edição 59 | R$ 28,00 issn 2595-8275 nº59 dezembro | janeiro Aref fA r kouh Aref fA rkouh sócio diretor do toriba
futuro da economia
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As rosas vermelhas combinam perfeitamente com o tema natalino e é possível utilizá-las em arranjos temáticos para colocar na mesa ou de forma suspensa no ambiente no dia da comemoração.
As cestas de natal são indispensáveis para se ter uma experiência completa. Recheadas com itens tradicionalmente utilizados na ceia, representam agradecimento e votos de celebração, sendo uma ótima opção para presentear.
Os arranjos de natal podem ser feitos utilizando bolas natalinas, ciprestes, pinhas, velas, fitas e outros itens que tenham relação com essa temática. Para complementar o presente, a dica é acrescentar uma caixa de bombons ou deliciosos panetones.
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As perspectivas econômicas para o Brasil em 2023 são auspiciosas. Quem garante é Joaquim Levy, ex-ministro da fazenda e diretor de estratégia econômica e relações com mercados do Banco Safra. Em artigo escrito para este número de THE PRESIDENT, ele prevê: “O cenário de moderação fiscal e inflação caminhando na direção da meta favorece o relaxamento monetário, apoiando o crescimento econômico e a manutenção do emprego no próximo ano”. Que assim seja.
Esse otimismo é compartilhado pelos entrevistados desta edição. José Luiz Gandini, presidente da Kia Brasil, por exemplo, é veemente: “Acredito na força do nosso país”, declara. “O Brasil é autossuficiente, vai superar tudo isso. Vamos voltar a crescer. O agronegócio, por exemplo, é fantástico.”
Com o mesmo sentimento de fé no crescimento, o empresário Aref Farkouh vem investindo cada vez mais em um dos melhores e mais tradicionais hotéis do país, o Toriba, inaugurado em 1943, na cidade paulista de Campos do Jordão. “Teremos um ano com diversas comemorações”, anuncia, antecipando a celebração dos 80 anos do empreendimento.
Luis Gennari, CEO da Vigor Alimentos, da mesma maneira tem muito a comemorar. A companhia, comandada com energia por ele, vem obtendo resultados acima das expectativas graças, em boa parte, à transparência na relação com os colaboradores e a um criativo reposicionamento da marca. Sua entrevista transpira otimismo.
Assim como a conversa com Geraldo Maia, CEO da Saga Moove. Entusiasta do ciclismo, que pratica com notável frequência, o empresário apostou na importação da mais admirada marca de bicicletas do planeta, a suíça BMC. A maravilhosa qualidade das bikes, com o preço bem acima dos praticados no mercado, podia fazer crer em uma demanda insuficiente no Brasil. Não foi o que ocorreu. As bicicletas BMC vêm percorrendo no país uma trajetória que sustenta todo o otimismo.
Com esse espírito, queremos também agradecer o apoio dos nossos leitores e anunciantes, que estiveram conosco durante 2022. E, com esperança renovada, desejamos um ano vindouro repleto de saúde, paz e prosperidade.
Tenha um ótimo 2023!
andré cheron Publisher
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editorial
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expediente
the president Publicação Da c ustom eD itora nº 59
PUBLISHERS
André Cheron Fernando Paiva (in memoriam)
REDAÇÃO
Diretor De conteúDo Mario Ciccone mario@customeditora.com.br
eDitor executivo e DiGital Raphael Calles raphaelcalles@customeditora.com.br
ARTE Diretor Raphael Alves raphaelalves@customeditora.com.br
COLABORARAM NESTE NÚMERO
eDitor conviDaDo Walterson Sardenberg Sº texto André Boccato, André Chaves, Andreia Mariano, Eliana Malizia, Luciana Lancellotti, Messina Neto, Ney Ayres e Ricardo Prado FotoGraFia Claus Lehmann, Germano Lüders e Tuca Reinés revisão Paulo Kaiser
THE PRESIDENT facebook.com/revistathepresident @revistathepresident linkedin.com/showcase/revistathepresident www.customeditora.com.br
COMERCIAL, PUBLICIDADE E NOVOS NEGÓCIOS
Diretor executivo André Cheron andrecheron@customeditora.com.br
Diretor comercial Ricardo Battistini +55 11 97401-8565 battistini@customeditora.com.br
Gerentes De contas e novos neGócios Fernanda Espíndola +55 12 98182-6734 fernandaespindola@customeditora.com.br Mirian Pujol +55 11 99231-7971 mirianpujol@customeditora.com.br Ney Ayres +55 11 97687-5942 neyayres@customeditora.com.br
assistente comercial Gabriel Matvyenko gabrielvyenko@customeditora.com.br
DiGital Maria Beatriz Catiari mariacatiari@customeditora.com.br
ADMINISTRATIVO/FINANCEIRO
Alessandro Ceron alessandroceron@customeditora.com.br
Circulação: Dezembro/Janeiro Tiragem desta edição: 35.000 exemplares CTP, impressão e acabamento: Margraf
Custom Editora Ltda. av. nove de Julho, 5.593, 9º andar – Jardim Paulista são Paulo (sP) – ceP 01407-200 tel. (11) 3708-9702
ATENDIMENTO AO LEITOR atendimentoaoleitor@customeditora.com.br tel. (11) 3708-9702
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CLERMANN
MARISA
sumário
148 107 40
40 Consumo
Dicas de compras muito especiais para celebrar a chegada de um novo ano
50 ARTIG o
Liel Miranda propõe uma união dos executivos para combater o racismo
52 peRspe CTI vA
O ex-ministro Joaquim Levy está otimista com o crescimento da economia
74 meRCA do
A transparência do CEO Luis Gennari no comando da poderosa Vigor Alimentos
82 ne G ó CI os
“Os carros da Kia caíram no gosto do brasileiro”, celebra José Luiz Gandini
90 en TR ev I s TA
Aref Farkouh investe no Toriba para a comemoração dos 80 anos do hotel
98 mob I l I dA de
A BMC, uma bicicleta de sonho, é importada pela Saga Moove, de Geraldo Maia
107 G ou R me T
Drinques clássicos engarrafados, a ótima ideia de Luiz Paulo Foggetti
148 T u RI smo
A vida boa de quem se hospeda em hotéis da rede Carmel no Ceará
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Customer
e xperien C e
É preciso olhar nos olhos
o relacionamento com o cliente tem de ter maturidade e, acima de tudo, humanidade
Por Andrei
A M A ri A no*
Muitos consu M idores se sente M valorizados quando u M a M arca que admiram escuta a sua opinião com o intuito de melhorar a qualidade dos produtos e serviços. Esses clientes, ao final das contas, desejam que ela prospere e se perpetue no tempo. São pessoas que genuinamente emitem sua opinião aos atendentes, oferecendo informações preciosas, que apontam oportunidades de melhorias ou inovações no negócio.
O interessante é que várias empresas ainda têm dificuldade para receber essas informações e compreender o que significa uma boa experiência para os clientes. É comum ouvir alguém dizer que entende de experiência do cliente e, logo na sequência, escutar a mesma pessoa falar de ações superficiais, recompensas instantâneas e indicadores que refletem uma relação frágil e de curto prazo. Quando isso acontece, a sensação do cliente é a de que não existe um interesse genuíno, e fica claro que ele está sendo manipulado para comprar algum produto ou serviço.
No outro extremo, temos empresas que estabelecem um relacionamento colaborativo e integrado com o consumidor, permitindo um crescimento constante e sólido.
Um belo exemplo de experiência diferenciada no setor da saúde é a Buurtzorg, uma organização holandesa que há mais de 15 anos vem se mostrando pioneira e inspiradora no modelo de atendimento domiciliar.
No passado, as prestadoras de serviço do governo resolveram priorizar a eficiência operacional, direcionando enfermeiros experientes para intervenções técnicas mais difíceis, limitando o tempo em procedimentos simples, aumentando o volume de atendimentos e reduzindo custos.
Os pacientes, no entanto, começaram a se sentir intimidados por compartilhar seu histórico médico com várias pessoas, apressadas em finalizar seus trabalhos.
Foi nesse cenário que surgiu a Buurtzorg, com o propósito de ajudar os idosos a levar uma vida com mais autonomia. Ao investir em tempo e atendimento humanizado, a empresa construiu vínculos reais e duradouros entre cuidadores e pacientes. Resultado: conseguiu ser mais eficiente e assertiva. Daí, as internações hospitalares foram reduzidas em 30%. Assim, a Buurtzorg se expandiu para ser tornar uma referência em excelência, influenciando companhias em todo o mundo.
Assim, fica evidente que é possível melhorar os resultados com o foco no cliente. Mas se engana quem acha que esse é um caminho fácil. É preciso trabalhar muito para oferecer o melhor serviço em todos os momentos de contato com o cliente. E, quando acontece algo inesperado, que não tenha sido previsto na linha de produtos ou nos serviços, a equipe precisa estar muito bem treinada para a humanização ficar acima da burocracia. Tem de tirar um pouco os olhos da planilha e dar atenção ao bem-estar do público. Eis aí o caminho a ser pavimentado. T P
*Andreia Mariano é estrategista em experiência do cliente, com passagens por Bradesco e American Express, e fundadora da FuturExperience
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Racismo: é pReciso ReconheceR pa R a combateR
Miranda CEO da Mondelez no Brasil
Édifícil compreender que o Brasil seja um país racista. Afinal, para onde quer que olhemos, vemos pessoas pardas, pretas, com traços que confundem qualquer especialista em genética. Com tanta diversidade, é quase automático afirmar que, por aqui, a diversidade é totalmente aceita. Porém a realidade é outra. Vemos maiorias sendo tratadas como nichos e as cotas que visam a igualdade são vistas como ajudas demasiadas para grupos distintos. Nesse contexto, vale a pena falar de números: enquanto 56% da população é negra, menos de 10% dos cargos de liderança nas empresas são ocupados por ela.
Existem muitos preconceitos no Brasil, mas o racial é o mais evidente de todos. A marginalização da população negra, desde a época da escravização, atribuiu uma percepção de valor deturpada e estereotipada por piadas sobre cabelo, corpo e fala, entre outros. Além de serem a representação do preconceito, essas ações ferem a autoestima das pessoas negras. Mas o racismo vai além, colocando pretos e pardos em situação de crime, vulnerabilidade, desemprego, violência.
Entre a minha percepção inicial e meu engajamento em ações antirracistas, precisei de muito letramento racial. Participei de cursos e aulas sobre o contexto histórico brasileiro – e a construção de narrativas que se perpetuam até hoje – e sobre o que é o racismo e os vieses inconscientes deixados em nossa sociedade. Antes de estudar e saber mais sobre o tema, acreditava que essa questão deveria ser trabalhada pelo Governo ou pela esfera pública, mas depois compreendi que combater o racismo é papel de todas as pessoas desse país.
R E coN h E ç A o pRobl E m A
Existem dois passos fundamentais para as pessoas não negras contribuírem para a luta contra o racismo: reconhecer que ele existe e tomar ações para combatê-lo.
Eu sou um homem branco, CEO de uma empresa de presença global, e reconheço que só percebi a dimensão do racismo no Brasil há pouco tempo. Essa percepção surgiu quando observei que as empresas não refletem, em seu quadro de funcionários, a realidade da sociedade brasileira. Em nenhuma delas encontrei 56% de pessoas negras – principalmente nas posições de liderança. Entendi que isso deve mudar e, para que a mudança aconteça, necessitamos da atuação deliberada das pessoas que estão na gestão.
Precisamos reconhecer esse processo institucionalizado em nossa cultura e sociedade. Desde que as pessoas negras escravizadas foram “libertas”, não houve um sistema que contribuísse para sua verdadeira inserção na sociedade. Assim, até hoje, os descendentes das
50 | | DEZ/JAN.2023
Por Lie L Miranda*
*Liel
e xistem dois passos no combate ao racismo: reconhecer que ele existe e tomar ações para combatê-lo
pessoas escravizadas têm menos oportunidades no geral. É uma bola de neve: pretos e pardos são mais pobres, têm menor acesso à educação de qualidade e, por consequência, à ascensão social. Logo, permanecem na pobreza, com poucos exemplos de pessoas que conseguem romper essa bolha e dar um novo futuro aos seus descendentes.
Da mesma forma, concorrem em condições de desigualdade por vagas de emprego, perdendo representatividade no ambiente corporativo. Muitas vezes, são excluídos de processos seletivos que exigem formação em universidade X, fluência em outros idiomas, cursos de extensão e vários outros quesitos. Outras vezes, conseguem um bom emprego e até conquistam posições de gerências, mas não vão além, até mesmo por falta de referências que os levem a querer galgar posições mais altas ou que os conduzam nesse processo. São preteridos em prol de alguém de perfil mais parecido com o dos gestores, em termos de formação, referência e vivências.
Esses acontecimentos excluem uma parcela significativa da população brasileira do desenvolvimento econômico e social e até mesmo do mercado produtor. Isso porque muito do que é desenvolvido em termos de produtos e serviços não chega a ser consumido por pessoas negras, que não têm poder financeiro para tal.
p osicioNE-s E coN t RA o sist E m A Quando comecei a pensar na questão racial, eu entendia que esse era um problema da esfera pública. Portanto, acreditava que era papel do Governo encontrar uma solução. É óbvio que todos os agentes são responsáveis: governos e entidades
públicas têm a obrigação de reverter esse quadro. Porém as empresas e seus dirigentes também têm um papel a desempenhar e precisam chamar para si a responsabilidade de enfrentar o racismo estrutural.
Desse ponto de vista, precisamos reconhecer que a nossa missão diária é mudar essa realidade.
No meu caso, essa missão de liderar a conscientização sobre a mudança de mentalidade e perspectiva começou dentro da empresa, por meio do Mover (Movimento pela Equidade Racial). Juntos, os líderes de 47 empresas estão engajados em impactar a sociedade. Acreditamos que, unindo forças, nossas ações alcancem um impacto maior na cadeia produtiva, abraçando não apenas nossos colaboradores, como também fornecedores e clientes, estendendo-se à sociedade como um todo. Nós assumimos esse papel.
Acredito que todos nós, pessoas não negras, precisamos de muito letramento, pois é impossível para uma pessoa branca atuar deliberadamente contra o racismo por não vivenciar o que é ser uma pessoa negra no Brasil. Aqui, a população negra enfrenta resquícios de nossas questões históricas nas situações mais cotidianas, como a falta de acesso às condições básicas.
Meu papel, junto com o Mover e todos os CEOs que fazem parte do movimento, é incentivar a educação e propiciar aos meus colaboradores tanto a consciência dessa situação quanto a oportunidade de crescerem em suas posições e virarem referência para as novas gerações. E construir em conjunto com as pessoas que vivenciam na pele ou que entendam e possuam legitimidade de sugerir as melhores soluções. Nós usamos nossa influência e o poder da caneta para implementar as mudanças estruturais necessárias.
Além de letramento, as ações afirmativas são fundamentais para acelerar esse processo. Por isso, desenvolvemos programas de liderança exclusivos para pessoas negras e oportunizamos o acesso a cursos de idioma, entre outras ações relevantes no ambiente corporativo. Essa foi a maneira que encontramos de reduzir as desigualdades, já que estudos apontam que o Brasil levará 116 anos para atingir o equilíbrio de oportunidades entre brancos e negros.
Ainda é preciso ter mais ações afirmativas de combate à discriminação, proporcionando transformações culturais segmentadas pelo respeito e pela empatia. T P
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Joaquim Levy
Diretor de estratégia econômica e de relações com o mercado do Banco Safra
perspectiva
Pers P ectivas P ara 2023
Por JOaquim Levy
Oambiente internacional continuará a ser favorável à economia brasileira em 2023, sem a expectativa de grandes quedas para os preços das principais commodities. Apesar de a Covid e de algumas questões estruturais poderem moderar a demanda chinesa por minério e petróleo, os baixos estoques dos produtos agrícolas e os reflexos da guerra na Ucrânia diminuem as pressões baixistas sobre o preço de nossas exportações de alimentos.
O aumento de juros nos Estados Unidos deve se encerrar até o meio do próximo ano, o que já começa a moderar a alta do dólar, também em relação à moeda brasileira. O aperto monetário no Brasil, à frente daquele da maioria dos países, levou a taxa de juros brasileira para território restritivo e continuará a sustentar o valor do real nos próximos trimestres.
O impulso fiscal expansionista verificado em 2022 dificilmente se repetirá em 2023, ainda que se evite um impulso negativo com a rápida contração de algumas transferências para a população de baixa renda. Também vem ficando claro que a contribuição do crédito para aumentar a renda disponível das famílias deverá ser moderada, enquanto não houver indicação de queda de juros domésticos. Assim, o consumo deverá crescer apenas 1 ponto percentual, apesar do recente aumento do nível de emprego.
A inflação tem mostrado sinais de desaceleração, independente da queda do preço da energia obtida pela redução das alíquotas de ICMS sobre combustíveis e energia elétrica, decidida pelo Congresso no meado de 2022. O maior risco para a inflação em 2023 é exatamente a eventual alta de algumas dessas alíquotas, pela necessidade de os Estados recomporem suas receitas. A manutenção do preço internacional do petróleo abaixo de US$ 90 por barril pode ajudar a acomodar essas pressões, abrindo espaço para uma redução da Selic já no meio do ano, após a estabilização dos juros americanos.
O cenário de moderação fiscal e inflação caminhando na direção da meta favorece o relaxamento monetário, apoiando o crescimento econômico e a manutenção do emprego no próximo ano. O bom desempenho dessas variáveis estimularia o investimento, permitindo o PIB crescer 2% ou mais em 2024.
Um cenário macroeconômico benigno ajudaria o Brasil a alavancar suas vantagens nas energias limpas, agricultura de baixo carbono e algumas fronteiras tecnológicas, fortalecendo nossa balança de trocas internacionais. A reforma dos impostos sobre valor agregado sinalizada pelo governo eleito fortaleceria esse movimento, simplificando o sistema tributário e melhorando a alocação de capital, o que facilitaria o país aproveitar as transformações das cadeias de produção internacionais, revitalizando a indústria de transformação.
As possibilidades positivas para o próximo ano têm seus riscos. O judicioso equilíbrio entre limites fiscais, a simplificação tributária e a priorização do gasto social de qualidade poderá diminuir esses riscos, amparando as famílias mais vulneráveis no país e abrindo oportunidades econômicas para a maioria da população. Há muitos motivos para estar confiante, se os desafios do momento forem enfrentados com energia e discernimento. T P
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DEZ/JAN.2023 | | 53 www.buddhaspa.com.br buddhaspa BEM - ESTAR | RELAX | ESTÉTICA FACIAL & CORPORAL | LINHA HOME GRANDE SP : Aclimação | Alto da Lapa | Alto de Pinheiros | Anália Franco | Blue Tree Alphaville | Blue Tree Faria Lima Brooklin | Brooklin Novo | Campo Belo | Chácara Klabin | Club Athletico Paulistano | Clube Hebraica | Ecofit Cerro Corá Espaço Be – Santana | Funchal | Gran Estanplaza Berrini | Granja Viana | Higienópolis | Hotel Pestana SP | Ibirapuera Itaim Bibi | Jardim Europa | Jardins | Moema | Mooca | Morumbi Town | Panamby | Pátio Paulista | Perdizes | Pompéia Quiosque Pátio Paulista | Reebok Cidade Jardim | Reebok Vila Olímpia | Santana Parque Shopping | São Caetano Seridó | Shopping Jardim Pamplona | Mooca Plaza Shopping | Vila Clementino | Vila Leopoldina Vila Madalena | Vila Olímpia | Villa Lobos SP INTERIOR E LITORAL: Indaiatuba | Ribeirão Preto – Jardim Botânico | Santos | São José dos Campos | Shopping Piracicaba | Sorocaba RJ CAPITAL: Barra Città America | Barra Shopping | Ipanema | Shopping Rio Sul | Vogue Square MINAS GERAIS: Uberlândia Shopping | ESPÍRITO SANTO: Vitória | GOIÁS: Alphaville Flex | Marista Bodytech PARANÁ: Pestana Curitiba | MARANHÃO: São Luís Um na sua rotina.
Noite de celebração
em meados de Novembro, a revista t he PresideN t celebrou seus 12 anos de história com um evento mais que especial.
Grandes nomes do mercado, C-levels e convidados especiais compareceram ao Foglia Forneria, a pizzaria campeã de 2022 do guia Comer & Beber, para apreciar criações especialmente feitas para a ocasião, preparadas com ingredientes Seara Gourmet e queijos Faixa Azul.
A harmonização do menu foi feita com rótulos da Concha y Toro especialmente selecionados e drinques da APTK Spirits. Os convidados ainda puderam degustar uma variedade de cafés Gran Coffee, preparados ali, à sua frente.
Entre as atrações, o novo veículo elétrico da BMW, o iX, estava disponível para ser apreciado. Assim como a nova moto R18, da BMW Motorrad. Joias Maxior abrilhantaram a nossa noite, enquanto a Tegra Incorporadora apresentou uma maquete especial de seu mais recente lançamento de alto padrão em São Paulo, o Bueno Brandão 257.
Telas da LG foram utilizadas em todos os detalhes de nossas apresentações e também para as apresentações de nossos parceiros.
Confira, nas próximas páginas, os convidados especiais dessa grande noite! t P
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THE PRESIDENT completa 12 anos de história com um encontro de grandes nomes do mercado
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1. André Cheron, Guilherme Gama, Gustavo Gama e Ricardo Battistini; 2. Michel Cheval, CEO da Montblanc Brasil; 3. Julian Mallea, presidente da BMW Motorrad, e Natalia Arias, sua esposa; 4. Luis Gennari, presidente da Vigor; 5. Alexandre Arnone, advogado e empresário, e Andrea Muniz Cara, diretora comercial do grupo Arnone; 6. Chieko Aoki, presidente do Blue Tree Hotels, vice-presidente do Grupo Mulheres do Brasil; 7. Angela Sakuma, diretora de relações públicas da LG; 8. Luiz Montenegro, ex-presidente do Banco Toyota e empresário na área de consultoria; 9. Eduardo Jakus, diretor de marketing e comunicação da Vigor; 10. André Cheron, publisher da revista T HE PRES id ENT, a joalheira Lydia Sayeg e o editor executivo Raphael Calles
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11. Valdeci Castro, do Rancho Português; 12. Julian Mallea, CEO da BMW Motorrad, agrada a todos presentes com suas palavras sobre os avanços da marca no Brasil; 13. Mauricio Cordero, CEO da Concha y Toro, fez uma retrospectiva do que aconteceu no mundo nos últimos 12 anos; 14. Nancy Serapião e André Seneghin, heads da BMW, e o restauranteur do Così, Leonardo Recalde; 15. Regina Costa, esposa de Fernando Costa, um dos proprietários da Ofner; 16. Sergio d egese, Ana Regiane i vanski Battistini e Marcelo Fernandes; 17. Christiane Nunes (sentada) lidera um brinde com café Gran Coffee na companhia de Guilherme Gama e Poliana Gama; 18. Adilson José Santos Carvalhal Junior, Antônio Pereira Carvalhal Neto, Valeci Castro, Carlos Labre e Ney Aires; 19. Patricia Rossi, publicitária e diretora do núcleo de mídia do Bradesco, e Ricardo Battistini
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e serviços personalizados. Av. Frei Orestes Girardi, 3549 CEP: 12460-000 Campos do Jordão/SP Reservas: 0800 7700 790 grandehotelsenac.com.br grandehotelsenac
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20. da esquerda para a direita, Chieko Aoki, Sonia Regina Hess, Célia Okamoto, Reila Criscia e Lydia Leão Sayeg; 21. Pietro Capuzzi, diretor de comunicação e marketing da VTC, Mauricio Cordero, CEO da VTC, e André Cheron; 22. Luiz Paulo Foggetti, presidente da APTK Spirits, cumprimenta a todos no jantar de 12 anos da THE PRESidENT; 23. A empresária Sônia Regina Hess, vice-presidente do Mulheres que inspiram, já atuou como CEO da dudalina; 24. debora Fernandes Ferreira, diretora de marketing da Maxior Joias, e Ramon Neto, diretor executivo da Maxior Joias; 25. Maurício Okubo, CEO da joalheria Júlio Okubo e Juliana Pereira, diretora de Comunicação e Marketing da Montblanc; 26. Juliana La Pastina, CEO do Grupo La Pastina e Guilherme Gama, proprietário da Gran Coffee; 27. Flavia Schmidt, diretora de comunicação e marketing da Tegra, fala sobre os empreendimentos de 2022. A incorporadora é uma das maiores construtoras de alto luxo do Brasil; 28. Marcelo Fernandes, Sergio degese, Juliana Pereira e Antonio Lacerda
Seu leão pode colorir a vida de muitas crianças
Doe seu Imposto de Renda para o Hospital Pequeno Príncipe
No Brasil, apenas 3,15% do potencial de doação de IR da população foi destinado para instituições filantrópicas em 2020. Isso representa mais de R$ 8 bilhões que poderiam impactar o cenário da saúde no país.
E você, ao destinar seu Imposto de Renda para os projetos do maior hospital pediátrico do Brasil, pode contribuir para mudar essa realidade, de forma fácil e sem custos. Ajude a transformar a vida de milhares de crianças e adolescentes. Acesse doepequenoprincipe.org.br e veja como doar. Contamos com você!
Apoio:
(41) 2108-3886 (41) 99962-4461
doe pequeno principe .org .br
VOANDO ALTO E EM GRANDE ESTILO
A revolucionária MineToo permite viajar de avião pelo Brasil adentro com exclusividade, sem burocracia e com muito mais destinos
A S NOVIDADES TE c NOL ó GI c AS RE c ENTES p ERMITIRAM a criação de aplicativos que facilitaram – e como! – a vida do consumidor. Desde bancos digitais até plataformas que conectam usuários a motoristas parceiros. Melhor ainda: a preços competitivos. No setor da aviação, no entanto, existe uma lacuna quando falamos de inovação.
Afi NA l, o qu E é A Mi NE Too?
Trata-se de um modelo único que permite que pessoas possam se deslocar em aeronaves (aviões e helicópteros) de diferentes portes, de maneira menos burocrática e mais rápida. A MineToo é uma solução que proporciona mobilidade aérea para todos os perfis, aliando tecnologia, com um app inovador e intuitivo, e uma operação aérea segura, simples e customizada: para executivos que precisam se locomover e não desejam perder tempo com longas filas e demorados trâmites burocráticos, bem como para famílias que desejam um voo exclusivo, direto até o destino final. Os associados da MineToo têm acesso a uma frota de aeronaves que a companhia opera na melhor condição entre o custo e a adequação à necessidade da operação.
Esse modelo ainda permite que o viajante decida como quer realizar a sua mobilidade, definindo local de partida e chegada, horários e até compartilhando com outros associados o voo para otimi-
Na página ao lado, da esquerda para a direita: Alexandre Arnone, cofundador; Loami Bonifácio, fundador, e Rafael Gianesi, cofundador e atual CEO da MineToo
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zar a utilização da aeronave. Tudo isso de forma sistematizada e segura.
Diante do quadro de inovação em diversas frentes, o empresário fundador Loami Bonifácio, o empresário, advogado e cofundador Alexandre Arnone e o empresário, engenheiro, cofundador e atual CEO, Rafael Ribeiro Gianesi, enxergaram a necessidade de uma entidade que entendesse e se propusesse a solucionar os atuais problemas encontrados pelos viajantes na aviação nacional. “Nossa equipe de profissionais conta com nomes renomados da aviação, que dão suporte ao desenvolvimento de uma solução tecnológica ao mesmo tempo segura e acessível. Estamos certos de que nossa iniciativa é essencial para a democratização de serviços de mais qualidade na aviação”, declara Gianesi.
quA is são A s NE c E ssi DADE s qu E o M o DE lo T r AD icioNA l DE Avi Ação Não coN s E gu E ATENDE r?
1 – Na aviação tradicional, não é possível voar direto de São Paulo a Angra dos Reis ou a Trancoso, por exemplo.
2 – Não é possível definir os horários de partida e chegada conforme as necessidades reais do viajante.
3 – É necessário comprar com muita antecedência para conseguir valores atrativos.
4 – Privacidade e conforto não fazem parte da aviação convencional.
A MineToo soluciona cada uma das questões pontuadas. “O nosso modelo, com aeronaves de diversos portes e configurações, dispostas em diferentes localidades do Brasil, possibilita decolar ou pousar em muitos aeroportos. A frase que nos define é ‘promovemos a mobilidade sem limites para nossos associados’”, completa Gianesi.
qu EM poDE s E A ssoci A r?
É importante mencionar a dinâmica inteligente da MineToo, embasada em um tripé de perfis: proprietários de aeronaves, pilotos e pessoas que desejam se locomover por via aérea. A equação, que envolve segurança, inovação e funcionalidade, resulta em benefícios para todos, e sem nenhuma mensalidade ou valor de adesão. Qualquer pessoa pode ser um membro associado e usufruir da mobilidade que a MineToo oferece. Bastam poucos cliques no aplicativo MineToo, que está disponível para todos os modelos de celular e é fácil de operar. Você se torna associado e tem em mãos todas as facilidades.
“Somos o futuro da mobilidade, inovadores e preocupados, acima de tudo, com segurança e sustentabilidade”, finaliza Gianesi. T p
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Um dia de mUita velocidade
O privilégio de pilotar esportivos da Porsche numa pista de primeiríssima
Não foi Um dia comUm. e Nem poderia. Foi o dia de acelerar diversos modelos da Porsche na pista. Não uma mera voltinha, mas mais de 40, no veloz circuito do Autódromo Velocitta, em Mogi-Guaçu (SP). Foi ainda um dia de aula de drift . Iradíssimo? Muito mais que isso. Uma grande experiência para a vida – a junção de prazer e medo e de exaustão e gostinho de quero mais. E, se você pensa que se trata de um evento qualquer, engana-se. Estive acelerando em um dos eventos mais exclusivos da marca: o Porsche World Roadshow, realizado nos principais autódromos do mundo.
Você pode imaginar que pilotar vários Porsche em um período de cinco horas, quase sem parar, é instigante, mas há uma ressalva: exige um bom condicionamento físico. De qualquer maneira, vibrei quando recebi o convite especial para participar do PWR. Para o evento foram convidados clientes, imprensa automotiva e potenciais compradores. Um público seleto. As vagas são bastante disputadas e muita gente, infelizmente, fica de fora. Não cabe todo mundo.
De quebra, seria a chance de dirigir, em primeira mão, um lançamento: o novo Porsche Cayman 718 GT4 RS (preço: R$ 1,157 milhão). São 500 cv de potência e características trazidas dos carros de corrida da marca. Acelerei com tudo o 718 GT4 RS, seguindo as dicas de instrutores pilotos. Alguns vieram diretamente da Alemanha para o evento. Isso é que é exclusividade.
Nas primeiras voltas, eu ainda estava travada, me familiarizando com a pista. Embora já tenha pilotado motos no Velocitta, sempre vale se inteirar melhor do circuito antes de realmente curtir. Mesmo porque não é todo dia que dirijo um Porsche. Depois de aquecida, me senti mais confiante e testei para valer o modelo. Foi emocionante. O carro é um track-tool afiadíssimo. Abarca um conceito de motor central altamente ágil, com uma cilindrada de 4 litros e um motor aspirado de 6 cilindros. Para uma reação ainda mais direta, vem com seis válvulas individuais do tipo borboleta. Em alta rotação, ele atinge facilmente a marca das 9.000 rpm.
Além do 718 GT4 RS, também pilotei outros esportivos: 718 Boxster GTS, 718 Cayman GT4, 911 GT3, 911 Targa GTS, 911 Turbo S, Cayenne Turbo GT, Taycan Turbo S e Panamera Turbo S. Em uma das paradas, aproveitei para conhecer a exposição de carros, com oito versões da linha 911 RS, inclusive um raro 911 Carrera RS 2.7, de 1973.
Como você pode avaliar, foi tudo muito intenso e bastante prazeroso. Claro que quis aproveitar cada segundo. Um dia para jamais esquecer. T P
*Eliana Malizia é repórter, piloto de testes de motos e carros e fundadora do Movimento @_aceleradas_, além de diretora do site acelerada.com.br Siga @eliana.malizia no Instagram.
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Por Eliana Malizia*
Gift card da revista unquiet
Procurando um presente para aquele viajante inquieto?
A assinatura da Revista UNQUIET é o presente certo, com muita inspiração para quem busca descobrir lugares únicos do mundo e ama viajar. Nosso Gift Card inclui as edições 09, 10, 11 e 12.
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Stay alive. Be UNQUIET. @revistaunquiet
CANNABIS MEDICINAL
O u SO DO CANABIDIOL p A r A O tr A t AMEN t O de determinadas doenças vem sendo largamente debatido pela comunidade científica nos últimos anos. Embora o produto derivado da planta Cannabis sativa seja conhecido há séculos, o tema ganhou notoriedade nos tempos atuais devido ao reconhecimento do potencial medicinal pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e à legalização do uso.
Isso porque na neurologia essa substância é utilizada principalmente no tratamento de crises convulsivas, autismo, ansiedade, depressão, dores crônicas e fibromialgia.
Lembramos que o uso do canabidiol deve ser feito com uma prescrição médica bem recomendada, com dose calculada, e os efeitos colaterais precisam ser monitorados pelo profissional de saúde que acompanha o paciente.
Impacto do uso na vida de quem necessita de tratamentos caros
pr INCI
p AIS p A t OLOGIAS tr A t ADAS COM CBD
Um terço dos consumidores de produtos de Cannabis na América Latina está localizado no Brasil, sendo o mais expressivo país da região.
Foi quanto cresceram as importações de produtos derivados de Cannabis entre 2020 e 2021.
É a porcentagem de aumento das vendas de medicamentos feitos com Cannabis sativa nas farmácias do país desde 2020.
1/3 134% 700%
FARMÁCIA CANNECT: SEU MEDICAMENTO EM ATÉ 48 HORAS
A venda de produtos derivados da Cannabis nas farmácias passou a ser regulamentada em 2019. Desde então, a Anvisa já autorizou a venda de mais de 20 produtos, embora nem todos ainda estejam disponíveis devido a processos, muitas vezes, financeiros. O custo para colocar os produtos nas prateleiras não é barato.
Foi por isso que a Cannect lançou a primeira farmácia exclusiva para a venda de produtos à base de Cannabis no Brasil, que atua dentro de todas as normas dos órgãos reguladores. A farmácia fica em Maringá (PR).
Quem tiver a receita pode ir direto ao balcão. Senão é possível fazer a solicitação com a empresa e aguardar a remessa, que, dentro do estado paranaense, leva até 24 horas. As demais entregas são feitas em até 48 horas para todo o país. contato@belcher.com.br 0800 011-7073
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Distúrbio
Depressão
• Epilepsia • Autismo •
do Sono •
e Ansiedade • Neuropatia Diabética • Demência • Hiperatividade • Alzheimer • Parkinson • Paralisia Cerebral • Esquizofrenia • Atrofia Muscular Espinhal • Distonia • Esclerose Múltipla
Maior e Melhor estande da Fenatran 2022
Elogiado por executivos da Volkswagen, o espaço de 4.200 padrão da VWCO trouxe experiências exclusivas e inovadoras, criadas pela agência LGL Case
Para o incrível es P aço da v W co (Volkswagen Caminhões e Ônibus), na 23ª edição do Salão Internacional do Transporte de Cargas, na Fenatran 2022, em São Paulo, a LGL Case conseguiu de forma impecável traduzir o novo conceito de brand design da Volkswagen mundial, criado na Alemanha, em 2020. O resultado foi surpreendente: todas as pessoas que passaram pelo maior estande da feira, com mais de 4.200 metros quadrados de área construída e integrada, vivenciaram uma experiência única e ousada. “Tínhamos um desafio grande para essa Fenatran porque a Volkswagen mudou a
comunicação visual antes da pandemia. Então precisamos entender o novo padrão mundial, traduzir para o nosso mercado e aplicar na Fenatran”, disse Ricardo Alouche, vice-presidente da VWCO. “Temos um manual de mais de 600 páginas, que ensina o novo padrão em cada detalhe. E a LGL foi a que mais entendeu o nosso briefing , se aprofundou no processo e entregou um resultado espetacular.”
Para que as pessoas pudessem ter uma imersão no espaço colorido e conhecer a nova geração de caminhões – 16 modelos das famílias VW Delivery, Constellation e Meteor e o
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O movimentado estande da Volkswagen Caminhões e Ônibus na Fenatran 2022, em São Paulo
elétrico VW e-Delivery –, a LGL criou formas criativas de interação, que foram muito além da apreciação. “Tivemos 200% de elogios. O presidente mundial e o vice-presidente mundial de RH da Traton Group ficaram impressionados. Segundo eles, fizemos melhor do que a IAA, na Alemanha, a principal feira do setor na Europa, e do que eles próprios, dos veículos leves. Realmente, a LGL trouxe algo a mais”, pontuou Luciano Cafure, diretor de marketing da VWCO.
Um dos diferenciais foi o test drive do VW Meteor, o maior veículo Volkswagen do mundo no “espaço dos Gigantes”, com um megapainel de instrumentos do caminhão e uma versão do novo cockpit em uma tela de 65 polegadas a partir de 2023. Outras interações disponibilizadas foram a experiência de direção do VW e-Delivery 11 toneladas (o caminhão elétrico da Volkswagen) por meio do dinamômetro, em que uma grande tela de LED dava a real sensação de dirigi-lo nas ruas, e um game da Copa Truck, no qual os competidores, além de se enfrentarem virtualmente, recebiam “visitas-surpresa” dos pilotos da VWCO para jogar.
Totens interativos para cada um dos veículos e um espaço dedicado às práticas ESG (responsabilidade ambiental, social e de governança), onde as pessoas puderam navegar pelo caminhão VW e-Delivery 11 toneladas e sua tecnologia de emissões zero, também foram diferenciais trazidos pela LGL. “Não houve uma pessoa sequer que não tenha passado no nosso estande e não tenha elogiado o padrão, a qualidade e a interatividade nas atividades com nossos clientes finais. A LGL inovou e, mais uma vez, trouxe elementos que não vimos em nenhum outro estande”, disse Alouche. “A entrega realmente teve uma qualidade superior ao que a gente imaginava antes da feira.” Fora o estande, a LGL também coordenou a Convenção VWCO Fenatran 2022, com mais de 700 participantes, de todo o Brasil e do exterior. t P
Visite nosso site: lglcase.com e saiba mais.
@lglcase @lglcase
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Para os mais exigentes
Com controle de tração, a scooter NMax 2023
é a novidade da Yamaha para um segmento ultracompetitivo
Por Elia Na Malizia*
Quem P or aí não sonha em comPrar uma scooter? Muita gente tem esse desejo – para usar no condomínio, no trânsito ou até mesmo para deixar a moto grande na garagem apenas para viagens e utilizar a segunda com mais conforto no dia a dia. A venda de scooters não para de crescer. E, melhor, elas têm saído de fábrica cada vez mais elegantes e com grandes novidades no quesito tecnologia. Gostei tanto da nova versão que vim apresentá-la. Com você, a Yamaha NMAX 2023.
A tecnologia de conexão da nova scooter pode ser acessada
pelo aplicativo Yamaha Motorcycle Connect e ligada via bluetooth . Dessa maneira, você tem acesso a diversas informações: a vida útil do óleo do motor e do nível de carga da bateria, o mais recente lugar estacionado, o registro diário e mensal de consumo, alertas de manutenção e falhas da motocicleta, as rotações por minuto do motor e o ângulo de abertura do acelerador. Ufa!
E mais: é possível salvar e compartilhar suas rotas preferidas nas redes sociais e também receber no painel notificações
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Modelo faz 36 km por litro e tem autonomia de 220 km
de chamadas telefônicas e mensagens. Equipamentos como painel de instrumentos digital, tomada de 12V, iluminação de LED e chave presencial continuam sendo oferecidos na NMAX, sem nenhuma mudança. O motor, de 155 cm³, também não sofreu alterações. A scooter segue desenvolvendo 15,4 cv de potência e 1,4 kgfm de torque, com transmissão continuamente variável, o CVT. Com apenas 126 kg, ela tem freios ABS com discos hidráulicos, sistema antibloqueio na dianteira e na traseira e tanque com capacidade para 7,1 litros de gasolina e autonomia em torno dos 220 km. O consumo urbano médio é de 36,5 km/L. Ela custará R$ 19.690 nas cores Navy Blue, Solar Red e Matt Green. A cor especial Matt Grey acrescenta grafismos exclusivos e sai por R$ 19.990.
Adorei fazer o test ride com a nova NMAX. Pilotei a scooter por diversos trechos movimentados de São Paulo e fiquei muito contente com as novidades a favor da segurança e do conforto. O novo NMax Connected ganhou novos pneus Diablo Scooter e o controle de tração e está ainda melhor ao passar em buracos e lombadas, graças aos novos amortecedores traseiros com duas opções de regulagem. Também amei a tecnologia Connected. Ela ajuda em nossa comodidade e segurança. Já as novas cores deram mais elegância e valorizaram o design, que é bastante moderno. A Yamaha está de parabéns. Nós amamos tecnologia e, quando ela é atrelada a conforto e mobilidade, gostamos mais ainda, não é mesmo? T P
*Eliana Malizia é repórter, piloto de testes de motos e carros e fundadora do Movimento @_aceleradas_, além de diretora do site acelerada.com.br Siga @eliana.malizia no Instagram.
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um parceiro de viagem
Banco Safra oferece serviço de câmbio com 20 moedas2 estrangeiras e Sala VIP em Guarulhos
o planejamento de uma viagem de férias ou de negócios vai muito além da reserva de passagens e hotéis. O Banco Safra está atento a demandas importantes dos viajantes e oferece um leque de serviços muito útil ao viajante, que vão desde venda de moedas estrangeiras com segurança até uma sala Vip exclusiva.
No aeroporto de Guarulhos, o Safra possui exclusividade de câmbio, com atendimento em 12 postos, além de quatro postos no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e oferece um atendimento exclusivo via whatsapp. A realização da transação de câmbio pode ser feita inclusive por não correntistas¹. Além disso, o Safra também oferece aos correntistas a possibilidade de receber ou enviar dinheiro para o exterior.
“proporcionar uma viagem com conforto e sem preocupações, a trabalho ou lazer, passa pelo câmbio do Safra. Nossa presença maciça nos principais aeroportos do país, 24 horas por dia, e nossos canais de atendimento, com cotação e contratação via telefone e whatsapp, oferecem ao cliente toda facilidade e segurança que ele precisa na hora de viajar. Estamos atentos às mudanças de comportamento e compra de moeda estrangeira, nos adequando sempre à melhor forma de atender o cliente” afirma Edson passarelli, diretor de Câmbio do Banco Safra.
Outra boa novidade é a Sala V ip Espaço Banco Safra, no Aeroporto i nternacional de Guarulhos, em São paulo. Ao adquirir US$ 1,5 mil (ou equivalente em outra moeda²) ex-
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MoEDAs DispoNívEis2
Dólar, Euro, Libra esterlina, Franco suíço, Dólar australiano, Dólar canadense, Dólar neozelandês, Iene, Dirham dos Emirados Árabes, Iuan, Rand, Shekel, Peso chileno, Peso argentino, Peso mexicano, Peso colombiano, Bolivianos, Peso uruguaio, Novo Sol (Peru) e o Rial, a moeda oficial do Catar.
sErviços DE câMbio
• Correntistas e não correntistas
• Aeroporto Internacional de Guarulhos: 12 postos6 com atendimento 24 horas (entre os Terminais 2 e 3)
• Aeroporto Internacional Tom Jobim/Rio de Janeiro: 4 postos7 com atendimento 24 horas (Terminal 2)
• Agências do Banco Safra
Com 1.350 m2, a Sala VIP Espaço Banco Safra oferece buffet completo, inclusive kosher, além de bar, wi-fi e área de descanso
clusivamente nos postos de câmbio da instituição no aeroporto, o cliente pode utilizar a Sala V ip, na área de embarque do Terminal 3.
O benefício de acesso à Sala V ip também é oferecido a clientes¹ do Cartão Safra Visa i nfinite, neste caso com o direito a um acompanhante5 .
Aberto 24 horas, sete dias por semana, o espaço, de 1.350 m², considerado um dos melhores lounges do Brasil, tem buffet completo, inclusive com refeições kosher. Além disso, oferece área de descanso, banheiros com chuveiros, bar, wi-fi e TV.
Vale destacar também a decoração do local, que é marcada pelo uso de cordas, fibras naturais e madeira, trazendo harmonia no paisagismo e reforçando a política de sustentabilidade do Banco. As poltronas e cadeiras são elegantes, confortáveis e atribuem aconchego à sala. Além do atendimento de alto padrão.
“A Sala V ip Espaço Banco Safra é mais uma opção exclusiva na hora de viajar a negócios ou lazer e reforça o compromisso que temos em oferecer as melhores experiências, produtos e serviços para os nossos clientes¹”, afirma Beatriz Galloni, diretora de Marketing e ESG do Banco Safra.
Faça câmbio pelo WhatsApp e retire no aeroporto de Guarulhos, Galeão ou na agência mais próxima. Envie uma mensagem para (11) 2650-9991. t p
Saiba mais e acesse www.safra.com.br
(1) A abertura da conta corrente e contratação dos produtos de crédito estão sujeitos à análise e aprovação do Banco Safra S.A. (2) Sujeito a disponibilidade da moeda. (3) Consulte as condições para pagamento no débito ou crédito nos postos de atendimento. O valor é limitado à quantia da moeda escolhida correspondente a R$10.000,00. Condição válida nos aeroportos: Cumbica – Guarulhos/Sp, Tom Jobim/RJ, e nas agências dos hospitais Sírio Libanês, Albert Einstein e Oswaldo Cruz. NOTA: iOF incidente 1,10% sobre a aquisição de moeda estrangeira em espécie pelo cliente e 0,38% sobre a venda de moeda estrangeira em espécie á instituição financeira (alíquotas sujeitas a alteração conforme legislação vigente – Decreto: n°6.306 de 14/12/2007). (4) Sujeito à apresentação e assinatura da documentação exigida de acordo com os procedimentos Safra e regulamentação em vigor É obrigatória a apresentação de Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (e-DBV), via internet no endereço eletrônico: www. edbv.receita.fazendo.gov.br, por todos aqueles que deixarem ou ingressarem no Brasil portando valores acima de R$10.000,00 (dez mil reais) ou equivalente em qualquer moeda estrangeira em espécie ou em travelers cheques (instrução Normativa RFB n°1385, de 15/08/2013). Vide instrução Normativa RFB n°1.645 de 30/05/2016 e alterações posteriores por ocasião de pagamentos isentos de iRRF efetuados a residentes no exterior.A sala Vip funciona com todos os cuidados e protocolos de segurança e higiene necessários, 24 horas por dia, sete dias por semana. (5) Crianças de até 11 anos podem entrar sem custo, desde que seja acompanhante de um portador do cartão Safra Visa infinite. Consulte as agências disponíveis entrando em contato com a Mesa de Câmbio Turismo em (11) 3175-8267, no e-mail mesa.turismo@safra. com.br ou fale com seu Gerente de Relacionamento. (6) O Banco Safra possui 12 postos no aeroporto de Guarulhos, dos quais, 8 operam sob o regime 24 horas por dia e 7 dias por semana. 2 postos em horário diferenciado e 2 postos temporariamente fechados. (7) O Banco Safra possui 4 postos no aeroporto do Galeão, dos quais, 2 operam normalmente e 2 estão temporariamente fechados.
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Seleção Triumph
A T riumph C omemorou o S D e Z AN o S D e B r AS il em novembro, conquistando mais prêmios. A Tiger 1200 GT Explorer e a Tiger Sport 660 foram as contempladas no Prêmio Moto do Ano 2023, da revista Duas Rodas. No Concurso Moto Premium 2022, da revista Moto Premium, foram três premiações, distribuídas para a Scrambler 1200 XE, a Tiger 1200 Rally Explorer e a Tiger 660. No Prêmio Imprensa Automotiva 2022, um tradicional evento da Abiauto (Associação Brasileira de Imprensa Automotiva), a Tiger 660 foi a vencedora na categoria motocicletas. E, por fim, a Tiger 1200 Rally Explorer levou o Prêmio Mobilidade Estadão 2023. Com isso, a Triumph soma 88 premiações no país.
Para a Triumph, as conquistas indicam que a marca, fundada há 120 anos, está no caminho certo ao oferecer a mais completa variedade de motocicletas icônicas e multipremiadas para atender os desejos do consumidor. A linha Tiger, sucesso em todo o mundo desde 1936, é um exemplo dessa estratégia, com uma gama que vai da Tiger Sport 660 às versões Tiger 1200, passando pelas Tiger 900.
LINHA TIGER
Líder de vendas, a Tiger 900 estabeleceu uma nova referência na categoria ao trazer um inédito padrão de acabamento, equipamentos e de tecnologia. Com torque 10% maior, em comparação com a antecessora, o novo motor rende 95 cv para um conjunto 5 kg mais leve – a garantia de excelente desempenho na estrada e fora dela. A linha Tiger 1200, por seu lado, evoluiu para se tornar a mais moderna e aclamada big trai l do mercado. É oferecida no Brasil em seis diferentes configurações para atender as necessidades dos diferentes estilos de motociclistas. Em comum a todas, o novíssimo motor três cilindros T-Plane de 150 cv, o mais potente da categoria das motos tracionadas por eixo cardã. Já a Tiger Sport 660 é um modelo ágil e versátil, com motor de média cilindrada de 81 cv de potência. Ela permite a sensação esportiva para pilotos solitários ou uma viagem confortável para duas pessoas. Na família Tiger 1200, a marca oferece ainda duas opções de tanque dos modelos (20 e 30 litros). Além disso, o pacote completo de tecnologia conta com Blind Spot, Hill Hold Assist, painel TFT e outras diversas
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Premiado portfólio da montadora britânica terá novidades para o mercado brasileiro em 2023
Acima, a Rocket 3 GT. Ao lado, a Scrambler 1200 XE Chrome Edition (no alto) e a Bobber Chrome Edition. Na página ao lado, a nova linha Street Triple
tecnologia de última geração. Vale lembrar ainda que todas as versões da Tiger 1200 e 900 apresentam a versão Touring, que são equipadas com suporte, malas laterais e top box, em breve também disponível para a Tiger Sport 660.
NOVA LINHA STREET TRIPLE
A mais equilibrada e potente linha Street Triple de todos os tempos chega em 2023 em duas versões, a Street Triple R e a RS. Tudo foi atualizado na naked Triumph, a começar pelo motor, agora com 120 cv para a nova Street R e 130 cv (a maior potência na categoria) para a RS. O estilo da nova linha Street é agressivo e dois dos destaques são o tanque, hoje com capacidade para 15 litros, com painéis laterais integrados. Também é importante destacar ainda a nova cor Carbon Black, exclusiva da versão atual da RS, já disponível nas concessionárias de todo o país.
CHROME COLLECTION
No primeiro semestre chega a edição Triumph Chrome Collection, uma celebração da arte artesanal, presente no DNA da marca e que remete ao tanque cromado da Speed Twin de 1937 e às Triton dos anos 1960. A linha faz parte de edição limitada e estará à venda por um ano. Com cromado feito à mão e novo kit de acessórios. O Brasil terá dois modelos
Chrome, já disponíveis para encomendas: a Scrambler 1200 XE, com tanque cromado com faixa no tom verde Brooklands, e a Bobber, com sobreposição em Jet Black no tanque.
T100
Orgulhosa de sua história, a Triumph também oferecerá uma nova combinação icônica de cores para a Bonneville T100, a clássica Meridien Blue/Tangerine, o azul com laranja que destacou a moto em seus primórdios.
ROCKET 3 GT
O maior motor para motos de produção em série do mundo, com seus 2.500 cc de deslocamento e 167 cv, é apenas um dos destaques da Rocket 3, a cruiser lançada em 2004. Totalmente remodelada, a nova safra da moto recebeu no fim do ano a versão GT, opção à Rocket 3 R, vendida aqui desde 2021. As rodas de alumínio fundido de raios com usinagem exposta recebem os pneus Avon Cobra Chrome, de alta aderência e durabilidade. A versão GT também oferece no assento do garupa um sissybar para o apoio lombar. O espantoso torque de 221 Nm tem curva plana e atinge o pico a apenas 4.000 rpm. T p
triumphmotorcycles.com.br
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mercado
Trabalho de equipe
Luis Gennari, C eO da ViGOr, expL iC a COmO a COmpanhia C heGOu à L iderança d O setOr, sempre COm muita transparênC ia e uniãO
Por Luciana Lance LLotti Fotos cL aus L ehmann
Assumir o controle de umA empresA pelA primeirA vez é sempre um desAfio pArA um executivo, A despeito dA experiênciA AcumulAdA Ao longo dA trAjetóriA. não foi diferente com luis gennAri, ceo dA vigor Alimentos desde o início de 2020, Após sete Anos de trAbAlho como diretor executivo comerciAl dA compAnhiA. “fui executivo A vidA todA, e A sensAção Ao ser informAdo sobre A minhA novA função foi de orgulho, seguidA de muitos questionAmentos”, relembrA. “eu diriA que Até certo grAu de medo”, Admite, com A trAnquilidAde e A segurAnçA dignAs de um executivo veterAno. “onde eu identificAvA vulnerAbilidAdes, deixAvA clAro pArA o time, esclArecendo que vulnerAbilidAde não é frAquezA, mAs umA pArte dAquilo que você não dominA”, frisA. “escolhi ser trAnspArente e muito próximo do time.”
uma das empresas de produtos lácteos mais representativas do país, a vigor Alimentos abarca as marcas vigor, faixa Azul, danubio, Amélia e l eco entre outras e emprega quase 5 mil funcionários, em nove fábricas, com o faturamento anual de quase r $ 4 bilhões. Além da expertise adquirida na própria vigor, g ennari assumiu a posição somando o conhecimento de sua atuação como executivo em outras organizações do setor alimentício, como brf (sadia, perdigão, qualy) e j macêdo (dona b enta, sol e petybon, entre outras). quando luis g ennari chegou à vigor, em 2012, a empresa ainda estava sob o guarda-chuva da jbs. em 2015, foi desanexada e passou para o controle da holding j&f, até ser adquirida em 2017 pela multinacional mexicana l ala, em uma negociação envolvendo cerca de us $ 1,84 bilhão. naquele mesmo ano, ao completar um século de atividades, a vigor investiu no reposicionamento da marca, continuando a mirar seus esforços em fatores como inovação e qualidade, além de investir para o crescimento dos negócios de queijos da companhia. formado em estatística, com especialização em marketing, luis g ennari nasceu em uma cidade pequena, no interior paulista, cuja população atual não chega a 9 mil habitantes. durante a conversa com the president, ele resgatou lembranças da infância na cidade rural e falou sobre desafios, processos e objetivos.
THE PRESIDENT _Mesmo sendo um executivo tão experiente e já familiarizado com a Vigor, como foi receber o convite para se tornar o CEO da empresa?
Luis Gennari - recebi a empresa após nove anos da última gestão, que foi uma gestão de muito sucesso, da qual participei como responsável por toda a área comercial e depois como um vp de
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negócios. tudo isso me ajudou muito, já que a vigor passou por uma evolução fantástica, de crescimento, reposicionamento, inovação, qualidade, com a marca sendo mais conhecida. várias áreas eu já dominava, e isso me ajudou muito. eu diria que encaminhei muito bem o desafio de fazer uma transição suave, e de certa forma até que rápida.
Dar início a uma nova etapa bem-sucedida é um desafio maior, não? sim. eu vinha de um ciclo em que colocamos a vigor num cenário nacional e de protagonismo, e tinha que buscar o início de um novo.
escolhemos iniciar essa nova fase por meio dos nossos negócios de queijos, quando pude engajar as pessoas, motivá-las, mostrando que era possível iniciar outro ciclo virtuoso. eu não contava com a pandemia.
Como foi encará-la? tive que buscar toda a resiliência que havia desenvolvido ao longo da carreira para passarmos por essa fase, que era novidade para todo mundo. A primeira foi buscar conversar com pares, pessoas mais experientes, para entender e obter insights. A segunda foi me aproximar ainda mais do time, com a responsabilidade de cuidar dele.
busquei parceria com o (Hospital Israelita Albert) einstein para estabelecer protocolos de segurança das fábricas, que não poderiam parar, e também para toda a equipe de vendas e merchandising. coloquei para o time que precisávamos ser ágeis, tomar decisões rápidas, aproveitar naquele cenário o que tinha para ser aproveitado. era uma situação extremamente crítica para a sociedade, mas nós tínhamos que superar.
Estabelecer uma relação de transparência no mundo corporativo não é tarefa das mais fáceis. não é. mas, quando você se depara
com uma crise dessa e toma decisões pensadas exclusivamente nas pessoas, isso o aproxima da equipe, que o vê como um líder que não quer só o resultado pelo resultado. isso traz um lastro de confiança.
A Vigor já era uma protagonista no segmento de lácteos, mas nos últimos anos passou por um reposicionamento crucial. Como foi a transição? Acho que a vigor explorava pouco seu potencial. foi a primeira do país a ter o leite uht, o primeiro iogurte natural e o primeiro iogurte com cereais, entre outras novidades. sempre foi uma bela indústria, mas vendia pouco seus atributos e qualidades. o grande reposicionamento passou a dar visibilidade a eles.
Isso acabou levando outros grandes players do setor a também investir na produção de iogurtes gregos, certo? é inegável a grande virada com o lançamento do grego. i magine, várias empresas multinacionais no país, competentíssimas, e a vigor foi a primeira a lançar o grego. e , me permitam os concorrentes, o grego de verdade, com uma baita consistência. e le revolucionou o mercado, porque convidou o consumidor novamente a olhar para o segmento de iogurtes por meio da ótica da indulgência, do prazer, do sabor, da delícia.
O lançamento do Grego foi decisivo para atrair a atenção dos
consumidores para os outros produtos da Vigor? sim, e eu diria que foi um momento bastante crítico. q uando trouxemos visibilidade a todos esses atributos, reposicionamos a marca em todos os sentidos, inclusive no de preços. mas a coragem de lançar o grego, ter a velocidade, ler o cenário e a tendência, colocou a empresa num patamar diferenciado. o mais importante, a vigor já tinha: produtos de qualidade. hoje somos líderes nacionais de iogurte grego, requeijão, parmesão, queijo ralado, cream cheese.
Como é a atuação da Vigor no segmento B2B e no mercado de atividades informais? temos um negócio de food service consolidado e competitivo. fornecemos para as principais cadeias de fast food do país e estamos presentes nos restaurantes. temos, por exemplo, um produto que pode ser considerado profissional, que é líder absoluto, ícone para esse segmento, um chantilly à base de soja, o chanty m ix, da marca Amélia. o grande público são as boleiras, donas de casa que são empresárias e atendem um público importantíssimo perto das suas casas.
Além do significado do lançamento do Grego, a linha Viv é também um divisor de águas para a Vigor, focada na qualidade de vida. Como o consumidor recebeu a proposta? o lançamento da viv trouxe à luz
uma discussão mais ampla do conceito do que é saudável. entendemos que não é somente uma questão funcional do alimento. é um conceito mais amplo, de bem-estar, prazer, de se sentir bem. A viv veio para trazer o conceito de que a vida saudável é possível e está muito mais próxima da realidade do que qualquer coisa mirabolante. e sem abrir mão da indulgência. o consumidor entende que o produto é gostoso e também está alinhado às suas necessidades. A adesão foi muito bacana, e o entendimento do consumidor foi muito interessante.
E em relação ao público de fato focado na atividade física? temos uma visão ampla com relação
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aos consumidores com uma rotina física mais dinâmica. A v igor tem uma linha completa de high protein e também produtos para quem deseja uma alimentação mais balanceada, caso da linha com três grãos, com características e atributos para melhorar a dieta no dia a dia, sem a necessidade de buscar outros alimentos.
Como a empresa vem dialogando com esse consumidor mais consciente não só em relação a alimentos saudáveis, mas também à sustentabilidade e à cadeia produtiva? temos trabalhado para trazer uma relação mais madura e duradoura com os produtores, construindo relações de longo prazo – eles são a
extensão da nossa empresa. tenho de tratá-los e entendê-los como parte do nosso processo. c om isso, vou melhorar a qualidade do leite e de tudo o que está em volta dessa relação. nesse sentido, tenho que investir na gestão e na tecnologia do produtor. e stamos buscando um movimento de proximidade.
Foi dentro dessa relação mais próxima que a Vigor decidiu investir em uma linha artesanal de queijos? isso tem a ver com um dos pilares estratégicos da vigor, que é democratizar o consumo de queijos especiais no brasil. é uma estratégia que possibilita darmos sequência ao nosso ciclo virtuoso. o s queijos artesanais são hoje a maior categoria
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" a Vigor tem uma linha completa de high protein e outros produtos para uma alimentação balanceada"
de queijos do brasil, mesmo que seja uma categoria mais difícil de estimar. A gente quer fazer esse produto, essa joia brasileira crescer corretamente, organizando o movimento de crescimento.
Como isso vai ser possível? melhorando as condições desses produtores, trazendo acesso a conhecimento, tecnologia, fornecedores visibilidade e principalmente acesso aos consumidores, com a distribuição. queremos servir como um marketplace para esses pequenos produtores, extremamente promissores, fazer a coisa acontecer. fomos atrás de microprodutores, explicamos o nosso modelo, deixando claro que não queríamos tirar a marca deles e explicando que seríamos parceiros. dessa forma, entendemos que poderíamos contribuir com esse movimento maravilhoso, mostrando aos brasileiros a qualidade de nossos queijos.
O senhor nasceu em uma cidade pequena no interior paulista. A proximidade com pequenos produtores traz algum tipo de resgate?
o interior sempre foi muito rico na sua história. nosso país foi colonizado por muitas culturas, e essa miscigenação trouxe inúmeras possibilidades. o queijo é uma delas. lembro, quando ainda era muito criança, que muitos vizinhos faziam o próprio queijo. Alguns produziam para consumo
próprio e outros para aumentar os rendimentos da família. os quintais eram grandes, com galinha, porco e eventualmente algumas vacas. lembro de uma característica muito bacana do queijo artesanal: cada receita era exclusiva, passada de geração a geração. não havia dois produtos iguais. essa particularidade enriquece ainda mais o produto. se eu puder contribuir um pouquinho para que isso se expanda no brasil, será um enorme orgulho ver esses produtores alçarem voos mais altos.
Se depender do reconhecimento internacional, os queijos artesanais brasileiros podem conquistar o mundo?
sim, já são mais reconhecidos lá fora do que aqui dentro.
O senhor é formado em estatística, com especialização em marketing. Como vê o desenvolvimento de campanhas e estratégias específicas da Vigor para o marketing digital? hoje o digital é irreversível, e quem não entender a importância disso e as particularidades vai ficar pelo caminho. temos de nos cercar de parceiros que sejam competentes na linguagem. se você não souber alinhar o tom da comunicação, vai mais irritar o seu consumidor do que qualquer outra coisa.
A Vigor contratou para suas campanhas nomes como os de Tatá Werneck e Gil do Vigor. Como foi? o gil trazia tudo isso que a gente está
alçar voos maiores"
falando, de momento, modernidade e dinamismo que a gente queria associar à marca. sem falar que foi uma coincidência daquelas, que acho que acontece uma vez no século: ele era o gil do vigor! ficou até um pouco óbvio a gente trabalhar com ele. e onde estava a inteligência do negócio? c omo poderíamos trabalhar para não parecermos oportunistas? e identificamos nele características importantíssimas que a gente queria para a marca: resiliência, protagonismo, capacidade de realização, diversidade. um cara fantástico.
Os resultados foram imediatos? quando iniciamos a campanha com ele, fomos trending topics foi uma coisa absurda, que nos colocou de fato na
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n ão existe satisfação maior do que ver alguém que foi liderado por você
mídia digital. vimos em poucas horas mais de 5,3 milhões de impressões, de reações dos internautas. A mesma coisa com a tatá. obviamente de outro jeito, com outras características, mas vou linkar o que a gente falou da linha viv: ela falava de saudabilidade de um jeito mais irreverente, sem ser uma personal trainer, uma pessoa caricaturizada para aquilo. A tatá já vinha chamando a atenção de um público que a gente queria atender, tornando a viv uma questão mais ampla.
Como costuma motivar a sua equipe?
há temas muito específicos que eu acho fundamentais. o primeiro é respeitar o time, saber ouvi-lo, admitir que conheça mais do que eu em determinados temas. isso é fundamental. o segundo ponto, eu trago comigo desde quando comecei a trabalhar: entrar no significado das decisões. é importantíssimo compartilhar com a equipe, em todos os níveis, o que está acontecendo e o porquê de determinada decisão. isso aumenta o engajamento, traz a equipe com você. e tenho que estar disponível para quando me pedirem
ajuda. Aí a gente avança.
E o time se sente valorizado. e xato. p reciso frisar que o alinhamento estratégico é fundamental para motivar a equipe. b rinco que, quando a gente era criança e viajava com os pais, se não soubéssemos o caminho a viagem demorava muito mais. e outra coisa fundamental: você tem que dar espaço para o seu time brilhar. não existe satisfação maior do que ver um cara que foi liderado por você alçar voos maiores. T P
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Fé na retomada negócios
Por Walterson sardenberg s º Fotos g ermano lüders
José Luiz Gandini, presidente da Kia Brasi L , está convicto de que a economia voLtará a se forta L ecer no país
A Ki A Br A sil completou em 2022 três déc A dA s de vidA , pA r A A felicidA de de seu presidente, o pAulistA José luiz G A ndini. A compA nhi A Já vendeu no pA ís m A is de 450 mil unidA des de veículos Automotores importA dos dA c orei A do s ul – A l Guns deles montA dos n A fá B ric A do u ruGuA i. e m 2022, A Ki A Br A sil voltou A crescer no se G mento, depois de A l Guns A nos de incertez A pA r A todo o setor. AG or A , G A ndini A postA em novos modelos, moderníssimos, e n A rede de 68 concessionários. “hAverá um A retom A dA n A economi A do pA ís”, A nim A-se o executivo, um homem risonho e B em-humor A do (e, como se vê, otimistA), de 65 A nos.
O empreendedorismo é um legado do pai do empresário, o saudoso José Carlos Gandini, que, desde muito jovem, já revelava tino para os negócios, trabalhando como ajudante na transportadora do pai. Eis aí a gênese do Grupo Gandini. José Luiz, primogênito dos três filhos do patriarca, também começou cedo a pegar no batente – e da mesma maneira, aos 13 anos, foi frentista num posto de gasolina do pai, com quem aprendeu muito sobre o mundo corporativo. Assim está tratando a sucessão do grupo. O filho Gustavo já está totalmente envolvido no dia a dia das empresas.
“Meu pai se foi há três anos e meio”, conta. “Aos 86 anos, tinha uma saúde de ferro, aí surgiu o Alzheimer e complicou tudo. Hoje teria 89.”
As referências ao pai e a fé no Brasil estão sempre presentes nas conversas com José Luiz Gandini.
THE PRESIDENT _ Além de comandar a Kia Brasil, o Grupo Gandini atua nos setores de construção, agronegócio e pecuária. Como cuidar de um conglomerado desse tamanho? José Luiz Gandini – Na verdade, o grupo é dividido entre três
irmãos. Meu pai teve três filhos. Eu sou o mais velho, o Eduardo é o do meio, e o Fábio, o mais novo. Em 1992, meu pai tinha 17 empresas e resolveu dividi-las entre os três, de modo que cada um ficasse com a parte de que mais gostava. Todo o patrimônio foi avaliado para que a divisão fosse justa. Entre outros negócios, fiquei com a parte das empresas automotivas. Isso foi há 30 anos e o mais importante é que tudo foi feito em comum acordo, e a amizade entre os irmãos é preservada até hoje.
O senhor tinha 35 anos na época. Muito jovem para comandar empresas?
Olha, eu já trabalhava muito! Comecei com 13 anos, como frentista num posto de gasolina nosso. Dali meu pai me passou para a oficina. Eu lavava e guardava as ferramentas dos mecânicos, limpava peças e coisa e tal. Aí fui para o departamento de peças e depois para o de vendas. Em seguida, fui para a administração, e nessa época meu pai comprou uma concessionária Massey Ferguson, em Goiânia. Ele ia para lá na segunda-feira e voltava na sexta. Eu tinha 16 anos e fui emancipado para cuidar dos negócios, inclusive da Massey Ferguson. Mudei de tratores
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para carros, em concessionárias Volkswagen. Acabei me afeiçoando por essa área e fiquei nela.
Mas não ficou apenas nela, não é?
Aprendi com meu pai que a gente não deve ficar com dinheiro aplicado, sobretudo em época de inflação. Segundo ele, dinheiro foi feito para comprar alguma coisa. Tudo que eu tinha de sobra de caixa, fui investindo em terrenos e imóveis. Minha preocupação quando dividimos as empresas foi garantir a educação dos meus filhos na minha falta. Assim surgiu a Gandini Patrimonial, que administra os imóveis que temos.
O senhor também atua na área da agropecuária, não?
Ah, são duas fazendas aqui, em Itu (SP).
Um nelorezinho para brincar. Mantenho, sobretudo, por causa da minha filha, Maria Laura. Ela cursou veterinária, adora animais. A minha ideia é cada vez me concentrar mais na Kia e na Gandini Patrimonial. Vendi as concessionárias Volkswagen e Massey Ferguson, pois era complicado administrá-las à distância.
E o laboratório de emissões?
Fica em Salto (SP), próximo de Itu. Nós o montamos com todo o rigor. Prestamos serviços para quase todas as marcas de veículos que operam no Brasil e precisam atender a legislação, realizando testes de eficiência energética, consumo e emissões. O laboratório conta com a mais alta tecnologia disponível, atendendo veículos a gasolina, flex, diesel, híbridos e
elétricos com tração 4x2 e 4x4.
O senhor monta caminhões Bongo, da Kia, em sua fábrica no Uruguai. Por que no país vizinho, e não no Brasil?
Salvo engano, em 1998, eu queria montar uma fábrica de automóveis Kia no Brasil. Os veículos estavam vendendo muito bem. Mas a Kia Motors Corporation não me permitiu. Isso ocorreu por causa de desentendimentos da Asia Motors do Brasil com o Governo Federal. A Asia foi beneficiada com incentivos fiscais do Governo e, em contrapartida, deveria ter aberto uma fábrica no Brasil, mas não abriu e foi penalizada pelo governo. Era outro grupo empresarial que distribuía a Asia no Brasil e ligado à Asia Motors Corporation, que, posteriormente foi adquirida pela Kia Motors Corporation. Não tinha e não tem nada a
ver comigo, mas ficou um débito porque a Asia Motors importou muitos veículos Towners e Topics e não fez a fábrica e nem restituiu os tributos concedidos pelo Governo Federal como benefício fiscal. Assim, com o receio de conflitos de nomes semelhantes, não fomos autorizados pela Kia Motors Corporation a montar a fábrica no Brasil. Esse foi o motivo de ter comprado a distribuição Kia no Uruguai e estar fabricando o Kia Bongo lá. Nosso VUC é um sucesso e vende muito bem. Ele é líder de mercado em seu segmento no Brasil.
Exportam o Kia Bongo também para a Argentina?
Estou autorizado a exportar, mas, com os problemas atuais na Argentina, as exportações vão ficar para o próximo ano.
Importar veículos no Brasil pode ser instável por causa das mudanças da legislação?
Sem dúvida. Vou contar uma história para explicar esse assunto. Iniciamos a Kia no Brasil em 1992 e chegamos a ter 180 concessionárias no país, atingindo em 2011 a marca de 80 mil veículos comercializados. Com receio que as marcas chinesas invadissem o país, na época, o governo da presidente Dilma, para proteger a indústria brasileira, lançou o plano que aumentou o IPI dos carros importados em 30 pontos percentuais. O nosso carro, que pagava 25% de IPI, de um dia para outro passou a pagar 55%. Aquela medida iria acabar com o mercado de importados no Brasil. Eu era presidente da Associa-
ção Brasileira dos Importadores de Veículos Automotores, a Abeiva (hoje Abeifa), e tive uma reunião com o Governo e falei: “Vocês vão acabar com o mercado de importados”. Perguntei: “Quem vai dar garantia e pós-venda aos carros que estão no Brasil? Vocês terão um problema seríssimo”. O Governo concordou e pediu uma sugestão. Sugerimos a criação de uma cota proporcional baseada na média de vendas históricas de cada importador nos três anos anteriores.
A ideia de cotas foi aprovada pelo Governo, e a da Kia seria de 56 mil carros por ano. Porém, na hora de redigir o texto, incluíram no último parágrafo: “(...) limitado a 4.800 carros”. Ou seja, houve um nivelamento pela menor média. Para o nosso negócio foi drástico, pois éramos o maior importador do Brasil e fomos o mais prejudicado. Reduzimos nossa rede de concessionárias de 180 para 70. Praticamente recomeçamos o negócio. Em 2017, o presidente Michel Temer aprovou a Lei Rota 2030. Na época, como presidente da Abeifa, negociamos com todos os outros líderes no país. Chegamos a um acordo, acabando com aquele super-IPI e voltamos a crescer.
Então a pandemia complicou tudo de novo.
Sim, desregulou totalmente o mercado automotivo mundial, e não só o brasileiro. Sofremos com os mais diversos problemas, desde a falta de componentes até a alta do custo de transporte marítimo. Antes da pandemia, um contêiner da Coreia do Sul para Uruguai custava
US$ 1,8 mil. No ano seguinte, foi a US$ 3,8 mil e hoje está em torno US$ 12 mil.
Não tem como não repassar o custo ao consumidor.
Infelizmente, não tem como. Mas hoje, graças a Deus, temos uma rede com 68 concessionários, saudável, feliz, que está ganhando dinheiro e projetando retorno de crescimento para 2023.
Qual é o portfólio da Kia Brasil hoje?
Estamos renovando nosso portfólio em direção à eletrificação. Nos últimos 12 meses, foram três lançamentos, compondo uma nova linha de SUVs híbridos. Primeiro lançamos dois SUVs híbridos leves, que contam com uma bateria de 48 volts, que ajuda o motor a combustão a ser mais eficiente, reduzindo consumo e emissões. O Kia
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“ e u acredito na força do nosso país. o Brasil é autossuficiente, vai superar as dificuldades e vamos voltar a crescer”.
Stonic, um SUV compacto e o Kia Sportage, que está em sua quinta geração, com mais de 5 milhões de unidades comercializadas no mundo. E recentemente lançamos o Kia Niro, um SUV full híbrido com dois motores, um elétrico e outro a gasolina. Nesse modelo, o motor elétrico é mais protagonista, pois, quando você dá partida e sai com o carro, é ele quem está atuando. O mesmo ocorre com a marcha à ré. Além disso, ele não precisa ser carregado externamente. A recarga da bateria é feita durante a desaceleração e frenagens.
Para 2023, estamos planejando continuar essa renovação, com o lançamento da versão 100% elétrica do Kia Niro e do Kia EV6, que em 2021 foi eleito o “Carro do Ano” na Europa. Foi o primeiro carro asiático que venceu esse prêmio.
Além dos modelos híbridos e elétricos, temos a Kia Carnival, uma minivan que é um sucesso pelo conforto, pela sofisticação e pela tecnologia para oito passageiros. Vale ressaltar que é um carro que não tem concorrentes no mercado brasileiro. E não podemos esquecer, claro, o nosso veículo comercial leve, o Kia Bongo.
E tudo começou com a Besta.
A Besta foi o motivo de o meu pai ter se interessado pela marca Kia. Ele recebeu um catálogo de um amigo que mostrava aquela “Kombi” moderna, a diesel, com direção hidráulica e ar-condicionado. A Besta vendeu muito. Foi um sucesso. Para preservar essa memória, eu tenho três unidades zero-quilômetro em nosso museu Kia.
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Como vê o futuro da indústria automobilística?
A indústria se movimenta rumo à eletrificação total, mas na minha opinião isso ainda é incerto. O carro totalmente elétrico tem tudo para se consolidar nos mercados, mas no Brasil deve levar mais tempo. Não só em virtude do preço, mas também por causa da infraestrutura de recarga. Na Europa, há um carregador em cada esquina. No Brasil, ainda não, o que dificulta percorrer longas distâncias. Hoje, o carro elétrico é uma boa solução como um city car em cidades como São Paulo. Já os modelos híbridos são uma excelente opção para nosso país, por combinarem o uso da eletricidade com o combustível convencional.
Pensando a longo prazo, além da eletricidade, outras matrizes, como o hidrogênio, podem se tornar alternativas para a nossa indústria, mas ainda estão em desenvolvimento.
O carro autônomo ainda é ficção científica?
Existem várias iniciativas em evolução nessa direção, mas o veículo 100% autônomo ainda apresenta inúmeros desafios para se tornar uma realidade. Entretanto, hoje, há diversas tecnologias disponíveis em nossos modelos que atuam para essa tendência, como o piloto automático adaptativo e o assistente de colisão frontal, que mantém e corrige a velocidade programada quando identifica um obstáculo à
frente, ou o assistente de permanência de faixa, que identifica os limites da pista e mantém o carro na faixa, auxiliando o condutor. Há ainda tecnologias como o alerta de prevenção a colisão de tráfego cruzado, que auxilia o motorista na saída de vagas, e o monitor de ponto cego, que projeta no painel digital de instrumentos as imagens captadas nas câmeras instaladas nos retrovisores do veículo. Todas essas tecnologias inovadoras proporcionam mais conveniência e segurança.
Ainda há preconceito contra carros sul-coreanos?
Isso era uma realidade 30 anos atrás, quando começamos no Brasil. Mas hoje a Coreia é uma referência mundial em
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Gustavo Gandini, Diretor de Operações da Kia Brasil, está sendo preparado para a sucessão do Grupo
tecnologia e inovação nos mais diversos segmentos, incluindo nossa indústria. Hoje os veículos coreanos oferecem qualidade, tecnologia e design reconhecidos pelos consumidores brasileiros e pelos especialistas. O Kia Sportage, lançado recentemente, acabou de conquistar três prêmios da imprensa especializada: Carro Premium do Ano, pela Revista Autoesporte, SUV Mais Bonito do Brasil, pela revista Exame, e Melhor SUV Médio do Brasil, pelo Prêmio UOL Carros. Globalmente, a marca também é reconhecida. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Kia foi certificada por sete anos como a marca com o menor índice de problemas detectados, segundo o Instituto J. D. Power. Hoje, a Kia é uma
marca consagrada no mundo todo.
O senhor acha que a economia tende a se estabilizar?
Eu acredito na força do nosso país. O Brasil é autossuficiente, vai superar as dificuldades e vamos voltar a crescer.
Como é a relação com os executivos da matriz na Coreia do Sul, uma vez que eles têm uma cultura bem diferente da nossa?
Existem barreiras e diferenças culturais, mas vivemos em um mundo globalizado.
Não é fácil negociar com um coreano. A hierarquia e a disciplina impressionam. A seriedade deles é uma grande qualidade.
A partir do momento em que se chega a um acordo, eles vão cumprir o combinado à risca. Respeito muito a cultura deles.
A que o senhor atribui o rapidíssimo crescimento da Coreia do Sul?
Atribuo ao investimento na educação nas últimas décadas. Essa foi a base para a transformação e o crescimento do país.
Por que o comando do grupo está em Itu, e não na capital?
O meu pai nasceu aqui. A minha família é daqui. Itu está em uma região estratégica e com fácil acesso por excelentes rodovias. Estamos a 30 minutos do aeroporto de Viracopos e a uma hora de Congonhas. Também disseram que eu teria dificuldade em contratar executivos para trabalhar na cidade. Nunca tive. Não troco Itu por nada. A gente faz as amizades numa cidade, enraíza, e não quer mudar. Sou ituano de coração. T P
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entrevista
Lindo refúgio na montanha
Aref fA rkouh, sócio-diretor do toribA, em cA mpos do Jordão (sp), prepA r A com esmero A comemor Ação dos 80 A nos do hotel
Por Walterson sardenberg s º Fotos t uca r einés
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Em 1943, foi inaugurado um dos mais b E los E aconch E gant E s hotéis do país: o t oriba. a palavra significa “f E licidad E ” E m tupiguarani. El E E stá instalado E m c ampos do Jordão, a 182 km d E s ão paulo ( E a 333 km do r io d E Jan E iro). d if E r E nt E m E nt E d E outros hotéis construídos na época, o t oriba Jamais f E chou as portas. m ant E v Es E firm E , E mbora t E nha passado por p E ríodos d E cris E E conômica, gu E rra E pand E mias.
Os percalços, seja como for, ficaram no passado. A partir de 2014, quando e empresário Aref Farkouh comprou o hotel, o Toriba passou a ganhar cada vez mais investimentos, na aquisição de áreas em seu entorno, na construção de novos chalés e na remodelação. O aniversário de seus gloriosos 80 anos, a ser comemorado ao longo do ano que vem, vai apanhá-lo tinindo. Um primor, que une tradição, modernidade, conforto e muita natureza preservada.
Arquiteto formado na turma de 1977 da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), Farkouh, 70 anos, no início trabalhou exclusivamente em sua área, mas, no decorrer de um quarto de século, esteve à frente de uma indústria têxtil, quando, inclusive, também dirigiu o departamento de comunicação e marketing da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Ao vender a companhia, ele retomou a arquitetura, passando a projetar, construir e operar parques empresariais no interior paulista. Farkouh ainda atua no setor, mas se confessa apaixonado pela hotelaria e, em especial, pelo Toriba. E a ele se dedica com afinco. “É o meu último grande amor”, resume.
THE PRESIDENT _ O senhor é um grande fã de Campos do Jordão, não?
Aref Farkouh – É uma cidade incomparável, a mais alta do Brasil, entre 1,6 mil e 2 mil metros de altitude. Tem uma ferrovia centenária, com um trajeto de 47 km que atravessa lindas paisagens. O Toriba foi erguido com material trazido por essa ferrovia.
Os hóspedes embarcavam seus carros numa gôndola e vinham para cá. Duas de suas paradas estão nas terras do hotel. Quando ela chega à cidade, se transforma em bondes urbanos.
E o clima ajuda muito.
É um dos melhores do mundo por ser seco. Isso torna o frio gostoso, saudável. É uma cidade que está em cima de uma serra com vista para o Vale do Paraíba. Dos picos mais altos, a gente vê oito cidades pelo menos, e até a Serra do Mar. Campos tem também o Complexo da Pedra do Baú. É uma formação de pedra que se equipara às pedras do Rio de Janeiro, incluindo o Pão de Açúcar. E o que dizer do Horto Florestal, que ocupa metade do município? A variedade vegetal é enorme. Tem desde árvores nativas, com uma grande reserva de araucárias e pinhos-bravos, até as europeias exóticas, da família dos cedros e pinheiros. Para usufruir melhor isso tudo, fizemos nesse parque o Aventoriba Lodge, retrofitando as antigas casas dos funcionários, de madeira, em aconchegantes chalés familiares.
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entrevista
Também há uma ótima arquitetura. Pois é. Não podemos esquecer o equipamento histórico-cultural, incluindo o Palácio do Governo. É superbonito, está restaurado e tem um belo patrimônio de obras de arte. Há também o Museu Felícia Leirner, considerado um dos dez melhores museus ao ar livre do mundo, com centenas de esculturas dessa grande escultora. Há o Cláudio Santoro, o melhor auditório para música erudita fora de São Paulo, onde temos o nosso Felícia Café. Não posso esquecer também o Centro de Lazer Tarundu, com atrações para todas as idades, o Amantikir, que é um magnífico conjunto de jardins, e a Fazendinha Toriba e seus animais domésticos, adorados pelas crianças.
Há outros atrativos?
Campos do Jordão é hoje a meca dos esportes na natureza: trekking, cavalga-
das e ciclismo. As principais provas ciclísticas no Brasil são feitas aqui. Temos também o turismo rural, que consiste em visitar vinícolas, produtores de azeite, queijarias, horticultores orgânicos e fazendas. Claro, há também a gastronomia. Tudo isso são características e qualidades ímpares, que tornam Campos digna de ser visitada o ano todo. Muita gente a vê como um lugar só para passar o inverno. Mas ela tem atrativos para o ano todo. Se, no inverno, é gostoso o friozinho, quando se acende uma lareira, degusta-se uma fondue, põe uma roupa de lã gostosa, no verão você tem um dia longo, para praticar atividades ao ar livre. Já no outono há a colorida troca de folhas dos plátanos, dias ensolarados e noites frias e de céu limpo. Na primavera, a cidade fica florida. Temos atrações o ano todo.
A ideia é diminuir a sazonalidade de Campos?
Isso é menos de três meses, o que acaba sendo ruim para a hotelaria, para todo mundo. Campos do Jordão não é mais só um centrinho de Capivari. Tem 350 milhões de metros quadrados de terreno, com circuitos turísticos fantásticos. Você pode ficar um dia inteiro no Circuito Alto Lajeado, outro no Alto da Boa Vista ou ainda no Horto Florestal. São cinco, seis circuitos descentralizados.
Ou seja, não é para passar apenas um fim de semana.
É um lugar para você ficar vários dias. Passar as miniférias, relaxando, comendo bem e visitando cada dia um pedaço dela. E também usar Campos como base para visitar outras cidades em volta, que são muito graciosas, como Santo Antônio do Pinhal, São Bento de Sapucaí, Sapucaí-Mirim e Gonçalves. E claro o Toriba.
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Sim. Metade dos visitantes vem entre o Corpus Christi e o 7 de Setembro.
O que ele tem de especial?
Temos desde quartos que estão aqui há 80 anos até os novos chalés. É um grande hotel com pouca gente. No total são só 60 habitações. Há quartos aconchegantes na construção original, para quem não quer sair para a rua, e chalés de diversos tamanhos, com jardins privativos, piso aquecido, lareiras, terraços gostosos.
Que metragem têm os chalés?
Ela varia. Existem chalés de 250 m2 com três quartos. Uma família pode ficar unida, ter a sala com lareira e mesa para comer com o room service. Nenhum hotel de Campos conta com chalés como os nossos. Como queremos que as pessoas fiquem mais tempo aqui, imprimimos a diversidade gastronômica. Temos o Pennacchi, um restaurante internacional com um toque italiano, que troca de cardápio quatro vezes por ano. Além dele, há o Toribinha, famoso pelas fondues e raclettes, feitas com matérias-primas trazidas da Suíça. De noite, ele funciona com música ao vivo. Temos ainda o Estação Toriba, instalado em um vagão ferroviário de 1920 restaurado. Nele você degusta sanduíches artesanais, com uma vista linda para o Vale do Paraíba. De quebra, na nossa avenida, temos a churrascaria Bonanza Grill, com uma vista muito bonita e um pôr do sol incomparável. Agora inauguramos a ETC (Escola Toriba de Culinária), com aulas, rotatividade de temas gastronômicos, jantares especiais e reuniões de nossa Confraria. Fora isso, o Toriba acolhe quatro bares e uma tabacaria com sala para charutos e snooker Oferecemos também um complexo
esportivo pequeno, mas de muito boa qualidade: piscina aquecida o ano todo a 28 oC, saunas seca e úmida, uma quadra de beach tennis novinha e outra de tênis e uma academia, com equipamentos novos e uma linda vista panorâmica.
Há também muita música, não? Sim, uma programação musical inigualável! Temos um pianista e um barítono residentes, seis pianos e música diariamente. Sempre de bom nível, seja erudita ou popular. Há cantores líricos, que se apresentam toda semana com árias, e um palco ao ar livre, com uma esplêndida paisagem, onde são apresentados concertos e óperas. O patrimônio artístico no Toriba começou com a construção de um prédio com o maior e mais bem conservado conjunto de afrescos do Fulvio Pennacchi, um pintor italiano radicado no Brasil. Depois fomos acrescentando obras de artistas brasileiros, principalmente esculturas, tapetes, tapeçarias e móveis antigos.
O que mais tem de lazer e entretenimento?
Nosso spa, por exemplo, é L’Occitane e considerado o melhor do Brasil, com diversas salas aconchegantes e vista para os jardins. Precisamos lembrar também dos eventos especiais, as semanas temáticas, que acontecem várias vezes ao ano. Por exemplo, em quatro oportunidades, temos o Toriba Corpo & Mente. É uma semana de aplicação de medicina voltada à qualidade de vida. As pessoas mudam os comportamentos, aprendem a viver de forma mais saudável. Já o Toriba Photo Experience consiste em
expedições de uma semana de fotografia. Um fotógrafo profissional leva os hóspedes a retratar a natureza e depois ministra as aulas teóricas, em que as fotos são analisadas e o aluno se aperfeiçoa. Outro ponto forte é o Toriba Kids, com inúmeras atividades para crianças e adolescentes. Aqui os guris participam de oficinas para aprender a fazer biscoitos, chocolates, pintura. Tem brinquedoteca para as crianças menores, playground ao ar livre e a Fazendinha Toriba, com centenas de animais, que as crianças podem alimentar e tocar. Nossa fazendinha também fornece ao Toriba hortaliças orgânicas, ovos e uma série de insumos para as cozinhas. É bom lembrar que a água do hotel é mineral, seja nas torneiras, seja na piscina. São 14 nascentes no nosso terreno. Nosso lixo é seleciona-
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entrevista
“ n ão vim ao t oriba para trabalhar por dinheiro, que ganho em outros negócios, mas para construir o melhor hotel do Brasil”
Tradição e modernidade: aliadas no alto da serra
do e reciclado, e o orgânico vai para a compostagem e vira adubo. O hotel recebeu o Selo Verde. O Toriba tem 100 alqueires de terreno florestado. São 18 km de trilhas aqui dentro, passando por cachoeiras e pequenos lagos, capela, cocheira com cavalos de raça e esculturas de grande porte.
O senhor adquiriu recentemente mais áreas?
O hotel comprou agora mais um sítio vizinho, muito bonito, com três lagos, onde estão sendo implantados um parque e mais um restaurante. Nossa área vai desde 1.650 até 1.950 m de altitude, na divisa com Pindamonhangaba. A imersão na natureza aqui é muito importante. Vale lembrar também as Cavalgadas Aventoriba, um programa de viagens de três ou quatro dias a cavalo.
Como elas funcionam? São expedições na natureza a pé, a
cavalo ou de bicicleta, com guias especializados. Elas terminam num piquenique gourmet ou num restaurante regional. São para hóspedes e não hóspedes. É o primeiro programa em Campos do Jordão de ecoturismo organizado de alto nível.
Haverá uma agenda especial para comemorar os 80 anos do hotel? Sim. Serão vários eventos: lançamento de livro de receitas, exposições, uma delas com fotos dos funcionários, shows musicais no Auditório Claudio Santoro e outros festejos. Também vamos inaugurar o museu do hotel, dentro de um Minimundo.
Antes de adquirir o Toriba, o senhor era um hóspede constante dele? Sempre fui. Tenho ótimas recordações do hotel, onde me hospedava havia décadas. Ao comprá-lo, não vim trabalhar por dinheiro, que ganho em outros negócios, mas para construir o
melhor hotel do Brasil.
A hotelaria exige tempo integral?
Sim, ela funciona dia e noite, sem parar. Meu celular está ligado 24 horas. O hoteleiro trabalha 365 dias por ano e, mesmo quando saio de férias, continuo muito atento. Quando me hospedo em outro hotel, fico observando se a temperatura da piscina é igual à nossa, se o drinque está caro ou barato, se o roupão é gostoso. Quem se acomoda entra em decadência. A hotelaria dá um pouco de lucro, mas você tem que reinvestir tudo no hotel porque ele se desgasta. Uma decoração de quarto não pode durar mais que seis, sete anos. E precisa ser atualizada sem perder o caráter.
Sobra tempo para acompanhar os outros negócios?
Eles são de maturação mais longa. Por exemplo, construo e alugo galpões. Vejo meu cliente duas vezes na vida:
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no dia em que alugo e assinamos o contrato e no dia em que ele me pede para rever o preço do aluguel. E olhe lá. Já no caso do hotel, é preciso atenção total. E, claro, o bom hoteleiro convive e conversa com os hóspedes não por interesse, mas por prazer, para melhorar o serviço. Gosto de conhecer os hóspedes mais frequentes. Trato pelo nome, me interesso por sua família e seu trabalho. Levo para fazer caminhadas, que é um momento em que sempre aprendemos algo e ensinamos o que sabemos. Não me canso porque trabalho me divertindo, e me divirto trabalhando.
Que tendências o senhor está vendo com bons olhos na hotelaria de luxo?
Eu viajo muito e me hospedei em dez hotéis de luxo na Europa só em julho
passado. Três noites em cada um deles. Hotéis bons e caros. Qual é a tendência? Boa cama com lençóis macios, banheiros espaçosos com água quentinha, um roupão gostoso e uma decoração agradável são agora apenas obrigações. Não são mais um plus. Uma boa comida também já não é um diferencial. Os hotéis agora têm que ter um restaurante estrelado ou a caminho de ser estrelado. O que diferencia é a quantidade e a qualidade dos colaboradores, para que o atendimento seja rápido, cordial e hospitaleiro. E oferecer um entretenimento de qualidade, que não dê vontade de ir embora. As pessoas precisam se sentir como filhos retornando à casa da família, onde todos são acolhidos com alegria e prazer. Conseguimos isso porque trabalhamos também com alegria e prazer.
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entrevista
“
e m um hotel de primeira, as pessoas precisam se sentir como filhos retornando à casa da família”
A Q uA r TA g E r
AçãO
Essa história começa em 1914, quando Maria Elisa Diederichsen, a dona Lili, contraiu febre amarela e veio se tratar em um sanatório em Campos do Jordão, no clima mais propício das montanhas. Foi quando a família descobriu a beleza da região e comprou terras. Campos do Jordão, erguida no que foi a propriedade rural de Manuel Rodrigues Jordão – daí o nome –, era então procurada para a cura de doenças respiratórias, sobretudo a tuberculose. A popularização da penicilina, a partir de 1941, começou a pôr fim aos sanatórios, de modo que o lugar teve de cultivar outra vocação: o turismo.
Ernesto Diederichsen, marido de dona Lili, e seu genro, Luiz Dumont Villares, inauguraram o Toriba dois anos depois. “Mas eles tinham outros negócios e o arrendaram para companhias especializadas”, conta Alberto Villares Lenz César, 63 anos, bisneto de Ernesto e dona Lili e hoje o sócio remanescente da família no Toriba. “Os Diederichsen eram donos de fazendas de café. E os Villares fabricavam os elevadores Atlas e estavam montando a Aço Villares. Nenhum deles tinha tempo de cuidar pessoalmente do hotel.”
Somente 52 anos após a inauguração, a família proprietária assumiu a operação, por meio da matriarca, dona Elisa, que imprimiu sua marca no Toriba. Ela depois trouxe seu filho Alberto, formado no Rochester Institute of Technology e com cursos de extensão em hotelaria. Juntos, colocaram em prática um plano de remodelação, levado adiante com um grande aporte financeiro.
“Queremos que o Toriba cada vez mais mostre que é um lugar de elegância, privacidade e conforto”, diz Alberto. “Recebemos famílias que são hóspedes há quatro gerações. Isso muito me orgulha. Também é bom saber que se trata de um hotel para todas as idades, sem que uma faixa etária se sobreponha às outras. Cada uma delas desfruta de seus próprios atrativos no hotel.”
Alberto Villares Lenz César, da quarta geração de proprietários, também se esmera em comandar uma equipe grande e bem treinada, com três funcionários para cada habitação. Formado como sommelier, ele cuida pessoalmente da adega do Toriba. “São 300 rótulos de vinhos, de 18 países e 46 fornecedores”, contabiliza, lembrando ainda que ele seleciona sempre novidades e renova a carta quatro vezes por ano. T P
Alberto Villares Lenz César: seguindo os passos do bisavô
98 | | DEZ/JAN.2023 cxmcvbzmb cbvnbnm GM ApA ixonA do por ciclismo, Ger A ldo mA i A, executivo do Grupo sAGA, mir A o merc A do de A ltA GA m A e tr A z pA r A o Br A sil A m A rc A suíç A de BicicletA s premium Bmc Por Rica R do PR ado A novA sAGA dA Bmc no Br A sil mo b ilidade
A pAixão pelo esporte nAsceu cedo. GerAldo MAiA, hoje coM 46 Anos, contA que Aos 6 GAnhou de seus pAis, coMo presente de nAtAl, uMA bicicletA bMx, pioneirA no estilo bike-cross. erA uMA épocA de restrição às iMportAções, e As opções, escAssAs. Foi Ao desbrAvAr As estrAdAs de GoiâniA, coM MAis quAtro AMiGos, que se plAntou A seMentinhA do esporte. squAsh, tênis, jiu-jítsu, mountain bike e corridA de ruA são esportes que ele prAticou durAnte todA A inFânciA, nA AdolescênciA e nA FAse AdultA o AMor pelo pedAl, AdorMecido, teve suA retoMAdA deFinitivA eM 2019, quAndo decidiu se prepArAr pArA o seu priMeiro ironMAn, A convite de uM AMiGo. n estA entrevistA, Ger A ldo M A i A contA co M o A trilh A do ciclis M o cruzou suA c AM inh A dA proF ission A l. r evel A tAM bé M A s perspectivA s que A sAGA Moove vê no M erc A do de bicicletA s de A ltA per F or MA nce pA r A os AtletA s AMA dores que não perde M u MA ch A nce de pedA l A r. no c A so de Ger A ldo, u M rituA l cu M prido de se G undA A se G undA
THE PRESIDENT _Como surgiu a ideia de juntar o prazer ao trabalho, trazendo equipamentos de alta performance, como as bicicletas BMC, para o mercado brasileiro? Geraldo Maia - quando tive o interesse despertado pelo ciclismo de performance, no caso do triatlo, isso não passava pela minha cabeça. A nossa origem é um grupo de concessionários de veículos e motos. nunca pensei em ter o ciclismo como business então, no início, o que houve foi uma paixão absoluta. e isso traz uma bagagem muito legal, que é o exercício gigante da disciplina, de dormir e acordar cedo. A cabeça muda. você muda, porque, uma vez que se entra nessa atmosfera, sua
tomada de decisão fica mais rápida, a objetividade melhora. c ostumo acordar às 5 e meia da manhã para me preparar para o treino. entro na pista às 6 e vou até as 8, 8 e meia. c onsiderando que chego no trabalho às 9, enquanto todo mundo está num nível de velocidade de 20 km/h, eu já estou a 200.
Você percebeu que o ciclismo trouxe outra dinâmica à sua vida, inclusive a profissional?
Muda tudo. A sua rotina, os seus amigos, a sua alimentação, a sua maneira de pensar. A maturidade oferece uma sabedoria diferente da vivida na juventude. quero envelhecer com saúde e bem-estar,
viver até os 100 anos. o segredo está em evoluir, aprender com o tempo e as experiências.
Quando surgiu o insight de investir no ciclismo? c omeçou no início da pandemia. eu já treinava muito em estrada, fazendo trechos longos, de 90, 100 km. c omecei a ver um movimento de atletas amadores seguindo o mesmo fluxo, buscando o esporte outdoor de forma substancial.
Você percebeu o aumento do interesse pelo ciclismo pedalando em Goiânia, onde mora? s im. o que me fez fazer projeções em termos nacionais. s e tem algo
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negócios mobilidade
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de bom que restou do caos pandêmico, foi a preocupação em cuidar mais da saúde. o esporte outdoor explodiu no mundo. n ão foi apenas no b rasil. nunca se vendeu tanta bicicleta como nesses últimos dois anos de pandemia. e ntre os inúmeros benefícios do esporte estão o aumento da resistência muscular, a melhora da circulação sanguínea, o emagrecimento, o fortalecimento do sistema
respiratório, a prevenção de doenças crônicas, o fortalecimento da imunidade, a diminuição do estresse e a melhora do sono, entre outros. A lista é longa. d á para imaginar o bem que o ciclismo faz às pessoas?
Como entra a BMC nessa história? Muito bem inserido no meio do esporte, erick Garcia, meu diretor comercial no projeto, ficou sabendo
que a bMc estava fazendo novas projeções para o mercado da América do sul e a oportunidade de trazer a marca para o brasil caiu como uma luva. eu já conhecia a grife e o altíssimo padrão dos equipamentos, que estão entre os melhores do mundo. são bicicletas de alta performance e de ticket médio alto, em torno de r $ 35 mil. quem compra uma bMc é quem gosta de coisa boa!
Você conhecia pessoalmente uma bicicleta BMC? c onhecia, porém não se via muito em território nacional. A bMc é uma marca de renome internacional, presente nos quatro cantos do mundo. unindo a potência do produto com a potência do mercado, nossas projeções vão ao encontro do futuro. o mercado de bicicletas premium é estimado em 100 mil unidades/ano no país e o mercado total é estimado em quase 2 milhões de unidades/ano. vimos uma grande oportunidade, uma vez que é um setor em que as operações são muito pulverizadas.
Vocês pretendem trazer a experiência do Grupo Saga no mercado de carros e motos para a Saga Moove?
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" o esporte outdoor explodiu no mundo, não foi apenas no b rasil. n unca se vendeu tanta bicicleta como nesses últimos dois anos de pandemia"
mobilidade
c om certeza. resolvemos trazer a sabedoria de 50 anos de know-how em mobilidade urbana para o segmento de bicicletas, o que significa excelência em atendimento ao cliente, escalonamento e investimento em marketing, entre outras coisas. somos uma empresa esG (environmental social Governance), há muitos anos auditada pela pricewaterhouse. visamos mover a gestão para dentro do negócio. o ramo de bikes tem outra competência, a de se entrosar, estar tête-à-tête com o cliente, pedalar com ele, conhecer muito do esporte.
Como vai funcionar a Saga Moove?
A empresa opera no atacado por meio da saga bike pro, a responsável pela importação, comercialização e distribuição para lojistas de todo o
país, e no varejo pelo e-commerce próprio da saga Moove. e xplicando melhor: onde a saga tiver operação, como em Goiás, Minas Gerais, distrito Federal e Mato Grosso, teremos loja própria. nos demais estados, vamos nomear concessionários bMc , trazendo para o nosso time parceiros que tenham o conhecimento da bicicleta. queremos implantar nesses hubs ferramentas de gestão de varejo. um exemplo: seremos a primeira empresa no brasil a fazer um cdc de bicicleta, igual ao de carros, com financiamento em 24 ou 36 meses. ou seja, ele viabiliza o sonho de treinar num equipamento premium, e a gente transforma isso num looping de varejo de três em três anos. no final do contrato, avaliamos a bicicleta com um programa de recompra, em que a
bicicleta usada é dada de entrada e se financia uma nova. então, tudo o que temos na operação de câmbio estamos trazendo para o mercado de bikes.
Se o ciclista morar numa cidade menor, onde nem haja um concessionário próximo, ele consegue comprar a bicicleta pela internet? sim, através do nosso e-commerce (www.sagamoove.com.br), um dos nossos principais canais de venda. o segundo canal são os nossos parceiros/ concessionários. o terceiro são as nossas lojas próprias. há ainda um quarto canal, as assessorias desportivas. elas são empresas prestadoras de serviço que montam planos de treinos focados em atletas profissionais ou amadores. elas são uma referência muito significativa
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porque normalmente quem está à frente é um atleta de alto padrão. esses profissionais, no nosso formato de vendas, terão uma negociação totalmente diferenciada. nós queremos as assessorias esportivas jogando no nosso time!
Quais produtos vocês estão trazendo para o Brasil? Além das bikes da b M c , também
temos a p rinceton c arbonworks, uma marca de rodas de carbono premium que está entre as mais bem cotadas do mundo. recentemente, foi quebrado o recorde Mundial de h ora da uci , no velódromo da t issot, na s uíça, com um par de rodas p rinceton. A thule, uma marca sueca de transbikes, bagageiros e malas, todos artigos voltados para o
mundo do ciclismo. temos ainda a italiana Kask, outra referência internacional em termos de capacetes e óculos para ciclismo. também contamos com três marcas de bicicletas assistidas, com motor, que são a r aymond, a Gasgas e a husqvarna b icycles. e las são de um dono só, s tefan p ierer, que também é proprietário das motos K t M. s ão mountain bikes de alta performance, e todas assistidas. n a e uropa, as curvas de venda da mountain bike convencional e da mountain bike assistida já se cruzam.
Você, como ciclista, pedalando pelo Brasil, vê as cidades se mobilizando no sentido de criar ciclovias, faixas exclusivas, tentando beneficiar esse tipo de transporte urbano? sim, vejo. já evoluímos muito, mas existe ainda um desrespeito grande do motorista em relação ao ciclista. o que é errado, pois muitos esquecem que na bike vai uma vida. e o ciclista está lá, cuidando da saúde, exercitando a mente. não está poluindo nem danificando nenhum patrimônio.
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“
mobilidade
a bmc é uma marca de renome internacional, presente nos quatro cantos do mundo. Une o valor do produto com a potência do mercado”
FOCO NO MERCADO DE LUXO
PROJEÇÕES
visando o futuro da bMc no brasil, o diretor comercial da operação, erick Garcia, destaca que a fabricante suíça de bikes é uma das maiores grifes de bikes de alta gama do mundo e uma gigante internacional, sendo uma referência em termos de design, inovação e engenharia da velocidade. o executivo acredita no premium como uma forte tendência. “A compra consciente e a valorização da qualidade, acima da quantidade, estão remodelando a forma como consumimos. nesse combo, entra também a experiência de compra e pós-venda, que faz parte do produto e agrega valor a ele”, destaca.
o gestor também explica que, “muito além de uma transação comercial, a empresa visa criar um relacionamento com o público, estar presente nos principais momentos e ser um agente positivo de mudança”. para tanto, a bMc , juntamente com a saga Moove, é presença confir-
mada nas principais competições nacionais, entre elas as três edições do l’étape by tour de France e as seis edições do i ronman. “estaremos presentes com estandes oficiais, dando apoio e prestigiando nossos atletas com o que há de melhor no universo premium”, finaliza.
MIX DE PRODUTOS
“nosso mix de produtos vai além do volume, focando-se principalmente em qualidade, diferencial e valor de mercado”, afirma e rick Garcia. para ele, a bike se transformou em um ativo passível de valorização, ou seja, um investimento. e m termos de variedade, ele destaca que há opções principalmente dentro das modalidades de ciclismo de estrada, mountain bike, contrarrelógio e ciclocross. erick destaca que uma das principais apostas é no segmento de gravel bikes: “versátil, a gravel é projetada para performar bem em qualquer condição, seja asfalto, estrada de terra ou cascalho”. ele afirma ainda que o mercado está constantemente se reinventando e o fomento de novas modalidades é importante para expandir as fronteiras do esporte. “ter em mãos uma das principais grifes de bicicleta do mundo, a bMc , é uma responsabilidade que honramos com muito planejamento estratégico e uma equipe muito afinada com nossos ideais”, finaliza. T P
BMC SWITZERLAND
swiss, Premium, Performance. quando o assunto é engenharia a favor da velocidade, quem dá o nome é a bMc para uma marca que nasceu da inovação, a pesquisa é sempre o ponto de partida. c om um laboratório próprio – o i mpec l ab –, a fabricante desenvolve, testa e certifica em número a potência de seus produtos, colocados à prova nas pistas, onde contabilizam pódios, que vão desde grandes voltas, como a l e tour de France, até as olimpíadas. Aqui mesmo, no brasil, em 2016 o atleta belga Greg van Avermaet venceu as olimpíadas do r io com uma b Mc teammachine slr01.
future hacker
Tecnologia: Top 5 de T endências para 2023
Fique atento. Ouviremos falar muito, por exemplo, de gêmeos digitais B2B, da expansão da plataforma Blockchain e de um novo mundo da computação quântica
Por André Ch Aves*
g êmeos digi T ais B2B – m ui T o for T e no se T or indus T rial, essa tendência se refere a réplicas digitais de objetos, espaços, sistemas físicos e processos. Isso permite obter produtos mais precisos, reduzir custos e prever possíveis erros. Esses “gêmeos” abrem um mundo de possibilidades para testar e simular se o comportamento de uma planta industrial, por exemplo, está adequado. A tecnologia permite alterar componentes e otimizá-los. Assim, terão a sua melhor versão no mundo real. Os processos de negócios serão aperfeiçoados, com eficiência e economia para setores como construção, aeronáutica, saúde e educação.
ExpANsão DA plAtAformA BlockchAiN – Até agora, os processos de pagamento online envolvendo duas partes eram feitos por meio de um intermediário. No entanto, com a tecnologia blockchain e seu modelo descentralizado, o controle final de uma organização é removido e os dados são armazenados de forma criptografada e muito mais segura. Com isso, temos novas formas de comunicar, fazer negócios e facilitar a automação. O blockchain acelera o processo de verificação de transações, o que evita fraudes e ataques cibernéticos, tornando-se eficiente, confiável e seguro.
NovA fAsE DA iNtErNEt DAs coisAs – Assistimos a uma época em que sensores e redes de dispositivos conectados se tornaram um ponto fundamental para criar gêmeos digitais, construir o metaverso, melhorar o funcionamento de máquinas inteligentes e projetar as cidades do futuro. Em 2023, serão desenvolvidos padrões e protocolos globais para se comunicar de forma mais eficaz. Estamos apenas nos estágios iniciais do que pode ser alcançado, pois as previsões sugerem cerca de 50 milhões de dispositivos conectados. Isso criará uma rede massiva interconectada, que fornecerá maior segurança e eficiência na tomada de decisões. É importante mencionar o impacto direto do 5G nessa tecnologia.
Novo muNDo DA computAção quâNticA – Ele tirará proveito de fenômenos quânticos, como superposição e exponencialidade de opções. Suas aplicações vão desde a prevenção da propagação de doenças até o desenvolvimento de novas vacinas e o gerenciamento de riscos e fraudes no setor financeiro. O grande diferencial dessa tendência é que os computadores quânticos são muito mais rápidos que os comuns. Por causa disso, Microsoft, AWS e Google estão investindo pesado na área.
NovAs soluçõEs DE ENErgiA – O hidrogênio verde é uma das grandes esperanças para a transição energética e para a redução do alto nível de emissões poluentes produzidas pelo setor de transportes, por exemplo. Podemos citar ainda a tecnologia eólica flutuante, que aproveita ao máximo o vento. Além disso, ela revitaliza as comunidades costeiras e aproxima a produção de energia dos centros de consumo. No Brasil, a energia eólica offshore ainda está em fase de regulamentação. T P
*André Chaves, fundador do Future Hacker e diretor comercial da Vibra Digital
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Luiz Pau L o Foggetti Sócio da a PTK S P iri TS Tudo na garrafa
em buSca do coqueteL PerFeito
Com a APTK Spirits, o empresário Luiz Paulo Foggetti desenvolveu uma grande ideia: engarrafar drinques clássicos
Por Ney Ayre S retratos Germ ANo Lüder S
Será que um F ã de Negro N i ou d ry m arti N i precisa sair de casa e ir até um bom bar, com um bartender competente, para beber o seu drinque preferido? Com essa pergunta na cabeça, o engenheiro, empresário e profissional de marketing Luiz Paulo Foggetti matutou até chegar a uma resposta definitiva: absolutamente, não.
Se o fã de coquetéis (clássicos ou não) puder adquirir o tal drinque em uma garrafinha, preparado com matéria-prima de primeiríssima e dosagens perfeitas, não precisa sair de casa, ora essa. Pode permanecer no lar, doce lar – de preferência, ouvindo boa música ao lado da companhia predileta –, e aproveitar momentos inesquecíveis enquanto beberica.
Foggetti se aliou a um especialista, o experiente e premiado mixologista Alexandre D’Agostino, e deu tratos à bola. Surgiu assim a APTK Spirits, uma empresa que oferece garrafas de drinques, hoje com mais de 30 produtos no portfólio, adquiridos em supermercados, lojas especializadas e no site de e-commerce aptkspirits.com.
“Tivemos uma recepção maior do que as nossas mais otimistas expectativas”, celebra Foggetti. De quebra, o empresário se associou a outros empreendedores na criação do Ice4Pros, um gelo ideal para os drinques, uma vez que mantém a bebida gelada, mas jamais aguada, em virtude da lentíssima diluição. Comemoremos. De preferência, bebericando um coquetel perfeito.
THE PRESIDENT _ Como nasceu essa história?
Luiz Paulo Foggetti – Em 2016, eu frequentava um bar maravilhoso em São Paulo, o Apothek, que ficava na Rua Oscar Freire. Era pequenininho. Tinha só 18 m 2, mas foi premiado pela revista Veja. Quem criava os drinques era o Alê D’Agostino, um dos melhores mixologistas do país. Ele fazia um Negroni Clássico e um Negroni Jerez ótimos. Para adiantar o serviço, preparava por antecipação os drinques mais concorridos e guardava em garrafinhas. Umas 30 ou 40. Um dia levei uma garrafinha de Negroni Jerez para casa. Estava meio desconfiado em relação à manutenção dos sabores. Experimentei e achei uma delícia. O Negroni Jerez virou a bebida da minha casa. Um dia, falei para o Alê: “Por que fazer para 40 pessoas se podemos fazer para 2 mil, 3 mil?” Assim surgiu a APTK Spirits. O nome vem de apothek, que significa “farmácia” em alemão. Demoramos um ano e meio até abrir de fato a empresa, em virtude das questões regulatórias, muito importantes quando se vai montar uma destilaria.
Como convencer as pessoas a comprar drinques engarrafados? Vamos supor que você esteja na sua casa com seu companheiro ou companheira e não queira sair para degustar um baita Old Fashioned. Ora, basta ter produtos da APTK. Imagine fazer uma festa em casa e receber 20 convidados. Se você preparar 20 Negronis ou 20 Dry Martinis, vai ficar a festa toda trabalhando para os convidados.
E a garantia de qualidade dos drinques?
Nosso controle de qualidade é rigorosíssimo. Todos os nossos produtos são naturais. Quando você degusta nosso Negroni, está tomando uma mistura de ótimos gim, vermute e Red Biter. Tudo de primeiríssima, nas dosagens exatas. Chegamos a um patamar que nunca havia sido atingido antes.
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Todas as bebidas são produzidas pela empresa?
Quase tudo. Produzimos o gim e a vodca, por exemplo. Não produzimos nem o bourbon nem o saquê. Ainda não dominamos a tecnologia para isso, e não fizemos o investimento para incrementar. Mas namoramos a ideia o dia inteiro.
Onde fica a destilaria?
Em Sacramento, Minas Gerais, a mais ou menos 430 km de São Paulo. É uma destilaria linda. Convido a todos. Vale a pena visitar. Temos ótimos barris de carvalho. Recentemente, começamos a envelhecer Negroni, a envelhecer Old Fashioned. Também produzimos cachaça com um processo de moagem. É uma destilaria realmente muito grande. Na prática, toda a cana produzida é orgânica.
a maioria dos produtos é orgânica?
Sim, a maioria. Alguns produ-
tos usam elementos químicos, mas a maioria é orgânica.
Como foi o desafio de encontrar uma embalagem correta?
Logo descartamos a lata. Tinha de ser vidro. A nossa ideia inicial era a garrafa de 375 ml. É a cara da APTK. Cabem nela quatro doses. Ou seja, vou à casa de um amigo, levo de presente e divido com ele. É um gesto carinhoso. Estou oferecendo para alguém que eu gosto. Começamos a produção com garrafas de 375 ml. Mas aí surgiu o pedido dos hotéis, para servir nos quartos, incluir no frigobar. Por isso, começamos a oferecer também garrafinhas de 100 ml. Você vai encontrá-las, por exemplo, no Hotel Rosenwod, em São Paulo, ou naqueles da Rede Accor.
Há também os drinques em embalagens maiores, de 750 ml, não?
Sim. Surgiu uma turminha falando: “Eu gostaria que a garrafa fosse maior, Luís, para não ter de abrir várias garrafinhas numa festa”. Então começamos a desenvolver as garrafas maiores, sempre com cuidado e carinho. E sempre com a cara da empresa.
Houve algum momento
vidro no mercado?
em
que
faltou
Sempre faltou! Há um monopólio no mercado de garrafas. Complica especialmente para nós, que ainda somos pequenos. Qual foi a saída?
Trabalhar com um estoque muito maior que o dos outros. Foi o jeito. Morremos de medo da falta de garrafas. Esse mercado de vidro é complicado. Por exemplo: você sabia que a diferença de custo entre uma garrafa de 100 ml e outra de garrafa de 750 ml é de R$ 2? O preço deveria ser calculado pela quantidade de quartzo, mas sai por três vezes mais, quatro vezes mais.
Quais foram os primeiros drinques produzidos e como o portfólio foi aumentando?
Começamos com seis: Negroni Clássico, Negroni Jerez, Dry Martini, Old Fashioned, Boulevardier e Rabo de Galo. O portfólio, na verdade, começou a aumentar graças a encomendas dos hotéis de luxo. O Hotel Emiliano nos procurou com a proposta de que criássemos um drinque especialmente para ele. “Só confio em vocês para fazer esse trabalho”, disseram. Queriam um drinque para uma pessoa com mais de 35 anos, um gim refrescante. Topamos a missão. Hoje temos um rótulo chamado Cubo, uma bebida elegantíssima, como tudo que é do Emiliano, aliás. O Unique, outro hotel elegante, também nos chamou para compor as linhas deles.
Drinques personalizados, sob a encomenda de marcas, são um caminho?
Sim. O Hotel Pullman também tem agora drinques personalizados. A Bauducco, da mesma maneira, nos encomendou Negronis. Fizemos ainda a linha da Kopenhagen. É uma maneira de customizar a marca. Fazemos com todo o carinho. Queremos multiplicar a elegância. É essa a nossa brincadeira.
Vocês criaram também o primeiro Moscow Mule engarrafado do mundo. Pois é. Foi um desafio. Fizemos em parceria com a Easy Drinks. Eles elaboraram a espuma de gengibre, que vem à parte, para completar o coquetel. Não esperávamos uma acolhida tão rápida e tão grande. O
Moscow Mule já é o segundo drinque mais vendido do nosso portfólio. É uma bebida leve, fácil de beber. Leva vodca, limão... Usamos um pouco de açúcar no calor.
O a lexandre D’agostino está sempre desenvolvendo novas receitas? Todos os dias, ele pensa em alguma novidade. Quando alguém o provoca, dizendo que está com saudade do Vésper Martini, o Alê fala: “Pô, então precisamos ter o Vésper”. É sempre assim. Ele já criou umas quatro variações de Dry Martini. São infinitas as possibilidades. Não paramos de criar. Porque tem que variar. Agora seremos a primeira empresa no Brasil a envelhecer Negroni por 12 meses em tonel de barril de carvalho francês. Uma maravilha. Será uma bebida ainda mais redonda. No carvalho, o bitter muda a estrutura. Então, são Negronis de outra categoria.'
as barricas são pequenas?
Não, grandes, de 200 L. Lindas, lindas! O nosso Rabo de Galo é envelhecido com cachaça de três anos. Uma delícia.
Qual a produção anual?
O número de garrafas está na casa dos 35 ou 40 mil garrafas mensais. Nossa capacidade é para 500 mil por mês. Vamos com calma, para ter o total controle de qualidade.
Vocês criaram uma loja própria. Como foi isso?
Quando eu falo Negroni para as pessoas, elas franzem a sobrancelha
como quem diz: “O que será isso?” Sempre tive uma preocupação muito grande em contar a história dos drinques, de forma didática mesmo. O que é um Old Fashioned, o que é o Boulevardier? Como eu explico às pessoas? Então, a loja veio dessa necessidade. Há também a possibilidade de fazer o cliente experimentar. Ele vai entrar numa loja, ouvir um jazz delicioso e será muito bem tratado. Todos os nossos vendedores são formados em faculdade. Eles vão contar a história dos drinques e o cliente pode degustar sete dessas bebidas de graça. Se você quiser levar, leva. Se quiser só experimentar, também pode.
Qual é o drinque campeão?
O Negroni está muito em moda. Em segundo lugar, o nosso gim tônica natural. Já o Moscow Mule virou uma
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"a meta é chegar a 30 ou 40 lojas, entre próprias e franqueadas. em 2024, pretendemos dobrar o número"
surpresa. Temos ainda o Sur l’Orange, feito com cachaça envelhecida na umburana com amêndoas e cítricos. Não tenho nem palavras para descrevê-lo. É fantástico! Toda mulher que o experimenta na loja acaba levando. Todas, todas. São 100%. Não tem jeito.
Quantos sócios a empresa tem hoje?
São quatro sócios operadores: eu, o Alê e mais dois que fundaram a Ice4Pros. Ou seja, 85% da empresa. E tem 15% de sócios investidores, que, na verdade, são mais do que isso. Acreditam no produto e o divulgam o tempo todo. São os queridos guerreiros da marca. Entre eles está o Carlos Moura, ex-presidente da Campari. É um dos nossos e um conselheiro maravilhoso. O Carlos vive nos apontando: “Atenção para a distribuição. Vejam como estão precificando”. São pessoas que participam ativamente, dando opinião e apoiando a operação.
a Ice4Pros é mais uma empresa do grupo?
Sim. A APTK, que começou com a Apothek, tem quatro anos. A Ice4Pros também. A APTK Spirits é mais nova. Tem dois anos. A Ice4Pros exigiu um processo fabril mais complexo. Produz um gelo que é mais puro do que todos os outros e demora muito mais para derreter.
Dura uns dois ou três drinques inteiros, é isso?
A Ice4Pros é uma das maiores belezas que a gente desenvolveu. O gelo perfeito. Como começou? Com um conceito. Quando você vai tomar um
belíssimo whisky, degustar o seu Macallan, o seu Blue Label, você não pretende tomar um suco de whisky. Prefere que a bebida fique gelada, mas jamais aguada, que mantenha o sabor intenso e intacto. Se você colocar no copo gelos pequenos, destrói a experiência de degustar um whisky. Isso também vale para o Negroni, o Old Fashioned, o Boulevardier, o Fitzgerald. O ideal é que o gelo venha com baixa diluição, mantendo a bebida gelada, e não aguada. De preferência, em cubo grande. Somos os pioneiros desse produto e hoje um dos grandes produtores do Brasil do gelo translúcido.
Tem que ser translúcido?
Pois é. O bom gelo é aquele que você coloca dentro da bebida e não o vê. Mas não pode enxergar nem um risquinho? Não, não pode enxergar nem um risquinho. Isso é qualidade. E por que é importante? Porque ajuda a prolongar o tempo no copo. Quanto um cubo tem que durar no copo? De 45 a 50 minutos. É o tempo ideal para degustar três drinques. A maioria das fábricas de gelo tem pouco controle sanitário da água. Já a Ice4Pros conta com um processo muito rigoroso de filtragem, que tira todas as bactérias. Acaba com o cloro, com o calcário. Então é uma água muito pura, quase de laboratório.
Bares, hotéis e restaurantes encomendam gelo personalizado para a Ice4Pros, não?
Exatamente. Imprimimos o logo da marca no gelo. Fazemos isso para o
restaurante Vista, por exemplo. Em vários outros lugares de São Paulo, você vai ver o nosso gelo personalizado. No Raiz Bar, do restaurante Jacarandá, você vai ver a arvorezinha do jacarandá. É uma delícia, uma experiência única. Temos hoje oito fábricas de gelo no Brasil. O céu é o limite.
Vocês também vendem para o consumidor final?
Vendemos. É só procurar nos melhores supermercados. Estamos no ST Marché, no Pão de Açúcar e no Carrefour e foi uma forma de estar perto do consumidor. É impressionante como a procura tem aumentado.
O objetivo da a PTK Spirits é abrir novos pontos de venda? A ideia é, no ano que vem, já chegar a 30 ou 40 lojas, contando as lojas próprias e as franqueadas. Depois, dobrar o número em 2024. Pela demanda que estamos aferindo, é um sonho factível.
Como surgiu a ideia das noites de jazz do Raiz Club, no subsolo do restaurante jacarandá, em São Paulo? Por acaso, ou não tão por acaso assim, descobrimos que todos os sócios são fãs de jazz. Foi assim que surgiu a brincadeira do Raiz Club by APTK Experience. É uma harmonização perfeita: assistir a um showzaço de grandes nomes da música tomando, por exemplo, um belíssimo Old Fashioned com Miles Davis. Tem coisa melhor? T P
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Comer Com arte em São Paulo
Veja aqui as opções para quem deseja aliar boa experiência cultural nos museus paulistanos e excelente gastronomia
Por André Bocc Ato
aS grande S C idade S do mundo têm ótimo S roteiro S C a S ado S para alimentar a alma e o estômago. São Paulo está entre elas. Daí nasceu a ideia do Comer com Arte em São Paulo, uma publicação digital que irá ao ar em 2023. Veja aqui uma prévia do que estamos preparando.
Se você optar por almoçar no Museu da Casa Brasileira, terá a oportunidade de conhecer um acervo muito interessante de design histórico da movelaria brasileira (na exposição permanente) e seguramente alguma mostra contemporânea (sempre em rotatividade). Além do mais, pode desfrutar de um jardim magnífico. Uma opção excelente para os finais de semana ou um dia de sol. Ali está instalada uma filial de um dos meus restaurantes preferidos: o Capim Santo, da premiada chef Morena Leite. O ambiente é descontraído, aberto com uma conexão para o jardim, como se você estivesse em Trancoso (BA). Uma experiência das mais incríveis, com sua culinária de inspiração baiana brasileira e técnicas contemporâneas. Experiente o Ceviche de Peixe com Coco.
Caipirinha de manga no Capim Santo (à esq.) e restaurante
Selvagem, no Ibirapuera
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A cerca de 15 minutos a pé fica o MIS (Museu da Imagem e do Som), sempre com excelentes exposições e com o não menos importante chef Felipe Bronze assinando os pratos do Pipo, o restaurante interno. Ao lado, o vizinho MuBE (Museu Brasileiro da Escultura) também é maravilhoso. Mais: basta atravessar a Avenida Europa e você está na Fundação Emma Klabin.
O Centro Histórico não pode faltar. E o que falar do Farol Santander? Ele é sensacional e não por acaso recebe 1,6 mil visitantes por dia. Por isso, fazer reservas é fundamental. São vários andares de exposições temporárias, fora a mostra permanente dos espaços do Banespa, nas décadas de 1930, 40, 50 e 60. É programa para um dia inteiro e pode culminar no famoso Bar do Cofre SubAstor (no subsolo do Farol). Comemore o seu passeio onde muito dinheiro esteve guardado –funcionava ali o cofre do banco.
O projeto Comer com Arte em São Paulo terá roteiros no Theatro Municipal, Museu de Arte Moderna, Museu da Imagem e do Som, Museu de Arte de São Paulo, Japan House, Museu da Língua Portuguesa, Pinacoteca e um sem-número de lugares que compõem a alma paulistana. T P
l ugare S P ara quem tem fome de arte
Museu da Casa Brasileira: Capim Santo
MIS/Mube: Pipo
Instituto Moreira Salles: Balaio
Masp: Baianeira
Sesc: Comedoria
Rosewood: Taraz
Japan House: Aizôme
MAC-USP: Vista
MAM (próximo): Selvagem
Museu Fundação Armando Álvares Penteado (próximo): Paris6
Paço das Artes (próximo): Le Jazz
Farol Santander: Boteco 28
Centro Cultural Banco do Brasil: São Jorge
Theatro Municipal: Bar dos Arcos
Pinacoteca: Flora
CC Freguesia do Ó (próximo): Frangó
Museu do Futebol: Buba
Instituto Tomie Ohtake: Casa Capim Santo
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Entradinhas do Restaurante Selvagem (à esq.) e polvo da Casa Capim Santo, no Tomie Otake
16 anos – aguzzo CuCina italiana produção própria de massas arTesanais, pães, molhos, anTepasTos, sobremesas Três unidades: p inheiros r ua s imão á lvares, 325 T el : (11) 3083-7363
moema a lameda dos m aracatins, 495 T el : (11) 3586-8491
jardins r ua h addock l obo, 1002 T el : (11) 3081-3970
Temos espaço para aniversários, confra T ernizações e even T os corpora T ivos.
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aguzzocucina
fériaS 2023
Por n ey Ayre S
LotE nEgro
O Norton Lote Negro safra 2017 vem da Bodega Norton, situada nos melhores terroirs de Mendoza, no sopé da Cordilheira dos Andes, na Argentina. A vinícola tem mais de 120 anos de história e é a quinta maior produtora de vinhos do mundo. No currículo, mais de 150 premiações internacionais. A composição do Lote Negro é 60% de Malbec e 40% de Cabernet Franc. Ele envelheceu ao longo de 12 meses em barricas de carvalho francês e mais um ano em garrafa. Seu aroma contempla frutos negros e toques de especiarias – ment e pimenta-negra, entre outros. No paladar, tem médio corpo, estruturado. É potente, com taninos elegantes e boa acidez. Tem final longo e frutado. Vinho gastronômico, é ideal para o churrasco na temporada de férias. casaflora.com.br
Borgonha
A Borgonha, na França, produz os melhores vinhos brancos do mundo. É o caso deste Domaine Lupé-Cholet. Os vinhedos Chablis AOC estão situados nos territórios das aldeias de Béru, Chichée e Chablis. A colheita é mecânica, proporcionando uma ligeira maceração preferencial. Tem prensagem pneumática e vinificação 100% em cubas de inox termorreguladas. Maturou de seis a oito meses nas borras. No nariz, apresenta-se frutado (cítricos, frutas tropicais) e floral (espinheiro). No paladar, é seco, estruturado, mineral, com uma boa acidez final. Excelente vinho, ideal para frutos do mar e até peixes gordurosos. casaflora.com.br
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Selecionamos bons rótulos de vinho para os momentos festivos e para aproveitar as férias de verão
roL a touriga naciona L tinto 2018
As enólogas portuguesas Ana Rola e Helga Rodrigues trabalharam em conjunto nesse projeto de vinho de autor, com produção limitada a 4 mil garrafas. O tinto é 100% Touriga Nacional, de vinhedos do Douro Superior. Estagiou 14 meses em barricas de carvalho francês de 500 litros. No aroma, evoca frutas vermelhas e pretas maduras, com toques de floral perfumado, fresco. Tem notas bem integradas de caixa de charutos e um leve toque de hortelã. No paladar, revela corpo médio, estruturado, bom volume de boca e acidez. Os taninos estão presentes, mas domados com elegância e final persistente. É vinho gastronômico, perfeito para acompanhar pratos de carnes e um bom churrasco. ganlog.com.br
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/jan.
eSPaço Perfeito
Importadora La Pastina inaugura empreendimento que reúne enosteria, empório, c afé, rotisserie, Wine Bar e muito mais
e m 2022, a l a Pa S tina e S tá C om P letando 75 ano S de hi S tória, reconhecida como uma das maiores importadoras de alimentos e vinhos no país. Para comemorar, anuncia sua entrada no varejo físico com a inauguração da primeira flagship store , a Casa La Pastina, no número 574 da Rua Oscar Freire, nos Jardins, em São Paulo.
O espaço conta com dois andares e 620 m 2. Ali se oferecerá um completo leque de experiências da enogastronomia mediterrânea. Lá estão o Empório, Café, Wine Bar, Enosteria, Panetteria, Rotisserie, Gelateria e Espaço de Experiências. Com investimento de capital próprio de R$ 8 milhões, o empreendimento promete ser o novo hot spot da capital.
Em um único ambiente, os consumidores encontrarão uma curadoria de mais de 150 marcas de alimentos e vinhos internacionais, além de poder conhecer de perto as três marcas do Grupo La Pastina: degustando antepastos feitos com ingredientes La Pastina ou pratos da culinária mediterrâ-
Empório terá mil produtos, provenientes de 14 países
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nea do Restaurante Enosteria, harmonizados com vinhos da seleção La Pastina ou World Wine. A Casa também oferece uma seleção do que há de melhor no Brasil em alimentos nacionais premium
O Restaurante Enosteria está sob o comando do chef Douglas Benatti. Ele expõe todo o potencial culinário dos produtos na criação de típicas receitas italianas. Entre os pratos, destaque ao Orechiette alle Cime di Rape, regional da Puglia, e o Spaghetti alla Carbonara, o best seller da primeira unidade do restaurante, instalado desde 2018 no bairro da Vila Nova Conceição.
A Panetteria oferece pães artesanais e opções de baguettes, da celebrada padaria Fabrique, com sabor leve e textura complexa produzidas com trigo francês do Moulins Bourgeois.
No Caffè La Pastina, uma das grandes atrações é o café da marca própria, La Pastina, da Região Mogiana paulista. Outro ponto alto são os queijos brasileiros estelares e as focaccias, que seduzem pela massa macia, superfície dourada e
crocância. O menu de gelattos é da Delícia Delizia, comandada pelo chef italiano Giovanni Pedone, que trouxe o conceito de gelateria afetiva da Itália.
A Rotisserie, por sua vez, oferece uma seleção de massas brasileiras e frios refinados, que podem ser degustados na hora no Wine Bar, entre um e outro drinque, além de 30 rótulos de vinhos em taça.
No Empório, pode-se adquirir alimentos e vinhos. Também acessórios e kits presenteáveis. Serão cerca de mil produtos, provenientes de 14 países da Europa e das Américas. O atendimento caloroso e amigo promete elevar a experiência do consumidor. A degustação de itens será frequente, agregando mais valor a cada visita.
Por fim, o Espaço de Experiências/Escola no 1º andar celebra a vida e as relações humanas com workshops , exposições e aulas de culinária. A Casa La Pastina chegou para ficar. T P
lapastina.com/casa
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drinqueS que S ão um número
o t etto r oofto P l ounge, bar e re S taurante, completou quatro anos de sucesso em São Paulo. Para comemorar, incluiu no cardápio oito novos drinques criados pelo premiado mixologista Matheus Cunha, especializado em trabalhar com gelo seco nas suas bolações. Também é responsável por outras casas do Grupo PHD, como Mr. Wong, Antonella Maison e Pippo Limone.
Dessa vez, Cunha se inspirou na numerologia para inventar os coquetéis. As bebidas foram nomeadas com os chamados números mestres, como 11, 44 e 88. São tidos como potencializadores da personalidade de cada um.
Tudo é novo, a começar pelo formato do cardápio, que emula um origami. Lá estão as sugestões, em números mestres: 11
– O Intuitivo (com gim, limão, purê de framboesa, redução de maçã e clara de ovo pasteurizada).
22 – O Empreendedor (vodca, limão, xarope de maracujá com gengibre e Pink Lemonade).
33 – O Idealizador (gim, pepino, manjericão, xarope de gengibre e bitter de manjericão de laranja).
44 – O Solucionador (vodca, melancia, hortelã, Amaretto e limão).
55 – Os Curadores (cachaça, xarope de gengibre, limão, canela e azeitona).
66 – O Portador do Amor (gim com lavanda, néctar de abacaxi com hortelã, xarope de açúcar, licor de pêssego e bitter de laranja).
77 – O Entendedor (vodca com framboesa, espumante seco, geleia de frutas vermelhas, limão e xarope de açúcar).
88 – A Busca da Perfeição (Rum Bacardi, néctar de abacaxi, xarope de maracujá com gengibre e limão-siciliano. O drinque tem impresso o perfil que o número mestre rege).
Para acompanhar os coquetéis, Matheus Cunha sugere croquetes de jamon serrano, aioli ou vieiras grelhadas com manteiga de trufa e vinagre de caju. Entre os pratos principais, desponta o Atum Selado com Especiarias. Acompanham arroz negro cremoso e molho de Beurre Blanc. Já o Polvo Grelhado com Batatas Assadas agrega azeite de alho ao molho Sriracha Aioili. Uma boa pedida. T P
tEtto rooftop LoungE tettorooftoplounge.comInstagram: @tettolounge Avenida Rebouças, 955, Jardins, São Paulo, SP (11) 94704-2570
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tetto rooftop lança um novo cardápio de coquetéis do mixologista Matheus c unha Por n ey Ayre S
O sabor da Itália para você!
Compartilhar experiências, gastronomia e paixão pela comida italiana é o lema do Foglia e sem dúvida o que você irá encontrar por aqui.
Rua Domingos Fernandes, 548, Vila Nova Conceição – SP (11) 3846-9695
@fogliaforneria
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Ja Pão & eSPanha
São essas as influências do ekiim, o restaurante do criativo chef rafael Miike
Por n ey Ayre S
o C hef r afael m iike tem uma S ólida formação. Graduou-se em administração de empresas pelo Mackenzie, cursou gastronomia na Anhembi Morumbi e fez pós-graduação em gestão de negócios em serviços de alimentação no Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). Começou sua jornada profissional no restaurante Eñe, tendo passagens por D.O.M, Maní, Camden House e Extasia, além de estagiar no espanhol Quique Dacosta (um três estrelas no guia Michelin). Dono de tamanha folha de serviços, foi com plena segurança que, aos 35 anos, inaugurou seu primeiro restaurante, o Ekiim, no bairro da Vila Nova Conceição, em São Paulo.
De descendência japonesa, Miike propõe uma cozinha autoral. Suas criações têm influências espanholas e asiáticas, valorizando os ingredientes brasileiros e sazonais , e m um cardápio enxuto.
O destaque é o Ovo Perfeito, com cozimento no Roner, cogumelos salteados, creme de parmesão e crocante de carvão. Outra dica do cardápio: o Sanduíche de Lula, com pão feito na casa. Além das lulas fritas, ele agrega tomates, aioli e pó de alga nori. Outra boa pedida são as croquetas de carne braseada com molho de pimenta, sem esquecer as
coxinhas de frango e catupiry na farinha Panko com maionese de wasabi.
Entre os pratos principais, deve-se lembrar do Arroz de Pato, finalizado com um belo socarrat, com supreme de laranja e emulsão de limão. Outra delícia é o Cupim Assado Lentamente com Legumes Tostados, acompanhado por batatas-doces palha. Não deixe de provar a Barriga de Porco com Caldo Potente. Vem com purê de maçã-verde.
O menu também conta com sugestões para vegetarianos. Por exemplo: Arroz de Abóbora com Castanha-do-Pará e Cogumelos. Há ainda os drinques criativos, como o delicioso Wasabi Nikkei (pisco, wasabi, matcha, xarope de gengibre e limão) e o Negroni Ekiim (Campari, vermute, gim e goiaba).
Rafael Miike é um chef talentoso, e sua equipe tem garçons atenciosos, que falam e espanhol e francês. T P
Ekiim
@ekiimrestaurante
Rua Clodomiro Amazonas, 1277, Vila Nova Conceição, São Paulo, SP (11) 3044-4859 / (11) 97142-9092 (reservas)
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Comemore as festas com o melhor da cozinha portuguesa.
Nossas especialidades
• Camarão ao curry
• Bacalhau à Zé do Pipo / à Narciso / ao forno no azeite / com natas
Assados
• Leitão inteiro à moda da Bairrada
• Peru • Lombo recheado com chouriço e damasco • Tender
• Pernil recheado com azeitonas e chouriço
Acompanhamentos
• Farofa com bacon
• Arroz com brócolis / com uvas passas / com castanhas portuguesas
Molhos
• Tomate, cebola e pimentão
• Agridoce com castanhas portuguesas / com castanha de caju / com abacaxi Sobremesas
• Doces portugueses
VILA OLÍMPIA - SP - Av. dos Bandeirantes, 1051 - ranchoportugues.com.br
Bacalhau à Narciso
ATÉ
E REVEILLON ATÉ
- DELIVERY E
PEDIDOS - NATAL
22/12
29/12
RETIRADA 2639-2077 95393-4531
baforadaS no morumbi
São Paulo ganha mais uma ótima casa para degustar os melhores charutos
Por n ey Ayre S
São Paulo ganhou mai S um lugar P erfeito para degustar charutos. O espaço fica no restaurante Casa do Chef Eduardo de Castro. Instalado no bairro do Morumbi, ele alia alta gastronomia mediterrânea a elegância, ambiente agradável e uma espécie de confraria de admiradores dos puros. A eles é reservada uma atenção especial, mantendo os charutos em temperatura e umidades ideais antes do consumo. A casa tem uma carta com as melhores e principais marcas off Cuba. Não só. Também coloca à disposição seis charutos de marca própria, em diferentes bitolas e aromas, desenvolvidos na Costa Rica com os melhores tabacos da Nicarágua e República Do-
minicana. São charutos com ótimo fluxo, boa estrutura e queima de qualidade superior e o preço é absolutamente justo. Em tempo: a Casa do Chef Eduardo de Castro trabalha com reservas no lounge para pequenos grupos, com degustações harmonizadas de charutos e bebidas. T P
c asa Do c hEf EDuar Do DE c astro @ekiimrestaurante
Rua Marechal Hastinfilo de Moura, 233 Morumbi, São Paulo, SP (11) 2528-0175 ou (11) 96626-5669.
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NA SICÍLIA, as forças da natureza produzem terroirs únicos, a paixão pela vinificação os traduzem em vinhos extraordinários.
Desde o primeiro dia, a filosofia por trás de Cusumano foi enfatizar a importância do conhecimento do terroir, o investimento em tecnologia inovadora e, acima de tudo, a paixão pela vinificação. A vinícola foi fundada em 2001, quando os irmãos Alberto e Diego assumirama administração da empresa de seu pai, Francesco. Com a ajuda de um conhecimento íntimo do território, além do enólogo consultor Mario Ronco, os irmãos Cusumano hoje possuem mais de 400 hectares de vinhedos em 7 propriedades da Sicília - provocando uma explosão brilhante de produtos italianos modernos, inovadores e de alta qualidade.
O VINHO CERTO EM QUALQUER MOMENTO.
Cusumano I Trubi Syrah
Cusumano Jalè Chardonnay
worldwine.com.br FACEBOOK.COM/WORLDWINEBRASIL - INSTAGRAM.COM/WORLDWINE DISTRIBUIDORA OFICIAL CAMPAIGN FINANCED ACCORDING TO EU REG. NO. 1308/2013
é hora de feSte Jar
Por n ey Ayre S
c hampanhE Da Era E spacia L Mumm Cordon Rouge Stellar é o primeiro champanhe criado especialmente para ser degustado em viagens espaciais. O projeto, iniciado em 2017, nasceu graças à parceria da maison Mumm com a Axiom Space. O champanhe espacial contou com uma equipe técnica para atender um complexo conjunto de restrições. Entre os fatores levados em conta estavam o líquido gasoso na ausência de gravidade, a pressão na garrafa, a compatibilidade alimentar, especificações de material, tamanho e ergonomia e o uso intuitivo. Só depois de quatro anos, o produto alcançou o pleno cumprimento dos requisitos. A garrafa tem um visual futurista, mas mantém seu formato tradicional para reproduzir, o mais fielmente possível, o ritual terrestre do champanhe. Ele será testado na próxima missão Axiom Space. penodrcard.com.br
100% c har Donnay
O champanhe Perrier-Jouët Blanc de Blancs complementa a coleção clássica da maison e expressa seu conhecimento em revelar o caráter único da uva Chardonnay. O rótulo é produzido com 100% dessa variedade. Trata-se de uma tradição. A casa apresentou o seu primeiro champanhe feito totalmente com a casta Chardonnay ainda na década de 1920, muito antes de o estilo ficar conhecido como Blanc de Blancs. Seus aromas evocam peônia e madressilva, cítricos como limão, pera branca e notas de amêndoa fresca, gengibre e pimenta-branca. No paladar, o frescor mineral permanece em um acabamento suave e macio. drinksandclubs.com.br
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Selecionamos os melhores rótulos de champanhes, cavas e espumantes. Cheers!
+55 11 3849-6940 Rua Jacques Félix, 405 - Vila NoVa coNceição são Paulo - sP @kinoshitarestaurante
EDição L imita Da
Mais uma dica para as comemorações e o verão: a nova edição, limitada a 4 mil garrafas, destinadas ao Brasil, da cava Freixenet Cordón Negro. É leve, apreciada por seu grande frescor e conhecida por sua emblemática garrafa preta e dourada. Com aromas de frutas cítricas e acidez equilibrada, essa cava é perfeita para acompanhar aperitivos, carnes, massas e risotos. freixenet.com.br
sEtE gEraçõE s
O prosecco Notte di Bollicine Gran Cuvée é elaborado pelo método Charmat, com um blend de uvas do Vêneto e do Friuli, na Itália. Encanta pelo caráter delicado e refrescante. Destacando-se por maçãs-verdes e toques cítricos, revela também notas de flores brancas, com uma ótima acidez e final de boca sutil. Harmoniza com aves, entradas frias e peixes. Seu nome quer dizer “noite de borbulhas”. O produtor, Tosti, é uma empresa familiar, que produz vinhos e espumantes desde 1820. Administrada pela família Bosca há sete gerações, é uma herança de dois séculos de tradição e uma cultura ainda mais antiga na elaboração de espumantes no norte da Itália. lapastina.com
100% r Ecic L áv
EL
A renomada Veuve Clicquot tinha de estar presente. Em 2022, lançou a releitura do Ice Box, um balde de gelo 100% reciclável, livre de plástico e com emissões de gases de efeito estufa muito inferiores às edições anteriores. Um alinhamento com os compromissos da Veuve Clicquot para reduzir em 50% suas emissões poluentes até 2030. Lançado em 2000, inspirado no origami japonês, ele se abre como uma flor e é feito de papelão certificado pelo FSC, com uma camada interna impermeável, composta de 70% de materiais reciclados. Pode ser utilizado muitas vezes. Eis, enfim, o balde de gelo mais sustentável da história, encontrado em empórios premium e lojas de vinhos espalhados pelo Brasil. veuveclicquot.com
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ENDEREÇO: Rua Emanuel Kant, 58 - Jardim Europa
HORÁRIOS:
Terça-feira à Quinta-feira: 12h às 15h / 19h às 23h
Sexta e Sábado: 12h às 23h
Domingo: 12h às 17h
CONTATO: (11) 93279-0201
INSTAGRAM: @immarestaurante
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Berinjela à parmegiana em forno à lenha
fErrari pEr LE 2016
Ferrari é o maior nome do espumante italiano. Uma história secular, que começou em 1902 com Giulio Ferrari. Nas últimas seis edições da The Champagne and Sparkling Wine World (considerado Oscar do espumante), a companhia foi eleita a melhor produtora do mundo três vezes, batendo as grandes marcas de champanhe. A colheita é manual, feita em setembro, e passa por prensagem suave, fermentação em inox e amadurecimento por 50 meses. O resultado? Um excelente espumante para brindar o final de ano com muito estilo. Tem bolhas finíssimas e riqueza olfativa de cítricos, maçã-verde, levedura, brioche e amêndoa. É cremoso, muito elegante e mineral, com um final persistente e complexo. decanter.com.br
formu L a 1
Espumante oficial da principal categoria do automobilismo, o Formula 1 vem uma garrafa magnum de 1,5 L. Apresenta perlage fino e duradouro. O seu aroma é fresco e marcante. Remete a maçãs, flores silvestres, fermento e pão. É elegante na boca, além de frutado e maduro, com final persistente. decanter.com.br
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c ava DE Exc EL ência
Considerada uma das melhores cavas da Espanha, o Granona III Lustros Gran Reserva Brut Nature 2013 tem em sua composição 65% de Farelo e 25% de Macabro. Produzido na Catalunha, com o conceito de Chateau, que agrupa parcelas de mais de uma casta, tem colheita manual e processo artesanal. Utiliza a cortiça. Assim, permite um envelhecimento mais prolongado. O resultado é uma explosão de frutas no aroma, com toque de ervas aromáticas, crosta torrada e café no final. Na taça, o perlage apresenta bolhas contínuas. Já no paladar tem boa estrutura, além de ser fresco, elegante e complexo. O seu final se mostra longo, mineral e prazeroso. grandcru.com.br
a v EZ Da franciacorta
A Franciacorta também não poderia ficar de fora da seleção. Ela produz alguns dos melhores espumantes italianos, caso do Antica Fratta Franciocorta Extra Brut DOCG. É fresco, elegante e tem cuvée elaborado com Chardonnay (90%) e Pinot Nero (10%). Revela notas de frutas e flores brancas, de pão, manteiga e defumados. De médio corpo, tem ótima acidez e final de boca cremoso. Seu método de produção é clássico, com segunda fermentação em garrafa. São 24 meses em contato com as leveduras. Aromático, evoca frutas brancas com abacaxi e pêssego. No paladar, tem médio corpo e boa acidez. Tostado e cremoso, apresenta um final persistente. Recebeu 91 pontos de Robert Parker e 90 pontos na Wine Spectator. wordwine.com.br
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Carmel Charme: o mar, protegido por pedras em ambos os lados, entrega a temperatura e as ondas ideais para se refrescar
Ceará em três atos turismo
e ntre o C éu azul, o mar esmeralda, as areias douradas e o invisível do vento, ergue-se uma filial do paraíso. Ao desembarcar de pouco mais de três horas de voo, a partir de São Paulo, e mais um percurso de uma hora de carro, pude ver a nuvem de água salgada que se erguia à minha frente, pelo choque das ondas nas pedras, e concluí que Deus é brasileiro. Certamente nordestino. E, sem dúvida, cearense.
À minha esquerda, dezenas de torres de energia eólica. À minha direita, falésias e um coqueiral praticamente intocado. À minha frente, as nervosas ondas da maré alta respingavam com frescor na minha pele pálida e paulistana, ainda pouco acostumada com o calor. Sob os meus pés, Carmel Taíba, uma das três propriedades que visitei ao longo de uma semana em outubro.
Meu roteiro se estendeu por cerca de 130 km, de oeste a leste do Ceará. A primeira parada, São Gonçalo do Amarante, a segunda, Caucaia, e a terceira, Aquiraz. São nessas cidades que se instalam as três principais, e mais charmosas, propriedades do grupo Carmel: Taíba, Cumbuco e Charme, respectivamente. Cada uma com seu estilo peculiar, com a possibilidade de explorar a cultura local e com uma certeza: querer ficar um pouco mais.
Ci Nqu EN tA toN s DE l A r ANJA
É com esse degradê que o Carmel Taíba Exclusive Resort se orgulha ao falar do pôr do sol, que pode ser apreciado por diversos ângulos, de dentro de uma das 36 vilas – muitas delas com piscinas privativas –, na varanda de uma charmo-
sa casa de praia onde está o principal restaurante de hotel ou na piscina de borda infinita.
Aqui, a agitação se reflete também no cotidiano do hotel. Com um público mais descolado e igualmente extravagante, as tardes são regadas a drinques e música na piscina. Nas baixas da maré, devidamente indicadas pelos funcionários do hotel, é possível acessar a Praia de Taíba a pé ou com bicicletas de pneus largos, que permitem o trajeto mais rápido e emocionante ao longo da orla.
O banho de mar fica em segundo plano, ao menos no momento que estive por lá. A praia é um convite para perder o olhar nas diversas cores de seixos e pedras fincados nas areias. Se porventura a maré subir, o acesso ao hotel deve ser feito pelo asfalto, já que a escada de acesso à praia fica à mercê das ondas.
Se o seu perfil de experiências é mais focado em sabores e sensações, uma faixa artificial de areia na beirada das falésias oferece, quase todas as noites, o Pescado Rústico. O ritual é a reprodução de uma tradição proveniente de quando a região era apenas uma aldeia. Na época, os homens iam ao mar para pescar e as mulheres ficavam na praia com os filhos. Na ausência de árvores para uso como lenha, o fogo era feito com a fibra do coco e os peixes assados sobre essas brasas.
Até hoje o prato integra o cardápio dos nativos e é alimento, sobretudo, para o café da manhã, acompanhado de tapioca e rapadura. Em nossa experiência, o mesmo prato do café da manhã é trazido para o jantar, com um pargo preparado à sua frente por pescadores nativos, que contam histórias – de pescador ou não.
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Por Ra Phael Calles, do Ceará
Trio de hoT éis da rede Carmel permi T e um roT eiro C omple To de oes T e a les T e do es Tado, e sem abrir mão de C onforTo e da C ulT ura lo C al
Vi Ag E m Ao VEN to
Em um piscar de olhos, estou na propriedade mais familiar da rede. Carmel Cumbuco oferece uma estrutura de resort a que já estamos acostumados: o edifício em formato de V com a piscina ao centro. Aqui, os ventos alísios que batem na praia, especialmente entre setembro e novembro, transformam o mar no espaço perfeito para a prática do kitesurfe, com esportistas que vêm de todo o mundo. É aqui também que Carmel Kite faz mais sucesso: ter aulas do esporte num ambiente perfeito para a prática, e com o empréstimo de equipamentos de ponta.
As típicas experiências com buggy nas dunas também podem ser feitas partindo de Cumbuco. Paisagens exuberantes se estendem pelos parques de dunas, logo atrás do hotel, e chegam ao ápice no final do passeio na Barra do Cauípe, uma laguna de água doce que se encontra com o mar.
A pegada mais descontraída está a poucos minutos de caminhada do resort, pela praia mesmo. O pequeno centro da cidade oferece uma grande variedade gastronômica. Mas, se sombra, água fresca e boa comida são a sua escolha, o restaurante e o bar do hotel atenderão a todos perfeitamente, sem deixar nada a desejar.
Ch A rm E D o C h A rm E
Sair de Cumbuco e cruzar Fortaleza rumo a Aquiraz parece puxado, mas todo e qualquer cansaço é recompensado ao colocar os pés no Carmel Charme. O hotel foi construído ao redor da antiga casa de veraneio da famí-
lia Carneiro de Mello e se tornou a mais requisitada propriedade da rede. O famoso café da manhã na barca se tornou um hit nas redes sociais de influenciadores e artistas. Porém não ache que, por ser uma surra de beleza nas redes sociais, Carmel Charme deixe seu requinte e privacidade de lado. Pelo contrário.
Aqui, apenas dois bangalôs, das 36 habitações, oferecem piscina privativa. Mas já há o projeto de oferecer mais acomodações com esse perfil. O hotel deve ganhar novas edificações em ambos os lados, à direita e à esquerda, nos próximos anos. Nas áreas comuns, bossa nova e clássicos da MPB entregam o perfeito ar de novela das 9. O restaurante, ao lado da antiga casa sede da propriedade da família, conta com música ao vivo todas as noites, oferece uma ampla carta de vinhos e drinques e permite ainda a escolha de um menu degustação de oito cursos, com um mix de referências locais e invencionices.
O café da manhã, se não for servido na barca, está disponível em uma casa logo acima da areia da Praia do Barro Preto e tem de opções veganas a espumantes, de cuscuz nordestino a tapioca. Por mais que eu quisesse alongar minha manhã na cama, era impossível. Deitava pensando no café, tomava café pensando – e olhando a praia.
Com meu guarda-sol logo à frente do hotel, um banco de areia proporciona aquilo que pedi a Deus (lembra que ele é cearense?): uma pequena piscina natural, que se enche, bela, a cada maré alta. Antes de chegar ao mar, é
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O restaurante do Carmel Taíba entrega ares de casa na praia. Já o spa oferece tratamentos com assinatura Caudalie (na página à esq). A piscina do Carmel Cumbuco é protegida dos ventos que tornam a região ideal para a prática de Kitesurfe (abaixo, à dir.)
possível sentir a água morna e ver pequenos peixes e crustáceos. O pé na areia e uma caminhada a oeste me levam a Ponta do Iguape, com um mar ainda mais calmo e areias ainda mais fofas. Não dá para reclamar.
Carmel Charme é abençoado por ser banhado por uma pequena baía, cercada por pedras em ambos os lados. Elas repelem as ondas mais fortes na baixa das marés e entregam vida em seus arredores.
A agradável piscina azul me chama para um pouco mais de água, sol e céu limpo. Clamo por um pouco mais de tempo no paraíso e recebo a notícia de que meu voo foi cancelado. Ganho mais algumas horas, quase um dia todo. Ainda bem que Deus é cearense. T P
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ImponêncI a dos mares
Maior navio da temporada brasileira, o MSC Seashore navega pela costa até março de 2023
n a chegada ao porto, prat I camente um ed I fíc I o I mpress I ona por suas dimensões. Quase 340 m de comprimento, 76 m de altura e 41 m de largura evidenciam a imponência do MSC Seashore, o maior e mais novo navio da frota da MSC, que opera no Brasil na temporada 2022/23.
Sua chegada aconteceu em meados de dezembro, e THE PRESIDENT esteve presente em um breve roteiro, entre Rio de Janeiro e Santos, para conhecer os atrativos do navio e acompanhar a cerimônia de inauguração da temporada da embarcação por aqui.
Ao longo de 20 decks – dos quais 15 são de uso de passageiros e, destes, sete integralmente dedicados a cabines de 14 categorias diferentes –, dezenas de opções de entretenimento farão com que o destino ali fora seja um mero detalhe. Onze restaurantes, 20 bares e uma tripulação de quase 1.650 pessoas estarão prontos para servir.
São roteiros de seis e sete noites, que podem navegar por Santos, Ilha Grande, Búzios, Salvador e Maceió até março de 2023, quando o Seashore parte para a sua temporada no Mediterrâneo (há opções de pacotes para travessias), onde irá permanecer até outubro. De lá, ele se dirige ao Caribe para a temporada 2023/24. t p msccruzeiros.com.br
O Seashore integra a linha Seaside EVO e conta com 65% das áreas públicas reprojetadas para enriquecer a experiência a bordo
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Por Ra Phael Calles, do MSC Seashore
território criativo
Nós, N o digital
Cercados por aplicativos e conectados à internet das coisas, somos navegadores digitais cujo principal desafio é simplesmente ser feliz
Por Messina n eto*
No horizo N te dos N egócios, acompa N ha N do as principais tendências globais, empresas brasileiras seguem no mesmo bit e partem decididas a ingressar no mundo digital com tudo. A pandemia e toda sorte de dificuldades pelas quais passamos geraram produtos, serviços e negócios que nos conectaram a uma vida online. Isso acelerou o processo dessa transição para o pensamento digital.
A velocidade dos computadores torna o exercício da criação muito mais ágil. A tecnologia é uma ferramenta que permite errar mais – e com isso acertar mais também. A velocidade de processamento dos programas é tamanha que você testa de um jeito, de outro e, se não ficar bom, altera tudo em segundos. Pode mudar a cor de um objeto, alterar sua forma, transformá-lo em outra coisa, atravessando lógicas e sentidos.
A internet das coisas está aí para nos ajudar nessa transição digital, fazendo suas benesses chegarem a mais pessoas e comunidades, ampliando a malha inteligente, quebrando barreiras, expandindo mentes.
Há hoje uma arquitetura de dados dinâmica e pulsante, que modela o horizonte de uma nova sociedade digital. É a migração para a Nuvem, até que surja outra tecnologia. Nessa viagem, seguimos levando na bagagem nossos dados, armazenados e disponíveis para interagir com sistemas de IoT cada vez mais inteligentes e responsivos. Esse é o desafio, lançado tanto para quem cria tecnologia como para quem a consome.
Nesse oceano azul cibernético são testadas nossas habilidades. A tecnologia nos desafia: “Decifra-me ou te devoro”. Ela quer de nós outro mindset , que considere a “total experiência” como algo acessível e cada vez mais integrada ao nosso dia a dia. Isso sobe o sarrafo, exige da indústria que seja hipercriativa para atender demandas inéditas, nem sequer identificadas, mas que apontam para novos comportamentos.
Mark Zuckerberg apostou suas fichas no Metaverso e na experiência virtual tal como ela seria no mundo real. Os principais nomes da tecnologia estão alocados para esse projeto, e o dono do ex-Facebook já lançou o Horizon Worlds, um videogame de realidade virtual gratuito em que os jogadores interagem entre si em diferentes ambientes e mundos, participam de jogos, eventos e atividades sociais.
Podemos habitar esse espaço, ainda impalpável, por meio de nossos avatares e, com nossos sentimentos, realizarmos os sonhos mais inatingíveis. Por exemplo: viajar aos quatro cantos da Terra, mergulhar com tubarões-brancos no Pacífico, penetrar nas cores dos quadros de Vincent Van Gogh. A partir de agora, acabaram os limites e as fronteiras da imaginação. Somos livres e, como já dizia Millôr Fernandes, “livre pensar é só pensar”.
Mas, se não há mais limites, então que se considere como grande desafio a ser atingido, nesses tempos algorítmicos, apertar a tecla e acessar a felicidade. Feliz 2023! Nos veremos por aqui. T P
*Messina Neto é diretor de cinema e TV, roteirista e showrunner. Também é sócio do 16x9 Lab
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artigo
Transparência em meio ao es G
Por Alex A ndre Arnone*
Alexandre Arnone é advogado e chairman da Arnone Advogados, da MineToo e do Instituto S Company
Transparência tem a ver com demonstrar clareza nas informações trocadas entre todas as partes interessadas, os chamados stakeholders. Em meio ao cenário ESG (Environmental, Social and Governance), a transparência é primordial para que uma governança corporativa de excelência seja alcançada, e para isso é necessário que se invista em procedimentos eficientes, com planejamento de indicadores precisos, monitoramento de todo o processo, organização dos dados, definição de melhorias e qualidade na forma de comunicação dos resultados.
O cenário atual aponta para a necessidade de adequação das empresas às diretrizes ESG, com cobranças cada vez mais intensas quanto às práticas de sustentabilidade organizacional, com impacto a longo prazo. Dessa forma, a transparência ganha ênfase como uma importante ferramenta para a divulgação das práticas organizacionais, a atração de investidores, o consentimento de consumidores e até mesmo a influência de fornecedores.
Em corroboração com o exposto, a Comissão de Valores Mobiliários, que controla o registro de emissões para a negociação em mercado regulamentado de valores mobiliários (a Bolsa de Valores), incluiu requisitos ESG obrigatórios na Instrução CVM 480, para as organizações que desejam emitir ações para a captação de recursos de investidores. Além disso, há diversas outras ferramentas para auxiliar no processo de divulgação das organizações, cada uma com enfoque maior em práticas específicas de ESG. Dessa forma, o Instituto S Company desenvolveu um sistema que integra todos esses aspectos, com base nas principais referências do mercado. Esse sistema unificado possibilita a realização de um diagnóstico ESG completo das organizações e a partir do Balanço Social e Ambiental, para medição e apresentação das práticas institucionais, viabiliza o acompanhamento sistematizado da evolução da Organização nas frentes de Responsabilidade Social, Ambiental e de Governança.
Esse sistema unificado possibilita a realização de um diagnóstico ESG completo das organizações, utilizando a ferramenta Balanço Social e Ambiental para o conhecimento dessas práticas com transparência. Como mencionado, a transparência faz parte de um processo. As empresas que têm suas informações organizadas promoverão um diagnóstico preciso, consequentemente com maior precisão desde a primeira publicação. E serão necessários ciclos de melhoria até que se consiga ter procedimentos suficientes para a validação das práticas ESG. T P
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© gustavo lacerda
SECOM
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Pedro F. Ruiz, Vice-Presidente Regional de Vendas – América do Sul, pedro.ruiz@gulfstream.com