivocadas, tais como faltar a um curso importante ou a uma comemoração familiar, para partici-
DESENVOLVIMENTO HUMANO par de um happy hour com pessoas que sequer aprecia. Para cada sim que você diz, terá que dizer não a outra coisa então é recomendavel que você avalie o que de fato deseja antes de responder sim ou não a uma demanda. Stephen Covey, no livro Os 7 Hábitos de Uma Pessoa Muito Eficaz, relata uma história interessante sobre como a sua esposa entendeu a importância de aprender a dizer não de maneira eficaz: depois de aceitar um convite para participar de um trabalho voluntário, ela resolveu pedir a colaboração de um colega, que agradeceu ter sido lembrado, mas explicou, de forma educada, estar com outro compromisso que o impedia de atender às expectativas dela. Quando desligou o telefone, ela virou-se para o marido e disse: “Era exatamente que isso que eu deveria ter feito quando aceitei este convite. Eu compreendi os motivos da recusa de meu amigo pela forma educada e firme que ele teve ao me dizer não”. Sempre existirão razões para fazermos o que fazemos. Descubra os receios que estão por trás da dificuldade de dizer não. Lide com eles de modo racional. •
Quando você sente dificuldade de “dizer não“?
•
Isto se aplica para as pessoas em geral?
•
Ou para alguma pessoa especificamente?
•
O que você quer evitar quando diz sim, mesmo querendo dizer não?
•
O que você sente quando não consegue dizer não?
•
Você tem consciência de sua expressão quando aceita o que não quer?
Existem razões puramente práticas quando alguém nos diz que não pode nos atender: falta de tempo, ter uma prioridade de maior importância, não saber como fazer o que está sendo solicitado. Se levamos a recusa como algo pessoal, podemos nos magoar e esperar que o outro nos atenda para satisfazer uma carência emocional. Um chefe pode classificar como falta de respeito um não. O marido ou a mulher pode atribuir falta de amor à recusa. E um filho ou pai se sentir preterido diante de um não. Algumas regras para treinar dizer não:
1.
Aprenda a receber o não como resposta, mesmo quando gostaria de receber um sim.
2.
Respeite seus motivos e entenda porque prefere dizer não ao invés de sim.
3.
Apresente as suas razões de modo respeitoso a quem solicitou sua ajuda. E se esta pessoa for o seu chefe, procure lembrá-lo do que você está fazendo no momento e pergunte se ele prefere que você mude as prioridades para atendê-lo. Desta forma estará dando a ele o direito de decidir o que precisa ser feito em primeiro lugar, porque é mais importante para a cia.
4.
E, por último, reconheça que algumas concessões fazem parte do convívio pessoal e profissional e são extremamente salutares.
5.
Pratique todos os dias deliberar quando e como irá dizer sim ou dizer não tanto na vida pessoal como profissional. Você está no comando!
Denise Lovisaro Membro da ICC, Master Coach pela Lambent do Brasil, escritora dos livros Ser + em Gestão do Tempo e Produtividade, Master Coaches e Manual Completo de Coaching, pela Editora Ser Mais.
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Aqui você aprende inglês e se diverte. A cada edição são novas piadinhas e vocabulários diferentes para enriquecer o seu outro idioma.
BOSS WANTS TOO MUCH
TO WRAP UP
For thirty years, Johnson had arrived at work at 9A.M. on the dot. He had never missed a day and was never late. Consequently, when on one particular day 9 A.M. passed without Johnson’s arrival, it caused a sensation. All work ceased, and the boss himself, looking at his watch and muttering, came out into the corridor. Finally, precisely at ten, Johnson showed up, clothes dusty and torn, his face scratched and bruised, his glasses bent. He limped painfully to the time clock, punched in, and said, aware that all eyes were upon him, “I tripped and rolled down two flights of stairs in the subway. Nearly killed myself.” And the boss said, “And to roll down two flights of stairs took you a whole hour?”
To wrap up significa embrulhar, ficar absorvido, concluir alguma coisa: • The butcher wrapped the meat up in an old piece of newspaper. O açougueiro embrulhou a carne em um jornal velho. • We’ll wrap up this meeting at the end of the afternoon. Nós iremos encerrar esta reunião no final da tarde. • He was completely wrapped up in the book that he didn›t notice the girl looking at him. Ele estava tão completamente absorto pelo livro que ele não notou a garota olhando para ele.
VOCABULARY HELP • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
arrive - chegar bent - torto boss - chefe cease - parar dusty - empoeirado flight of stair - lance de escada glasses - óculos late - tarde limp - mancar miss - perder mutter - resmungar never - nunca on the dot - em ponto painfully - dolorosamente roll down - rolar scratch - arranhão subway - metrô torn - rasgado trip - tropeçar watch - relógio without - sem
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BUSINESS ENGLISH Português
Inglês
13º salário
Christmas bonus
A curto prazo
Short-term, current
Carteira de investimentos
Investment portfolio
Compra de ações ordinárias
Acquisition of common stock
Comunicação do sinistro
Loss communication
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ARTIGO MARLI SANTANDER
Jogos Cooperativos no Desenvolvimento de Competências
N
as últimas duas décadas cresceu significativamente a busca de aplicação de jogos nos treinamentos corporativos. É curioso observar como o ser humano, criança ou adulto, se apresenta à vontade quando se envolve em um jogo. Este sentimento acaba por colocar o indivíduo em contato com o mais íntimo do seu ser, fazendo revelar suas vontades, intenções e por vezes, parte de sua personalidade. Considerando jogo como: “qualquer interação entre jogadores dentro de um conjunto definido de regra”, um jogo pode envolver duas ou mais pessoas, bem como, apenas uma só pessoa interagindo com um tabuleiro, um computador ou qualquer coisa semelhante. Platão sabiamente disse: “Ao ensinar crianças, treine-as através dos jogos e você será capaz de ver mais nitidamente a inclinação natural de cada uma”. As crianças não são as únicas que se expõem por meio
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dos jogos, todos os seres humanos se soltam e se envolvem nas regras do desafio esquecendo-se do seu papel na sociedade e lembrando-se apenas do seu papel na experiência do jogo. Além disso, a atividade lúdica “desarma” as defesas dos participantes, propiciando um ambiente de harmonia onde as pessoas se sentem inclinadas a rir e sorrir umas para as outras. As atividades lúdicas libertam seus jogadores a revelarem seus reais comportamentos quando cada um assume o seu papel e direciona o seu foco para os objetivos do jogo. Neste momento temos o início do processo de resgate do seu lado criança e desta forma acontece a ampliação da mente e a percepção, despertando o participante a novos conhecimentos. Um jogo ou atividade por si só, sem nenhuma consolidação, acaba por se tornar apenas uma diversão. O ser humano inicia suas modificações de comportamentos somente quando adquire a consciência da sua necessidade. Sendo assim, é necessário o diagnóstico dos
pontos fortes e fracos retirados do grupo, em um processo de maiêutica e, assim, iniciamos de fato a fase de aprendizagem. Essa conscientização é estimulada por meio do CAV – Ciclo de Aprendizagem Vivencial, composto pela vivência, relato, processamento, generalização e aplicação. De fato, qualquer jogo só se transforma em ferramenta de aprendizado quando devidamente “processado” pelo participante, isto é, quando ele consegue refletir, se auto-avaliar e perceber, dentro da estrutura do jogo, como aplicar na vida prática o conhecimento adquirido durante a vivência, em um processo chamado “transferência” (GRAMIGNA, 1995). O Ser Humano necessita viver com outros da mesma espécie. Ele é social e é neste contato que se identifica e se reconhece. Os jogos e brincadeiras proporcionam espaços, cenários de reprodução social, facilmente percebido quando crianças brincam de adultos, e poderosas ferramentas de ensino aprendiza-
gem, uma vez que também são utilizados para incutir valores e expandir conceitos.
a)
Libertam da competição: porque o foco central é a superação conjunta.
Para atingirmos o crescimento do grupo, é preciso que haja disponibilidade para aprender, já que o indivíduo só aprende o que quer e quando quer. O jogo cooperativo proporciona um incentivo natural e propício para aprendizagem. Ele apresenta o cenário ideal para isso, um ambiente de “elevado desafio” com “baixa ameaça”, ou seja, ao mesmo tempo em que é exigido do jogador a sua dedicação e esforço (físico, emocional e/ou intelectual), também não lhe é colocada nenhuma punição ou penalidade real caso o objetivo não seja atingido.
b)
Libertam da eliminação: porque inclui a todos.
c)
Libertam para criar: porque enfatizam o processo e a interação entre as pessoas ao invés das regras rígidas.
A ideia central é manter o trabalho em equipe durante o jogo para que se possa comemorar em cada passo rumo ao objetivo, retirando a sensação de comparação e de diminuição de um perante outro. No jogo cooperativo não existem perdedores, todos atingem o objetivo contando com a cooperação e esforço de todos. Desta forma elimina-se o sentimento de fracasso e implanta-se o sentimento de vitória, união e associação, onde todos podem contar com todos. O objetivo só pode ser atingido se todos os jogadores se unirem com o mesmo propósito, sem existir divisão interna e sem existir vencedores ou perdedores. Guilherme Brown, no livro Jogos Cooperativos: Teoria e Prática propõe a utilização de Jogos Cooperativos “onde o objetivo e a diversão estão centrados em metas coletivas e não em metas individuais” e, dentre as características libertadoras destas atividades, cita as seguintes:
Dentro das organizações são necessárias equipes com: união, colaboração mútua, iniciativa. Essas competências devem ser fortalecidas e não quebradas. Quando colocamos jogadores disputando entre eles, estimulamos o sentimento de competição nas equipes. Precisamos de equipes e empresas unidas, colaboradoras, comprometidas e fortes para competir apenas com o mercado.
Marli Santander Diretora Executiva da Unidade África da empresa Integração Escola de Negócios. Escritora do livro Ser + com Equipes de Alto Desempenho. marlisantander@hotmail.com
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Google na luta contra o tráfico de pessoas
Caixa patrocina esportes paralímpicos
O Google anunciou a concessão do prêmio Global Impact Award, avaliado em US$ 3 milhões, a três organizações dedicadas à luta contra o tráfico de pessoas. O objetivo é que as beneficiadas, Polaris Project, Liberty Asia e A Strada International, iniciem o serviço internacional de ajuda “Global Human Trafficking Hotline Network”. Desde 2011, a empresa californiana soma US$ 14,5 milhões doados para combater o tráfico ilegal de produtos e pessoas.
A Caixa fechou um novo acordo de patrocínio com o Cômite Paralímpico Brasileiro (CPB) no valor de R$ 120 milhões por quatro anos. O banco irá depositar R$ 56 milhões nos dois primeiros anos de parceria, R$ 30 milhões em 2015, quando serão realizados os Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá, e R$ 34 milhões em 2016, ano dos Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro.
Hotel Urbano investe na América Latina Líder no mercado de reservas de hotéis pela internet no Brasil, o Hotel Urbano vai investir R$ 79,5 milhões até 2015 para expandir as operações na Argentina e Uruguai. O primeiro passo é a abertura de um escritório em Montevidéu, Uruguai, até o final do ano. Em 2013, a empresa espera alcançar um faturamento de R$ 450 milhões.
LG é a terceira maior em smartphones A LG passou a ser a terceira maior fabricante de smartphones no mundo, atrás de Apple e Samsung, pela primeira vez. A companhia sul-coreana aumentou sua participação no mercado para 3,2 por cento em vendas no quarto trimestre, ultrapassando a rival HTC. O investimento em modelos mais sofisticados com hardwares poderosos e rápidas conexões de 4G vêm ajudando o crescimento da marca.
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DANÇA DAS CADEIRAS Volkswagen do Brasil renova RH O alemão Holger Rust assumiu a vice-presidência de recursos humanos na Volkswagen do Brasil. Rust entrou no grupo em 1990, como responsável pelo gerenciamento central de RH da Porsche. Ele substitui Josef-Fidelis Senn, que se aposenta.
Novo sócio-lider na Ernst
Chemtech com novo diretor no RJ
Marfrig muda planejamento estratégico
Com mais de 20 anos de experiência como consultor na indústria financeira, Rodrigo Dantas é o novo líder de consultoria para serviços financeiros da Ernst & Young Terco. Paul Gruppo deixou o cargo para se aposentar após 30 anos de atuação na área.
Frederico Medina deixou a gerência do escritório da Chemtech em Belo Horizonte para ocupar a diretoria de projetos da empresa no Rio de Janeiro. O engenheiro eletricista Rodrigo Rocha ficou responsável pelo posto em Minas Gerais.
Cargo recém-criado no Grupo Mafrig, o planejamento estratégico já tem seu primeiro vice-presidente. Jaime Singer chega com mais de 17 anos na área de finanças corporativas, com passagens por Banco Pactual, Santander, Bradesco BBI e Deutsch Bank. *Na edição de nº 39 a nota sobre mudanças na Tempo Assist era referente à outra empresa, a Tempo USS.
Fonte: assessorias de imprensa das empresas.
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Como ter relacionamentos lucrativos e influenciar pessoas Algumas pessoas não precisam de licença para entrar na vida alheia, ou em qualquer outro lugar. São pessoas que, quando abrem a boca, emanam magnetismo e, às vezes, o fazem só com o olhar. Isso todo mundo sabe - o que poucos têm ideia é que existem técnicas para chegar lá. É a isso que se dedica ‘Como ter relacionamentos lucrativos e influenciar pessoas’. Dale Carnegie Editora Best Seller R$ 24,90
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Atendimento cinco estrelas - Encante seus clientes e conquiste grandes resultados O livro traz princípios simples, sólidos e aplicáveis a qualquer empresa sobre como fidelizar os clientes. Com base em suas experiências na área de hospitalidade em renomadas empresas, como Disney e Ritz-Carlton, os autores mostram que, ao conquistar os clientes, a recompensa para a sua empresa fica muito além do retorno financeiro. Leonardo Inghilleri Saraiva Editora R$ 39,90
Inteligência positiva
A arte de tomar decisões
A Inteligência Positiva mede o percentual de tempo que sua mente age em seu favor em vez de sabotando você. Enquanto seu QI e seu QE (inteligência emocional) contribuem para seu potencial máximo, é seu QP (quociente de inteligência positiva) que determina o quanto desse potencial você realmente alcança. Shirzad Chamine mostra como é possível aumentar o QP para melhorar seu desempenho tanto na esfera profissional quanto pessoal.
Como tomar a decisão certa? Quais elementos devem ser considerados antes de se tomar uma decisão? Como evitar limites que nos impomos e que muitas vezes não são reais? O autor elabora um roteiro das várias decisões que podemos tomar para modificar áreas importantes do nosso dia a dia, como saúde, relacionamentos, trabalho e prosperidade. Menos estresse, ansiedade e dúvidas, para que você possa lidar melhor e de forma mais ágil e acertada em todas as próximas decisões que for tomar.
Shirzad Chamine Editora Fontanar R$ 29,90
Raymond Charles Barker Editora Princípio R$ 24,90
*Fonte: assessorias de imprensa das editoras.
VITRINE DE SUCESSOS
Sugestão de Sucesso
O Início da Descoberta Desvendando o uso do computador, da internet e das redes sociais Dê os primeiros passos no mundo da informática. Descubra como a internet pode ajudá-lo nos estudos e no trabalho, as vantagens e riscos em se utilizar as redes sociais, o conceito de utilização do editor de texto, planilha de cálculo, criação de apresentação de slides, envio e resposta de e-mails e blog. Escrito em linguagem simples, clara e direta, através de uma leitura leve e objetiva. O livro traz um breve relato histórico da invenção do computador, ensina o vocabulário utilizado nesta área, antes de iniciar os capítulos que podem ser usados como aulas sequenciais ou como futuras consultas. A autora defende que aprender informática é buscar o crescimento profissional, é desenvolver conhecimento, é socializar, pois permite conversar com as pessoas que vivem em qualquer parte do mundo, mas que estão distância de um clique do mouse. Elianete Vieira Scortecci Editora R$ 32,00
Todo mês, uma escolha para você ampliar seu conhecimento e Ser Mais! editorasermais.com.br 63
COLUNA PAULO GAUDENCIO
SUA PERGUNTA... Recentemente a empresa em que trabalho há oito anos decidiu fazer um grande corte no quadro de funcionários e todos andam um pouco preocupados. Trabalho no RH e sei exatamente quem sairá nos próximos meses. Meus amigos ficam pedindo informações e, como amigo, quero ajudá-los, e até dei umas indiretas para os mais próximos. Como acha que devo agir? Fabrício de Oliveira
...GAUDENCIO
RESPONDE
Acho que você deve agir profissionalmente, quer dizer, as informações que você obtém pelo posto que ocupa na empresa (trabalha no RH) são informações da empresa e você não deve passa-las adiante. Como você mesmo disse “dei indiretas”, mas nada que possa comprometer seu cargo, pois o ocupa pela confiança que a empresa deposita em você. Seus amigos têm que compreender isso, isto é, que você não pode sugerir a eles o que devem fazer. Acredito ser uma tarefa difícil, quando temos amigos queremos ajudá-los, mas essa é uma mão de duas vias, seus amigos também devem ter essa visão, da sua postura profissional perante seu trabalho.
Paulo Gaudencio Psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo (USP). Dedica-se há mais de 40 anos à psicoterapia de grupo e à pesquisa científica.
Você também procura respostas? pergunteaogaudencio@revistasermais.com.br 64 editorasermais.com.br
A seção de anúncios mágicos da Ser Mais
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EXPRESSAO REINALDO POLITO
Vença o medo de FALAR EM PÚBLICO
O
medo é um mecanismo natural de defesa. Quando sentimos medo, sofremos uma descarga de adrenalina para que possamos nos movimentar mais depressa enquanto ela vai sendo metabolizada. Só que, para falar em público, nós sentimos medo, sofremos a descarga de adrenalina – para que possamos nos movimentar mais rápido durante a fuga –, mas não dá para fugir. Por isso, ela permanece um tempo maior no organismo e provoca disfunções, desde o tremor das pernas até o esquecimento da mensagem a ser transmitida.
São três os motivos do medo de falar em público: 1- Falta de conhecimento sobre o assunto e de ordenação do pensamento Se não conhecemos o assunto, ficamos com receio de esquecer algum dado importante ou até de que apareça alguém na plateia conhecendo mais a matéria do que nós. Com receio de que esse fato possa ocorrer, entra em funcionamento o mecanismo do medo e, como consequência, a descarga de adrenalina para nos proteger. 2- Falta de prática no uso da palavra em público Se não tivermos experiência no uso da palavra em público, estaremos desenvolvendo uma atividade desconhecida diante da plateia e com receio de fazer mal esse trabalho, pois, se não nos apresentarmos 66 editorasermais.com.br
bem, nossa imagem também poderá ser prejudicada. Com receio de que o resultado possa ser esse, mais uma vez entra em funcionamento o mecanismo do medo e, como consequência, a presença da adrenalina para nos proteger.
1- Conheça o assunto com profundidade. Conheça sempre muito bem o assunto que irá apresentar. Saiba muito mais do que deverá expor. Tenha começo, meio e fim.
3- Falta do autoconhecimento Nós temos internamente dois oradores distintos: um real e outro imaginado. O real é o verdadeiro, aquele que as pessoas veem efetivamente. O imaginado é fruto da nossa imaginação, aquele que nós pensamos que as pessoas veem quando falamos. Esse orador imaginado é construído principalmente pelos registros negativos que recebemos – os momentos de tristeza, de derrota, de cerceamento que passamos ao longo da vida. Esses registros formam uma autoimagem negativa, diferente da imagem verdadeira que possuímos. O orador imaginado se apoia nessa autoimagem e, por isso, normalmente é também muito negativo. Como consequência, ficamos com receio das críticas e da censura. Temendo estar passando por essa situação, ficamos com medo e, mais uma vez, a adrenalina surge para nos defender.
2 - Pratique e adquira experiência. Aproveite todas as oportunidades para se apresentar diante das pessoas. 2- Identifique suas qualidades. Aprenda a conhecer suas qualidades. Veja se você tem boa voz, bom vocabulário, boa expressão corporal, presença de espírito, enfim, descubra suas qualidades de comunicação e encontre a partir delas segurança para falar. Dessa forma você reduzirá o excesso de adrenalina e ficará mais tranquilo para falar.
Como combater o medo de falar em público Conhecendo as causas do medo de falar em público, fica um pouco mais fácil encontrar o caminho para combatê-lo:
Reinaldo Polito Mestre em Ciências da Comunicação, palestrante, professor de expressão verbal e autor consagrado. www.polito.com.br
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