Supra Ensino Setembro 2022

Supra Ensino

É uma publicação mensal da Editora Supra Ltda

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Internet www.supraensino.com.br www.editorasupra.com.br

Editor

Edmir Florêncio

Diretor Comercial Tércio de Oliveira Jr

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Supra Ensino é uma publicação mensal, de distribuição nacional, distribuída periodicamente para 20.000 estabelecimentos de ensino, da rede particular e pública dos níveis infantil, fundamental, médio, técnico e superior

75%

75% dos anunciantes desta edição são clientes da revista Supra Ensino há mais de 24 edições, o que é um testemunho de sua satisfação com os resultados obtidos.

Público Leitor Dirigido Diretores, coordenadores, orientadores e compradores.

Jornalista

Natália Mancio

Criação e Diagramação Caroline Chaves

Impressão Gráfica

Distribuição

Índice de produtos

Acessórios de limpeza.....................................21,22,23

Acessórios poliesportivos.....................................22,26

Agendas escolares...............................................19,21

Armário multiúso...............................................7,22,23

Arte em Paredes........................................................15

Bebedouro.........................................................9,22,23

Brindes.....................................................................18

Brinquedoteca......................................................16,23

Brinquedos 16,23,25,27,34

Brinquedos educativos / pedagógicos........................16

Brinquedo para estimulação motora...........................25

Bolas Promocionais...................................................18

Cama empilhável..................................2ª e 3ª capa, 25

Câmeras de segurança..............................................11

Cantinas escolares....................................................29

Canudo para diploma 14

Capelo 14

Carro coletor....................................................21,22,23

Carro funcional 21,22,23

Cobertura metálica......................................................5

Coberturas: Lona, Vidro e Policarbonato.................5,24 Contabilidade.............................................................33

Construção: Quadras esportivas................................22

Corrimãos.................................................................26

CFTV.........................................................................11

Diário do professor online..........................................17

Doação de Roupas e Brinquedos..........................20,32

Eficiência energética..................................................28

Enceradeira 21,22,23

Engenharia e Reformas...............................14,24,28,32

Equipamentos de ginástica........................................26

Exterminador de mosquito...........................................9

Filtro de água............................................................23

Gestão escolar...........................................................17

Gráfica.......................................................................21

Grama sintética................................................13,15,27

Impressora................................................................14

Interface Web............................................................17

Máquinas desentupidoras de esgoto..........................16

Marketing Educacional..........................................30,31

Materiais para escritório.............................................19

Modelo anatômico 9

Mochilas, bolsas e lancheiras....................................18

Móveis escolares.................................4ª capa, 7,18,27

Móveis escolares c/ resina plástica....................4ª capa

Móveis para escritório.........................4ª capa, 7,18,27

Móveis para laboratório.............................................27

Móveis para refeitório..........................4ª capa, 7,18,27

Painel Ripado.............................................................13

Papel de Parede.........................................................13

Persianas.............................................................13,15

Pintura Predial............................................14,24,28,32

Piso 2ª capa,13,15

Piso de borracha.....................................2ª capa,13,15

Piso ecológico drenante.............................................13

Piso esportivo .............13

Piso Paviflex 13,15

Piso Vinílico..........................................................13,15

Placa Solar................................................................28

Playground......................................................13,27,34

Playground com espuma 13,27

Playground em tronco de eucalipto............................34

Personalizados..........................................................18

Porteiro eletrônico e interfone....................................11

Projetor......................................................................14

Protetor de parede.....................................................11

Quadro branco/ magnético...........................4ª capa, 24

Redes de proteção para quadras...........................22,26

Reformas....................................................14,24,28,32

Revestimento para colunas........................................11

Sensores de Presença..........................................11,24

Sistemas de captação energética...............................28

Software administrativo.............................................17

Tapetes Personalizados..............................................28

Terceirização área contábil, fiscal e trabalhista...........33

Tematização de paredes.............................................15

A revista Supra Ensino não se responsabiliza pelos produtos e serviços oferecidos por seus anunciantes, bem como pelas matérias assinadas cujo o conteúdo é de inteira responsabilidade de seus autores, não representando necessariamente a opinião da Supra Ensino

Editamos também a revista Supra Condomínio, dirigida a Síndicos, Zeladores e Administradoras Visite nosso site: www.supracondominio.com.br

Jogos gigantes espumados.......................................16

Laboratório: Produtos 9

Lavadoras de alta pressão 21,22,23

Lixeira 21,22,23

Lousa Escolar..............................................4ª capa, 24

Lousa Interativa / Digital...............................4ª capa, 24

Toldos........................................................13,15,24,34

Tratamento de pisos..................................................14

Uniformes escolares..................................................18

Ventiladores.................................................................9

Vidraria para laboratório...............................................9

Infodemia e a escola

Qual o papel das instituições de ensino e dos professores na era do excesso de informações?

Qual o papel do professor na era do excesso de informações?

Há um bom tempo acadêmicos e especialistas discutem se o uso excessivo das redes sociais pode trazer problemas à saúde mental. A comparação da própria vida com a de outros no Instagram e TikTok, vinculado ao uso excessivo de eletrônicos, pode desencadear síndromes de ansiedade e depressão, dentre outras questões. Mas, em um mundo onde tudo é sobre o digital, a pergunta que fica é: como utilizar as redes sociais de maneira saudável, sem se desconectar totalmente do mundo, principalmente, no caso de crianças e adolescentes, que ainda estão em fase de desenvolvimento?

De acordo com um estudo publicado pelo Journal of Social and Clinical Psychology e realizado pela Universidade da Pensilvânia nos EUA, utilizar as redes sociais por até 30 minutos por dia pode trazer bons resultados à saúde mental. O estudo separou os alunos em dois grupos,

um com tempo online limitado e outro livre. Aqueles que tiveram o tempo online limitado apresentaram uma melhora significativa no bemestar, relacionada à diminuição das sensações de solidão e depressão. A ansiedade e o “medo de estar por fora dos acontecimentos” (em inglês, conhecido como FOMO - “fear of missing out”) também diminuíram. Em contrapartida, os estudantes que não tiveram tempo controlado, tiveram resultados negativos.

Nunca tivemos acesso a tanta informação e nunca soubemos tão pouco. Este é um paradoxo de nosso tempo e a escola está mais uma vez no centro do debate. Não à toa a Cultura Digital é uma das 10 Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC): “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações,

produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”. Nesse sentido, o professor é peça fundamental na formação dos alunos, seja desenvolvendo os conteúdos curriculares, auxiliando na construção de habilidades para participar de maneira crítica do ambiente midiático, seja orientando a conferência do bombardeio de informações a que todos somos submetidos diariamente.

O que é infodemia?

O fenômeno chamado de Infodemia nada mais é do que um surto de desinformação. Ele se aproveita da pulverização da autoria, causada pela popularização de ferramentas de produção (smartphones) e de plataformas de publicação (redes sociais) para disseminar conteúdo falso e, muitas vezes, mentiroso. Em outras palavras, é uma espécie de pandemia de fakenews. Quem criou o termo foi a Organização Mundial da Saúde, num relatório sobre a pandemia

de Covid-19 em que classificou: “A eclosão do Covid-19 e as reações geradas têm sido acompanhadas de uma massiva ‘infodemia’ — uma superabundância de informação, algumas precisas e outras não — que dificulta para as pessoas encontrarem fontes e orientações confiáveis quando precisam”.

Nesse contexto do mundo digitalizado, com excesso de informações, o professor precisa começar a entender seu lugar no processo educativo como o de um curador do conhecimento. Essa função deve ser entendida de forma ampla. Um curador é aquele que seleciona, organiza e supervisiona os conteúdos que devem ser apresentados. Esse papel, no caso do professor, não deve se encerrar aí. É importante que ele exerça também a curadoria no sentido legal, como a pessoa que representa os interesses de outros incapazes de fazêlo -- no caso, os alunos. – Informações Mind Lab, líder em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de impacto social.

Faz parte da educação lidar com todas as questões de nossos tempos. As crianças e jovens passam (ou deveriam passar) ao menos 15 anos de suas vidas na escola. Tudo passa pela escola: até os conteúdos curriculares.

“O professor está sempre se formando como um novo profissional para lidar com as questões das novas gerações. A natureza de estudante faz (ou deveria fazer) parte da essência do professor. Os documentos oficiais norteiam as ações docentes, assim como a velocidade com que as mudanças estão ocorrendo exigem dos professores reflexão, colaboração entre pares e

formação continuada para dar conta dessa educação escolar que ainda tem muito para se modernizar.”, conta Carolina Sperandio, coordenadora pedagógica do Colégio Rio Branco, unidade Granja Vianna.

Ela listou algumas orientações que os nossos alunos da instituição recebem e que podem servir de inspiração para outros educadores:

1) Checar a origem das informações e os seus desdobramentos: conferindo a autoria, os veículos de imprensa profissionais e de mídia, a reputação da agência de notícia ou site, a data da publicação ou atualização da matéria. Informações divulgadas sem fonte podem gerar desinformação, assim como as propagadas em grupos dos aplicativos de mensagem. A fonte é quem publica e não quem envia.

2) Ter cuidado com o viés cognitivo: procurar a notícia em outros sites ou

agências de notícia e comparar para considerar contrapontos e outras visões sobre o mesmo fato. É mais fácil sermos convencidos se a notícia condiz com a nossa visão de mundo. Consulte as agências de imprensa que fazem checagem de notícias habitualmente.

3) Pesquisar a informação também em órgãos governamentais, conselhos profissionais e universidades.

4) Ficar atento à ortografia, concordância e coerência: é aí que os estudos de morfologia e sintaxe entram em cena como personagens principais!

E quando pensamos nos pais, alguns especialistas indicam que o ideal para que a criança ganhe um celular é entre os 9 e 10 anos, enquanto outros afirmam categoricamente que somente a partir dos 13 anos é que elas deveriam ter o seu primeiro celular. Seja qual for a idade escolhida, sempre deve permanecer o bom senso. “Acima de regras e controle de tempo, cabe lembrar que a educação pelo exemplo, assim como em outros assuntos, é importante para ensinar um uso saudável das redes sociais. Os pais têm muita importância na educação dos filhos, pois são responsáveis por legitimar ou rechaçar conhecimentos e valores adquiridos pela criança no processo civilizatório. Exercem, portanto, a principal mediação da criança com o mundo. Ou seja, muito mais do que palavras, o exemplo e a referência dos pais para os filhos é o pilar central quando o assunto é educar.”, detalha Helen Mavichian, psicoterapeuta especializada em crianças e adolescentes e Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

De olho no futuro

Qual a importância de uma formação que incentive o empreendedorismo na escola?

O número de empreendedores no Brasil tem crescido nos últimos anos, principalmente em virtude da pandemia. Mas isso não significa que os novos empreendedores saibam, de fato, empreender, diversas micro e pequenas empresas fecham as portas antes de completarem 2 anos.

Nesse sentido, o empreendedorismo se faz necessário na escola por alguns motivos, como estimular o desenvolvimento da autonomia e da criatividade, abrir possibilidades para a carreira, incentivando o aluno a desenvolver essa mentalidade e através de cases, pode fazer com que o aluno crie uma visão estratégica e desenvolva soft e hard skills voltadas para o mercado. O trabalho por projetos pode auxiliar o aluno a entender a dinâmica de planejamento e construção de um empreendimento, tornando-se muito mais preparado para o mercado de trabalho.

No Brasil, há mais de 70 milhões de endividados, conforme dados recentes. Esse não é o resultado apenas de circunstâncias advindas

da inflação, mas de uma educação financeira defasada em época escolar. A educação financeira, além de acrescentar algo com significado – finalmente tantos números podem a passar a fazer sentido ao aluno – contribui para uma maior segurança na vida adulta, formando indivíduos mais responsáveis e letrados financeiramente, capazes de desenvolver-se dentro da economia e de cuidar dos próprios gastos.

O impacto da educação financeira nas escolas na vida adulta é gigante. Saber lidar com o dinheiro, saber tomar decisões de consumo e investimento e ter suas metas faz com que a pessoa não seja levada por arroubos e atitudes impensadas. Não ser enganado por propagandas e gastar desnecessariamente. Não criar um mundo de ilusões com padrões de vida que não correspondem ao seu, e depois pagar muito caro por isso. Uma vida onde o dinheiro não é o problema, e sim uma ferramenta para atingimento de sonhos, pessoais e profissionais, com inteligência e

honestidade, é uma vida feliz.

A BEI Educação, por exemplo, desenvolveu o material “Aprendendo a lidar com dinheiro”, aplicado nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, a fim de conectar Matemática à Educação Financeira, proporcionando um estudo com muito mais significado, através do qual os alunos, além de conectarem os temas com situações reais, estão à frente de um projeto coletivo, criado, planejado e orçado por eles mesmos, protagonistas desse aprendizado.

“Desenvolvendo competências relacionadas à educação financeira e ao componente da matemática, mas também skills de liderança, autonomia, compartilhamento, dentre outras que vão para além dos muros da escola.”, completa Natália Alonso, gestora de projetos educacionais na BEĨ Educação.

Uma postura empreendedora é fundamental para a vida adulta e essa habilidade se desenvolve durante a formação do cérebro da criança na etapa de formação da personalidade,

e depois disso é muito difícil de ser alterada. Se não incentivar isso na infância, a criança perderá a oportunidade desse desenvolvimento e quando se tornar adulto terá muita dificuldade. A postura empreendedora é fundamental para todo mundo, não apenas para quem quer ser empresário, e faz parte de todas as atividades da vida adulta. Isso envolve pró atividade, organização, meta, objetivo, além de habilidades sociais fundamentais como motivação e capacidade de inspiração, que serão usadas tanto para incentivar as equipes quanto para vendas. E reforço que essas habilidades são relevantes para todas as pessoas e são fundamentais para o cotidiano de qualquer pessoa, não apenas para quem for dono de empresa. “Sabemos que uma das metodologias mais eficientes na educação é a elaboração de problemas que o aluno possa resolver, e com o empreendedorismo os problemas aparecem naturalmente e em uma condição de total realidade e praticidade, o que certamente motiva a criança, além de desenvolver o raciocínio prático de uma forma que nenhuma outra metodologia seria capaz fazer.”, explica o professor Cesar Guimarães, Diretor da MMP Materiais Pedagógicos

De acordo com Mara Cortez, administradora, autora do livro “Mãe, a gente pode levar?”, e diretora da Cortez Editora, a educação empreendedora na escola se faz fundamental atualmente, uma vez que vivemos tempos de muitas mudanças no mercado de trabalho, e aos profissionais é sempre demandado competências para resolver problemas, propor soluções e buscar inovações, e isso é essencial para o ser empreendedor, criando seu próprio negócio ou dentro de uma empresa já estabelecida. E não existe bom empreendedorismo sem a gestão financeira. “O nosso projeto de educação financeira para as crianças, nesse primeiro volume, “Mãe, a gente pode levar?” apresenta os conceitos iniciais de finanças para os pequenos. Um primeiro contato com o que é dinheiro, troco, entender o que é caro ou barato, o que é salário e qual a periodicidade que ele acontece. Pensar em orçamento, no que gastar, quanto sobra, para começar a atingir sonhos de consumo. Tudo isso explicado de forma literária e divertida. Nos próximos volumes, ainda em desenvolvimento, trataremos de outras formas de pagamento, como o cartão, e os conceitos de empréstimo

e juros, bem como aplicação e rendimentos. E também uma abordagem de coisas inesperadas que podem surgir, como um desemprego, uma crise econômica, e que toda dinâmica deve ser alterada. Estar preparado para isso.”, detalha Mara. Todos esses conceitos, à medida que a criança cresce, vão se adaptando, nas devidas proporções, para a vida adulta real. Uma pessoa sempre dependerá de uma renda, e fará decisões de consumo e investimento. Então, entender desde cedo que não há mágica, e sim muita matemática, planejamento e controle, é fundamental.

Com uma metodologia gamificada, a startup gaúcha Blocos Educação, investiu no desenvolvimento de uma plataforma de educação financeira com um programa de ensino único e metodologia exclusiva, que ajuda as escolas a ensinar educação financeira, empreendedorismo e a melhorar hábitos de consumo e investimento utilizando atividades dinâmicas e interativas de ensino. A plataforma é destinada às escolas que desejam reforçar a educação financeira para alunos da 6ª série ao ensino médio. Apresentar o mundo das finanças e como ele funciona para as crianças e jovens não é uma missão fácil. Mas utilizando da gamificação, do storytelling, da interação do aluno com o conteúdo como se ele realmente fizesse parte, sendo o protagonista da sua história financeira, iremos levar este conteúdo para o público. Além de falar somente

do dinheiro propriamente dito, trazemos conteúdos sobre psicologia econômica e as emoções, consumo sustentável, empreendedorismo e muito mais, visando a transmissão de conhecimentos para a vida do jovem.”, explica, Diego Angelos, diretor de educação da Blocos, pós-graduado em educação financeira para docência com neurociência. “Construímos uma plataforma com conteúdo com base no currículo do MEC-BNCC da 6ª sério até o Ensino Médio. Ela auxilia os professores da educação tradicional a trazer exemplos reais de hábitos financeiros com palavras já utilizadas no dia a dia por seus familiares, tais como: orçamento, investimentos, juros, economia, planejamento financeiro, entre outras. Além disso, a plataforma é lúdica e muito interativa, onde você cria seu avatar, se diverte com personagens e passa por diversos cenários.”, complementa, Bruno Siqueira, Sócio-Diretor de Marketing e Comercial da Blocos Educação.

Pessoas que administram bem o dinheiro vão ter a capacidade de viver bem com o que produzem no mês, veja, hoje em dia o que mais vemos são pessoas que erram no princípio fundamental da administração: gastar menos do que recebe. A melhor forma de mudar essa realidade é inserir uma cultura de administração e organização da vida financeira desde cedo, e não tem forma melhor de fazer isso do que ensinar desde cedo tanto a educação financeira, quanto o empreendedorismo na escola.

Como reconhecer e apoiar pais e crianças Estresse infantil

O estresse está muito presente na vida dos adultos, mas isso não quer dizer que algumas crianças não possam sofrer com isso também.

Segundo uma pesquisa da USP de 2021, uma em cada três crianças e adolescentes possui níveis de estresse emocional em uma intensidade que já é considerada necessária para uma avaliação. Estresse esse que pode ser causado por diversos fatores, como hiperatividade, vícios e agitação. Além disso, as crianças não tiveram maturidade para entender a pandemia, o que só agravou os casos de estresse dentro de casa, depois da prática do ensino à distância.

Segundo a orientadora e psicopedagoga do Colégio Objetivo DF, Marcia Regina Costa Fonseca, com a volta das aulas presenciais, os sintomas foram reconhecidos na convivência com os colegas na escola e com a família em casa. “Na escola percebemos crianças com hiperatividade na fala, no comportamento, adolescentes com hábitos ou vícios de roer unhas, agitação, como pernas inquietas e relatos como aperto no coração, insegurança e até desconforto ao respirar.”.

De acordo com Renata Trefiglio Mendes, head de formação socioemocional da Camino School, o estresse infantil pode se manifestar em meninos e meninas, de qualquer idade. “O estresse na verdade é uma resposta fisiológica do nosso corpo, temos uma substância que é produzida nas nossas adrenais, que estão bem em cima dos nossos rins, que é o cortisol e quando a gente tem alto índice de cortisol temos um estresse, o corpo fica estressado e isso se manifesta em qualquer idade, ele faz parte de uma resposta do nosso corpo diante de uma situação que está desconfortável, que não está bacana.”.

Os sintomas podem ser inúmeros, e podem variar de indivíduo para indivíduo, exemplo: enurese noturna (xixi na cama), medo, onicofagia (roer unha), irritabilidade, choro fora do contexto entre outros. “Os pais estão habituados com seus filhos, portanto todo e qualquer comportamento

“novo” chama a atenção desses pais, o que é ótimo, sugiro que sempre que houver um novo comportamento, que os pais conversem com seus filhos, deem atenção a tudo aquilo que exaustar.”, alerta a psicóloga Sirlene Ferreira.

Letícia Nunes, psicóloga escolar do Colégio Master, de Fortaleza, relata que as manifestações dessa reação podem variar com o temperamento, idade e contexto as quais estão inseridas. “A primeiro momento, os sintomas de estresse podem ser mãos frias, aceleração do coração e falta de sono, tensão dos músculos e irritação. Com a permanência da criança no meio de estresse constante, seu organismo pode começar a manifestar doenças dermatológicas, distúrbios gástricos, gripe, asma, hiperatividade motora e retração gengival.”, completa. Além disso, há presença de alterações comportamentais como desobediência inusitada, dificuldade de concentração, depressão, ansiedade, gagueira, dificuldades de relacionamento, diminuição do desempenho escolar, pesadelos e insônia

A identificação do tipo de estresse é muito importante para o tratamento correto. Quando a criança apresenta

sintomas leves decorrentes de um acontecimento, pode ser um estresse agudo, porém, quando apresenta sintomas contínuos e duradouros, podem ser sinais de um problema crônico. Depois do diagnóstico, os bebês, a partir de um ano e meio de idade, já podem começar o tratamento com profissionais. “Esse acompanhamento se torna fundamental para que a criança não tenha comprometimentos no seu desenvolvimento psíquico e até mesmo físico em alguns casos.”, afirma a psicóloga Dra. Luciene de Castro.

O pós-pandemia trouxe consequências psicológicas para todos nós, e as crianças também não ficaram de fora disso. Primeiramente, é importante que os pais e professores se disponham a ouvir e acolher as demandas trazidas pelas crianças, pois é a partir disso que saberão se há algo de diferente. Estar atento aos sintomas, tanto físicos quanto comportamentais, também é importante para auxiliar na busca por tratamento. Mudanças na rotina e prática de atividades físicas podem ajudar a diminuir os níveis de estresse. Em cenários mais específicos e latentes, recomenda-se a busca por acompanhamento médico e psicológico.

10 DICAS PARA SE TORNAR UM PROFESSOR-LÍDER

Ao se conscientizar de sua im portância como líder de uma equipe chamada ¨sala de aula¨, o profes sor precisa exercer sua autoridade de forma natural e realizar o ge renciamento da turma de forma democrática e afetiva.

Um professor que sabe motivar, que gera empatia e admiração da turma e que tem o domínio do processo de ensino-aprendizagem, certamente terá mais sucesso durante suas aulas e conseguirá ensinar mais e melhor.

Essa capacidade de liderança geral mente não é ensinada nos cursos de formação de professores, mas pode ser desenvolvida pela coordenação nas reuniões de instrução e monito ramento.

A seguir, selecionei as principais atitudes que um professor deve ter para ser considerado um líder efe tivo:

1 - Dê o exemplo - Seja o que você quer ver no outro. Se vista adequa damente, tenha um vocabulário apropriado, mantenha uma boa aparência, tenha cuidado com o que você posta, participe de corpo e alma dos eventos da instituição e cumpra os horários.

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2 - Postura - Movimento corporal contínuo - O corpo diz muito sobre você mesmo e os outros. Gestos,

postura e posição são sinais da ten tativa do seu corpo trazer à tona os sentimentos. Segundo os padrões ocidentais, quando uma pessoa se interessa por outra a tendência é de que se incline ou se movimente em direção a ela.

3 - Ocupação espacial - O ato de marcar território, isto é, no início da aula passear pela classe, é uma demonstração física de liderança, que passa a sensação de proteção e, por consequência, acalma o grupo. Se acompanhado de afagos sines tésicos (leves toques nos ombros) o processo torna-se completo.

4 - Construção empática - Breves conversas no início da aula, quando estiver passeando pela sala de aula, demonstrando o interesse real no aluno podem ser uma grande fonte de energia para fazer com que ele siga em frente.

Esse tipo de bate-papo abre a porta para canais mais profundos de vín culos afetivos e gera, ao longo do tempo, um ambiente de cumplici dade e segurança no qual os alunos sabem que podem contar suas real izações e dificuldades, e que haverá uma pessoa que os ouvirá sem o propósito de argumentação, mas com o desejo de entender seus an seios e preocupações.

5 – Sorriso - O sorriso é um dos

sinais de comunicação com um sen tido universal: ele expressa alegria, felicidade, afeição e gentileza. Em suas variadas formas, o sorriso apa rece em todas as culturas humanas, em todas as épocas.

Iniciar e finalizar a aula com um sorriso no rosto mostra que o pro fessor tem vínculos afetivos com os alunos e que está feliz em estar com eles.

6 - Tom de voz - O som da voz diz muito sobre seu estado de espírito e, mais importante, como a pes soa se sente com relação às outras. Como é conectada à área do cérebro que está relacionada às emoções mais profundas, é difícil esconder mudanças vocais quando certas emoções ocorrem.

Diferentemente do volume, o ser humano tem pouco controle sobre seu tom de voz. O tom é considerado curto quando tem pouca oscila ção, passando a impressão de falta de vontade, monotonia e tristeza. Por outro lado, quando estamos fa lando com vontade e empolgação, o tom de voz se alonga, criando oscilações, os finais das frases são ar rastados e a voz fica mais nasalada, passando a sensação de que se está falando com o “coração”.

7 - Personalização - Além de o próprio nome ser a palavra mais es

cutada durante toda a vida de uma pessoa, a personalização tem uma força muito grande na formação do vínculo afetivo.

Por não estarem no topo da ca deia alimentar, os homens antigos começaram a se organizar em gru pos como sistema de proteção, melhorando suas defesas contra preda dores e gerando, por consequência, uma maior sensação de segurança.

A ideia de viver em núcleos soci etários, na época dos clãs, e hoje em dia nos círculos de amizade e famil iar, permanece enraizada em nosso DNA.

Quando chamamos um aluno pelo nome resgatamos em sua memória hereditária a sensação de segurança e a convidamos para fazer parte de nosso clã.

8 - Ouvir Todo-Inclusivo - Segundo o psicopedagogo Fernando MonteSerrat, saber ouvir é tão importante quanto saber falar. Às vezes, pelo simples fato de ouvir uma pessoa angustiada, sem que digamos ne nhuma palavra, ela nos agradece aliviada pela ajuda. O que ocorre é que essa pessoa precisava apenas ser ouvida para que pudesse organi zar sua própria experiência.

Quando a pessoa fala, ela não ape nas fala para o outro que a escuta, mas também para si mesma, o que pode ajudá-la a ordenar seus pens amentos. O ouvir todo-inclusivo envolve não apenas as palavras, mas também a necessidade de ou vir todas as linguagens, inclusive

as não verbais como a postura e as atitudes.

9 - Mantenha uma unidade de co mando - Nunca critique a coordena ção, a direção ou a instituição.

Distanciar-se de seus superiores é uma tentação enorme. Alguns pro fessores fazem isso para conquistar a simpatia dos alunos e criar um laço ao se colocar no mesmo pata mar de seus liderados.

10 - Lidere com entusiasmo - A sala de aula é um palco e o professor é o grande ator. Portanto, quando for aparecer em cena, demonstre entu

siasmo.

Quando um aluno fizer uma per gunta, responda com um brilho nos olhos. Termine a aula com um gran finale. O entusiasmo é contagiante, e todos adoram estar perto desse professor.

Líderes não criam seguidores. Criam novos Líderes. Tom Peters