Controle do Tripes No cultivo da cebola.
Tripes da cebola (Trips tabaci lindeman) é uma praga do Mediterrâneo que atualmente está presente em quase todas as regiões agrícolas do mundo. É um inseto de difícil controle que pode gerar perdas na ordem de 70% podendo chegar a 100% da produção seja direta ou indiretamente. DANOS QUE CAUSA Tripes tem um aparelho bucal raspadorsugador, ou seja, extraem a seiva das folhas. Os danos diretos aparecem como manchas ou linhas prateadas nas folhas (figura 3) As lesões graves pela ação do inseto se associam com minúsculos pontos pretos que são nada mais que as fezes da praga. Os ferimentos caudados nas folhas são portas abertas para entrada de doenças.
Figura 2. Larvas de tripes da cebola. Foto: W. Crasnshaw. Universidade estadual do Colorado.
Figura 1. Tripes da cebola (T. tabaci): planta de cebola com danos (esquerda) comparado com planta sadia (direita). Foto: Brian A. Nault, Universidade de Cornell.
Figura 3. Danos caudados por tripes nas folhas da cebola. Foto: J. Ogrodnick. Universidade de Cornell
O ataque de grandes populações de tripes podem resultar na produção de bulbos menores ou até inviabilizar colheita pela redução do rendimento. Porém o problema não termina aí, os insetos podem continuar se alimentando dos bulbos após a colheita e durante o armazenamento, causando secatrizes que afetam a qualidade e a estética dos bulbos. VETOR DE VÍRUS O tripes é o único vetor de Tospovirus, sendo o tripes da cebola o principal vetor da mancha amarela de iris (IYSV: Iris Yellow Spot Vírus), que causa a doença com o mesmo nome. Os sintomas da mancha amarela de iris são lesões de consistência seca, alongada e de cor palha a bronzeado ou branca; as lesões podem ser observadas tanto nas folhas como nós talos florais. Tripes da cebola (Trips tabaci lindeman) é uma praga do Mediterrâneo que atualmente está presente em quase todas as regiões agrícolas do mundo. É um inseto de difícil controle que pode gerar perdas na ordem de 70% podendo chegar a 100% da produção seja direta ou indiretamente. DANOS QUE CAUSA Tripes tem um aparelho bucal raspador-sugador, ou seja, extraem a seiva das folhas. Os danos diretos aparecem como manchas ou linhas prateadas nas folhas (figura 3) As lesões graves pela ação do inseto se associam com minúsculos pontos pretos que são nada mais que as fezes da praga. Os ferimentos caudados nas folhas são portas abertas para entrada de doenças.
Figura 4. Lesões da mancha amarela de iris na cebola: (A) lesões foliares severas, (B) lesões nos talos florais, (C) cebolas afetadas pelo vírus em Nova York. Foto: (A) e (C) L.J. du Toit, Departamento de patologia vegetal Universidade estadual de Washington; (C) B. A. Nault, Universidade de Cornel
Os danos caudados por tripes nas planta das cebola abrem portas para outros patógenos com a Alternaria porri, agente causador da mancha púrpura.
MANEJO INTEGRADO A melhor forma de combater o tripes é integrar os manejos cultural, biológico e químico já que está é uma praga de difícil controle, sobre tudo em condições de baixa umidade relativa.
CONTROLE CULTURAL Monitoramento: constatar a praga logo no início da infestação é primordial para montar uma estratégia de manejo integrado. Na maioria dos casos o ataque do tripes começa pelas bordaduras da lavoura sendo importante o monitoramento constante que pode ser feito através de armadilhas na coloração azul com cola entomologia, inspeção visual do campo. Limpeza: eliminar restos das culturas antecessoras e ervas daninhas, isso ajuda consideravelmente a reduzir a população da praga. Seleção de variedades: atualmente existem no mercado variedades que toleram população médias de tripes, mesmo assim é importante fazer o controle. Manejo de fertilizantes Nitrogenados: adubação desbalanceada com nitrogênio favorece um aumento exponencial da população de tripes. É extremamente importante formular uma adubação equilibrada sobre tudo com nitrogenados. CONTROLE BIOLÓGICO Existem vários predadores de tripes na cebola que podem ser usados para auxiliar no controle entre eles estão: tripes predador (Aelotrips spp), larvas de crisopoda verde (Chrysoperla carnea), percevejos predadores (Orius insidiosus) e (Geocoris spp), joaninha (Coleomeguilla maculata). Outro organismo de controle biológico tem bons efeitos no controle de tripes como fungos entomopatogenicos (Beauveria bassiana), importante ressaltar que para ter sucesso no controle é preciso conhecimento da ação dos organismos empregados. CONTROLE QUÍMICO O controle através do uso de inseticidas ainda é a prática mais comum no combate de tripes, porém o uso inadequado tem gerado a resistência do inseto aos principais ativos com registro para a cultura, é um assunto que merece muita atenção por parte dos produtores e técnicos pois o tripes é um inseto que se abriga no solo e na base das plantas dificultando o seu controle sobre tudo nas fases adultas onde o inseto tem asas. Cada princípio ativo tem um modo de ação no inseto sendo mais ou menos efetivo dependendo da idade da praga.
CONCLUSÃO Tripes é considerada a principal praga na cultura da cebola com um ciclo de reprodução muito rápido e a capacidade de causar danos na cultura em todas as etapas do cultivo são o maior desafio para uma estratégia de controle eficaz, sobre tudo em condições climáticas de baixa pluviosidade onde a chuva faz um controle mecânico lavando e afogando os insetos. A umidade relativa também é muito importante para ação de fungos entomopatogenicos assim como para melhorar a ação dos inseticidas.
Fontes consultadas : https://www.intagri.com/articulos/fitosanidad/manejo-del-trips-de-la-cebolla Acessado: 23/04/2021 Traduzido e adaptado : Equipe ADM TBR GRUPO CEBOLA BRASIL - CBR - CRIADO 28/03/2021
Welson Perli Pereira
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