EXPEDIENTE
FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO Mario J. Gonzaga Petrelli PRESIDENTE DO GRUPO RIC PARANÁ Leonardo Petrelli Neto DIRETOR DE MERCADO Gilson Bette (rádios, revistas e plataformas digitais) DIRETOR ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO André Luiz Ferreira
EDITORIAL
COISAS QUE SÃO ATEMPORAIS
C
onectividade até mesmo pela roupa que se veste. Sustentabilidade como foco das escolhas. São essas as tendências apontadas pela jornalista Greyci Casagrande na reportagem sobre wearables e nas entrevistas com as fashionistas Costanza Pascolato e Gloria Coelho. Já na editoria de gastronomia, a invasão de cardápios fit, funcional, vegano, vegetariano e outros mais que acontece em Curitiba é explicada pela editora Juliana Reis – com dicas de onde comer cada uma das dietas, claro. Em nossa Top View especial sobre tendências, sempre há temas que nos levam a pensar sobre o futuro, sobre os caminhos para onde vai o mundo em que vivemos. Mas, nesta mesma edição, também encontramos exemplos de coisas que são atemporais. Um deles é o desafio de ser mãe, debatido por cinco mulheres de perfis diferentes. Conduzida por Juliana Reis, a entrevista nos mostra que não importa quão moderno seja o mundo, as mães sempre terão muito trabalho. O outro exemplo aparece no perfil de nossa publisher, Cintia Peixoto. Ela nos mostra que dedicação, ousadia e foco sempre rendem frutos. No caso dela, este que você tem em mãos. Descubra por que ela é personagem da Top View lá na página 20. Um beijo enorme para todos – especialmente para a Cintia. Editora | luise.takashina@topview.com.br
E D I T O R E S
PUBLISHER Cintia V. Peixoto cintiapeixoto@topview.com.br DIRETORA DE ARTE Paula Azevedo • paula.azevedo@topview.com.br EDITORAS Juliana Reis • juliana.reis@topview.com.br Luise Takashina • luise@topview.com.br REDAÇÃO Greyci Casagrande • greyci@topview.com.br Yasmin Taketani • yasmin.taketani@topview.com.br COLABORADORES Iara Amaral DESIGNERS Angelica Maciel Buch • angelica@topview.com.br Diego Fernando Olejnik • diego@topview.com.br PROJETO GRÁFICO Paula Azevedo REVISÃO Márcia Campos COLUNISTAS Ana Clara Garmendia, Beto Madalosso, Nadyesda Almeida, Paola Gulin, Roberta Busato, Ruy Barrozo. DIRETORA COMERCIAL Cintia V. Peixoto PUBLICIDADE Lúcia Garcez e Regina Rocha • comercial@topview.com.br ASSINATURA waleska.oliveira@topview.com.br e logistica@topview.com.br Tel.: (41) 3088-5764 VIEW EDITORES Rua Amauri Lange Silvério, 450, Pilarzinho, Curitiba. 82.120-000 Tel.: (41) 3331-6100 www.topview.com.br IMPRESSÃO Maxigráfica Efetuando sua assinatura, seu nome será incluído na lista de clientes preferenciais da Editora, que poderá cedê-lo a empresas idôneas para fins de divulgação e promoção de produtos de seu interesse. Caso não queira fazer parte desta lista, escreva para a revista. As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da revista TOP VIEW Curitiba.
ÍNDICE
42
PERSONAGENS 20 Nossa inventora A trajetória de vida e a despedida de Cintia Peixoto
28 Heroínas do dia a dia Cinco mulheres compartilham os desafios da maternidade
ESTILOS 36 Tecnologias para vestir Os wearables estão chegando
42 Vintage do futuro Os anos 1980 estão de volta em looks futuristas
50 Wishlist Uma seleção com presentes para todos os tipos de mães
54 O visual do amanhã Um papo sobre os rumos da moda com Costanza Pascolato e Gloria Coelho
FOTO HEBERT COELHO
Tendências icônicas dos anos 1980 estão de volta
ÍNDICE
© PRISCILLA FIEDLES
78
Um guia de alimentação saudável com 16 endereços na cidade
COLUNAS 40 Ana Clara Garmendia © ANA CLARA GARMENDIA
As tendências que povoam as ruas de Paris
60 Ruy Barrozo Novidades na cidade e lançamentos do mês
62 Business Paola Gulin, da Nomad Roots, e o turismo experiencial
76 Opinião A verdadeira elite brasileira, por Beto Madalosso
ARREDORES 68 Um Porto Seguro para todos Redescubra o histórico – e luxuoso – sul da Bahia
40 Das ruas de Paris, as trends para os próximos meses
SABORES 78 Guia do comer bem 16 lugares que oferecem opções veganas, detox, funcionais, sem lactose...
© DIVULGAÇÃO
EUROPA DE LUXO AGENDA
MÚLTIPLO, POR KARLA PETRELLI Um show intimista, de voz e violão, marca o lançamento curitibano do CD de Karla Petrelli no Full Jazz Slaviero Bar. O evento acontece no dia 17 de maio e terá renda revertida para o Instituto Transplante de Medula Óssea (TMO), que hoje atua em nível nacional. O show é concorrido, com apenas 70 lugares, e as reservas podem ser feitas por telefone.
FULL JAZZ SLAVIERO BAR_(41) 3312-7030. R. Silveira Peixoto, 1.297, Batel.
© BRENO GALTIER
CURITIBA COOL A primeira edição do festival cultural Coolritiba, na Pedreira Paulo Leminski, promete ser diferente de tudo o que já foi feito na cidade. O projeto vai reunir, no dia 13 de maio, arte, moda, música e meio ambiente. Karol Conka, Anavitória, Criolo, Projota, Céu, Clarice Falcão, Novos Baianos e a Banda Mais Bonita da Cidade com Paulo Miklos estão entre os destaques musicais. Na área ecológica, destaque para a neutralização de carbono: todo o CO2 gerado será convertido no plantio de mudas para a revitalização das margens do rio Iguaçu. Ingressos a partir de R$ 80 (meia-entrada), pelo Disk Ingressos.
PEDREIRA PAULO LEMINSKI R. João Gava, 970, Abranches.
DISK INGRESSOS_(41) 3315-0808
CINTIA PEIXOTO
NOSSA
I NV E NT O RA DEPOIS DE QUASE 20 ANOS À FRENTE DA TOP VIEW, ACOMPANHANDO DE PERTO O DIA A DIA DA MARCA QUE CRIOU E QUE VIU SE TORNAR UMA REFERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO DE CURITIBA, A PUBLISHER CINTIA PEIXOTO PARTE RUMO A NOVOS DESAFIOS. NESTA EDIÇÃO, HOMENAGEAMOS A GRANDE PERSONAGEM DA REVISTA CONTANDO SUA HISTÓRIA E SEU LEGADO por Luise Takashina fotos Daniel Katz
E
u já tinha ido àquele endereço no Batel an- E que trouxe um lindo macacão de uma viagem ao tes. Da última vez em que estive ali, há dois Chile quando eu fiquei grávida da minha filha. E que anos, eu e toda equipe da Top View estáva- me falava da sua família, que me contava da sua dieta, mos vestidos com algum item caipira, com pratos de que me dava dicas de coisas legais para ver no Netflix. salgados e doces na mão, animados para fazer uma Enfim, mais do que uma chefe, uma amiga. Festa Junina na casa da chefe. Mas quando eu toquei Entretanto, ao preparar a pauta – as perguntas da a campainha da casa de Cintia Peixoto em março entrevista, jornalisticamente falando –, me dei conta deste ano, o motivo da minha ida era bem diferente: de que não sabia muitas coisas sobre essa pessoa que, fazer uma entrevista para escrever este perfil de des- há quase 20 anos, decidiu criar uma revista regional, pedida dela, que está se afastando da sua função de do zero, em uma época em que o legal era ter publisher da View Editores. Que situação estranha. um veículo nacional. “Eu abri uma revista porque Como jornalista, estou acostumada a entrevistar eu não tinha noção da correria que seria”, comenpessoas que eu não conheço. Para não dizer que são ta Cintia, relembrando o início da trajetória da Top totalmente desconhecidos, posso dizer que sempre View, sentada à sua mesa de jantar. dou uma olhada no Facebook A Top View começou como ou alguma outra rede social, um encarte da Top Magazine – A Cintia é, sem dúvida, uma para ver o rosto do entrevistarevista que circulava em Ponta das mais brilhantes publishers do e antecipar um pouco o que Grossa e que tinha Claudio do Brasil, que conseguiu criar e me espera. Mas ali eu estava Mello como dono. Ele queria manter um produto de qualidade prestes a entrevistar uma pessoa alguém que fizesse uma coluna e inovador, que sempre esteve com quem convivi diariamente social em Curitiba e chamou a à frente do seu tempo. nos últimos cinco anos - com Cintia para ajudá-lo. “Como quem eu falava muito de traeu trabalhava na Secretaria de ERNANI PACIORNIK Dono da Editora Grupo 1, deu valiosas dicas balho, claro, mas que vinha Administração do Estado, coà Cintia nos primeiros anos da Top View me dar um beijo todos os dias. nhecia muita gente”, explica. 20 TOPVIEW.COM.BR
Cintia na sala de sua casa, fotografada por Daniel Katz. Coube a este colaborador de longa data da revista fazer os cliques desta matĂŠria.
CINTIA PEIXOTO A publisher no Atacama, em uma das viagens que fez pela Top View.
22 TOPVIEW.COM.BR
DO ERRO AO PROCESSO
“Não tem nenhum sonho que não dê muito trabalho”, comenta Cintia ao lembrar sua trajetória e a da Top View. Das primeiras reuniões de pauta às impressões em gráficas de São Paulo, a publisher lembra que o que hoje parece um processo natural – de elaboração de pautas, produção de fotos, contato com os clientes – foi definido ao longo dos anos. A cada erro que acontecia com a revista, a equipe sentava e definia processos. “Era tudo muito informal”, lembra. Segundo ela, não teve um lugar novo na cidade no qual ela não bateu na porta para tentar vender um anúncio. “Se você me perguntar, eu sei de todas as construtoras, de todos os apartamentos novos, de todas as distribuidoras de bebida, de tudo o que abriu e fechou na cidade”, emenda. Quem muito ajudou Cintia, orientando-a sobre o mercado editorial, foi Ernani Paciornik, dono da Editora Grupo 1, que publica a Náutica – revista que nasceu em Curitiba em meados dos anos 80. Além de explicar como e quando comprar papel para a impressão – gasto que pode fazer toda a diferença na produção de uma revista, Ernani deu a Cintia uma dica muito importante sobre a distribuição do produto: “Ele me disse que o público AA deve ser mimado, receber a revista em casa", conta. Até hoje o maior volume de revistas Top View é entregue em residências e estabelecimentos comerciais -– apenas um volume
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
Depois de 20 dias de trabalho juntos, viraram sócios. A condição de Cintia era que a revista “fosse linda” e que não fosse política, “porque tinha que sobreviver a todos os governos”. O conteúdo da então Top Magazine era feito em Curitiba, mas a distribuição era nacional – até para Portugal a revista chegou a ir. Sem investimento externo, era preciso “vender a revista” para que ela rodasse na gráfica. “A gente começou um projeto muito ousado na época e não entendia como fazer revista. E até que o fato de não entender foi um diferencial”, lembra Cintia, que cita capas sem texto algum para não poluir a foto principal. Depois de alguns meses com a parte editorial da Top Magazine sendo feita em Curitiba e a parte comercial atuando com mais força em São Paulo, a Top View – essa só com conteúdo local – foi ganhando força. Quando passou a ter 16 páginas, surgiu a ideia de desvincular as duas Tops: a Top Magazine passaria a ser feita em São Paulo, onde existe até hoje. Já a Top View se fortaleceria como uma revista 100% regional, feita em Curitiba e para curitibanos. Para celebrar a maioridade da marca – que completava 18 meses na ocasião –, a Top View deu sua primeira grande festa no Jóquei Clube de Curitiba, evento que reuniu duas mil pessoas. Na época, a View Editores já publicava também a Top Festas.
Cintia ao receber o título de Cidadã Benemérita do Paraná, em 2012. Na foto, entre o marido Newton Gomes Rocha Jr., Clery e Artagão de Mattos Leão.
Cintia Peixoto é uma pessoa ímpar, com um conhecimento surpreendente das pessoas desta cidade e do Estado e da forma como vivem. Falar da minha prima é muito confortante, pois a conheço bem! Com sabedoria, generosidade e ética, ela compartilha seu conhecimento pessoal e profissional com clientes e amigos. É uma grande conselheira, uma mulher de fibra, uma mãe zelosa e carinhosa. É um privilégio desfrutar de sua convivência. Sucesso e que Deus te acompanhe neste novo desafio! © CELSO PILATTI
Entre as dezenas de fotos que colecionou durante os últimos anos.
© DANIEL KATZ
Em outra viagem ao Chile.
FERNANDA RICHA Prima e amiga que sempre acompanhou a trajetória de Cintia
Alguns de seus "filhos"e suas capas preferidas.
TOPVIEW.COM.BR 23
CINTIA PEIXOTO
A primeira festa Chandon Bubble Bar aconteceu na sede da View Editores da Rua Fernando Simas. Cintia organizou seis edições do evento. Abaixo, ao lado da chef Eva dos Santos.
Eva dos Santos
No Crystal Fashion, ao lado de Iraisi Gehring, diretora de arte da revista, que se tornou uma grande amiga de Cintia.
Quando cheguei em Curitiba, em 2000, algumas pessoas me ensinaram a amar a cidade. Uma delas foi a Cintia Peixoto. Seu entusiasmo pela cidade e pela sociedade local logo trouxe frutos. Não só através da Top View, mas também na transformação radical da região do Batel. Parabéns, Cintia. Você fez a diferença por Curitiba. MARIO D’ANDREA
simbólico é destinado à venda em bancas. Por isso, Cintia afirma que o mailing da revista sempre foi bem pensado, com formadores de opinião e consumidores de alto padrão. Muitas vezes, os próprios clientes comerciais da revista indicaram nomes. UMA CURITIBA COOL
Ao focar sua linha editorial no lifestyle do curitibano, a Top View assumiu, despretensiosamente, o papel de ser o registro impresso de como a capital paranaense mudou nas últimas duas décadas. Cintia cita o Crystal Fashion – evento de moda que surgiu em 2009, do qual a revista sempre participou, e que abriu o mercado local para fotógrafos, produtores, modelos. “A gastronomia mudou barbaramente; todo o trabalho do Celso [Freire], a luta da Manu [Buffara], do Chico [Urban], da Eva [dos Santos], do Beto [Madalosso], tudo isso é muito recente”, emenda. Segundo Cintia, um dos nortes da revista sempre foi trazer as grandes novidades de fora, mas principalmente valorizar o local. “Sempre tivemos um trabalho nas entrelinhas de promover o que é daqui, em todos os tipos de movimento”, afirma. Por anos, por exem24 TOPVIEW.COM.BR
plo, o muro da casa que abrigou a View Editores na rua Fernando Simas foi pintado mensalmente por um artista diferente. E esse material – feito por artistas como André Mendes e Nilson Sampaio –, virou um pocket book de cartões postais. Muitos dos personagens que ajudaram a dar fama a Curitiba – como os arquitetos Jaime Lerner e Lolo Cornelsen, o presidente de O Boticário, Artur Grynbaum, a artista plástica Guita Soifer, a diretora presidente do MON, Juliana Vosnika – foram temas de reportagens das quase 200 edições da Top View. Modismos, mudanças de comportamento, eventos sociais e tudo o que foi novidade na cidade tiverem registros por aqui. O Batel Soho é outro exemplo do legado de Cintia Peixoto para a cidade. Ao atuar como diretora de marketing da Associação dos Comerciantes da Região da Praça da Espanha, criada em 2007 e na qual assumiu a presidência na terceira gestão, Cintia incentivou o movimento de ocupação do espaço público na cidade – que rende frutos até hoje, visto as inúmeras feiras de gastronomia, entre outras, espalhadas pela cidade. O trabalho de Cintia na entidade é um exemplo de como ela defende a forma de atuação de um veículo de comunicação: “Ajudar na parte social da cidade é uma obrigação de
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
Atualmente CEO da Dentsu Brasil. Por meio da agência Loducca Sul foi, segundo Cintia, um dos grandes apoiadores no início da Top View
© GERSON LIMA
Bubble Bar de 2016.
Com Ruy Ohtake no Circuito Top View de Arquitetura e Design de 2016.
Por anos, o muro da sede da View Editores foi a vitrine do trabalho de artistas locais. Em um batepapo com digital influencers promovido pela Top View.
Trabalhei com a Cintia por nove anos. Foram nove anos de parceria, de respeito e de amizade. Hoje me vejo, como gestora, repetindo a essência do que aprendi com ela. Sua relação com o trabalho vai muito além de competência e profissionalismo. Tem a ver com paixão, com envolvimento, com entrega. Ela é ousada, corajosa, cheia de referências e generosa. Trabalhar com a Cintia foi fundamental na formação da profissional que sou hoje e eu só tenho a agradecer. FERNANDA ÁVILA
Entre Rosane Radecki e Gabriela Carvalho, no Prêmio Top View Gastronomia 2016.
© DIEGO PISANTE
© JANA RIZZIOLLI
Primeira editora da Top View. Hoje, é sócia da Pulp Edições
Em Punta del Este em 2012, ao lado das amigas Regina Rocha, Ireni Ferreira e Lucia Garcez.
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CINTIA PEIXOTO A Cintia sempre foi um exemplo de como fazer networking com trabalho árduo e disciplina. Construiu um verdadeiro case com a Top View, fruto de muita dedicação e vontade de fazer melhor. Para Curitiba, ela é uma referência importante de empreendedorismo, foco em qualidade com resultados e capacidade de fazer acontecer. ANDRÉ CALDEIRA
© DANIEL KATZ
Empresário, headhunter e especialista em gestão de talentos. Colaborou com a coluna Vida e Trabalho por um período da Top View
quem trabalha com comunicação”, resume. “Isso é um luxo”, pondera a publisher que sempre focou atuar no mercado de luxo – mesmo quando o termo era pouco falado por aqui. “E AGORA, CINTIA?”
Ao olhar para trás, Cintia lembra das pessoas que conheceu, dos lugares que visitou, das experiências que viveu graças à Top View. Visitar Peru e Atacama, trabalhar com o fotógrafo J.R. Duran, entrar no Fasano de São Paulo antes da abertura. “Foi tudo muito legal”, comenta. “Nos últimos 19 anos, eu vivi a revista 24 horas por dia.” Cintia lembra que seu marido, Newton Rocha Gomes Jr., foi o primeiro investidor da Top View e que seu filho Luccas tinha quatro meses quando tudo começou. Sua mãe chegou a fazer recepções e seus filhos Antonella e Newton Neto buscaram o irmão milhões de vezes na escola. “Quando você tem estabilidade familiar, é muito mais fácil vencer”, comenta, lembrando -se de agradecer o apoio da família durante todos esses anos.
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A sensação que fica, segundo ela, é a de dever cumprido. “É muito prazeroso saber que você criou um produto que não existia na cidade e que está fazendo quase 20 anos; saber quantas pessoas você ajudou, quantas formou, quantas famílias envolveu, quantas pessoas conheceu”, conta Cintia. Sobre a continuidade da marca, Cintia é categórica ao afirmar que criou um filho forte. “Um produto não é uma pessoa, ele tem que ter vida nova, pessoas novas, novos desafios, pessoas que pensem diferente do que eu pensei”, reflete. Aos 53 anos, ela afirma que chegou a hora da marca quebrar paradigmas que se tornam mais difíceis com o tempo. “O amadurecimento te engessa muito”, completa. Agora, o projeto é de curtir mais sua casa e a família. “Eu pretendo voltar ao mercado, usando minha experiência no mercado de luxo”, afirma. Da redação, segue a torcida por quem, de forma visionária, nos moldou e criou. E o nosso obrigado. Boa sorte, Cintia. De uma forma ou de outra, estas páginas serão sempre suas.
MÃES
HEROÍNAS DO DIA A DIA Fanie Delatte
Denise Cassou
Priscyla Alma
Dani Sommer
Renata Gardiano
(43): sorridente
(58): divertida
(36): pesquisadora e
(35): é autora do
(41): divide seu
francesa que
mãe-leoa das quatro
produtora de conteúdo
livro Tem Alguém na
dia a dia entre o
comanda, junto com
famosas donas
eco-contemporâneo,
Barriga da Mamãe
negócio em franco
o marido brasileiro,
do festejadíssimo
a psicóloga tem duas
e de dois blogs
crescimento (uma
seu restaurante
e-commerce
filhas, Celeste (6) e
sobre maternidade.
escola de inglês para
L'Épicerie, nascido
Gallerist – Carolina
Alice (3). Descobriu
Neles, finalmente
maiores de 50 anos,
praticamente ao
(31), Fernanda (30),
o parto humanizado
vive seu sonho de
a Tea Time), as filhas
mesmo tempo
Mariana (28), e
pouco antes de ser
ser mãe após passar
Gabriela (13) e Ana
que sua pequena
Amanda (25).
mãe e se dedica à
uma longa história
Beatriz (9) – com
Sofia (10) seguida
missão de falar às
de tentativas e uma
guarda compartilhada
de Julia (8).
mulheres sobre o
cirurgia no cérebro.
com o ex –, as amigas
assunto.
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e o namorado.
TODA MULHER QUE É MÃE CARREGA UM UNIVERSO DE HISTÓRIAS E SEGREDOS. PERTO DO MÊS DAS MÃES, REUNIMOS CINCO MÃES DE CURITIBA NA TENTATIVA DE DESVENDÁ-LAS DURANTE UM BATE-PAPO, RIR UM POUCO E BUSCAR INSPIRAÇÃO por Juliana Reis fotos Mariana Alves
A
primeira vez que pode pegar o filho David no colo – depois de semanas da privação de tê-lo em seus braços por causa de uma cirurgia para tratar um aneurisma – Danielle Sommer (35) levou uma cabeçada do bebê justo na cicatriz recente. A dor e o perigo eram pouca coisa para essa mãe que descobriu a ameaça no cérebro quando completava apenas 6 meses com o primeiro filho em sua vida. Dani, que é jornalista e autora do livro Tem Alguém na Barriga da Mamãe (Ed. InVerso) e de dois blogs sobre maternidade, é uma mulher carismática e divertida que, ao exercer seu poder multitarefas, não mais transparece a tristeza de ter sofrido dois abortos espontâneos antes de ter David (4) e Amanda (2). Justo ela que sempre sonhou ser mãe. Danielle me ajudou a conduzir um papo descontraído com quatro mães de Curitiba, que aconteceu em uma tarde no hotel Four Points by Sheraton, em Curitiba.
SUPERAÇÕES E PRESENTES DIÁRIOS DANI: Eu sempre quis ser mãe e até meu trabalho de con-
DENISE: Sou empresária e me formei em agronomia, admi-
clusão de curso na faculdade foi Comunicação para as
nistração, fotografia e cinema. Mas sempre quis mesmo ser
Mães. Engravidei duas vezes e tive abortos espontâneos.
mãe, nunca tomei pílula, achei que ia ter muitos filhos ho-
Quando o David tinha 6 meses, eu tive um aneurisma. Tive
mens e adotar uma menina. Vieram quatro mulheres. Casei
que interromper a amamentação dele para fazer uma cirur-
três no período de um ano e hoje sou avó. O amor pela
gia da qual achei que não ia sobreviver. Internada da UTI,
criança é diferente do amor que você sente por um filho
não pude ficar com ele. Finalmente, na primeira vez que
adulto. Você não pode ficar fazendo besteira quando é mãe,
peguei o bebê depois de tanto tempo, ele sem querer me
mas daí quando se é avó você aproveita aquela brincadeira,
deu uma cabeçada bem na cicatriz da cirurgia! Depois en-
aquela gostosura. Ser avó é voltar a amar da forma como
gravidei de novo da Amanda. Foi mais tranquilo, e quero
amou antes.
parar por aí. E escrevi o livro Tem Alguém na Barriga da Mamãe para contar para o irmão mais velho que ele vai
PRISCYLA: Em cada fase da maternidade a gente se en-
ganhar irmãozinho. Adoro ser mãe, mas também é a coisa
contra com belezas diferentes. Quando me perguntam se
mais difícil que faço.
quero tentar um menino, eu digo que já estou me preparando para ser avó. Vai ser bem mais leve. Quando se é mãe,
FANIE: A Sofia nasceu quase junto com o restaurante.
você tem muitas variáveis para lidar e tem que negociar o
Tenho a sorte de ter um companheiro que me ajuda muito.
dia inteiro.
Na época, montei um quartinho para a bebê no restaurante e na hora de amamentar eu saía do salão e ia lá. Minha
RENATA: Nossa casa é praticamente cor-de-rosa. Somos
superação foi justamente tentar achar o equilíbrio entre
três mulheres e mais duas gatinhas. Sou separada, com
o papel da Fanie dona do próprio negócio, da Fanie mãe
guarda compartilhada e meu ex-marido é superpresente na
e da Fanie mulher – porque a gente não pode se esquecer
vida delas. Quando eu era pequena, eu não sonhava com
de cuidar do casamento.
o príncipe. Eu sonhava com os filhos. Hoje sou muitas coisas: professora, empresária, namorada... Mas ser mãe é o meu papel preferido.
TOPVIEW.COM.BR 29
MÃES
TEMPO X CULPA X TRABALHO RENATA: A gente vive com um pacote de culpa nas cos-
‘Dia, tenha 28 horas hoje por favor’, eu dizia muito isso.
tas e sempre acho que o que estou fazendo está errado.
Aí entendi que eu devo fazer o melhor que consigo. Só
Vai por tentativa e erro mesmo. Estou aqui para saber se
isso, o melhor hoje, do jeito que deu.
vocês têm a fórmula para equilibrar trabalho e maternidade. Não trabalho à noite e nem fim de semana. Minha
FANIE: Se a primeira eu amamentava num quartinho no
terça-feira é fechada para elas. A gente almoça, vai ao
restaurante, na segunda eu já fiquei em casa um mês tra-
dentista, vê séries de TV, vai ao cinema, eu vejo as lições.
balhando no administrativo. Consegui montar um estilo de
Posso trabalhar tranquila lembrando que tenho a terça à
vida que me permite ser feliz, sem me cobrar. Talvez eu
tarde e o domingo de manhã com elas.
não seja a empresária que eu queria ser, mas eu sempre quis priorizar a família, então está tudo bem. Me prometi
FANIE: Na verdade, seu tempo profissional pode render
que não ia viver na correria de novo. Se você não aceitar
muito mais com uma tarde a menos no trabalho que você
que não dá para ser perfeita em tudo, você não vai ser
usa para se dedicar aos filhos.
feliz. Eu tive aceitar o ‘meu melhor possível’ como um resultado.
DENISE: Eu fazia muita coisa: quando eu tive a terceira filha, a moça que trabalhava lá em casa trazia ela no car-
PRISCYLA: Maternidade é você negociar com o tempo.
ro, eu a amamentava na firma e depois separava trabalho
É manter seus interesses e saber que, talvez, você não vá
para a noite em casa porque tinha que buscar as outras
atingir um desejo seu. Não tem como atingir um nível de
duas no jardim de infância. Na quarta filha eu não pude
perfeição e todas as mulheres se deparam com essa de-
mais trabalhar. Nunca fui ao cinema sem deixar as quatro
manda na contemporaneidade. Você acaba comprando
dormindo, então era sempre a sessão das 22h. Mas eu fiz
essa demanda social, mas cada uma tem uma história e
esse papel porque eu queria ele para mim. Hoje elas são
vai ser mãe como dá para ser. Durante a rotina desgas-
mulheres casadas e têm suas vidas. Mas se você olhar no
tante, um dia eu ajudei a Celeste a fazer alguma coisa
meu celular, vai ver que de seis a sete horas por dia eu es-
e, no carro, na correria, de repente ela me falou: ‘você
tive fazendo alguma coisa por elas, falando com elas etc.
merece uma coroa’.
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O TEMPO PRA CUIDAR DE SI PRISCYLA: Sempre fui vaidosa e já estabeleci que lá em casa a quinta-feira é o dia da beleza. Faço junto com elas tudo ao mesmo tempo na minha casa. Enquanto passo a máscara no cabelo, vou cuidando de outras coisas, aquilo vira uma bagunça, mas elas vão fazendo as coisinhas delas.
FANIE: Se um dia lavava o cabelo, no outro eu passava o creme no corpo e assim seguia. Hoje eu já consigo fazer tudo, já que elas estão maiores. Mas tem que aceitar. Se cuidar, sim, mas aceitar que não dá para fazer tudo numa vez só.
MANHA DA CRIANÇA RENATA: Eu tenho os momentos só da Renata sozinha fazendo as coisas dela, ou com o namorado, ou com ami-
DANI: Crianças francesas não fazem manha mesmo?
gas, porque gente aprende a criar outra rotina. Eu gostaria de estar sempre com a família toda junta, mas é a vida.
FANIE: Claro que criança chora, mas sinto muito pra elas, a vida é assim, na boa. Na minha cultura o choro não
PARTO HUMANIZADO
é mau. O brasileiro tem medo do choro. Já vi crianças de 4 ou 5 anos que ‘decidem’ onde os adultos vão jantar.
PRISCYLA: Comecei a estudar parto humanizado um mês antes de eu engravidar e fiquei fascinada. Tive partos naturais e tornou-se muito comum falar da minha expe-
Criança não decide isso. Lá em casa sempre teve muito limite. Tem que deixar elas se frustrarem desde cedo porque a vida é assim.
riência para as mulheres.
PRISCYLA: Acho que é assim porque o latino em geral FANIE: Na França a cesárea é só para emergências e eu nunca tive dúvida de que faria o parto normal. Mas eu não sabia que aqui no Brasil não existe preparo para isso. A francesa tem aulas de cuidado, preparo e exercícios para o parto normal e aqui, na primeira aula de maternidade, não se tocou no assunto. Quando a Sofia foi
é mais passional. Mas acho que a criança busca referência da pessoa responsável. É uma crueldade com a criança deixar que ela decida algo como um jantar ou programa dos adultos. Como é que você vai dar uma responsabilidade dessa pra ela? O papel das crianças hoje está esquisito.
nascer, ela não se encaixou e eu tive medo. Foi decidida a cesárea, fiquei com medo da anestesia. Não foi legal, fiquei nervosa e quase xinguei todo mundo.
DENISE: Tem que ter muito amor, mas tem que ter muita firmeza desde cedo. Assim ela vai ser uma pessoa muito melhor. Claro que depois você chora escondido no quarto de pena. A pessoa que não tem tempo, que vive correndo, não se permite ser firme e a daí a gente acaba vendo esse monte de criança malcriadinha sem limite. E está acontecendo dos pais terem 'medo' da reação dos filhos.
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MÃES COMO FALAR DE SEXUALIDADE DANI: Vocês acham que a mídia está influenciando as escolhas das crianças e adolescentes hoje?
DENISE: A criança nem tem noção de que pode ser o que quiser ainda. Lá em casa foi assim: chupeta rosa, laço. Depois cada um decide, mas não vou ficar influenciando.
FANIE: Sou mente aberta com relação ao assunto. Acho que a gente deve só direcionar o que vestir de acordo com a idade.
PRISCYLA: Quando a criança está fazendo a investigação sexual dela, quer saber quem é homem, quem é mulher. Eu acho que a grande questão é que os pa-
ESCOLA X CASA
péis estão complicados na sociedade. Hoje existe uma abertura para todo mundo repensar o assunto e eu vejo
DANI: Vocês acham que os pais estão terceirizando a edu-
que existe muito machismo das mães de meninos. O
cação e deixando muita responsabilidade para a escola?
sintoma é complicado porque a mídia aborda a questão da sexualidade de um jeito chulo. Pra mim é tão com-
DENISE: Sim, porque criança cansa e muita gente pen-
plicado ver a mulher na posição de completo objeto. É
sa que o lado material e a escola resolvem. Mas ela pre-
tudo parte da mesma investigação. Estão incentivando
cisa no início da vida da presença dos pais. Não vejo
as mulheres a serem objeto, e os homens a serem ma-
mãe jovem hoje sentar-se com filhos e desenhar. Cansa,
chistas. A gente não sabe mais do que está falando: é
mas é assim: uma pessoa chega na sua vida e você a
de sexualidade, ou de como se vestir? Vejo meninas de
pega pra decifrar. Com cada uma é diferente, e você tem
12 anos chegando numa festa vestidas de mulheres e
que montar seu esquema: o da educação, o da brinca-
tenho certeza de que o objetivo delas não é o de provo-
deira, o de ensinar limites, o de estudar.
car... é o que estão vendo por aí. Posicionamento social e desejo são coisas diferentes. O importante é ensinar
DANI: Quando a impressora lá de casa quebrou, tive
a se posicionar como ser humano.
que pegar um livro para fazer a lição de casa sobre fauna brasileira com o David. Desenhamos juntos. Ele ado-
FANIE: Tem coisas da mídia que na minha casa não en-
rou. Percebi que era assim que a gente fazia antes. Não
tram, mas as crianças veem ou já viram porque chegou
fazemos mais.
até elas. É questão de direcionar.
FANIE: A sociedade de hoje exagera na tal das atividades com os filhos. A criança não tem nem tempo para brincar. Tanta atividade vai mesmo mudar a vida da criança? E existe uma competição de criar o melhor, isso é chato. Eu coloquei minhas filhas em uma escola perto, para onde vamos andando; almoçamos em família, não é período integral.
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MATERNIDADE X VIDA DE CASAL
UM DIA O NINHO FICA VAZIO
DANI: Crianças são um teste para o casal para passar
DENISE: Casei todas as filhas no período de um ano.
pelas dificuldades?
E a mais nova foi morar em São Paulo. A casa ficou vazia e não há corrida no parque que crie serotonina
PRISCYLA: Tem que haver uma conversa para preparar
suficiente para tirar essa tristeza. Agora moramos em
os homens para as mudanças, mas suavemente. Temos
Curitiba e em São Paulo. Percebi que um bom rela-
que falar sobre se tornar pais com mais verdade.
cionamento com o companheiro faz a vida no ninho vazio muito melhor.
FANIE: O homem também leva um susto com a mulher grávida e os hormônios provocando aquela transforma-
FANIE: Na Europa os pais entendem melhor que filho
ção física e emocional. Mas ele não vai estar preparado
não se cria para si ou para ficar junto. Eles querem
mesmo se a gente falar, falar, falar. Eu nunca cobrei que
ajudar o filho a sair de casa e isso não quer dizer que
meu marido trocasse uma fralda, esquentasse a comida,
amam menos. Minha mãe vem aqui duas vezes por
desse banho... Eu faço em meia hora o que ele faria em
ano. Esse apego é cultural.
três. A mulher é mais ágil. Mas sempre tive a ajuda dele na brincadeira, na autoridade. Assim a gente pode ter-
PRISCYLA: A vida é feita de fases – quando você
minar o que precisa e curtir o tempo juntos depois.
tem um filho, você tem que entender que as coisas não são para sempre.
PRISCYLA: Não é cobrar, é conversar a respeito. É importante as mulheres desejarem mais participação e que a participação seja prazerosa para os dois.
A TRAJETÓRIA VALEU? DANI: O que vocês fariam de diferente quando
RENATA: Quando chego em casa não posso passar o
olham para trás?
bastão para ninguém. Mas nossa separação não teve nada a ver com as crianças – foi por causa do casal. Eu
DENISE: Meu marido fala que eu deveria ter deixado
fico muito cansada às vezes e fico com dó delas por eu
tudo mais difícil para elas. Mas eu não concordo. Não
estar de mau humor. A gente tem ônus e o bônus.
iria criar dificuldade onde não existia. Tentei mostrar como lidar com a adversidade e depois não expliquei
FANIE: Muita coisa se baseia na vida pessoal de cada
mais. Eu mudaria mesmo o fato de não precisar fa-
um no passado. Eu tive pais divorciados e meu pai este-
zer tudo aquilo sozinha. Hoje eu levaria alguém para
ve um pouco ausente pela distância de 600 km. Mas nos
ajudar em algumas situações. Eu tinha um esquema
víamos todas as férias. Enfim, eu não sofri, mas sempre
para atravessar a rua com as quatro na praia segu-
pensei que antes de ser mãe tinha que encontrar um
rando todas. Uma delas diz que até hoje tem trauma
bom companheiro. Para mim, quando a relação está
de atravessar rua (risos). Colocava uma chuca enor-
bem com o marido, tudo está bem.
me com cores fortes na cabeça de cada uma para não perdê-las de vista. De noite eu sonhava que estava
DENISE: Eu digo para as minhas filhas não criarem expec-
contando 1,2,3,4 para não perder nenhuma.
tativa com relação ao homem. Se quiserem algo, falem pra ele. O médico que fez o parto de uma das minhas netas
RENATA: Não sei se mudaria algo. Porque muita coi-
chamou todos para conversar sobre os papéis e sobre o
sa não deu pra entender antes. Nenhuma veio com
companheiro estar presente entendendo que nos primeiros
manual de instrução... A gente aprende a ser mãe na
meses a mulher vai estar focada na sobrevivência do bebê.
hora mesmo.
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WEARABLES
TECNOLOGIAS PARA VESTIR CELULAR CAPAZ DE CONTAR OS PASSOS DADOS AO LONGO DO DIA, JAQUETA JEANS QUE PERMITE AO USUÁRIO ATENDER E FAZER LIGAÇÕES, BONÉ QUE MUDA DE ESTAMPA E COR DE ACORDO COM A MÚSICA... SEM CARROS VOADORES OU EMPREGADOS-ROBÔS, COMO PREVIAM OS JETSONS, NOSSO FUTURO TECNOLÓGICO JÁ CHEGOU – PELO MENOS LÁ FORA por Greyci Casagrande
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FOTOS DIVULGAÇÃO
A jaqueta jeans Levi`s, criada em parceria com o Google, foi feita para quem anda de bike. Ao tocar nas mangas, é possível atender ou fazer ligações.
É
mais um dia comum: visto uma jaqueta jeans, pego a bicicleta e vou para o trabalho. No caminho, alguém me liga. Ao tocar levemente em uma das mangas, atendo a chamada e a interação acontece sem que eu precise fazer mais nada. A cena descrita é fictícia, mas já é bem real para os adeptos dos wearables. A nomenclatura tem sido usada, no Brasil e no mundo, para descrever as tecnologias que são, externa ou internamente, conectadas à internet e ao nosso corpo, como o Google Glass, o Apple Watch ou a jaqueta jeans da Levi’s feita em parceria com o Google – exemplo descrito no começo do texto. Os wearables são dispositivos caracterizados por conter um sensor “capaz de capturar determinada informação por um movimento ou até pelo fluxo sanguíneo”. Quem explica é Immo Oliver, empresário e consultor suíço que vive no Brasil, onde cofundou várias empresas, entre elas, a Carenet Longevity - referência em integrar dados de saúde gerados por wearables, Internet das Coisas (veja mais no boxe da página XX) e aplicativos.
O primeiro dispositivo criado na Carenet, ainda em 2014 (ano em que a empresa foi fundada), era um clipe anexado à roupa que monitorava os movimentos do corpo e do sono. Por meio dele, o usuário conseguia descobrir quantos passos deu ao longo do dia, converter isso em uma distância exata e saber quantas calorias queimou. Esse tipo de tecnologia wearable foi o que mais emplacou por aqui – haja vista a quantidade de relógios inteligentes disponível em lojas populares. Ainda assim, segundo Immo, o Brasil engatinha neste assunto. WEARABLES PARA QUÊ?
Uma pesquisa realizada em 2016 pela Endeavor Partners – empresa de consultoria estratégica com grande experiência em negócios e tecnologias móveis e digitais, presente nos Estados Unidos e na Inglaterra – mostrou que a maioria dos consumidores de wearables abandona seus dispositivos cedo demais. De acordo com esse estudo, e com o próprio Immo, isso acontece porque geralmente o usuário não sabe o que fazer com tanta informação – de que me adianta, por exemplo, saber quantos passos dei ao longo do dia?
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A coleira inteligente da empresa californiana Whistle monitora as atividades e descanso do cão ou gato, possui GPS e transmite tudo ao celular do dono pelo Wi-Fi embutido no acessório.
“O que as empresas voltadas à saúde estão começando a fazer é oferecer um serviço de acompanhamento que esclareça ao usuário cada informação que ele recebe pelo dispositivo”, diz. Um nicho de serviço que, segundo ele, não vai demorar a ser oferecido por planos de saúde. “Em breve você poderá acompanhar a evolução da sua cirurgia por um dispositivo desses”, prevê. Consequentemente, para o cofundador da Carenet, é natural que empresas desse tipo não encontrem no Brasil um mercado atrativo. Enquanto lá fora existem canais de venda nas ruas com wearables de vários estilos, por aqui, você encontra pouca coisa em lojas físicas. “As empresas
locais estão só começando”, pondera. E o problema, segundo ele, não é a tecnologia ou a startup, “é a carga tributária”. Como tudo é importado, sai com um valor pouco atrativo para as pessoas – um smart watch da Fitbit, por exemplo, custa quase 200 dólares no site da Amazon norte-americana. “Dificilmente alguém vai investir um valor tão alto em um dispositivo para ‘testar’”, garante. O MUNDO LÁ FORA
Os dispositivos das categorias Lifestyle, Fitness e Medical são, respectivamente, os três mercados que mais consomem
INTERNET DAS COISAS “Segundo o MIT (Massachusetts Institute of Technology), é uma nova internet para as coisas ou com as coisas”, resume Antônio Alberti, professor do Inatel. É o nome dado a este novo momento, onde todos os objetos da nossa vida estão ou são conectados. Deve ser algo fixo, que não se mexe, diferente dos wearables, que “são um segundo passo da Internet das Coisas”. “Um estudo prevê que em 2020 existirão 50 bilhões de wearables no mundo, e cerca de 212 bilhões de objetos ligados à Internet das Coisas”, compara. Para ele, a tendência é que ela conecte objetos, no futuro, a uma distância mínima. “Se hoje falamos em metros, será questão de centímetros e milímetros”, prevê Alberti. O caminho, segundo Immo Oliver, será integrar as soluções à roupa que você já tem. “Acredito em um futuro com wearables específicos para funções diferentes. Para esquiar, por exemplo. Uma roupa diferente, com tecnologias que me aqueçam, e um óculos capaz de monitorar velocidade, temperatura e altura”, conclui.
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FOTO NATALIE AND CODY GANTZ
WEARABLES
O Apple Watch, da Apple, já não é novidade por aqui. Mesmo assim, ainda não emplacou.
esse tipo de tecnologia, segundo dados da Vandrico Solutions Inc. – consultoria norte-americana que atualiza diariamente uma database com o registro de todos os wearables comercializados no mundo. Ainda assim, wearables não se restringem apenas à saúde. Indústria, entretenimento e games surgem logo em seguida na listagem da Vandrico. São anéis, pulseiras, relógios, cintos e até adesivos que enviam estímulos ao cérebro para aliviar a dor; lembram mães de vacinarem seus filhos ou diminuem a intensidade da radiação no corpo – para citar alguns dos exemplos lembrados por Antônio Marcos Alberti, mestre e Ph.D. pela Unicamp, atual professor adjunto do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel). Com experiência em engenharia elétrica e ênfase em telecomunicações, atuando principalmente em tecnologias emergentes e redes futuras, Alberti mora em Santa Rita do Sapucaí (MG), lugar conhecido como Vale da Eletrônica. Na visão dele, os wearables são reflexo dos avanços tecnológicos cada vez mais frequentes. “Essa abundância tecnológica cria uma disrupção em várias frentes, um repensar de tudo pelas empresas, como o próprio Uber, Airbnb”, explica. Em março deste ano, Google e Levi’s, a tradicional marca de jeans, lançaram a Commuter, uma jaqueta jeans inteligente, desenvolvida especialmente para quem pedala até o trabalho. Ao tocar nas mangas, o usuário pode atender e receber ligações ou apenas conferir as horas – graças às fibras da
jaqueta, que são conectadas por uma espécie de “abotoadura inteligente” ligada ao telefone. A novidade deve chegar às lojas no fim deste ano por US$ 350. Outro projeto interessante que mostra a entrada dos wearables no mundo da moda é o que foi feito entre a companhia de moda e tecnologia londrina Studio XO e o coletivo de moda nova-iorquino VFiles. Juntos, eles lançaram uma coleção interativa durante a Nova York Fashion Week, em fevereiro, com roupas e acessórios compostos de fibra ótica. Também para o fim do ano, está previsto o início das vendas de um boné e uma mochila que permitirão ao usuário alterar as cores e os padrões em resposta à música que estiver ouvindo. Se lá fora os wearables já assumem outro patamar e se tornam cada vez mais parte do dia a dia das pessoas, por aqui, caminhamos a passos lentos. Para Alberti, “ninguém duvida que essa abundância tecnológica vai nos conectar de todas as formas”, com roupas e implantes, por exemplo, “a questão é saber quando”. Ele acredita na Lei dos Retornos Acelerados – uma teoria que tem por objetivo descobrir como as tecnologias evoluem e prever uma data de popularização a partir disso. “A tendência é que o poder das tecnologias dobrem a cada dois anos. Foi assim com os smartphones, por exemplo.” Quando os dispositivos wearables emplacarem, ele visualiza uma revolução semelhante à que houve com o surgimento do iPhone e iPad.
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COLUNA MODA
LACRE Quem domina tudo é Rei Kawakubo. Aos 74 anos, ela é a estrela mundial da moda. Não tem para ninguém. À frente da Comme des Garçons, a estilista cria peças que são obras de arte para depois, nas lojas, apresentar as versões carésimas e comerciais (ok, nem tanto). A expo Art of the in-Between no MET promete trazer no seu lançamento um punhado de looks vanguardistas e, portanto, detonadores de tendências.
ANA CLARA GARMENDIA mora em Paris e é uma das pioneiras no movimento street style no mundo. É autodidata em fotografia e já colaborou com Style.com, The Telegraph e Vogue.it.
O QUE É TENDÊNCIA AGORA?
É
hora de colocarmos alguns pontos em órbita para quem gosta de andar realmente na crista da onda da moda sempre. Fashionistas, atenção! Os trends da hora são tantos que vou tentar enumerar os mais importantes e mais fáceis de serem encontrados em qualquer canto por onde você vá.
#BATOMROXO 40 TOPVIEW.COM.BR
#SEJAFEMINISTA
#METKAWAKUBO
FOTOS ANA CLARA GARMENDIA E DIVULGAÇÃO
COLUNA MODA
CUBRA-SE DE COR Arco-íris de paetê. Vá sem medo nos brilhos. Anos 80 total misturado aos 70 dá um 2017 bem colorido.
Tenha em mente moletons com bordados de imagens, como os de Marc Jacobs com seus sanduíches mordidos de paetês e números nas costas (sim... eles resistem). Apenas abra bem a carteira porque o preço não é nada comercial: a peça icônica custa 1.780 euros, multiplique por 4 e chegue ao valor em reais. Aqui falamos de moda e de autenticidade. E a moda hoje se volta muito ao comercial, mas rolam lindas exceções como a coleção alucinante e artística de Rei Kawakubo desfilada em março aqui em Paris. Ela vai direto para o The Metropolitan Museum os Art de Nova York, ficar exposta de 4 de maio até 4 de setembro de 2017. Ao todo, serão 150 modelos criados da década de 80 para cá. Eles irão decodificar o trabalho de Rei. Imperdível uma passadinha. Bem, é muito para ver e falar, vamos às imagens. Aproveite e se jogue no que vem por aí. É hora de ousar, brilhar, abusar e ser também feminina, masculina e sempre feminista. É hora de ser você. Esta é a maior tendência. Bisous.
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PRETO E DIVERTIDO As orelhinhas de coelho em renda voltaram, mas na verdade elas nem chegaram a ir. Divirta-se com acessórios.
ET PUIS JE FUME... As cigarreiras estão de volta. Estas são da Louis Vuitton e como na França o número de pessoas que fuma é enorme, a grife relança o acessório.
MODA
Camisa Renata Campos para Impelle, regata A.Brand, vestido (usado como saia) Bazaar Fashion, choker Silvia Döring e chapéu Leandro Venéra.
fotos Hebert Coelho modelo Jessica Bertoncelo (Image Mgt) edição de moda e styling Clé Carrer beleza Luciana Andrioni produção executiva Karina Ximenes retouch Pbj3D agradecimento MON
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VINTAGE DO FUTURO DIRETO DOS ANOS 1980, PEÇAS COM ACABAMENTO ENVERNIZADO, METÁLICO, EM LUREX E COURO SE JUNTAM A UMA ALFAIATARIA CLÁSSICA PARA COMPOR LOOKS ATEMPORAIS
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MODA
Tricô Bazaar Fashion, saia En Deluxe para Impelle, cinto A.Brand, jóias Demetra Jewelry e sapatos acervo.
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MacacĂŁo A.Brand, blusa (amarrada na cintura) Bazaar Fashion, choker Maria Dolores e pulseiras Noiga.
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MODA
Blusa FIT, vestido (usado como saia) A.Brand, jaqueta Bazaar Fashion, pulseiras Noiga e sapatos acervo.
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MODA
SERVIÇO A.Brand_(41) 3020-3395 (Pátio Batel) Bazaar Fashion_(41) 3243-2605 Cris Barros_(41) 3317-6744 (ParkShoppingBarigüi) Demetra Jewelry_(41) 9 9941-0996/9 9925-9010 FIT_(41) 3020-3650 (Pátio Batel) Impelle_(41) 3342-3904 Leandro Venéra_(41) 3324-8567 Maria Dolores_www.designmariadolores.com.br Noiga_(41) 99912-4557 Silvia Döring_silviadoring.com.br
Camisa Renata Campos para Impelle, bomber jacket Viva por Vivaz para Bazaar Fashion, calça Cris Barros e anéis Silvia Döring.
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WISHLIST
DIA DAS MÃES
FOTOS ALMIR PASTORE (3), TIFFANY&CO STUDIO (4) E DIVULGAÇÃO
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1. Brinco Miu-Miu, R$ 1.060, miu-miu.com
4
2. Bolsa Loveblade da Valentino, preço sob consulta, no Pátio Batel, (41) 3020-3644.
3. Anel ouro branco com topázio London Blue e peridoto da Viccenza, R$ 8.690. viccenza.com.br
4. Pulseira Tiffany HardWear Wrap, disponível em ouro 18k e prata de lei, no Pátio Batel, (41) 3020-3358.
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WISHLIST
DIA DAS MÃES
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FOTOS DIVULGAÇÃO
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5. Relógio Ludlow da Coach à venda com exclusividade na Vivara, R$ 950. vivara.com.br
6. Chocker da Silvia Döring, R$ 560. silviadoring.com.br
7. Moto G5 Plus da Motorola, R$ 1.499. motorola.com.br
8. Melissa Sac Bag, R$ 200. melissa.com.br TOPVIEW.COM.BR 51
WISHLIST
DIA DAS MÃES 10
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13 9. Sapatilha uFrog, R$ 139,90. ufrog.com.br
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10. VANS + À LA GARÇONNE, R$ 890. vans.com.br
11. Prada Donna, cinto da coleção Resort 17, no Pátio Batel, (41) 3020-3570.
12. Matefix Special da Eudora, R$ 31,99. eudora.com.br
13. Loção corporal capim-limão tangerina da L’Occitane, FOTOS DIVULGAÇÃO
R$ 58. loccitaneaubresil.com
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NOVA MODA
O VISUAL DO AMANHÃ PEGANDO CARONA NO TEMA DA SPFW N43, “IN-PACTOS – MANIFESTO PARA UM FUTURO”, PERGUNTAMOS À COSTANZA PASCOLATO E GLORIA COELHO QUAIS OS RUMOS DA MODA PARA OS PRÓXIMOS ANOS. AS RESPOSTAS SUGEREM TRANSFORMAÇÕES PARA ALÉM DO LOOK DO DIA
D
Gloria Coelho
iga lá: como você reconhece a época de um filme? No longa La La Land, estrelado por Emma Stone e Ryan Gosling, ficou fácil identificar os anos 1950, principalmente pelo figurino. Considerando que as músicas, a cenografia, a fotografia e, claro, o figurino, ajudam a recriar uma década e caracterizá-la nas telonas, em um futuro próximo, com quais características você reconheceria os anos entre 2010 e 2020? Para a estilista Gloria Coelho, está claro que nossa década está mais democrática, responsável e descontraída. “As mulheres estão identificando mais suas identidades próprias e respeitando isso. Existe uma tendência de valorizar a si mesmo, até com uma maquiagem mais natural. A gente está criando uma nova identidade”, declara. Na década em que “tudo pode”, o street style é forte e a regra é não ter regra. Expert no assunto – há pelo menos 50 anos ela analisa desfiles nacionais e internacionais –, a empresária e
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por Greyci Casagrande
consultora de moda Costanza Pascolato lembra que as fashion weeks, sobretudo as brasileiras, sempre trazem um retrato do momento social e econômico do país. E, hoje, a realidade é confusa. “Caiu muito o consumo de certas marcas, por outro lado, as fast fashion cresceram. As pessoas estão buscando mesclar peças caras com outras mais baratas”, analisa. Neste sentido, segundo Costanza, a São Paulo Fashion Week de março – cujo tema esteve calcado no futuro –, brilhou ao trazer o sistema See Now Buy Now (no qual era possível adquirir qualquer peça desfilada minutos depois da passarela). “É uma tentativa de aproximar as pessoas dessa moda mais voltada ao consumo”, analisa. E se os estilistas estão cada vez mais focados em criações “fáceis” de vender, isso inclui, conforme explica Costanza, uma individualização das peças. “O look completo perdeu a força”, diz. As marcas têm se preocupado em criar peças mais versáteis, que podem com-
FOTOS KELLY KNEVELS
Costanza Pascolato
FOTO FOTOSITE
FOTOS DIVULGAÇÃO
O inverno chega com muita informação assimétrica, como no look desfilado pela Burberry em fevereiro. Costanza orienta ainda ficar de olho na Dior (à dir.). Segundo ela, é uma marca clássica que sabe se reinventar.
O look completo perdeu a força. Costanza Pascolato
FOTO ZÉ TAKAHASHI FOTOSITE
As mangas longas e com detalhes nas barras estará presente, como adiantou Burberry (à esq.). A alfaiataria ganha novos materiais, como a malha de neoprene, usada em roupas de surf.
João Pimenta SPFW N43. TOPVIEW.COM.BR 55
NOVA MODA
A gente está criando uma nova identidade.
O decote ombro a ombro, hit no verão, permanece mesmo no frio, principalmente em vestidos – Juliana Jabour representou bem a trend na última SPFW (à esq.). E os metalizados continuam, como o casaco da TIG, também da SPFW.
binar com facilidade. O que torna fácil e ainda mais popular a compra pela internet – uma tendência que, para ela, é irreversível. ATHLEISURE: O NOVO ESPORTE-FINO
“Já nos anos 1980, a Traudi Guida, da Le Lis Blanc, tinha uma empresa só de moletom colorido. E as pessoas faziam fila na porta da loja para comprar”, recorda Costanza, ao analisar que não é de hoje que a brasileira gosta de se sentir confortável. “Ela sempre foi mais casual e procura um look que possa ir de uma reunião até a escola buscar o filho”, afirma. Neste sentido, segundo ela, fomos precursoras no athleisure, uma tendência que já se faz presente e é apontada como a palavra-chave do futuro – e vem dos termos da língua inglesa athlete (atleta) e leisure (lazer). “A gente abraçou um estilo de vida diferente, faz mais exercício, se preocupa 56 TOPVIEW.COM.BR
FOTOS DIVULGAÇÃO
Gloria Coelho
mais com a alimentação. O athleisure é símbolo da época em que vivemos hoje”, resume Costanza. A adoração da brasileira pelo tênis e peças oversized estão aí para provar. Gloria concorda, ao analisar que as principais trends para o inverno deste ano trazem uma pegada esportiva. “Cardigãs, blazers, parcas, mantôs, botas… Estamos num momento mais street”, completa. O tênis abotinado e a parca, para ela, são os must have da próxima estação, “o mundo inteiro está fazendo”. Aqui, ainda indica “comprar um tamanho acima do seu, no caso do casaco”. Mas a maior tendência mesmo está na forma de consumir – que vai refletir diretamente na forma de produzir das grandes marcas. “As pessoas só vão comprar da Gloria Coelho se a Gloria Coelho não agredir o planeta e não explorar mão de obra barata. Já existem aplicativos onde os consumidores divulgam quem explora e polui. Se você não tiver essa decência, não vai durar”. Ainda bem!
COLUNA RUY BARROZO
Coisas de mulher
LÍQUIDO DOURADO No final de abril, a cervejaria Baden Baden vai viajar até Londres, na Inglaterra, para receber mais uma medalha. Desta vez, do International Brewing Awards 2017. A bebida premiada foi a Baden Baden Golden, que conquistou a medalha de bronze na categoria Fruit & Vegetable Beer (cerveja de frutas ou vegetais).
MOBILIÁRIO A escrivaninha Bossa, que homenageia os mestres da marcenaria brasileira dos anos 60, como Joaquim Tenreiro e Jorge Zalszupin, foi escolhida para fazer parte da mostra Be Brasil na Semana de Design de Milão.
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FOTOS DIVULGAÇÃO
A FYI, marca do grupo Soma, acaba de lançar sua coleção de inverno 2017, intitulada Giardini. Pensada para jovens mulheres com punch urbano, alma cosmopolita e cidadãs do mundo, as peças aliam informação de moda com toques glam rock e inspiração artsy.
The Best
FOTOS DIVULGAÇÃO
A Honda Automóveis foi premiada em duas categorias na 19ª Eleição dos Melhores Carros, promovida pelo site Best Cars. Os sedãs Civic Geração 10 e City foram eleitos os melhores em suas respectivas categorias (Sedã Médio e Sedã Pequeno – Classe 2), por meio de votação realizada entre os meses de outubro e dezembro de 2016.
VENCEDOR A editora Astral Cultural traz ao público o livro do administrador e empresário paulista Leonardo Young, vencedor do MasterChef Brasil de 2016. Na obra, licenciada pela produtora Endemol Shine Brasil, o autor conta sua trajetória na cozinha, além de trazer receitas únicas e deliciosas para os leitores. Em A Cozinha de Leonardo Young, Leonardo conta, entre outras coisas, o segredo do famoso carpaccio de vieiras, com o qual venceu o programa de culinária mais querido do Brasil.
FLORES INSTANTÂNEAS Para proporcionar experiências completas aos seus frequentadores, o Shopping Crystal passa a oferecer uma máquina em que os clientes podem escolher e adquirir flores dentre as opções disponíveis. A Flower Machine, da floricultura Esalflores, é um projeto inédito no país e já está em operação em mais de 30 cidades brasileiras.
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COLUNA BUSINESS
A HORA É DAS EXPERIÊNCIAS
PAOLA GULIN É SÓCIA-PROPRIETÁRIA DA NOMAD ROOTS E ESPECIALISTA EM ROTEIROS TURÍSTICOS CUSTOMIZADOS PARA VIAJANTES DISPOSTOS A VIVENCIAR JORNADAS COM SIGNIFICADO
É
unânime entre os pesquisadores de tendências: no mundo de hoje, as pessoas estão preferindo investir em experiências em vez de acumular bens. Para estas, o turismo oferece um cardápio cheio de possibilidades. Foi-se o tempo em que o brasileiro viajava para o exterior para fazer compras e tirar fotos em pontos turísticos. Temos hoje um viajante que enxerga suas viagens como uma oportunidade de conhecer novas culturas, maravilhar-se com a natureza, trabalhar sua espiritualidade, expandir sua visão de mundo, conectar-se com o outro e, inevitavelmente, com a sua essência. Não importa o propósito de cada viagem, a busca de hoje é por experiências autênticas e engrandecedoras, preferencialmente customizadas. Há uma grande demanda por destinos inóspitos que proporcionam uma desconexão da vida agitada para pura contemplação da natureza, como o Deserto do Atacama, Patagônia, Islândia, caçada à Aurora Boreal nas regiões polares, safaris pela África e até o deleite das Maldivas. Neste ano, declarado pela ONU como o ano do turismo sustentável para o desenvolvimento, há quem busque destinos com risco iminente de desaparecimento (como Ártico e Amazônia) ou em profunda transformação, como Cuba, Myanmar e Butão que – ainda! – não sofrem grandes influências da globalização e conservam sua autenticidade.
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Vemos um viajante com a cabeça mais aberta, disposto a se aventurar em culturas que são completamente diferentes e vivenciar o novo. Por isso, cresce a demanda por países da Ásia, pela diversidade de experiências que estes proporcionam: desde o contato com a cultura local, passando por paisagens maravilhosas, à busca pela espiritualidade e práticas como ioga e meditação. Para o viajante conectado, a internet faz com que a Ásia esteja “logo ali”, ao mesmo tempo que o confunde pelo excesso de informações – daí vem a crescente procura por especialistas nos destinos. Mas isso não quer dizer que destinos mais “comuns” não estejam em alta: o que muda é a forma de explorá-los. Que tal fazer um roteiro de bicicleta para conhecer as vinícolas de Portugal? Ir para a África do Sul e fazer um trabalho voluntário em uma ONG? Contratar um “local friend” em Nova Iorque para te levar nos lugares mais bacanas do momento? Voltar para Paris com um especialista em gastronomia? Ou ainda, viajar para conhecer seus ancestrais, depois de fazer um exame que indica as regiões do mundo onde se encontram mais pessoas com DNA semelhantes ao seu? Dar uma volta ao mundo em um jato particular? Para os wanderlusters – pessoas com forte desejo de explorar o mundo – , nem o céu é o limite.
FOTOS ARQUIVO PESSOAL (1) E TANNOBI
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MERCADO DE LUXO
UM DOS NOMES MAIS SIGNIFICATIVOS DO MOBILIÁRIO DE LUXO, A NATUZZI ITALIA ACABA DE GANHAR LOJA PRÓPRIA EM CURITIBA, A PRIMEIRA NO SUL E A SEGUNDA NO BRASIL. A TOP VIEW CONVERSOU COM WILSON ELIAS, UM DOS PROPRIETÁRIOS, PARA SABER MAIS DETALHES DA NOVIDADE por Luise Takashina
NATUZZI ITALIA (41) 3013-2020 Av. Nossa Senhora da Luz, 1.699, Jardim Social
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Top View: Por que abrir uma loja exclusivamente da Natuzzi Italia, se a Ton Sur Ton, da qual você também é um dos donos, já trabalha com a marca Natuzzi? Wilson Elias: O projeto da marca inclui galerias [espaços exclusivos dentro de
uma loja] em lojas exclusivas. Nós optamos por ter as duas, para que pudéssemos ter, no caso da Natuzzi Editions, exclusividade em Curitiba e em toda região metropolitana. O senhor Pasquale Natuzzi decidiu abrir para o Brasil a linha prime e a marca nos propôs, pela parceria desde 2009, abrir a loja da Natuzzi Italia [A Natuzzi trabalha ainda com a linha Re-Vive] e aceitamos. TV: Então a loja já estava pré-concebida, não importando o momento econômico? WE: Na realidade, a loja era para ser aberta no Batel, onde hoje é o nosso outlet, mas achamos que ia ficar próximo da loja da Ton Sur Ton. Calhou de a Florense [no Jardim Social] estar desocupando o imóvel, então nós nos associamos ao Nelson e ao Eduardo Calcagnotto e resolvemos encarar a Natuzzi Italia. TV: Qual é a expectativa com a loja? WE: A ideia é seguir um passo a passo, facilitando desta forma a consolidação da loja. Existe uma ajuda mútua entre Ton Sur Ton e Natuzzi Italia, e a própria Florense, então estamos com um time bom para difundir a marca. TV: O que aponta como diferenciais da peça? WE: O design, porque são produtos de vanguarda. Quando o Studio Italia projeta algo, projeta para a linha Natuzzi Italia. Há revestimentos de couro exclusivos, tecidos exclusivos, vindos diretamente da Itália. Eles primam pela perfeição na costura, que tratam como alfaiataria.
© JOSEPH CARDO / GROUND STUDIO
NOVA MECA DO DESIGN
BAHIA
UM PORTO SEGURO PARA TODOS MAIS DE 500 ANOS DEPOIS, AINDA HÁ MUITO QUE DESCOBRIR NO MUNICÍPIO DO SUL DA BAHIA. MERGULHE NA HISTÓRIA DO BRASIL E NAS ÁGUAS CRISTALINAS, HOSPEDE-SE NUMA VILA DE PESCADORES, DESFRUTE DA GASTRONOMIA MUNDIAL, VISITE UMA TRIBO INDÍGENA E RELAXE EM ACOMODAÇÕES DE LUXO RÚSTICO por Yasmin Taketani, de Porto Seguro
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PRAIAS
FOTOS DIVULGAÇÃO
Taperapuan (foto), na Orla Norte, é a mais badalada e onde há barracas com infraestrutura completa. Itacimirim, um pouco antes, já é mais tranquila e simples, frequentada pelos nativos.
O Marco do Descobrimento, trazido de Portugal junto às caravelas da frota de Cabral, no Centro Histórico de Porto Seguro. O local é tombado pelo Iphan como Patrimônio Histórico Nacional e reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade.
C
ontrário à ideia redutiva mas persistente de agito juvenil, o que se encontra em Porto Seguro é riqueza de paisagens, humores, sabores, sorrisos e silêncios. O slogan oficial não mente: mais de 500 anos depois, ainda há muito que descobrir no município do sul da Bahia. São pontos históricos onde se visita ou revisa a narrativa do país, aldeias indígenas que proporcionam uma olhadela em suas culturas, parques naturais acessíveis que aprendemos a reverenciar, restaurantes típicos na mesma quadra de um izakaya (tradicional boteco japonês), praias com todas as mordomias ou ermas, barracas de artesanato ou lojas refinadas, condomínios luxuosos ou casas de pescadores reformadas que figuram em revistas especializadas em arquitetura de interiores. “Nós, baianos, tentamos ser modestos mas não encontramos argumentos”, brincou Nizan Guanaes, um dos mais influentes publicitários do país, antes de falar a um grupo de empresários de turismo da região. Para esse baiano bem viajado, que passa férias em Trancoso, não há melhor lugar turístico: “Pode ter destinos mais bonitos, águas mais claras. Mas o conjunto da experiência, a energia... Você sente”. É uma explicação para os tantos visitantes que resolveram ficar por ali, e que encontramos por todos os cantos. Pode-se fazer um paralelo entre a imagem que o destino pretende enfatizar com a mudança da célebre Passarela do Álcool, palco de uma feira noturna de artesanato, para o título de Passarela do Descobrimento. Porém, assim como os 500 moradores de Caraíva não querem saber de asfalto para chegar à comunidade, características que fazem desta uma cidade vibrante devem resistir. Afinal, um dos “portos” é feito de coquetéis com nomes provocativos e anunciados por vendedoras irreverentes, velhos pescadores comercializando pingas com títulos que fazem o cliente enrubescer, aplausos à faxineira durante um festival de música erudita, nativos que incorporam o “farofeiro”, como brincou um taxista, porque os preços praticados nas praias sofrem do índice turista. Descubra a seguir um pouco da riqueza do local. A jornalista viajou a convite da Secretaria de Turismo de Porto Seguro (BA).
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BAHIA
A cidade histórica é realmente um museu a céu aberto, um passeio tranquilo por construções coloridas, lojas de artesanato, vista do mar. Os pontos de destaque são a Igreja de São Benedito (construída pelos jesuítas) e Nossa Senhora da Penha, e uma ex-prisão transformada em museu. Próximo à Igreja de São Benedito, ao lado de uma enorme árvore, está o melhor acarajé provado pela reportagem – o Acarajé da Cris – e os destilados de nomes provocativos do ex-pescador Cheiroso. Em 2000, a área foi reconhecida como Patrimônio Natural da Humanidade.
PARQUE NACIONAL DO PAU-BRASIL
Bromélias gigantescas, orquídeas variadas e pau-brasil (cujas árvores novas são identificadas por espinhos no tronco) são avistados a todo instante pelo Parque, cuja fauna e flora surpreendem a cada passo.
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O passeio, que a princípio não gerou grandes expectativas, se mostrou um dos mais emocionantes: encontrar uma árvore de 800 anos, bromélias que retêm até 200 litros de água, orquídeas de incontáveis formas e cores e um berçário de pau-brasil é extasiante. Fábio Faraco, chefe do parque de mais de 19 mil hectares de área protegida, repetia: “Só se conserva o que se conhece”. Além do trabalho de pesquisa, recuperação, preservação e combate ao desmatamento (o pau-brasil, por exemplo, rende altas cifras para a fabricação de arcos de violino), o parque busca aproximar o público com trilhas acessíveis, de percursos de 160 m a 2,6 km. Pelos passeios é possível encontrar espécies de fauna e flora raríssimos, como a harpia (é um paraíso para birdwatchers; junho, período de floração, promete um festival de cores), e o próprio pau-brasil. No modelo de desenvolvimento sustentável, atua em parceria com a ONG Conservação Internacional na capacitação, venda de artesanato, reconhecimento e promoção de atividades culturais em comunidades indígenas vizinhas. O espaço está em processo de licitação de serviços e deve oferecer no segundo semestre lanchonetes, aluguel de bicicletas, camping, tirolesa etc. Visitas devem ser agendadas, no momento, pelo parnadopaubrasil@gmail.com.
FOTOS DIVULGAÇÃO
Porto Seguro
Kijeme (oca) na aldeia e índios pataxó, que ali resgatam seu modo tradicional de viver. O artesanato, com destaque para os colares e pulseiras, está à venda no local (aceita cartão de crédito). Abaixo, a repórter da Top View recebendo as boas-vindas com uma pintura corporal típica.
RESERVA INDÍGENA DA JAQUEIRA Na rua do Telégrafo, a 30 minutos do Centro e com acesso simples, a reserva mais conhecida da região tem no turismo sua principal atividade econômica, e recebe visitantes para passeios de três horas, um dia inteiro e até pernoite. A aldeia pataxó, fundada em 1997 para afirmar sua cultura, reúne 32 famílias. Ela é apresentada durante o tour, bem como antigas armadilhas usadas na caça e o peixe assado na folha de patioba. O ponto alto é o relato de Nitynawã, uma das fundadoras da aldeia, sobre sua própria história: a vida nômade depois da expulsão das terras, a pobreza e o preconceito, a negação da identidade até a estruturação da reserva, o reencontro e preservação da cultura.
ONDE COMER Bistrô da Helô: abre para jantar de segunda-feira a sábado, com boa variedade de pratos (massas, carnes, peixes) ao preço médio de R$ 70. Prove a caipirinha de seriguela, fruta local pequenina e de paladar acessível. R. Marechal Deodoro, 172 (também conhecida como rua do Mangue).
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BAHIA
Trancoso O distrito de Trancoso guarda outros pontos de interesse turístico, como o Teatro L’Occitane (foto), projetado pelo arquiteto François Valentiny e idealizado por um grupo de amigos apaixonados por música e pela região. Há dois palcos, incluindo um a céu aberto, com cerca de mil lugares cada. Anualmente, os espaços lotam durante o festival Música em Trancoso, que em 2017 trouxe grandes nomes da música erudita e outros gêneros para apresentações junto à Orquestra Acadêmica Mozarteum, formada por bolsistas e músicos profissionais. É emocionante ver a participação da comunidade local, que tem acesso aos ingressos a preços populares, lota e vibra com concertos de Bach, Vivaldi e Piazzolla. Vista da Casa Massi e sala da Casa Eugênia, no Uxuá Casa Hotel.
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Na Praia dos Coqueiros, almoce na Cabana Aconchego, que tem 25 anos de história, pé na praia e uma cozinheira disputada por hotéis e estrangeiros que passam a temporada na região. Prove o peixe na telha, assado com legumes, mas guarde espaço para a sobremesa (para dividir) de prestígio. Depois da refeição, sentar numa cadeira em frente ao mar ou deitar numa das redes no restaurante é quase obrigatório.
ONDE FICAR O Uxuá Casa Hotel e Spa reúne casas tradicionais do Quadrado que foram repaginadas, ganhando conforto, atenção ao detalhe e elegância rústica, mas preservando características importantes dos imóveis e seus proprietários (que dão nome às construções). Cada uma tem cara e estrutura únicas, mas todas dialogam com a paisagem, cultura e história local. Para maio e julho de 2017, as tarifas começam em R$ 1.510 mais taxas (exceto feriados). uxua.com 72 TOPVIEW.COM.BR
FOTOS LEO MACEIRA (1) FERNANDO BERNARDO PRANDI (2) E DIVULGAÇÃO
ONDE COMER
PRAIA DO ESPELHO A estrada de acesso é ruim, somando 1h30 de viagem do centro de Porto Seguro, e é preciso acordar cedo para garantir a maré baixa. Mas compensa. Essa é considerada uma das praias mais bonitas do Brasil, tranquila, e onde se formam piscinas naturais. O nome se dá pelas águas cristalinas, que reflete o azul do céu. Onde ficar: a Enseada do Espelho é charmosa, tem vista para o mar, bom atendimento e apartamentos até com deck privativo e hidromassagem. As tarifas começam em R$ 560.
Fachada de vila do Complexo Fasano, cujo projeto acaba de ser lançado.
TRÊS RESTAURANTES EM TRANCOSO, POR NIZAN GUANAES O Cacau: restaurante que dá um toque contemporâneo às receitas tradicionais da Bahia, tem um deck agradável que é palco de casamentos e festas. Na Praça São João Batista, 96. (73) 3668-1266. ©2
FASANO O projeto do complexo Fasano na Praia de Itapororoca, anunciado em abril, envolve um hotel assinado pelo arquiteto brasileiro Isay Weinfeld, com 40 bangalôs de 60 e 90 m², beach club com restaurante, piscinas, spa, fitness center, entre outros; 23 vilas residenciais, de 262 m² a 408 m², de frente para o mar; e 19 estâncias em lotes de 3.564 m² a mais de 8 mil m², com serviços do hotel e quadra de tênis no terreno. A previsão de inauguração é para o primeiro semestre de 2019.
Maritaca: serve grelhados, massas, frutos do mar, risotos e pizza. Na R. do Telégrafo, 388. (73) 3668-1702. Barracas de praia Segundo o empresário, não tem erro: “Em qualquer barraca de praia você vai comer muito bem”. Os destaques são a moqueca de peixe ou frutos do mar e o bobó de camarão.
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BAHIA
Arraial d’Ajuda Conta-se que o distrito foi reduto de artistas fugindo da ditadura militar. Há muitas praias para se visitar, mais ou menos agitadas, e uma vida noturna cheia de atrações. A concentração se dá na rua do Mucugê, ponto de bares, restaurantes, música e lojas, com opções para todos os gostos. Vale a visita até a Igreja de Nossa Senhora d’Ajuda, que data da metade do século 16, com uma bela vista para o mar emoldurado por milhares de fitinhas do Bonfim. Há opções de passeio de quadriciclo e de bicicleta pelas praias. A do Mucugê, mais próxima ao centro, tem boa infraestrutura.
Igreja Nossa Senhora D’Ajuda. Vista da praia do Parracho desde o hotel Saint Tropez. Arraial Eco Resort se destaca também pela gastronomia.
ONDE FICAR E COMER Saint Tropez: hotel quatro estrelas à beira da Praia do Parracho, com opções de suítes, chalés e apartamentos, tem restaurante de comida internacional e regional aberto ao público, drinques tradicionais e uma versão do popular “capeta”, mistura de guaraná em pó, vodca, canela, leite condensado. Diárias a partir de R$ 520 para casal, com café da manhã. saint-tropez.com.br 74 TOPVIEW.COM.BR
Arraial Eco Resort: possui píer privativo para cruzar o rio Buranhém, com balsa gratuita para hóspedes (atende apenas pedestres). A estrutura inclui spa, ótimo restaurante, praia quase privativa, piscinas em frente ao mar e parque aquático na região à disposição dos hóspedes. arraialresort.com Diárias a partir de R$ 700, em suítes com até 115 m² e vista (da cama) para o mar.
Caraíva
FOTOS JOÃO GUILHERME (1) E DIVULGAÇÃO
O destino ainda é divulgado como “alternativo”, por ser uma vila com infraestrutura básica, mas já dá sinais de conquistar um público fiel. Fundado em 1537, é o mais antigo vilarejo do Brasil, Patrimônio da Humanidade da Unesco, e área de proteção ambiental. Deixa-se o carro num estacionamento (R$ 15 a diária) e atravessa-se o rio Caraíva de barco (R$ 10 ida e volta por pessoa; saídas a cada 10 minutos). Não há postes de luz e o transporte interno é por carroças com dizeres divertidos. “Caraíva não tem mais baixa temporada”, diz Pará, nativo dono de um restaurante que leva seu nome. Segundo ele, o turismo se intensificou há cerca de 10 anos, com a chegada de energia elétrica e comodidades como água quente e ar-condicionado. “Foi importante para receber o turista com mais qualidade”, explica. Uma pracinha, casinhas simpáticas, restaurantes e ateliês de artistas compõem a paisagem. O encontro de mar e rio é um belo espetáculo.
O rio Caraíva, à beira do qual se caminha para chegar à praia da Barra. O Boteco do Pará tem refeições bem servidas e peixes fresquíssimos. Pousada da Barra (abaixo), bem sombreada por coqueirais.
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ONDE FICAR
ONDE COMER No Boteco do Pará, no Ponto do Mentiroso (em referência à expressão “história de pescador”), os produtos são fresquíssimos, pescados logo ao lado pelo proprietário. O pastel de arraia (R$ 9) é o carro-chefe. Destaque também para o peixe na telha (R$ 165) e a moqueca de peixe e camarão (R$ 118). De terça-feira a domingo, das 11h às 19h.
Cores do Mar: trabalha a simplicidade a seu favor, oferecendo bangalôs, chalés e apartamentos do lado do mar. pousadacoresdomarcaraiva.com.br Casa da Praia: a pousada está instalada em Caraíva há mais de 20 anos. Oferece café da manhã à beira do mar, possui restaurante próprio, piscina e oferece aulas de ioga. Suítes a partir de R$ 570. casasdapraiacaraiva.com.br Pousada da Barra: localizada bem no encontro entre rio e mar, possui apartamentos e chalés bem sombreados por coqueirais, piscina, atividades esportivas e serviço de spa. Diárias a partir de R$ 385. caraiva.com TOPVIEW.COM.BR 75
OPINIÃO
As elites
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e a classe opressora é a classe que detém poder sobre os oprimidos, se a classe opressora é a classe que retém os ganhos dos oprimidos, se a classe opressora é a classe que tem mais privilégios que os oprimidos, então, a classe opressora no Brasil é a classe política. Políticos, com seus salários, benefícios, poderes e privilégios formam a elite do nosso país. Cidadãos comuns, sejam empregados, sejam empregadores, são explorados por um governo que confisca metade de seus ganhos e legisla em causa própria, como se fosse separado do resto da população. Alienados. Autocentrados. Enquanto discutimos inutilmente “esquerda” e “direita”, acusando uns aos outros de estarem fora da realidade, eles riem da nossa cara. Porque a verdadeira polaridade da sociedade não está nas diferenças ideológicas, mas no distanciamento entre a elite governante e o cidadão comum. Como podem propor a reforma da previdência e não serem afetados? Como podem cometer crimes e terem foro privilegiado? Como podem ganhar tão bem e acumular tantos benefícios enquanto muitos passam fome? Político e cidadão não conversam, não habitam o mesmo planeta. Ignoram um ao outro, odeiam um ao @betomadalosso
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outro, vivem cada um por si, como se ignorar a existência alheia fosse a fórmula da felicidade. Líderes políticos elegem conspiradores para justificar seus fracassos. Hugo Chávez apontava o dedo para o imperialismo norte-americano; Donald Trump aponta o dedo para os imigrantes. Nosso ex-presidente, por sua vez, separou o Brasil em duas classes e lançou a ideia de que a elite é a causa dos nossos problemas, criando uma espécie de guerra civil – nós contra eles – e, enquanto trocamos farpas na base da pirâmide, lá em cima excelentíssimos senhores com as cuecas forradas de dinheiro formam uma quadrilha para se manter no poder. Vamos abrir os olhos de quem ainda não quis enxergar: o povo somos nós, trabalhadores pagadores de impostos, patrões ou empregados, independente do tamanho de nossas riquezas. Elite são eles, a quem chamamos de autoridades, que se associam a bancos e empreiteiras, que se apropriam dos nossos salários e que legislam em causa própria – blindados por uma bolha chamada poder público. É fato. O problema do Brasil são as elites. Espero que tenha ficado claro de qual elite estamos falando. (Este texto é generalista, não acho que todo político seja imprestável.)
tutanogastronomia.com.br
/betomadalosso
FOTO EDUARDO MACARIOS
BETO MADALOSSO DEIXA DE LADO A GASTRONOMIA PARA ESCREVER SOBRE COISAS DO DIA A DIA E CRITICAR O QUE LHE INCOMODA
© BETO ETEROVICK
NOVIDADES SABORES
ALÉM DO CAFEZINHO O chef Flávio Frenkel assina o novo cardápio do MON Café, agora muito mais abrangente, com um menu artesanal no almoço feito com ingredientes de produtores locais. Entre os destaques estão os sanduíches com pães e embutidos preparados na casa, como o Bresaola (R$ 26,90). As tradicionais massas do chef também são servidas e o menu de almoço é servido até as 18h. MON CAFÉ_(41) 3350-4400. R. Mal. Hermes, 999, Centro Cívico.
PARA CELEBRAR A VIDA Idealizado pelo empresário Fábio Arasanz, o Cleriquot traz um formato inédito de bar para Curitiba: misto de bubble bar e restaurante, servindo rótulos como Moët & Chandon, Dom Pérignon e Veuve Clicquot, e menu exclusivo assinado pelo chef Fábio Mattos – do contemporâneo Poco Tapas. CLERIQUOT_Alameda Carlos de Carvalho, 1.262, Batel.
© MARCOS VINÍCIUS CALOMENO
O concurso que vai escolher o melhor boteco de Curitiba e, em seguida, do Brasil, chega à capital paranaense pelo terceiro ano, agora com o tema cereais. Quinoa, trigo, cevada, milho, aveia, linhaça e centeio são alguns dos ingredientes usados nas receitas criadas pelos 18 estabelecimentos participantes. Vai até o dia 7 de maio. Não há preço mínimo, apenas máximo (R$ 25,90). A lista com os participantes e seus petiscos está em topview.com.br.
© MARCELLO KAWASE
MÊS DO COMIDA DI BUTECO
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ROTEIRO
GUIA DO COMER BEM SELECIONAMOS 16 LUGARES QUE SERVEM OPÇÕES DE COMIDA VEGANA, VEGETARIANA, FIT, FUNCIONAL, ENTRE OUTRAS, E EXPLICAMOS O QUE É CADA UMA DELAS por Juliana Reis
A
lgo vem mudando ao longo dos anos no hábito de comer dos brasileiros: é a vontade de ter coisa mais saudável na mesa. E essa constatação vem de pesquisas como a do Instituto Datafolha, que ano passado divulgou que 56% dos estabelecimentos gastronômicos brasileiros acreditam que seus clientes estão mais interessados no consumo de alimentos saudáveis. Também de acordo com
Bistrô da Bibi
um estudo da agência de pesquisas Euromonitor, entre 2009 e 2014, o mercado de alimentação voltada à saúde cresceu 98% no Brasil, colocando o país na 5ª posição no ranking mundial do segmento. E comida saudável não quer mesmo dizer comida sem graça. Curitiba entrou na onda e lugares que servem delícias adequadas a fazer bem à saúde estão por toda a parte. A Top View visitou alguns deles.
Mahatma Gourmet
Sorella Funfit Faz Bem
Tasty Salad Shop
ATENÇÃO: a maioria das casas oferecem cardápios convencionais também, não apenas as categorias destacadas nesta reportagem.
Mambavegan Hamburgueria
Madero
Free Fish
Leve2Go
Veg Lev
Verd & Co Delight
Pizza Rigani
Quintana Café e Restaurante
Comidália
LUGARES PARA COMER
Restaurante Clorofila
1. Sorella Culinária vegetariana, com algumas opções veganas, sobremesas com e sem açúcar e sucos. O tradicional Sorella oferece um bufê (R$ 54/kg ou R$ 27/livre nos dias de semana; R$ 35 aos domingos) com excelente e variada gama de massas, cereais e verduras. A maior parte dos ingredientes é de procedência orgânica. Entre as sobremesas, destaque para os cremes de frutas ao iogurte natural. A lojinha vende pães, granolas e sucos. (41) 3026-5794. Rua Marechal Hermes, 728, Centro Cívico. Segunda a sexta das 11h30 às 15h; domingo das 11h30 às 15h30. sorellacentrocivico.com.br. Tem lojinha.
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2. Delight Café e empório de produtos sem glúten, sem lácteos e funcional. O cardápio desse charmoso cantinho tem substanciosas receitas funcionais – muitas sem glúten ou lactose – e não deve em nada aos cardápios convencionais. São várias opções entre refeições e lanches bem servidos, como a omelete de três ovos com manteiga ghee (R$ 10,30) e a tapioca de frango com requeijão e castanhas-do-pará (R$ 17,50). Tem café com leite de coco feito na casa, sucos naturais termogênicos, chás, etc. Garantem que o ambiente é livre de contaminação cruzada (quando há transferência de traços ou partículas de glúten de um alimento para outro).
domingos das 12h às 18h. delightsaude.com.br. Tem lojinha.
3. Comidália Ambiente acolhedor e cardápio com opções mais naturais e saudáveis. Tem como base os alimentos funcionais com menos produtos industrializados, menos açúcar, menos sódio, menos gorduras saturadas. Funciona como um café que serve delícias como salgados para vegetarianos, doces sem glúten e sucos naturais e como restaurante com bufê em horário de almoço.
© CAROL SÁBIO
Campina do Siqueira. Terça a sábado das 11h às 21h;
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(41) 3092-0203. Rua Major Heitor Guimarães, 1.214,
Delight Bistrô da Bibi
(41) 3049-0130. Av. República Argentina, 30, Água Verde. facebook.com/pg/comidaliagastronomia
4. Bistrô da Bibi Duas amigas mudaram de profissão e começaram a se dedicar a levar uma forma mais saudável de alimentação há três anos criando um Kit Detox com marmitas congeladas. Evoluíram para o Bistrô da Bibi, misto de cafeteria e restaurante com sanduíches, sucos especiais, bolos, tortas salgadas e outras delícias saudáveis. Para almoço, diversos pratos funcionais, saladas, pratos vegetarianos e até veganos em bufê a R$ 59,40/kg. Os freezers estão cheios de marmitinhas e sopas (R$ 18 a R$ 22). (41) 3024-4421. Rua Nilo Peçanha, 1.398, Bom Retiro. bistrodabibi.com.br. Tem lojinha.
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ROTEIRO
5. Leve2Go A proposta é um fast food saudável com sanduíches (R$ 15 a R$ 26,75), wraps (R$ 15,25 a R$ 25,75), saladas (R$ 16,75) e sopas (R$ 15,50) – além de deliciosas sobremesas – feitos com ingredientes fresquinhos, alguns orgânicos. Intolerantes a lactose podem avisar para que o pedido seja adaptado, assim como vegetarianos e veganos. Foi um dos indicados para comida saudável no Prêmio Top View Gastronomia 2016.
Leve2Go
© JÚNIOR RODRIGUES/COOKERY PHOTOS
(41) 3077-3322. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 771, Centro, e Rua Senador Xavier da Silva, 417, Centro Cívico. Segunda a sexta das 10h às 20h (Centro); segunda a quinta das 9h às 18h, sexta das 9h às 17h (Centro Cívico). leve2go.com.br. Tem delivery. Tem lojinha.
*YRÁ X *E^ &IQ Esta casa especializada em sobremesas funcionais é expert no quesito comer sem culpa. Tudo é sem glúten, sendo algumas receitas sem lactose. Serve delícias como brigadeiro proteico de Whey, brigadeiro com castanha-de-caju , creme de avelã e cacau proteico e o doce sucesso Chia Pudding (R$ 11) – com sementes de chia hidratadas no leite de coco, adoçado com açúcar demerara e coberto com coulis de frutas vermelhas. O kit de quatro minicoxinhas sem glúten assadas feitas com massa de batata doce, farinha de grão-de-bico, leite vegetal e ovos e recheada com frango desfiado, empanada com linhaça custa R$ 15 na lojinha, que tem leites vegetais, chás, sucos e tudo o que é servido na casa. (41) 3501-7702. Rua Rocha Pombo, 280, Juvevê. Terça a sexta das 12h30 às 19h, sábado e domingo das 14h à 19h); também no ParkShoppingBarigüi, Shopping Estação e Shopping Palladium. facebook.com/pg/funfitgourmet. Tem lojinha.
7. Madero
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Há pouco mais de um ano o Madero introduziu em seu menu a linha Fit, que oferece pratos e sanduíches preparados com ingredientes funcionais como trigo integral, grãos, sementes e creme de palmito, tudo com menos sódio e menos carboidrato com e/ou sem carne. Além de oferecer opções para quem busca uma alimentação mais leve, a linha Fit proporciona a inclusão de pessoas com restrições alimentares - como é caso da blogueira especializada em alimentação saudável Pati Bianco (do blog Frufruta), que ajudou a casa a elaborar a nova linha. Está disponível em todos os restaurantes Steak House. restaurantemadero.com.br
8. Mambavegan Hamburgueria Oferece opções de hambúrguer vegetarianos, veganos e alguns sem glúten. O ketchup delicioso é caseiro. Tem até chocolate quente feito à base de leite de coco caseiro e cacau. Todos os dias, das 17h às 19h, tem promoção com um sanduíche a preço especial (R$ 12). Um dos destaques é o Mamba: pão de hambúrguer com gergelim, pasta de manjericão, hambúrguer de milho com alho poró, tomate fatiado, alface roxa, picles e, acompanhando, porção de couve flor empanada. (41) 3040-8070. Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1.345.
9. Quintana Café e Restaurante O restaurante da chef Gabriela Carvalho – uma das vencedoras do Prêmio Top View Gastronomia 2016 – é referência de cardápio saudável na cidade. Serve carne, mas também uma refeição vegetariana completa. A proposta é a de um menu com cerca de 70% de seus ingredientes orgânicos, a maioria de cultivo local e adquirida diretamente dos produtores. A cada dia serve uma inspiração gastronômica diferente, proveniente de diversas regiões do mundo. O bufê de almoço custa R$ 42/ livre ou R$ 69,90/100gr durante a semana ou R$ 59/ livre no final de semana.
Mambavegan Hamburgueria © CRIS PARTICA/TC ESTÚDIO
facebook.com/mambavegan
© DIEGO CAGNATO
De terça a sexta das 17h às 23h, sábado das 14h às 23h.
(41) 3078-6044. Av. do Batel, 1.440. Todos os dias das 11h30 às 16h. quintanacafe.com.br
10. Mahatma Gourmet O rico bufê vegetariano é composto por ingredientes frescos e temperados com ervas e condimentos especiais. São dez pratos quentes inspirados nas culinárias japonesa, francesa, italiana e tailandesa, além de saladas e sobremesas. O custo é R$ 28 por pessoa nos dias de semana e R$ 35 por pessoa nos finais de semana. Há opção por peso, mais econômica para quem pretende comer menos, com a sobremesa à parte. (41) 3022-6875. Rua Professor Macedo Filho, 199, Bom Retiro. Segunda a sábado das 11h30 às 14h30, domingo das 12h às 15h. mahatmagourmet.com.br
Mahatma Gourmet TOPVIEW.COM.BR 81
ROTEIRO 4M^^IVME 6MKERM Para quem está evitando glúten, a deliciosa pizza na pedra da Pizzeria Rigani (R$ 34 a R$ 65 uma pizza de oito fatias) é feita com massa de mandioca, ou seja, sem trigo, e mais leve que a pizza tradicional. É bom lembrar que esta pizza, embora sem glúten e deliciosa, não deve ser ingerida por celíacos – que têm intolerância alimentar- já que o ambiente onde se faz o produto tem trigo em suspensão. Os molhos de tomate são livres de agrotóxicos. (41) 3343-7777. Av. Vicente Machado, 2.089, Batel. Terça a domingo das 18h30 às 23h30. rigani.com.br. Tem delivery.
© GUILHERME PUPO
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A proposta é uma cozinha caseira com ingredientes locais e orgânicos baseada na culinária macrobiótica. Sopas, saladas, peixes, sucos e chás naturais, e algumas receitas especiais da casa, que também serve a veganos e vegetarianos, compõem o bufê de almoço (R$ 34,90/livre durante a semana e R$ 36,90 aos sábado; R$ 25,90/100 g). Na mercearia, opções integrais e naturais, sem açúcar, sem leite e até veganas com pães e bolos de fabricação própria.
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(41) 3322-9597. Rua Saldanha Marinho, 1.110, Centro. De segunda a sábado das 9h às 18h30. facebook.com/pg/clorofila.cwb. Tem lojinha.
13. Free Fish A Free Fish Empório de Alimentos e Bebidas traz o conceito de uma alimentação saudável baseada em produtos orgânicos e naturais. Os pratos de almoço são muito bem servidos (R$ 19 a R$ 21,90 durante a semana e até R$ 39 aos sábados). Tem petiscos como o bolinho de camarão (R$ 8,50 a porção) e outras comidinhas para beliscar com cervejas sem glúten. Garantem que não há problema de contaminação cruzada (quando há transferência de traços ou partículas de glúten de um alimento para outro) pois a cozinha só se dedica a cardápio sem glúten. (41) 3598-7778. Rua Visconde do Rio Branco, 948. Segunda a quarta das 10h às 19h, quinta e sexta das 10h às 20h,
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sábado das 9h às 18h. freefish.com.br. Tem lojinha.
14. Tasty Salad Shop O vencedor da categoria Menu Saudável no Prêmio Top View Gastronomia 2016 não tem espaço para saladinha comum. Aqui elas são bem elaboradas, como a Ginger Salad (R$ 32) com cenoura, shitake, brócolis, conserva de gengibre, molho teriaki e iogurte. Mas também tem sopas, sanduíches, wraps e outros lanchinhos, além de sucos frescos. Alameda Prudente de Moraes, 1195, Centro; Rua Moyses Marcondes, 405, Juvevê; Avenida Cândido de Abreu, 526;
ParkShoppingBarigüi. facebook.com/tastysaladshop. Tem lojinha.
15. Veg e Lev Outro vencedor da categoria Menu Saudável no Prêmio Top View Gastronomia 2016 oferece opções leves, algumas sem glúten, algumas sem lactose. Também tem opções veganas e vegetarianas. Para quem não quer ir tão a fundo há opções com carne branca orgânica, magra e de baixa caloria. Os preços das entradas variam de R$ 16,90 a R$ 19,90 e dos pratos de R$ 22 a R$ 29. Destaque para o gnochhi de banana-da-terra e para a Tilápia Fit – filé de tilápia ao molho agridoce de abacaxi e pimentões com legumes, fatias de banana-da-terra grelhadas e mix de arroz cateto com vermelho (R$ 28,90).
Tasty Salad Shop
© PRISCILLA FIEDLER
(Prudente de Moraes e Moyses Marcondes); também no
© PATRICIA LION
segunda a sexta das 11h30 às 19h e sábado das 11h30 às 15h
(41) 3121-1218. Alameda Prudente de Moraes, 1.218, Centro. Segunda a sexta das 11h às 14h30 e sábado das 12h às 15h. vegelev.com.br.
16. Verd e Co. Boa parte dos temperos e verduras são cultivados no local. Pizzas, bolos, sanduíches, sucos e refeições substanciosas vêm de receitas que prezam pela saúde (orgânicas e low carb, em maioria) com apresentação criativa. Tem até cardápio de happy hour, como camarão empanado e assado na farinha panko acompanhado de molho agridoce (R$ 38); o grissinni integral com homus (R$ 16), o pão de chia (R$ 12), e canapés de massa integral com salada grega (R$ 19). (41) 3024-3033. Rua Coronel Dulcídio, 588, Batel. Segunda a sábado das 11h30 às 23h. verdco.com.br. Tem delivery. Tem lojinha.
Verd e Co.
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Celeiro Micah: produtos coloniais, sem glúten e lactose, orgânicos e dietéticos. Rua José Domakoski, 454, Bigorrilho,
MARCAS
LUGARES PARA COMPRAR
ROTEIRO
(41) 3079-7969. facebook.com/celeiromicah
Pop House: referência em alimentos naturais, integrais e orgânicos e produtos sem glúten e sem lactose.
Schär: a marca européia tem foco total em alimentos sem glúten, servindo especialmente a celíacos, mas também a quem procura evitar o glúten. A linha é bastante ampla, passando por pães, massas, biscoitos salgados e doces, cereal matinal, pizzas e lasanhas... Disponível em supermercados e lojas da cidade. schaer.com
Fit Food: massas funcionais, sem glúten
Rua Mariano Torres, 948, (41) 3029-4919.
e snacks saudáveis, todos com alto teor proteico, baixo índice de carboidratos e boa opção para alimentação vegana. latinex.com.br e
pophouse.com.br
Espaço Orgânico do Mercado Municipal: comercializa produtos
facebook.com/brasilfitfood
orgânicos e uma enorme variedade de alimentos e ingredientes.
Fit Cookies: marca de doces funcionais. São massas de cookies, doces proteicos como brigadeiro, beijinho e mousses de limão e maracujá; e pastas de amendoim e amêndoas.
Rua da Paz, 608, (41) 3088-1403. mercadomunicipaldecuritiba.com.br
fitcookies.com.br
Almendras: a proposta do lugar surgiu pela intolerância das proprietárias ao glúten e à lactose. Tem um bom mix de produtos para intolerantes. Rua Nilo Peçanha, 1.948, Bom Retiro.
Eat & Fit: empresa especializada em produzir e entregar dietas personalizadas – prescritas pelo médico ou nutricionista ou que façam parte de um plano alimentar . As refeições frescas e porcionadas chegam acondicionadas em embalagens próprias para micro-ondas e banho-maria. eatandfit.com.br
Prato Light: a blogueira curitibana Flavia Machioni, do @lactosenao, acaba de lançar uma linha de lanches práticos e nutritivos em parceria com a loja Prato Light. São produtos com ingredientes naturais, minimamente processados, livres de conservantes, sem glúten e lactose. Tem coxinha de frango, de legumes, trufas proteicas sem açúcar, bolinhos veganos e muito mais. www.pratolight.com.br
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PARA SABER MAIS
REFEIÇÕES E KITS PRONTOS
almendras.com.br
frufruta.com.br: Pati Bianco, autora, é alérgica ao leite. No Fru-fruta ela divide suas descobertas no mundo da alimentação restritiva com receitas deliciosas e um mapa eficiente de onde comer e comprar comida saudável. lactosenao.com: tudo sobre a rotina alimentar de Flávia Machioni e suas receitas sem glúten, nem lactose. Tem a agenda de cursos de culinária funcional sem glúten, leite, soja e açúcar refinado e até lojinha online.
GLOSSÁRIO
Com orientação da nutricionista Melissa Santos
SEM GLÚTEN: não usa ingredientes como trigo, centeio, cevada e malte. SEM LACTOSE: não usa ingredientes com traços da proteína lactase. ORGÂNICO: produzido sem o uso de produtos químicos sintéticos, como fertilizantes ou pesticidas. VEGETARIANO: dieta sem ingestão de carne. VEGANO: dieta sem carne ou qualquer alimento de origem animal. LOW CARB: Alimentação com redução de carboidratos. Eles estão presentes, porém em pouca quantidade – e os carboidratos escolhidos são os de baixo índice glicêmico (IG), ou seja, aqueles absorvidos em velocidade mais lenta evitando picos de glicose e de insulina no organismo. São exemplos de alimentos de baixo IG a batata doce e o arroz integral. FIT: Um contexto um pouco novo de alimentação e que pode acabar confundindo. O nome se refere mais a um nicho de mercado para vender refeições saudáveis e marmitas fit, do que propriamente um estilo de alimentação. As marmitas compreendem alimentos saudáveis, e se ajustam aqueles que não conseguem ter uma alimentação correta por falta de tempo. FUNCIONAL: Alimentação que engloba alimentos com propriedades funcionais, ou seja,
que contenham fitoquímicos e antioxidantes, substâncias capazes de auxiliar ou prevenir doenças. Vale lembrar que nem todo alimento funcional é benéfico para todos. Portanto, aqui entra a individualidade bioquímica de cada ser humano e a análise de um nutricionista para saber quais alimentos usar ou não. DETOX: Alimentação que faz uma desintoxicação no fígado, órgão responsável por muitas funções, dentro delas a metabolização de nutrientes e toxinas. É um estilo de dieta muito em evidência nos dias de hoje, uma vez que auxilia no processo de emagrecimento. Consiste em retirar alimentos que sobrecarregam o fígado, como por exemplo, leite e derivados, glúten, proteínas em excesso, industrializados, adoçantes, embutidos, refrigerantes e fast foods, e incluir alimentos que auxiliam no processo de desintoxicação do órgão. São eles: sucos verdes, folhas, verduras, legumes, frutas de baixo índice glicêmico, carboidratos de baixo índice glicêmico, grãos e infusos de ervas (boldo, dente de leão, carqueja). ALIMENTAÇÃO MACROBIÓTICA: diferente do vegetariano, a macrobiótica apresenta-se, acima de tudo, como uma filosofia de vida, adequada ao meio ambiente, acompanhando o ritmo das estações do ano e trazendo benefícios para a saúde humana no combate à obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, entre outras. Os cereais integrais, particularmente o arroz, os vegetais, as leguminosas e algas marinhas são os alimentos básicos dessa cozinha. Outros alimentos, tais como as frutas e produtos animais, são incluídos em maior ou menor quantidade.
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NOVIDADES
Pedale quando quiser
HORA DO CHÁ NA FÁBRIKA
CURITIBA, CIDADE TECNOLÓGICA
Foi de uma situação na família que a curitibana Renata Gardiano tirou a ideia para montar com seus sócios uma escola de inglês para maiores de 50 anos: um dia ela precisou ajudar uma tia que queria aprender inglês para conversar com o futuro genro norueguês. O empreendimento único abriu as portas com uma proposta de ensino em um ambiente descontraído e interessante, atendendo às necessidades de um público mais maduro com foco em viagens e conhecimento, em uma unidade aconchegante no Batel. Agora, a Tea Time – Inglês para Maiores abriu as portas de sua segunda unidade no charmoso espaço A Fábrika, no Alto da XV. teatime.com.br
Há quem diga que a capital paranaense tem se tornado o Vale do Silício brasileiro. Não é para menos. Celeiro de muitas startups e empresas de tecnologia – NZN e Ebanx são apenas dois exemplos –, Curitiba foi a cidade escolhida para sediar a 6ª unidade do Microsoft Innovation Center, o centro de inovação da Microsoft. A iniciativa desenvolvida em parceria com o Centro Europeu e o Signum Game Studio vai aproximar universidades, iniciativas públicas e privadas com o intuito de acelerar o uso de novas tecnologias. A unidade de Curitiba também inaugura um novo formato do projeto, mais focado no desenvolvimento de startups. MICROSOFT INNOVATION CENTER CURITIBA Centro Europeu Batel: Rua Benjamin Lins, 999, Batel. mic@centroeuropeu.com.br
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FOTOS DIVULGAÇÃO
Pegando carona na onda dos serviços segmentados, a BeCycle abriu as portas em Curitiba com a proposta de oferecer apenas o ciclismo indoor. A ideia dos sócios-proprietários Maurício Letzow, Adriano Merigli, Aristides Hoefel IV e João Luiz Carneiro é muito boa: uma aula de spinning mais orientada e eficaz, feita em um ambiente charmoso e moderno. Além disso, cada bike traz um mostrador digital com informações como rotações por minuto e cadência. E nos painéis digitais à frente, você acompanha em tempo real a posição de cada “atleta”. Não há mensalidade ou matrícula, o aluno paga por aula (R$ 40 cada). Ao contratar pacotes, há desconto. becycle.com.br
Anestesia sem agulhas
ACONTECEU
Bebel Lazzarotto de Oliveira e Caio Castro.
Danielle Lupion, Vera Lupion e Rossana Lazzarotto de Oliveira.
Moacir e Rossana Lazzarotto de Oliveira, com Beto Richa.
A noiva com as damas Cecilia Krocoske, Maria Eduarda Von Felita, Manoela Lupion, Antonela Malucelli, Isabella Delache Rangel Sividini e Maria Eduarda Bueno Zonta.
CASAMENTO DE PRINCESA
Moacir Lazzarotto de Oliveira, Rossana Lazzarotto de Oliveira, os noivos, Silvana Correia Laynes de Castro e Euclides José Fernandes de Castro.
O casamento de Bebel Lazzarotto de Oliveira – filha de Rossana e Moacir Lazzarotto de Oliveira – com o empresário Caio Castro – filho de Silvana e Euclides Fernandes de Castro – lotou a Igreja Santa Terezinha no dia 18 de março. Após a cerimônia, os 600 convidados participaram de uma recepção no Castelo do Batel. FOTOS IKO EVENTOS E MARCO ZAMMARCHI
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ACONTECEU
Caroline Luersen, Tania Vicenzi e Fabiane Luersen.
Mafalda Mildemberg ao lado de suas filhas Tania Vicenzi, Liliane Vizzotto e Jussara Mildemberg.
Marcia Mildemberg, Silvia Busnardo, Tania Vicenzi e Barbara Mildemberg.
Jaqueline Lemos, Tania Vicenzi e Silvia Omairy.
NOVA IDADE No dia 10 de março, a empresária Tania Vicenzi comemorou os seus 60 anos ao lado de 60 amigas em sua residência. A festa foi idealizada e organizada por Nemécio Müller.
FOTOS PRISCILLA FIEDLER
Tania Vicenzi ao lado de sua filha Tenile Vicenzi.
Nemécio Müller e Tania Vicenzi.
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ACONTECEU
Yvone Miyamura, Clarice Volpi, Luiz Maingue, Paula e Cassiano Zoller e João Saccaro (sentado).
ESPAÇO PARA O DESIGN
Elisa Mielke e Carla Kiss.
Cassiano Zoller e Paula Esmanhoto Zoller.
A Saccaro inaugurou nova loja em Curitiba, agora sob o comando dos empresários Cassiano Zoller e Paula Esmanhoto Zoller. Com 420 m2, o espaço luxuoso recebeu a visita de João Saccaro e vários profissionais de arquitetura e interiores na abertura. FOTOS RAQUEL E GERSON LIMA
Karin Neitzke, Cassiano Zoller e Olga Bergamini.
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Daniel Casagrande, Eleutherio Neto, Luiz Maganhoto e Eliseu Portugal.
ACONTECEU
Jayme Bernardo e Arsenio Almeida Neto.
UNIÃO DE SUCESSO
Claudia Teixeira, Beatriz Leal, Roseli Borges e Cristina Vernalha.
As empresas Grupo Thá e GT Invest celebraram a parceria em um grande e badalado evento no Palacete do Batel, no dia 13 de março. A aliança prevê o lançamento de dois grandes projetos residenciais em Curitiba, que devem movimentar o mercado de alto padrão e de luxo. FOTOS GUS BENKE
José Guilherme Thomé, Jorge Nacli, Geninho Thomé e João Casillo.
Clovis Mueller, Marcello Malucelli Thá e Sandro Westphal.
Fernanda e Geninho Thomé.
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ACONTECEU
Isis Ferraz Virmond, Rosi Guelmann, Eduardo Calcagnotto, Clarice Volpi e Maria Elisa Zagonel.
Ottavio Milano, presidente da Natuzzi no Brasil, e Jayme Bernardo.
ALTO LUXO ITALIANO Ottavio Milano, Sonia Elias, Luciana Patrão e Sérgio Valliatti Jr.
A loja Natuzzi Italia Curitiba, segunda da marca de mobiliário no país, foi inaugurada em um evento para convidados, especialmente arquitetos. No comando, Wilson e Sonia Elias, há 30 anos à frente da Ton Sur Ton, e Eduardo e Nelson Calcagnotto, franqueados da Florense Carlos de Carvalho também há 30 anos. FOTOS GERSON LIMA
Eduardo Calcagnotto, Wilson Elias, Claudia Horta, Edison Vello e Nelson Calcagnotto.
Camila Martinez, Sonia Elias, Ottavio Milano e Ana Claudia Marini.
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FOTOS KRAW PENAS
Eduardo Calcagnotto, Yvone Miyamura e Guido Garcia.
Solange Elias, Clemilda Thomé, Rafael Greca, Eliane Loyola e Priscilla Müller.
Darci Piana, Antônio Romanoski e Fabrício de Macedo.
GESTÃO MUNICIPAL
Fabrício de Macedo, Rafael Greca e Leonardo Petrelli.
O primeiro almoço-debate de 2017 promovido pela Lide Paraná reuniu cerca de 150 diretores e líderes de empresas paranaenses, que avaliaram o primeiro trimestre de trabalho do prefeito de Curitiba Rafael Greca. FOTOS NAIDERON JR
Fabrício de Macedo e o casal Margarita Sansone e Rafael Greca.
Fabrício de Macedo e Eduardo Pimentel.
Fabrício de Macedo, Roberto Giannetti da Fonseca e Rafael Greca.
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ACONTECEU 1
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NOTAS 1. Vitor G. Macedo, Bruna Fornazari, André Bernardi, Sergio Augusto Veiga Lopes, Liasí de Camargo Duarte e Francisco Boscardim Netto em reunião científica no Hospital São Lucas. (Foto Divulgação) 2. Izabela Bartoski, Analice Mancini, Dayane Castelli, Rodrigo Tineu, Luciana Almeida, Silvana Piccoli, Syonara Thomé, Izabela Marinho, Caroline Hauer e Priscila Tiemann em jantar da Dolce&Gabbana com décor de Anna Loyola. (Foto Paola Zadra) 3. Karla Petrelli, Juliana Martins de Oliveira, Donata Meirelles e Gica Martins de Oliveir em evento na Mixed do Pátio Batel. (Foto Naideron Jr.) 4. Fernando Alves, Flávia Rempel, Ivanna Grebogi, Thaiana Marins, Mariana Loewen e Symon Loewen na inauguração do K2511 Eventos. (Foto Rodrigo Felix Leal e Roman Fotografias) 5. O presidente do Conselho de Golfe do Graciosa Country Club, Ivo Leão, o CEO da AG7, Alfredo Gulin Neto, e o capitão do Golfe do Graciosa Country Club, Guilherme Ferreira da Costa, posam no Espaço Ícaro, localizado no Graciosa Country Club. (Foto Marcelo Stammer) 6. Raquel Lima, participante da exposição Os Três Artistas Arte Itinerante, em Mato Grosso. (Foto Lucas Portes) 7. Denise, Fernanda, Carolina e Amanda Cassou no lançamento da coleção Framed, na loja Gallerist de São Paulo. (Foto Cleiby Trevisan)
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COLUNA ROBERTA BUSATO
AS NOVIDADES DE ABRIL Confira os últimos eventos, lançamentos e casamentos
As meninas do blog The Whole Package: Manoela Bettega, Carolina Bueno, Giovanna Volpi, Roberta Almeida e Laura Loyola.
Os noivos Mariana Leonardi e Daniel Caiado.
Paula Hauer, Dani Machado, Cris Andraus com a filha Isabelle, Fernanda Stroparo com a filha Catarina, Maria Fernanda Barrichello e Fabiana Chicozzi na Arezzo.
A cantora e compositora Angela Soul.
Pedro Busato, Bianca Gugelmin, Barbara de Freitas e Bernardo Almeida no casamento de Mariana Leonardi e Daniel Caiado.
Silvia Döring, Maria Carolina Vieira e Jucimara Nagel no lançamento da SD + Tufi Duek.
FOTOS ROBERTA BUSATO, IKO EVENTOS, MARCO ZAMMARCHI E PATRÍCIA KLEMTZ/F22
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COLUNA NADYESDA ALMEIDA 1
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CHUVA DE ARROZ - Ana Paula Guera 1. O casamento de Flavia Pereira Martins e Bruno Theiss Bonet foi realizado na Praia Brava, em Itajaí, e foi repleto de detalhes lindos e muita emoção. 2. A mãe do noivo, Mariana Theiss Bonet, com seu marido, Celso José da Costa Roweder, recebendo um mimo do filho Bruno.
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3. Os pais da noiva, Evanir Pereira Martins e Hélio Martins, eram só orgulho da filha. 4. A bela Marcela Bonet, irmã do noivo, Flavia e Lucy Bonet, avó de Bruno. 5. A linda Martina Martins Martinez ladeada pelos noivos Bruno e Flavia, mãe de Martina.
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6. PARTY - Jéssica Maltezo A fashion designer Bruna Garcia, Silvia Pires Omairy, gerente de Marketing do ParkShoppingBarigüi, a advogada Victoria Slaviero e o badalado RP e digital influencer Marcos Slaviero na quinta edição da Party at the Mall, no ParkShoppingBarigüi. 7. PAUL GARFUNKEL - Maringas Maciel Luca Rischbieter na noite de abertura da
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exposição Paul Garfunkel – Pintor Viajante, seu avô, no Museu Guido Viaro. A mostra tem curadoria de Antonio Carlos Suster Abdalla. 8. ARTE - Kraw Penas O casal Marcelo e Juliana Vosnika, Zilda Fraletti e Iurant Cvintal, na abertura da exposição Matéria Escura, do artista Manoel Veiga, no Museu Oscar Niemeyer.
© CELSO PILATI
HOMENAGEM
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Minha experiência com Cintia Peixoto
empre acompanhei a história da Cintia. Fui um admirador do seu trabalho não só como leitor da Top View. Tinha uma admiração também pela forma como ela desempenhava sua função como publisher, como diretora comercial, ao fazer networking, ao dar dicas sobre conteúdo editorial, de como dirigia a revista e da forma como seu produto se tornou parte do hábito de consumo da família curitibana. O Grupo RIC precisava de um produto A – por isso, ‘namorei’ a Cintia por anos. A Top View veio fazer parte do portfólio da RIC em 2013. Como Grupo, temos uma busca constante por olhares novos – não só por públicos diferentes, mas por formas diferentes de produzir conteúdo, por pessoas que tragam novas visões do negócio. Juntos, conseguimos consolidar ainda mais a marca Top View: fortalecemos a revista, consolidamos eventos como o Bubble Bar, o Circuito Top View de Arquitetura e Design e o Prêmio Top View Gastronomia e iniciamos a implantação da cultura digital com o site e as redes sociais. Assim como a RIC aprendeu com a Cintia, contribuímos para que ela aprendesse um pouco mais sobre outras formas de planejamento e gestão. Estabelecemos uma belíssima parceria de sucesso. A equipe que fica segue motivada e qualificada para tocar os próximos 20 anos da marca. Agradeço o empenho da Cintia e desejo a ela muita sorte em seus passos futuros.”
Leonardo Petrelli Presidente executivo do Grupo RIC Paraná 98 TOPVIEW.COM.BR