Supra Ensino Março 2015 by Editora Supra Ltda.

O MELHOR GUIA DE PRODUTOS E SERVIÇOS PARA ESCOLAS

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ANUNCIANTE SUPRA DESDE AGO/05

Acessórios esportivos ...........................................22

Instrumentos musicais ..........................................27

Acessórios de limpeza......................................24,25

Jogos educacionais...........................................16,17

Armário multiúso.............................................22,23

Jogos gigantes espumados................................16,17

Arquivo deslizante.................................................22

Laboratório: equipamentos...............................23,26

Assessoria nutricional............................................21

Laboratório: mobiliário.........................................23

Áudio equipamentos.........................................19,24

Laboratório: Produtos.......................................23,26

Balanço para bebê.................................................34

Lavadoras de alta pressão.................................25,32

Banda.....................................................................27

Lixeira...................................................................25

Bebedouro.........................................................14,22

Lousa interativa.......................................12, 3ª capa

Berço......................................................................13

Máquina desentupidora.........................................20

Brindes......................................................7,25,27,31

Marketing digital...................................................26

Brinquedos educativos / Pedagógicos..............16,17

Modelo anatômico.................................................26

Brinquedoteca...................................................25,31

Móveis de aço...................................18,20,22,23,29

Brinquedos..............................................16,17,25,34

Móveis escolares.................2ª capa, 18,20,22,29, 3ª

Caderno personalizado............................................7

capa,4ª capa...............................................................

Cama empilhável...........................................7,11,13

Móveis para escritório.................................18,20,22

Cantina / Alimentação...........................................21

Móveis para refeitório...........................................20

Canudo para diploma.............................................32

Papeleira................................................................25

Capacitação de docentes........................................32

Piso de borracha...............................................15,17

Capacho.................................................................32

Piso esportivo........................................................22

Capelo....................................................................32

Piso..............................................................15,17,30

Carro coletor.....................................................24,25

Piso Paviflex..........................................................30

Carro funcional.................................................24,25

Piso em vinílico.....................................................30

Casinha de boneca............................................16,17

Playground...................................................16,17,34

Cine educativo.......................................................21

Playground com espuma.......................................16

Circuito de Atividades......................................16,17

Playground em tronco de eucalipto.......................17

Construções esportivas..........................................22

Projetor........................................................12,19,24

Cobertura de policarbonato...................................30

Protetor de coluna p/ quadras................................24

Colchonete ...........................................................16

Protetor de parede..................................................24

Copiadora: equipamento digital............................20

Purificador de água................................................22

Cortina................................................................18,3

Quadra poliesportiva.............................................22

Enceradeira.......................................................25,32

Saboneteira............................................................25

Ensino a distância..................................................32

Software administrativo......................1ª capa, 16,28

Espelho em acrílico...............................................13

Softaware para documentos..................................16

Estante para biblioteca..........................................20

Sonorização...........................................................19

Etiquetas................................................................34

Tapetes personalizados..........................................32

Fanfarra.................................................................27

Tecnologia educacional.........................................21

Feira cultural..........................................................31

Tela de projeção................................................12,21

Feira do livro.........................................................31

Tênis de mesa........................................................17

Filtro de água........................................................22

Toldos....................................................................30

Gaveteiro...............................................................20

Varredora...............................................................25

Gráfica...................................................................33

Ventilador...............................................................24

Grama sintética......................................................17

Vidraria para laboratório.......................................26

Impressão...............................................................20

EDUCAÇÃO AMBIENTAL Por Natália Mancio

Cuidado com a natureza se aprende na escola Educação Ambiental é trabalhada com alunos desde a primeira infância

As crianças são o futuro! E elas serão os adultos que irão cuidar do planeta e tentar reverter os principais problemas ambientais previstos pelos grandes cientistas e estudiosos. Pensando nisso as escolas vêm trabalhando desde cedo a educação ambiental, seja acrescentando o conteúdo nas grades curriculares regulares ou desenvolvendo projetos paralelos e multidisciplinares. A Fundação Torino localizada em Belo Horizonte, Minas Gerais, desenvolve com os seus alunos o Projeto Econscienza, que propõe a modificação da relação homem-natureza através da tomada de consciência. As atividades não acontecem em um período específico, mas são permanentes. De modo transversal e multidisciplinar, os conteúdos são trabalhados em classe dando ênfase ao seu valor ambiental. A escola tem a preocupação de apresentar mudanças comportamentais para alcançar um novo modelo de gestão dos recursos e de consumo consciente. Um exemplo disso é a coleta seletiva, implantada em 2007, que consiste na coleta de papel, alumínio, óleo usado, pilhas e baterias, juntamente com um enfoque na luta contra o desperdício de água e energia elétrica. “Através

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do programa de educação ambiental da Fundação Torino – Econscienza, optamos por implantar a usina solar fotovoltaica, que além de reduzir o consumo de energia, tem o propósito de despertar nos alunos a conscientização da preservação ambiental. Várias atividades serão originadas a partir desse tema, por exemplo, a

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demonstração das possibilidades de energia para os alunos mais novos e para os mais velhos será também uma oportunidade valiosa de, a partir dos resultados gerados, avaliar as questões econômicas e de investimento.”, conta Magno Braz, diretor administrativo. A Escola Barão do Rio Branco, localizada em Blumenau, Santa Catarina criou em 2014 o programa Barão Ambiental, divido em dois subprogramas: Gestão Ambiental e Educação Ambiental, esse com atuação direta e apoio de ações propostas por professoras da Educação infantil e Ensino Fundamental como palestras específicas, visitas a unidades de conservação, produção de materiais, apoio a pesquisas ambientais e plantio de mudas na horta. “A educação ambiental também é tratada de forma interdisciplinar através de seminários, participações em eventos, produção artística e de artigos. Além disso, há formação específica para professores para que insiram a educação ambiental em seus currículos, planos de ensino e planos de aula. Aplicamos os princípios da ecopedagogia, com ações desenvolvidas sempre no sentido da incorporação da temática ambiental pelos currículos nas turmas e nas unidades curriculares.”, explica

Professor José Sommer, coordenador do programa Barão Ambiental. Em Santos, a Escola Atuação aborda o tema com seus alunos do Maternal ao 9° do Ensino Fundamental e têm sido referência na região por trabalhar uma série de projetos de educação ambiental, o Projeto Lixo Reciclado, por exemplo, é realizado há 15 anos. Nele, os alunos e suas famílias podem levar para o colégio todo o resíduo sólido que possa ser reutilizado, como caixas de leite, banners e vidros. Além disso, o azeite e o óleo de cozinha usados também são coletados e destinados para a fabricação caseira de sabão, utilizados posteriormente na limpeza dos espaços da instituição. Somente em 2014, foram arrecadados 1.200 kg de papel, mais de 26 mil garrafas PET, 12.560 latas, 5.380 peças de isopor, 7.200 latas de vidro e 3.200 litros de azeite usado. Esther Cristina Pereira, diretora da escola acredita que o tema deva fazer parte de um todo e não pode ser estanque. “Desde um texto em uma avaliação ou uma caminhada em prol da reciclagem do lixo, tudo precisa fazer parte de um contexto. Só assim as crianças conseguem absorver e perceber a importância e o significado dessas atividades.”. A Educação Ambiental está presente em diversas aulas do Colégio Liceu Santa Cruz, desde orientação sobre como economizar água e luz ao incentivo de ingestão de alimentos orgânicos. Além

disso, trabalha a questão de maneira mais direta na Oficina de Marcenaria em que os alunos realizam atividades com madeira de reflorestamento. “Nela, eles discutem sobre a origem da madeira e sua preservação, a importância do reflorestamento, o que são madeiras de reflorestamento e certificadas, e apresentamos vários tipos de madeiras, inclusive com a certificação correspondente de cada uma. Aprendem também a usar os instrumentos de marcenaria e depois de treinarem, fazem um projeto autoral, que será desenvolvido por eles mesmos na sequência.”, relata Mirna Eloi Suzano, diretora educacional da instituição. A Lei Federal 12.305 sancionada em 2010 que determinou entre outras ações a extinção dos lixões e a implantação da reciclagem impulsou o Colégio Concórdia a implantar um projeto que ensinasse aos alunos sobre a importância da reciclagem do lixo. “Os estudos são realizados em sala de aula e no laboratório do colégio. Hoje, alunos do 6º ano do Ensino Fundamental, com idade entre 11 e 12 anos, estão envolvidos com as pesquisas. Entre os tópicos abordados estão a história da reciclagem, o processo da reciclagem do papel, a consciência ecológica por meio do reaproveitamento de materiais e a reutilização de produtos a fim de reduzir o descarte de materiais.”, explica o vice-diretor Edson Eller.

Esse programa de estudos sobre a reciclagem foi inicialmente baseado no livro “Quem mexeu na minha bagunça?”, da psicóloga e orientadora educacional Celi Piernikarz. A professora de Ciências responsável pelo projeto, Cristiene Okabe, afirma que os atuais métodos de consumo diminuem a vida útil dos produtos e têm impacto direto na sociedade. “O mercado do consumismo cria hábitos que reduzem a vida útil de diversos produtos e multiplica as opções por mercadorias descartáveis. Essa lógica acelera o desenvolvimento econômico, mas, em contrapartida, agrava o desperdício dos recursos naturais e crescem as pressões sobre o meio ambiente.”. O diretor da Fundação Torino, Marcus Vinícius Leite relata que a instituição não vê dificuldades em lidar com um programa que não esteja especificamente na grade curricular. “Como a escola incorporou e incentivou o projeto “Econscienza” e ele ampliou as atividades de discussão e as ações ambientais da escola, as práticas se tornaram naturais entre nós, sendo inclusive incorporadas pela própria administração. Caso a escola tenha problemas para a execução de um projeto no porte do nosso, aí sim essa presença na grade seria necessária.”, completa. O que se observa é a preocupação das escolas em trabalhar para a formação de futuros adultos conscientes de seu papel na preservação do meio ambiente e incentivando atitudes transformadoras e focadas na qualidade de vida e um consumo ético e sustentável. Cristine Mangolim, coordenadora pedagógica do Colégio Cantareira explica que é necessário analisar questões históricas e sociais que podem mostrar as ações ou omissões humanas que precederam ao cenário dos problemas que hoje a população enfrenta. “As discussões sobre educação ambiental, potencializadas em sala de aula de forma contínua e integrada, tem desencadeado desde ações simples como rodas de conversa e criação de cartazes pelas crianças de Educação Infantil, folders de circulação interna pelos alunos do Ensino Fundamental até campanhas que mobilizam toda a comunidade escolar como é o caso da ‘Coleta de lixo eletrônico’ (que tem sido encaminhado à Coopermiti) e da ‘Carona Cantareira’ onde os pais que residem na Serra da Cantareira já tem se mostrado adeptos e procurado pela escola para encontrarem pais-parceiros para um rodízio de carros para trazerem e retirarem os filhos da escola.”, finaliza.

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ENSINO

Por Natália Mancio

Livros didáticos fora de moda? Como escolas lidam com a crescente utilização de tablets, apostilas e digitalização do conteúdo em livros digitais

Divulgada em 2012, a última edição da pesquisa Retratos da leitura no Brasil, o mais abrangente estudo sobre o perfil do leitor do brasileiro, realizado pelo Instituto Pró-Livro, aponta a importância do livro didático para a formação de leitores. É o gênero mais frequentemente lido, exercendo, portanto, um relevante papel na difusão do hábito e do gosto pela leitura. Porém, em tempos de modernização dos acessos a informações, a dúvida é se os tradicionais livros didáticos ainda continuam presentes nas escolas? Estatísticas apontam, por exemplo, que 98% das escolas públicas do Brasil continuam adotando essa prática. Segundo Valéria Thomazini, professora do Colégio Itatiaia, eles ainda são utilizados, porém, os livros de hoje não são tão “tradicionais”, com estudos rigorosos, inclusive em relação à disposição de textos e imagens. Recursos digitais são ferramentas que podem ser atrativas, mas se não houver envolvimento das partes, de nada irá adiantar colocar a mais alta tecnologia em sala de aula. Porém, em questões como atualização de informações, uso de imagens em 3D e infográficos, por exemplo, não há como negar que facilita e complementa o trabalho do profissional e dá suporte ao aprendizado. Cláudia Naves, assessora pedagógica

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do Colégio Magnum Cidade Nova, localizado em Belo Horizonte, relata que na instituição os livros são um norteador para o estudo do aluno, principalmente em casa. “Muito dos livros que adotamos estão disponíveis na forma digital e ele pode usar das duas formas. Eles apresentam mais recursos como imagens tridimensionais, vídeos etc. Claro que os livros nesse sentido são mais restritos, mas é importante que o aluno saiba usar as duas formas. Para nós o importante é o desenvolvimento das habilidades necessárias para “aprender a aprender”, onde ele busca respostas aos seus problemas, não importando tanto qual instrumento vai ser utilizado. Livros didáticos e plataformas digitais podem conviver bem no mesmo ambiente.”, completa. Esther Cristina, diretora da Escola Atuação conta que eles adotam livros didáticos e fazem da internet e da tecnologia aliados no processo de aprendizagem. “Além de tablets, temos a lousa digital na escola. Hoje, a educação se faz por muitas vias e precisamos incorporar essas novas linguagens para tornar o aprendizado mais dinâmico, atraente e interativo. A tecnologia pode ajudar muito o professor no processo de ensino, mas é preciso tomar muito cuidado, pois nem tudo agrega. Ele precisar saber a melhor

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maneira de utilizar essas ferramentas para estimular o aluno na busca pelo conhecimento. Além disso, os livros e apostilas continuam sendo bons companheiros.”. O Colégio Padre Machado, localizado em Belo Horizonte, há três anos optou pela imersão do livro digital para seus alunos do ensino fundamental ao médio, concomitantemente com o material impresso para atividades em sala e também em casa. “A cultura digital abriu novas possibilidades, apresentando uma linguagem dos conteúdos extremamente dinâmica e abrindo um canal maior de comunicação através de links para pesquisas, entrevistas, interação entre grupos ou até mesmo vídeos que auxiliem nossos professores em suas sequências didáticas.”, diz Patrícia Ferraz, supervisora da instituição. Professora de Língua Portuguesa do Ensino Médio do Colégio do Carmo de Santos (SP), Paula de Freitas Denari conta que utiliza os livros didáticos, e que mesmo a maioria das editoras disponibilize para quem adota o livro a versão digital, ela é pouco utilizada. E ela convive com as duas realidades. “Eu trabalho em uma escola que tem livro didático e outra que usa IPADs. Não vejo grandes diferenças, pois minha aula é a mesma. Uso o mesmo Power Point nas duas, mas porque eu gosto de preparar meu material. Para o professor que não prepara material, esse recurso é interessante, pois o IPAD disponibiliza sequencias didáticas interativas.”. Além dos recursos tecnológicos recentes, algumas escolas adotam apostilas com conteúdos diferenciados preparados por outras instituições de ensino consolidadas no país. O Colégio Liceu Santa Cruz, por exemplo, utiliza apostilas do Sistema Positivo de Ensino e desde 2012 distribui tablets individuais para alunos do Ensino Médio. “Nos dispositivos eletrônicos, os estudantes acessam todo o material disponível no portal da instituição, como os livros digitais, que possuem todo o conteúdo da apostila do Sistema Positivo. Vale ressaltar que o tablet serve como ferramenta de apoio ao aluno, mas não substitui o uso de livros impressos e cadernos.”, complementa Mirna Eloi Suzano, diretora educacional.

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GESTÃO

Por Natália Mancio

Entendo melhor o PPP Projeto Político Pedagógico dá suporte ao desenvolvimento de atividades nas escolas

Existem muitos documentos sobre o PPP – Projeto Político Pedagógico sendo divulgados, tornando cada vez menos dificultoso conhecer e consultar o tema. Basicamente ele consiste na realização e na construção desse projeto, juntamente com profissionais habilitados e sua clientela, pontuando as necessidades locais, seus objetivos, visão, missão e os valores praticados. Sua elaboração depende de dados fidedignos, atualizados sempre que necessário a partir do seu planejamento. A pedagoga Magda Asenete, diretora da In Company - Assessoria e Treinamento exalta o PPP como o pulmão da instituição. “É um documento abrangente, de uso contínuo e necessário. Demanda ações bem ajustadas e coerentes com a realidade da comunidade inserida. Mas também existe o mito do desconforto gerado, muitas vezes, por quem o explora. Por ser considerado um documento relevante, ele deve ocorrer a partir de

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constante exploração, sem se esgotar a prática, os acertos e desacertos, numa constante fidelidade com a história mutável, porém real.”. A Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional 9394/96 prevê em vários de seus artigos a descentralização dos estabelecimentos escolares e a elaboração e execução de suas propostas pedagógicas com a participação do corpo docente. Desde a sua promulgação, toda escola precisa ter um projeto político pedagógico. O PPP é o plano de ação e reflexão que toda escola precisa ter, elemento fundamental para a autonomia de cada escola, bem como a própria concretização da gestão democrática. Ele irá definir a identidade da escola, suas finalidades e filosofia de trabalho, elucidando as ações que deverão ser praticadas na busca de um ensino comprometido a uma educação de qualidade e indicando caminhos para o ensino de qualidade. “É indispensável contar com

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representantes de cada segmento da instituição, para sua construção, isso o tornará realmente político. Para elaborar um PPP autêntico, que represente a real identidade e proposta da escola é preciso que os diversos representantes da comunidade escolar reflitam sobre os ideais da escola, sua realidade, proposta de ação durante o ano letivo embora o PPP seja válido por não mais de cinco anos e por fim, avaliar tudo que foi proposto e executado no projeto.”, explica a psicopedagoga, Ester Chapiro. De acordo com Ana Maria Damiani, coordenadora do curso de Pedagogia da Universidade Anhembi Morumbi, toda instituição educacional tem objetivos, metas e sonhos que desejam alcançar. O conjunto desses desejos, bem como os meios para concretizá-los, é o que dá forma e vida ao famoso PPP. “O nome já defini sua função: Projeto, elaboração de propostas e ações; Político, formação do cidadão ético, consciente e critico; Pedagógico, organiza e define recursos estratégias pedagógicas necessárias ao processo ensino-aprendizagem.”. A sua elaboração precisa contemplar os seguintes tópicos: • Conhecimento da clientela; • Justificativa; • Missão; • Dados sobre a aprendizagem; • Recursos didáticos; • Diretrizes Pedagógicas; • Plano de ação.

Segundo Gilson Donato, professor e coordenador do Ensino Fundamental Colégio Cantareira, o PPP é desenvolvido em reuniões coletivas e, sendo político, reúne todos os departamentos da escola, da direção, passando por toda a equipe gestora, corpo docente e funcionários de apoio. Essas reuniões dão origem a um documento que é o

próprio PPP, ele irá nortear as ações de toda a escola para que funcione como um organismo único. “O plano e o desenvolvimento de uma determinada ação pedagógica deve sempre refletir o estabelecido no PPP. Uma escola que quer um aluno reflexivo, produtivo não deve lançar mão de procedimentos pedagógicos baseados em práticas mnemônicas nem em um currículo fechado, inflexível. Do mesmo modo, uma determinação administrativa que contraria valores de sustentabilidade irá de encontro a uma abordagem que adota o tema transversal de meio ambiente e deseja desenvolver em seus educandos esses princípios.”. Ele alerta ainda que uma instituição que, em seu projeto, propõe atenção à imprevisibilidade não pode, por exemplo, utilizar materiais didáticos que são divididos aula a aula sem possibilidade de dar outra configuração à distribuição dos conteúdos. A grande importância dos Planejamentos e Planos de uma escola, particularmente o PPP é definir rumos, escolher caminhos para evitar o andar “perdido”. O registro escrito organiza o pensamento, ajuda a estabelecer as metas e os caminhos para que possam ser constantemente visitados, avaliados e ainda, quando necessário, terem mudanças de rotas estabelecidas pela comunidade. Para Marisa Esther Rosseto, diretora educacional do Colégio

Marista Arquidiocesano, o PPP cria um cenário em perspectiva e suas linhas, são linhas de fuga. “Embora ele seja um produto (há outros) de um amplo processo de reflexões, de negociações, de consensos, de dissensos, de avanços e de recuos, de idas e vindas, ele não é fechado, nunca está pronto. É dinâmico como é dinâmico tudo o que acontece na escola. Está sempre se fazendo, desfazendo, refazendo. O PPP é um mapa que aponta perspectivas e possibilidades de fazer o ensinoaprendizagem-avaliação. Nesse sentido, mais do que direcionar um caminho o que mais se faz no PPP é perspectivar e abrir possibilidades, é oferecer aos professores, por exemplo, condições e possibilidades de criação do trabalho docente. A produção do PPP implica diálogos, negociações de significados, estudos, reflexões, análises, levantamento de diagnósticos.”, completa. Esther Cristina Pereira, psicopedagoga e diretora da Escola Atuação, de Curitiba, Paraná, acredita que o PPP é de fundamental importância, pois norteia o trabalho de professores, diretores e demais funcionários. “Desenvolvemos no processo, se necessitar de modificações nos reunimos e repensamos o documento. É ele que fornece as direções para que toda a escola siga no mesmo caminho, falando a mesma linguagem.”. Adriani Escudero Magalhães, diretora educacional do Colégio

Aprendendo a Aprender e coordenadora pedagógica da rede educacional ‘Grupo A’, destaca dentro da importância da elaboração do PPP, considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir. Ela ainda aponta outros três pontos importantes: direcionar a parte pedagógica, porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem; reunir propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo; e o PPP é fundamental para o cumprimento de termos e normas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. “No currículo constam conteúdos a serem ensinados pelo professor, sendo um conjunto de disciplinas, organizados sequencialmente referindo-se ao que se pretende que os alunos aprendam. A didática é o método oferecido, constituindo na técnica de ensino em que todos os aspectos práticos e operacionais, visam estimular, dirigir e encaminhar a aprendizagem. Portanto, o Projeto Político Pedagógico, currículo e didática se relacionam entre si, por serem fundamentais ao bom andamento das atividades do nosso âmbito escolar. Considero o PPP essencial por apresentar sua linha de frente a ser seguida.”, finaliza.

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Andragogia nas instituições de ensino Já escutei docentes dizerem que não precisam aprender, pois têm muita experiência em educação. “Quem está acostumado a ensinar às vezes tem dificuldade em aprender”. O educador quando escuta as palavras treinamento, capacitação, palestra, monitoramento ou qualquer outro sinônimo, pode regredir ao condicionamento de suas experiências escolares anteriores, colocar o chapéu da pendência, cruzar os braços, encostar-se na cadeira e dizer: “pode me ensinar”. Adultos trazem consigo uma carga de experiência muito grande. E à medida que acumulam estas experiências, tendem a criar hábitos mentais, preconceitos e pressuposições que costumam fechar a mente a novas ideias, percepções mais atualizadas e alternativas. Para qualquer tipo de reestruturação acontecer é necessário que todos os colaboradores estejam abertos a mudanças de atitudes e quebrem seus paradigmas. É neste momento que o entendimento das técnicas andragógicas pode auxiliar e atuar como facilitador para que etapas sejam cumpridas com a menor resistência possível, e que as novas experiências provoquem sensações positivas, como o aumento de interesse, o desenvolvimento da autoestima e o espírito de equipe.

se confiante em sua capacidade de experimentar ou adquirir um novo hábito, pois não está sozinho nesta empreitada. Ao seu lado existe uma pessoa com conhecimento e liderança para acompanhálo, ensiná-lo e apoiá-lo ao longo de uma nova experiência.

A palavra “andragogia” tem a sua origem na Grécia Antiga: andra (adulto) e agogé (condução). Segundo a definição creditada a Malcolm Knowles em seu livro “The Adult Learner”, andragogia é definida como a ciência de orientar e motivar adultos a adquirir novos hábitos, conhecimentos e atitudes. Essa aquisição ocorre em adultos por meio de um processo mais complexo do que em crianças e adolescentes. Linderman, Knowles e Wlodowski, três dos principais pesquisadores da educação de adultos, apresentam em seus trabalhos algumas explicações para essa diferença e sugerem que a motivação dos adultos para aprender é a soma dos seguintes fatores:

4 - Visão do todo Os adultos têm uma profunda necessidade de se autodirigir: isto é, de serem responsáveis pela sua aprendizagem e estabelecerem seus próprios percursos educacionais. Para isso, é importante que eles tenham uma visão holística do processo e a ciência do planejamento estratégico.

Andragogia

1 - Confiança - sentir-se seguro diante do novo - Monitoramento Quando acompanhado, o adulto sente-

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2 - Autoestima e satisfação Adultos são motivados a aprender à medida que percebem que as necessidades e interesses que buscam estão e continuarão sendo atendidos. A decisão da equipe em envolver-se seriamente em um determinado projeto e aceitar promover mudanças internas está relacionada ao valor que ela atribui para alcançar essas mudanças e os benefícios propostos. Além do reconhecimento formal (elogios) nas reuniões de monitoramento e dos ganhos por méritos (premiações), a comunicação e o marketing pedagógico podem ter um papel importante na valorização da equipe, por meio das divulgações de seus trabalhos para os demais colaboradores, alunos e familiares.

3 - Objetivos definidos Sem saber aonde se quer chegar (objetivo), como conseguir (metas) e se o caminho está certo (análise de desempenho), não existe necessidade de se movimentar. Sem um objetivo claro o adulto não tem motivo nem motivação para mudar de atitude ou progredir.

5 - Autonomia O adulto sente-se motivado quando participa da tomada de decisão e tem autonomia para agir em busca de seus objetivos. 6 - Aprendizado experiencial A experiência é a mais rica fonte para o adulto aprender. Assim, o centro da metodologia da educação do adulto é a análise das experiências externas e do

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seu próprio cotidiano. Praticamente todo o conteúdo necessita ser de utilidade prática e imediata, porém, deve resultar em mudança de atitudes e aperfeiçoamento de habilidades passíveis de gerar resultados em longo prazo. O adulto aprende aquilo que faz e vivencia, sendo a experiência seu próprio livro-texto. 7 - Valorização da empresa em que trabalha Ninguém gosta de fazer parte de um time perdedor. As pessoas, de uma forma geral, motivam-se quando fazem parte de uma equipe de ponta, que alcança seus objetivos e é reconhecida por isso.

INVESTIR NO CAPITAL HUMANO

“É ter a consciência de que é cada vez mais importante que os funcionários sejam aprendizes altamente qualificados, para que possam aprender novas tecnologias e se adaptarem às novas demandas de mercado.” Elwood F. Holton III e Richard A. Swanson O livro The medium is the message, de Marshall Mcluhan, retrata a andragogia como um meio disponível para ajudar os colaboradores a desenvolverem competências que lhes permitirão melhorar suas performances de trabalho, estima, autorrealização e que, por consequência, desempenhem seus papéis de forma que alcancem os objetivos da instituição. Na verdade, ocorre uma reciprocidade: a escola proporciona a maximização do potencial dos seus colaboradores e, em troca, recebe e usufrui dessa evolução para aumentar o número de alunos. Por este motivo, é importante deixar claro para o colaborador que ele será o primeiro a ser beneficiado. “Escolas de sucesso são feitas de professores de sucesso. Professores de sucesso trabalham em escolas de sucesso.” Christian Rocha Coelho Especialista em Andragogia Diretor do Grupo RABBIT Gestão, Comunicação, Marketing e Pesquisa Educacional

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