Energia solar: Economia na conta de luz
2 I Índice
19 I Arquitetura Solar Economia de energia para os clientes da Andrade e Silva Empresa de Pouso Alegre valoriza aquecimento solar em seus projetos
3 I Editorial
4 I Especial A hora e a vez do aquecimento solar Cenário energético restritivo e aumento das tarifas de eletricidade ressaltam vantagens da tecnologia solar térmica
20 I Qualisol Certificação para instalador será oferecida já neste semestre Especialista do SENAI-SP descreve os próximos passos para o profissional obter o reconhecimento de sua competência técnica
Notícias 10
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16
18
Inmetro confirma o modelo 3 na Certificação Nova portaria simplifica processo
DASOL da ABRAVA nas discussões do novo acordo global do clima Associação e outras entidades levarão sua visão ao Itamaraty Participe do 3º CB-SOL Congresso apresentará cases de sucesso do aquecimento solar Brasil e Japão estudam oportunidades de eficiência energética ABRAVA esteve presente no workshop realizado em Tóquio
22 I Cursos e Agenda
Editorial I 3
Aquecimento solar: solução e oportunidade Em fevereiro deste ano, a ABRAVA-DASOL publicou carta aberta à sociedade brasileira, chamando a atenção para a responsabilidade de todos nós diante da questão energética. A carta reiterava a proposta encaminhada ao Governo Federal para disseminar o uso do aquecimento solar de água nos lares brasileiros, uma iniciativa que vai muito além do legítimo esforço da nossa Associação em fortalecer o setor, gerar mais empregos em nossa indústria e ampliar o mercado de aquecedores solares.
DASOL ABRAVA Departamento Nacional de Aquecimento Solar (DASOL) da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA). Conselho de Administração do DASOL Presidência Luís Augusto Ferrari Mazzon VP Relações Institucionais (VPI) Amaurício Gomes Lúcio VP Operações e Fomento (VPOF) Ernesto Nery Serafini VP Tecnologia e Meio Ambiente (VPTMA) Jamil Hussni Junior VP Marketing (VPM) Rafael Bomfim Pompeu de Campos VP Desenvolvimento Associativo (VPDA) Mauro Isaac Aisemberg Past President (PP) Carlos Artur Alves de Alencar Secretário Executivo Marcelo Mesquita
Revista Sol Brasil Conselho Editorial: Marcelo Mesquita e Nathalia Moreno Edição: Ana Cristina da Conceição (MTb 18.378) - Setembro Comunicação Projeto gráfico e editoração eletrônica: Izilda Fontainha Simões Fotos da Capa: Marcos Santos/ USP Imagens; Acervo de fotos de obras de grande porte – Transsen Impressão: Formato Empresarial DASOL/ABRAVA Avenida Rio Branco, 1492 Campos Elíseos – São Paulo – SP 01206-905 - Fone (11) 3361-7266 (r.142) Fale conosco: solar@abrava.org.br
O recente aumento das tarifas de energia, autorizado no início de março, só reforça e confirma mais uma vez a oportunidade e a dimensão social da nossa proposta. Desde 2 de março, a conta de luz ficou em média 23,4% mais cara em todo o país. Em algumas localidades, esse aumento passou dos 30%: na área de concessão da AES Eletropaulo, que atende o maior centro consumidor do país, o aumento médio ficou em 31,9%. Em outras concessionárias, esse aumento pode chegar em 2015 em 70%. Houve aumento também nos valores das bandeiras tarifárias, um sistema de cobrança adicional pelo uso da eletricidade mais cara gerada pelas termelétricas, acionadas quando a energia produzida pelas hidrelétricas não é suficiente para atender a demanda. Usar a energia solar térmica significa destinar a finalidades mais nobres e mais intensivas a energia elétrica hoje consumida no aquecimento de água para banho. Segundo dados do Procel/Eletrobras, 7% de toda a energia elétrica consumida no país é usada para acionar o chuveiro elétrico. Além de poupar energia elétrica, a adoção do aquecimento solar, energia limpa, gratuita e renovável, representa em média economia superior a 30% no valor da conta de energia dos consumidores residenciais. Essa economia representa uma transferência indireta de recursos e consequente aumento da renda líquida para as famílias de menor poder aquisitivo. Foi o que mostrou a mais recente pesquisa de satisfação feita junto aos usuários do Programa Minha Casa Minha Vida cujas moradias são equipadas com aquecimento solar. Aliás, a extensão do aquecimento solar para todas as unidades habitacionais construídas pelo Programa (e não apenas para as unidades unifamiliares da menor faixa de renda) é outra proposta que a ABRAVA-DASOL vem defendendo junto ao Governo. A energia solar térmica representa apenas 1,03% da matriz elétrica nacional, embora o Brasil possua um dos maiores índices de irradiação solar do mundo. Nossa Associação está permanentemente mobilizada para aumentar essa participação, promovendo capacitação, incentivando a certificação profissional e de qualidade, firmando parcerias com as universidades e participando de todos os fóruns que ajudem a ampliar e fortalecer o nosso mercado. Apesar da atual crise econômica e política por que passa o país, o aquecimento solar tem uma grande contribuição a dar como solução energética e sustentável para o Brasil. E esta é uma grande oportunidade para todos nós, empresários do setor. Vamos fazer dessa crise a nossa oportunidade: se existe um setor que irá crescer nessa atual conjuntura é justamente a área da eficiência energética, onde, com certeza, o Aquecedor Solar está inserido. Amaurício Gomes Lúcio Vice-Presidente de Relações Institucionais do DASOL-ABRAVA
4 I Especial
A hora e a vez do aquecimento solar
Bosch Heliotek/Divulgação
Energia solar: limpa, gratuita, renovável e tecnologia 100% nacional
Cenário energético restritivo e aumento das tarifas de eletricidade ressaltam vantagens da tecnologia solar térmica A elevação das tarifas de energia elétrica, anunciada no início de março, e o cenário de restrição de oferta de energia, agravada pelo baixo volume de chuvas dos últimos anos, evidenciaram mais uma vez a urgência de se adotar uma cesta de soluções energéticas no país. Entre estas soluções, sem dúvida está a energia solar térmica para o aquecimento de água. Presente em 1% da matriz elétrica nacional, a energia solar térmica permitiu em 2013 que o país poupasse energia elétrica equivalente (EEE) a 5.404 GWh/ano, segundo dados da IEA (Agência Internacional de Energia). Essa energia economizada é maior do que a produção anual da usina termonuclear Angra 1, com o benefício adicional de ser limpa, gratuita, renovável e de tecnologia 100% nacional. “A tecnologia solar térmica permite que a cara energia elétrica, e portanto nobre, seja destinada a finalidades mais intensivas e otimizadas do que o simples aquecimento de água”, observa Luís Augusto Ferreira Mazzon, presidente do Departamento Nacional de Aquecimento Solar da ABRAVA. Existem indicativos de que cerca de 7% de toda a energia
elétrica consumida no país é utilizada para aquecer água, segundo dados do programa Procel/Eletrobras. Este é um, entre vários argumentos, que fundamentam a proposta do DASOL da ABRAVA para criação de um amplo programa de conscientização, disseminação e incentivo ao uso do aquecimento solar no país. O aquecimento solar como exemplo de uso eficiente de energia também foi destacado pela presidente da República Dilma Rousseff na abertura da 21ª Feicon Batimat (Salão Internacional da Construção), em São Paulo, ao comentar a expansão da construção civil e pesada nos últimos 12 anos. A presidente foi enfática em valorizar a importância do uso massivo da energia solar térmica. “Não há motivos para que nós não consigamos desenhar medidas para garantir as melhores práticas, tanto em poupança de água quanto de energia no Brasil. Não tem por que a gente não adotar a energia solar térmica num país ensolarado como é o nosso”, salientou, observando que o país precisa incorporar melhores práticas independentemente de haver crise hídrica ou energética.
Especial I 5 A presidente também chamou a atenção para o benefício de redução da conta de luz ao comentar a continuidade do Programa Minha Casa Minha Vida. O programa permitiu o acesso de famílias de menor renda ao aquecimento solar. “Fiquei muito feliz em saber que deu certo porque, no início, o que diziam para nós é que não tinha produto. E, mais uma vez, a indústria mostrou que tinha condições de superar e atender o desafio.”
meta de 263 mil unidades contratadas. O DASOL também propõe que a tecnologia solar térmica seja adotada nos programas habitacionais dos governos estaduais e em construções que utilizem recursos governamentais. Em sua Carta Aberta à Sociedade Brasileira, publicada em fevereiro, o DASOL propõe uma linha de crédito específica para aquisição de aquecedores solares com pagamento a partir de 36 parcelas com taxas subsidiadas através dos bancos oficiais. Pelos cálculos do DASOL, a economia em reais na conta de luz é maior que o valor da parcela do financiamento, sobrando dinheiro no bolso do consumidor. A proposta do DASOL inclui ainda a liberação de recursos do FGTS depositados nas contas dos trabalhadores com renda inferior a três salários mínimos para aquisição de aquecedores solares. O argumento é que tais recursos podem ser liberados quando da compra e construção de imóveis.
Com a economia de energia, consumidor recupera em dois anos o que investiu no aquecimento solar
Carta Aberta
Retorno garantido Com custo menor que 1% do valor total de uma obra, a instalação de um sistema de aquecimento solar de água proporciona economia direta ao consumidor. “A energia solar térmica tem custo de R$ 0,13 / kWh contra o custo de energia elétrica que é de R$ 0,39 / kWh, uma proporção de 1 para 3”, salienta Amaurício Gomes Lúcio, vice-presidente de Relações Institucionais do DASOL. Pelos cálculos do DASOL, o consumidor recupera em até dois anos e meio o investimento em sistemas de aquecimento solar somente com o dinheiro poupado mensalmente
Fotos: Feicon Batimat 2015/Divulgação
A inclusão dos aquecedores solares nas moradias destinadas à menor faixa de renda do Minha Casa Minha Vida é resultado da atuação do DASOL da ABRAVA junto ao mercado e entidades do governo com o foco de reduzir o consumo de energia elétrica. Atualmente, as habitações de interesse social como as construídas pelo programa representam 19% das vendas anuais de aquecedores solares no Brasil. O DASOL da ABRAVA defende e reiterou este ano junto ao Governo sua proposta de disseminação do aquecimento solar no país e a implantação compulsória dessa tecnologia em todas as unidades habitacionais construídas pelo Minha Casa Minha Vida. “O programa utiliza recursos públicos. É, portanto, coerente que seja dotado de itens sustentáveis em seus investimentos”, defende Marcelo Mesquita, secretário executivo do DASOL. Atualmente, o programa habitacional prevê a instalação de aquecedores solares somente nas moradias unifamiliares para a faixa de renda 1, de até R$ 1.600, o que significa a
Feicon recebeu 160 mil visitantes este ano: foco na economia de água e energia
Presidente Dilma na abertura da Feicon 2015: “Não tem por que a gente não adotar a energia solar térmica em um país ensolarado como o nosso”
6 I Especial
Damião A.Francisco
Luís Augusto Ferrari Mazzon: “Em dois anos, o aquecedor solar se paga e nos outros anos gera economia para a família”
na conta de eletricidade de uma residência com quatro a cinco pessoas. “Hoje um produto compacto custa para o consumidor final cerca de R$ 2 mil. Em dois anos de uso o produto se paga e nos outros anos ele gera economia para a família”, reforça Mazzon. O equipamento etiquetado pelo Inmetro tem vida útil de 20 anos. Considerando que essa família acione o chuveiro elétrico por 40 minutos todos os dias (para cinco banhos de oito minutos), a energia elétrica consumida ao longo do mês somente para o banho será de 87 kWh. No entanto, ao substituir esse chuveiro elétrico pela energia solar térmica no aquecimento da água do banho, uma residência que tenha consumo médio de 270 kWh/ mês passará a poupar cerca de 70 kWh/mês. Em um ano serão 840 kWh economizados, o que corresponde a cerca de R$ 745,00/ano poupados. “Se considerarmos as tarifas com aumento de 20% a ser adotado ainda em 2015, essa economia chegará a R$ 894,24/ano”, observa Amaurício Gomes Lucio.
Damião A.Francisco
Amaurício Gomes Lúcio: energia elétrica custa três vezes mais que a energia solar térmica
Aquecimento solar: solução energética Consumo mensal de energia sem SAS
Economia mensal de energia com SAS
Economia anual de energia com SAS
Valor economizado na conta de luz (*)
270 kWh
70 kWh
840 kWh
R$ 894,24
(*) Cálculos do DASOL para uma família com cinco pessoas considerando o aumento das tarifas em 2015 em 20%
Especial I 7
Tecnologia 100% nacional Para garantir o suprimento de energia, o sistema elétrico tem acionado cada vez mais as usinas termoelétricas que geram uma energia mais cara. Como observa o presidente do DASOL, entre 2011 e 2013, a participação das termelétricas na geração de eletricidade subiu de 15% para 23%. Ele lembra que tanto a energia proveniente de hidrelétricas quanto a de termelétricas passam por sistemas de transmissão e distribuição e geram perdas, custo elevado e ônus ambiental. Enquanto isso, a energia que vem do sol é limpa, renovável e gratuita. “A tecnologia é nossa, a matéria-prima é 100% nacional e a vida útil do sistema é de cerca de 20 anos. É uma solução que está dentro de casa”, sintetiza Mazzon.
Amaurício Gomes Lúcio salienta os benefícios ambientais. “O aquecimento solar de água em uma casa com quatro habitantes evita a emissão de 440 quilos de dióxido de carbono (CO2), evita a inundação de 112 m² na construção de novas usinas ou evita o consumo de 430 quilos de lenha ou 110 quilos de gás GLP por ano.”
Minha Casa Minha Vida: o DASOL defende a instalação dos aquecedores solares em todas as moradias contratadas
Terceira etapa do Minha Casa Minha Vida Em seu discurso na Feicon, Dilma Rousseff reafirmou o compromisso com o lançamento da terceira etapa do Minha Casa Minha Vida, com metas de contratar casas para mais 3 milhões de famílias até o final de 2018, totalizando 6,75 milhões. O programa já beneficiou 2,08 milhões de famílias, envolvendo governo federal, Caixa Econômica, empresários e governos estaduais e municipais que fazem cadastros, fornecem infraestrutura e disponibilizam terrenos. Além de garantir a continuidade do programa, a presidente prevê aperfeiçoamentos no Minha Casa Minha Vida. “Vamos aprimorar o programa, seja para garantir mais qualidade às moradias, seja para atender certas características de mudanças do mercado, seja para acelerar sua implantação nas áreas metropolitanas onde a terra é cara e se constitui num
impedimento a um volume maior.” No discurso, ela anunciou a intenção do governo de criar uma faixa de renda intermediária entre as atuais faixas 1 e 2 do programa. A presidente observou que para acelerar o programa nas regiões metropolitanas serão necessárias adaptações. “Vamos ter de fazer uma certa verticalização para poder garantir tanto o acesso ao terreno como moradias de qualidade para as pessoas.” Citando a evolução da construção civil e pesada, “um dos motores do crescimento do país”, a presidente lembrou a expansão do crédito imobiliário, do emprego e dos investimentos em infraestrutura. O crédito imobiliário cresceu de 1,5% do PIB em 2003 para 9,7% em 2014. O emprego na indústria da construção passou de 1,1 milhão de vagas em 2002 para 2,78 milhões em 2014.
8 I Especial Projeções da EPE
Participação das fontes nos domicílios que aquecem água para banho
Estudos da Empresa de Pesquisa EnergéProjeções do Ministério de Minas e Energia - Fontes para Aquecer Água tica (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, apontam que o gasto de energia elétrica para aquecimento de água em residências no País deve cair nas próximas décadas, com a substituição dos chuveiros elétricos por aquecedores solares. A previsão é que, em 2050, 24% do aquecimento de água dos domicílios seja feito usando o calor do sol, contra os atuais 5%. Com isso, o uso de eletricidade para esse fim cairá de 88%, em 2013, para 38% em 2050, liberando essa energia para outros usos. Os dados constam dos estudos econômicos e de demanda para o Plano Nacional de Energia (PNE) 2050, que está em debate. O documento projeta que até 2050 cerca de 20% dos domicílios usarão o calor do sol para aquecer água, com a instalação de aproximadamente 250 m² de painéis de aquecimento solar para cada 1.000 habitantes. Até 2030, a disseminação do aquecimento solar nas residências de cerca de 2 GW do Sistema Interligado Nacional (SIN). permitirá evitar um consumo próximo de 4.465 GWh. Pelos cálculos da EPE, esses 2 GW equivalem aproximadaSegundo os estudos, com maior uso da energia térmica mente à metade do consumo na cidade do Rio de Janeiro solar, em 2050 deixarão de ser consumidos da rede elétrica em 2013. perto de 8.604 Giga Watts hora (GWh), evitando a instalação
Setor solar térmico presente na Feicon Soluções para economizar água e energia deram o tom da 21ª Feicon Batimat (Salão Internacional da Construção), realizado de 10 a 14 de março em São Paulo.
Sete empresas associadas ao DASOL da ABRAVA marcaram presença no evento, que é referência da construção civil na América Latina: Aquakent/Jamp, Heliotek/Bosch, Mondialle, Pro-Sol, Rinnai, Solarem/Tuma e Soletrol. Este ano, a Feicon reuniu mais de 2 mil marcas nacionais e internacionais numa área de 85 mil m2 do Pavilhão de Exposições do Anhembi. Com 118 mil visitantes e geração de R$ 600 milhões em negócios, a Feicon foi palco para lançamentos de produtos e novas tecnologias, apresentando projetos, produtos e soluções para a construção civil. Durante o evento, foi realizada a Conferência Feicon Batimat, com profissionais nacionais e internacionais em apresentações, palestras, painéis de debate e estudos de casos. Entre outros temas, o ciclo de seminários da Feicon focou as construções sustentáveis e as oportunidades para redução de consumo de água e energia.
10 I Notícias do Dasol
ABRAVA espera definição sobre critérios para o ensaio de penetração de chuva nos coletores solares
Inmetro confirma o modelo 3 na Certificação Nova portaria simplifica processo Nos últimos três anos, a indústria de aquecimento solar acompanha uma série de transformações no Programa Brasileiro de Etiquetagem. A exigência para todo o setor é migrar da Etiquetagem Voluntária, praticada há mais de 17 anos, para a Certificação Compulsória de Produtos do Inmetro, dentro do âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC). Defendida pela ABRAVA e pelo Inmetro, o objetivo dessa alteração é promover melhorias na qualidade dos produtos, no combate à concorrência desleal e, principalmente, prover informação e segurança ao
consumidor. Seguindo metodologia, a certificação será realizada por um novo agente no setor, o Organismo de Certificação de Produto (OCP), acreditado pelo Inmetro. Essa proposta teve início em julho de 2012 com a publicação da Portaria Inmetro 352, que apresentava dois modelos de certificação: o Modelo 5 e Modelo 7. O Modelo 5 (Ensaio de Tipo, Avaliação e Aprovação do Sistema da Qualidade do Fabricante) prevê auditorias no fabricante e ensaios de amostras retiradas no comércio e no fabricante. No Modelo 7 (Ensaio de Lote), as amostras de um lote do produto são submetidas a ensaios. Mais adiante, a Portaria Inmetro 358/2014, de 01/08/2014, redefiniu os prazos para implantação
Damião A.Francisco
Komeco/Divulgação
Notícias do Dasol I 11
Jamil Hussni lembra que aspectos de medição influenciam cálculo de eficiência dos equipamentos
dos novos critérios de avaliação da conformidade nos coletores solares e reservatórios térmicos. A nova portaria estabelecia a partir de setembro de 2015 a exigência compulsória de etiqueta Inmetro e determinava que todas as indústrias somente poderiam fabricar produtos certificados para atender ao regulamento. (Mais informações em www.certificasol. com.br). Entretanto, após avaliação feita por um grupo de representantes dos agentes do setor (laboratórios, OCPs e Fabricantes), a ABRAVA apresentou uma lista de 136 sugestões ao Inmetro para adequação das exigências às características do mercado, principalmente para as pequenas e micro empresas. Este movimento resultou na “Consulta Pública” proposta
pela Portaria Inmetro n° 487/2014, de 4 de novembro de 2014. Desde então, o setor de aquecimento solar aguardava pela definição de critérios alinhados à realidade das empresas do segmento. Finalmente, após mais de três meses da Consulta Pública, o Inmetro publicou a Portaria 159, de 19 de março de 2015, que formaliza proposta para aperfeiçoamento do Programa de Avaliação da Conformidade para Equipamentos de Aquecimento Solar de Água. A nova portaria estabelece a substituição do Modelo 7 pelo Modelo 3 de certificação, que prevê ensaio de tipo com intervenções posteriores por meio de amostras retiradas no fabricante. Na opinião do vice-presidente de Assuntos Institucionais do DASOL, Amaurício Gomes Lúcio, o Modelo 3 é uma ótima alternativa porque faltava um mecanismo de certificação mais simples. “O Modelo 3 irá propiciar que as empresas menores atendam às novas exigências com menor custo e prazo. Por serem pequenas, os processos dessas empresas não são formalmente dotados de Sistemas de Gestão da Qualidade, exigidos e auditados no Modelo 5”, explicou.
12 I Notícias do Dasol
ABRAVA aguarda avaliação do Inmetro para melhorias solicitadas Luiz Augusto Ferrari Mazzon, presidente do DASOL, também vê como um avanço a publicação da Portaria 159, que disponibiliza o Modelo 3 de Certificação ao setor. Mas enfatiza que ainda existem muitas melhorias que a ABRAVA solicitou e que ainda se encontram pendentes de análise e atendimento por parte do Inmetro. Entre essas melhorias destacam-se: Inspeção final: Para todos os ensaios listados na Portaria n° 301/2012, deve haver critérios de avaliação específica, para casos de “sem falha grave”, e o critério da aprovação/ reprovação em respeito à acumulação de umidade somente deve ser utilizado no teste de ensaio de penetração de água da chuva.
Conceito de família: Definição das características comuns de equipamentos, para agrupamento dos modelos de reservatório térmico de uma mesma unidade produtiva. Ensaio de envelhecimento ASTM G155: Substituição do teste ASTM G155 pelo ensaio de exposição (item 5.4 descrito na Norma ABNT NBR 15747-2:2009) ou ensaio de envelhecimento acelerado ASTM G154 (ensaio mais comum). Penetração de chuva: O ensaio deve seguir o conceito da Norma ISO9806:2013, para a verificação de penetração de água após o ensaio de penetração de chuva. Caso seja escolhido o método da pesagem, a variação de peso não pode ser maior que 30 (trinta) g/m2 de área externa do coletor. A balança utilizada deve possuir incerteza padrão melhor do que 5 (cinco) g/ m2 de área externa do coletor. Critérios de medições das dimensões, suas variações e incerteza: Além dos ensaios iniciais, os equipamentos de aquecimento solar de água devem ser inspecionados, com a finalidade de confirmar as informações declaradas na PET (Planilha de Especificação Técnica). Jamil Hussni Junior, vice-presidente de Tecnologia e Meio Ambiente do DASOL, avalia que algumas melhorias no regulamento devem envolver aspectos de medição, como por exemplo a definição dos pontos/locais de tomada de medidas e suas incertezas específicas. “Algumas medidas influenciam no cálculo de eficiência como área transparente, área externa, área de chapa de absorvedor, espessura da chapa do absorvedor, espessura da tubulação, etc. e devem estar muito bem determinadas no regulamento”, observa.
Simulador solar do IPT, um dos laboratórios designados pelo Inmetro para realização de ensaios
Notícias do Dasol I 13
Principais mudanças em relação à Portaria nº 352, de 06/07/2012 O Modelo de Certificação 7 - Ensaio de Lote foi substituído pelo Modelo de Certificação 3 – Ensaio de tipo, com intervenções posteriores através de ensaios em amostras retiradas no fabricante para equipamentos de aquecimento solar de água.
ram origem à concessão inicial da certificação continuam sendo cumpridas.
Outras importantes alterações propostas pela Portaria 159 são:
• Da mesma forma, os ensaios anuais de manutenção para comprovar a manutenção da conformidade dos produtos passam a ser realizados em intervalos de 24 meses, beneficiando as empresas e seguindo modelos internacionais que praticam intervalos de até cinco anos para tais ensaios.
• O prazo do Certificado da Conformidade, que teve sua validade ampliada de 4 para 6 anos. • O controle da Certificação realizado pelo OCP, cujas auditorias a cada 12 meses passam a ser exigidas a cada 24 meses e que visam constatar se as condições que de-
Ambas alterações implicam em menos intervenções e custos para as empresas.
• Em todos os documentos, planilhas e etiquetas, o “Fabricante” passa a ser definido como “Fornecedor”.
14 I Notícias do Dasol
DASOL da ABRAVA nas discussões do novo acordo global do clima Associação e outras entidades apresentarão suas ideias ao Itamaraty Representante oficial do setor solar térmico, o DASOL participará do processo coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) para elaborar as propostas brasileiras para a construção do novo acordo global sobre mudanças climáticas. Ao longo de 2015, os 195 países membros da Convenção do Clima da ONU deverão registrar suas propostas para o acordo, que deverá entrar em vigor em 2020, visando o combate internacional ao aquecimento global nas próximas décadas. O objetivo do acordo é evitar que o aquecimento da Terra ultrapasse os 2 °C neste século, limite considerado perigoso pela ciência. Para isso, cada país apresentará sua INDC (Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida, ou INDC, na sigla em inglês), contendo a meta de corte de emissões de carbono que considere justa para o esforço global. Em 2014, o Itamaraty abriu um processo de consulta à sociedade para a construção da sua INDC. Entre as instituições que participam desse processo de consulta está o Instituto Vitae Civilis/GSCC Brasil, que convidou o DASOL e outros setores produtivos considerados “Amigos do Clima” para apresentarem sua visão ao Itamaraty. O convite é uma oportunidade para esses setores (solar térmico, fotovoltaico, eólico e biomassa entre outros) discutirem com o governo como podem colaborar para reduzir as emissões nacionais de gases de efeito estufa até 2020 e até 2050, com geração de empregos, menores impactos ambientais da energia e maior qualidade de vida para os cidadãos do país. Segundo Délcio Rodrigues, representante do Global Scientific Communication Council no Brasil, o convite também é uma oportunidade para apresentar ao Itamaraty a necessidade de políticas públicas adequadas que possam colaborar com o crescimento econômico dos setores considerados “Amigos do Clima”, como o solar térmico. Além das reuniões com o Itamaraty, está prevista a realização de pesquisa de opinião pública sobre a necessidade de o Brasil agir com ambição elevada na mitigação
das mudanças climáticas e sobre o papel dos setores solar térmico, solar fotovoltaico, eólica e biomassa (etanol, biodiesel, bioeletricidade) nesse processo. Outra ação prevista é a realização de evento em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas e outras organizações da sociedade civil (principalmente as ONGs do Observatório do Clima) para divulgar a importância desses setores para a matriz energética e sua possível contribuição para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Imagens: sxc.hu
Damião A. Francisco
16 I Notícias do Dasol
Participe do 3º CB-SOL Congresso apresentará cases de sucesso do aquecimento solar como alternativa energética
Fortalecendo a indústria solar térmica Desde a primeira edição, em 2011, o CB-SOL vem contribuindo
O aquecimento solar de água como alternatipara o avanço do conhecimento técnico e o fortalecimento da indústria va energética será um dos temas do 3º Congresso nacional de aquecimento solar. Em 2014, o 2º CB-SOL aprovou como Brasileiro de Aquecimento Solar (3º CB-SOL), orrecomendação para o setor a adoção dos indicadores Produção Anual ganizado pela ABRAVA-DASOL. O 3º CB-SOL Padronizada de Energia (PAPE) e Custo Solar (CS) e trouxe o conceito acontece nos dias 2 e 3 de setembro, durante da Energia Elétrica Equivalente (EEE). Esses indicadores facilitam a a Intersolar South America, feira mundial da comparação comercial de modelos de aquecimento solar oferecidos no indústria solar que será realizada no Pavilhão mercado e seu benefício imediato para o consumidor, isto é, a geração Amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo. de energia para aquecimento de água. O CB-SOL apresentará cases de sucesso das aplicações da tecnologia solar térmica na indústria e no setor de serviços, além de debater políticas públicas para o aquecimento solar, o Descontos uso da tecnologia nas habitações de interesse social e a certificação do Inmetro para aquecedores solares, entre outros Empresas associadas à ABRAVA terão desconto nos vatemas. Também está prevista a realização de minicursos lores de inscrição no congresso e de patrocínio e exposição durante o Congresso. na feira. Também estão previstos descontos e facilidade de pagamento para as reservas feitas com antecedência. A ficha de solicitação para expositores e co-expositores está disponível em www.cb-sol.org.br. Para consultar preços e mais informações, entre em contato com a ABRAVA pelos telefones (11) 3361-7266, ramais 142 e 144 ou pelo e-mail energiasolar.dasol@abrava.org.br Realização:
18 I Notícias do Dasol
Brasil e Japão estudam oportunidades de eficiência energética ABRAVA esteve presente no workshop realizado em Tóquio A ABRAVA integrou a delegação brasileira no -Japão em estratégias que deram origem à proposta workshop “Corte de Picos e Poupança de Eletricidado workshop realizado em janeiro. de”, realizado entre 21 e 31 de janeiro em Tóquio, no O workshop discutiu temas como a estrutura Japão. O workshop teve como objetivo desenvolver legal e política para promover eficiência energética ações cooperadas entre Brasil e Japão na área de cone conservação de energia e o estabelecimento de sisservação de energia. temas de gestão energética Desde 2013, o Ministécom base na ISO 50001. O rio do Desenvolvimento, programa incluiu visitas a Indústria e Comércio Exinstalações consideradas O workshop discutiu estratégias terior do Brasil (MDIC) e como melhores práticas em o Ministério da Economia, intensidade energética da de etiquetagem e sistema Comércio e Indústria do indústria e construção. de incentivos para colocar Japão (METI) desenvolvem O workshop também ações conjuntas em Comisdestacou o desenvolvimenequipamentos são Mista Brasil-Japão para to de ferramentas para conpromoção do comércio, servação de energia elétrica eficientes no mercado. investimento e cooperação e planos de ação contemindustrial. plando normas, além das Nesse âmbito foi formaestratégias de etiquetagem do um grupo de trabalho e sistema de incentivos para denominado “Comunidade Smart” que, com a conintroduzir equipamentos e eletrodomésticos eficientes tribuição do Centro de Conservação de Energia do no mercado. Japão (ECCJ) e também do Japonês Business Alliance Segundo Fernando Lourenço Nunes Neto, assessor para Smart Energy Worldwide (Jase-W), realizaram do MDIC e coordenador da missão, neste ano serão em fevereiro de 2014 um treinamento no Brasil sobre realizados alguns estudos modelo em indústrias naconservação de energia considerando os desafios cionais a partir do conhecimento japonês. “Pretenenergéticos do País. A partir desse treinamento, foram demos usar seus resultados como benchmark para identificadas oportunidades para a cooperação Brasilos setores de cimento, aço, papel, têxtil e alimentos.”
O secretário-executivo do DASOL, Marcelo Mesquita, representou a ABRAVA no evento. Além da ABRAVA, também participaram do workshop representantes do MDIC, da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (ABRACE), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Votorantim Metais.
Foto: Andrade e Silva Arquitetura e Engenharia/ Divulgação
Arquitetura Solar I 19
Economia de energia para os clientes da Andrade e Silva Empresa de Pouso Alegre valoriza aquecimento solar em seus projetos “Eu não concebo a ideia de se construir uma residência sem a instalação de um sistema de aquecimento solar de água para equipamentos como duchas e torneiras”, afirma a engenheira Cláudia Andrade e Silva Ajeje. A engenheira é sócia-diretora da Andrade e Silva Arquitetura e Engenharia, empresa fundada em 1985 que se destaca na região de Pouso Alegre (MG) com amplo portifólio de projetos diferenciados e com foco em soluções sustentáveis. Cláudia e a irmã Ivanise Andrade e Silva, arquiteta e urbanista, coordenam uma equipe de engenheiros civis, arquitetos, engenheiros eletricistas e gerentes administrativos para atender às mais diversas demandas do mercado. Essas demandas incluem a elaboração de projetos, execução e administração de obras com ênfase em residências unifamiliares, arquitetura de interiores, iluminação e paisagismo, e também obras comerciais, edifícios residenciais, hospitalares, educacionais e igrejas. Cláudia lembra que na década de 80, quando teve início o uso de sistemas de aquecimento solar de água, a instalação tinha custo elevado e a eficiência ficava comprometida pela falta de conhecimento dos instaladores e fornecedores. “Eu mesma desincentivei muitos clientes a usarem tal sistema”, confessa. Hoje, com o mercado mais amadurecido, ela não pensa mais assim: todo projeto criado pelo escritório deve contemplar o aproveitamento da energia solar térmica.
Na elaboração de projetos que incluam o aquecimento solar de água, a Andrade e Silva está atenta em prever espaços, alturas e localizações adequados para colocação dos reservatórios e placas coletoras. “Temos sempre a preocupação de voltar a inclinação dos telhados para o norte para que haja maior eficiência na coleta da energia”, salienta Cláudia. Ela observa que também é de grande importância o isolamento térmico das tubulações embutidas nas alvenarias. “Para que não haja perda do aquecimento no percurso do reservatório até o consumo”, explica. A engenheira recomenda que o consumidor procure sempre um bom fornecedor que informe sobre a eficiência e tamanho das placas em relação ao rendimento do equipamento. “Esse fornecedor deve garantir profissionais habilitados para instalação do equipamento.” Também visando à economia de energia, os projetos contemplam o melhor aproveitamento da iluminação natural, dispondo fachadas de vidro com pé direito duplo para a face sul com menor incidência do sol. “Os quartos, sempre que possível, devem estar voltados para a face leste, que recebe o sol da manhã. E a lavanderia, serviços e áreas menos nobres, voltados para face oeste. Assim, os ambientes dispensam climatizadores artificiais (ou diminuem sua necessidade) como os aparelhos de ar condicionado”, descreve a engenheira.
20 I Qualisol
Certificação para instalador será oferecida já neste semestre
O SENAI-SP deverá oferecer já neste semestre a certificação profissional para instalador de sistemas de aquecimento solar. A certificação é uma garantia e um reconhecimento formal da competência e do conhecimento teórico e prático do profissional no desempenho de suas atividades. A oferta da certificação está alinhada aos objetivos do QUALISOL, programa criado pelo DASOL para promover o desenvolvimento de fornecedores e a qualidade de instalações e serviços do setor. Desde 2014, o DASOL e o SENAI-SP estão empenhados em construir um modelo de certificação profissional para o instalador de SAS. Além de garantia da atualização dos profissionais e do seu preparo técnico, a certificação também contribui para o reconhecimento das empresas que observam as normas de qualidade. Nesta entrevista à SOL BRASIL, Nelson Massaia Borsi Junior, especialista em Educação Profissional do SENAI-SP, relata os próximos preparativos para o lançamento da certificação para instalador de SAS: Em fevereiro, o processo de certificação profissional para instalador de sistemas de aquecimento solar de água estava na fase de ajustes da prova teórica. As provas práticas já estavam formatadas e testadas. Qual é o próximo passo desse processo? As provas escritas passaram pelos últimos testes no final do mês de março, pois necessitavam ter as suas questões (itens) bem redigidas e com grau de dificuldade equilibrado nas diversas provas. Há várias versões de prova, a fim de evitar fraudes. Com relação às provas práticas, as que avaliam a instalação do Sistema de Aquecimento Solar (SAS) em circuito aberto e fechado – também elaboradas com várias versões – já estavam concluídas. Falta finalizar a prova
Fotos: SENAI-SP/Divulgação
A previsão é de especialista do SENAI-SP que descreve os próximos passos para o profissional obter o reconhecimento de sua competência técnica
Nelson Massaia Borsi Junior: interessados deverão consultar o Guia do Candidato, disponível no site do SENAI-SP
prática para a instalação do SAS em piscinas. Quando a certificação estará disponível para ser oferecida ao mercado? O SENAI-SP deve iniciar a oferta ainda neste semestre. Após a finalização da elaboração das provas escritas e práticas, é preciso realizar uma auditoria no Centro de Exames para Certificação (CEC). Isto é necessário para verificar se a infraestrutura (física e humana) disponível é suficiente para aplicação da avaliação dos candidatos. Esta auditoria é feita pelo Organismo de Certificação de Pessoas (OPC), do Departamento Nacional do SENAI, em Brasília, para habilitar o CEC a ofertar esta certificação pelo Sistema SENAI de Certificação de Pessoas (SSCP).
Qualisol I 21 Campo de provas práticas: equipamentos são usados nos cursos ministrados pela Escola SENAI Roberto Simonsen, localizada no bairro do Brás, em São Paulo
É possível fazer uma estimativa do investimento que o profissional de instalação deverá fazer para obter a certificação profissional pelo SENAI-SP? Como os processos de construção de provas ainda não foram totalmente finalizados, ainda é muito cedo para fazer esta estimativa. O que podemos afirmar com segurança é que o custo de cada prova será calculado levando-se em consideração os materiais consumíveis (especificação dos materiais, quantidades e custo) e a duração do exame, sempre respeitando o candidato e estabelecendo preços justos e viáveis em âmbito nacional.
provas: uma escrita e uma prática. Todas as informações sobre as provas e todo o processo estão disponíveis no site do SSCP, no Guia do CanA partir do momento em que um profissional se interesse didato da ocupação. Para ser certificado, o profissional em obter a certificação do precisa ter o desempeSENAI-SP, quanto tempo nho mínimo estabelecido esse processo demanda? em ambas as provas. Os O tempo demandado resultados das provas está diretamente relasão enviados ao Deparcionado à conclusão das tamento Nacional do Os pré-requisitos, custos e todas as informações que o canprovas. O processo de SENAI, em Brasília, para didato precisa ter para decidir se inscrever no processo de certicertificação é o seguinte: a emissão de certificado ficação profissional estarão no Guia do Candidato da ocupação, inicialmente, o profissioe da carteira profissional disponível tanto nas escolas SENAI que possuem os CECs, quanto nal deve procurar o CEC, específica da ocupação. no site do Sistema SENAI de Certificação de Pessoas (SSCP). cujos dados de contato A estimativa é que estão no site do Sistema todo o processo ocorra SENAI de Certificação de em média de 30 a 40 dias, Pessoas; depois, é preciso fazer a inscrição e, se o cansendo a entrega dos resultados estimada de uma a duas didato possuir os requisitos e documentação necessária, semanas a partir da conclusão das provas. O site do SSCP a inscrição será aprovada e serão agendadas as duas é: www.senai.br/certificacao.
Site traz Guia do Candidato
Divulgação Enalter
22 I Agenda Cursos
Projetista de SAS tem carga horária ampliada O DASOL da ABRAVA realiza de 28 a 30 de abril mais uma edição do curso Projetista de Sistemas de Aquecimento Solar. O curso é ministrado pelo engenheiro Luciano Torres Pereira, que participa do programa de capacitação do DASOL desde 2010 com mais de 400 profissionais treinados. A novidade para a turma de abril é a ampliação da carga horária, para melhor aproveitamento do curso e assimilação dos conceitos técnicos e aplicações do aquecimento solar em sistemas de pequeno, médio e grande porte e piscina. “O aumento da carga horária foi uma reivindicação das últimas turmas. Estamos fazendo essa experiência”, ressalta Marcelo Mesquita, secretário executivo do DASOL. A última edição do curso, oferecida em novembro de 2014, atraiu número recorde de 31 participantes. Empresas associadas e entidades apoiadoras têm desconto no valor dos cursos oferecidos pelo DASOL da ABRAVA. Mais informações pelo telefone (11) 3361-7266, ramal 142, ou pelo e-mail cursos@dasolabrava.org.br. As inscrições podem ser feitas pelo site www.dasolabrava.org.br
Anunciantes da 24a edição CBA Votorantim
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Enalter
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Solarem/Tuma
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Soletrol
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AGENDA SOLAR 1º Semestre 2015! 8 de abril - 14h Assembleia de associados 28, 29 e 30 de abril - 9h Curso: “Projetista de Sistema de Aquecimento Solar” Obs.: Programação sujeita a alterações durante o ano. Mais informações em www.dasolabrava.org.br
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