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agronegócio
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UM PANORAMA DO UNIVERSO AGRO, QUE MOVIMENTA BILHÕES DE REAIS E MILHÕES DE PESSOAS NO PAÍS
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ISSN 16775767 FEVEREIRO #233/ R$ 14,90
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REALIDADE PARTICULAR
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luxo
PURO-SANGUE vs FERRARI
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QUAL É O MELHOR INVESTIMENTO?
COWGIRL STYLE: OS PRODUTOS MAIS COBIÇADOS DO MERCADO
FE VE RE IRO 2 0020 20 #2 V ERE #233 3
O NOVO VELHO OESTE O ESTILO WESTERN TOTALMENTE REPAGINADO, MAIS ELEGANTE E FASHIONISTA
Foto: Eduardo Macarios
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M OV I M E N TO
LUZ
INFORMAÇÃO
A Nova Tecnologia do Novo Sistema Evolutivo Para o Novo Humano
UM CHAMADO À EVOLUÇÃO
w w w. f a m i l i a k r yo n .c o m
128m²
privativos
ÍNDICE
Fashion A sustentabilidade e a moda
self
Um significado para a paisagem das Américas
As paranaenses
por Marcos Bertoldi – pág. 48
Mulheres que ajudaram a construir a história de Curitiba – pág. 62
Perfeita harmonia
Uma palavra muda a sua vida
por Paola Gulin – pág. 50
por Sandro Beira - pág. 66
Uma intrusa chamada gordura localizada
Mesa posta no campo: luxo ao ar livre
Uma mão lava a outra
The last walk
"Côte d’Or", a Champs-Élysées dos vinhedos
por Andrea Gappmayer – pág. 21
Cowgirl style: os produtos mais cobiçados do mercado por Duda Slaviero – pág. 22
Dicas de como prevenir e até eliminar o terror das mulheres – pág. 23
Fim de uma era: a despedida de Jean Paul Gaultier da moda – pág. 26
Mood animal print
por George Luna – pág. 30
Chegou a hora do detox
por Emmanuelle Bertoldi – pág. 31
Naturalmente na moda
por Leonardo Guedes – pág. 32
O novo Velho Oeste
Editorial de moda – pág. 34
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Estilo
topview.com.br
por Marilis Borcath – pág. 51
por Elis Cabanilhas Glaser – pág. 52
A força da indústria do charuto por Stefan Deckert – pág. 53
Ópera com carisma e modernidade
Entrevista com o grupo The Ten Tenors que se apresenta pela primeira vez no Brasil – pág. 54
Duas irmãs: a dupla!
Conheça a trajetoria da dupla sertaneja Marjourie e Mell - pág. 60
por Luciana Almeida – pág. 69
Uma realidade particular
Um panorama do universo do agronegócio que movimenta bilhões de reais e milhões de pessoas no país – pág. 70
Amor pelo jornalismo e pelo campo
Conheça os apresentadores do RIC Rural, Sérgio Mendes e Rose Machado – pág. 90
poder Um olhar para o futuro
Conheça Ronaldo Cavalheri, que está à frente da primeira escola de Economia Criativa do país – pág. 94
Agricultores: atualizando a sua forma de investir
O setor do agronegócio chama cada vez mais a atenção para os investimentos – pág. 95
Heloisa Garrett amplia atuação no LIDE do Paraná
Em 2020, serão mais de 50 agendas estratégicas com grandes nomes da economia e da política – pág. 96
1 cavalo vs 780 cavalos
por Bethânia Gilsoul – pág. 97
Moro vai ou fica?
por Marc Sousa – pág. 98
Carne tem nome?
por Beto Cesar – pág. 99
Deltan Dallagnol assume os riscos e os cuidados após a Operação Lava Jato por Sandra Comodaro – pág. 102
Social View por Marcos Slaviero - pág. 104 Eventos por Ana Claudia Michelin - pág. 105 Social View por Felipe Casas - pág. 106 Social View por Roberta Busato - pág. 108 Social View por Nadyesda Almeida - pág. 110 Social View por Wilson de Araujo Bueno – pág. 112 Social View por TOPVIEW - pág. 114 Papo Final com Agassiz Linhares Neto - pág. 118
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EXPEDIENTE
Fundador e Presidente Emérito MARIO J. GONZAGA PETRELLI Presidente do Grupo RIC Paraná LEONARDO PETRELLI Diretor Corporativo Administrativo & Financeiro ANDRÉ FERREIRA Diretor Corporativo de Tecnologia e Estratégia ANDRÉ FRONZA Diretor Corporativo de Produto, Conteúdo & Convergência MARCUS YABE Diretor Corporativo de Mercado & Soluções Integradas NEY BRAGA ALVES Head de Jornalismo & Conteúdo Multiplataforma IVETE AZZOLINI Head de Trade Marketing & Planejamento Comercial GISLAYNE MURARO Head Digital RIADIS DORNELLES Diretor Regional – Unidade Londrina CARLA HOFFMANN Diretor Regional – Unidade Maringá GUSTAVO GARCIA Diretor Regional – Unidade Oeste PEDRO LUIS ANDRADE Diretor de Mercado Curitiba GILSON BETTE Diretor de Mercado Nacional JOSÉ TRAVAGIN Diretor de Mercado de Rádios e Novos Negócios MARCELO REQUENA
Publisher MARCUS YABE Gerente de Conteúdo e Produção Multiplataforma PATRICIA TRESSOLDI Editora de Plataformas Digitais GABRIELLE COMANDULLI Repórter MARIA MIQUELETTO Produtor Sênior GABRIEL SORRENTINO Produtora Júnior THAÍS MOTA Designer Gráfico SUSAN VOLANSKI Estagiários IZABELLY LIRA e EMILIA JURACH Colaboradores da Edição RODRIGO SIGMURA e THIAGO LEANDRO Colunistas ANDREA GAPPMAYER, ELIS CABANILHAS, FELIPE CASAS, GEORGE LUNA, LEO GUEDES, MARC SOUSA, MARCOS BERTOLDI, MARCOS SLAVIERO, NADYESDA ALMEIDA, PAOLA GULIN, ROBERTA BUSATO, SANDRO BEIRA, STEFAN DECKERT e WILSON DE ARAUJO BUENO Embaixadores ADRIANO TADEU BARBOSA, ANA CLAUDIA MICHELIN, BETHÂNIA GILSOUL, BETO CESAR, DUDA SLAVIERO, EMMANUELLE BERTOLDI, LUCIANA ALMEIDA, MARILIS BORCATH e SANDRA COMODARO Revisão FILIPPO MANDARINO
Diretor de Mercado MARCELO REQUENA Gerente de Negócios & Relacionamento MARCELE POIANI Executivos de Negócios & Relacionamento LUBNA BRAYTIH, BRUNO COMINESE e PRISCILA OGASSAWARA Assistente Administrativo REGIANE SCHUPEL ₢ Impressão TUICIAL PARA A EXECUÇÃO DO EDITORIAL DE MODA, TODOS OS ANIMAIS UTILIZADOS NA SESSÃO DE FOTOS FORAM ALIMENTADOS E HIDRATADOS DURANTE A PRODUÇÃO. NENHUM TIPO DE MAUS-TRATOS ACONTECEU PARA A REALIZAÇÃO DO TRABALHO TOPVIEW Rua Amauri Lange Silvério, 450, Pilarzinho, Curitiba. 82120-000. Tel.: (41) 3331-6100. topview.com.br. CNPJ: 07.066.992/0001-07₢₢
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EXPEDIENTE
embaixadores e colunistas desta edição EMBAIXADOR
EMBAIXADORA
EMBAIXADORA
EMBAIXADOR
Adriano Tadeu Barbosa
Ana Claudia Michelin
Bethânia Gilsoul
Beto Cesar
EMBAIXADORA
EMBAIXADORA
EMBAIXADORA
EMBAIXADORA
Duda Slaviero
Emmanuelle Bertoldi
Luciana Almeida
Marilis Borcath
PÓS-LUXO
Profissional que busca movimentos no pós-luxo para diferenciar pessoas no marketing pessoal. Por isso, sua carreira é pautada pela criação de conteúdos, palestras e consultorias no Brasil e no exterior.
OMG
A estudante de Direito escreve sobre moda, viagem, marcas, pets e família, sempre com um toque de novidade e um pouco de exagero.
EMBAIXADORA
MUNDO JURÍDICO
Sandra Comodaro
Advogada, sócia e diretora da Nelson Wilians & Advogados Associados. Escreve sobre o mundo jurídico de forma acessível.
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EVENTOS
Educadora, estudiosa de moda e frequentadora dos principais eventos em Curitiba e São Paulo, traz uma seleção de eventos, informações de moda e personalidades.
BELEZA
É médica e diretora técnica da clínica Toujours Santé. Interessada em beleza, escreve sobre as principais dúvidas e tendências do segmento.
NEGÓCIOS
Empresária, advogada, MBA Executivo em Direito e business law e pós-graduada em Direito Administrativo. Foi membro da comissão da OAB e é especialista em startups e propriedade intelectual. Palestrante com notoriedade certificada pelo IBC.
BOAS AÇÕES
É engenheira civil e, desde 2016, participa do projeto Aquecendo Corações, que serve comida a pessoas em situação de rua em Curitiba.
MARKETING
O publicitário e sócio-diretor da OAK Marketing levanta temas comuns ao cotidiano de todos sob o ponto de vista do marketing.
BEM-RECEBER
É diretora do Grand Hotel Rayon e sócia da Clínica Karla Assed. Escreve sobre a arte de bem-receber.
A nossa riqueza a gente não garimpa. Colhe.
www.brde.com.br
Ouvidoria DDG 0800.600.1020
Quanto mais produtivo é o nosso campo, maior e mais rico é o Brasil. Por isso, o BRDE apoia e aplaude o desenvolvimento de quem planta a nossa maior riqueza.
EXPEDIENTE
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
Andrea Gappmayer
Elis Cabanilhas Glaser
É jornalista, sommelière e editora da Revista Vinícola, primeira publicação 100% digital sobre vinhos do Brasil.
Felipe Casas
George Rosa Luna
Leo Guedes
Designer por formação e stylist de profissão há mais de dez anos pela StylebyGapp.
COLUNISTA
COLUNISTA
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COLUNISTA
COLUNISTA
Marc Sousa
Marcos Bertoldi
Marcos Slaviero
Nadyesda Almeida
Paola Gulin
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
Roberta Busato
Sandro Beira
Stefan Deckert
Wilson de Araujo Bueno
MODA
POLÍTICA
Âncora da rádio Jovem Pan e repórter nacional da Record TV. Atualmente, o jornalista dedica-se à cobertura da operação Lava Jato e a outros assuntos ligados ao mundo da política.
SOCIAL VIEW
É designer de moda, pós-graduada em Gestão de Negócios, atuante no mercado como relações públicas e sócia idealizadora do 2GET SALE.
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VINOSOPHIE
ARQUITETURA
Especializado em Arquitetura Paisagística, foi apontado, em 2010, como um dos cem arquitetos mais promissores do mundo pela Architectural Digest-USA.
CIRURGIA PLÁSTICA
É formado em Medicina pela PUCPR. Possui título de Especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica, outorgados pela USP, Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
SOCIAL VIEW
Um dos RPs em ascensão de Curitiba, traz os melhores eventos e personalidades do mês.
SOCIAL VIEW
É frequentador de longa data das mais prestigiadas rodas de Curitiba e de Santa Catarina. Traz sempre quem foi aos melhores eventos.
CHARUTOS
É um amante da vida boêmia, da cultura charuteira, dos bons vinhos e cervejas, além de diretor da rede O Bodegueiro.
BEAUTY
Beauty artist, participa das principais semanas de moda do país, como a SPFW, e já fez editoriais para publicações como Vogue. Atualmente, faz parte do time de maquiadores do Boticário.
SOCIAL VIEW
Tem o DNA do colunismo social curitibano. Além dos eventos, ela agora se dedica ao hobby de receber com arte.
SOCIAL VIEW
Guarda a memória da sociedade paranaense. Seu olhar e sua projeção estão firmados no Paraná e em sua gente, que conhece como poucos.
CABELOS
Diretor técnico e hairstylist da Casa W, com décadas de experiência, escreve sobre cuidados e estética de cabelos mensalmente.
PELO MUNDO
É viajante de carteirinha. Sócia e consultora da NomadRoots e fundadora do Clube de Leitura Volta ao Mundo Literária.
CRÔNICA EDITORIAL
por Patricia Tressoldi, Gerente de Conteúdo e Projetos Multiplataformas da TOPVIEW
A vida no campo, da janela do meu quarto
N
asci em Cascavel, mas passei Já na juventude, aprendi a enxergar ainda a infância em Curitiba. Aos mais o valor do campo no balcão da loja 12 anos, embarquei com os tintas de minha mãe. Se a safra era boa, o comeus pais de volta à cidade mércio da cidade ia bem. Quando a colheita natal para uma das melhores era menor que o esperado, as vendas não experiências da minha vida. prosperavam. E, com isso, minha atenção à Lembro muito bem do impacto que previsão do tempo também mudou. Muita “viver no interior” causou no meu mundo chuva? Sol demais? Granizo? Geada? O adolescente. Sem shopping ou cinema. sentimento de perda, que até então parecia Como eu viveria? O prédio em que eu ser só do campo, era o sentimento de uma morava ficava no centro da cidade. Da janela cidade inteira. do quarto, eu conseguia ver um horizonte Na faculdade de jornalismo, conheci o interminável de verde rural. agronegócio — com seus dados, valores e Já naquela época, Cascavel estava longe números impressionantes — e entendi que de ser uma cidade pequena de interior, — aquela paisagem que eu via todas as manhãs então com 300 mil habitantes, hoje com da janela do meu quarto era o que projetava quase meio milhão — mas, na minha cabeça o Brasil para o mundo. Ainda na faculdade, de adolescente, parecia viver fiz a minha primeira coberrodeada o tempo todo por uma tura jornalística para o Show “Só quem pisa Rural Coopavel. Minha imensa plantação. O despertador tocava e, ao na terra e suja missão era fazer várias entraabrir a janela do quarto, era ao vivo para a televisão a sola da bota, das essa a minha paisagem matinal. aberta e, para isso, prepaA visão das estações do ano de só quem con- rei-me muito. Fiquei ainda acordo com a safra, a colheita admirada com toda a vive e trabalha mais e a entressafra. O ar tinha uma tecnologia e inovação que textura e dava para sentir o no campo, co- eram empregadas no campo. cheiro da lavoura. Os dias se ainda assim, depois de nhece de fato a E, passaram. E se passaram meses vários anos cobrindo o Show realidade desse Rural, a cada entrevista, sure anos. A menina foi crescendo e entendendo a grandeza com o mundo mundo (...)” preendia-me daquele universo rural. do agronegócio. Lembro de começar a entenCom 24 anos, eu voltei der a importância do campo ainda na escola. para Curitiba. Às vezes, sinto saudade de Na minha turma, muitos colegas moravam abrir a janela do quarto e ver aquela paisaem cidades próximas, em zonas rurais, e gem de infinitas plantações lá no horizonte. muitos deles viviam em fazendas. Vinham Durante a produção desta edição da TOPde gerações de fazendeiros que ganhavam a VIEW, consegui matar um pouco a vontade vida plantando, colhendo, criando e tratande pesquisar e falar sobre o agronegócio. E, do. Gente que olhava para o solo e para o ao compartilhar as minhas vivências com o céu de uma maneira totalmente diferente. time de conteúdo desta revista, chegamos à Às vezes, minha mãe me deixava passar um pauta da nossa reportagem especial: Uma fim de semana com os amigos na fazenda. A Realidade Particular. Só quem pisa na terra vida passava em outra velocidade. O contato e suja a sola da bota, só quem convive e tracom a natureza e com os animais. Sem conbalha no campo, conhece de fato a realidade tar a diversão que era tirar o leite da vaca, desse mundo, que parece distante, mas que ver o galinheiro cheio de ovos e observar a está presente no dia a dia da vida de todo elegância dos cavalos. um país. 18
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a seção de moda, beleza, cosméticos e joias
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Fashion
MODA DE CAFÉ
Inspirada na cultura do café, a estilista mineira Tássia Murad Abreu criou a coleção “Muda de Café, Moda de Café, Muda de Roupa” para homenagear os “apanhadores” do grão, como ela mesma diz. Para Tássia, os trabalhadores são a expressão genuína da criatividade e liberdade, além de terem uma personalidade simples que, ao mesmo tempo, demonstra força e inspiração. O objetivo dessa coleção é mudar o sentido do café, criando peças para “tocar, sentir e usar”. A estilista já deu palestras em encontros de agronegócio e também já apresentou a coleção em um Expocafé. 20
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FASHION | MODA
Moda por Andrea Gappmayer, colunista
A sustentabilidade e a moda
Já como tema central de muitas discussões no mundo da moda, a sustentabilidade ganha mais visibilidade e importância também nas marcas de luxo
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A
"Precisamos repensar nossas escolhas e formas de consumir a moda e entender que a sustentabilidade também pode ser traduzida em atitude."
sustentabilidade é um dos principais temas que norteiam as discussões no mundo da moda, tanto em termos de processos quanto na cadeia do mercado. Por esse motivo, as marcas de luxo estão cada vez mais atentas à forma como cuidam do meio ambiente e como a falta desse cuidado pode afetar diretamente sua imagem perante os seus consumidores. Eu amo a Stella McCartney, porque ela sempre se preocupou com essa questão, desde o início da sua marca, em 2001. Desde 2013, outra grande marca, a Hermès, começou a usar restos de couro e tecido para criar acessórios, com a etiqueta Petit H. A ideia é realmente usar todo o material para que não existam sobras, o que de fato é uma atitude sustentável. Gosto também muito de uma ativista chamada Fer Cortez, que tem um projeto chamado Menos 1 Lixo. Ela fala muito sobre começar a ter práticas sustentáveis e o quanto é difícil querer ser totalmente correto com o meio ambiente nos dias de hoje. Mas, mesmo em meio a tanta dificuldade, ela reforça que, para ser sustentável, basta começar, já que, muitas vezes,
pequenas atitudes já têm impacto — como já acontece nas escolhas de materiais da Stella ou mesmo na reutilização de toda a matéria-prima da Hermès. Outra alternativa que tem chamado muito a atenção do varejo são as lojas de guarda-roupa compartilhado. Inúmeras grandes marcas americanas estão aderindo a esse tipo de formato, porque as pessoas estão comprando de forma mais consciente e também estão preocupadas com a geração de consumo atual. A LVMH criou, em 2016, o projeto Life, no qual as lojas possuem energia renovável e as entregas são feitas com carros elétricos para emissão zero de carbono. Aqui no Brasil, temos muitas marcas que também possuem iniciativas e projetos. Especificamente em Curitiba, temos a marca Revival, que traz tecnologia aliada ao processo sustentável na tentativa de produzir um produto melhor e que não danifique o planeta. Precisamos repensar nossas escolhas e formas de consumir a moda e entender que a sustentabilidade também pode ser traduzida em atitude. Sendo assim, comprar o que precisamos e estar atento às marcas que possuem iniciativas nesse sentido pode ser um bom começo. topview.com.br
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FASHION | MODA
Oh my god por Duda Slaviero, embaixadora 2.
B OTA LU CCH ESE Tradicional marca americana de bota estilo country, fundada no Texas, em 1883, a Lucchese Boots é a mais famosa e bem-sucedida fabricante de botas de cowboy, feitas com couros exóticos, detalhes a laser e estilo mais clássico. Não tem como errar!
LOOK ZENZ WES TERN A marca de roupa criada pela competidora de 3 tambores Ellen Enz é uma empresa familiar de Apucarana, Paraná, que visava preencher a falta da moda country no mercado brasileiro. Suas roupas são cheias de detalhe e brilho! Um must have são as cobiçadas calças brilhantes. Ah, suas camisas e camisetas também! A Zenz Western é referência de roupas country, seja no dia a dia ou em competições.
SELA DOUBLE J SADDLERY
Cowgirl Style Na edição sobre luxo no agronegócio, apresento os produtos mais cobiçados e fashionistas do mercado
C I N T O A R I AT O U J U S TI N Qualquer look country que se preze deve ter um cinto: é daily use! Eu adoro os cheios de brilho e com fivelas maiores. Selecionei dois de duas grandes marcas country’s!
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Famosa por suas selas, a empresa de família foi fundada em 1991, na cidade de Yoakum, Texas. As selas são feitas sob medida, customizadas. Os principais clientes da marca são competidores de rodeio. O produto tem preço inicial de U$ 3 mil dólares, mas são consideradas as melhores do ramo e supervalem o investimento — além de serem lindas!
BOTA CORRAL A Corral Boots revolucionou as botas de cowboy: foi a primeira marca a introduzir o conceito cowgirl fashion forward, provocando uma grande mudança na moda country. Hoje, a marca é um símbolo de modernização, fabrica botas de couro de extrema qualidade e cheias de detalhes, consideradas por alguns como “obras de arte”.
CHAPÉU RESISTOL Fundada em 1927, em Dallas, Texas, a marca começou fazendo chapéus de feltro. Seu nome se deve ao fato de que seus chapéus resistiam a todos os tipos de clima. Hoje, é a maior fabricante de chapéus de cowboys e também a mais conhecida. Eles fazem todo o processo de fabricação do chapéu, o que torna a qualidade superior a de outras marcas.
FASHION | ESTÉTICA
Uma intrusa chamada gordura localizada A mudança de hábitos e a orientação médica com procedimentos efetivos e seguros ajudam a prevenir e até mesmo a eliminar a gordura localizada por TVBC
disciplinada, focada nos bons hábitos alimentares, não deixa de fazer exercícios e é adepta da garrafinha com água em qualquer lugar a que vá. E, depois de tudo isso, ainda percebe a presença indesejada da gordurinha. É aí que entra a tecnologia! “Existem bons tratamentos e com resultados eficazes disponíveis, que são específicos para a queima de gordura localizada e o contorno corporal mais harmônico. Destaque para: Ultraforme III; Ultracavitação; carboxiterapia; drenagem linfática; e massagens e tratamento com exercícios na plataforma vibratória”. De acordo com o Dr. Eliseu, todas essas possibilidades sempre precisam ser verificadas de acordo com a realidade corporal da pessoa, por isso a importância de procurar a clínica em busca do melhor tratamento. Nosso corpo é o reflexo da forma como o tratamos, por isso, o aparecimento da gordura localizada pode ter como causa não só a escapadinha de fim de ano. Estresse, vida desregrada e sono inadequado também podem causar mudanças nas curvas. Cuidar-se vai além da estética: tem a ver com felicidade!
VIEWS OF BRAND
tende a levar contam bastante." Basta um período marcado por maus hábitos alimentares e a falta de exercícios físicos para ela aparecer e é por isso que a pergunta de um milhão é: "como acabar com a gordura localizada?" Com a palavra, o Dr. Eliseu: “A escolha do melhor procedimento para queimar gordura localizada vai depender de uma série de fatores, como a quantidade de tecido adiposo, as regiões em que os depósitos se localizam, as características da pele do paciente, o grau de flacidez. Embora você possa ter se identificado com um procedimento específico, a única forma de saber com segurança qual deles é o mais recomendado para você é fazer uma avaliação presencial.” Quando se fala em correr atrás do prejuízo, pós-excessos se exalta a importância de lidar com fatores que fazem bem para o corpo. Aliar atividade física, boa alimentação e hidratação ajuda nesse combate à gordura localizada. “A água hidrata as fibras e auxilia na eliminação de toxinas do organismo”, lembra o Dr. Eliseu. Tudo bem, tudo certo! Você é
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A
cabaram as férias, as festas também. Já estamos no pós-carnaval, é agora que basta uma olhadinha em frente ao espelho para perceber que tem “algo” a mais no seu corpo. Pois bem, sejamos claros e diretos, este “algo” a mais tem nome e sobrenome: gordura localizada. O primeiro passo é saber que não há problema algum nisso e que tudo bem ter se permitido um pouco mais nesse período que passou, mas, se está incomodando, nada melhor do que entender como essa “inquilina corporal” foi parar ali. Agora é só ter a consciência de que é possível despejá-la de vez. O médico Eliseu Portugal, que atua nas áreas de comportamento alimentar, estética e fisiologia do envelhecimento, conta que nosso organismo funciona de forma programada. “É como um potente computador. O excesso de gordura corporal e a ação hormonal podem levar ao depósito de tecido gorduroso em determinadas partes do corpo, como antebraço, interior das coxas, culote, barriguinha e papada. Onde e como essa gordura irá se acumular dependerá de uma série de fatores. A genética e o estilo de vida que a pessoa
Clínica Eliseu Portugal CRM-PR 10.754 Av. Silva Jardim, 3.636, Batel I Tel.: (41) 3019-9887 I 3029-1649 I 9 8818-7873 clinicaeliseuportugal.com.br I @clinicaeliseuportugal I /clinicaeliseuportugal topview.com.br
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Tiemi Sugisawa
Thayse Martinez, Daniella Sarahyba, Ciccy Halpern Tayse e BityMartinez Martinez
Flรกvia Bichels
Tathiana Junkes
Zorah Dacanale
Dani Caron
Beth Choueri
Cris e Fatima Castellon
Esther Casagrande e Norma Camargo
Ivanise Lisboa
Dani Mansur e Mari Oliveira
Fotos: Naideron Jr e Ryco
Cristina Bembnowski
Dani Brum
Katia Campos
Rosi MalcZewski
Ana Bรกrbara Soria
Denise Calixto e Tina Gabriel
Emanuelle Bertoldi e Luciana Almeida
Tatiana Miranda, Carol Zimer e Ana Turmina
Auro Ottoni, Ana Michelin e Aron Degtiar
Barbera Van Den Tempel
FASHION | MODA
The last walk O desf ile que aconteceu na Semana de Alta-costura parisiense marcou o f im de uma era: a despedida de Jean Paul Gaultier da moda por Maria Isabel M iq uelet to
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ma cena de funeral do filme Who Are You, Polly Maggoo passa no telão, enquanto Boy George canta Back to Black, de Amy Winehouse. As luzes são apagadas e surge um caixão, carregado por dançarinos. Os modelos esperam imóveis ao longo da escada. Após versos como We only said goodbye with words/I died a hundred times, a tampa é aberta e sai a modelo Issa Lish, para cruzar a passarela com o primeiro look, todo branco. Foi assim o início do desfile de despedida do estilista Jean Paul Gaultier na Semana de Alta-costura, no Théâtre du Châtelet, em Paris. O “funeral” celebrou simbolicamente a vida e a “morte” do eterno enfant terrible, a "criança terrível", no universo da moda. Mas o clima fúnebre esteve presente apenas nesse cenário. A partir daí, a festa foi no mood tradicional do estilista: looks andróginos, alfaiataria, corsets e, é claro, seu sutiã cone — criação que ficou famosa mundialmente no corpo de Madonna. A camisa de marinheiro, da primavera de 1984, que Gaultier popularizou em sua primeira coleção masculina, apareceu em outros formatos. O pioneirismo do francês continua — e é ainda mais representado — até hoje. Gaultier desfilou homens usando saias, mulheres em ternos e diferentes tipos de corpos antes das tendências de diversidade e genderless. Dessa vez, mais de 150 modelos, entre eles artistas da música e do cinema, desfilaram as peças que marcaram a trajetória de 50 anos do estilista. O casting incluiu as brasileiras Valentina Sampaio e Laís Ribeiro, as badaladas Gigi e Bella Hadid, o muso e amigo Gaultier Tanel Bedrossiantz, a atriz Rossy de Palma e as atrizes francesas Mylène Farmer e Amanda Lear, além da artista burlesca Dita Von Teese e vários outros amigos do estilista.
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“Nada permanece igual. A vida e a moda são assim”, Jean Paul Gaultier. 02.
1. Jean Paul Gaultier em seu desfile de despedida durante a Semana da Moda de Alta-costura. 2. Na passarela, o casting escolhido para o desfile de Jean Paul Gaultier reforçou a tendência de diversidade e genderless.
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FASHION | MODA
“A moda está em tudo, é uma forma de expressão. Muçulmanas usam véu, políticos usam trajes sóbrios, músicos usam roupas punk... Há uma imagem de moda por trás de cada pessoa”, Gaultier em entrevista para a L'Officiel.
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The journey Suas criações mostram muito de sua personalidade: irreverente, bem-humorada, provocativa e criativa. Gaultier sempre questionou o senso comum — e fugiu dele. Desafiou padrões globalmente aceitos, como a masculinidade, a feminilidade, o que é cool e o que é cafona. O francês abriu sua marca em 1976, depois de passar por estúdios de gigantes da moda, como Pierre Cardin, com quem estagiou aos 18 anos, e Jean Patou, que lhe ensinou a alta-costura. Mas o apreço pela moda surgiu bem antes, aos 13, quando começou a desenhar roupas para as mulheres da família, inspirado pelo armário da avó. O posicionamento claro de suas convicções sempre foi parte presen-
te em seu trabalho. Em 2014, decidiu encerrar as linhas de ready to wear e moda masculina, com base no ritmo acelerado da indústria fashion. O estilista deixou de lado o lançamento de várias coleções por ano para dedicar seus esforços à linha de couture e criação de figurinos para teatro e cinema. “Hoje [o prêt-a-porter], é uma verdadeira linha de produção. Há pouca inspiração, pouca arte”, defendeu em entrevista para a L'Officiel. Ao final de seu último desfile de alta-costura, todos os modelos se uniram em um cena emocionante para abraçar Gaultier e celebrar seu legado, que vai continuar vivo em forma de inspiração para outros estilistas e seus desfiles nas passarelas.
Veja a apresentação da Madonna com o icônico sutiã de cone. 3. Look com o sutiã cone, que ficou mundialmente conhecido no corpo da cantora Madonna.
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FA S H I O N | B E L E Z A
Beauté por George Luna, colunista
Mood animal print A tendência não sai de moda e destaca makes ousadas
Anitta apostou em um look total animal print, sem deixar a make de fora. O responsável pela obra de arte foi Krisna Carvalho.
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Nika Akin | Unsplash
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osto musical à parte, Anitta é uma artista que não tem medo de ousar e nisso (quase) todo mundo concorda. Em seu ensaio para o Carnaval, a cantora apostou em um look animal print. Da cabeça aos pés, literalmente, o que mais chamou a atenção foi a sombra de oncinha que compôs a make inusitada para a ocasião. A criação foi do maquiador Krisna Carvalho, que realiza diversos editoriais de moda e beleza. Tendência que nunca sai de moda, as estampas animal print podem dar um ar empo- (...) longe de derado ao figurino ou ser considedestacar-se em meio a uma composição neutra. rada brega, Para quem aposta na a tendência oncinha, zebra e até cobra como detalhe, o ganhou um ideal é investir em uma make neutra, cuja paleta ar de sofistide cores complete a cação (...) estampa. Sombras e batons em tons de nude, marrom, branco e preto são opções que deixam destaque total para a roupa. Caso as peças sejam neutras e a proposta é trazer o colorido. O ideal é restringir a apenas uma cor, para não carregar o visual. Para quem busca a inspiração animal print na maquiagem, o importante é saber que, longe de ser considerada brega, a tendência ganhou um ar de sofisticação e, acima de tudo, estilo.
FASHION | BELEZA
Mundo da Beleza por Emmanuelle Bertoldi, embaixadora MUST HAVE
TOPVIEW INDICA O QUE LEVAR NA BOLSA NESTE MÊS PELE
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concentração de vitamina C, ótimo para proteção contra as agressões externas e melhora as diferenças de tonalidade da pele.
Chegou a hora do detox!
Após a temporada de mar, piscina e sol — isso sem contar as extravagâncias na alimentação — é hora de entrar na rotina e se revitalizar
Toa Heftiba | Unsplash
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epois de uma temporada de festas e verão, a onda é cortar os excessos de comida, bebida, sol, piscina e mar e iniciar a fase do detox. As pessoas voltam das férias para casa com a pele ressecada, descamando, desvitalizada e com manchas, sem contar o aumento de peso e o cabelo fragilizado. Por isso, é hora de iniciar o ano com a mente voltada para recuperar tudo o que veio com o verão. A consulta com o seu médico de confiança trará a hidratação adequada para cada tipo de pele e dano. Com uma avaliação consistente, é possível recuperar o tônus e o viço e também promover clareamento. Tudo isso por meio de cremes específicos e associação de manipulados e comerciais, como já discutimos, além do emprego de várias tecnologias que auxiliam na melhora da pele. As áreas que mais sofrem, com certeza, são o rosto, o pescoço e o colo. Dessa forma, é preciso um tratamento global dessas regiões para um resultado harmonioso. Sobre as tecnologias, há as de sempre: luz pulsada e laser de CO2, além de novos lasers, como os Nd-YAG, Q Switched, Picosegundos e Thulium.
Vale lembrar que só seu médico de confiança saberá o que é melhor para a sua pele, que pode ser um método consagrado ou uma novidade, dependendo do dano. Quanto aos cabelos, eles chegam desbotados, verdes, desidratados e cheios de pontas duplas. Claro que passar no salão com seu profissional preferido é importante, às vezes atualizar o corte, uma hidratação, etc. Entretanto, nas clínicas com SPA capilar, realiza-se corte bordado sem precisar reduzir comprimento e se faz uma análise do fio do cabelo para um tratamento ideal. O mais preocupante, a meu ver, são os cabelos esverdeados. Muitos profissionais, na ânsia de retirar a coloração indesejada, tonalizam o cabelo e isso resulta em uma piora. Existem técnicas para retirar a coloração esverdeada, causada pelo sulfato de cobre (que tem cor esverdeada). Isso acontece porque ele entra pelos fios do cabelo, que ficam ressecados por conta do cloro. Por isso, cabelos tratados ficam menos verdes. Muito cuidado com produtos químicos, antiresíduos, tonalizantes, descolorantes — mesmo em pequenas doses — eles podem danificar seu cabelo. Malhou o ano inteiro e morreu de
CUIDADOS COM A PELE
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Consulte seu médico e aposte no melhor creme manipulado para o seu tipo de pele. UTILITÁRIOS
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Para se alimentar melhor onde for. A marmiteira possui dois recipientes e é perfeita para carregar na bolsa.
BOLSA DO MÊS
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comer e beber na praia? Não se aflija! Iniciar o ano com uma alimentação saudável, focada em reduzir o inchaço e a inflamação, ajudará você a diminuir os quilos extras do fim de ano. Em Curitiba, existem vários chefs de cozinha especialistas nessa área que podem ensinar você ou seus funcionários a realizar em casa essa alimentação. Para os práticos, existem empresas que entregam marmitinhas deliciosas em casa. Com a alimentação em dia, pode-se pensar em investir em tecnologias com efeito relativamente rápido para ajudar nesse processo e reduzir gorduras localizadas. No corporal, o ideal é associar tecnologias para obtenção de resultados. Não adianta querer fazer aparelho de ondas eletromagnéticas para aumentar musculatura se esse músculo estiver abaixo de uma capa de gordura: não irá aparecer. Avaliação personalizada é fundamental nessa hora. topview.com.br
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FASHION | BELEZA
Cabelos por Leonardo Guedes W, colunista
Naturalmente na moda Os cabelos saudáveis e com aspecto natural estão cada vez mais na moda e existem técnicas específ icas para você obter o melhor resultado
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(...) quando o assunto é corte, já não é mais novidade que, de uns tempos para cá, a mulherada tem apostado em cortes curtos (...)
Igor Rand | Unsplash
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maioria das mulheres não abre mão de marcar presença e mostrar toda a sua beleza, com o visual impecável, composto por uma roupa bonita, sapatos, acessórios, penteado perfeito e uma maquiagem que segue as principais tendências da moda", conta o maquiador profissional Marcos Duartte, que está sempre ligado nas novidades e nas tendências do mundo da make. Atuando no Salão Casa W desde que veio para Curitiba — há exatos 7 anos —, o maquiador conta que sua aposta para 2020 é uma maquiagem em que as mulheres fujam do tradicional e ousem, abusando cada vez mais das cores e dos acessórios, como glitter e cristais. Isso tudo sem deixar de lado a técnica, o bom gosto e a sutileza. Simples e sofisticados, sim! Irei falar um pouco mais sobre essa nova tendência de cores e cortes, que pode ser adaptada para combinar com qualquer look. Naturalidade será um dos temas mais importantes nos próximos anos, por isso, apostar sempre em tons delicados que combinam com a assimetria do seu rosto pode fazer a toda diferença. Uma das técnicas que tenho usado bastante nos atendimentos do salão Casa W é o "morena iluminada e o loira iluminada". Com essas técnicas, consigo trazer, além da naturalidade, tons que trazem consigo charme e todo o requinte para quem quer ter um tom loiro ou moreno suavemente iluminado, mantendo, principalmente, a saúde dos fios. Agora, quando o assunto é corte, já não é mais novidade que, de uns tempos para cá, a mulherada tem apostado em cortes curtos, trazendo uma pegada mais retrô e buscando referências dos anos 1970 e 1980. Eles estão na moda! Ou, melhor, eles nunca saíram de moda, pois combinam com qualquer mulher elegante e moderna.
FASHION | ESTÉTICA
para frente ou grande quantidade de gengiva aparente. A correção destas desarmonias conduzem a maior autoestima e autoconfiança do paciente, trazendo inúmeros benefícios e melhor qualidade de vida.
Dr. Daniel B. Negrelle Cirurgião-dentista bucomaxilofacial CRO/PR 16620
Dr. Paulo Eduardo Przysiezny Médico Otorrinolaringologista e cirurgião-dentista bucomaxilofacial CRM/PR 18265
HOSPITAL SÃO LUCAS CURITIBA I PARANÁ
Av. João Gualberto, 1.946 I www.hslcuritiba.com.br PRONTO ATENDIMENTO I Tel.: 41 3250-5500 e 3250-5511 Diretor Técnico do Hospital São Lucas: Dr. Francisco Boscardim Netto CRM 494
PROMOTOP Os conteúdos assim indicados são materiais publicitários em formato nativo. A responsabilidade sobre as informações é do escritor e não expressa necessariamente a opinião da TOPVIEW.
V
ocê já reparou nas pessoas que têm o queixo muito para dentro ou muito para frente? Esses problemas faciais podem ser corrigidos com a cirurgia ortognática. A cirurgia ortognática é indicada para pessoas que possuem uma desarmonia facial causada geralmente, pelo crescimento inadequado de estruturas da face, como mandíbula, maxila e mento (queixo). O sinal clínico mais comum é a mordida alterada, quando os dentes não encaixam de maneira correta, acompanhado de alguma desarmonia facial como a mandíbula muito para trás ou
PROMOTOP
Cirurgia ortognática: correção de mordida e a melhora da estética facial
FASHION | MODA
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VELHO OESTE
Com uma pegada moderna, mais urbana e atual, o estilo western está repaginado e elegante. Unindo os clássicos do Velho Oeste a outras tendências, é possível criar um ar fashionista ao que antes era considerado caricato Modelo: Juliana Brito Styling: A n d re a G a pp m ayer Assistente de Styling An drea Gappmaye r Beauty: Ralph Hallilovick Fotos: N u n o Pa p p Assistente de Fotografia: Math eu s Rh in ow Tratamento de imagem: Helton Oliveira Cenário: Bi a Ma e st r i Encantador de cavalos: Ma u ro S io n a
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All Red e Statement Earrings Juliana veste calça e blazer Felícia Pretto, bolsa e bota Schutz, brinco Camila Seidl, anel Lumaê e lenços do acervo.
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Transparência e Strass Juliana veste camisa com transparência Blanc Atelier, calça Jogging Blanc Atelier, colete do acervo, cinto Felícia Pretto, bota Schutz, brinco e pulseira Lumaê, choker Camila Seidl, presilhas strass Novideia e acessório franjas MyHat.
Mix de estampa, xadrez e maxivolumes Juliana veste blusa bufante e calça tweed Mixed, blusa de renda Friends Shop, saia Felícia Pretto, bolsa e mocassim Schutz, brinco Camila Seidl, anéis Lumaê e lenço e chapéu do acervo.
FASHION | MODA
Western Boots e Statement Earrings Juliana veste blusa FelĂcia Pretto, quimono com franjas Mixed, brinco e pulseira Camila Seidl, choker LumaĂŞ, bolsa e bota Gappy Store e cintos Cal 86.
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Vichy, mix de estampas e MaxiacessĂłrios Juliana veste vestido Mixed, blusa prata Novideia, maxicasaco FelĂcia Preto, cintos Cal 86, bota Schutz, brinco Camila Seidl e ckoker do acervo. .
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Statement Earrings, Strass e Lenço Juliana veste vestido e lenço do acervo, saia de couro Felícia Pretto, bota Schutz, cinto Novideia e brincos Camila Seidl.
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Statement accessories e volume Juliana veste macacão Felícia Pretto, camisa Blanc Atelier, colete Gappy Store, lenço do acervo, brinco e colar Camila Seidl, pulseira e anel Lumaê.
Western Boots e pérola Juliana veste camisa e regata Twenty Four Seven, jaqueta Gappy Store, shorts Felícia Pretto, bota e bolsa Schutz, colar de pérola Petite Usine e brinco Camila Seidl.
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Western Boots, franjas e Statement Earrings Juliana veste vestido e regata Novideia, saia Gappy Store, bota Schutz, cinto Cal 86, jaqueta franjas do acervo, jaqueta de couro FelĂcia Pretto, brincos e choker Camila Seidl.
Mix de estampa, Tartan, Vichy e Statement Earrings Juliana veste camisa Blanc Atelier, blusa Friends Shop, regata de couro Felícia Pretto, calça do acervo, bota e bolsa Schutz, cinto Cal 86, brinco Camila Seidl e presilhas Novideia.
Acesse o QR Code e encontre as peças da Felícia Pretto que aparecem neste editorial de moda.
*HORÁRIO DE BRASÍLIA.
R7.COM/TROCADEESPOSAS
Novas famílias, novas emoções, novos episódios.
Toda quarta às 22h30. Apresentação: Ticiane Pinheiro
FOTO: EDU MORAES/RECORD TV. PRODUÇÃO: TELEIMAGE. FORMATO: BANIJAY.
Estilo
Hotel Fazenda Cainã
a seção de arquitetura, decoração, gastronomia, viagem e luxo
EXPERIÊNCIA DE LUXO
O que você acha de aventurar-se por cânions, desfrutar do melhor da culinária nativa, curtir a tranquilidade bucólica de belas paisagens e descansar em chalés com arquitetura moderna e luxuosa? É isso que o premiado Hotel Fazenda Cainã oferece. O local é um dos nove melhores hotéis da categoria Arquitetura e Design no Prêmio Hotéis de Luxo Brasil (HLB) de 2019. E o melhor: ele fica a apenas 52 km de Curitiba, na região de São Luiz do Purunã! Leia mais: http://bit.ly/experienciadeluxo. topview.com.br
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ESTILO | ARQUITETURA E DECORAÇÃO
Arquitetura por Francisco Faria, convidado de Marcos Bertoldi 01.
O artista plástico Francisco Faria desenhando em seu ateliê em Santiago.
Detalhe de Itororó 5 – desenho, 2019, grafite sobre papel, 150 x 150 cm. Série: "Dryades".
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Um significado para a paisagem das Américas
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América do Sul possui um arco dos mais extensos e diversos ecossistemas florestais do planeta, regiões ainda preservadas nas quais se materializam as questões ambientais mundiais mais urgentes. Resumindo, esse arco de paisagens naturais é a maior maravilha planetária hoje existente. Milênios de ocupação humana, estreitamente vinculada a essa natureza, definiram o nascimento, os mitos de origem e os destinos de um rico e complexo conjunto de culturas. Desde os anos 1980, percebi o trabalho artístico sobre paisagem brasileira e americana como um projeto de primeira grandeza. É um tema de potência extraordinária: o gênero da paisagem, com importantes transformações e inovações, vem sendo praticado, sem interrupção, por artistas notáveis desde os tempos do Gótico Internacional até a contemporaneidade, em mais de 8 séculos de cultura universal. No Brasil, particularmente, é o gênero que inaugura nossas artes plásticas: primeiro, com os esboços das mirabilia dos viajantes,
depois, com artistas viajantes do calibre de Post, Taunay e Rugendas. Nas épocas do Romantismo, Realismo e Modernismo, surgem muitos outros, entre eles, Victor Meirelles, Pedro Américo, Tarsila e Anita Malfatti, até, claro, a presença incontornável de Guignard. Inspirado e entusiasmado com a presença e o significado da paisagem entre nós, o grande poeta José Lezama Lima afirmou: "Na América, onde quer que surja a possibilidade de paisagem, tem de existir a possibilidade de cultura." É a luxuosa possibilidade da natureza ser o ponto de partida para o engenho da cultura. A extensa história da representação da paisagem permite mesclar tempos diversos, memória afetiva e multiplicidade de espaços e culturas, que surgem, então, como construções novas. No meu trabalho, a natureza comanda essas conexões: a observação direta, a surpresa e a experiência psicogeográfica me sugerem, concretamente, a concepção dessas sínteses harmônicas. E a possibilidade de uma arte atenta ao sublime, à beleza e ao diálogo de várias tradições.
Cadi Busatto e Paula Molina Echegoyen
O artista plástico curitibano Francisco Faria construiu sua reputação internacionalmente. Seus desenhos da paisagem brasileira e americana rodaram o mundo em grandes museus e estão abrigados em importantes coleções. Viveu e trabalhou nos Estados Unidos, na Europa e na América do Sul sem jamais abandonar suas frequentes expedições sul-americanas coletando material para suas obras. Seus desenhos, em grafite sobre papel, são frequentemente confundidos com fotografias, algo não intencional, mas advindo de sua rara técnica e precisão, seu senso de composição e seu excepcional talento. Os trabalhos de Francisco Faria são preciosidades de raro acesso, primorosa execução e pensamento requintado, atingindo resultados sublimes. Poucos artistas preenchem com tanta propriedade pré-requisitos tão exigentes. Boa fruição e leitura! Marcos Bertoldi
ESTILO | VIAGEM
Pelo Mundo por Paola Gulin, colunista Banheiro do quarto que fica em cima da montanha.
Perfeita harmonia
A Reserva do Ibitipoca, propriedade no sul de Minas, faz um cinturão de proteção ao Parque Estadual de Ibitipoca, com mais de 4 mil hectares de área preservada
Obras de arte da Karen Cusolito, que vieram do Burning Man.
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serra, estimulando, assim, o comércio local. O projeto da Reserva do Ibitipoca começou com a aquisição da Fazenda do Engenho em 1981 e, desde 2009, conta com uma propriedade de poucos quartos, mas muito aconchego, para quem quer se aproximar da natureza, da comunidade local e da simplicidade rural em um lugar ainda pouco conhecido. São diversas opções de exploração e o serviço se adapta aos seus interesses, sem"Um lugar pre pronto para te surpreender. Trilhas, cachoeiras, pequenos lagos, que combina vistas incríveis. Existe até a possibilidade de dormir em um quarto harmoniosamais que confortável lá no alto da mente natumontanha. reza, simpliNosso guia, Felipe, nos mostrou os encantos desse lugar com muito cidade, arte, conhecimento, que ele passou aconchego e com o calor mineiro e uma risada gostosa de escutar. Bom de papo, a sofisticação." caminhada ficou ainda mais prazerosa ao sabermos mais sobre as suas origens e as oportunidades que tem ao trabalhar com turismo na região, conhecendo pessoas de todos os cantos do mundo. A recompensa da jornada está em uma casa aconchegante no meio da montanha, nos esperando com um almoço mineiro feito – também! – no fogão à lenha. As paisagens por aqui já parecem ter saído de uma pintura, mas o proprietário torna o espaço ainda mais fantástico. Obras de arte estão espalhadas pela propriedade e, quando você menos espera, se sente em uma galeria a céu aberto. Um lugar que combina harmoniosamente natureza, simplicidade, arte, aconchego e sofisticação. Não é só para admirar, é para sentir.
Paola Gulin
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ogo pela manhã cedo, nos inscrevemos na aula de yoga. Estamos em junho, o vento está gelado, mas o sol de inverno e o céu azul compensam. Antes de começar, tomamos um chá de ervas naturais, que foram colhidas ali. Fazer as respirações profundas da aula de yoga é ainda mais revigorante com um ar tão puro como este, da Reserva do Ibitipoca, propriedade no sul de Minas que faz um cinturão de proteção ao Parque Estadual de Ibitipoca, com mais de 4 mil hectares de área preservada para ampliar o habitat de animais da região. Quem nos acompanha no yoga é o Tuca, tucano que circula livremente por ali e sempre faz questão de uma visita nessa hora zen. Começando assim, é claro que este não será um dia como qualquer outro. Já dá para sentir que o café da manhã será acolhedor só pelo calor que o fogão à lenha emana. Aqui, a pressa é inimiga da perfeição: o pão de queijo vai ao forno no momento em que sentamos na mesa e, enquanto esperamos ele chegar quentinho, tomamos um café coado e comemos as frutas que são plantadas ali mesmo e outras delícias mineiras compradas de produtores rurais da
ESTILO | RECEBER BEM
Bem-receber por Marilis Borcath, embaixadora
Mesa posta no campo: luxo ao ar livre Os acessórios essenciais para um décor leve e natural
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eceber em casa é tudo de bom, mas confraternizar ao ar livre, em meio à natureza, pode ser ainda mais agradável, tanto para o anfitrião quanto para o convidado. O início do ano pede celebrações outdoor. Nesse caso, as mesas se transformam em protagonistas da decoração e a maneira como são postas faz toda a diferença. No campo, a decoração deve ser leve e descontraída, mas não é preciso deixar a elegância de lado. Independentemente do estilo que você quer seguir, rústico, chique ou mais natural, o primeiro passo para chamar a atenção para uma mesa montada ao ar livre é a escolha da louça e dos talheres. Opte por objetos que combinem com o seu gosto e com a ocasião. Uma boa saída é escolher as louças em cores lisas ou neutras, que combinam com tudo, e com alguns detalhes sutis e bordas decoradas, para dar um toque especial. Para montar a mesa em ocasiões mais formais, utilizo toalhas. Já para um décor descontraído no campo, uma boa dica é usar os jogos ame-
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01. Frutas e flores compõem perfeitamente uma mesa posta no campo, dando um ar tropical à decoração. 02. Diferentes tonalidades da mesma cor garantem um ambiente sofisticado. 03. Adornos são fundamentais para complementar a decoração. 04. Tendo a natureza como plano de fundo, ao utlizar peças azuis, você consegue dar um toque de cor à composição.
Drew Graham | Unsplash
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ricanos. Toalhas lisas ficam ótimas com louças estampadas — o oposto também vale. Linho, algodão, rami e renda são exemplos de tecidos leves que ficam perfeitos para a mesa posta ao ar livre. Com a natureza como plano de fundo, é superindicado dar um toque de cor e vida: tons de azul, amarelo e verde supercombinam. Diferentes tonalidades da mesma cor mescladas com tons neutros como ocre, bege e creme garantem um ar sofisticado. Os adornos são essenciais para complementar a decoração. Utilize porta-guardanapos, apoiadores de talheres, velas e diferentes tipos de taça. Para dar um ar mais tropical, eu costumo optar pelo uso de frutas, flores e materiais naturais, como madeira, bambu e madrepérola. Vale lembrar que menos é mais, por isso, não exagere nos itens sem função à mesa. Caprichar no visual das refeições, além de dar um toque especial à decoração, também expressa carinho pelos convidados. Seja no campo, na praia ou em casa, é importante garantir que não falte nada na hora de servir a família e os amigos e que todos se sintam à vontade e acolhidos.
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ESTILO | BEBIDAS
Vinosophie por Elis Cabanilhas Glaser, colunista
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Côte d’Or, a Champs-Élysées dos vinhedos Os vinhos da região da Borgonha são tidos como verdadeiros néctares dos deuses
estabeleceram as vinhas na Idade Média. Eles cultivavam uvas para a igreja e para os aristocráticos duques da Borgonha. Com a Revolução Francesa, a terra voltou às mãos dos devotos aldeões, que, com um cuidadoso trabalho manual, presentearam o mundo com os maravilhosos vinhos da Borgonha. Côte de Nuits “Famosa pelo seu Pinot Noir” A Côte de Nuits compreende 24 vinhedos Grand Cru e alguns dos mais caros do mundo. 80% dos vinhos produzidos são Pinot Noir e o restante são Chardonnay. Seus vinhedos formam uma colcha de retalhos nas encostas orientais, começando na vila de Gevery Chambertin, passando por Morey St-Denis e, ao sul, até Vougeot e Vosne Romanée. Os vinhos, aqui, podem envelhecer por décadas e alcançar as
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cifras de milhares de dólares! No entanto, também é possível encontrar exemplares mais acessíveis nessa região. As dicas são os vinhos da Côte de Nuits Village. Côte de Beaune “O lar dos grandes Chardonnays” Os vinhos dessa região são bem diferentes dos de seu vizinho ao norte. Aqui a Chardonnay reina com seus grandes vinhos. Apesar de possuir tintos incríveis, é a terra dos principais Grand Cru produtores de vinho branco, como Corton, Corton Charlemagne e os Montrachet. Para os apreciadores, a dica são os vinhos Côte de Beaune Village, Premier Cru de Chassagne-Montratchet, Santenay, Meursault, Puligny-Montrachet, Volnay, Pommard e Beaune.
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JANTAR DE TERÇA À SÁBADO. ALMOÇO DE SEXTA À DOMINGO. 52
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Maja Petric | Unsplash
ítica e encantadora, é na Borgonha que se encontram os vinhedos mais caros da França e, provavelmente, do mundo. Essa pequena região produz vinhos únicos em sua essência, uma combinação perfeita de terra, solo, clima e esse "terroir" mágico que só existe por lá. É na Côte-d’Or, lugar que compreende as aclamadas Côte de Nuits e Côte de Beaune, consideradas as regiões mais importantes da Borgonha e onde estão localizados vinhedos icônicos, como o de Romanée-Conti e Clos Vougeot. Tamanho prestígio lhe rendeu um simpático apelido, "Champs-Élysées dos Vinhedos", uma analogia com a avenida que possui um dos m² mais caros da Europa. A Borgonha tem o poder de gerar grandes expectativas em seus apreciadores, pois seus vinhos são tidos como verdadeiros néctares dos deuses. Sua excelência não se deve apenas ao seu terreno requintado, que lembra uma colcha de retalhos de trepadeiras intocadas, parecendo pintadas à mão, mas, também, à sua história geológica, que data de 200 milhões de anos atrás, quando a região fazia parte de um vasto mar tropical, que criava solos calcários. Esses solos são o segredo por trás da mineralidade picante que é a marca registrada dos vinhos da Borgonha. Ao caminhar pelas vinhas, é possível encontrar pedaços de calcário ou marl (calcário misturado com argila), que contêm criaturas marinhas fossilizadas misturadas. Pouco se sabe, de fato, como se iniciou a produção de vinho na Borgonha, mas a teoria mais aceita é que foram os monges católicos que
ESTILO | GASTRONOMIA
Charutos por Stefan Deckert, colunista
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Dannemann Toro Mata Fina R$ 70.
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Dona Flor Gran Corona Graduado R$ 70.
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Alonso Menendez Del Patron Gran Corona R$ 80.
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Mohd Jon Ramlan
CHARUTOS DO MÊS
esmo envolto por no capote ou no enchimento. inúmeras polêmicas, o É do Brasil, inclusive, um dos granmercado do tabaco não des festivais de charuto do mundo, o para de crescer no Brasil Festival Origens, que acontece anuale no mundo. O Brasil é o mente nas cidades de Cachoeira e São segundo maior produtor Felix, no Recôncavo Baiano. de tabaco do mundo, tem uma história "(...) dos dez Aderegião perdendo apenas para a mais de 400 anos de charutos po- produção de tabaco e é de lá China, com uma receita que ultrapassa os 2 bipularmente que saem os charutos mais lhões de dólares, gerando apreciados e reconhecidos reconheci- mundo afora. mais de 5 mil empregos somente no país. Em 2019, tive a felicidade dos como os No universo charude participar do Origens melhores do e conhecer de perto como teiro, a grande força da indústria está na qualida- mundo, todos funciona a indústria da de do tabaco, consideraDegustei charutos têm tabaco região. do um dos melhores do inesquecíveis e históricos e baiano em vi a força transformadora planeta. A produção é quase exclusiva da Bahia, charuto na cultura e no alguma par- do com diversas fábricas e modo de vida local. Foi uma te(...)" pequenos produtores experiência inesquecível locais fazendo, na minha que, em breve, vou comparopinião, charutos excelentes de folhas tilhar com vocês, contando os detalhes de tabaco 100% brasileiras. dessa aventura aqui na coluna. E essa não é somente a minha opiEm meio a muitas controvérsias nião. Um estudo recente do Sinditasobre o tabaco, fato é que a força da baco mostrou que, dos dez charutos indústria nacional contribui, e muito, popularmente reconhecidos como os para o rompimento de barreiras comermelhores do mundo, todos têm tabaco ciais e para a abertura de mercados em baiano em alguma parte, seja na capa, todo o planeta e também no Brasil.
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Ópera com carisma e modernidade O The Ten Tenors se apresenta pela primeira vez no Brasil. Conversamos com Boyd Oewn, um dos integrantes do grupo, sobre música, carreira e, claro, a expectativa do show em Curitiba por Gabriel Sorrentino e Rodrigo Sigmura
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jornal The New York bre as apresentações no Brasil? Times denomina de gêJá passamos por 32 países e fizenero classic crossover as mos inúmeros shows, mas nunca viecanções de artistas que, mos ao Brasil. Por esse motivo, nossas “com muita habilidade, expectativas são grandes! Sabemos fazem transições perfeitas entre ópera que os brasileiros gostam de festejar e música popular”. Dessa forma, dão e que são alegres, por isso, esperanovas personalidades a clássicos da mos emoção, muita alegria, dança e música mundial, a músicas pop e diversão — e é isso o que levaremos rock e até mesmo a canções próprias. ao palco. Precursores dessa nova Por que escolher maneira de trabalhar Curitiba para ser a “Dentro da te- primeira cidade da com a primeira arte, The Ten Tenors é um mática do amor, turnê brasileira? Já grupo australiano conheciam algum selecionamos comentário positivo formado em 1995 que reúne dez dos melhores músicas que sobre a cidade que e mais carismáticos a decisão? trazem um pou- motivou tenores do mundo. Sabemos que cada reNo dia 19 de março, co do nosso país gião do país é diferente Love Is In The Air, a da outra. Sabemos para o Brasil.” uma nova turnê do conjunque o show de São to, será estreada em Paulo vai ser diferente Curitiba, abrindo a do de Belo Horizonte, série de shows, que vai passar pelo que vai ser diferente do que fareRio de Janeiro, por Belo Horizonte mos no Amazonas, assim como será e por São Paulo. Em uma entrevista diferente do show em Curitiba. Sei exclusiva à TOPVIEW, Boyd Oewn, disso porque meu noivo é justamente um dos integrantes da banda, falou brasileiro, nascido em Xapuri, no sobre as expectativas dos tenores para Acre. Sobre Curitiba, especificamena apresentação de Curitiba — para a te, ainda não sei nada, mas estou qual todos estão animados! muito curioso para ver o que faz dela Qual é a maior expectativa souma cidade brasileira especial.
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Que música vocês ainda preten- pop e vários gêneros com nuances dem incluir no repertório? diferentes. Para mim, o momento Nos sentimos como embaixadofavorito do show é quando canres culturais do nosso país, por isso, tamos músicas muito conhecidas buscamos sempre levar elementos do público no pop e rock, como que remetam à cultura australiana. Queen, com variantes de ópera. Dentro da temática do amor, seleDamos novas roupagens a essas cionamos músicas que trazem um canções de um jeito que o público pouco do nosso país para o Brasil. não espera. Adoro ver as reações. Ainda não posso prometer, já que Esse é o meu momento preferiainda está sendo conversado com a do. Se você perguntar aos outros equipe, mas pretendemos fazer algo tenores, com certeza a resposta será diferente, trazer um presente para diferente. o público. Adoraria Como são os enaprender uma música em saios de vocês? Tem “Já passamos uma periodicidade português e apresentá-la nos shows brasileiros. por 32 países definida? Alguma das músicas Ensaiamos todos e fizemos inú- os dias é a sua preferida? Por e somos promeros shows, vavelmente o grupo quê? Como somos 10 mais trabalha na mas nunca vie- que cantores no palco, temos ópera, no rock (risos). mos ao Brasil.” Tenho muito orgulho um espectro muito grande de vozes, o que do show e do trabapermite que os shows lho que apresentamos sejam realmente ricos. Conseguimos para o público, porque demanda cantar ópera clássica — que é o que muito esforço, muito trabalho. eu canto —, conseguimos cantar Estamos juntos há mais de 10 anos
e muitas canções estão em nosso repertório desde o início, o que não nos impede de ensaiá-las para arrumar pequenos erros, mesmo que as cantemos há tanto tempo. Essa atenção ao detalhe e a busca incessante por fazer o melhor nos deixam muito orgulhosos. Existe alguma dificuldade em se apresentar com mais 9 profissionais no mesmo palco? Qual seria? No final de todo show, tentamos descer e conversar com o público, ter uma interação um pouco mais próxima. No palco, nós nos divertimos tanto que, às vezes, nessa hora, acontece da plateia perguntar se é encenação ou se é real (risos). É de verdade. A maioria desses caras que estão comigo no palco são pessoas que conheço há mais de 10 anos. Vejo-os mais do que vejo a minha própria família ao longo do ano. Não temos dificuldades, somos uma família mesmo, somos muito amigos e todos fazemos nossa parte pelo The Ten Tenors.
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O Anuário de 2020 está chegando.
TASSIANA FISCHER
SUZANE SIMON
PEDRO SILVEIRA
LUCIANA PATRÃO
MICHELE KRAUSPENHAR
LUIZ MAGANHOTO
DANIEL CASAGRANDE
SÉRGIO WALLIATTI
SAMARA BARBOSA
ANA CRISTINA AVILA
GUILHERME BELOTTO
CAMILLE SCOPEL
THIAGO TANAKA
ELEUTHERIO NETTO
BIANCA MORAES
RENAN MUTAO
ARY JACOBS
JORGE ELMOR
CAROLINA DANYLCZUK
LISA ZIMMERLIN
KARIN NEITZKE
OLGA BERGAMINI
SABRINA BECKER
CAROLINE BOLLMANN
DANIELA BARRANCO OMAIRI
TALITA NOGUEIRA
EDUARDO MOURÃO
Confira alguns dos arquitetos já confirmados para a próxima edição!
ESTILO | PERSONALIDADE Com 11 anos de estrada, a dupla é conhecida pela explosão que causa no palco.
Duas irmãs: a dupla! Marjourie e Mell formam uma dupla sertaneja desde 2009. Onze anos de estrada que ainda reserva muitas conquistas pela frente por TVBC
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009! Você lembra o que zia trabalhos como cantora, porém, aconteceu neste ano em ainda em busca de um caminho sólisua vida? Não? Tudo bem. do. Do outro lado, Mell, a segunda Não necessariamente este irmã, que cantava, mas sem grandes tenha sido um ano imporpretensões. E, no meio disso tudo, tante, a ponto de citar algo assim, um anúncio na rádio: “Atenção, com destaque. Mas, para duas pesatenção, inscrições abertas para o soas, 2009 foi um ano de reenconFestival Sertanejo.” De repente, as tro. E o mais curioso disso tudo? duas, juntas, subiam degrau por Elas nunca haviam se degrau daquele palco desencontrado. e “(...) Eu tenho feito "É muito Duas irmãs de São tudo pra me congratificante de José dos Pinhais que, vencer e provar que a dividir o desde pequenas, envida é melhor sem você, tendiam que a música meu coração não mesmo palco mas estava ali, presente, se deixa enganar (...)” com os maiores Prenúncio do reenconviva e praticamente com um lugar à tro? Na verdade, esse cantores mesa. “Nosso pai tem é um trecho da música sertanejos do Nuvem de Lágrimas, de uma banda de música gaúcha e, desde Chitãozinho e Xororó Brasil.” pequenas, convivemos — a primeira música com isso. Cantar com que cantaram juntas. ele, juntas, para amigos e familiares, Portanto, vamos acreditar no desera algo que fazia parte da nossa tino. E, ah, a nova (sempre) dupla vida”, conta a irmã Mell. Com esse conquistou o 3º lugar naquele histórico, Marjourie e Mell, irmãs, festival. cantoras, apaixonadas por sertanejo, Ao longo destes 11 anos, a dupla sempre foram uma dupla, certo? ficou conhecida pela explosão que Nada disso: errado. E é aí que entra causa no palco e isso, aos poucos, o ano de 2009. começou chamar a atenção também De um lado, Marjourie, que já fa- de outros artistas e programas de
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TV. Elas já participaram de quadros nacionais, fizeram parcerias importantes e até cantaram com os ídolos, Chitãozinho e Xororó, momentos da carreira que não saem da cabeça. “Em 2017, abrimos o Country Festival no palco principal, foi muito emocionante, difícil de segurar. É muito gratificante dividir o mesmo palco com os maiores cantores sertanejos do Brasil”, lembram as irmãs. Hoje, elas continuam subindo degraus, assim como fizeram naquele primeiro palco juntas no festival. Marjourie e Mell gravaram o primeiro clipe: Reincidente! O que chama atenção, além do óbvio talento das manas, é a frase “(...) Aí você vai ver quem é a louca (...)”, visivelmente mais um prenúncio de que elas querem mais — e ai de quem desacreditar essa parceria, que incendeia tudo por onde passa.
Confira o primeiro clipe da dupla Marjourie e Mell.
self
a seção de saúde, f itness, comportamento, família e goodness
UM DIA NA FAZENDA
Contato com a natureza, interação com animais e momentos de lazer para quem busca conhecer melhor o meio rural. Inaugurado em 2006, o Parque Temático Vila dos Animais surgiu após um estudo que concluiu que a cidade de Curitiba possuía uma vasta opção de parques, mas nada que promovesse o simples contato de pessoas com o ambiente de fazenda e animais não comuns ao espaço urbano. Com o auxílio de pedagogos, biólogos e turismólogos, o Parque foi projetado para que todos tenham acesso direto ao ambiente rural por meio de atividades lúdicas como acariciar e alimentar animais, andar a cavalo, colher ovos e até ordenhar uma vaquinha. topview.com.br
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SELF | X PX ER XSONALIDADES
As paranaenses
Elas ajudaram a construir a história de Curitiba e, aqui, contamos um pouco das suas próprias por Ma r ia Isabel M iqueletto
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ocê já caminhou pela rua Izahia Cecim Calixto, que homenageia a poeta libanesa? Ou passou pela rua Ana Berta Roskamp, que celebra o legado da empresária pioneira? Várias mulheres, de épocas e áreas variadas, ajudaram a construir a história de Curitiba, mas nem sempre nomeiam as avenidas — ou narrativas — principais. Elas lutaram para ter espaço em momentos da história em que as mulheres eram proibidas de ocupar alguns deles. A frase da historiadora June Edith Hahner, que se dedicou aos estudos de gênero, resume a situação: “(...) Mas a história nos últimos séculos, seja a história da América Latina, da Europa, dos Estados Uni-
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dos ou de qualquer outra parte do mundo, ainda tem sido escrita, geralmente, como se os importantes processos de industrialização, urbanização, modernização e até de reprodução da população acontecessem, aparentemente, sem a participação, ou mesmo a presença, do sexo feminino.” Daí a importância de relembrar, todos os dias, de como elas contribuíram para o que vivemos hoje. O dia 8 de março, em especial, foi escolhido para marcar esse movimento. O Dia Internacional da Mulher marca a luta e celebração das conquistas delas — e de tantas outras mulheres — ao longo dos séculos. Aqui, te convidamos a conhecer algumas paranaenses pioneiras:
( 19 3 4 — 2 0 1 0)
ZILDA ARNS
Formada em Medicina, Zilda chegou a ter aulas com Maria Falce, mas fez sua especialização em saúde pública e pediatria. Seu objetivo era salvar crianças da mortalidade infantil e desnutrição. Com isso em mente, criou e coordenou a Pastoral da Criança e a Pastoral da Pessoa Idosa, órgãos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em reconhecimento de seu trabalho árduo, chegou a ser eleita a 17ª maior brasileira de todos os tempos, em 2012.
(1897 — 1 9 7 2 )
M A RI A FA LCE DE MA CEDO Além de ser a primeira médica formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Maria Falce também foi a primeira mulher a ser professora catedrática no Brasil. Ela nunca se abalou pelo machismo que sofria nos tempos da faculdade e na carreira e usou sua profissão para ajudar pessoas — em alguns casos gratuitamente. Hoje, existe uma rua com seu nome no bairro Ahú.
(1912 — 2004)
HELENA KOLODY Primeira mulher a publicar poesia haicai, Helena lançou seu primeiro poema, A Lágrima, aos 16 anos de idade — e anos mais tarde tornou-se um dos maiores nomes da poesia paranaense. Aos 19, publicou seu primeiro livro, Passagem Interior. Nem sempre foi dedicada apenas à poesia: passou 32 anos como professora. Ainda assim, nunca a deixou de lado: “Eu sempre procurava misturar a poesia nas coisas de escola, dar um jeito…”, contou, em uma entrevista para José Wille.
ETY DA CONCEIÇÃO G ONÇALVES FORTE Artista plástica e ceramista, Ety dedicou parte de sua vida à Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro, que foi base para o Complexo Pequeno Príncipe, maior hospital pediátrico do país. Por seu legado à instituição, que hoje reúne a tríade ensino-pesquisa-assistência, ela recebeu o título de Cidadã Honorária de Curitiba e do Paraná. Ety é presidente e voluntária há mais de 50 anos. Em 2018, foi a única representante do Paraná a receber a Honraria de Serviço ao Brasil da Câmara dos Deputados. topview.com.br
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SELF | PERSONALIDADES
ALICE RUIZ Entre livros, poemas, traduções, canções e histórias infantis, Alice publicou 21 obras. A poeta, letrista e tradutora recebeu o Prêmio Jabuti pelo livro Dois em Um. Sua “carreira” começou bem antes: aos 9 anos, já escrevia contos, aos 16, surgiram seus primeiros versos. Seu primeiro livro veio aos 34. Assim como Helena, também dedicou-se aos haicais — o que já lhe rendeu uma homenagem da comunidade nipobrasileira.
ETY CRISTINA FORTE CARNEIRO Ety, que leva o mesmo nome da mãe, continua seu legado no Hospital Pequeno Príncipe há mais de 20 anos, quando entrou na área de Marketing. Nesse tempo, participou da implantação da faculdade e do instituto de pesquisa da casa e está à frente de um novo projeto grandioso: o Pequeno Príncipe Norte reunirá mais um hospital 24 horas, um ambulatório, um centro cultural e um hospital de alta complexidade e transplantes. Hoje, é diretora executiva da instituição. Ela chegou a ser presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e a participar da Cúpula Mundial da Família, ligada à ONU.
MA RG ARET GROFF Primeira funcionária de carreira da Itaipu Binacional a chegar à diretoria, Margaret hoje ocupa o cargo de diretora financeira e é um dos maiores ícones na luta pela equidade de gênero no trabalho. Ela já foi reconhecida, inclusive, pela ONU Mulheres pelo trabalho que desenvolve nesse sentido. Além de estar na diretoria, cargo do qual mulheres são muitas vezes excluídas, ela escolheu cursar engenharia, em uma época em que a área também era dominada por homens. É fundadora e diretora do Espaço das Mulheres Executivas do Paraná (MEX-PR). Em 2007, recebeu o Prêmio Mulheres Mais Influentes do Brasil, na categoria de Economia e Finanças. 64
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( 1 9 31 — 2 0 1 2 )
ADALICE ARAÚJO Considerada uma das maiores críticas de arte do Brasil, Adalice foi artista plástica, crítica de arte, poeta e historiadora. Foi a criadora do Dicionário das Artes Plásticas no Paraná, o maior compilado já feito sobre o tema. Ficou conhecida por sua militância pelas artes e pelos artistas do estado, além de pelo legado que deixou aos cursos de arte da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap) e da UFPR. Em 2003, recebeu o Prêmio Mário de Andrade da ABCA e, em 2007, ganhou o Prêmio Gonzaga Duque.
(1913 — 1981)
ENEDINA ALVE S MARQUES Enedina representa um marco para a comunidade negra e feminina: aos 32 anos, tornou-se a primeira mulher negra a concluir uma graduação de engenharia no país, pela UFPR. Ela foi a única mulher na turma de engenharia civil, com 32 colegas homens. Participou de obras importantes para o estado, como a Usina Governador Pedro Viriato Parigot de Souza, maior central hidrelétrica subterrânea do sul do país, e a construção do Colégio Estadual do Paraná.
(1934 — 2007)
GL A C I TE RE Z I NH A Z A NCA N
A bioquímica acumula feitos de peso na militância pela ciência e tecnologia: participou da criação do primeiro curso de pós-graduação da UFPR e foi a segunda mulher presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, além de ter sido a única brasileira a ter um trabalho publicado com o laureado pelo Prêmio Nobel de Química, Luis Federico Leloir.
( 1 9 4 6 — 2 0 1 3)
TERESA URBAN
Graduada na segunda turma de jornalismo da UFPR, Teresa deixou um legado à militância ambiental e por direitos humanos. Ela contribuiu para o mapeamento dos remanescentes da floresta de araucária no Paraná, além de ter atuado no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conam) e auxiliado na criação da Rede Verde de Informações Ambientais. Foi pioneira, também, ao unir os dois temas e produzir jornalismo ambiental, com participação em sucursais de grandes jornais, como O Estado de S. Paulo, O Globo e a revista Veja. Em sua trajetória, escreveu mais de 20 livros.
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SELF | SAÚDE
Cirurgia Plástica por Sandro Beira, colunista
Uma palavra muda a sua vida As lista de resoluções de Ano Novo são longas e repletas de boas intenções. Você já começou a colocar em prática a sua?
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É fato consumado que 50% das nossas resoluções não chegam ao final de janeiro e cerca de 90% delas são deixadas de lado em março. Grande parte desse resultado está relacionado a planos muito ambiciosos, que procuram fazer do excesso de possibilidades a meta, quando o que acaba acontecendo é que não fazemos nada ou o resultado obtido está muito longe da excelência pretendida. Essa situação acabou precipitando uma busca por algo que trouxesse sucesso na implementação das decisões de final de ano. No livro One Word That Will Change Your Life, Jon Gordon, Dan Britton e Jimmy Page fazem uma brilhante constatação, a qual estou buscando aplicar pessoalmente: escolha uma única palavra, isso mesmo, simplifique a vida concentrando-se em uma única palavra. Ela será para você aquela que vai catalisar todas as mudanças que você está planejando. As múltiplas opções e os projetos complexos trazem confusão para a mente. Levam, ainda, caos, decorrente da falta de paz, da procrastinação e da decepção consigo mesmo. Com simplicidade e foco, somos levados à clareza — e o sucesso acontece como uma resposta extraordinária a um algoritmo baseado em apenas uma palavra. O grande desafio está em descobrir qual será a palavra que vai afastar todas as desculpas criadas para evitar o nosso desenvolvimento físico, mental, emocional, relacional e até mesmo espiritual.
"É fato consumado que 50% das nossas resoluções não chegam ao final de janeiro e cerca de 90% delas são deixadas de lado em março."
Irina Iriser
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estrada percorre o tapete verde produzido pelas plantações bem cuidadas, destacando no horizonte o por do sol de verão. Esse quadro de profunda beleza permanece impresso em minha memória, retornando a mente na forma de uma imagem repetitiva, enquanto os preparativos para as atividades do início do ano acontecem. Os flashes dos momentos prazerosos são uma opção de fácil preferência frente à perspectiva da realidade, porém, os pensamentos continuam vindo à mente enquanto o aroma do café preenche todo o ambiente nesta bela manhã de janeiro. As ideias surgem e cobram decisões de como será o planejamento para a vida que recomeça em todos os níveis, incluindo o retorno da rotina familiar e profissional sob a perspectiva dos sonhos que nasceram nos momentos descontraídos de celebração. Especialistas em economia e política fazem um trabalho duro traçando possíveis cenários que produzem um turbilhão de emoções e impactam nossas vidas. Neste momento, começo a me questionar sobre quais escolhas e estratégias devo seguir para obter o sucesso desejado. Escolho cultivar a autoconfiança, pois ela transforma o ambiente e permite o início de uma jornada segura, com foco em tudo o que possui um papel significativo. No auge desse exercício intelectual, acabo de perceber que tenho em mãos uma lista generosa de resoluções repletas de boas intenções. Mas, e agora, por onde começar?
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SELF | GOODNESS
Boas Ações por Luciana Almeida, embaixadora
Uma mão lava a outra O programa Câmbio Verde benef icia milhares de pessoas na capital paranaense
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ma mão lava a outra.” Com certeza você já se deparou com essa expressão, seja nos desenhos infantis ou em alguma situação do dia a dia. O significado dela é muito parecido com o que vivenciamos no Projeto Luz: uma pessoa ajuda a outra. Ao pé da letra, entende-se que uma mão não consegue se lavar sozinha por completo, é necessário o auxílio da outra mão. Dessa forma, a analogia também funciona com pessoas e projetos. O programa Câmbio Verde, da Prefeitura de Curitiba, atua de forma inteligente e consciente por meio da troca de resíduos recicláveis por frutas e verduras, beneficiando aproximadamente 6 mil pessoas. Através dessa iniciativa, conseguimos abastecer o Projeto Luz de
frutas e verduras. Criado em 1991, o programa possui diversos objetivos, como promover o escoamento de produtos hortifrutis dos pequenos produtores e criar na população o hábito de separar o lixo reciclável e a consciência da destinação correta dos resíduos, além de incrementar a alimentação das pessoas, a fim de que elas tenham ao menos uma refeição no dia. O Câmbio Verde atende a população que recebe até 3,5 salários mínimos e funciona de modo muito fácil: cada quatro quilos de lixo reciclável vale um quilo de frutas e verduras. Dois litros de óleo vegetal ou gordura animal também são trocados por um quilo de alimento. De acordo com o coordenador do programa, Gilberto Hanig, da Secretaria Municipal do Meio
Ambiente, existem 103 pontos de troca nas 10 regionais do município e são coletadas 290 toneladas de recicláveis em todos os pontos da cidade. Sem contar as 80 toneladas de alimentos que são distribuídas e beneficiam tantas pessoas, muitas delas pelo Projeto Luz. Nós coletamos garrafas de vidro em diversos pontos da cidade, como restaurantes, bares e casa de amigos, e todas as semanas trocamos as garrafas nos diversos pontos de troca — superorganizados, diga-se de passagem. A cada quatro quilos de garrafas, recebemos um quilo de legumes ou frutas. “Com o passar dos anos, as pessoas entenderam quais eram os objetivos do programa: alimentação mais saudável, ruas e córregos mais limpos e, o mais importante, sem enchentes”, contou-me Hanig. Na analogia do “uma mão lava a outra”, o programa Câmbio Verde auxilia o Projeto Luz e, consequentemente, toda a população curitibana. Afinal, não é à toa que Curitiba é considerada uma das cidades mais limpas do mundo e uma das melhores para morar no Brasil. Para conferir o calendário de atendimento dos postos do programa Câmbio Verde, acesse o QR code.
Levy Ferreira | SMCS
Existem 103 pontos de troca nas 10 regionais do município.
São coletadas 290 toneladas de recicláveis em todos os pontos da cidade.
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Uma realidade particular
Cavalos que valem milhões, tecnologia e inovação de ponta na terra, eventos que reúnem milhares e transformam pequenas cidades em metrópoles. O campo que nada tem de ultrapassado. Aqui, fazemos um panorama do universo agro, que movimenta bilhões de reais e milhões de pessoas no país por Ma r ia Isabel M iqueletto
Foto de Alberto Alejandro Elias, vencedor na categoria Profissional Máquinas da 12ª edição do Prêmio New Holland de Fotojornalismo — criação e direção do projeto Mano a Mano.
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Foto de Sergio Reghin Ranalli, vencedor na categoria Profissionais da 12ª edição do Prêmio New Rolland de Fotojornalismo — criação e direção do projeto Mano a Mano.
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ntender o agronegócio não é só saber que existem milhares de hectares de plantações e pastos no Brasil, mas, também, desconstruir a imagem que comumente vemos do que é riqueza, tecnologia, entretenimento, moda e por aí vai. O agro perpassa várias áreas da sociedade, em diversos aspectos. O impacto vai além das movimentações de R$ 669,7 bilhões por ano ou de representar mais de 20% do PIB nacional. Pode-se dividir o agronegócio em três grandes partes: a primeira, referente aos negócios em si, envolve os produtos rurais, as pessoas físicas e as empresas. A segunda parte reúne a indústria que serve à agropecuária com produção de insumos e equipamentos necessários ao trabalho. Já a terceira representa o “pós-porteira”, ou seja, a última etapa, como compra, venda, transporte, etc, até chegar ao consumidor final, a exemplo dos frigoríficos, mercados, distribuidores e até a indústria têxtil. O agro engloba as atividades agrícolas e pecuárias e está relacionado diretamente ao funcionamento da sociedade brasileira — e da população, que é a
grande força de trabalho do setor. A agropecuária emprega 18,20 milhões de pessoas, segundo pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) referentes a 2018, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE. Sem levar em conta os empregos informais sem carteira assinada. É possível que, ao invés de investir no último modelo de carro de luxo lançado pela Ferrari, empresários escolham pagar milhões em um cavalo puro-sangue. Ou, ainda, comprar um supertrator luxuoso para sua fazenda. É uma realidade que não é facilmente vista nas ruas do Batel ou do Centro de Curitiba, mas é o cotidiano do interior do Paraná, que figura como o segundo maior produtor de grãos do país, com 37,07 milhões de toneladas, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para Flávio Campestrin Bettarello, Secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), muito além dos números, o agronegócio possibilitou segurança alimentar aos brasileiros. “No Brasil, nós temos a característica de um setor com alimentos de qualidade a preços bastante competitivos. A democratização do acesso ao alimento é a maior contribuição social, com certeza”, defende. E remonta ao início da colonização brasileira, com a extração do pau-brasil e o ciclo da cana e do gado. “A própria interiorização do Brasil tem a ver com o agronegócio, com a história do gado”, analisa Gilson Martins, professor do Departamento de Economia Rural da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ele ainda explica que, entre os anos 1960 e 1980, o país passou por uma fase difícil no setor. O ritmo é retomado a partir da década de 1990. “Tivemos uma reviravolta na agricultura e temos aí dois motivos importantes: um é a própria estabilidade econômica proporcionada pelo Plano Real, que não beneficiou apenas a agricultura, mas toda e qualquer atividade. Mas, mais do que isso, talvez um fator preponderante na década de 1990, e na virada da de 90 para a 2000 foi a questão da demanda mundial de commodities agrícolas puxada pelo crescimento, principalmente, da China”, explica. Já consolidado economicamente, o agronegócio foi essencial para segurar as pontas durante a crise, defende Gilson. “No período de crise econômica, topview.com.br
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“No Brasil, nós temos a característica de um setor com alimentos de qualidade a preços bastante competitivos. A democratização do acesso ao alimento é a maior contribuição social, com certeza.” Foto de Brandon Curtis, vencedor na categoria Aficionados da 10ª edição do Prêmio New Holland de Fotojornalismo — criação e direção do projeto Mano a Mano.
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o agronegócio, principalmente puxado pelas commodities e o ciclo das carnes e a proteína animal, conseguiu manter um certo nível de crescimento produtivo e até de emprego no país”, reitera. “Ao passar por alguns lugares no interior do país, é possível perceber que, em muitos, não existe sinais da crise, como acontece nas grandes aglomerações urbanas, como São Paulo.” O que mais se destaca é a produção de commodities agrícolas, em especial, de soja e milho. No ano passado, o país exportou 44,9 milhões de toneladas de milho, um novo recorde, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A soja em grão liderou as exportações, com 23,2 bilhões de dólares em vendas em 2019. Foi seguida pela celulose (US$ 6,56 bilhões), pelo milho (US$ 5,92 bilhões), pela carne de frango in natura (US$ 5,5 bilhões) e pela carne bovina in natura (US$ 4,98 bilhões), segundo informações publicadas pela Conab. A previsão para a próxima safra
é boa. A estimativa da Conab é um crescimento de 3,8% na produção de soja em comparação com a temporada passada, totalizando 251,1 milhões de toneladas. A pecuária deve crescer 14,1%, impulsionada principalmente pelas exportações de carne, por conta do impacto da peste suína africana em alguns países. As informações são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O Paraná dentro do mercado nacional O Paraná ocupa um lugar importante no cenário do agronegócio nacional. Além de ser o segundo maior produtor de grãos, atrás apenas do Mato Grosso, ocupa também a segunda posição na produção de leite, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do IBGE. “O Paraná tem uma localização estratégica, perto do porto e do maior consumidor, que é São Paulo, além de ser referência para o mundo em termos de tecnologia”, pontua Robson Mafioletti, engenheiro agrônomo e superintendente da
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1. O Paraná é o segundo maior produtor de grãos do país, atrás apenas do Mato Grosso. 2. A soja em grão liderou as exportações, com 23,2 bilhões de dólares em vendas em 2019.
Ocepar. Vê, também, otimismo nos produtores, que estão investindo em sanidade das carnes e em esforços para acabar com possíveis pestes e, com isso, abrir novos mercados, mais sofisticados, além do leite, da soja, do malte e da farinha de trigo. Sustentabilidade na mesa Em tempos de Greta Thunberg, a ativista ambiental de 17 anos que abriu os olhos do mundo para a urgência da crise ambiental, não há como não tratar da sustentabilidade, tema recorrente em movimentos que pressionam instituições de vários setores por mudanças. O agronegócio não está fora do alvo — e a tendência está no radar das gigantes da área. “Nossa meta é firmar o Brasil não só como potência agrícola, mas, também, como potência agroambiental: produzir mais com mais sustentabilidade — e queremos que o mundo nos veja assim. Isso está no centro de todo o nosso modelo e é uma direção irreversível que vem da ministra”, corrobora Flávio. O agro respondeu, em 2018, por 25% das emissões de gases de efeito estufa no país, com 492 milhões de toneladas de CO2. Quem mostra os dados é o relatório mais recente do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), do Observatório do Clima. Dentro do setor, a pecuária foi responsável por 77% das emissões. São esses gases que promovem o aquecimento global e as mudanças climáticas. No entanto, o relatório aponta que o
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“Em tempos de Greta Thunberg, a ativista ambiental de 17 anos (...), não há como não tratar da sustentabilidade — e o agronegócio não está fora do alvo (...).” topview.com.br
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O agro respondeu, em 2018, por 25% das emissões de gases de efeito estufa no país.
aumento da produtividade na agropecuária não significa necessariamente um aumento de emissões na mesma proporção. Na agricultura, por exemplo, a produção de grãos cresceu 120% entre 2005 e 2018; já as emissões aumentaram menos de 60%. Entra aí a necessidade de novas tecnologias que possam minimizar os efeitos ambientalmente negativos da produção. O Plano ABC — Agricultura de Baixa Emissão de Carbono — é uma iniciativa do Governo nesse sentido. Desde 2010, parte do crédito do Plano Safra é destinado ao programa, que conta com sete
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frentes, seis referentes a tecnologias de mitigação e um com ações de adaptação às mudanças climáticas. “Eu defendo o meio ambiente, mas também defendo a democratização do alimento, então tem que ter um equilíbrio”, analisa Flávio. Não basta analisar apenas o lado ambiental da sustentabilidade, é preciso pensar, também, no social. Em especial, quando falamos de quase 20 milhões de pessoas empregadas no setor. Para Flávio, a inclusão no campo é essencial. “A maior parte dos produtores são de agricultura familiar. O campo é renda para muitos”,
afirma. “Por isso, precisamos de inclusão: do jovem, da mulher e das minorias, além da digital. A atividade rural tem que ser digna e gerar uma renda condizente com a qualidade de vida.” As mudanças no panorama da produção são um desafio importante para a área, hoje. “Existe um foco na questão urbana, ou seja, muitos jovens acabam deixando as propriedades rurais e não há uma continuidade na gestão dos negócios”, observa Gilson. “O desafio é ter mecanismos que ajudem a manter esse jovem no campo. Isso passa pela própria inserção digital no meio rural.”
A união faz a força
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maior destaque do Paraná dentro do setor do agronegócio, além da produção em si, é o sucesso do modelo das cooperativas. “Aqui, temos o cooperativismo mais expressivo do país, em termos econômicos”, ressalta Gilson. O estado comporta gigantes do ramo, como a Coamo Agroindustrial Cooperativa, que foi eleita a 46ª maior empresa do Brasil no ranking Exame – Melhores e Maiores 2018. O entendimento de que o cooperativismo pode acelerar os passos de todos é tão presente que três cooperativas paranaenses que atuam nos Campos Gerais uniram-se para formar um sistema de intercooperação. A Castrolanda, de Castro, a Capal, de Arapoti, e a Frísia, de Carambeí, lançaram a marca Unium. Trata-se de um encontro entre gigantes: as cooperativas faturaram quase R$ 7 bilhões em 2018. “Aqui [no Paraná], parece que a mistura deu certo, caminhou mais rápido. Temos a característica de pequenos e médios produtores, mas com muita tecnologia e respaldo das cooperativas, o que permite que elas ganhem escala para compra e venda”, comenta Robson Mafioletti, engenheiro agrônomo e superintendente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). É o que frisa Flávio, do Ministério da Agricultura: “o estado tem relevância por trazer esse modelo, que é exemplo de inclusão e integração das comunidades de menor porte. Isso possibilita o acesso dos pequenos produtores ao mercado global. O produtor do Paraná pode competir com produtores do mundo todo.” No estado, temos 16 cooperativas que faturam acima de R$ 1 bilhão por ano. A maior é a Coamo, de Campo Mourão, que atinge a cifra de R$ 14 bilhões, a C Vale, de Palotina, chega aos 9 bilhões. O diferencial por aqui, explica Robson, é a industrialização dos produtos, que são usados em sua totalidade. A soja, por exemplo, é vendida como grão, farelo e óleo. “Tivemos essa visão estratégica de agregar valor às matérias-primas e trabalhamos bem a cadeia produtiva”, reforça. Ao todo, as 69 cooperativas paranaenses lucraram R$ 70 bilhões apenas em 2018, de acordo com a Ocepar. Elas geram mais de 70 mil empregos diretos no estado. Neste ano, as cooperativas pretendem investir R$ 3,8 bilhões. “O pessoal está acreditando muito nesse novo momento da economia brasileira e no Paraná”, diz Robson.
“É exemplo de inclusão e integração das comunidades de menor porte. Isso possibilita o acesso dos pequenos produtores ao mercado global. O produtor do Paraná pode competir com produtores do mundo todo.”
Ao todo, as 69 coperativas paranaenses lucraram R$70 bilhões apenas em 2018.
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Agro é tech
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o procurar sobre tecnologia e inovação, facilmente caímos em algum texto sobre o Vale do Silício ou a onda das startups que envolvem programação e o mundo digital. Contudo, no Brasil, um ecossistema imenso e lucrativo nesse ramo encontra-se não nas metrópoles, mas no campo. Na propaganda veiculada na Rede Globo com o slogan “agro é tech, agro é pop, agro é tudo”, não há como comprovar os dois últimos, mas o primeiro é visto nos investimentos e na cadeia produtiva do setor. Almir Meinerz, presidente executivo da SPRO IT Solutions, empresa especializada em tecnologia para o ecossistema do agronegócio, percebe que as maiores demandas no campo têm relação com a gestão da propriedade, fator essencial para a otimização da produção. “As principais novidades estão relacionadas com o IoT (internet das coisas) e a cloud. Não é preciso estar presente para que tudo funcione. Essa é a premissa de processos de sensoriamento remoto”, observa. “A gestão mais fácil e rápida permite a precaução de perdas, visto que a praticidade do recurso antecipa diagnósticos e, Foto Gustavo Pereira Castro, vencedor da categoria Amador Maquinas, da 13ª edição do Prêmio Prêmio New Holland — criação e direção do projeto Mano a Mano.
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consequentemente, a resolução de brechas para desvios ou desperdícios na produção.” O Show Rural Coopavel, realizado em Cascavel, é um dos três maiores eventos de conhecimento e inovação para o campo. Com mais de 30 anos de existência, o evento funciona como uma universidade a céu aberto, além de servir como um “termômetro” do setor, já que abre o calendário nacional de feiras do agronegócio. “Ao apresentar novidades, o Show Rural mantém o agropecuarista antenado com o que há de melhor em soluções para ele produzir mais, com eficiência e custos reduzidos”, resume Dilvo Grolli, presidente da Coopavel, cooperativa que realiza o evento. “Em 30 anos de evento, ele contribui para ampliar em 300% a produtividade da soja e do milho no oeste do Paraná, um dos principais celeiros do Brasil.” A última edição, no início deste ano, contou com um público de quase 300 mil pessoas, um aumento de 3,5% em comparação ao ano anterior. Quanto à movimentação financeira, alcançou a cifra dos R$ 2,5 bilhões, 14% a mais que 2019. “Para o Paraná, temos uma projeção de boa safra de grãos, o que é uma grande notícia”, aponta. Outro megaevento do estado é a Expoingá, realizada em Maringá, que movimenta cerca de R$ 600 mil em negócios e atrai um público de mais de 500 mil pessoas. O próprio entretenimento é um primo não tão distante que lucra com o negócio bilionário. Os festivais de música sertaneja reúnem milhares de pessoas pelo país. Um momento importante para a popularização do gênero foi a incorporação de outros ritmos e, com isso, o nascimento do sertanejo universitário, ainda no início dos anos 2000. O VillaMix é um dos maiores festivais do gênero. Sua primeira edição foi realizada em 2011, em Goiânia, mas logo na segunda edição se tornou itinerante e começou a percorrer o Brasil. Apenas em 2013, foi realizado em mais de 20 cidades. Em 2015, entrou para o Guinness World Records, o livro dos recordes, como a maior estrutura de palco do mundo, ultrapassando a banda irlandesa U2. No ano seguinte, reuniu um público de mais de 1 milhão de pessoas. No ano passado, uma canção inusitada ganhou as paradas internacionais. Old Town Road, lançada pelo rapper Lil Nas X com um remix estrelado pela estrela do country Billy Ray Cyrus, é um crossover entre country e hip-hop que ocupou o primeiro lugar da Billboard Hot 100 (principal parada dos Estados Unidos) por dezenove semanas, quebrando recordes. O clipe retrata a chegada do artista à cidade com suas roupas western e seu cavalo, para surpresa de todos. Mais ou menos o efeito que a música teve, quebrando recordes e invadindo as rádios de vários países. O country novamente no mainstream, adaptado ao novo zeitgeist — como aconteceu com o sertanejo por aqui.
Foto de Jorge Gastón Gándara, vencedor na categoria Máquina da 13ª edição do Prêmio New Holland de Fotojornalismo — criação e direção do projeto Mano a Mano.
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Take my horse to the old town road O Paraná tem o segundo maior plantel de cavalos de raça Quarto de Milha do país.
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ual animal você estima que pode valer 40 milhões de dólares (R$ 126,6 milhões)? Se você pensou em cavalos, está certíssimo. Mais precisamente o Shareef Dancer, um cavalo de corrida puro-sangue, vendido pela maior quantia já paga na história. Ao passar por uma das porteiras do Haras Santarém, em meio aos 130 hectares da propriedade, avista-se um cavalo separado dos demais. Alto, forte e com porte elegante, o Tiger Heart é a estrela por lá. Isso porque ele é o maior produtor de velocistas do Brasil hoje. Ele está avaliado em R$ 1,2 milhão. A propriedade, que fica na região metropolitana de Curitiba, funciona como um "pensionato" e também cria cavalos puro-sangue inglês. Além de Tiger, há outros três garanhões, como são chamados os reprodutores: Rally Cry, Salto e Coutier. A raça tem várias especificidades, como não ser permitida a inseminação artificial — toda monta é natural e assistida. O valor dos cavalos é avaliado pela pontuação da tríade avaliação física,
"O valor dos cavalos é avaliado pela pontuação da tríade avaliação física, pedigree e desempenho na pista."
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"Nos jogos Olímpicos, o hipismo está presente desde 1900, e já rendeu ao Brasil três medalhas".
"O garanhão vale em função da sua cobertura e do que ele está produzindo na pista."
pedigree e desempenho na pista. Um garanhão pode chegar a ter mais de 20 “proprietários”, as pessoas que pagam uma cota para ter uma ou mais montas daquele cavalo. “[O valor] depende muito do número de éguas que ele cobre, se os filhos começam ganhando ou não. O garanhão vale em função da sua cobertura e do que ele está produzindo na pista”, mensura Antonio Fernando Marques Parche, médico veterinário e gestor do Haras Santarém. Eles são criados soltos, com cerca de 22 horas de pasto por dia. Entram apenas para comer, com exceção dos garanhões, que passam mais tempo na coxia e dormem por lá também, por uma questão de segurança. “O manejo dos cavalos de corrida é muito matemático”, resume o veterinário. Antonio orgulha-se de um dos cavalos nascido e criado ali: o Glória de Campeão, que ganhou a maior premiação em dinheiro da história ao vencer a Dubai World Cup 2010, maior prêmio de corrida de cavalos. O valor foi de 10 milhões de dólares. A mãe do animal, Aldacity, ainda está na propriedade. O Paraná tem o segundo maior plantel de cavalos da raça Quarto de
Milha do país, com cerca de 50 mil animais. O dado é da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM). Antonio explica que, por mais que esteja na segunda posição, o estado tem o melhor clima para criar cavalos, por conta da distribuição das chuvas. O que movimenta o setor Há diversas modalidades de competição com cavalos. Nos Jogos Olímpicos, o hipismo está presente desde 1900 e já rendeu ao Brasil três medalhas. As provas são divididas em hipismo salto, hipismo adestramento e CCE (Concurso Completo de Equitação). Entre as competições de velocidade, destacam-se as provas Três Tambores, Cinco Tambores, Seis Balizas Simultâneas e Maneabilidade e Velocidade. Rafaela Slaviero é um dos destaques da prova dos Três Tambores no Paraná. Começou hipismo aos seis anos, mas logo viu que sua paixão era a velocidade. “Quando descobri os Três Tambores, me apaixonei logo de cara e sabia que era isso que eu queria”, conta. Ela foi campeã da Copa dos Campeões nas categorias Feminino e Feminino Castrado no ano passado, com tempo recorde na
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O Rio de Janeiro se destaca quando o assunto é o turfe — corridas de cavalo com apostas em jóqueis.
pista de velocidade do recinto de Araçatuba, em São Paulo. A competidora é também diretora da Associação Nacional dos Três Tambores (ANTT), instituição que busca fomentar o esporte dentro do rodeio nacional. “É uma associação feita por competidoras e sempre focamos no bem-estar do animal e das contendoras”, sintetiza. O mais famoso evento do ramo é a Festa do Peão de Barretos. A primeira edição foi realizada em 1956 e, desde então, tomou dimensões cada vez maiores. Entre as principais tradições do festival, estão o rodeio, os shows de música caipira e a queima do alho. Estamos falando de um evento que movimentou, apenas na edição de 2019, R$ 900 milhões
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com o turismo. É o que mostrou uma pesquisa realizada pela Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo para medir o impacto econômico do evento, que reuniu 800 mil pessoas. Isso impacta, também, a logística da cidade. De acordo com as informações da Secretaria, há um investimento de R$ 8 milhões no Aeroporto de Barretos, que tem previsão de entrega ainda este ano. O objetivo é que termine 2020 operando aeronaves pequenas e que até março do ano seguinte comece a receber Boings 737 e 700. Há vários outros rodeios importantes no país, como o de Americana, Jaguariúna, Colorado e Divinópolis. Quanto às provas oficiais, os
participantes competem no Grand Prix Haras Raphaela, Congresso Brasileiro do Cavalo Quarto de Milha, Nacional do Quarto de Milha, Copa dos Campeões, Potro do Futuro, entre outros. No Paraná, a competição de maior destaque é a Copa SGP de Três Tambores e 6 Balizas, realizada em Maringá. Já no turfe, corridas de cavalo com apostas em jockeys clubs, quem mais se destaca é o Rio de Janeiro. Por mais que não tenha o mesmo prestígio que possuía no século XX, em que desbancava eventos esportivos como o futebol, a atividade ainda movimenta dinheiro nos hipódromos brasileiros. Os outros jockeys importantes são o do Tarumã, em Curitiba, e o de Porto Alegre.
“Quando descobri os Três Tambores, me apaixonei logo de cara e sabia que era isso que eu queria.”
Mateus Bovo buscou referências no Texas e seus trailers têm padrão internacional.
As corridas são realizadas em dias diferentes para que todos possam investir, mesmo de longe, em todos. Sábado é São Paulo; domingo, segunda e terça, Rio de Janeiro; quinta, Curitiba; e sexta, Porto Alegre. No Tarumã, em um dia normal, movimenta-se de 50 a 300 mil reais no jogo. O que já foi o esporte dos reis hoje encara desafios difíceis para ganhar adeptos. “O brasileiro não joga em cavalo, ele joga na Caixa Econômica Federal, Mega Sena, Lotofácil, Lotomania… então o nosso prêmio é baixo, o investimento em égua e garanhão é baixo, em cavalo em treinamento é baixo, não gira o eixo como Europa, Estados Unidos, Dubai, Japão, Austrália”, compara Antonio. A mobilidade Antes de criar sua empresa de trailers, Mateus Bovo bebeu referências direto da fonte. Foi ao morar no Texas, estado americano onde se popularizou a figura dos cowboys, que ele conheceu de perto o sonho dos trailers americanos, que ele usava para viajar para competições de laço. Ao retornar para o Brasil, decidiu construir trailers diferentes dos que tinha visto por aqui até aquele momento. Foi assim que nasceu a Summer Trailers. A empresa atende o público que busca a linha prime ou baús, para quem precisar transportar os cavalos e ainda quer o conforto de dormitórios de luxo. “O objetivo é permitir aos competidores de provas equestres que fiquem vários dias fora de suas casas e perto de seus animais, com o maior conforto e segurança possível”, conta. Hoje, itens para a realização de churrascos são os mais procurados e incluem churrasqueira, cervejeiras, adegas, fornos elétricos, som e TV. A área gourmet, na parte externa, é importante, pois os trailers ficam estacionados próximos uns dos outros nos campings e, assim, os amigos podem se reunir e curtir um momento juntos. A linha de trailers e baús pode variar entre R$ 80 mil e R$ 600 mil, com variação de acordo com o modelo, as dimensões e a customização dos detalhes.
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O country e o western na moda
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peças, com bordados e pedrarias, novidade no ramo. “A gente fala que a Zenz revolucionou esse meio. Eu trouxe o toque feminino e o mundo fashion e inovador para uma área em que isso não existia; era tudo muito apagado e simples. Trouxemos o fashion para o público western”, ressalta Ellen. As gigantes do mundo agro também já perceberam essa fatia de mercado. A New Holland, famosa fabricante de maquinário agrícola, também possui uma marca de moda masculina e feminina. As transformações do western Mas o country – ou western – na moda não nasceu com o agronegócio, por mais que faça parte desse universo. O estilo tem ligações com várias épocas e vários acontecimentos históricos, que o moldaram e transformaram até o que vemos hoje. Dani Nogueira, professora de história da moda no curso de Design de Moda do Senai, explica que o western nos Estados Unidos tem uma relação com os apaches; já na Europa, tem uma ligação neoclássica e angloamericana ligada à aristocracia. A imagem do western também mudou ao longo dos séculos. Suas raízes estão fincadas na Idade Média e no Feudalismo, em que era relacionado a algo ruim, de vassalagem. “Precisamos lembrar que a moda
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Susan Sthefany Volanski
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uando Ellen Enz começou a competir na prova dos Três Tambores, sentia-se desconfortável com as roupas que as competidoras usavam. Achava tudo muito masculino, sério e antigo — características que não a representavam. Começou, então, sem muitas pretensões, a fazer camisetas com estampas equestres para ela e suas amigas usarem. “Eu buscava esse estilo de vida country, mesmo no meio da cidade. Queria algo que pudesse usar nas competições e no dia a dia”, conta. A brincadeira com as roupas ficou mais séria quando ela passou a encarar as competições também com seriedade: decidiu que queria aquela vida para valer. E, para isso, precisava comprar um cavalo de prova. “Minha família não era do meio e pagar R$ 50 mil em um cavalo não era normal. Aí fiz uma proposta para o meu pai: se ele fizesse a confecção das camisetas, eu venderia elas e pagaria o cavalo para ele”, relembra. Passou a levar uma mala de camisetas para as provas e a vender nas arquibancadas. O sucesso foi tão grande que depois ela passou para as camisas, as jaquetas, os moletons e, por fim, as calças jeans — que, hoje, são o carro-chefe da marca Zenz Western. Adicionou seu toque pessoal às
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1. Coleção Resort 2020 da Balmain. 2. Coleção Resort 2020 da Paco Rabanne.
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3. Coleção Resort 2020 da Balmain.
gosta de enaltecer o que te coloca pra cima e tem ar de glamour”, aponta Dani. Esse cenário foi gradualmente mudando nos anos seguintes. No início do século 19, depois da Revolução Francesa, os aristocratas vão para as periferias das cidades e vivem em casas com grandes campos ao redor. Com a cultura da caça e do campo da época, eles pre-
cisavam estar com a roupa de todo dia. Naquele momento, o homem deixa de estar adornado e bordado, pós-rococó, e passa a usar roupas simples sem ornamentação, porque isso permite que ele passe o dia todo nas atividades do campo. “Isso era uma célula do nascimento do que seria a moda western ou country, que vai se estabelecer em várias regiões — e cada “Quando você uma terá o seu código”, analisa. vê que o outro Caminhando na linha do tempo, a Era Vitoriana, tudo pode, você por volta de 1850, na In- quer ter aquela glaterra, traz aos homens liberdade a liberdade para sair do campo com a mesma calça, também. Você que, depois, vai ser a calça do minerador, dos traba- acha mais lhadores. Ela substitui a calça de alfaiataria e passa interessante do a ser uma peça que pode que brega.” transitar entre o campo e a cidade. O western começa a deixar de ser exclusivamente do campo. Com o crescimento das cidades e o processo de urbanização da época, muitos trabalhavam com madeira nas construções e usavam roupas western, que eram as mais propícias para o ofício. O filme clássico ...E o Vento Levou (1939) faz um retrato dessa fase. Ainda nessa época, a moda western ganha forte ligação com a Corrida do Ouro Americana, com o Velho Oeste. “É o homem da
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fazenda fazendo o país crescer, com a calça de brinco, a camisa de flanela, os acessórios em couro para guardar o revólver, é o grande herói. Com isso, enaltecem muito o country”, resume a especialista. Entramos, então, no século 20. Esse foi o período em que a sociedade passou por um forte êxodo rural. “Minha avó, que nasceu em 1920, ainda trabalhou até os 10 anos no campo. Mas, depois, as pessoas — e até os imigrantes — estão saindo do campo e procurando trabalho na cidade. A terra já não estava rendendo”, explica Dani. Elas passam a ter que se vestir como as pessoas urbanas e abandonar os códigos do campo. Durante a década de 1950, nos Estados Unidos, com o auge do petróleo e a remanescência do ouro, os olhares se voltam para o Texas, que até hoje carrega o símbolo dos cowboys. Os homens da cidade vão para o estado sulista e começam a se adaptar. Usam a bandana por conta do pó e outras peças vão se juntando ao armário da época, que serão adotadas pelos jovens da cidade, que veem elas no guarda-roupa do pai e do avô. Como eles só tinham terno e não possuíam uma moda prêt-à-porter, adotam o western para ficar diferente, já que eram todos iguais nas vestimentas. “É um momento de transição importante, quando o jovem começa a usar as roupas dos antepassados. É uma nova forma de olhar para o western com uma aura de poder, uma vibe meio Dallas, de buscar um lugar no mundo, conquistar o emprego a 84
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1. Coleção Resort 2020 da Versace. 2. Colção da Zenz Western,
“O próprio caipira, essa palavra, foi pejorativa. A vida do campo no Brasil estava ligada à falta de dinheiro, as peças xadrez eram usadas como remendo(...).”
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qualquer preço e ser o poderoso do pedaço”, ressalta Dani. O cinema também teve papel essencial nesse novo consumo jovem, que deixa de ser igual a todos, com o terno tradicional, para criar sua própria personalidade – e a moda reflete esse comportamento. “Os filmes de Velho Oeste entram aí e os brasileiros compram essa ideia norte-americana.” Antes disso, no Brasil, esses códigos foram transferidos para o caipira e o western perde a força. “O próprio caipira, essa palavra, foi pejorativa. A vida do campo no Brasil estava ligada à falta de dinheiro, as peças xadrez eram usadas como remendo [como é retratado nas festas juninas]”, complementa. Hoje, a tendência voltou com força. Grandes grifes de luxo, como Balmain, Versace e Paco Rabanne, trouxeram códigos do western repaginados para suas coleções resort 2020. No Brasil, jovens que não têm nenhuma ligação com o campo adotaram as famosas botas country, flanela, lenços e outros símbolos ligados ao estilo. “As composições não deixaram de ter características bregas [no sentido de resgatar algo do passado], mas o que mudou foi que a nossa personalidade e individualidade foi tomando corpo e foi se tornando uma potência. Quando projetamos isso para o outro, ou ele vai ter que aceitar, ou vai ter que admirar”, explica. “Quando nossa personalidade passa a bancar nosso lifestyle e aquilo que ela veste, não consigo mais usar uma palavra — "brega" — para explicar aquela combinação.”
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Os elementos Bandana: ela é uma antiguidade oriental e vem principalmente da Ásia e da África, em que, na época, as pessoas precisavam cobrir o rosto por causa da poeira e areia do deserto. Ela ganha alguns códigos dentro do western. Cinto de couro: com grandes fivelas douradas, o couro e o metal têm ligação com a Idade Média. Na Corrida do Ouro no Velho Oeste, a fivela de ouro significava que o homem estava sendo bem-sucedido no ramo. Depois, elas ganham brasões para representar as famílias. Os bolsos: é a criação clássica da cena de um cowboy, com todos os adereços e as mãos nos bolsos com dois dedos para fora. “A Levi's fez isso muito bem. Ela manteve os bolsos, por mais que não sejam mais necessários, como um apoio simbólico de força para esse homem”, aponta Dani. Franjas: o corte do couro é muito presente nas tribos indígenas. As franjas surgem como uma necessidade ergonômica, já que, ao montar os cavalos, era necessário um couro menos rígido na parte superior para conseguir fazer os movimentos. Camisa e flanela: “não existe camisa sem flanela, nem flanela sem camisa. Esse é o casamento eterno”, reforça Dani.
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"O country tem ligações com várias épocas e vários acontecimentos históricos (...)"
1. Coleção da Etro, 2. Colção da Zenz Western, 3. Coleção Resort 2020 da Balmain,
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Make western cool again
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temporada resort 2020 marcou a volta do western às marcas de luxo, mas as peças-chave do estilo vieram com uma pegada descolada, urbana e superatual. As coleções seguem a tendência, que já caiu nas graças das fashionistas e do street style. ETRO Calças largas ao mood gauchesco, com bota cano alto e maxi cinto, fazem parte de um look que representa bem o visual da coleção. Aparecem, também, as camisas amarradas, estampas diversas, jeans e alfaiataria.
Franjas nas camisas, jaquetas, bolsas e até nos acessórios dão o ar western às peças da nova coleção, além de grandes chapéus e estampas áridas. A expansão da paleta de cores é outro highlight dos looks. 86
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BALMAIN
VERSACE A coleção esbanja o uso de couro, mangas bufantes, maxi cintos e botas western. Os lenços aparecem em outras variações, para além do tradicional laço no pescoço, e o xadrez com diversas matrizes e cores também. O chapéu caubói chega com força em seu mais típico mood agro!
PAC O RABAN N E O country chega em uma onda futurista, sci-fi e cheio de brilho. O próprio deserto, que contextualiza as fotos, dá uma ideia de outro mundo. As camisas jeans e sociais ganham ar moderno com os detalhes extravagantes, como o uso de spikes.
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SELF | PERSONALIDADES
O amor pelo jornalismo e pelo campo
Sérgio Mendes e Rose Machado são os apresentadores do programa que, semanalmente, narra as histórias de força dos moradores do campo por Gabriel Sorrentino
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e acordo com a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), em 2019, o número de trabalhadores no agronegócio brasileiro era de 18,33 milhões — quantidade correspondente a 11% de toda a população do país. Para atender às necessidades dessa parcela de brasileiros, o Grupo RIC conta com um produto especial que apresenta notícias e oportunidades desse setor: o programa RIC Rural. Na grade da emissora desde o dia 7 de setembro de 2005, todos os domingos, a partir das 9h, o jornal também apresenta dicas de turismo no campo e de pratos típicos do estado do Paraná. 90
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Casados há 20 anos, Sérgio Mendes e Rose Machado são os apresentadores do programa que, semanalmente, narra as histórias de força dos moradores do campo. “Eles são ‘heróis desconhecidos’ que enfrentam superações diárias para levar o melhor para a vida e a mesa de todos. Enfrentam as angústias e expectativas do solo e do clima, como, por exemplo, a chuva, em falta ou em excesso, na hora errada e na hora certa”, analisa Sérgio, que afirma ter entrado para o jornalismo por acaso do destino. Para ele, os profissionais do campo sofrem pela falta de reconhecimento e, principalmente, por serem intitulados '"destruidores da natureza". “Na verdade, eles são salvadores do meio ambiente”, opina o apresentador natural de Torrinha, pequena cidade do interior de São Paulo. Rose Machado acrescenta que, inclusive, se emociona com as histórias de fazendeiros que salvaram suas terras com dicas e ensinamentos transmitidos pelo jornal, já que a maioria dessas famílias não tem acesso à internet. “Despertei uma paixão especial pela vida rural quando, durante um programa, participei da colheita do urucum, fruto que, traduzido do tupi, significa 'vermelho'”, revela a jornalista, acrescentando que, até hoje, se lembra do cheiro do urucum na lavoura e de quando andava pelo campo enquanto aquele perfume se perpetuava pelo ambiente. “Sem falar na beleza da flor roxa do fruto tomando toda a extensão da fazenda, que despertou em mim o desejo de ser produtora rural”, conclui Rose. Profissionalismo longevo Inicialmente estudante de
Administração de Empresas e formado em Relações Públicas, Sérgio Mendes foi convidado para ser apresentador na TV Imagem, antiga afiliada da Band TV, em 1990, logo após se mudar para o Paraná. “Devido à grande vocação da localidade para a agricultura e à precariedade de informação desse setor, sugeri ao meu então diretor de jornalismo que lançássemos um programa rural”, conta. Na ocasião, em 1995, convidaram Rose, então apresentadora do Jornal da Band, para compor o time. Hoje, com mais de 25 anos de jornalismo rural, Rose faz questão de enfatizar que o principal desafio do ramo é conseguir mudar a mentalidade das pessoas da cidade em relação ao agronegócio e à degradação do meio ambiente. Sérgio, por sua vez, tem orgulho de ser ganhador de diversos prêmios por levar ao público histórias tão inspiradoras e, além disso, conseguir ajudar essas pessoas tão importantes para o dia a dia do Brasil.
“Despertei uma paixão especial pela vida rural quando, durante um programa, participei da colheita do urucum, fruto que, traduzindo do tupi, significa vermelho”
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poder
a seção dos bastidores econômicos e políticos, além do social view
LIDERANÇA FEMININA NO CAMPO
Segundo a Associação brasileira do Agronegócio (ABAG), 31% das fazendas brasileiras são lideradas por mulheres, que são chamadas de “as rainhas do gado”. Norma Gatto, 60 anos, faz parte desta porcentagem, administrando 44 mil hectares de soja, milho, feijão e gado no sul do Mato Grosso. Hoje, Norma dá palestras para milhares de mulheres fazendeiras que tentam quebrar o predomínio do sexo masculino na agroindústria, setor que movimenta 300 bilhões de dólares. Leia mais sobre tema na matéria do The Whashington Post: http://bit.ly/fazendeiras topview.com.br
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PODER | NEGÓCIOS
EM PARCERIA COM
Um olhar para o futuro!
Ronaldo Cavalheri é CEO do Centro Europeu e está à frente da primeira escola de Economia Criativa do Brasil por TVBC
PROMOTOP PROMOTOP Os conteúdos assim indicados são materiais publicitários em formato nativo. A responsabilidade sobre as informações é do escritor e não expressa necessariamente a opinião da TOPVIEW.
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No ano passado, lançou uma ferramenta de Planejamento de Carreira, a Desrobotize, que ajuda as pessoas a entender as mudanças que estão acontecendo no mundo, a definir para onde querem ir estabelecendo os seus objetivos profissionais e a criar uma estratégia para desenvolver novos conhecimentos, potencializando as habilidades humanas e se apropriando de tecnologias nas suas áreas de atuação. “Vejo muitas pessoas que não têm o controle da própria vida, vivendo no piloto automático. E aí veio a ideia da Desrobotize. Tomei como base a minha experiência profissional de sempre estar atualizado e coordenar uma rotina acelerada. Nunca espero as coisas acontecerem. Eu sempre corri atrás dos meus sonhos”, diz Cavalheri. Fascinado pelo universo de inovação, Ronaldo Cavalheri integra a Equipe Stark do Labiie (Laboratório de Inovação em Inteligência Empreendedora), que possui uma plataforma digital para universitários desenvolverem uma jornada empreendedora e um espaço de incubação de empresas. Ronaldo também é leader do Google Educators Group em Curitiba, que é uma comunidade de educadores que aprendem, compartilham e inspiram uns aos outros para atender às necessidades de alunos e professores levando a inovação e tecnologia para a sala de aula. E não para por aí: entre seus muitos papéis — como gestor, professor, empreendedor, palestrante, entusiasta de novidades e conselheiro de empresas — Ronaldo Cavalheri não tem medo do futuro e, por isso, faz parte do renomado time de mentores do Projeto Jovem Empresário.
Fernando Zequinão
O
bservador e atento aos movimentos do mercado de trabalho, Ronaldo Cavalheri, é o tipo de profissional que não para um segundo. Aparentemente tranquilo (só aparência), tem uma mente em turbulência, atenta a tudo e a todos. Engenheiro de formação, encontrou na educação o caminho para extravasar a sua visão e criatividade e se destaca como um dos grandes mentores do Projeto Jovem Empresário. Desde criança, já mostrava essa característica inquieta de se envolver em diversos projetos. Questionado sobre como consegue dar conta de tudo e aliar todas as atividades, Ronaldo comenta: “Amo o que faço e todos os projetos em que me envolvo estão alinhados e ajudam as pessoas e as empresas a se prepararem para o futuro.” Uma de suas habilidades de maior destaque sem dúvida é a curiosidade investigativa, que hoje o coloca como um dos profissionais mais antenados e preparados para ditar as novas dinâmicas e transformações que irão acontecer no mercado de trabalho. Seu projeto de maior destaque é o Centro Europeu, no qual ocupa o papel de CEO, e, à frente da primeira escola de Economia Criativa do Brasil, não só faz com que os alunos aprendam como aprende todos os dias. “O Centro Europeu é aquela empresa que você olha e fala: que orgulho de fazer parte, esse é o meu sentimento. Estar à frente de uma instituição de ensino como essa é uma grande responsabilidade, mas, ao mesmo tempo, uma realização. Circular por áreas tão diferentes e conviver com pessoas interessantes só me engrandece a cada dia.” O Centro Europeu sempre foi pioneiro no que há de mais moderno no ensino de profissões e idiomas. Com foco prático, traz para a sala de aula a realidade do mercado por meio dos melhores professores, atuantes em suas respectivas áreas. Com mais de 40 cursos, desde gastronomia, design, cinema até piloto de drones, tem o objetivo de formar profissionais criativos, hospitaleiros e empreendedores. “Aqui, preparamos os nossos alunos para o mercado do futuro e o nosso compromisso é transformar vidas”, comenta Ronaldo.
PODER | POLÍTICA E ECONOMIA
Agricultores: atualizando sua forma de investir O Brasil é um dos principais produtores mundiais e, por esse motivo, o setor do agronegócio chama atenção para investimentos por
média de 136 toneladas. Aqui no Brasil, a ferramenta de hegde para os agricultores ainda não é muito utilizada. Se compararmos ao índice norte-americano, o nosso país tem quase 37 mil contratos de milho e mil de soja negociados no mercado financeiro. Um índice muito baixo, se comparado às possibilidades e à segurança que o recurso proporciona. Os principais motivos para que os americanos negociem parte de sua safra no mercado financeiro são a proteção contra a volatilidade do mercado, e uma garantia de preço para a produção com a oscilação do mercado influenciado, por exemplo, pelo clima, oferta e demanda, dólar, sanções comerciais e ciclos econômicos. Essa ferramenta de hegde está a favor do produtor para que ele possa ter um controle no gerenciamento de risco de preço e, assim, não ficar suscetível diante de tantas incertezas do mercado. Uma das premissas para o agricultor é compreender que investir está muito além de aumentar o seu patrimônio físico, mas, sim, proteger a
sua produção com as possibilidades que o mundo dos investimentos oferece. E os produtores possuem uma grande ferramenta à disposição. Para operar com mais segurança e assertividade, a Allez Invest tem uma equipe de agentes especializados em commodities, para apresentar o melhor plano para a garantia de lucratividade de sua safra.
PROMOTOP Os conteúdos assim indicados são materiais publicitários em formato nativo. A responsabilidade sobre as informações é do escritor e não expressa necessariamente a opinião da TOPVIEW.
Bence Balla-Schottner e Divulgação
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ano de 2019 foi positivo para a agricultura brasileira, com a exportação atingindo US$ 96,8 bilhões. Com esse resultado, o Brasil continua consagrando-se como um dos principais produtores mundiais e ganhando cada vez mais ânimo para investir no segmento. Para atingir expectativas cada vez maiores, os agricultores precisam planejar uma série de possíveis interferências na produção, que possam causar uma volatilidade no seu desempenho. Já existem países que deram o seu passo à frente para garantir que as oscilações do mercado não intervenhão no faturamento do produtor. Como, por exemplo, os Estados Unidos, que, no ano passado, exportaram R$ 128 bilhões em produtos agrícolas e utilizaram uma grande ferramenta para o setor do agronegócio: o mercado futuro. Para o próximo ano, o país tem 1,5 milhão de contratos de milho negociados no mercado financeiro até setembro de 2021, e 837 mil de soja. Sendo que cada contrato tem uma
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PODER | POLÍTICA E ECONOMIA
EM PARCERIA COM
Heloisa Garrett amplia atuação no LIDE no Paraná
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ensar global, agir local. Essa é a visão da presidente do LIDE no Paraná, que, em pouco mais de quatro meses, desde quando assumiu a operação, prometeu levar o calendário para o interior do Estado, movimento que já registra crescimento de 30% no quadro geral de filiados. Desde que assumiu a presidência do LIDE no Paraná, em setembro de 2019, a empresária Heloisa Garrett vem fazendo uma intensa agenda de articulação. "Temos uma força global muito grande. São 15 anos de atuação, presença em todo o Brasil e 15 unidades internacionais. O LIDE é uma referência de ambiente para se fazer negócio e buscar o fortalecimento da livre iniciativa. Meu trabalho nestes primeiros meses está focado em fortalecer nossas alianças no Estado e potencializar a atuação dos empresários", destaca ela, que é reconhecida no meio político/empresarial pelas conexões que gera. O calendário 2020 já está desenhado e os eventos já começaram. Serão mais de 50 iniciativas, em Curitiba e em cidades polo, como Londrina, Maringá, Cascavel, Guarapuava, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa. Com palestrantes exclusivos, além dos tradicionais mentorings e debates, o LIDE Paraná passará a realizar eventos mais intimistas, como os Business Dinners. Entre os nomes confirmados da agenda, estão Fernando Henrique Cardoso e o vice-presidente, Hamilton Mourão. topview.com.br
Heloisa é a primeira mulher a assumir o posto. Ela já atuava como CEO da entidade desde 2017. "Conheci o LIDE durante o período em que morei em São Paulo. Quando voltei a Curitiba, me aproximei para me conectar e resgatar meus vínculos com os líderes paranaenses. Depois de um convite para assumir a operação, acabei me envolvendo muito com a entidade e decidi investir e assumir 100% sua condução", explica ela, que hoje é franqueada do Grupo Dória, detentora da marca LIDE, do qual recebe mentoria constante por meio do comitê de gestão do LIDE GLOBAL, em que figuram grandes personalidades empresariais, entre eles, o chairman da entidade, Luiz Fernando Furlan. Nestes primeiros meses na nova função, além de dar continuidade à agenda que já estava planejada, o objetivo foi resgatar alianças estratégicas com o poder público e também com outras entidades empresariais. "Nosso Estado é muito rico, temos aqui entidades empresariais setoriais que têm um papel fundamental no desenvolvimento. Vejo o LIDE como um grande fomentador de interesses em prol do crescimento da nossa economia. Reunimos as maiores empresas do Estado em uma agenda positiva para impulsionar negócios. Somos reconhecidos pelo nosso poder de mobilização e geração de negócios. Quero que o LIDE seja cada vez mais um espaço de troca e impul-
sione nossa economia", destaca. O LIDE, diferente de outras entidades, em que os empresários aderem para usufruir de algum serviço direto, por questões sindicais ou mesmo para fortalecimento do setor, é multissetorial e, por isso, promove uma agenda de eventos com temas diversos, trazendo grandes personalidades para debate. No Paraná, além da agenda do LIDE GLOBAL, destinado a empresas líderes do seu segmento e com um faturamento mínimo estipulado, desde 2018, a entidade também atua com as verticais do LIDE FUTURO e do LIDE MULHER. "Quando assumi a operação, vi que tínhamos um potencial muito grande para explorar o desenvolvimento de uma agenda afirmativa para sucessores de empresas, com seus encontros de mentoring. “Entidades como o LIDE quase sempre têm homens mais velhos na linha de frente. Então, ser mulher e jovem representa mesmo uma grande causa. Sinto que estamos em um momento disruptivo, de transformação, de autenticidade em ambientes ocupados por mulheres. Isso me fortalece para seguir buscando o desenvolvimento do Estado através do LIDE, unindo as pontas entre o poder público e o privado e fazendo conexões”, coloca Heloisa.
Divulgação
Em 2020, serão mais de 50 agendas estratégicas. Entre os nomes conf irmados, está Fernando Henrique Cardoso e o vice-presidente, Hamilton Mourão
PODER | NEGÓCIOS
Negócios por Bethânia Gilsoul, embaixadora
1 cavalo vs 780 cavalos
Qual é o melhor investimento? Um cavalo puro-sangue ou uma Ferrari F12 TDF?
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campeão dos campeões brasileiros, da raça Mangalarga Marchador, Luar de Malboro, é um animal de extrema beleza e marcha inigualável. Acumula 47 títulos no currículo e está avaliado em mais de R$ 5 milhões. Com esse valor, é possível comprar uma Ferrari F12 TDF, que entrega 780 cv de potência, atinge 100 km/h em 2,9 segundos e chega a 340 km/h, valendo R$ 4 milhões. Vejamos qual é o melhor investimento: cavalos de raça ou carros de luxo? Ferrari Para começar, o IPVA de uma Ferrari F12 equivale a R$ 159.000,00. Ao sair da concessionária, o carro perde cerca de 15% do seu valor e diminui com o passar do tempo. Alguns gastos extras são previstos, como revisões mensais, eventuais reparos e problemas com peças. Essas peças são difíceis de achar no Brasil e seu custo é alto. Um farol de neblina chega a custar R$ 10.000,00. Apesar do prazer em passear em um carro lindo e potente, o custo é alto, com retorno financeiro nulo. Cavalo puro-sangue Após a conquista de um título, o sêmen do cavalo se torna artigo de luxo, podendo chegar a R$ 5 mil e ser colhido várias vezes na semana. Éguas inseminadas por um cavalo puro-sangue, candidatas a gerar potros de um campeão, podem chegar a R$ 2 milhões. E uma “cobertura” de um garanhão nacional varia de 3 a 20 mil reais. O setor equino no Brasil movimenta mais de R$ 16 bilhões por ano, segundo a ABCCMM, e as grandes exposições chegam a negociar mais de R$ 25 milhões. Luar de Malboro pode não ser zero quilômetro nem alcançar altas velocidades, mas é um investimento mais rentável. A própria Ferrari, reconhecendo o valor desses belos animais, lançará em, 2021, o primeiro SUV da marca, que se chamará Puro-Sangue.
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PODER | POLÍTICA E ECONOMIA
Política por Marc Sousa, colunista
Moro vai ou fica?
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ssa é a pergunta mais ouvida nos bastidores de Brasília. Inveja, ciúme e interesses nada republicanos movem as forças contra Sérgio Moro. O ministro tem a popularidade mais alta que a de Jair Bolsonaro e está obtendo sucesso no combate à criminalidade. O temor do establishment é que ele possa se candidatar à presidência. Na última investida contra Moro, um consórcio de investigados na Lava Jato tentou fatiar o seu ministério. Rodrigo Maia, o “Botafogo” da planilha da Odebrecht, lançou a campanha e orientou o colega de partido, Alberto Fraga (DEM), a se candidatar a Ministro de Segurança Pública. Ao mesmo tempo, o petista Maurício Barbosa, Secretário de Segurança da Bahia e homem de Jaques Wagner, inventou uma reunião e pediu a cabeça do paranaense. Não deu certo. A opinião pública rechaçou a ideia e Bolsonaro voltou atrás. Moro não é candidato, mas pode se transformar se não lhe restar opção. Os tiros de quem não gosta do combate à corrupção podem sair pela culatra.
FR AS E D O M Ê S
“A chance no momento é zero, tá bom? Não sei amanhã, na política tudo muda, mas não há essa intenção de dividir.” Presidente Jair Bolsonaro sobre o possível fatiamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública
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C U S T O S DA BANCADA
FALTAS DA BANCADA
A TRIN CHEIRA DE RATIN HO
O deputado federal mais caro do Paraná em 2019 foi Evandro Roman (PSD). Ele usou R$ 449.527,93 da verba para custos de gabinete. Na sequência, vem Toninho Wandscheer (PROS), com R$ 437.606,18, e Enio Verri (PT), com R$ 436.192,26. O mais econômico foi Paulo Martins (PSC), que usou R$ 57.834,94.
Apenas dois paranaenses tiveram 100% de presença na Câmara em 2019: Aliel Machado (PSB) e Hermes Parcianello (PMDB). O maior gazeador é Fernando Giacobo (PR), que faltou cerca de 40% das sessões, com 42 ausências. É seguido de perto por Aline Sleutjes (PSL), com 32 faltas, e Gleisi Hoffmann (PT), com 27.
Ratinho Júnior é assediado por todos os lados. Candidatos das mais diferentes matizes querem o apoio do governador nas eleições municipais — e isso tem causado problemas. Há muita briga dentro da mesma trincheira. Há municípios com três pré-candidatos da base do governador. O Palácio Iguaçu se transformou em um ringue.
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Agência Brasil, Aen/PR e divulgação
PARA ACOMPANHAR
PODER | NEGÓCIOS
Marketing por Beto Cesar, embaixador
Carne tem nome?
A carne migrou de categoria e passou a ser vista como item personalizado, símbolo da força do marketing
Unsplash
A
té pouco tempo atrás não tinha, mas de sanduíches com valor mais elevado, por hoje eu digo que tem. E isso tudo carregar o selo Angus. se deve à força do marketing. Essa Como grande produtor de carne vermelha história começa mais ou menos asque é, o Brasil rapidamente adotou a estratégia sim: a carne sempre foi considerada e nós, como consumidores, passamos a ver nos uma commodity — um produto de qualidade e mercados embalagens diferenciadas, estampadas características uniformes. Um produto é consiem dourado e com dizeres como “premium” derado uma commodity quando é oferecido em e “gourmet”. Não apenas o McDonalds Brasil grande quantidade, em escala mundial, obedelucrou com isso como puxou junto uma nova cendo a padrões que determinam seu preço. bolha de mercado: as hamburguerias gourmets. É um produto sem marca, portanto, não A carne nunca mais seria a mesma. diferenciado, e seu produtor Acontece que o marketing não consegue interferir no preço nunca olha só para um segmento "(...) a carne de venda. Como a carne, por de mercado. Ao passo que muita migrou de exemplo, que é sempre negociada gente mirava o consumidor de por arroba. Eis que, em um certo luxo com a matéria-prima de categoria e momento, a rivalidade entre os valor diferenciado, uma turma passou a ser produtores de certas raças mudou muito inteligente percebeu que o vista como item brasileiro continuava precisando mundialmente esse jogo. personalizado, comer seu bife no almoço do dia a Os americanos criadores da raça Angus teimavam com seus símbolo da força dia sem que ele também se tornasconcorrentes que sua carne era do marketing (...)" se gourmetizado. de qualidade e sabor superiores Foi assim que a Friboi, em às demais raças e, para chancelar um trabalho capitaneado pela essa supremacia, decidiram, entre eles, criar um agência Lew Lara/TBWA, trouxe a imagem selo do gado Angus. “Já que nosso gado é mais do familiar e amigável ator Tony Ramos para macio e mais saboroso, deve ser diferenciado frente das telas de todo o Brasil para anunciar dos demais quando for exposto nas gôndolas o slogan — que virou até meme: “carne condo mercado”, deve ter dito um deles, enquanto fiável tem nome.” ajeitava seu chapéu de cowboy e arrumava sua Márcio Oliveira, presidente da agência, tracamisa xadrez para debaixo do cinto de fivela, na duziu bem a estratégia. “Carne tem que ter marreunião de associação de produtores Angus. ca. Um dia, também compramos arroz pegando Os demais devem ter aplaudido, enquanto com o copo, hoje, compramos Tio João.” Seja mexiam em seus bigodes e, assim, a decisão na versão premium ou na popular, o fato é que foi tomada. Dos supermercados norte-ameria carne migrou de categoria e passou a ser vista canos, essa decisão ganhou as ruas e chamou como item personalizado, símbolo da força do a atenção da fabricante de hambúrgueres marketing, que consegue transformar necessidaMcDonalds, que viu a chance de criar uma linha des em desejos e commodities em marcas. topview.com.br
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PODER | JURÍDICO
Deltan Dallagnol por Sandra Comodaro, embaixadora
Conheça os desaf ios do coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato
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Antônio More
Deltan Dallagnol assume os riscos e os cuidados após a Operação Lava Jato
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ma personalidade momentos significativos em família. masculina ganhou Foco bastante na qualidade do destaque no último tempo e no papel que tenho. Com ano pelo excelente meus filhos, por exemplo, por trabalho que vem rea- identificar como parte do meu papel lizando. Eleito o Homem do Ano o de prepará-los para a vida, tenho pelo Prêmio Personalidades TOPbuscado investir uma parcela do VIEW 2019, Deltan Dallagnol, um tempo que passo com eles no desendos nomes à frente do conjunto de volvimento de valores, criatividade, investigações da Lava Jato, é coorde- empatia e habilidades para relacionador da força-tarefa da namento e negociação. Operação em Curitiba. capacidades que "A Lava Jato São Confira a entrevista não faziam parte da concedida por ele para diagnosticou educação tradicional e esta edição. importantes para um esquema são O que o motivou a a vida. escolher o Ministério Quais são os prinde corrupção Público e não o Judicipais benefícios que sistêmica que a Operação deixa ciário? Tanto a função ainda existe e para a sociedade? O de juiz como a de promotor ou procurador ultrapassa a tem que indig- benefício pode contribuir muito responsabilização de nar você." para uma sociedade dezenas de poderosos mais justa e melhor, o e a recuperação de que tornou a escolha difícil. Após muitos bilhões de reais, embora orar e refletir bastante, entendi que inéditas. A Lava Jato diagnosticou meu perfil é mais proativo e, por um esquema de corrupção sistêmica isso, mais harmônico com o papel que ainda existe e tem que indignar do Ministério Público, que é um você. Isso abre uma janela de tratadefensor da sociedade. mento do problema. A Operação Por meio dos resultados incentivou ainda a cidadania, proobtidos pela Operação Lava Jato moveu o compliance nas empresas, e do destaque do seu trabalho, resgatou para muitos o idealismo e o senhor obteve notoriedade nos fez acreditar que podemos, sim, internacional. O que mudou em enfrentar e resolver nossos problesua rotina? O trabalho é muito mas. intenso, o que me fez abandonar Recentemente, foram divulatividades físicas e reduzir tempo gados supostos diálogos que de lazer e com amigos. Além disso, teriam sido mantidos entre os vieram cuidados com segurança. Agora, o mais importante é o que não mudou, a minha identidade e como eu me vejo. A Lava Jato é um dos meus papéis, mas tenho outros: de marido, pai, filho, discípulo, cidadão, amigo — e tudo isso que está acontecendo em uma das dimensões da minha vida, a profissional, é passageiro. Como conciliar os riscos e as atribuições da força-tarefa com o convívio familiar? Há um preço que devemos estar dispostos a pagar se queremos construir um país melhor. No meu caso, os riscos trazem, certamente, algumas limitações e cautelas, mas ainda existem muitas opções para conviver e construir
integrantes da força-tarefa. Esse vazamento pode ter afetado a imagem da Lava Jato? Por serem reportagens sensacionalistas e fantasiosas, o apoio da Lava Jato permaneceu inabalado. Uma pesquisa do Datafolha de dezembro de 2019 mostrou que mais de 80% dos brasileiros quer que a Operação siga em frente. Agora, foi de fato um ataque, entre tantos, que a Lava Jato sofreu na sua história. Trechos de supostas mensagens foram distorcidos ou descontextualizados para produzir acusações que a realidade prova serem falsas. Apesar do expressivo número de denúncias de condenações em primeira instância, a Lava Jato somente obteve uma única condenação no STF. A que você atribui esse fato? Tribunais como o Supremo desempenham funções essenciais para o nosso país, mas não foram preparados para instruir e julgar casos criminais. Por isso, o foro privilegiado nunca funcionou. A primeira vez que o tribunal mandou alguém para a cadeia foi em 2013. O Mensalão foi um ponto fora da curva na história do Supremo e muito se deve à atuação diferenciada do Ministro Joaquim Barbosa. Entre os problemas, está a sobrecarga de trabalho. A corte pode limitar os casos que julga, mas tal faculdade não tem sido exercida de modo suficiente.
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PODER | SOCIAL VIEW
por Marcos Slaviero, colunista
POP
REVELAÇÃO DO ROCK IN RIO, GIULIA BE LOTOU O +55 BAR! A carioca já é conhecida como a sensação da cena pop brasileira e, em dezembro do ano passado, teve seu recém-lançado hit Menina Solta entre as 10 canções mais ouvidas do Brasil. Confira quem passou por lá!
Giulia Be.
Isadora Gava e Vitor Bourguignon.
Alice Arauz, Giovanna Reis e Nicole Honczaryk.
Vitor Bourguignon, Giulia Be, Isadora Gava e Felipe Casas.
V E R ÃO
TEMPORADA AGITADA NA POSH, EM JURERÊ!
Pic Schmitz e Edo Krause.
Jennyfer Almeida e Divulgação
DJ Pippi, Roberto Scafuro e Andre Sada.
A mais tradicional casa de Jurerê Internacional abriu para sua 13ª temporada, reunindo celebridades e jet setters do brasil inteiro! Confira!
MC Kevinho.
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Edo e Mariana Krause.
O ator Gil Coelho.
PODER | SOCIAL VIEW
Eventos por Ana Claudia Michelin, embaixadora
SA N TA CATA R INA
O VERÃO NA PRAIA BRAVA
Com minhas amigas Ellen Menta e Siomara Setti.
A melhor massa ao molho de limão-siciliano e camarão na Felíssimo Exclusive.
Os amados Marcos Slaviero e Márcia Almeida.
O verão e as nossas férias deixarão saudades. Na Praia Brava, ao lado de Balneário Camboriú, pude aproveitar com os meus lindos amigos e degustar deliciosos pratos.
Meu inseparável kit praia.
NORD ES T E
Ana Claudia Michelin
CORES E SIGNIFICADOS EM ARRAIAL D’AJUDA Estive na Bahia, em Arraial d’Ajuda, bebendo a água de coco mais gelada do mundo e curtindo a alegria e o colorido do Nordeste. Além disso, amarrei minhas fitinhas atrás da linda igreja da cidade e descobri o significado dos baianos terem sempre uma tartaruga por perto: ela representa estabilidade, proteção, organização, sabedoria e longevidade.
Pedindo bênçãos e amarrando minhas fitinhas coloridas na Bahia.
Os lindos significados das tartarugas que rodeiam o povo baiano.
Uma foto que reflete o colorido e a fofura da cidade.
Aproveitando a água de coco mais gelada do mundo. topview.com.br
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PODER | SOCIAL VIEW
por Felipe Casas, colunista
AG I TO
MARATONA DE FLORIANÓPOLIS
Isabella Mombelli, Manoella Taques, Victoria Slaviero e Eduarda Tonietto.
Laura Roggia.
Vicky Chirstine e Mariana Jordan.
Ana Beatriz Antunes, Felipe Henrique Casas e Fernanda Assad.
Júlia De Miranda, Felipe Casas, Victoria Slaviero e Eduarda Tonietto
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Valentina Slaviero e Luisa de Figueiredo.
Rafaela Assad, Laura Roggia e Fernanda Assad.
Felipe Casas
Laura Roggia, Rodrigo Trombini e Felipe Casas.
Do dia 25 de dezembro ao dia 26 de janeiro, Felipe Casas marcou presença e recebeu convidados especiais no Café De La Musique e no Posh Club, encerrando a maratona agitada na Ilha da Magia.
PODER | SOCIAL VIEW
por Roberta Busato, colunista
VERÃO
2GET SALE CAIOBÁ O calor e o verão estão movimentando as areias do litoral paranaense, seja para descansar, agitar ou fazer umas comprinhas! Confira quem passou pela Summer Edition no Iate Clube de Caiobá.
Andrea Omeiri e Marcia Almeida.
Gabriela Brasil e Maria Dolores Gasparin.
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Caroline Hauer e Nicole Freire.
Fabbi Cunha com Maria Améllia e Danuza Hauer Schaedler.
Julia Machado, Maria Francisca Santos, Dani Machado e Rapha Sigel.
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Milena Fachinello e Roberta Busato.
Andrea Bolliger.
Wagner Andrade
Dani Leão.
Gabi Menta.
Diretamente de Portugal, é a mais nova opção de vinho em formato inovador que chega ao Brasil. Além de duas variedades de uva, a Fitz&França Importadora traz
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com exclusividade a sangria no copo, bebida famosa na Europa pelo sabor adocicado e refrescante.
PODER | SOCIAL VIEW
por Nadyesda Almeida, colunista
CEL EBRAÇÃO
ANIVERSÁRIO DO IATE CLUBE DE CAIOBÁ A festa de comemoração do aniversário do Iate Clube de Caiobá foi simplesmente linda. Sob o comando do Comodoro José Nolar e de sua esposa, Danuza, a noite foi contemplada com muita alegria e energia boa.
Edna e Luiz Alberto Cartaxo Moura.
José Nolar Schaerdler Junior, Danuza Hauer Schaedler, José Afonso Schaedler e Maria Amélia Schaedler.
Rafa Gomes, Aguilar e Marcia Silva.
Luis Gustavo e Larissa Bacila.
José Nolar Schaedler Junior (Comodoro), José Augusto Leal Hauer (Vice-comodoro).
Tatiana e Daniel Signori.
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Tereza e Massimo Lorenzetti.
Sergio e Cristiane Keinert.
Marco Charneski e Divulgação
Meri Buschle, Ber e Nicole Buschle, Ewaldo e Rosane Buschle, Amanda dos Santos e André Buschle.
Max e Alexia Petruzziello, com Ana Maria Petruzziello Kohane.
Laura Salustri, Rossella Iacobis, Vittoria, Rosanna, Pierpaolo, Ansrea, Ana Maria, Alexia e Max Petruzziello. Mais atrás, Maurizio, Walter e Ana Maria Petruzziello Kohane Walter, Maurizio e Fausto Petruzziello e Melvin Kohane. recebendo os primos italianos, Rosanna e Fausto Petruzziello. Sentadas, Alessandra Petruzziello e Maria Caterina.
R ECE P ÇÃO
CONHECENDO AS MARAVILHAS DO BRASIL
Alessandra Petruzziello com os sobrinhos, Max, Vittoria, Fausto, Rosanna e Alexia Petruzziello, e Maria Caterina.
Vittoria Petruzziello, Alessandra Petruzziello, Ana Maria Petruzziello Kohane e Maria Caterina.
Walter Petruzziello e Rossella Iacobis organizaram um jantar superespecial para receber os seus primos que residem nos Estados Unidos. Essa foi a primeira visita da família ao Brasil e, no passeio, eles conheceram duas cidades lindas do nosso país: Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro.
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PODER | SOCIAL VIEW
por Wilson de Araujo Bueno, colunista
Elas marcam Carolina Lupion segue a dinâmica da família, articulada com todas as áreas do Castelo do Batel. Da nutrição à administração, seus passos enaltecem o Castelo do Batel, monumental ícone arquitetônico, palco de celebrações inesquecíveis. Como sua avó, a castelã Vera Lupion, vivencia amabilidade e afabilidade, tão próprias da família, características que fizeram de dona Hermìnia Rolim de Moura Lupion a inesquecível primeira-dama do Paraná, anfitriã única.
Nanda Gagliastri desenvolve joias maxi, como luxuosos braceletes, golas e anéis, com design inspirado nas deusas da mitologia grega e no belo de todos os tempos. Recentemente, nas passarelas de Paris, joias e bijuterias enormes e exuberantes deram o tom. Há algum tempo, em seu atelier de Curitiba, Nanda Gagliastri desenvolve o que os maiorais da moda francesa ditaram como tendência na saison.
Reflexao “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.” Provérbios 9:10
“Uma gota de amor é mais que um oceano de intelecto.” Blaise Pascal
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Daniel Fernandes e Divulgação
De tradicionais famílias do norte pioneiro do Paraná, Ibaiti, antiga Barra Bonita, Luiza Meyer Assis recebe cumprimentos pela formatura em Medicina. Filha de Carla e Arnon Meyer Assis Filho, traz a genética da família, que a premia com presença e beleza maiúscula.
Valor que nos orgulha, como mestra de História da Música Clássica, integrando o cast docente da Confraria des Arts, de São Paulo, Clarice Miranda abraçou mais uma missão artística, desde junho de 2019. É curadora da orquestra Ladies Ensemble, do Auditório Regina Casillo, em Curitiba. Fundada por Fabiola Akel, a orquestra é composta por 22 vozes femininas. Dispondo de estacionamento coberto, o novo espaço, de 300 lugares, marca pela infraestrutura e acústica, consideradas o máximo.
LANÇAMENTO 24% de proteínas. Muito mais energia. Proteção para as articulações e proteção imunológica. Auxilia na queima da gordura. Não possui corantes.
nutridanialimentosoficial
SOCIAL VIEW | PERSONALIDADES
por TOPVIEW
EVENTOS
SHOW RURAL MOVIMENTA ECONOMIA DE 2020
Professor Marcos Jank; Manfred Dasenbrock, presidente nacional do Sicredi e da Central Sicredi PR/SP/RJ; Dilvo Grolli, diretor-presidente da Coopavel ; Darci Piana, vice-governador do Paraná; Aldo Dagostim, presidente da Sicredi Vanguarda PR/SP/RJ; José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar; e Divanir Higino, presidente da Cocamar, no estande do Sicredi no Show Rural.
Tieme Sugisawa no evento de lançamento da coleção de verão da Gappy Store.
Marcele Poiani, Ana Cristina Avila e Barbera Van Den Tempel em evento na Artefacto.
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Matthias Schupp, CEO da Neodent e EVP da Straumann LATAM, e Dr. Geninho Thomé, presidente científico da Neodent, no 38ª CIOSP.
Emmanuelle Bertoldi, Ana Mello e Luciana Almeida em evento da Gappy Store.
A gerente de relacionamento da Artefacto, Jo Goslar, com os palestrantes, Ana Cristina Avila, Leoncio Pedrosa e Patrícia Fecci.
Guilherme Sguissardi, Nilton Russo
Ainda estamos no começo de 2020, mas o mês de fevereiro foi marcado por muitos encontros e eventos. O Sicredi, primeira instituição financeira do Brasil, esteve presente em mais uma edição do Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR). No estande montado no evento, representantes do Sicredi receberam associados e visitantes.
Marcel Malczewski, Andressa Gulin, Alfredo Gulin Neto e Hugo Cilo, no empreendimento da AG7.
As gerentes Manuela Berleze e Leandra Calcagnotto com o arquiteto Henrique Steyer, que irá desenvolver o projeto de atualização da loja Florense Carlos de Carvalho.
Hugo Cilo, Sergio Zardo, Andressa Gulin e Sophia Poplawski no empreendimento da AG7.
O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, a presidente do Lide Paraná, Heloisa Garrett, e o vice-prefeito, Eduardo Pimentel.
As arquitetas Carolina Probst, Carolina Beckert e Viviane Loyola em um evento na loja Impermix.
Marcelo Fassina, Alysson Sanches e Rodolfo Baggio Pereira no evento de entrega do Maison 29, o mais recente empreendimento da GT Building.
Denis Conti, Claudia Pereira, Rosi Guelmann, Katalin Stammer e Luciane Benevides no Espaço Impermix.
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PODER | PAPO FINAL
Agassiz Linhares Neto
Das memórias de infância aos valores que emprega com a família, a agricultura está presente em todos os momentos da vida de Agassiz. Formado em Engenharia Agrônoma desde 1987, prestou serviços para uma multinacional. Em 1993, começou a plantar e em 2003 se inseriu na pecuária e ainda mantém programas de pesquisas ligados aos grãos. Agricultor e pecuarista, já levou inclusive seu conhecimento para a Secretaria de Agricultura de Cascavel, no oeste do Paraná. Envolvido com a tecnologia e as novidades que podem ser empregadas no campo, acredita que é preciso inovar — e é o que tem feito. por
Uma lembrança da infância que o campo lhe remete? São duas situações. Eu tinha 7 ou 8 anos de idade e meu pai comprou uma chácara. Por lá, havia produção de mandioca, batata-doce, abóbora, e minha mãe fazia doces para nós. A outra lembrança é de quando eu tinha 12 ou 13 anos e o esposo da minha irmã me levava na fazenda dos pais dele. A gente tomava leite direto da vaca, com canela. O que a vida agro proporciona que a urbana não? A vida agro, acima de tudo, proporciona mais do que a urbana um conhecimento do que se vive nesse mundo. Hoje se faz muita propaganda do agro, mas a grande maioria das pessoas não tem conhecimento nem da agricultura, nem da pecuária, nem do que come. A vida agro oferece o reconhecimento da produção do alimento. O que a agricultura traz para o profissional que outras áreas de atuação não? O profissional da agricultura 118
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passa por muitos desafios. Um deles é a compreensão climática. A gente fala que o agricultor produz a céu aberto; muitas vezes, não entendem que o clima faz a diferença. Nós contamos com tecnologia e melhores equipamentos, mas ainda assim dependemos desse estudo do clima. O produtor, mesmo que plante só soja, milho ou trigo, precisa se atualizar, mas não pode esquecer a importância do clima. Qual é a diferença do mundo agro hoje para o de quando você era criança? Quem iniciou a agricultura nas décadas de 1960 e 1970 tinha muito menos tecnologia, porém, tinha mais lucratividade. Hoje, na atividade agrícola, as margens diminuíram muito, a concorrência aumentou e a gente tem que produzir cada vez mais com custos menores. Última tecnologia que implantou em sua propriedade? Ano a ano, a gente implanta uma nova tecnologia. Neste ano, por exemplo, compramos aplicadores,
ensiladeiras novas que agilizam o processo de moer o milho. É muito difícil imaginar que cada ano tem uma inovação e é preciso acompanhar. Em 1998, tive acesso à agricultura de precisão, em 2012, comprei os primeiros monitores de colheita na agricultura e desde sempre muda alguma coisa. A agricultura não para. Por estes dias, comprei dois drones para fotografar a propriedade também. O que mais o marcou em 2019? Foi um ano muito produtivo. Consegui colocar em prática um projeto de carne. Trabalho com a raça Angus, criando reprodutores e fêmeas, desde 2005. Já nesta época, abatendo na fazenda, tinha o projeto de levar essa carne para mais pessoas. Esse projeto, chamado Farm Families, leva uma carne especial que hoje só se produz fora do Brasil. O que você espera de 2020? A gente quer que esse projeto cresça e atinja outros mercados fora do oeste, para que a gente possa crescer ainda mais.
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Em marรงo, nova loja no Jockey Plaza.