Revista Suor e Bem Estar - Edição 01

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QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO



QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO


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Venha se deliciar na Salad Maceio Você vai descobrir que ter uma vida leve começa pelas escolhas que você faz. SALAD MACEIÓ: Av. Alm. Álvaro Calheiros, 587 - Jatiúca DELIVERY: 3021-2223

Todas as imagem são meramente ilustrativas.

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QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO


DA REDA Ç ÃO

MOTIVAÇÃO!

FOTO Álvaro Borba

Essa será nossa palavra de ordem e não haverá outro foco, propositalmente repetido, em nossa edição de estreia, senão, motivá-lo. E nada de receitas milagrosas que deverão ser seguidas a risca para que os resultados apareçam. Nossa equipe irá mostrar que o ânimo que tanto busca está mais perto do que imagina, dentro de você mesmo! O que falta na verdade é um empurrãozinho, que daremos mostrando-o que ter hábitos saudáveis e qualidade de vida não depende de uma chata e limitadora disciplina. Pelo contrário, bem estar sempre anda de mãos dadas com prazer e diversão. Eu compro essa aposta apresentando com nossos colaboradores atividades que, ao experimentar, lhe trará uma conclusão: eu podia ter mais saúde incorporada a minha rotina e não sabia.

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As idas a praia, os almoços fora de casa, as viagens, tudo poderá ser diferente e nossos personagens e consultores mostrarão que sim, é possível emagrecer, se tornar saudável e ser feliz. Caras e bocas e muita determinação serão necessárias, claro, mas tudo bem distante de regimes de nome esquisito e os intermináveis “não pode!”, que te privam daquilo que tem como as coisas boas da vida, principalmente, quando se está à mesa. Cara feia? Fará muitas e boas. Entretanto, todas elas acompanhadas de um sorriso de felicidade no final. Esforço não faltará, mas tudo regado a um prazer que talvez ainda desconheça. Queremos ver você suar! antonio maria do vale Diretor de redação


COLABORARAM O biólogo álvaro borba @coryphaena

Nesta edição

A blogger O fotógrafo amanda vas andré palmeira @andrepalmeirafotografia @amandavasoficial

A aventureira A também aventureira bebel guerra cleinha guerra @bebelguerra @cleinhaguerra

O maratonista djalma mello @djalma_mello

O personal trainer edwin luz @foguetetrainer

O fisioterapeuta guilherme lyra @guilhermelyra2

A nutricionista izadora rocha @izadora_nutri

O instrutor de SUP jonatan santos @jonatanbs1

A personal trainer laura cavazzani @lauracavazzani

O fotógrafo maivan fernández @maivanfernandez

A médica O promotor esportivo O triatleta Manuela rocha Marcos pradines rafael padilha @dramanurocha @faeltri18 QUALIDADE @marcos_pradines DE VIDA EM MOVIMENTO


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@foguetetrainer


seções 42

14

A dura batalha contra o sedentarismo

18

O Challenge deixou saudades, mas estará de volta

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Fotografia como instrumento de motivação

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Encontrando a força que existe dentro de você

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Alongar ou não alongar? Eis a questão

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Trekking sob a luz da lua e das estrelas

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Uma playlist para turbinar suas corridas e treinos

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Saindo da teoria e começando na prática

58

Maceió e sua mais bela academia

38

Lições de um maratonista com quase 300 corridas

72

Com que roupa me exercito?

A vida cheia de aventura das Guerra


74

Uma conversa com Antônio Moura

88

Como multiplicar o look fitness

78

Os primeiros passos no triatlo

96

Segredos para uma boa alimentação

80

Paraísos para conhecer de Stand Up Paddle

100

Esportes nas águas do litoral maceioense

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Uma trupe pelas águas do Velho Chico

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Canoa Polinésia alagoana

É uma publicação da EDITORA OUSH! BRASIL LTDA Avenida Comendador Gustavo Paiva 2789 Sala 1201 Mangabeiras - Maceió/AL CEP 57038-000 DIRETOR DO GRUPO: Mario Humberto Lôbo CONSELHO EDITORIAL: Antonio Maria do Vale, Eduardo Figueiredo, Marcos Paulo da Costa, Marcio Mrotzeck, Mario Humberto Lôbo DIRETOR DE REDAÇÃO: Antonio Maria do Vale REVISÃO: Antonio Maria do Vale, Eduardo Figueiredo. Emmy Karolinne Carvalho EDITOR DE ARTE: Antonio Maria do Vale DESIGNER: Eduardo Figueiredo FOTOGRAFIA: Álvaro Borba, André Palmeira, Antonio Maria do Vale, Maivan Fernández COLABORADORES DESTA EDIÇÃO: Álvaro Borba, Amanda Vas, André Palmeira, Bebel Guerra, Cleinha Guerra, Djalma Mello, Edwin Luz, Guilherme Lyra, Izadora Rocha, Jonatan Santos, Laura Cavazzani, Maivan Fernández, Manuela Rocha, Marcos Pradines, Rafael Padilha. FOTO DE CAPA: Triatleta Julia Pedrosa por André Palmeira.

PARA ANUNCIAR: 82 99807-7859 PARA FALAR COM A REDAÇÃO: revistasuor@gmail.com IMPRESSA NA GRÁFICA MOURA RAMOS QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO



QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO


PA PO RET O

NADA É DE GRAÇA!

Como vencer a batalha contra o sedentarismo?

POR Edwim Luz (Foguete)

FOTO Divulgação

Somos o tempo todo bombardeados de informações por todos os lados, mídia escrita, televisiva, digital, amigos, entusiastas, blogueiras. No final de tudo, quem está certo? A ciência! Por isso, nosso papo sobre treinamento começa falando de alguns aspectos que podem ajudar na busca por seus objetivos, uma proposta de conhecimento de maneira clara e direta. Primeiro você tem que saber o que quer de verdade, seus objetivos e metas devem ser seu alvo. Não adianta ter o melhor tênis, GPS, treinador particular e muitas outras “parafernálias tecnológicas” se você não tem coragem. Muitas vezes colocamos a culpa em tudo e de maneira até repetitiva: não tenho tempo ou dinheiro, três filhos me esperam em casa e tenho um pônei saltitante na minha sala. Balela! Vale de tudo nas desculpas de preguiçosos! Dentre os vários motivos pelos quais

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procuramos fazer atividade física, o principal deles deve ser a saúde. E mais tarde, se você não procurar fazer atividade física hoje, poderá sofrer graves consequências por sua inatividade ao longo dos anos. Nos dias atuais, somos “fazedores de tarefas”. Viramos máquinas de cumprir funções e muitas vezes quando estas são, finalmente, concluídas, o que resta? Só o bagaço! Nessa rotina, como encaixar a prática regular de atividade física no contexto que vivemos hoje? A resposta está dentro de você que, mais do que ninguém, se conhece, sabe na íntegra como é o seu dia e sabe também como seu corpo funciona. Sendo repetitivo propositalmente, o que você precisa está dentro de si mesmo. Se imagine daqui a 10 anos. Como você quer estar? Como estará se continuar no ritmo atual que vive? A idade chega pra todos e mais ainda pra quem não se cuida! Posso te ajudar? Vamos lá! Comecemos pelo sono. Durante o sono ocorrem milhões de reações, como reparação dos órgãos vitais, elaboração de hormônios e de novas células que irão se agregar aos tecidos dos nossos órgãos a fim de renová-los, recuperá-los. Por isso, é dito que o sono tem efeito reparador. Já parou pra pensar quanto tempo perdemos fazendo besteira antes de dormir? Já analisou que seu sono faz parte de seu treino, de sua saúde e de sua vida? Muito se fala em dormir oito horas por dia, mas isso é apenas uma média, não exatamente uma regra. O importante não é a quantidade de horas que você dorme, mas sim a qualidade do sono. Na realidade o que importa é como você se sente. Está dormindo bem? Acorda disposto? Se faça essa pergunta. Segundo fator importante para alcançar a qualidade de vida é a organização. Meus alunos e amigos sempre me perguntam qual a melhor maneira de alcançar bons resultados, falo

sempre a mesma coisa: organização. Você tem que ter horários, planejamentos, verificação de resultados e tudo mais que possa auxiliar na organização. Vamos geralmente fazer atividade física com o que sobra do nosso dia. Muitas vezes vamos sem comer, nos hidratamos mal durante o dia e esquecemos até a roupa às vezes. E como você acha que será o resultado desse treino? Um desastre! Tenha a certeza que quando organizamos nosso dia ele se torna mais produtivo. Minha empolgação é sempre alta e gosto de falar que muitas pessoas só estão existindo sobre a face da Terra e não vivendo. Quando nos propomos a algo, quer seja trabalho, lazer, família ou atividade física, deveríamos dar o nosso melhor. Tudo seria diferente se colocássemos mais vontade no que fazemos. Com relação aos exercícios físicos também é assim. Vamos de qualquer jeito, treinamos de qualquer jeito e esperamos resultados excelentes? Sonha que é de graça! Outras duas dicas infalíveis que também ouvirão muito por aqui estarão associadas ao tipo de atividade física que pretendem fazer e a alimentação. Sobre isso, deixarei minha contribuição resumindo que, sim, escolha algo que te dê prazer e, na hora das refeições, lembre-se que alimentação é remédio natural assim como veneno também! Há também outro ponto fundamental para a saúde e bem estar: musculação. Ao longo dos anos, resultados de diversos centros de pesquisas internacionais e nacionais têm apontado para o acentuado declínio de massa muscular, decorrente com o envelhecimento e acentuadamente a partir dos 30 anos. A perda de massa e força muscular, à medida que envelhecemos, é potencialmente debilitante e pode dificultar a nossa capacidade de realizar

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PA PO RET O

FOTO Divulgação

algumas das atividades funcionais mais básicas como, por exemplo, caminhar, subir degraus ou simplesmente levantar-se de uma cadeira. De fato, uma importante forma de atividade física que é muitas vezes esquecida não só entre segmentos da população em geral, mas também dentro de alguns círculos desportivos profissionais, são os programas de musculação. Falando em alto e bom som, musculação é imprescindível! Uns dizem que não fazem porque é monótona, outros porque é chata e por aí seguem as justificativas para não fazêla. Porém, sendo o mais sincero possível, mesmo que não tenha motivos para gostar de musculação, faça! Parece tudo muito complicado, exaustivo, limitador. Mas pode apostar, um dos segredos é começar, fazer, experimentar. Aos poucos e naturalmente você redirecionará sua rotina e hábitos para um caminho mais saudável. Compre uma briga com o sedentarismo e saberá quando estiver vencendo, o suor representará a preguiça saindo de seu corpo!

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Ela regula a temperatura do corpo, desintoxica, distribui nutrientes, emagrece e deixa sua pele mais bonita. Siga nossas dicas no instagram

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M U DANÇA DE H ÁBITO

ESTAREMOS DE VOLTA!

Com legado superpositivo, um dos maiores eventos de triatlo do mundo retornará a Maceió em 2016.

FOTOS Maivan Fernández

Foram quase quatro horas de muito suor e calor. O dia, que começou um pouco frio e com bastante vento, o que preocupou os atletas na hora de entrar no mar, terminou com um calor típico do nordeste brasileiro, o que resultou em muito desgaste e, inclusive, no desmaio de uma das triatletas de elite, a americana Emma Jackson. Depois de enfrentar 1,9 km de natação pela praia de Pajuçara, 90km de bike pela Al 101 sul, e 21km de corrida entre Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca, Santiago Ascenço demonstrou muita resistência ao completar a prova com o tempo

mais baixo entre os cerca de 1.100 atletas. Antes mesmo de chegar na capital, Santiago já era um dos cotados para vencer, pois trouxe na bagagem mais de vinte anos de experiência e diversas conquistas, entre elas, o título de campeão do Iroman Brasil 70.3 disputado em Goiânia no ano de 2009, o tricampeonato do Troféu Brasil de Triathlon e a vitória do GP Extreme. O campeão da prova ressaltou a importância de já começar o segundo semestre com uma vitória importante para o currículo o que já dá novo ânimo para as próximas provas que acontecem no Rio de Janeiro, Miami e


Florianópolis. Ascenço aproveitou para elogiar a organização do evento “a prova é longa, exige muita paciência, mas a cidade abraçou a causa, o visual ajuda. Foi sensacional terem feito um evento para toda a família. Acho que o caminho é esse, estão todos de parabéns e eu espero que se perpetue no calendário nacional”, afirmou. Logo atrás dele, veio Marcus Vinícius, mais conhecido como Marquinhos, completando a prova em 3 horas e 52 minutos. O atleta teve que cumprir uma penalidade do decorrer do percurso, passando cinco minutos parado, sem competir. Marquinhos entrou com recurso assim que cruzou a linha de chegada. Completando o pódio masculino, com tempo de 3 horas e 57 minutos, Chicão Ferreira, de Balneário Camboriú, Santa Catarina, atleta que está no top 10 do Iroman. Uma grande aposta no pódio, Igor Amorelli, não teve o resultado que todos esperavam, completando a prova com o tempo de 4 horas e 05 minutos. O atleta é o único campeão brasileiro do Ironman e este ano já conquistou o título internacional de campeão do Ironman

70.3 em San Juan. “Não esperava ir muito bem mas também não esperava sentir tanto. Acontece, hoje foi um dia ruim. Senti muito com o cansaço dos treinos, o corpo bastante desgastado”, afirmou Amorelli. No lado feminino, a paulista Carol Furriela teve uma grande surpresa ao ser informada da sua vitória pela imprensa, a atleta não sabia que era a primeira mulher a chegar. Carolina estava atrás da atleta americana que passou mal ao longo da prova e precisou ser atendida, ficando, portanto, na primeira posição, com o tempo de 4 horas e 33 minutos. “Eu gostei muito, a cidade é linda, a receptividade do povo foi sensacional, organização da prova impecável. Foi uma prova muito dura, muito tempo, muito calor, muita emoção e muita surpresa!”, brincou a atleta. Em segundo lugar, com o tempo de 4 horas e 49 minutos, a atleta americana April Lea. E em terceiro, completando a prova em 4 horas e 52 minutos, Mariana Borges, de Santa Catarina. Fabiano Paes foi o alagoano mais bem colocado, com o tempo de 4 horas e 39 minutos.

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M U DANÇA DE H ÁBITO

Movimentação da economia em baixa temporada Além de vencer as distâncias e participar da grande festa do Challenge Maceió, a cidade teve uma semana bem movimentada com hotéis lotados e prestadores de serviços ganhando um pouco mais, em uma época considerada de baixa temporada. No que se fala de hotelaria, a população percebeu que os hotéis estavam mais cheios, quando comparados na mesma época dos anos anteriores. E a percepção se confirma com os números: 80% dos leitos da cidade estavam ocupados, números estes considerados recorde, já que a média histórica para o mês de agosto é uma ocupação hoteleira de 45%. Segundo o diretor do Challenge Maceió, Marcos Pradines, superou as expectativas da organização. “Tínhamos certeza que a capital estaria bem movimentada, com muitos turistas, mas nossa expectativa era de 65% de ocupação. Esse recorde nos surpreendeu positivamente e

mostrou que eventos, como o Challenge, são uma excelente oportunidade de incrementar a nossa economia”, explica Pradines. Além da ocupação hoteleira, o setor de serviços e turismo foram beneficiados. Em média, os turistas e atletas que vieram para o evento, gastaram cerca de mil reais por dia na cidade. Esta média está calculada considerando o estudo realizado pela FGV, a respeito dos turistas de eventos. Neste valor, considera-se, além da diária, os gastos com alimentação e transporte. “Quem esteve pela orla da cidade percebeu uma grande movimentação de turistas, com restaurantes, quiosques e a feira de artesanato lotados”, afirma o diretor do Challenge Maceió. O Secretário de Esportes de Maceió, Antonio Moura, declarou estar muito feliz com o sucesso e resultado do evento. “ Precisamos investir em eventos como este para atrair mais visitantes. Para se ter uma ideia, o visitante que vem a lazer passa poucos dias, o suficiente para conhecer o básico da cidade. Já o que vem para eventos esportivos gasta em média


FOTOS Maivan Fernández

sete pernoites no local da competição, o que, por si só, já representa um grande diferencial entre o perfil desses dois tipos de turistas. Não é só este setor que sai ganhando. O público recebido pelo evento foi de cinco mil pessoas, sendo 1.200 atletas, e o restante, familiares vindo acompanhar. “Os atletas e turistas saíram encantados com o visual das praias e dos locais de prova. Elogiaram e agradecerem a receptividade do povo alagoano, e ainda ajudaram, promovendo a cidade com o compartilhamento de imagens, atraindo mais pessoas e planejando retorno em breve”, afirmou Marcos Pradines, diretor do Challenge. Esse dado também foi verificado pela pesquisa, que apontou que 38,2% dos turistas de eventos esportivos e de negócios pretendem retornar à cidade-sede em no máximo dois anos. Fora isso, como além dos três dias efetivos do Challenge, ocorreram várias outras atividades concomitantes como congresso, seleção de árbitros para a prova e feira de materiais esportivos, houve a geração de mais

de 400 empregos diretos com a contratação de pessoal para a parte operacional e outros 300 indiretos. “Batemos a estimativa de injetar mais de R$ 10 milhões de reais na capital alagoana. Isso só foi possível graças ao apoio maciço dos entes públicos. Nossa expectativa agora, é atrair outros eventos esportivos, e, claro, consolidar o Challenge como parte do calendário de Maceió”, reforçou Pradines. O diretor do Challenge destacou que o evento deixou dois grandes legados. O primeiro foi uma turma de árbitros, originário de um curso de arbitragem que foi realizado no início de julho. E o segundo foi o incentivo da prática de esportes. “Com o curso de arbitragem realizado pela organização do evento, estamos deixando mais de 60 profissionais, que podem participar de qualquer prova de triathlon. Quando fala em incentivo da prática de esportes, com certeza passaremos ver uma nova geração de atletas que ficaram animados e incentivados ao acompanhar de perto uma prova de nível mundial”, finaliza o diretor do Challenge Maceió.

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DE B EM C OM A VIDA

VOcÊ É A RAZÃO! Para quem quer motivos para uma vida saudável

POR Manuela Rocha

Escrever para muitas pessoas é um grande desafio e responsabilidade. Quando fui convidada para fazer parte da revista, quis logo saber sobre todos os detalhes. Fui apresentada a um portfólio muito bem elaborado, com uma equipe incrível e aceitar o convite foi inevitável. O aceitei porque me senti motivada.

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A motivação envolve fenômenos emocionais, biológicos e sociais e é um processo responsável por iniciar, direcionar e manter comportamentos relacionados com o cumprimento de objetivos. Motivação é o que faz com que os indivíduos deem o melhor de si e façam o possível para conquistar o que almejam. E o que almejo? Promover saúde e prevenir doenças! Desejo contribuir positivamente na vida das pessoas,


ele é seu templo e é nele que você mora! O melhor de tudo isso é que o único beneficiado de toda história será você, exclusivamente você! É a sua hora do dia e a hora que você estará fazendo algo por você, é hora de abstrair-se dos problemas e das coisas sérias relacionadas ao trabalho, hora de descarregar o estresse. Nossa estrutura biológica é um sistema muito bem organizado que possibilita mobilidade. Com o passar dos anos e a evolução, o sedentarismo transcende o movimento, as pessoas passam a maior parte do tempo sentadas e esquecem de compensar essa deficiência de atividades com alguma forma de exercício. A prática de exercício físico é uma das principais formas de prevenção de doenças atreladas ao envelhecimento, daí a importância de manter uma rotina de exercícios. Saiba que 85% da sua saúde dependem exclusivamente dos seus hábitos, restando bem pouco para culpar a genética. A ciência já comprovou que o hábito de se exercitar está associado à prevenção de Alzheimer, doenças cardiovasculares e degenerativas, diabetes, hipertensão, obesidade e câncer. Estudos mostram que diante de inúmeras doenças crônicas, o exercício físico se mostrou bem mais eficaz do que intervenções de drogas, provando mais uma vez o poder que simples mudanças de estilo de vida podem trazer. Dizer que exercício físico é importante todo mundo diz e todo mundo sabe. Mas, acredito que as pessoas só dão a devida importância quando conseguem ver para que ele realmente é importante. E quer saber? Só quem é praticante de alguma atividade consegue descrever o quanto se sente mais feliz desde que ela entrou na sua rotina. Dentre os inúmeros benefícios dessa prática posso citar, primeiro, o controle de peso. A afirmação é facilmente compreendida já que suas calorias diárias são destinadas a alimentar QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO

FOTO Divulgação

ajudando-as a se tornarem cada vez mais saudáveis. Essa tem sido a minha força motriz desde que decidi ser médica e encontrei a área que mais me satisfaz dentro da profissão. Diante de tudo isso, consegue perceber o quanto é importante a motivação para viver? Esse ingrediente nada básico nos faz acordar todos os dias para cumprir nossos deveres e funções dentro da sociedade. É devido a ele e por ele que recarregamos as baterias para buscar e alcançar nossos objetivos. Nada mais justo do que escolher o tema motivação para propagar saúde. Começo falando sobre a lista que encabeça as mil desculpas que as pessoas dão para justificar o sedentarismo. “Dra., não tenho tempo para praticar exercício físico!”. Você tem 168h semanais que correspondem a 07 dias de 24h, quero que dedique ao menos duas horas desse total para prática de alguma atividade física, meros 40 minutos três vezes por semana. E agora, será mesmo que você não tem tempo? E não para. “Dra., eu não gosto de academia”. E quem disse que você tem que estar dentro da academia para praticar exercício? Ache uma atividade que te dê prazer! Corrida, centro de treinamento, natação, ciclismo, jogar tênis, pular corda. Inicialmente pode ser difícil se adaptar em uma atividade, mas o importante é sair da zona de conforto e se superar. Exercite sua consciência, desenvolva senso crítico e crie uma meta atingível, faça um plano, trace um objetivo e execute-o! As pessoas tendem a desistir quando não estabelecem metas, pois, se não sabem onde e quando querem chegar, como alcançarão seus objetivos? E isso serve para que tenhamos êxito em tudo na vida. Não use argumentos que são mais fáceis do que se organizar e dar prioridade a saúde. Não há justificativa plausível para a falta de cuidado com nosso bem maior: nossa saúde! A funcionalidade do seu corpo! Afinal,


DE B EM C OM A VIDA

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ambos, melhorando a circulação, o perfil do colesterol e, principalmente, por normalizar os níveis de leptina e insulina. Quando se instala um quadro de resistência a esses hormônios fica extremamente difícil alcançar o caminho da saúde sem um auxílio especializado e atualizado. Prova disso é a epidemia de obesidade que tem como principais culpados o consumo excessivo de açucares e grãos refinados, associado ao sedentarismo. E agora meu querido leitor, você continua desmotivado para cuidar de você? Já parou para pensar que você tem várias funções na sociedade e que inúmeras atividades dependem de você: criar filhos, trabalhar, cumprir horário, estudar, cuidar da família, cuidar do marido, da esposa, do cachorro... Se todas essas funções dependem de você, você precisa estar bem saudável para executá-las. Espero de coração que todas estas informações e argumentos o faça refletir e, finalmente, possa estimulá-lo a dar o primeiro passo. Levante logo desse sofá e comece fazendo a sua parte por você! No começo pode ser difícil, mas prometo que depois que experimentar não conseguirá mais parar!

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seus músculos, coração, cérebro, gerar produção hormonal, nutrir seu metabolismo e também servir de depósito de gordura quando excederem em relação ao quanto se gasta no dia a dia. Outras vantagens para quem faz exercícios regularmente são a melhora da saúde e dos níveis de colesterol; do humor, pois estimula uma série de substâncias químicas cerebrais, neurotransmissores e hormônios que podem deixar você se sentindo mais feliz e mais relaxado; aumento da produção de energia; sono reparador; maior preparo e aproveitamento da vida sexual; diversão. Se exercitar vai, por exemplo, muito além de estética ou fortalecimento do músculo da perna. Ao praticar atividade física, você exercita e fortalece um músculo bem mais importante e vital, o coração! As principais causas de morte nas Américas são: doenças cardiovasculares e câncer. Já está comprovado que o exercício pode ajudar a prevenir o aparecimento de


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PRESENTES PARA TODOS


AV EN T UR A

às escuras! Trekking sob a luz da lua e das estrelas

POR Antonio Maria do Vale

Tudo acontece bem rápido. Basta a divulgação começar para em poucos dias todas as vagas serem preenchidas. Nem sequer é necessária uma grande publicidade, um simples post nas redes sociais e a notícia se espalha. É assim que geralmente funcionam as inscrições para as provas de trekking em Alagoas. Com um número crescente de praticantes no estado, a modalidade que une senso de orientação, trabalho em equipe e contato com a natureza, tem como principal atrativo a descoberta do novo, explorando o desconhecido, conhecendo e redefinindo limites.

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FOTO Maivan Fernรกndez

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FOTO Maivan Fernández

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da turma, que agora não pode mais contar com pontos de referência muito distantes. O horizonte fica curto e a lanterna passa a ser a melhor amiga durante a trilha guiada por um mapa que te leva a todos os PCs (pontos de controle) do percurso, obrigatórios durante o caminho. Um detalhe importante: diferente do que muitos possam imaginar, celular e GPS são proibidos nas provas, é tudo na base da bússola e de técnicas de contagem de distância como o “homem-passo”. Sob a luz da lua ou no breu total, as equipes

FOTO Maivan Fernández

Não à toa, a própria informação dos lugares onde as provas serão realizadas é mantida em segredo até as vésperas da corrida. Nada de reconhecimento de campo antecipado. Tudo é guardado a sete chaves para que o fator surpresa seja garantido. Dificuldades que se transformam em agentes motivadores para os participantes que, com espírito desbravador, se divertem ainda mais quando o que se tem adiante é uma incógnita. Sendo assim, as provas noturnas ganham força e colocam um ingrediente a mais na orientação


FOTO Maivan Fernández

topo do ranking. E haja imaginação para os títulos que cada quarteto possui: Klouros, Papa-léguas, Trilokos, Misera da mata, Cangaceiros, Arranca sola, Treme terra, Tropa perdida e tantos outros grupos se esbarram nas etapas realizadas em locais onde poeira, água e vegetação formam a tríade perfeita para uma boa aventura. Não só atletas participam das trilhas. Verdade que algumas pessoas do grupo precisam ter noções básicas de orientação e todos da equipe um preparo físico mínimo. Mas, se você

FOTO Maivan Fernández

compostas por quatro integrantes fazem uma análise inicial do trajeto e traçam um plano de corrida. À noite, um pequeno deslize de rota e muito tempo poderá ser perdido, por isso, os cuidados e a atenção são redobradas. Muitos participantes até preferem a escuridão, o nível de concentração nestes casos aumenta e o desempenho acaba sendo melhor mesmo diante da pouca visibilidade. Com nomes sugestivos como Apagão, os encontros chegam a reunir uma centena de equipes que travam uma disputa sadia pelo

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AV EN T UR A

costuma dar umas caminhadas e corridinhas, pode ter a certeza que tem espaço pro trekking na sua agenda. Faça uns contatos e logo descobrirá que tem amigos em comum que já praticam a modalidade. Como o trabalho é em equipe, a amizade é fundamental para bons resultados. Quando todos do grupo se conhecem a interação é maior em função de cada um conhecer o limite do outro e onde podem se ajudar. E se o assunto é sinergia, palmas pra equipe dos Bombeiros Militares de Alagoas, sempre favorita nas etapas e líder do ranking geral da temporada, que tem sua última etapa disputada em dezembro. Praticante de esportes de aventura desde 2001, Clarissa de Melo Lima é uma das

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integrantes da equipe. Tudo começou com um curso de orientação naquele ano e Cainha, como é conhecida entre os amigos, não parou mais de lá pra cá. “Participei das etapas do Circuito Alagoano de Orientação e no mesmo ano fiz minha primeira corrida de aventura, com trekking, remo e MTB. Foram 70 km de percurso e eu adorei!”, disse a bombeira militar e também educadora física. Até 2006 uma parada para o que Clarissa chama de período de molho. Mas o tempo inativo só lhe rendeu forças para voltar com tudo. “Voltei a competir com meu irmão em provas de duplas do Circuito de Mini Aventura da academia Espaço Forma. Eram 20 km entre remo, de canoa, e trekking. Depois participei do Circuito Batvida, com provas acima de


FOTO Maivan Fernández

80 km com remo, trekking, MTB e técnicas verticais; quando então decidi competir também em outros estados”. Dureza pura que Cainha parece tirar de letra. Sobre o sucesso do trekking em Alagoas, Clarissa se mostra motivada e diz que o maior legado do modelo atual é a conquista de um número cada vez maior de praticantes. “As corridas de aventura são menos frequentes. Os trekkings serviram para recrutar mais adeptos. Hoje já tem trekeiro que se arrisca nas corridas de aventura, deu certo! Este é o esporte que amo, em equipe e não dependendo só do físico para se dar bem. Estratégia e sabedoria fazem parte do sucesso de uma equipe’’, comentou. Perguntada sobre as provas noturnas Clarissa respondeu: “Uhuuuhh! Tudo muda! À noite não

conseguimos ver muita coisa. Principalmente quando não tem lua. Aí é breu total. Sempre usamos lanternas. Mas, às vezes, apagamos para não dar dica a alguma equipe que esteja passando por perto. O silêncio também é importante. Gritar? Só na hora da chegada, com o sentimento de dever cumprido”. E esse é o espírito do trekking. Embora existam vencedores, a maior conquista dos que praticam o esporte é concluir a prova. O simples passo além da linha de chegada representa muito para cada integrante, comprovando que são capazes de atuar em coletivo, descobrindo o que há de melhor em si, como superar as limitações e entendendo que, como na vida, para alcançar objetivos é preciso adaptar-se aos problemas para o encontro da solução. QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO


M U DA N Ç A D E HÁBITO

POR Laura Cavazzani

Já não é novidade, no mundo das redes sociais, televisões e academias, são vários os estudos que atestam a importância do exercício físico regular. Bem orientado, ele ajuda na prevenção e tratamento de várias doenças e, é claro, na melhora da qualidade de vida. Então, como iniciar um programa de exercícios físicos quando a rotina, cansaço, falta de tempo e até mesmo a preguiça falam mais alto?

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Na definição de Aurélio, esporte é um conjunto de exercícios físicos praticados com método, individualmente ou em equipes. Também pode ser entretenimento e prazer. Entretanto, na prática, muita gente vê o desporto como martírio e obrigação e passa longe de conseguir tornar o hábito do movimento uma rotina prazerosa. Desculpas das mais variadas naturezas surgem para justificar o sedentarismo: “não tenho tempo!”, “machuquei o joelho”, “tenho asma”, “moro longe”, “é caro” ou, no caso dos mais


FOTO Divulgação

Sem desculpas!

Substituindo preguiça por exercícios

honestos, “tenho preguiça”. Preço, distância, tipo de exercício e praticidade são alguns dos fatores que pesam na hora de dar o pontapé inicial. Mas não há segredo nem atividade ideal, apenas uma regra: faça algo que goste! Para começar, a maior dificuldade é abrir mão do conforto e do descanso para fazer algo fisicamente desgastante. Quem acha que vai sorrir com a sensação de cansaço após subir uma ladeira de bicicleta na primeira pedalada, deve tirar o “cavalinho da chuva”: o benefício

só vem com a continuidade. Para driblar os auto boicotes que o cérebro prepara quando o corpo é desafiado a sair da inércia, é preciso doses de persistência, determinação e novos estímulos. É por isso que as academias inventam novas modalidades a cada semestre, os professores alternam treinos com competições entre os estudantes e os personal trainers levam seus alunos para locais diferentes. Tudo porque o ser humano precisa de variação de estímulos para se sentir motivado. QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO


M U DA N Ç A D E HÁBITO Para dar o primeiro passo é imprescindível que haja um planejamento, que para ser bem sucedido deve começar com a opinião de um médico e de um profissional de educação física que irão orientar sobre a melhor forma de trazer benefícios ao corpo e ao organismo, sem cometer abusos. Como a atividade física é indicada para a prevenção de doenças cardiovasculares (principal causa de morte no mundo), quem pratica pelo menos duas horas por semana sabe que está investindo no futuro. Em geral, alheios ao mundo da endorfina, os sedentários

É fundamental saber se você tem algum antecedente pessoal ou familiar de doença cardíaca, diabetes, problemas ósseos ou articulares. Faça uma avaliação médica, principalmente se você tem mais de 35 anos. Providencie os exames solicitados pelo seu médico. Assim ele poderá identificar algum problema em fase inicial, evitando seu agravamento.

Procure profissionais que ofereçam estratégias personalizadas para atingir os resultados desejados, sem seguir modismos. Escolha um exercício que lhe agrade. Não vai adiantar, por exemplo, ir para uma academia se você prefere atividades ao ar livre.

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carregam uma espécie de culpa secreta e tem, no caderninho de metas de ano novo, o plano de incorporar uma prática esportiva. Quando se estabelece uma rotina de prática de exercícios físicos, nós criamos um estilo de vida, que além de ser difícil de mudar, providencia uma velhice saudável e funcional. Além disso, um corpo esbelto, sem excesso de gordura, ágil e forte. permitirá o melhor usufruto da vida: viver bem! Não espere mais, comece hoje mesmo, afinal, quem não tem tempo para cuidar da saúde, pode precisar encontrar tempo para cuidar da doença! Confira as dicas.

Use os equipamentos adequados para a modalidade escolhida. Ciclistas devem usar capacetes e luzes de advertência nas bicicletas; para caminhadas ou corrida, roupas leves e tênis com bom amortecimento de impacto; musculação, luvas para evitar bolhas e calos nas mãos e assim por diante.

Hidrate seu corpo. Consuma entre 300 e 500 ml de água até 30 minutos antes da atividade e mais 200 ml a cada 30 minutos. Em exercícios que durem mais de uma hora e que causem grande produção de suor vale a pena usar um isotônico. Verifique seu peso antes e depois dos exercícios. Se ele diminuiu você vai precisar repor com líquidos.


Programe suas sessões de exercícios para a maioria dos dias da semana e em horários com temperatura agradável. No mínimo três dias alternados. Se os exercícios forem intensos e diários, um dia na semana é para o descanso obrigatório. Não adianta começar de uma vez, pegando cargas pesadas e abusando nos exercícios aeróbicos. Cada um tem que saber respeitar o período de adaptação e o limite do seu corpo para, futuramente, ter um melhor resultado e atingir o objetivo proposto com saúde e segurança.

Ouça seu corpo. É esperado que após longo tempo parado você sinta algumas dores. Porém, se elas forem persistentes é sinal de que a carga ou execução dos exercícios está inadequada.

Se você é do tipo que não gosta de ficar sozinho, mesmo durante sua atividade física, convide um amigo ou parente para lhe acompanhar. Pode ser que vocês descubram mais um motivo para estarem juntos dividindo as alegrias de uma vida mais saudável e prazerosa.

IMAGENS Divulgação

Estabeleça um horário conveniente para treinar (Se for muito cedo, deixe a roupa, tênis, viseira, relógio, celular e tudo que for usar organizados na noite anterior).

Se alimente cerca de 30 a 40 minutos antes e até uma hora após os treinos. Ao contrário do que muitos pensam, se exercitar em jejum e não comer após a atividade acaba queimando massa muscular e não a gordura corporal. Independente do objetivo, uma alimentação balanceada é imprescindível para alcançá-lo.

É importante optar por atividades que combinem com necessidades físicas, como possíveis problemas musculares e de postura, estilo de vida e a rotina do novo aluno: se trabalha em pé ou sentado, se tem algum hobby, se é uma pessoa estressada. O começo das atividades pode ter como objetivo a correção de pequenos problemas de postura e flexibilidade. Corrigindo isso, é possível iniciar um trabalho mais voltado para a conquista do objetivo de cada aluno.

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Muito suor!

Do primeiro passo rumo a 300 corridas POR Djalma Mello

Amigos leitores é um prazer participar desta nova revista, cujo nome foi escolhido apropriadamente, pois simboliza o esforço e a energia de todos aqueles que praticam uma atividade física com garra e determinação. Tenho a certeza de que seus artigos irão inspirar pessoas a sair do sofá, mudar seus hábitos e com isso resgatar a saúde física e mental; adotando um esporte e, em muitos casos, praticando-o na belíssima orla de nossa Maceió. Tudo para mim começou no ano de 1993, quando passei por vários problemas de saúde devido ao sedentarismo e alimentação incorreta.

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Pesava 97 quilos e a luz vermelha acendeu. Os médicos me disseram que eu precisava perder 30 quilos e praticar uma atividade física. Resolvi mudar radicalmente meus hábitos de vida, foi bastante duro, abri mão de muitas coisas, mas, em três meses perdi os 30 quilos fazendo dieta e bicicleta ergométrica duas horas por dia. Além disso, perdi todas as minhas roupas, de manequim 48 passei à 38. Entretanto, resgatei minha vida, isso é o que importa. Alcancei o resultado, porém, sabia que precisava manter a nova rotina para não voltar à obesidade. Foi quando entendi que precisava de outro método para continuar em forma. Mesmo

FOTO Maivan Fernández

C O RR I DA D E RUA


percurso em 40 minutos. Já escrevi quatro livros sobre o tema da corrida de rua, “Correr é Viver”, “Maratona: a primeira você não esquece”, “Correndo pelo Mundo” e “O Mundo da Maratona”. Estou preparando o próximo, contudo para mim o mais importante é que tenho conseguido inspirar outras pessoas a mudar de hábitos e praticar atividades físicas. Sempre que falo sobre o meu esporte costumo dizer que a corrida é o esporte mais democrático, por que pode ser praticado por qualquer pessoa, em qualquer horário, em qualquer lugar, haja chuva ou sol. Não são necessários grandes investimentos, só nos basta um par de tênis e força de vontade. Somos cerca de cinco milhões de brasileiros

FOTO Maivan Fernández

agradecido à bicicleta, precisava de algo mais forte e ao ar livre. Logo, a escolha mais óbvia foi a corrida que é, sem sombra de dúvidas, a maior expressão da liberdade. No início comecei correndo com amigos do meu condomínio na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde morava. Claro que eles tinham mais velocidade e resistência, isso não importava, eu sabia que era questão de tempo conseguir acompanhá-los. Depois de seis meses eu já corria 5 km em cerca de 50 minutos. Depois de um ano me inscrevi numa corrida oficial de 8 km, senti muita dificuldade, mas completei a prova em 1h12m. Fiquei satisfeito, afinal era a minha primeira corrida, e hoje, 22 anos depois, faço esse mesmo

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C O RR I DA D E RUA

Amsterdam

Nova Iorque

inúmeras cidades no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos correndo. Percorri mais de 50.000 km entre treinos e corridas, sempre buscando completá-las, já que o tempo para mim é secundário. Em algumas me saí bem, noutras tive problemas, principalmente cãibras, mas sempre consegui cruzar a linha de chegada, sorrindo e vibrando, afinal em cada uma delas superei meus limites. Observem que foi com muita determinação que consegui superar uma fase difícil, quando tive que optar entre viver ou desistir, naturalmente escolhendo a primeira opção. Sempre que tiverem que se dedicar à alguma coisa, façam por amor. Foi com “Muito Suor” que deixei o sedentarismo e hoje sou um maratonista.

Milão

América Latina, Estados Unidos, Europa... E o mundo vai ficando pequeno para Djalma Mello.

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FOTOS Arquivo pessoal

que correm habitualmente em nossas cidades e a tendência é aumentar o número, tendo em vista a ampla divulgação das várias corridas que hoje acontecem semanalmente em todo o Brasil. De longe, a corrida de rua é o esporte que mais cresce em todo o mundo. E Maceió com sua exuberante natureza tem sido palco de inúmeras corridas, principalmente depois que foi instituído um calendário oficial, o que beneficiou os atletas, que podem se programar; bem como as empresas e organizadores, que planejam com antecedência seus investimentos. Nestes 22 anos de prática de corrida de rua já participei de 286 corridas oficiais, em variados percursos e locais, de 2,5km à 42 km. Conheci


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L I FEST Y L E

É GUERRA!

Esporte como estilo de vida

POR Antonio Maria do Vale

Quando criança, não há nada mais importante para nós do que brincar, se divertir e aprender, mesmo que involutariamente. E nessa dura rotina o movimento sempre tem vez, seja nas brincadeiras mais tradicionais, como Amarelinha, Esconde-esconde, Pular corda, Cabo de guerra ou Rouba bandeira; ou praticando esportes, sempre se imaginando como um astro do futebol, do vôlei, basquete ou de qualquer outra modalidade. As irmãs gêmeas Cleinha e Bebel Guerra são fieis exemplos desta relação e seguiram a risca a cartilha. Embora a inspiração não tenha vindo por um ídolo no esporte, e sim através da música, sofreram desde cedo a influência

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necessária para se apaixonarem por esportes mais radicais. E é o desejo de descobrir o novo, de se expor ao desconhecido e de explorar o medo vivendo novas experiências, que se transforma em combustível para continuarem brincando, agora com responsabilidade e profissionalismo. A diversão se transforma em negócio em várias ocasiões e elas não se contêm quando a máxima que diz que “o segredo é trabalhar fazendo o que gosta” entra em cena. Em relação ao futuro a única certeza é a dúvida sobre quais novos desafios se lançarão. Sobre quatro rodas, no asfalto, na água, no ar, não importa. Sinta no abre aspas com Cleinha e Bebel que o que menos apavora as sisters é enfrentar o que, ainda, não conhecem.


Lembramos exatamente como nosso amor pelo skate começou. Tínhamos na época oito anos de idade e nossa referência musical mais profunda era a banda Charlie Brown Jr. Éramos crianças e estávamos traçando nossa personalidade, a banda trazia a prática do

skate como uma filosofia e um estilo de vida e foi com essa filosofia que

FOTOS Arquivo pessoal

começamos nossa eterna paixão pelo esporte. A partir do skate, começamos uma busca constante por mais adrenalina em nossas vidas. Essa adrenalina nos dá uma sensação de bem estar que nos levou a outros diversos tipos de esporte, como o Wake board, Stand Up Paddle, Jiu jitsu, Surf e Corrida, além das idas a academia tornarem-se um hábito. Tudo nos trouxe um equilíbrio entre corpo, alma e mente. Dando-nos mais qualidade de vida.

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L I FEST Y L E

O esporte também se uniu a outra de nossas paixões: viajar. Conhecemos boa parte da Europa e da América do sul, além de viajarmos a trabalho duas a três vezes ao ano para os Estados unidos. Queremos mostrar para as pessoas um pouco das nossas experiências, pois acreditamos que grande

parte de qualquer aventura esta relacionada com novas sensações.

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FOTOS Arquivo pessoal

Devido a essa concepção, estamos sempre em busca do novo, porque aventura é saber lidar com o medo e o desconhecido. Qualquer aventura nos proporciona pelo menos um pouco de tensão e superá-la já é suficiente para iniciarmos uma trajetória repleta de realizações pessoais. Ter um espirito aventureiro é fazer coisas que você habitualmente não faz, pisar no ambiente fora de sua zona de conforto e que nos amedronta. Quando pulamos pela primeira vez de paraquedas estávamos ansiosas e intimidadas, porém sabíamos que quando

pulássemos vivenciaríamos uma experiência inesquecível, tornando-nos cada vez mais vivas. Depois de todo esse misto de sentimentos, um dos pensamentos que persiste em nossas cabeças é: o que mais somos capazes de fazer? Antes da aventura você apenas reconhece seus limites, depois dela você percebe que eles são bem maiores do que imaginava. E pelo menos uma vez na vida gostaríamos que cada pessoa vivenciasse algo parecido. Mergulhem em aventura!

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FO TO G RA FIA

pernas, pra que te quero? Um ensaio motivacional para esportistas FOTOS Maivan Fernández

POR Antonio Maria do Vale

Pergunte a um corredor por que ele corre? Vai ouvir que é porque queria emagrecer, porque o médico o intimou a fazer alguma atividade física, para pagar uma promessa, para acompanhar o parceiro... Tem de tudo um pouco. E “pra sair bem na foto!”? Já ouviu essa justificativa? Começar por esta razão ninguém começou, acredito que isto seja verdade. Mas, que continua por este motivo, ah! Isso sim é bem possível. Ninguém melhor para confirmar a tese do que o fotógrafo, mago das lentes, e presença

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confirmada em todas as corridas possíveis, Maivan Fernández. Ele não só poderá ratificar a justificativa, como é também responsável para que ela exista. Tudo é recente, até 2009, Maivan só tinha como experiência esportiva as aulas de judô e voleibol que frequentou enquanto adolescente. Com a fotografia não foi diferente e, além da curiosidade de menino em bisbilhotar as câmeras do pai, nada de maior interesse havia acontecido. A mudança para ambos os casos veio num pacote só quando, em Brasília/DF, conheceu o esporte que hoje é a sua grande paixão, a corrida de rua. E passando a corredor assíduo das provas identificou algo que o incomodava. Começou a pensar em fotografia esportiva diante das “péssimas” fotos registradas de si nas corridas e imaginava que todo atleta corredor poderia e deveria ter um belo registro em seu momento de superação pessoal, já que a fotografia o motivava e o ajudava a não desistir de ultrapassar a linha de chegada.

Faltava a partir dali apenas um empurrãozinho e ele veio no contato que Maivan teve com a câmera do amigo Gilmar Farias durante um evento esportivo. Observou e foi observado, tendo as duas visões uma só conclusão, levava jeito pra coisa. “Dali, resolvi adquirir uma câmera. Foi então que comecei a registrar vários momentos da rotina de atletas na orla de Maceió, sempre tentando aprimorar cada vez mais a técnica e ângulos diferenciados. Isso sem nunca ter feito um curso sequer, contrariando o que muitos fazem, fui sempre autodidata. E o que não passava de brincadeira e passatempo tomou proporções mais sérias e, por que não dizer, profissionais” disse Maivan que, mesmo se dedicando cada vez mais a fotografia, não abandonou o hábito de correr, mantendo uma rotina de treinos durante a semana. Um dos segredos do fotógrafo é que quando está em ação só tem uma coisa em mente, transmitir a emoção de quem está sendo

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FO TO G RA FIA fotografado. Partindo dessa forma de trabalhar, não há como não estreitar os laços com quem passa diante de sua câmera, o canhão, como é mais conhecida em razão da lente longa que possui. “O interessante de se fotografar esporte e ser esportista é que nos relacionamos com os atletas de um modo muito saudável. Fazemos grandes amizades sinceras e verdadeiras, de onde surgem vários relatos que nos impulsionam e estimulam a nunca parar de captar momentos especiais para eles”, concluiu sobre a relação que construiu. Perpetuar grandes momentos, fragmentar emoções em arquivos digitais e através deles proporcionar uma chance de reviver aquela emoção de novo é algo que dinheiro do mundo consegue pagar. Já são mais de meio milhão de clicks e sobre o futuro ele já tem um plano estabelecido. “Rumo ao meu primeiro milhão de cliques esportivos! E se mesmo após a resposta me indagarem o que gostaria de fotografar que ainda não tive oportunidade, mais uma vez serei direto e falarei: fotografar o impossível, a felicidade em si”. É por essas e outras que muitos têm a fotografia, sua ou de qualquer outra pessoa em seu momento de contagiante euforia esportiva, como um combustível. Ela é sim um agente motivador, o próprio Maivan acredita nisso ao dizer que “os atletas são a sua fonte de inspiração!”, uma troca de energia concretizada com a felicidade do fotógrafo ao apertar o botão no mais exato momento e do atleta, que consegue se ver de outro ponto de vista, observando a si próprio, ele mesmo o motivando.

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FO TO G RA FIA

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QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO


FI S I O T ER A PIA

Para começar!

FOTO Divulgação

O que preciso fazer antes de me exercitar

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Por Guilherme Lyra

Hoje vivemos uma época de busca por uma vida mais saudável ou até mesmo um corpo mais bonito. Com isso, a escolha de uma atividade física se torna um tabu e umas das maiores preocupações são as lesões que esse esporte pode trazer para o corpo do praticante. A falta de informação faz com que muitos futuros desportistas desistam, antes mesmo de começar, com medo de dar o primeiro passo errado e gerar dano para seu corpo. Para praticarmos uma atividade física não é só colocar a roupa mais bonita e arriscar os movimentos desejados, precisa-se mais do que isso. Um acompanhamento de profissional especializado em atividade física, para minimizar os desgastes osteomioarticulares e cardiorrespiratórios, é importantíssimo para uma prática saudável. Para começar, desmistificar mitos e verdades é importante para uma prática mais adequada. Hoje em dia muitos clientes chegam a meu consultório com uma dúvida e uma cultura sobre o alongamento. Sempre escuto a pergunta: “Guilherme, preciso alongar antes ou após a atividade física?”. Quando escuto essa pergunta recorro a ciência para responder da melhor forma aos meus clientes. As evidências dos estudos científicos mostram que alongar antes da atividade física não previne lesão e que o alongamento pós-atividade também não minimiza a dor muscular tardia. Daí, eles sempre fazem a segunda pergunta:

“Então não preciso alongar?”. Volto para os estudos científicos e continuo a responder: “Sim, precisa!”. Manter-se alongado é imprescindível para minimizar lesões, porém, não antes das atividades físicas. E para finalizar preciso sempre esclarecer a última dúvida: “Como faço para minimizar as chances de lesão musculares?”. Bom, o aquecimento torna-se um grande aliado para preparar as estruturas específicas para receber a demanda imposta pelo esporte escolhido. Concluímos que fazer sessões de alongamento para se manter flexível é muito importante, contudo, em horários específicos distintos da prática do esporte. As dúvidas não cessam e outra bem comum é sobre a utilização do frio (gelo) ou calor (compressa de água quente) em lesões adquiridas na atividade física. O gelo tem um papel fundamental, além de diminuir o quadro doloroso, faz com que a lesão que está em processo inflamatório não se instale em uma proporção maior, o que facilita o tratamento ou recuperação dessa lesão adquirida do esporte. Então lembre-se sempre do Polo Norte quando tiver alguma. Nunca se esqueça de que para praticar qualquer esporte, você precisa do seu corpo em equilíbrio para executar seus movimentos. Não deixe para depois o que você precisa fazer agora. Negligenciar os cuidados é não se preocupar com você mesmo. E acima de tudo, afirmo: o mais importante é levantar desse sofá, desligar a televisão e sentir o suor em seu corpo e sair sorrindo por estar em completo bem estar.

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FI S I O T ER A PIA

DICAS ESPECÍFICAS Procurar um médico cardiologista É de suma importância saber como está funcionando nosso coração e saber se está apto a prática da modalidade esportiva realizando exames como ecocardiograma, eletrocardiograma e teste ergométrico. Procurar um nutricionista Sua alimentação é a principal fonte de energia em cada modalidade esportiva. Precisa-se de nutrientes específicos, sendo importante conhecer qual a maior necessidade nutritiva. Procurar um Fisioterapeuta do Esporte A avaliação da sua Biomecânica e a mensuração de riscos de lesões deve ser feita sempre, de preferência de forma constante. Existem exames como Baropodometria (teste da pisada) e avaliação cinemática e biomecânica que minimizam os riscos no treinamento. Procurar um educador físico O educador físico é quem vai fazer todo seu planejamento e acompanhamento de treino de forma organizada e direcionada. Cada indivíduo tem características individuais. DICAS GERAIS Utilizar um bom equipamento específico do esporte escolhido que te dará mais conforto e desempenho; Usar Roupas leves e com boa ventilação; Beber bastante água antes, durante e depois da atividade; Alimentar-se bem; Procurar os horários com menos raios solares e, se em locais cobertos, estes com boa ventilação; Preferir terrenos regulares, que são os ideais para se iniciar uma atividade.

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FOTO Divulgação

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M Ú SI C A

Playlist

Música durante o treino: bom ou ruim? POR Antonio Maria do Vale

Não há quem conteste o poder motivador de uma boa música. Nas mais variadas tarefas do dia a dia ela é uma ótima companhia e acaba nos impulsionando a realizar muita coisa de maneira mais prazerosa. No trânsito, no rádio do carro ou através dos fones plugados nos celulares, ela alivia o stress do dia de trabalho duro e do congestionamento que ainda temos que enfrentar. Em casa, nos dá trilha sonora na hora dos afazeres domésticos ou durante um bom cochilo. E se exercitando então, poucos são os que preferem o silêncio enquanto queimam calorias praticando atividades esportivas. Nas academias ela é presença constante e entre os corredores quase que combustível turbinado para levá-los ainda mais longe. Mas uma dúvida é pertinente: música ajuda ou atrapalha a concentração? Primeiro de tudo, é importante pontuar que existe uma grande diferença entre treino e competição, onde a música costuma atuar de formas bem distintas. Estudos e mais estudos ratificam o efeito positivo que a música exerce sobre esportistas, sejam eles amadores ou profissionais. O pesquisador Costas Karageorghis, da Brunel University, em Londres, sugere que a música pode melhorar o rendimento do treino em até 15%. De acordo com o cientista, um dos maiores nomes no estudo da psicologia da música no exercício, o resultado do som durante a prática de atividades físicas pode

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ser comparado ao estímulo de medicamentos legalizados para melhorar a performance. O que se deve ter cuidado, é quanto a escolha das canções e o quanto elas poderão contribuir ou distorcer a concentração ao praticar exercícios ou qualquer esporte. Muita gente acaba ritmando o treino de acordo com a batida da música, isso pode ser um erro capaz de causar, por exemplo, sérios problemas musculares, já que o compasso de uma atividade, como caminhada ou corrida, não deve jamais oscilar de acordo com o que os ouvidos recebem. O nível de concentração deve estar anônima ao desejo de acompanhar a aceleração ou relaxamento das várias melodias tocadas ao longo do treino. Algumas dicas ajudam a resolver este problema e uma bem prática é harmonizar sua playlist. Nada de distribuição aleatória, começando com o pique lá em cima e logo na faixa seguinte sair do rock para uma música clássica. O segredo é formar a sequência baseada na composição do treino. Inicie com mais tranquilidade para a fase do aquecimento, potencialize a batida no meio do treino e encerre a trilha baixando o ritmo novamente. Para os pesquisadores, treinar ouvindo a trilha sonora do seu filme favorito pode ser uma boa forma de melhorar o rendimento. Este tipo de música remete a uma história ou ambiente específico, despertando boas memórias. Pensando nisso, separamos uma playlist com músicas que tornarão seu treino muito mais motivante.


Start me up Rolling Stones FOTO Divulgação

Mr. Jones Couting Crows Pride (In the name of love) U2 Can’t stop Red hot chili peppers Smells like teen spirit Nirvana Sweet child O’ mine Guns N’ Roses Changes Faul & Wad Ad vs. Pnau The show goes on Lupe Fiasco Play hard David Guetta ft. Ne-Yo and Akon Let me think about it Ida Corr vs. FeddeLe Grand How deep is your love Calvin Harris & Disciples Let’s make history The (international) noise conspiracy Let me think about it Ida Corr vs. FeddeLe Grand Scream & Shout Will.i.am ft. Britney Spears The Sound of San Francisco Global Deejays One day / Reckoning song Asaf Avidan Pump It The Black Eyed Peas Feel good Inc. Gorillaz Hung up Madonna Waves Mr. Probz Levels Avicii Get Lucky Daft Punk Thunderstruck AC/DC Counting stars OneRepublic Moves like Jagger Maroon 5 Seven nation army The White Stripes On the floor Jennifer Lopez ft. Pitbull Party Rock Anthem LMFAO Gonna fly now Bill Conti The passenger Iggy Pop Eye of the tiger Survivor Boys don’t cry The Cure Shiny happy people R.E.M. QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO


C A PA

Playground esportivo Esportes e atividade física na orla de Maceió POR Antonio Maria do Vale

Chegou dezembro e com ele ressurgem as velhas promessas de fim de ano. Vou me exercitar, perder uns quilinhos e até o carnaval ficar mais fininho e saudável. Neste período as academias ficam abarrotadas e aquele esquecido tênis se torna seu melhor amigo para as horas intermináveis de muito treino, de domingo a domingo. O entusiasmo parece não ter fim e os desesperados de plantão param logo na primeira semana pelo exagero de última hora, quando o corpo pede socorro com suas dores musculares resultantes da carga recebida além de seu limite.

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FOTO Maivan Fernรกndez

QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO FOTO Maivan Fernรกndez


C A PA

FOTO Álvaro Borba

Outro concorrente forte da prática esportiva são as festas de final de ano. Não é muito difícil encontrar alguém que tenha sua agenda preenchida por inteiro no último mês do ano. Nestas horas, quem irá trocar a cerveja gelada, o bate-papo com os amigos e o flerte em alta por alguma atividade física? Ninguém? Nada disso! O clima festivo que toma conta da cidade também contagia a todos com o desejo de queimar calorias e, um lugar em especial, se destaca não só por suas luzes de natal, mas, por sua influência motivadora para quem quer deixar o sedentarismo de lado, a orla. Em Maceió, os esportes praticados a beiramar crescem vertiginosamente e o número de fãs das mais variadas modalidades segue o vácuo da busca por qualidade de vida. Pense um pouco. Quantas vezes você não passou pela praia e ao ver as pessoas caminhando, correndo, jogando futevôlei, atletas ou não; não se imaginou fazendo o mesmo? Este é o espírito em moda: quero saúde em minha vida! Tradicionais, radicais, alternativos, não faltam opções para os que buscam mais que gastar

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calorias. As atividades neste caso são agentes interativos, onde amizades que se constroem e diversão proporcionada valem mais que números que caem na balança, que acontece, embora, como consequência e não objetivo. Para conferir de perto o entusiasmo dessa turma, basta um olhar mais atento para a faixa de areia ou entre os bares e coqueiros. Dos primeiros rachas de futebol na praia do Pontal até a última estação de ginástica na Cruz das Almas, são incontáveis os grupos que se reúnem para se exercitar. E engana-se quem acha que não há espaço para marinheiros de primeira viagem. Mesmo quando o esporte exige manobras mais arriscadas ou preparo físico considerável, a regra básica para começar é uma só: experimentar! Para te dar um empurrãozinho motivacional e facilitar a sua escolha, percorremos a praia e conversamos com praticantes das modalidades que prometem fazer sucesso durante a alta estação e conquistar adeptos fiéis para todo o restante de 2016. E nossa primeira sugestão vai para aqueles que querem começar por uma


da frequência respiratória, para outras partes do corpo. O controle de peso também é um dos principais motivos para praticar a atividade, não por uma questão estética e sim porque ele desempenha um papel fundamental na prevenção do diabetes tipo 2, doença na qual os açúcares dos alimentos não são adequadamente metabolizados, aumentando a probabilidade de desenvolver doenças renais e QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO

FOTO Álvaro Borba

FOTO Álvaro Borba FOTO Maivan Fernández

atividade clássica, a corrida. De longe, este é o exercício preferido entre os maceioenses que, a qualquer hora do dia, dão suas passadas no calçadão. Os especialistas continuam afirmando, não tem jeito, o primeiro lugar do ranking é dela. Traz os melhores benefícios e possui a menor restrição quanto à indicação. Com uma hora de corrida, por exemplo, lá se vão 900 calorias, o que equivale a uma lasanha inteirinha, um copo de refrigerante, uma porção de frango e um doce. Pela facilidade de ser praticada, a atividade traz consigo dois fatores negativos que fazem com que muitos de seus adeptos acabem desistindo da continuidade em algum tempo. Excluindo os atletas e os disciplinados da lista, a grande maioria esbarra na desmotivação por falta de um parceiro e nas lesões que ocorrem pela prática sem orientação. A dica neste caso é buscar o trabalho de um personal trainer ou, melhor que isso, participar de um clube de corrida. Todos os seus problemas serão resolvidos nestes casos. Terá sempre um parceiro de corrida e, mais importante, orientação adequada que fará com que os resultados apareçam com maior eficiência e segurança. Exemplos como o do personal Guga Loyde e de equipes como a Viva+ e Equipe 3+, comprovam que o acompanhamento por profissionais não só te indica o melhor caminho a seguir como mantém a motivação em dia. Vale ressaltar que a corrida faz o sistema cardiovascular trabalhar de forma mais eficiente. Quando a frequência cardíaca aumenta durante o exercício, o coração se exercita, ficando juntamente com as outras partes do sistema cardiovascular mais forte. Bombeando mais sangue a cada batida, o coração ajuda os vasos sanguíneos a reterem elasticidade e o maior volume de sangue também carrega mais oxigênio dos pulmões, que também se exercita em função do aumento


FOTO André Palmeira

C A PA

cardiovasculares, cegueira, gangrena e outras enfermidades. E sobram razões. A corrida também auxilia na redução da pressão arterial, ajudando a controlar a hipertensão; aumenta o bom colesterol e reduz o mau colesterol, tipo que se acumula nas artérias, prevenindo ataques cardíacos e derrames; e, por fim, sendo um exercício de impacto, a força dos músculos ajuda a aumentar a densidade óssea, deixando os ossos mais fortes e saudáveis. Diante de tantos benefícios, não pense em sair por aí sem destino e limite. Reforçamos a importância do agir com responsabilidade. O triatleta e orientador físico, Rafael Padilha, um dos instrutores da Equipe 3+, diz que é fundamental ditar o ritmo ideal para cada biotipo. “Esta análise inicial irá definir o plano de corrida e, consequentemente, os melhores resultados. Cuidamos de todos os detalhes, desde dicas de alimentação e tênis ideal, passando pelo aquecimento, respiração e até a forma correta de correr. Muitas pessoas não sabem, mas até a maneira certa de posicionar os braços influencia no desempenho”, explicou.

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Se você costuma dar suas corridinhas, com certeza já deve ter notado outra atividade muito presente por toda a orla e que já ultrapassou a fase do modismo, se firmando como umas das mais procuradas para quem deseja resultados mais rápidos, o Condicionamento Físico na Areia. Muitos o tratam como Funcional e, independente de como é conhecido, é ainda crescente o número de grupos de pessoas se exercitando descalças na areia em meio a cones, bolas, obstáculos, step, cordas navais e halteres. Cedinho, à tarde e a noite são inúmeras as turmas que se reúnem para entrar em forma longe das academias. A fama vem do fato dos exercícios serem ideais para a perda de peso, melhora da resistência muscular, da agilidade, equilíbrio, força e tônus muscular. Estes circuitos de praia caíram no gosto dos maceioenses também por um apelo quase que irresistível, o contato direto com a natureza. Esta é, sem sombra de dúvida, uma das razões que, somada a permanente melhoria da estrutura da orla nos últimos anos, tem levado um número cada vez maior de pessoas


um mantendo seu próprio ritmo. Ao se exercitar na areia uma pessoa está, a todo o momento, trabalhando os estabilizadores da coluna e as chamadas “nove valências físicas”: resistência, coordenação motora, flexibilidade, equilíbrio, força, agilidade, velocidade, ritmo e descontração. Lembrando que, mesmo não havendo impacto igual ao de uma superfície dura, os cuidados devem ser redobrados pelos riscos de torções em função da instabilidade. O importante neste caso é começar devagar. Nos treinos com Michele, foi possível notar o tratamento individualizado mesmo diante de

circuitos iguais a todos. Os desafios lançados e a mudança constante das rotas nas estações montadas deixa a atividade mais estimulante, criando nos alunos uma expectativa que serve de desvio de atenção para o cansaço, sempre presente após os 15 primeiros minutos de treino com muita corrida e saltos que exigem, além do vigor físico, também muito raciocínio lógico. Depois de um dia estressante, os treinos noturnos são perfeitos para aliviar toda tensão com muito suor. Nota-se fácil que todos

terminam a série de exercícios exaustos, mas com a consciência levinha para mais um dia cheio desafios ao acordar na manhã seguinte. E quando os treinos são no sábado, o mar de águas tranquilas sempre te convida a um mergulho. Não esquecendo de um detalhe. Não adianta nada depois dos exercícios passar no lanche famoso perto de casa e recuperar energia a base de refrigerante e hambúrguer. É sempre bom relembrar que o alcance da qualidade de vida passa por hábitos saudáveis como associar uma rotina de exercícios a boa alimentação.

FOTO André Palmeira

a praticarem exercícios físicos na praia. Todas as segundas e quartas é assim com a personal Michele Graça e seu grupo de alunos. Se reúnem pela manhã e a noite na praia de Pajuçara para uma hora de treino puxado e prazeroso. Tudo comandado pelos gritos cadenciados de Michele, que impulsionam qualquer um que tente fazer corpo mole. A maior peculiaridade do CFA, como também é chamado, é justamente a diversidade de perfis dentro do grupo. O sucesso vem até em função do respeito às características biológicas de cada um. Todos juntos e misturados, mas cada

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Praticar atividade física sempre gera resultados positivos. Desenvolve a cognição, combate a depressão, evita ansiedade, melhora o desempenho sexual, corrige desvios de postura, tonifica músculos e impede a flacidez. Manter uma regularidade é importante, fazer do exercício um hábito te livra, por exemplo, do indesejado efeito sanfona. Está mais do que comprovado, ele é o melhor dos remédios e quase sem contraindicação para a maioria das pessoas. Quer maior razão do que esta para abandonar de vez a inatividade? Outra forma disto acontecer é através de aulas de natação em águas abertas. Sim, elas existem! Não são apenas atletas que nadam no mar. Você pode aprender do zero e seguir se aprimorando nas técnicas, quem sabe participando de competições, que voltaram e em 2016 prometem ser mais constantes. No contato inicial, pode até parecer estranho e mais difícil que na piscina, onde não há corrente, vento e ondulação. Mas, naturalmente as dificuldades darão lugar à contemplação de estar em contato com a natureza. Outra recompensa está no ganho de saúde já que, como diz o trocadilho, “nadar traz um mar de benefícios”, como melhor respiração, ganho de força muscular e maior disposição. E mais, ao nadar no mar além de exercitar toda a musculatura inspiratória e expiratória e limpar as mucosas nasais, você não respira vapor de cloro. Além disso, sua temperatura corporal aumentou enquanto você se aqueceu nadando e diminui após sair da água ao término, gradativa e naturalmente, sem artifícios. O professor de natação Roberto Nascimento dá aulas na enseada da Pajuçara e recebe no grupo desde pessoas que não sabem nadar a atletas de triatlo. Com boias fixas e raias montadas para os treinos, as características do local escolhido parecem terem sido moldadas para a prática. Na maré baixa a profundidade não ultrapassa a linha do peito e o circuito é feito sem qualquer risco, ideal para os


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iniciantes que poderão descansar sem nenhum problema entre as braçadas. Numa segunda fase, os percursos se tornam mais longos, podendo chegar a 2 km por treino, tudo em grupo, o que garante a mesma segurança das aulas próximas à faixa de areia. O interesse tem crescido no embalo de uma modalidade que é nossa aposta para 2016, o triatlo. O esporte já possuía o circuito alagoano e um número significativo de atletas e, logo após a realização do Challenge, a curiosidade das pessoas aumentou significativamente. Um dos fatores para tanta procura é que parte do número sem fim de corredores que temos começa a migrar para a modalidade, mesmo que a experimentando nas provas em equipes, onde de início sequer irá pedalar ou nadar. Daí para os treinos sobre a bike e na água é um detalhe. Por aqui, pode-se dizer, inclusive, que praticar triatlo seja uma evolução natural do que fazemos quando criança já que correr é intrínseco a qualquer brincadeira infantil,

aprender a andar de bicicleta é uma das etapas por qual temos que passar na vida e ir a praia é o programa preferido da criançada. E como um dos segredos no esporte é se divertir, no triatlo, talvez tenhamos essa possibilidade de, enquanto adultos, termos nossa brincadeira de criança. A estudante de medicina veterinária Julia Pedrosa parece levar à risca a tese e desde cedo fez do esporte sua maior diversão. Aos 19 anos, acaba de voltar do Challenge de Florianópolis com o primeiro lugar de sua categoria e terceiro no geral. “Quando era criança, com 8 ou 9 anos, através das invenções de minha mãe tive meu primeiro contato com o triatlo, só por brincadeira, foi aí que conheci as três modalidades juntas. Em Dezembro de 2013 comecei a correr sozinha na orla até que a Equipe 3+ entrou na minha vida. Primeiro na corrida, sem nenhuma pretensão. Mas, um de meus treinadores, Rafael Padilha, me fez a cabeça para começar a pedalar e nadar. Admito que foi a melhor decisão que eu já fiz QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO


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e até hoje estou nesse esporte de louco!”, contou a jovem triatleta. Julia acorda cedinho e todos os dias treina corrida ou ciclismo já a partir das 5 da manhã. A tarde é hora de entrar na água para os treinos de natação e, como ninguém é de ferro, um diazinho da semana é livre para o descanso. Sua relação com o esporte exemplifica muito bem o espírito hoje encontrado na orla de Maceió. “A sensação durante e pós o exercício me faz se sentir livre. É uma das formas que eu tenho para relaxar e entrar em equilíbrio comigo mesma! Costumo dizer que é a minha válvula de escape porque é quando esqueço meus problemas, raiva, tudo! E hoje, tenho companheiros de treino que também me motivam bastante! O encontro se torna mais que um simples treino e a diversão é maior que o sofrimento nos dias pesados”, disse. Além de contribuir para a qualidade de vida, a dobradinha atividade física e orla de Maceió tem estimulado não só mais pessoas a saírem do sedentarismo como também o turismo esportivo

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na capital. Julia, que também é praticante de trekking, ressaltou o privilégio de poder treinar e competir num cenário paradisíaco. “Nossa! Treinar e competir nessa orla é mais que um privilégio. Tem um mar perfeito para natação, a orla muito boa para correr e sem falar da paisagem natural que encanta e dá um toque a mais em cada treino e competição. Acordar antes do sol nascer e vê-lo surgindo no mar quando começo a treinar não tem preço! É um estímulo a mais! Ter um “centro de treinamento” ao ar livre como o nosso é para poucos e acho que também encanta e atrai todos que vêm competir aqui, não só pela beleza, mas também pelo povo alagoano que começou a reconhecer o esporte e apoiá-lo”. Sobre começar a praticar um esporte ou atividade física, a triatleta tem o discurso certo para motivar quem ainda está se perguntando o que falta. É tudo bem simples. “Vai, não pensa e vai! Entra de cabeça que é a melhor coisa do mundo, tanto para a saúde como para


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o corpo e para mente. E não desista tão fácil assim, no final vai ver que não foi em vão! Só de ter começado já é um grande passo, mas não se contente com esse pouco, continue firme e forte! E se achar tão difícil manter ou entrar nessa vida, se junte com pessoas que têm objetivos e interesses em comum, isso ajuda bastante!”. Ela mesma não sabe por que levanta da cama quase todos os dias por volta das 4h da manhã, muitas vezes em dias chuvosos, onde a preguiça te convida a ficar debaixo do cobertor. Talvez a resposta esteja justamente no fato de não poder ser descrita, ela só pode ser sentida. “Não sei por que pratico, só sei que faço e amo tudo o que faço. Me faz um bem danado! Altas vezes, principalmente em competições, me pergunto: – O que eu estou fazendo aqui? É a última vez que invento isso! Você está ficando doida? É algo inexplicável, só quem pratica sabe o real motivo de treinar

e competir. É uma mistura de sentimentos bons, desafios e realizações pessoais! Sem falar das amizades que são construídas e fortalecidas ao longo dos treinos e competições”, concluiu, dizendo que agora quer participar de uma meia maratona e terminar o Challenge Half Distance de 2016, prova com percurso de 113km, sendo dividido em 1,9km de natação, 90km de ciclismo e 21,1km de corrida. Já ouvimos até aqui o quanto ter alguém para motivá-lo é imprescindível. Assim acontece com o casal Diogo Rebêlo e Letycia Maria Nogueira. De casamento marcado, o engenheiro civil e a engenheira química costumam se encontrar todas as manhãs para se exercitar. O ponto de encontro é o mesmo, bem do lado do famoso letreiro “Eu amo Maceió” da Ponta Verde, mas os destinos tomam direções diferentes. Ambos são assessorados pela Equipe 3+, mas enquanto Letycia faz parte do clube de corrida, Diogo inicia seu aprimoramento para as QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO


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provas de triatlo. “Casaremos dia 24 de dezembro e a rotina de treinos tem sido muito empolgante também porque nos vemos mais. Começamos o dia juntos e isso é um motivo a mais para ir se exercitar, a preguiça não tem vez conosco”, disse o engenheiro. Rebêlo ainda não é um triatleta, mas teve sua primeira experiência com o esporte já no Challenge, quando participou na prova em equipe, nadando. “Já havia praticado handebol, polo aquático e hipismo, onde conquistei títulos pelo Norte/Nordeste, além de participar de campeonatos brasileiros. O triatlo conhecia de longe, mas a perda do amigo Álvaro Vasconcelos me aproximou mais da modalidade. Depois de quase 20 anos sem nadar, decidi cair no mar no Challenge e ao sair da água só tive uma certeza: agora quero praticar por completo. Senti o quanto é espetacular a sensação de superação ao concluir a prova”. E os dois continuam firmes e fortes no planejamento para o ano que vem. Diogo focado em participar do Challenge Sprint Distance, com 750m de natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida; e Letycia nas corridas de rua, começando nos 5 e o quanto antes nas provas de 10km. “O bônus é infinitamente superior ao ônus ao praticar um esporte. Independente de qual seja ele te proporciona qualidade de vida, melhor

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desempenho no trabalho e mais entusiasmo nas relações sociais”, analisou Diogo. O importante é que grandes eventos esportivos estão deixando como legado a inserção e ampliação das práticas esportivas entre os maceioenses. Vez ou outra surgem também os esportes da moda, como foi o Stand Up Paddle nos verões passados, e o que se espera é que em qualquer um dos casos as modalidades se fixem, mantendo essa renovação de possibilidades para quem quer deixar a ociosidade física de lado. O SUP, inclusive, causou outro fenômeno, reapresentando a muitas pessoas o caiaque, que hoje divide o mar de Maceió em pé de igualdade com as pranchas. E assim como no caso das bikes, você nem precisa ter ou levar para a praia seu caiaque ou stand up para praticar. São diversos os pontos de locação e as águas calminhas facilitam o aprendizado. As estudantes Cristine Alencar e Maria Luísa sempre que podem alugam duas pranchas e remam na enseada da Pajuçara. O destino é a Pedra Virada, principal ponto de referência para quem deseja conhecer as piscinas naturais que ficam na região. Na maré seca, principalmente nas mais baixas, a água fica a altura da cintura e de tão transparente ficam perfeitas para fotos subaquáticas. A


terá contato visual com outros esportes praticados na água. Dividirá espaço com windsurfistas, praticantes de kitesurf e velejadores, mas tudo de maneira bem democrática, todos se divertindo. Essa mistura é crescente e em terra se torna ainda maior. Ao longo da orla alguns locais já se tornaram tradicionais como a pista de skate na Pajuçara, as quadras de futevôlei, de basquete, de futebol de salão, os campos de beach soccer. A prefeitura vem contribuindo ao realizar as manutenções necessárias, principalmente, na ciclovia, embora no trecho entre as praias do Pontal e Sobral existam vários pontos

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nitidez irá impressionar a todos. Durante a semana, as inseparáveis loira e morena frequentam academia e Cristine também joga vôlei. Entretanto, nada que supere estar em cima da prancha sob o céu e sol de Maceió. “O contato com a natureza é como se fosse uma terapia pra nós. Ficamos muito mais tranquilas, é uma experiência muito boa! O lugar em que moramos é uma das maiores motivações, gostamos de praticar esportes e de levar uma vida saudável, uma coisa vai envolvendo a outra”, disse Cristine. De caiaque ou stand up, ao remar você ainda

intransitáveis em função do avanço do mar. A secretaria municipal também tem investido em melhorias, inovações que começaram no fim de 2014, com a instalação do primeiro Mobiliário Urbano Esportivo (MUE), aquelas estações para ginástica e alongamentos que hoje estão espalhadas da Pajuçara até a Cruz das Almas, além de outros bairros da parte alta da cidade. Placas com orientações visuais de modelos de alongamentos e outros movimentos que podem ser realizados facilitam o uso das estações, que estão sempre ocupadas.

A mais recente iniciativa levou, literalmente, a academia para a praia com a instalação da Academia Maceió. Projeto em parceria com o setor privado que doou aos maceioenses um espaço com 20 equipamentos e diversos acessórios de ginástica. Funcionando de segunda a sexta-feira, com turmas entre 06h e 10h e das 16h às 20h, e aos sábados, das 6h às 10h; a academia é gratuita, sendo necessário apenas doar cinco garrafas PET para efetuar a matrícula. São mais de dois mil usuários mensais, com turmas formadas por 30 pessoas que se dividem nas aulas que duram 40 QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO


minutos, todas acompanhadas por professores e estagiários da Estácio Fal. A oferta destes espaços, somadas a ações como o Projeto Praia Acessível, que proporciona uma programação esportiva especial para pessoas com deficiência; e a Área Álvaro Vasconcelos Filho, que reserva de segunda a quinta-feira, das 4h30 às 6h30 duas faixas da Avenida Doutor Antônio Gouveia, para treinamento de triatlo; têm contribuído e muito para que a orla de Maceió se credencie ainda mais como uma área de lazer esportivo, onde a diversão está associada diretamente ao ganho de qualidade de vida. O apogeu de tudo isso se dá aos domingos. Quando, na Rua Fechada, as mais variadas expressões esportivas e de atividade física se apresentam. Dos pequenos e suas minibicicletas aos adolescentes e seus skates. Dos pais se aventurando nas ideias dos filhos aos senhores e senhoras nas apresentações musicais da Banda da Polícia Militar de Alagoas. Patinadores aos montes, ciclistas na mesma proporção. Tudo quase sempre antecedido de mais uma prova de corrida de rua, já que é quase impossível um domingo sem uma delas. Até as comidinhas entraram na vibe e são cada vez mais saudáveis, a água de coco não está mais sozinha faz tempo, tendo a companhia da também tradicional salada de fruta e da febre do momento: um bom pote ou tigela de açaí. Só tenha cuidado com os complementos, muito leite condensado, por exemplo, exigirá retorno imediato a mais corrida, pedaladas e manobras. A imensa disparidade se mostra em harmonia e não esqueçamos que poderíamos seguir apontando mais opções por páginas e páginas, não faltariam exemplos, afinal, merecem o devido destaque os tradicionais vôlei de praia, o frescobol, o beach pilates, o slackline, o parkour, o frisbee, o tchoukball, a altinha e outras modalidades que até mesmo desconheçamos, ainda! Fato é que você não pode ficar parado ao ir às praias da capital alagoana. Movimento é o conceito da orla de Maceió.

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N O EST I L O

COM QUE ROUPA EU VOU? Dúvidas para um guarda-roupa fitness

POR Amanda Vas

Há quem diga que escolher um look para prática de atividade física, tanto uma corrida quanto qualquer outro esporte, seja uma tarefa simples! Porém, na hora de escolher a roupa ideal não é só qualquer regatão velhinho e confortável que está no guarda-roupa que vai contar. Há muito mais em jogo nessa escolha, inclusive o rendimento dos seus exercícios, detalhes que podem atrapalhar a performance, causando desânimo e até desistência do esporte! Então, let’s go! Escolher uma peça adequada não se trata de “frescurite”, e sim, existem estudos e toda uma tecnologia por trás de alguns tecidos que faz uma enorme diferença no rendimento durante o exercício físico.

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Dri-FIT, Climalite, Climacool, Amni, Suplex, Emana, Pet Dry, seja qual for o nome, são tecidos sintéticos especiais a base de poliéster, poliamida e microfibra, que passam por alguns tratamentos nos fios. Eles prometem diversos benefícios: boa absorção da umidade, secagem rápida, equilíbrio térmico, proteção UV, infravermelho (ajuda na circulação), efeitos antibacterianos e até redução do ácido lático nos músculos! Diante de tantas opções, o que escolher? Na verdade não há “a escolha correta”, e sim uma infinidade de possibilidades que irão te ajudar a ficar com a autoestima lá em cima. Ninguém precisa treinar maltrapilho. Pequenos detalhes e seu desempenho será ainda melhor. No mundo fitness, o conforto não sai de moda.


CAMISA Um top com sustentação já será uma boa escolha. Regatão também está super em alta, além das camisas com proteção UV, principalmente se a atividade for ao ar livre e entre 9 e 16h. Há quem goste ainda de usar só o top e se jogar na corrida ou caminhada. Olhe sempre a etiqueta e dê preferência à poliamida (nylon), pois seu fio tem uma capacidade maior de absorção do suor (4% contra menos de 1% do poliéster ) e possui um toque bem mais macio e geladinho do que o algodão! SHORTS, SAIAS ou LEGGING A parte de baixo, por sua vez, depende muito do perfil de cada um. Eu curto correr com legging que, em minha opinião, dá mais estabilidade. Mas os shorts, principalmente do tipo Dolphin, aqueles com corte lateral, são peça chave no guarda-roupa para caminhadas e corridas. Para os homens, os clássicos shorts e bermudas não deixam ninguém cometer erros. Ao adquirir peças mais justinhas busque as que possuem em sua composição poliéster ou poliamida com elastano, esses tecidos possuem um poder de elasticidade bem maior. MEIAS E ACESSÓRIOS

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Está aí uma coisa que não dava muita importância, meias. Usadas com o tênis correto para sua pisada, diminuem absurdamente as chances de terem seus pés machucados. Eu amo os modelos mais curtinhos e saiba que os modelos para prática esportiva são projetados para isso, nada de usar qualquer meia na hora de se exercitar. E pra concluir o look, aposte nos acessórios, como viseiras para exercícios ao dia e na praia, elásticos para o cabelo, relógios, squeeze e toalha. Fique atento porque estes itens somam positivamente quando bem escolhidos. QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO


E NT REVI STA

Com o secretテ。rio municipal de esportes

ANTテ年IO mOURA

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Circuito popular de corridas de rua, Projeto Praia Acessível, Lazer na Praça, recuperação e construção de quadras poliesportivas, apoio para realização de eventos de escala mundial e parcerias público-privadas para aquisição de equipamentos esportivos são apenas algumas das inúmeras ações desenvolvidas pela atual gestão da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer. A frente da pasta, o secretário Antônio Moura não tem medido esforços para levar esporte aos quatro cantos da cidade. De maneira incansável tem conseguido êxito e planos para futuro se acumulam sobre sua mesa de trabalho. O convidamos para um bate-papo e o local escolhido foi a Academia Maceió, uma recém conquista que agradou em cheio os esportistas com sua proposta fora dos modelos habituais. Figurinha carimbada nos eventos esportivos, Antônio Moura sempre esteve ligado ao esporte, embora até então sem qualquer relação profissional. Apesar do tamanho, jogou basquete, experiência que a seleção natural do esporte o fez tomar novos rumos. Praticou ginástica aeróbica, sendo campeão estadual por duas vezes e, ao passar um período na Califórnia, nos estados Unidos, apaixonou-se por futebol americano, sendo até hoje ferrenho torcedor dos Green Bay Packers, por quem decidiu torcer em função das cores verde e amarela presentes na camisa do time. Formado em administração e pós graduado em gestão de pessoas, trabalhou por 14 anos com turismo, atuando depois em diversos setores públicos como defensoria e juizado. Na gestão de Rui Palmeira, recebeu o convite para comandar a Companhia Municipal de Administração, Recursos Humanos e Patrimônio - COMARHP, onde teve os primeiros contatos com ações voltadas ao esporte. Com a saída de Pedro Vilela da pasta de esportes, Antônio não esperava o convite que o pegou de surpresa, gerando muita alegria pela oportunidade de trabalhar com algo que o deixa tão feliz.

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POR Antonio Maria do Vale


E NT REVI STA Ele diz que gostar do que faz ajuda, mas deixa claro que ter uma equipe competente é fundamental. “Um bom gestor só alcança bons resultados trabalhando em equipe. O que faço não me cansa, pelo contrário, sinto prazer o tempo todo. Mas, se estivesse sozinho não conseguiria resolver muita coisa”, disse o secretário, que nas horas de folga continua com esporte na rotina, correndo, fazendo musculação ou jogando tênis, atividades que semanalmente realiza, faça chuva ou faça sol. “Ainda quero jogar golf”, fez ainda questão de mencionar.

“Ao entregar uma simples bola para uma criança, estamos contribuindo para a formação de um cidadão melhor. Ao fazer o gol ela imagina-se num estádio lotado e alimenta o sonho de vencer na vida”. Sobre o dia a dia de trabalho e os principais desafios que encontrou, disse que o principal deles é não ter um repasse de verba garantido como outras áreas possuem. “A burocracia é outro obstáculo a ser vencido, não é algo proposital, todos buscam implantar projetos e resolver os problemas da maneira mais eficiente. Mas, como explicar situações como conseguir verba para reformar quadras e, ao mesmo tempo, não ter caixa para adquirir bolas de futebol? Esses pequenos detalhes acabam travando grandes ações”, comentou Antônio,

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dizendo ainda que Maceió cresceu muito sem que a política de esporte acompanhasse essa expansão. “Agora é trabalhar duro para diminuir o déficit e o tempo perdido”, acrescentou. Uma saída que vem dando muito certo é firmar parcerias com o empresariado. Segundo o secretário, quase que a totalidade das ações da secretaria possuem um apoio privado”. Temos tido um foco em captar grandes eventos esportivos pra cidade. Além de atrair a atenção da população para a prática de esporte, estas competições mostram aos empresários o valor que suas marcas podem agregar ao apoiá-las. Felizmente, tenho encontrado muitas portas abertas e, com isso, tirado muitos projetos do papel”. Para o futuro o discurso é um só: levar ainda mais esporte para cada bairro da capital, seja reformando quadras, instalando equipamentos esportivos, promovendo ou apoiando competições. “Temos licitado a recuperação de 20 quadras para 2016 e a construção da Praça da Juventude, no Benedito Bentes, uma praça destinada a diversas modalidades esportivas e recreativas. Além disso, o Centro de Iniciação ao Esporte - CIE, pretende incentivar e descobrir grandes talentos do esporte”, citou o secretário como algumas das ações já planejadas. Por fim, Antônio quis deixar claro a importância do legado que o esporte deixa onde é praticado. “Ao entregar uma simples bola para uma criança, estamos contribuindo para a formação de um cidadão melhor. Ao fazer o gol ela imagina-se num estádio lotado e alimenta o sonho de vencer na vida. Isso lhe ensina princípios que a distanciará, por exemplo, do submundo do crime. Queremos e faremos de tudo para que o maceioense tenha a possibilidade de transformar a prática esportiva em hábito. Dar oportunidades é o nosso dever”, finalizou.


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E XPERI M ENTE

Já pensou em se desafiar no triatlo?

NADE, POR Rafael Padilha

Quem nunca praticou e já assistiu uma prova de triatlo logo pensa: “isso está longe de mim!”. Vá com calma porque se tronar um triatleta pode ser bem mais fácil do que imagina. Mesmo que não tenha vivenciado nenhuma das modalidades, hoje em dia existem duas opções como porta de acesso ao triatlo. A primeira opção é o fast triathlon, ou mini

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sprint, que consiste em nadar 375m, pedalar 10km e correr 2,5km, num percurso com duração média de 50 minutos. Viu como sua impressão inicial já mudou! Essas distâncias têm duração média de 50 minutos. A segunda opção, até mais interessante para quem está começando, é o triatlo de revezamento, onde três pessoas formam uma equipe e cada atleta realiza uma das modalidades. Nesse casso, você poderá ir se familiarizando, correndo, por


FOTOS Maivan Fernández

PEDALE, corrA! exemplo, em sua prova de estreia. O triatlo vem crescendo a cada ano e, em 2015, tivemos um “boom”. O que só engrandece o cenário do esporte amador em nosso estado, que com isso vem ganhando vários novos adeptos. O que tenho observado na minha experiência enquanto atleta e treinador, são pessoas iniciando já no triatlo de longa distância, sem passado esportivo, pulando fases e submetendo-se a possíveis lesões.

Comece devagar, participando de todas as categorias, se preocupando em formar uma boa base, para depois pensar em algo maior. As provas curtas são tão importantes quanto as longas, vamos seguir o passo a passo. O importante é traçar metas e organizar os horários, deixando espaço na agenda para trabalho, família e vida social. Permita-se e experimente esse esporte sensacional. Você vai se apaixonar! QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO


O PARAÍSO Das águas dO SUP

Em Alagoas, o Stand Up Paddle sente-se em casa!

POR Jonatan Santos

Alagoas paraíso das águas! Cresci ouvindo este frase sobre meu estado e como sufista e admirador da mãe natureza é impossível não concordar. Um lugar abençoado por Deus com belezas naturais tão incríveis que me falta palavras para descrever sendo que, o que já era bom, conseguiu ficar ainda melhor! Como isso é possível? Com a chegada de um lindo esporte, o Stand Up Paddle, SUP em sua forma abreviada. Esporte com total integração com a natureza, remar interagindo com ela é inevitável. Quer um exemplo? Fim de tarde e você caminhando na enseada da Pajuçara, muito lindo! Agora imagine você em uma prancha em uma das piscinas naturais da mesma Pajuçara, com o astro rei se despedindo por trás do porto? É

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algo de espetacular, e o melhor, está ao alcance de todos, pois o SUP é um esporte altamente democrático. Em Alagoas temos locais ideais para a prática do Stand Up Paddle. Temos a segunda maior bancada de coral do mundo (só perdendo para a Austrália) que nos presenteia com centenas de piscinas naturais em toda a extensão de nosso litoral, todas com águas calmas, quentes e límpidas. E saindo da costa as possibilidades permanecem, temos o maior trecho de cânion navegável do mundo, onde o Velho Chico esbanja beleza com suas aguas verdes e mornas. As lagoas, quando ainda distantes do impacto ambiental urbano, também se mostram excelentes lugares para remar. O complexo lagunar Mundaú/Manguaba ainda nos guarda boas surpresas, como na linda ilha de

FOTO Antonio Maria do Vale

S TA N D UP PAD D LE


Onde remar?

VOLCANO Praia de Pajuçara 99654-3082

PÁ NA ÁGUA Barra Nova 99172-7377

FISIO SUP Praia de Pajuçara 99977-4466

SOUL SUP Praia do Francês 99810-2700

PRAÊRO Barra de São Miguel 99615-0473

uerê sup Maragogi 99641-4385

pousada do sonho Milagres 99910-9221

FOTOS Divulgação

santa Rita, a maior ilha lagunar do Brasil. E interior adentro surgem outras tantas lagoas de beleza endêmica como a do Roteiro, com suas deliciosas ostras do povoado da Palatea; e a gigante lagoa de Jequiá, a maior lagoa do estado em volume d’água com seus 18 km de extensão. Isso apenas para enumerar o topo do ranking. O SUP em Alagoas começou a ser difundido comercialmente em 2007, com a Water House, um projeto idealizado por Guilherme e Alessandra Bomeny que agrupava vários esportes aquáticos em um só local, tanto com venda de equipamentos quanto com realização de cursos de aperfeiçoamento. Mas, só em 2012 posso afirmar que o esporte explodiu, quando um evento idealizado pela personal trainer Laura Cavazanni, o MUSAS, tomou proporções inesperadas. Dali em diante as remadas se multiplicaram, assim como os praticantes. E mais, o esporte saiu da categoria leve, destinado apenas a passeios de curta distância, sendo hoje procurado por quem deseja perder calorias treinando pesado. Uma hora remando pode queimar até 1.200 calorias, onde todos seus grupamentos musculares serão exigidos ao máximo, fazendo o suor brotar de seus poros. O bom de tudo é que ao final basta se jogar da prancha para se refrescar, a recompensa é gratuita e sempre presente para te motivar quando erros te levam a quedas. O verão chegou e a minha dica é: Vamos remar!

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E TA U A P

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SEM MIMIMI! Tio Tan , Bomeny e o Velho Chico POR Antonio Maria do Vale

De maneira clichê, superação define a experiência vivida pelos amigos Jonatan Santos e Guilherme Bomeny na saga que os reuniu para duas remadas pelas águas do Rio São Francisco. O sonho era antigo, mas o planejamento já estava dando nos nervos quando decidiram abandonar o papel e caneta e, finalmente, arrumar as malas. Na primeira expedição, realizada em maio, foram cinco dias consecutivos e 220km percorridos ao longo do rio da integração nacional. Tudo começou em Piranhas/AL, quando numa tarde de domingo desembarcaram na cidade lapinha para uma noite sem dormir diante da ansiedade pelo início do I SUP Challenge do Velho Chico - dos cânions à foz.

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E nem bem o clarear do dia despontou, estavam os dois de pé cheios de adrenalina a ser descarregada nas horas de remada que estavam por vir. Antes, pausa para o café da manhã e entrevista pra TV, últimos minutos em terra firme. No primeiro dia, 42km de Piranhas até Pão de açúcar, num trajeto de 8h de remada. Na estreia um nervosismo se fez presente e, mesmo com dois experientes supistas, flashes de principiante aconteceram, como perder o capacete e as bananas do dia logo na primeira balançada, proeza de Gui Bomeny, acostumado a cenários mais difíceis, mas que parece ter sido hipnotizado pela beleza da região do rio da integração nacional, como é conhecido o Velho Chico. Mas com a natureza é assim, uma hora ela te


FOTO Gui Bomeny

FOTO Gui Bomeny

dá a benesse de um rio flat e logo em seguida lições e ensinamentos pra vida toda. Já no primeiro dia, depois do início calminho, os últimos 26km com vento de mais de 15 nós, “foi brutalidade máxima, selva, mas irado!”, nos disse Jonatan, não sabendo o que o esperava nos próximos quilômetros de rio. No segundo dia, mais 62km no trecho mais longo da descida. Foram inacreditáveis 11h45 de remada, seguindo uma estratégia diária que começava com 20km sem paradas e pausas para suplementação alimentar e relaxamento muscular a cada 5km. Foi um dia de presenciar a agonia do rio, “foi triste ver o gigante agonizando com inúmeros bancos de areia. Em vários locais tivemos que descer das pranchas porque as quilhas arrastavam na areia”, lembrou Jonatan. Já ao anoitecer, chegaram a Traipu ao final do segundo dia, exaustos e já com indícios dos problemas musculares que enfrentariam. No terceiro dia o objetivo era chegar a Propriá em Sergipe, um trajeto de 38km (parece até fácil) que durou 6h30. Foi um dia para revigorar-se, o nascer do sol impulsionou a dupla já no início da remada, às 5h30, e as condições de vento contribuíram muito. No trajeto, pontuais paradas para merecedores mergulhos, embora Gui lembre-se nesse

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E XPEDI Ç Ã O

momento de que possivelmente tenha passado por um cardume de piranhas. “Elas são fáceis de serem identificadas, sempre agitadas”, recordou dizendo que estava prestes a alertar o companheiro de remada: “Não cai na água por nada desse mundo parceiro!”. Chega o quarto dia e as dores no corpo já não cessam. Mas o final da jornada que se aproximava era o principal agente motivador, combustível aditivado pelo apoio de familiares e amigos que acompanhavam a saga nas redes sociais, além daqueles que presenciavam a passagem e também davam força durante o trajeto. O visual era outro fator positivo, para onde se olha no São Francisco há um cenário digno de fotografia, seja pela riqueza natural

que possui ou pela necessidade de protesto diante de sua degradação. E a histórica Penedo, facilmente associada a adjetivos de beleza, era o destino final do quarto dia, trajeto de 35km concluído em 6h45. Na sexta-feira, último dia da expedição, tudo estava anestesiado, as dores eram permanentes ao mesmo tempo em que já não era mais sentida. Pés e mãos com bolhas não se tornaram obstáculos frente à vontade, multiplicada nos quatro dias anteriores, de alcançar a foz em Piaçabuçu, o que aconteceu depois de 42km vencidos em 7h de remada. O encontro do rio com o mar representava também naquele momento a fusão entre sonho e realidade. A descida do Velho Chico, nas palavras de Gui

“É sempre um prazer remar nas águas do Velho Chico!”

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Jonatan Santos


FOTO Gui Bomeny FOTO Jonatan Santos

Bomeny (utilizando um de seus inúmeros bordões), foi sem mimimi, conceito baseado na superação de limites pessoais, respeito à natureza, amizade e confiança. Receita repetida na segunda expedição, realizada no último dia 13 de novembro. Desta vez o tiro foi curto, apenas um dia. Em compensação, nada de trinta e poucos quilômetros de remada no dia, e sim, 57km percorridos entre o Restaurante Karrancas, em Sergipe, até Paulo Afonso, na Bahia. Foram 9h45 de remo na água com vontade, com cinco paradas para suplementação e mais umas duas para consultar o GPS. “Jonatan já havia remado algumas vezes dentro dos cânions, sugeriu esse percurso e foi incrível. Mas,

tem muita armadilha no caminho, em alguns pontos parecia um labirinto”, contou Bomeny, sendo acrescentado por Jonatan que “o trecho nunca havia sido feito de SUP. A profundidade é enorme, praticamente não há margem, só pedra. Remávamos quilômetros sem ver nenhuma casa. comentamos que ainda bem que nada de errado aconteceu, pois ser resgatado naquele local seria bem difícil. Era um desafio à parte e o calor quase que insuportável deu um tempero a mais. Mas estávamos muito bem preparados, tanto fisicamente quanto psicologicamente”. Diferente da primeira remada, desta vez os aventureiros optaram por seguir caminho a favor do vento e contra a corrente. E a dupla

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E XPEDI Ç Ã O

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se transformou em trio já que contaram com a companhia de Erisson Cavalcante na jornada. Apesar de o percurso ser longo, a experiência vivida em maio ajudou e muito para que tudo saísse bem. “O trecho que fizemos de Pão de Açúcar à Traipu na primeira expedição nos credenciou a qualquer outra aventura, foram quase 12 horas remando com 20 knots de vento contra, um absurdo. Eu cheguei a estourar e fazer três vezes bolhas em todos os dedos apenas nesse dia”, disse Bomeny, lembrando ainda que desta vez reduziram a tralha, tornando as pranchas mais leves e a suplementação mais eficiente. Banana, batata doce, barras de proteína, isotônicos, protetor solar, câmera fotográfica e água, muita água, isso não pode faltar. Remar a três foi outra boa surpresa deste novo desafio. Erisson é experiente, mas ainda não havia participado de percursos tão longos. Foi

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aprovado e já pode planejar novas remadas com os parceiros. “O Erisson ajudou bastante desde a logística até a remada. No começo fiquei apreensivo, pois não o conhecia, mas ele surpreendeu e puxou o gás. Senti que remamos mais forte nessa vez”, analisou Gui. Assim como na descida até a foz, a beleza do Velho Chico é estonteante, o melhor dos combustíveis para ganhar energia e seguir adiante. Nesse trajeto partindo de Xingó, o que é impressiona é a vitalidade do rio, que nem parece ser o mesmo veiculado nos telejornais, sempre com a sua seca como foco central. “O volume de água é impressionante, nem parecia um rio que está morrendo. É muita água nesse trecho! Embora faltem aves, plantas, gente, é tudo muito seco e deserto. Isso às vezes deprimia um pouco”, relembrou Gui, que junto com Jonatan já rabiscam a próxima loucura. Parece que as duas primeiras remadas


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serviram apenas de pré-temporada e treino de reconhecimento. Ai ideia agora é partir de Pirapora, em Minas Gerais, e descer o rio até Paulo Afonso em inimagináveis 1.370km de remada. O percurso seguirá toda a extensão navegável do Velho Chico e poderá durar até 40 dias. Além do desafio pessoal, Bomeny conta que a dupla pretende também chamar a atenção para a importância do rio e o quanto se encontra esquecido. “Gostaria que todos os brasileiros pudessem um dia conhecer esse rio, sua beleza, como vivem seus ribeirinhos e também seus problemas. Quem sabe assim, numa corrente do bem, a gente consiga retardar algo que parece inevitável, a ação destrutiva do homem. Não sabemos o que vem pela frente, vamos fazer a nossa parte, cuidar do que realmente tem valor, afinal, se existe um lugar que vamos passar o resto de nossas vidas, ele se chama futuro”.

“Tenho uma relação especial com esse rio, a energia é inexplicável!”

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Gui Bomeny

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M O DA

A MÁGICA Você decidiu começar a praticar atividades físicas e decide ir as compras. Neste momento o entusiasmo diante de uma vitrine fitness é sem igual e o susto na hora da conta quase sempre te faz recuar. Mas, nada de desânimo! Um truque infalível é adquirir peças que se combinem. Poucas peças certas e as possibilidades se multiplicam.

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N UT R I Ç Ã O

COMENDO BEM... Pequenos segredos para uma boa alimentação POR Izadora Rocha

Hoje em dia a procura pela melhoria na qualidade de vida vem fazendo com que as pessoas se preocupem mais com a alimentação e a saúde. É preciso ficar atento aos nossos hábitos de vida e buscar saúde física, mental e espiritual. Infelizmente, apesar de sabermos muitas vezes como deveríamos nos alimentar, geralmente optamos por ter um estilo de vida com aspectos completamente negativos. Não é porque seu exames estão todos bons que você está com a saúde impecável. Não é porque você não come glúten e lactose que você tem uma alimentação saudável. Quantas pessoas fazem um pratão de salada no almoço e não levam uma vida saudável?! A busca pela qualidade de vida tem um contexto muito maior de multidisciplinaridade. O que muitas pessoas se perguntam é “por onde começar?”. Costumo orientar, do ponto de vista nutricional, que as pessoas iniciem com a prática de alguma atividade física orientada, saindo da zona de conforto. Como assim? Por que não começar pela alimentação? Estrategicamente falando, o alimento é combustível para o corpo funcionar bem, então, logo a necessidade de se alimentar melhor surge e aí começamos a trabalhar com mudanças alimentares onde a disposição, saciedade, humor e auto estima vêm como consequência. Sim, estamos iniciando o processo de melhoria na qualidade de vida dessa pessoa.

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Parece óbvio, mas, para uma mudança alimentar é preciso “querer” mudar porque você quer mudar e não porque alguém acha que você deve mudar ou perder peso. Para muitas pessoas a reeducação alimentar ainda é muito restrita ao pensamento de “dieta rigorosa”. O maior erro em uma mudança alimentar é insistir em comer algo que você simplesmente detesta. Dificilmente você irá permanecer com uma alimentação onde você come algo por obrigação. A reeducação alimentar é algo para a vida inteira, aos poucos a gente aprende a buscar alimentos cada vez melhores, mais naturais, saudáveis e saborosos. O primeiro passo é eliminar da sua dispensa comidas prontas (de pacotes ou enlatadas). Eles carregam quantidade excessiva de conservantes onde muitas vezes o maior deles é o sódio que, em excesso, provoca alterações na hidratação, aumento de peso, aumento de pressão arterial e causa indisposição. O segundo passo é aumentar a ingestão de água durante o dia e fazer lanches intermediários entre as principais refeições. O terceiro, procurar se alimentar de forma mais natural e simples possível, buscando comer frutas, verduras, raízes, cereias integrais, chás naturais, oleaginosas. E o quarto e último, procurar alimentar o corpo e não sua mente. A refeição mais importante do dia é sem sombra de dúvidas o café da manhã, pois ele repõe e recupera a energia gasta durante o sono. Durante o sono, o organismo continua trabalhando, em


IMAGEM Divulgação

um ritmo menor, mas, mantendo as funções básicas que de qualquer forma demandam energia para serem realizadas. Por isso, ao acordar, é preciso repor o combustível usado durante as horas de sono e também recarregar as baterias para dar início ao dia. Inicialmentes devemos retirar do café da manhã os pães brancos, salsicha, mortadela, carnes guisadas e sucos artificiais. Um café da manhã nutritivo e saudável deve ser realizado no horário adequado a rotina de cada um, iniciando com frutas, pois elas fornecem vitaminas, minerais, fibras e favorecem o bom funcionamento do intestino. Essas frutas podem ser na sua forma natural sólida ou batidas como sucos naturais. Inclua cereias para fornecer energia através de carboidratos como: torradas integrais, fibras, aveia, sementes, castanhas, frutas secas; além de proteína magra como ovos, queijo, leites e derivados.

O almoço é a segunda refeição em importância do dia. Devemos evitar chegar nessa refeição com muita fome, por isso a importância de um café da manhã reforçado e um lanche intermediário entre essas duas refeições. Devemos evitar o excesso de carboidratos, molhos gordurosos, frituras, pele da proteina, gordura aparente nas carnes e refrigerantes. Uma dica é imaginar o prato e dividir em 3 partes: folhas e legumes, carboidratos e proteína. De regra, um prato colorido significa que tem maior quantidade de vitaminas e minerais, isso ajuda o metabolismo a funcionar melhor. Opte por uma ou duas fontes de carboidratos, que podem ser arroz integral, feijão, grão de bico, quinoa, raízes ou uma massa integral; e sempre uma porção de proteína magra, grelhada ou cozida, como carne, frango ou peixe. Outra refeição que temos com grande importância é o jantar, o vilão. O ideal é evitar

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N UT R I Ç Ã O a ingestão de grandes quantidades de alimentos e dar preferência a refeições mais leves como sopas, saladas, panquecas ou omeletes. O que muitas vezes acontece é de não haver uma ingestão alimentar adequada durante o dia, facilitando uma descompensação alimentar no período noturno, onde o metabolismo já está funcionando de forma mais lenta.

É tudo muito simples, embora necessite de dedicação. Esqueça as dietas da moda e os remédios que prometem queimar gordura em uma semana. Modificando alguns hábitos em sua vida diária, você terá mais saúde e um organismo mais capaz de responder aos fatores de desequilíbrio a que estamos expostos. O ditado faz todo sentido: comendo bem...

que mal tem?

50%

25%

folhas e legumes

carboidrato

alface pepino cebola tomate brocólis beterraba couve-flor

Arroz Batata Massas Mandioca Alimentos essenciais para o bom funcionamento do organismo.

25% PROTEÍNA

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animal

Boi, frango e peixe

vegetal

Feijão, grão-de-bico e soja

Ricos em fibras, minerais e vitaminas, ajudam no funcionamento do organismo e são pouco calóricos. Particpam da formação muscular, ossos, unhas, cabelo e várias enzimas e hormônios.


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H ² 0

ÁGUA, CÉU E SAL!

Esporte e atividade física no mar de Maceió POR Álvaro Borba

Tem muita gente que, como eu, não se anima quando o assunto é academia. Não curte ficar “puxando ferro” ou fazer qualquer atividade física em um local fechado. Nada contra quem frequenta, afinal, o importante é nos movimentar e fazer o que gostamos. Ah! Também temos pessoas que adoram tanto malhar em uma academia quanto praticar esportes ao ar livre. Bom, não importando muito qual a preferência, uma coisa é certa! Se não tivermos um meio ambiente conservado, será impossível o simples fato de irmos, por exemplo, a uma praia. E pensar nisso em Maceió não é nada agradável para os amantes das atividades físicas e diversas modalidade esportivas.

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Maceió possui um ótimo clima, quente e úmido, e cerca de 40 km de faixa litorânea com diversos tipos de praias e ambientes aquáticos, favorecendo a prática de exercícios ao ar livre. Uma praia não é apenas uma praia, bem como, um mar não é apenas um mar. E se você já percorreu esses 40 km do litoral maceioense deve ter percebido isso. Possuímos praias abertas, abrigadas, de tombo, com areia grossa, fina, com diferentes tipos de ondas, com recifes, com estuários e diferentes tipos de vento. Um playground esportivo aberto a todos! A lista de características é longa e são esses fatores que influenciaram na prática esportiva. Sem esquecer ainda que todo o potencial é freado em razão dos inúmeros impactos negativos existentes em nossa cidade.


tratamento químico e biológico. É comum em determinadas épocas do ano, principalmente nos meses do inverno, observarmos manchas amarronzadas nas águas entre o Sobral e o Pontal da Barra. Tais colorações são o que chamamos de “Bloom de Microalgas”, que é a proliferação descontrolada de algumas espécies de microalgas. Fenômeno que ocorre devido as grandes quantidades de nitritos, nitratos e fosfatos presentes na água do mar. E de onde vêm esses compostos químicos? Do nosso esgoto doméstico, que segue via “riacho” Salgadinho, além do que é lançado pelo emissário também que, através de um fenômeno de inversão de correntes, volta para próximo da praia, nutrindo nossas amigas microalgas. Maceió tem como uma das principais atividades econômicas o turismo, quase que unicamente dependente de nossas belezas naturais (entenda-se “praias”). É incompreensível, para não dizer estúpido, que continuemos gerando tantos impactos negativos de onde tiramos tanto dinheiro e saúde.

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FOTO Álvaro Borba

Um exemplo clássico da relação ambiente e prática esportiva, talvez o mais antigo na capital alagoana, são os incontáveis “rachas” no trecho que se estende entre o Sobral e o Pontal da Barra, praias que possuem uma longa faixa de areia, propiciando um verdadeiro campo à beira mar. Mas é na água que as possibilidades se multiplicam, onde os esportes aquáticos possuem uma forte relação com o ambiente e levam seus praticantes ao estreito contato com a natureza. Não faltam exemplos. Existem estudos que demonstram a relação da qualidade ambiental com a prática esportiva ao ar livre a saúde humana, sendo esta uma relação diretamente proporcional, quanto melhor a qualidade do ambiente, mais as pessoas se exercitam e melhor é a saúde da população. Maceió, assim como quase toda cidade brasileira, cresceu e continua crescendo de forma desordenada. Não houve preocupação com o saneamento da cidade, sendo todo o esgoto lançado in natura no mar. Tal fato ainda continua nos dias de hoje e mesmo o esgoto que é lançado pelo emissário submarino, a mais de 3 km da costa, não passa por nenhum


H ² O

De vento em popa Na década de 80 o windsurf dominava a enseada da Pajuçara. Ocorreram várias regatas com participação de atletas de todo o Brasil e até de fora do país. Naquela época era utilizado um pranchão, hoje os equipamentos são tecnologicamente pensados para a modalidade e proporcionam que o surfista pegue onda com uma prancha específica de wind. Entre os meses de novembro a janeiro Maceió recebe fortes e constantes ventos. Estes ventos entram mais afastados da linha de praia

e, principalmente na enseada da Pajuçara, proporcionam um ótimo local para a prática, tanto do Wind quanto do Kitesurf. Esporte que utiliza uma pipa como vela, o Kite possui duas modalidades: o surf e a regata, que cresceu bastante no Brasil, principalmente na região nordeste, onde temos os melhores locais para a prática do esporte. Em Maceió é bastante frequente a prática da regata em direção a Barra de São Miguel ou simplesmente velejar de Kite, quando em qualquer dia de vento nos deparamos com eles rasgando o mar de nossas praias urbanas.

BOAS BRAÇADAS

descendo a onda

Em um passado não muito distante, durante o período áureo dos clubes Fênix, Iate Clube e Alagoinhas, anualmente, se disputava na enseada da Pajuçara a travessia Alagoinhas/ CRB. Passou-se algum tempo sem que houvesse competições e de uns anos para cá a prática da natação no mar voltou com força total. A enseada da Pajuçara, que vai do Alagoinhas até o porto de Maceió, é um local com águas protegidas, calmas, cristalinas, com pouca correnteza e a profundidade não ultrapassa os 2,5 m durante a maré seca. Tais características são perfeitas para a prática da natação. Recentemente, durante uma conversa com um grupo de nadadores, ouvi de uma nadadora que “no primeiro dia que vim nadar na enseada encontrei um peixe-boi marinho. Desde então não consegui parar de nadar no mar”. Bem vindos à natureza!

O surf é outro exemplo clássico de integração entre esporte e meio ambiente. Um esporte que depende da intensidade e direção do “swell”, grandes ondulações geradas no meio do oceano que percorrem grandes distâncias até atingirem a costa, dos ventos e do tipo de fundo da praia. O esporte começou a ser praticado, na década de 1970 e teve como palco principal a praia da Jatiúca, um trecho que ficou conhecido como Rainha e depois Posto 7. Maceió, assim como todo o estado de Alagoas, possui um enorme potencial para a prática do surf. No inverno, o litoral é atingido por grandes ondulações vindas do quadrante sudeste, direção perfeita para que picos como a Cruz das Almas e o Rainha funcionem. A partir da década de 1980 ocorreram várias intervenções na praia da Jatiúca. Aterros, barramento da lagoa da Anta e edificações alteraram a dinâmica da praia e influenciaram diretamente na qualidade da onda.

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pra ir mais fundo O mergulho livre é uma atividade física das mais antigas do mundo. Há registros dos mergulhadores catadores de esponjas marinhas já no Egito antigo. A prática segmentou-se e hoje temos o mergulho com snorkel, também utilizado na caça sub, e o que chamamos de apneia, com seis modalidades distintas. O mergulho autônomo, no qual utilizamos um cilindro, também possui vários adeptos e em Maceió existem vários locais interessantes para

de pé ou sentado Temos duas categorias de Stand Up Paddle. No Wave precisamos de uma praia com ondas e na Travessia não, podendo ser praticada em enseadas, estuários, rios e lagoas. O SUP é um esporte que vem se tornando, a cada dia, mais populoso em todo mundo. Sua origem é havaiana, onde a cultura local o chama de “Hoe He’e Nalu” (Hoe: em pé; He’e: deslizar e Nalu: onda. Ou seja, deslizar em pé na onda). Seu aparecimento no ocidente é recente, porém, é um dos esportes mais antigos e tradicionais nas ilhas havaianas, assim como a canoa havaiana, que tem uma forte ligação com a cultura polinésia há centenas de anos. É indicado para melhorar o condicionamento, o equilíbrio e claro, como toda atividade física, diminui o nível de estresse. O Rainha, na Jatiúca, e a Boca da Barra, na Ponta Verde, são ótimos picos para a prática do SUP Wave, sendo frequentemente utilizados

por praticantes desta modalidade. Já para a Travessia, um local incrível é a enseada da Pajuçara, onde os praticantes podem se aventurar remando pelas suas piscinas naturais. Além das características físicas e geográficas da enseada, com um pouco de sorte, você pode encontrar um dos visitantes mais ilustres do local, o peixe-boi-marinho. Sabe aquele “mato” que encontramos no fundo lamoso da enseada, principalmente próximo ao Alagoinhas, esse tipo de gramínea marinha é a principal fonte de alimentação desse dócil animal. Outra modalidade que faz bastante sucesso em nossas praias é o caiaque. Praticado como atividade física ou simplesmente por prazer, inicialmente os modelos eram pesados, fechados, dificultando a entrada e a saída do praticante e sendo feitos de fibra de vidro. Hoje os equipamentos evoluíram, temos remos de fibra de carbono e caiaques com fundo panorâmico, permitindo que os praticantes remem e observem o fundo do mar. QUALIDADE DE VIDA EM MOVIMENTO

FOTOS Álvaro Borba

a prática de todas essas modalidades. A capital alagoana se destaca pelo cenário e características singulares que possui como a temperatura entre 25 e 29ºC durante quase todo o ano; a transparência da água, que em Maceió passa dos 20 m de profundidade; e os recifes de corais. Concentrados nas praias de Jatiúca, Ponta Verde e Pajuçara, quando ficam expostos na maré baixa, essas formações também são encontradas um pouco mais afastadas da costa, formando os chamados Cabeços, que são recifes sempre submersos, pontos utilizados para a prática da caça sub e do mergulho autônomo. Apesar de todos os impactos negativos provocados pelo crescimento desordenado da cidade, ainda encontramos uma grande biodiversidade nos recifes das praias urbanas, uma ótima opção de lazer para quem decidir experimentar a atividade esportiva do mergulho.


B o r a rem ar!

POLINÉSIA!

Sincronismo e força numa aula de trabalho em equipe POR Antonio Maria do Vale

Quem assisti a uma das passagens deles logo se impressiona com simultaneidade dos remos. Comandados por um grito curto, a troca de lado mantém a mesma sincronia e e em alta velocidade eles cortam as águas nos treinos realizados, principalmente, na praia de Pajuçara.

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São os praticantes da Canoa Polinésia. Sim! Polinésia! E não havaiana, como muitos costumam dizer. E qual a diferença? De início, vale lembrar que a Polinésia é um conjunto de ilhas no Oceano Pacífico, entre a Austrália e os Estados Unidos, do qual fazem parte o arquipélago do Havaí e a ilha do Taiti, que faz parte da Polinésia Francesa. A confusão parte daí já que cada ilha ou arquipélago acabou


A tradição, de fato, é muito presente naquela região. O arquipélago de colonização francesa mantém as raízes fortes da cultura polinésia. Até hoje elas são passadas de pai para filho em rituais, registradas em tatuagens e em flores penduradas no pescoço. Mas, mais que isso, o Taiti é a capital mundial da canoa polinésia. Para se ter uma noção da importância do esporte por lá, ele é tão importante para os taitianos quanto o futebol é para os brasileiros. A popularidade da modalidade no país faz com que quase todo carro na ilha tenha um deque para transportar a canoa. Lojas especializadas, clubes focados no esporte e uma infinidade de campeões da modalidade também estão reunidos por lá. Já são mais de 3 mil anos de história, embora por aqui ela seja bem recente, com a primeira

FOTO André Palmeira

desenvolvendo suas embarcações de acordo com as características locais. Os caiçaras dessa região sempre faziam suas viagens em canoas, usando conhecimentos de navegação estelar, o que gerou uma forte tradição marítima que influencia até hoje as competições realizadas no mundo inteiro. No Havaí, por exemplo, onde o mar é mais agitado, a canoas tem uma curva de fundo envergada, propícia para essas condições. Hoje se diz que as canoas havaianas ainda possuem características mais rústicas que as do modelo Polinésia, que possuem formato mais alongado e, por isso, são mais rápidas. Ambas possuem três partes fundamentais na embarcação: o casco (ou hull), o flutuador (ou ama) e os braços que ligam um ao outro (os iaquos).

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b o r a rem ar! não conhecia nenhum de caiaque na cidade. Dali em diante foram um ano e sete meses de namoro firme com o Clube Rio VA’A (que na língua polinésia significa canoa). No retorno a terrinha, uma coisa não saia da cabeça de Tavares: “vou levar a canoa Polinésia para Maceió”. E trouxe! Logo formou um grupo e caiu na água para continuar a relação interrompida após deixar o Rio de Janeiro. Quem vê a equipe se deslocando pode até pensar que praticar seja difícil. Nada disso! Embora exija um preparo físico básico,

que pode ser adquirido com a própria prática, entrar na canoa e sair remando é bem mais fácil do que parece. “As pessoas acham que é um Esporte que está muito longe delas. A Canoa é uma filosofia, tem todo um ritual. Ao montar a canoa, prender a AMA, todos ajudam. É um trabalho de Equipe que vai desde a montagem até a remada. É uma modalidade bem eclética e sem preconceitos. Todos podem participar. Podemos colocar na mesma canoa homens, mulheres, crianças acima de 7 anos e jovens

de espírito com mais de 80 anos. Aprendemos que todos são importantes, é um somatório de forças, cada um vai remar e ajudar a canoa na sua condição”, disse Tavares. Os esforços deram certo e, após convidar os amigos que já remavam com caiaque, passaram a treinar duro para o Mundial que seria no Rio de Janeiro. Não deu outra, com todo o gás de Tavares, a equipe formada por bombeiros, policiais, massagista, advogado, fisioterapeuta e administrador de empresas; conquistou uma

FOTO André Palmeira

canoa chegando no começo de 2014. Tudo começou quando o sargento do Corpo de Bombeiros e professor de educação física, Jailson Tavares, foi servir a Força Nacional em Brasília. Lá, o militar, que já foi campeão alagoano de triatlo, já concluiu um Ironman e teve seu primeiro contato com o remo através do caiaque, em corridas de aventura; mantinha uma rotina de treinos no Clube Naval com a instrutora Diana Nishimura. Foi ela que o indicou, ao ser transferido para o Rio de Janeiro, um clube de canoa polinésia, já que

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FOTO André Palmeira

no Brasileiro de VA’A, a equipe se tornou campeã na categoria V2R Mista (canoa com dois remadores) com Jailson Tavares e Aline Pedrosa. A conquista ocasionou a convocação para o Sul-americano, realizado em Santos/SP, onde Jailson Tavares e Sueli Bizarria subiram ao pódio, ficando em terceiro lugar na Prova V2R Mista. A ideia agora é difundir ainda mais a modalidade. Para isso, uma escolinha está sendo montada para qualquer interessado ter seu primeiro contato com a canoa e remo, a

FOTO Maivan Fernández

vaga e, três meses depois da primeira entrada no mar, participaram do campeonato. “Foi nossa primeira vez e já conseguimos vagas. Sabíamos da nossa limitação, mas, tínhamos vontade de fazer bonito. Foi mágico só em estar ali junto com os melhores atletas de canoagem do mundo, australianos, havaianos, taitianos, todos de lugares onde a canoa é um esporte milenar. E nós, participando de tudo aquilo”, relembrou o sargento. Depois da experiência no Mundial, não pararam mais. Alagoas já fez história esse ano, quando,

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b o r a rem ar!

partir das crianças com mais de 1,2m (devido à altura dos bancos da embarcação). E não precisa nem saber nadar, neste caso, coletes estarão à disposição de quem quiser fazer uma aula inaugural, basta entrar em contato com os instrutores Bruno Simões (82 99138-0897) ou Joyce de Oliveira (82 98874-7494) para agendar a primeira remada. Lembrando que os interessados não precisam ter o propósito de mais tarde competir, a prática também pode ser inserida como uma atividade física ou de lazer. A canoa Polinésia se mostra como mais uma oportunidade de trazermos para Maceió mais um grande evento esportivo, como já sinalizou a Confederação Brasileira ao demonstrar interesse em realizar uma etapa do brasileiro por aqui. “Alagoas tem muito potencial, nossas lindas praias e lagoas. O que dificulta no momento é não termos ainda uma Federação de Canoagem. Precisamos de mais adeptos para com isso fundar nossa federação, já que hoje competimos pela federação do Rio de Janeiro”,

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disse Tavares, que aposta na interação com a natureza aliada à busca por saúde como chamariz para conquistar mais praticantes. “O ser humano, em sua maioria, tende a dar valor ao que vê e sente e o esporte que tem contato direto com a natureza sugere aproximação às pessoas. Sou apaixonado por esse contato e por atividades ao ar livre. Temos uma das orlas mais lindas do Brasil e digo, pois, já viajei muito e não encontrei lugar mais bonito que Maceió. Fazer atividade física nessa Cidade tem uma motivação a mais. A contemplação de nossas belezas naturais, correr vendo esse mar e remar ao lado dos corais é uma dádiva”, concluiu Tavares, dizendo ainda que está organizando um movimento de conscientização e limpeza de nossas praias e lagoas. Tudo muito simples, inspirado em divulgar bons exemplos, o simples ato de recolher um saco plástico no chão, dando-o o destino correto, postando nas redes sociais, fazendo a sua parte e criando uma corrente de educação ambiental.


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