Luz e Arquitetura - Projeto para Biblioteca Pública em Ribeirão Preto

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LU Z E ARQUITETURA PROJETO PARA BIBLIOTECA PÚBLICA EM RIBEIRÃO PRETO

RIANNE OLIVEIRA VALENTE

ORIENTADORA: ANA LÚCIA MACHADO FERRAZ



Introdução

1 Luz e Arquitetura - Gradientes . p7 1.1 Aberturas e o espaço arquitetônico . p8 1.2 Filtros - desenho da luz . p11 1.2.1 Espaços filtros 1.2.2 Filtros de superfície 1.3 MATERIALIDADES

2 Materialidades e invólucros . p19 2.1 Espaços Filtros 2.1.1 Bishan Public Library, Look Architects . p20 2.1.2 Biblioteca Brasiliana -Eduardo de Almeida e Rodrigo Mindlin . p23 2.2 Filtros de Superfície 2.2.1 Peles 2.2.1.1 Seattle Central Library - Rem Koolhaas . p26 2.2.1.2 TEA - Tenerife Espacio de Las Artes Herzog & de Meuron . p29 2.2.2 Aberturas 2.2.2.1 Tama Art Library - Toyo Ito . p32

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Biblioteca Pública de Ribeirão Preto . p34 3.1 O lugar

4 partido projetual . p42 5 o programa . p44 6 o projeto . p46

Sumário

7 a luz . p48

7.1 incidência na edificação 7.2 sistemas de iluminação natural

8 materialidades . p52 considerações finais . p54 referências . p55 agradecimentos . p56


Introdução

LUZ E ARQUITETURA: Projeto para Biblioteca Pública em Ribeirão Preto

O projeto visa focar as relações estabelecidas entre a luz e o espaço construído, buscando o significado das respostas arquitetônicas como uma condicionante importante na constituição do espaço. O programa de uma biblioteca pública para Ribeirão Preto expande a ideia de luz como potência de iluminação, que aliada ao conhecimento, promove significados e condições espaciais diferenciadas para a leitura e para o convívio nestes espaços. _____..._____ A forma de utilização da luz no ambiente evoluiu de tempos em tempos, sendo tratada em cada período de maneira diferente. Na era primitiva, por exemplo, o contato do ser humano com a luz acontecia de forma natural, pois o mesmo estava adaptado até aquele momento às condições e variáveis climáticas de onde

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ele habitava, de maneira que o mesmo saia para caçar somente sob a luz do dia, como se esta lhe proporcionasse segurança, e se recolhia para a caverna quando o sol se punha, para se proteger. O primeiro contato com o fogo foi determinante de grandes mudanças no comportamento e no cotidiano desse homem, sendo ele o elemento que protegia e aquecia a caverna, cozinhava seu alimento e o fazia enxergar luzes e sombras. Com isso, e com o conhecimento da trajetória do sol, o homem passou a se adaptar às novas descobertas e a utilizar da melhor maneira possível os benefícios que a luz lhe proporcionava. Uma das principais funções de uma construção é a de atenuar as condições negativas e aproveitar os aspectos positivos oferecidos pela localização e pelo clima. Trata-se portanto de neutralizar as condições climáticas desfavoráveis e potencializar as favoráveis, tendo em vista o conforto dos usuários. (HERTZ, 1998.p.126 apud Revista Especialize Online IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01 – julho/2013) Na era medieval, já com um avanço significativo dos modos construtivos, começaram a perceber que para que a luz penetrasse no ambiente, seria por meio de aberturas nos fechamentos das construções, as janelas, criando um uso emblemático da iluminação, ainda não se apresentando como uma necessidade humana de conforto ambiental. Na Renascença, essa relação da luz com o conforto ambiental já aparece de maneira que as janelas eram fechadas com vidros para que o sol adentrasse iluminando e aquecendo, proporcionando ambientes mais iluminados. No século XIX, se inicia uma consciência mais


aguçada de higiene, eficiência e economia, que resultaram em inovações tecnológicas que visavam com o uso da eletricidade e da iluminação artificial que proporcionaram a evolução dos sistemas construtivos. Com isso, a luz também foi reconhecida como elemento essencial para o bem estar do indivíduo levando em consideração a sua importância funcional, estética, ambiental e econômica, como reforça Zevi (1998, p.78) “a arquitetura bela será a arquitetura que tenha um espaço interno que nos atraia, nos eleve, nos subjugue espiritualmente...”. A arquitetura se privilegiou desse ganho que foi a inovação tecnológica. Com isso, o Movimento Moderno desenvolveu linhas de vidro contínuos nas fachadas ao invés de janelas tradicionais, o que proporcionava uma integração do interior com o exterior. Neste momento, em busca de uma arquitetura diferenciada e tendo o vidro como uma nova materialidade, surgem os elementos de proteção solar, como por exemplo, os cobogós, que marcaram o Movimento Moderno brasileiro inovando o cenário dos modos de proteção existentes até então. No início do século XX, Frank Lloyd Wright desenvolve uma arquitetura que resgata os valores perdidos, ele combina diversos aspectos ambientais, como a climatização, a iluminação e a ventilação de maneira que a arquitetura, desde sua concepção inicial valorize e destaque esses valores. [...] Aqui se deu, pela primeira vez, uma arquitetura que não introduzia a tecnologia ambiental como um remédio desesperado, nem como uma determinante de formas da estrutura, mas que foi final e naturalmente absorvida nos métodos normais de trabalho arquitetônico, contribuindo a sua

liberdade de desenho”. (BANHAM, 1975 apud Arquitextos, MASCARÓ, Lucia, 2005) Podemos dizer com convicção que a luz é peça fundamental para a construção do espaço arquitetônico, não só pelo fato de ela nos fazer enxergar as cores, os objetos e os volumes, mas também pela competência que ela tem de nos fazer sentir e entender os elementos que nos envolvem, nos despertando a emoção de contemplar um espaço arquitetônico, seja ele um simples cômodo de uma residência, um jardim ou um exuberante edifício moderno, ambos sem muito significado sem a presença da luz. Como já dizia Le Corbusier (1924) “A arquitetura é o jogo sábio, correto e magnífico dos volumes dispostos sob a luz. Nossos olhos são feitos para ver as formas sob a luz e são as sombras e os claros que as revelam”, reforçando a ideia da luz como matéria construtiva do espaço. A luz natural ilumina nossa alma e nos enche de energia. Vale lembrar que a luz do sol se altera consideravelmente no decorrer do dia. Pela manhã ela é mais avermelhada, de tonalidade quente, mais aconchegante. Quando nos aproximamos do meio dia, ela se torna ma is azulada, mais fria, mais dinâmica e com reprodução de cor mais fiel. Ao entardecer ela será novamente mais avermelhada, de tonalidade quente e mais aconchegante novamente. (GURGEL, 2005, p. 122 apud Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01 – julho/2013) Toda a materialidade de um edifício, ou todos os componentes da natureza reagem de formas diferentes quando em contato com a luz, criando

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assim, contrastes, sombras e reflexos autênticos que caracterizam os ambientes “revelando a poesia do espaço para o homem[...] pois poesia é uma operação criativa, que revela e transforma o mundo. E pela manipulação da luz natural, pode-se conseguir poesia na edificação” (BARNABÉ, 2002, p.5). A iluminação artificial foi evoluindo, passando de um mero elemento para um instrumento essencial para a construção, pois criou uma relação direta com a arquitetura, a qual podia ser percebida a noite, onde sua luz interna invadia a área externa, formando um espetáculo entre luz e arquitetura, que hoje em dia se torna cada vez mais esplendida e essencial devido às diferentes tecnologias e efeitos da mesma. A modernização, a facilidade de acesso e a evolução material, devem ser incorporadas no pensar arquitetônico, juntamente com a essência projetual que considera a natureza e o homem como princípio de criação, pois isso unido com a percepção sensitiva do ser humano proporciona uma compreensão muito mais valiosa do ambiente que o cerca. O sentido da visão que é o que nos liga ao mundo, “o ato de ver envolve uma resposta à luz. Todos os elementos são relevados através da luz e esta é de fundamental importância para se sentir a arquitetura...” (BARNABÉ, 2002, p.5). Tendo como objeto a biblioteca, este estudo pretende colocar em questão a função essencial da iluminação nestes espaços, que visam a reflexão, a concentração, o relaxamento, a criação e o conhecimento, trazendo de volta a arquitetura da emoção para os nossos dias, aquela que nos alimenta, nos preenche e nos alegra.


A importância que a iluminação natural tem na concepção dos projetos de arquitetura que objetivam garantir um ambiente saudável, confortável e com qualidade de vida para o usuário, é inquestionável, pois é algo que sentimos assim que adentramos em um espaço que assegurem essas características. A escolha de sistemas de iluminação natural – lateral ou zenital, de suas orientações e complementos de sombreamento e redirecionamento do fluxo luminoso – é um passo determinante na iluminação ambiental. O movimento aparente do sol, as condições de abóboda celeste e à luz refletida pelo entorno determinam o total de luz local disponível para cada orientação. Internamente, as proporções do compartimento, os materiais de revestimento e textura, o posicionamento das células de trabalho em relação à abertura de iluminação, e outros fatores, definem a quantidade de luz natural que atinge os planos de trabalhos, que deve ser complementada por fontes artificiais. Neste universo confinado de sombras, a luz é que dá forma e sentido às entidades materiais e as conecta entre si. É ela que constrói e media a relação entre o espaço e a dimensão psíquica do usuário, torna perceptível o movimento, ordena e define todos os fenômenos reais e auxilia no processo de concentração, relaxamento e envolvimento do indivíduo. Um dos objetivos do projeto arquitetônico é o de projetar ou adaptar espaços para determinada função. Esses objetivos são atendidos utilizando soluções que garantam ao espaço: beleza, conforto, claridade, ventilação, funcionalidade, etc. Essas são algumas qualidades construtivas

fundamentais na relação do homem com o edifício para que o mesmo se sinta bem no espaço e permaneça neste por mais tempo, assim como assegura à construção diferenciais espaciais e construtivos que a tornam eficiente funcionalmente. Assim sendo, algumas variáveis projetuais de maior relevância que atendem aos requisitos mencionados acima na questão da iluminação natural são: a forma do edifício, a localização, as condições de sombreamento e penetração da luz pelas aberturas, a dimensão das aberturas, as condições de ventilação e iluminação propiciadas pelo local, a materialidade empregada na construção, a condição do entorno, entre outras. Sendo estes preceitos essenciais para garantir uma edificação eficiente, o arquiteto deve sempre buscar a integração da construção com o meio em que ela está inserida, tomando proveito das situações impostas e assim trabalhá-las de maneira eficaz para que a iluminação natural penetre na construção e possa exercer o seu papel de enriquecedor ambiental, contribuindo para que o espaço se torne dinâmico, ou seja, que mude a aparências nas diferentes horas do dia. Estudos científicos comprovaram que o uso adequado da iluminação natural também promove o conforto psicológico e fisiológico do usuário, tornando o ambiente agradável, produtivo, com mais definição das formas e cores, além de melhores condições de salubridade que é de importância inquestionável para a saúde emocional do homem. A ideia do objeto teve início na necessidade de uma biblioteca pública na cidade de Ribeirão Preto, que hoje, possuindo mais de 600 mil habitantes, não possui uma que comporte a população e nem que seja um atrativo para

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a mesma. As bibliotecas existentes, não possuem um edifício projetado para tal uso, todas elas são adaptadas em antigas construções, que além de não possuirem dimensões adequadas, também não apresentam nenhum elemento arquitetônico e conceitual que valorize as atividades executadas em uma biblioteca. Elas estão localizadas no Centro de Ribeirão Preto, sendo elas: Biblioteca Altino Arantes, Biblioteca Padre Euclides e Biblioteca Leopoldo Lima, além da Biblioteca Central da USP que é aberta ao público, porém fica na zona Oeste da cidade. Para discutir o tema em questão, a presente pesquisa se organiza nos seguintes capítulos:


LUZ E ARQUITETURA - GRADIENTES

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“ Trinta raios convergem no círculo de uma roda, e no vazio entre eles é que reside sua utilidade. Molda-se um jarro de argila, e no vazio interior é que reside sua utilidade. Abrem-se portas e janelas nas paredes de um quarto, e através de seus espaços vazios é que podemos habitá-lo. Assim, por um lado encontramos o benefício na existência, e por outro, na inexistência.” Lao Tse (550 a.C.)

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1.1

Quando havia, eram pequenas aberturas, ou frestas de vigas, onde penetravam uma pequena quantidade de luz, oriundas de diversas técnicas construtivas.

ABERTURAS E O ESPAÇO ARQUITETÔNICO A luz nos permite ver, e ainda nos estimula e informa sobre o que nos cerca. Nada seria percebido sem a luz. A luz revela. Revela contornos, superfícies, formas e cores. Revela a arquitetura, seus materiais e seus valores. Assim como Louis Khan defendia: “a luz dá vida ao espaço”, pelo fato de modificar a percepção das superfícies. Nossa relação com a luz apresenta relações com aspectos da natureza: a luz fria dos trópicos, os raios de luz que penetram na copa das árvores, a luz refletida pelas águas de um lago, o pôr do sol, etc. Isso se associa a sentimentos diversos e alimentam aspectos arquitetônicos da luz do dia e da luz artificial. A luz pode fazer o espaço parecer mais quente ou mais frio, pode nos fazer sentir abertos e integrados ou ainda restritos, fechados e com intimidade. O espaço pode ser regulado pela luz durante o dia, e a noite pela luz artificial que recria a claridade com fontes brilhantes na escuridão. “A luz não tem apenas intensidade, mas também vibração que é capaz de tornar áspero um material suave e macio, dando uma qualidade tridimensional para superfícies planas” Renzo Piano O primeiro abrigo construído pelo homem, era separado do resto do mundo, era seu refúgio, onde o mesmo adentrava para se acolher, se proteger. A relação entre dentro e fora se iniciou com a porta, que representa a possibilidade do homem ir e vir. Depois de um tempo, surge a janela, que ao invés de possibilitar a passagem do homem, possibilitou a passagem do ar, da luz, do olhar, também como forma de construção espacial. A janela não esteve presente nos primórdios da arquitetura, ela foi uma evolução no modo construtivo, tanto que as primeiras construções gregas e egípcias, os templos, não possuíam quase nenhuma abertura, pois havia a necessidade de espaços poucos iluminados, escuros.

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Templo de Luxor

Simbolicamente relacionada ao divino desde a Pérsia e o Egito, a luz tem sido, historicamente, um dos principais elementos constitutivos da arquitetura religiosa. “O templo Egípcio divide-se em três partes ao longo de um eixo: pátio com colunas, sala epístola e santuário. Orientado a Leste, tem na sua porta de entrada a metáfora da porta para o céu, recebendo a luz nascente. A sala principal, que era utilizada normalmente para conferências, era geralmente iluminada por uma clarabóia central. À medida que se avançava pelo edifício, os espaços iam adquirindo dimensões cada vez mais reduzidas, terminando o percurso na célula fechada do santuário. A luz tinha essencialmente um carácter simbólico. À medida que se avançava, os compartimentos iam escurecendo até chegar ao santuário, em penumbra” (MONTEIRO, 2009:19). Já na aquitetura gótica, as aberturas passam a ter vitrais coloridos, que inundavam o ambiente de cores, sendo comparada com uma luz sobrenatural. Isso é esquecido na Renascença, que valoriza a luz branca, indireta e direcionada à elementos importantes, como o altar, reservando a escuridão para ambientes mais recolhidos e de oração.


Le Corbusier, um dos pioneiros do movimento moderno, manipulou magistralmente a orientação, as aberturas e as texturas para criar uma arquitetura cinética com a luz natural em seus edifícios religiosos. Nestes, ele faz a interação de cores e luz, criando ambientes comtemplativos magníficos.

Saindo da iluminação nas edificações religiosas, Le Corbusier, no movimento moderno, buscando quebrar a tradição da repetição e das soluções pré estabelecidas, desenvolve cinco pontos para uma nova arquitetura, sendo que na questão das aberturas, estabelece janela em fita.

“Em vez de servir como um instrumento de persuasão religiosa, como geralmente fazia no passado, a luz se tornou uma força silenciosa para resistir e iludir visualmente, corroer e ofuscar a ordem da Igreja. A luz corrói e enfraquece a disciplina institucional, ao passo que exerce seus poderes próprios para atentar ao céu e suas maravilhas” Henry Plummer Vila Savoye - janelas em fita Ele abandonou a solução tradicional de propor aberturas limitadas, ou muito verticais, buscando iluminação constante e homogênea. Essa iluminação além de propiciar mais luz no interior da edificação, ela liberta a paisagem, sem impedimentos visuais, coloca a natureza dentro da arquitetura. Os modernistas, começaram a negar a ideia das janelas tradicionais e a estabelecer que a composição arquitetônica poderia ter fechamentos com peles de vidro. Isso foi um sim à luz, e assim surgiram os primeiros edifícios com fechamento todo em vidro, alguns, muito marcantes, projetados por Mies Van Der Rohe.

Igreja de Ronchamp - Le Corbusier_Iluminação natural da capela

Ambientação baseada na penumbra com iluminação indireta marca a identidade da Ronchamp. Aberturas estratégicas nas paredes grossas com vitrais , que inundam o ambiente com luzes pontuais que variam conforme as horas do dia e frescas horizontais no alto que fazem a cobertura flutuar . Ele conjuga perfeitamente a natureza e o habitat humano. As qualidades materiais não são protagonistas, mas sim a possibilidade de contato do interior do o exterior. A natureza deve estar ao alcance do olho, limitada por um quadro: a abertura.

Este, rompeu a tradição da janela como somente um enquadramento para ser um contínuo entre dentro e fora. Ele a prolonga desde o teto até o chão, formando um plano envidraçado que se estrutura nos eixos horizontal e vertical, limitando o interior e o exterior. Com isso, apesar da volumetria dos edifícios, o efeito de leveza, levitação e imaterialidade se fazem marcante. Neste contexto, a janela confunde-se com a porta, pois ambas se encontram no mesmo plano transparente.

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Edifício Seagram - Mies Van Der Rohe

Foi no início da década de 60 que esses edifícios envidraçados começaram a surgir, e com ele várias discussões sobre eficiência energética e proteções solares, pois o mesmo expunha todo o interior do edifício aos raios solares. Nessa discussão, Herzog & De Meuron, arquitetos suiços, começam a inovar no uso das peles de vidro. Eles utilizam métodos de proteção, onde algumas vezes, abrem o interior completamente para a vista, transparente, ora fecham a visão do interior com proteções foscas no vidro. Vai da quase ausência, nos limites da imaterialidade, à quase solidez, na condição de parede.

De um lado, a penumbra introspectiva, quase clausura (luz introvertida); de outro, o êxtase luminoso dos ambientes no interior da caixa de vidro (luz extrovertida), onde a luz filtrada pelos planos de vidro jateado e a majestosa vista da cidade se fundem, como que numa miragem, criando um ambiente de celebração. O vidro é o primeiro material de transformação imaterial do espaço. Quando a estrutura se separa da vedação, rompe-se também a divisão dos locais construídos e com isso inicia-se um processo de transparência, de desmaterialização da própria arquitetura. Esta deixa de ser um ponto estritamente material, para avançar para o campo do imaterial, do que se pode fazer com a luz, com a transparência e porque não, com a sobreposição de ambas. Com o avançar dos anos, da tecnologia e da modernidade superada, essa imaterialidade deixa de ser apenas campo da transparência, alcançando também um caráter midiático e virtual. O Instituto do Mundo Árabe 1981-1987, de Jean Nouvel, um edifício que inclui em seu interior, todos os tipos de atividades culturais relacionadas ao mundo árabe, e que como partido arquitetônico, extrai da herança árabe as formas dos muxarabis (aberturas em formato de arabescos que originalmente permitem ventilação e entrada natural de luz.) que trabalha a luz como forma de textura interna inexistente, quase imaterial. Nouvel trabalha a entrada de luz natural com diafragmas de aberturas variáveis, controlados por sensores fotovoltaicos de tamanhos e formas diversas presentes na fachada, formando no ambiente interno, uma grande textura “inexistente”, transformando piso, paredes e até mesmo as pessoas que ali circulam.

Cottbus University Library - Herzog & de Meuron

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Instituto do Mundo Árabe, Paris - Jean Nouvel


1.2

A luz observada nesses edifícios apresentados em diferentes horas do dia nos faz refletir sobre a importância da ampliação da dimensão do espaço em relação ao entorno. Ou seja, de dia, reflete a iluminação natural e de noite vira um marco, graças a iluminação artificial destacada em suas formas de abertura.

FILTROS DESENHOS DA LUZ 1.2.1 ESPAÇOS FILTROS

Os espaços filtros surgiram com a necessidade de proteção das paredes e do interior das casas, como um condutor das águas da chuva, proteção solar e elemento estético que compunha o conjunto da casa. Existe um vocabulário grande desses elementos, dentre eles, temos: Beirais É uma das características dos edifícios coloniais, pois protegiam da chuva as paredes de taipa ou pau-a-pique. São ornamentos de pequena profundidade na alvenaria, sendo uma continuação do telhado, muitas vezes trabalhados com diferentes formatos que determinava o poder econômico da família que residia naquele local.

Beiral em Casa Colonial

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Varandas / Alpendres

Os sistemas de sombreamento para o controle da radiação solar, que é essencial para o conforto lumínico, também é fundamental, para o conforto térmico.


A varanda é um desses fatores de sombra que se ajusta aos dois. Ela bloqueia a incidência de luz solar direta, retardando a propagação de seu calor e, ao mesmo tempo, permite a entrada da luz refletida e difusa e a circulação de ar, ao possibilitar que os vãos de ventilação fiquem abertos. Na história da arquitetura doméstica brasileira, a varanda foi vista durante muito tempo como um dos poucos recursos existentes para ofertar conforto ambiental ao morador da casa, pois, na ausência de sistemas artificiais de iluminação e condicionamento interno do ar, a tecnologia disponível era a própria forma da arquitetura. Além da varanda, o alpendre também foi uma solução adotada nas construções que contribuiram para o controle solar, além de ser mais um espaço de convivência que separa o interior do exterior das residências.

Varanda

Casa colonial - varanda

Átrio

O átrio, que também esteve presente em várias construções brasileiras, também tinha um papel de filtro de luz. Estes se localizavam no centro das construções e tinham o papel de receber a luz e distribuí-la aos dormitórios, que geralmente tinham suas entradas voltadas para o átrio, com a intenção de receber mais luz natural. Estes podem ser abertos ou cobertos com estruturas de vidro (solução mais moderna).

Alpendre

A diferença entre elas está seomente no modo construtivo, sendo a varanda um prolongamento da água principal do telhado apoiado diretamente no solo, O alpendre é uma peça coberta, geralmente no pavimento térreo com uma estrutura autônoma apoiada na parede principal do edifício. FIL

Átrio Casa colonial - alpendre

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1.2.2 FILTROS DE SUPERFÍCIE Além dos espaços filtros, que se estendiam além da casa e que eram projetados para amenizar os raios solares e proteger a edificação, os filtros de superfícies também surgiram com esse fim, de proteger a edificação dos raios solares e consequentemente, por conta de seus desenhos e formatos desenhar a luz no ambiente. Desde a antiguidade, povos buscaram a proteção com os materiais e recursos disponíveis, colocando a iluminação e a ventilação como fundamentais para a arquitetura, o que fez o emprego vernáculo de superfícies vazadas ser bastante comum, como pode ser exemplificado pelas tradições oriental, islâmica e também colonial brasileira. Na cultura islâmica, os padrões de desenho criam complexos labirintos visuais. Verdadeiro testemunho da habilidade dos artesãos muçulmanos da época, o palácio de Alhambra na Espanha, reúne inúmeros detalhes criados a partir dos padrões de desenho islâmico, onde sofisticados arabescos ornam todo o conjunto, revestindo pisos, paredes e tetos.

motivos florais a uma estrutura abstrata e geométrica – cujo conjunto é denominado de “arabesco” –, devido à proibição de figuras humanas e animais.

Jerusalém (Israel): o primeiro domo islâmico

A ventilação e iluminação naturais foram solucionadas por muxarabis, mantendo a privacidade e valorizando os seus bens culturais. Na arquitetura vernácula chinesa, os elementos vazados estão presentes em portas e janelas das residências rurais, que geralmente são os principais elementos decorativos em virtude da grande ornamentação que apresentam. Elas permitem a ventilação ao mesmo tempo em que protegem o interior da edificação contra a entrada de pessoas ou grandes animais

Janelas chinesas de ventilação ornamentadas detalhes interior Palácio de Alhambra - Espanha

Os métodos gráficos para a construção dos desenhos de padrão islâmico foram desenvolvidos ao longo do tempo por importantes geômetras do Islã. Havia riqueza na ornamentação de superfícies, incorporando caligrafia e

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Com a colonização européia do Brasil, vários elementos construtivos foram trazidos e adaptados ao clima, costumes e condições locais. A casa bandeirista, produzida em território nacional durante o século XVII, é evidenciada por uma planta que segrega a área íntima da social. Entre os elementos arquitetônicos encontrados na arquitetura colonial que foram trazidos pelos portugueses destacamse: os azulejos e os treliçados. Entretanto, os mais evidentes aspectos de influência árabe no Brasil Colônia foram os muxarabis e os balcões, que refletiam também essa busca por resguardo e intimidade. Os muxarabis, no Brasil, foram usados como guardacorpos e também nas janelas, privilegiando a ideia de ver sem ser visto. Porém, eles sofreram várias modificações para funcionar como uma espécie de barreira solar, adaptado ao clima local, além de ser confeccionado com técnicas artesanais indígenas em seus primeiros modelos. Estes, também eram usados nas alcovas, onde as donzelas dormiam para ficarem resguardadas, que permitiam que elas observassem as vias públicas sem serem vistas.

A arquitetura moderna no Brasil, especialmente entre as décadas de 1930 e 1960, mostrou características de adaptação bioclimática, das quais se pode destacar o emprego de quebra-sóis e cobogós (criados por três engenheiros brasileiros para amenizar as condições climáticas no interior das casas nordestinas), amplamente adotados por arquitetos desse período. Um deles, foi Lúcio Costa, que ressaltava a importância da compreensão das condições climáticas e da geometria solar para a concepção dos projetos. Os edifícios projetados por Lucio Costa para o parque Guinle no Rio de Janeiro (1954), são um belo exemplo de aplicação dos elementos conhecidos como cobogós. O rico conjunto formado por brises verticais e cobogós cerâmicos de vários tipos, resulta em uma complexa e sofisticada trama, configurando uma pele que reveste os volumes transformando-os em instigantes mosaicos tridimensionais.

Parque Guinle - Lucio Costa

Em dois dos edifícios, cujas fachadas voltadas para o parque tinham uma orientação térmica desfavorável para o oeste, Costa não hesitou em proteger os cômodos do excesso de sol por meio desses elementos vazados, os quais não impediam a visão do parque do interior para o exterior. O rendilhado de elementos vazados de cerâmica que cobre a maior parte da superfície disponível dá a tônica ao conjunto; e lembra claramente a arquitetura árabe, cuja influencia foi significativa em Portugal e, consequentemente, no Brasil da época colonial. Exemplo de aplicação de muxarabis

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Entretanto, não se trata de cópia de um desenho existente, mas apenas de um parentesco espiritual; expresso admiravelmente por processos puramente modernos: a variedade da trama é apenas aparente, pois resulta do emprego de um único elemento padronizado, o qual foi produzido para cada um dos tipos de paredes de elementos vazados habilmente justapostos. Outro projeto brasileiro marcante que utiliza elementos vazados que caracterizam seu volume é o conjunto habitacional do Pedregulho, no Rio de Janeiro, do arquiteto Affonso Eduardo Reidy. Um bloco em lâmina serpenteante em que a solução estrutural permitiu a utilização, sem interrupção, dos cobogós na parte posterior do bloco, um dos detalhes construtivos que garantiu o efeito lúdico ao projeto. Conjunto Habitacional Pedregulho - Affonso Eduardo Reidy

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Outro elemento também muito presente na arquitetura brasileira do período são os brises-soleil, que podem ser posicionados tando na horizontal, como na vertical para proteção solar. Le Corbusier foi o precursor deste elemento, porém ele foi amplamente difundido em vários períodos e em diferentes tipologias. Os irmãos Roberto foram um dos que adotaram essa forma de proteção, como no prédio da A.B.I. (Associação Brasileira de Imprensa), no Rio de Janeiro. Neste, eles rejeitaram toda transparência. As janelas panorâmicas na horizontal não podiam oferecer vistas de interesse e não apresentavam orientação favorável, pois estavam voltadas para norte e oeste, recebendo permanentemente os raios do sol, necessitando assim de um sistema eficaz de proteção, sendo escolhido os brises. Eles eram lâminas verticais oblíquas construídas em concreto que caracterizaram a fachada funcional e esteticamente.

Prédio ABI Irmãos Roberto

Oscar Niemeyer também foi um dos arquitetos brasileiros que aderiram aos brises como elementos de proteção. Seu edifício Pavilhão Ciccillo Matarazzo, também conhecido como Pavilhão da Bienal, em São Paulo, adota os brises verticais metálicos em sua fachada, promovendo uma identidade que se destaca dos seus edifícios vizinhos no Parque Ibirapuera.

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A variabilidade de soluções e a expressão arquitetônica geraram uma identidade da arquitetura contemporânea brasileira Os brises verticais e horizontais, cobogós, muxarabis, etc foram elementos marcantes na maioria das construções do período. Como outro belo exemplo deste tipo de elemento, cito novamente Herzog & de Meuron e suas peles. Eles evoluiram ainda mais os métodos projetuais e construtivos desses elementos de proteção solar, utilizando algumas vezes, materiais simples, porém de forma diferente, criando com eles filtros de luz impressionantes, como os da Vinícola Dominus, em Napa Valley. A construção da vinícola foi inspirada em um gabião, muro de sustentação feito de pedras arrumadas dentro de uma tela. Ela é formada por uma parede feita de aço inoxidável, no formato de rede, preenchido com rochas basálticas retiradas do American Canyon, que fica bem perto da região.

“Qualquer que seja o material que usamos para fazer um edifício estamos fundamentalmente interessados em um encontro específico entre aquele e o edifício. O material está ali para definir o edifício, mas o edifício, está em igual medida destinado a fazer visível o material.” Herzog & de Meuron

São infinitas as possibilidades encontradas e a ser criadas de fechamentos e peles nas edificações. Um arquiteto húngaro chamado Áron Losonczi, encontrou uma delas: concreto transparente. Ele consiste em uma mistura de fibra de vidro, pedras trituradas, cimento e água, fortes o suficiente para substituir o concreto convencional. Ele possui um diferencial estético, onde projeta silhuetas e permite a passagem de luz. Todas essas possibilidades permitem diferentes maneiras de empregar os materiais, desde os mais simples, até os mais tecnológicos. Além da função estética, estes elementos garantem um jogo de luz e sombras únicos e também conferem privacidade ao interior.

Vinícola Dominus - Herzog & de Meuron

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MATERIALIDADES

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1.3.1 SUBVERSÃO DO MATERIAL

-Peter Zumthor

Um único material pode proporcionar uma infinidade de recursos e modos de aplicação, fazendo com que cada vez se alcance um determinado resultado. Ao juntar vários materiais eles irradiam e criam algo novo, havendo enre eles uma proximidade crítica. Para explicar a luz nas coisas, Peter Zumthor observa onde e como a luz incide, onde estão as sombras ou se as superfícies são foscas. Explica que o ouro, por exemplo, parece ter uma capacidade de absorver até as menores quantidades de luz e de refleti-las na escuridão. Chama atenção para o “comportamento” dos diferentes materiais perante a luz. Ele planeja o prédio como uma massa pura de sombras, na qual usa a luz como se esvaziasse a escuridão.

- Herzog & de Meuron

A fim de causar um impacto imediato no visitante, a dupla aposta no emprego de novos materiais ou, mesmo não sendo novos, reutilizamnos de maneira não convencional. Eles investem numa ornamentação associada a elementos de recobrimento (superficiais), que superpõe toda a estrutura, resultando num aspecto de “pele”. O anseio em provocar sensações resulta numa arquitetura “simulada”. A imagem que se tem do concreto e vidro, da transparência e opacidade é rompida, causando estranhamento para o observador.

- Oscar Niemeyer

Niemeyer cria um cosmo onde a luz se expressa, revela a forma e a sombra contrastante que enfatiza “Leveza”. Não enfatiza em um jogo de claro-escuro, não se interessa pelos volumes sombreados, mas apela para posição da figura sobre o fundo, o contraste entre áreas iluminadas e áreas sombreadas. O volumes sob o sol. Suas estruturas são dispostas obliquamente para que os raios de luz produzam fortes contrastes de luz e sombra. Propõe um mesmo cenário de luz incidente circunstancial e luz refletida no plano. Busca muitas vezes utilizar a luz natural pelas suas possibilidades cênicas e pela capacidade de distringuir a sucessão de planos em profundidade e perspectiva.

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2 MATERIALIDADES E INVÓLUCROS LEITURAS PROJETUAIS Para análise projetual e conceitual serão analizados os seguintes projetos: - Bishan Library - LOOK Architects - Seattle Public Library - Rem Koolhaas - Biblioteca Brasiliana - Rodrigo Mindlin Loeb, Eduardo de Almeida - Tama Art University Library - Toyo Ito - TEA Tenerife Espacio de Las Artes - Herzog & De Meuron Considerando todas as teorias e elementos analisados e citados até então, a escolha das referências projetuais se deu pela forma com que estas filtram a luz natural: com espaços filtros ou com filtros de superfícies. Todas elas possuem conceitos, implantação e fechamentos diferenciados, porém trabalham a luz natural do seu interior com o mesmo propósito: proporcionar mais conforto e poesia para os usuários. Para isto, foram analisados a localização, o programa de necessidades e a relação entre os espaços de leitura, a luz e as “peles” do edifício.

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2.1 ESPAÇOS FILTRO

Materialidades e Invólucros

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2.1.1 Bishan Public Library Localização: Se localiza em um meio urbano altamente restrito no meio de uma cidade-satélite. As cabines suspensas projetadas para fora da principal fachada do edifício exalam um carisma distintivo no exterior e criam nichos suspensos em uma escala íntima do interior do edifício . A biblioteca se destaca em meio à vizinhança comum com sua arquitetura alegre que atrai as pessoas à visitá-la.

Arquitetos: LOOK Architects Localização: Singapura, Ásia Área: 1.400 m2 Ano Do Projeto: 2006

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PROGRAMA

Primeiro Pavimento

Quarto Pavimento

Em resposta ao local onde foi construído, que tinha severas leis de implantação dentro de uma cidade satélite, o projeto pediu por um eficiente método de construção que minimizasse o impacto em seu entorno. Principalmente formada de concreto, a estrutura tem 4 lajes acima do nível do solo, ligadas por elevadores e escadas juntos em um mesmo núcleo. Os pilares internos foram utilizados o mínimo possivel, dentro do que as lajes protenditas podiam suportar, para maximizar o uso das áreas e aumentar a flexibilidade do espaço de armazenagem de livros. Aproveitando o potencial da separação de ruídos, o subsolo foi reservado para a seção infantil (figura 1), definindo um espaço subterrâneo, como se fosse uma caverna, onde a imaginação pode correr solta sem incomodar os demais leitores.

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LEITURA, LUZ E PELES A metáfora de uma casa na árvore foi invocado na conceituação de design para criar um ambiente para a aprendizagem através de uma viagem de descoberta e jogo. O uso de clarabóias, treliças e vidro colorido dentro e fora para filtrar a luz natural que entra resultou em uma infinidade de tons e cores . Isto criou uma propício e confortável qualidade luz salpicada no interior da biblioteca , simulando a luz filtrada através das folhagens das árvores. As partes em balanço na fachada do prédio criam um formato único que chamam a atenção e trazem mais carisma para o exterior do edifício. Esses espaços suspensos criam locais com uma escala mais íntima dentro da biblioteca. Pré-requisitos conflitantes, como a orientação, controle solar e proteção das janelas de acordo com as leis contra incêndio foram resolvidos através de uma estratégia racional e espacial. Um átrio interno foi incorporado para introduzir luz natural dentro da zona principal de circulação, assim como na maioria dos andares da biblioteca, e a parte de trás do edifício foi projetada como um núcleo sólido voltado para o oeste, para servir de escudo contra o forte sol da tarde. Uma rampa leva as pessoas do nível da rua para onde estão as coleções, através do átrio, e ainda funciona como um eficiente dissipador de multidões quando preciso.

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2.1.2 Biblioteca Brasiliana

Localização

A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin está instalada em um dos blocos do recentemente inaugurado edifício no coração da Cidade Universitária, em São Paulo. Além de abrigar a BBM, o edifício do Complexo Brasiliana USP abriga o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), a Livraria da Edusp e o Auditório István Jancsó (com capacidade para 300 pessoas), e conta com salas de aula e salas de exposição.

Arquitetos: Rodrigo Mindlin Loeb, Eduardo de Almeida Localização: Biblioteca Brasiliana, Cidade Universitária, USP Área: 20.950 m2 / Biblioteca = 6.500m2 Ano Do Projeto: 2013

PROGRAMA Uma praça coberta articula uma passagem pública livre com acesso ao auditório para 300 pessoas, à livraria central da Edusp, com uma cafeteria e uma grande sala de exposições. Dá acesso às duas alas da edificação, a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin em uma e o IEB, Sibi e Biblioteca de Obras Raras da USP em outra.

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Trata-se de projeto e obra com aplicações de conceitos bioclimáticos que contribuem ao aumento da eficiência energética e conservação de energia, assegurando as condições de conforto para os ocupantes e usuários e a guarda adequada de acervos de obras raras.

11 6

3

4

10

8

8

1

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9

5

8

8

10

9

9

2

PLANTA TÉRREO 1. PRAÇA COBERTA 2. AUDITÓRIO 3. LIVRARIA 4. ÁTRIO BIBLIOTECA 5. EXPOSIÇÕES LONGA DURAÇÃO 6. LEITURA

7. SAGUÃO IEB 8. CONSULTA 9. ADMINISTRAÇÃO 10. TERRAÇO 11. VAZIO

5

7

O Instituto de Elétrica e Eletrônica (IEE) da USP desenvolveu um projeto de geração de energia fotovoltaica na cobertura do edifício. Com potência de 150kv, deve suprir a demanda do complexo durante o dia. Foram levadas em consideração e aplicadas técnicas e soluções acessíveis para uma durabilidade dos materiais, desde os sistemas de impermeabilização até a grande cobertura e sistema de quebra sóis nas fachadas insoladas.

1 5

5

3

3

1

1

9

10

PRIMEIRO PAVIMENTO 1. VAZIO PRAÇA 2. AUDITÓRIO 3. CAFÉ 4. ACERVO 5. VAZIO 6. CONSULTA

6

7. GRANDES FORMATOS 8. PESQUISA 9. ACERVO ARTES VISUAIS 10. ACERVO BIBLIOTECA 11. ACERVO ARQUIVO 12. PESQUISA

7

1

4

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5

12

2

SEGUNDO PAVIMENTO 1. VAZIO 2. ACERVO LIVROS RAROS 3. ADMINISTRAÇÃO 4. ATIVIDADES DIDÁTICAS 5. ACERVO ARTES VISUAIS 6. ACERVO BIBLIOTECA 7. ACERVO ARQUIVO

6

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2

1

3

4

11


LEITURA, LUZ E INVÓLUCROS O projeto levou em conta elementos sustentáveis. Todos os espaços são ligados por uma grande cobertura com lanternin central de vidro laminado, o que permite a entrada de luz natural. promovendo economia de energia, além de filtros UV e um plano de chapa perfurada, que protegem os livros de radiação solar direta. Também possui células fotoelétricas na cobertura para captar energia solar, que além de ser energia limpa, supre a demanda do complexo durante o dia. As paredes de concreto maciço e aparente dão estabilidade térmica e os vidros têm filtro ultravioleta e um forro que permite passar apenas 10% de entrada de luz. A transparência está presente para criar uma relação interior e exterior, mas sempre com os filtros de luminosidade. Há uma sequência de proteções para barrar a entrada de luz: A primeira camada de proteção é o vidro que faz mediação exterior e interior com filtro, depois tem os elementos de sombreamento como as brises e as chapas de alumínio perfuradas. Em seguida, há um espaço vazio de 80 centímetros, e uma nova camada de vidro e caixilhos. Só então, há áreas de trabalho, também criando proteção de luminosidade para o acervo no centro. Com isso, o edifício consegue ter iluminação natural sem ter a radiação, o que reduz a necessidade de iluminação artificial.

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2.2 FILTROS DE SUPERFÍCIE 2.2.1 PELES

2.2.1.1 Seattle Public Library Arquitetos: OMA (Rem Koolhaas) + LMN Localização: Seattle, Washington, USA Área: 38.300 m2 Ano Do Projeto: 2004

Localização

A biblioteca é rodeada de edifícios altos, em um dos pontos mais privilegiados de Washington, onde se localizam várias empresas e edifícios culturais. Ela atende à diversos públicos, desde estudantes à frequentadores da região. Foi pensada com o objetivo de ser flexível, tendo várias possibilidades de uso e organização de acordo com a evolução das mídias.

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PROGRAMA administrativo operacional 32% livros

escritórios e áreas técnicas áreas de leitura

livros

espiral de livros

área mista

áreas livres

salas de reunião

suporte

áreas de convívio serviços públicos 68% demais programas

leitura estudo e pesquisa área coletiva recepção

recepção e apoio área das crianças estacionamento

estacionamento

PROGRAMA REMODELADO

PROGRAMA I escritórios e área técnica

CONSOLIDADO

espiral com prateleiras G de livros

F

E salas de reunião

143 vagas

B

1200m² com computadores públicos, recepção, telefones públicos e área infantil. Esta é uma área exclusiva para eles, com layout diferenciado, espaço de leitura, área para contar histórias, computadores e sanitários especiais. A área ainda abriga o auditório da biblioteca com 275 lugares, podendo ser expandido para mais 150.

C

Área técnica fechada ao público onde fica a triagem e o recebimento de livros e demais serviços da biblioteca. Além de balcões de recepção para os frequentadores.

D

E

F

1.811 m² em que os visitantes convivem para auxílio em questões gerais e de pesquisa. Nesta planta se localiza o maior laboratório de informática, o “Centro de recursos de Empregos”, nichos de trabalho e de estudo, scanners e edição de imagens, listas telefônicas, enciclopédias, boletins da comunidades, documentos públicos e bancadas de estudos. A característica do espaço é prateado e hi tech, o teto é preto e o chão de alumínio.

G

Ocupando quatro níveis, prateleiras em espiral são conectadas por rampas suaves que permite o acesso à todos os usuários, inclusive os com dificuldades de locomoção sem depender de escadas rolantes ou escadas e elevadores. As entradas são rotuladas com o “Dewey Decimal System”¹ que numera os npoveis de acordo com o material que cada um armazena.

H

O átrio que nasce no nível 4 enche de luz a sala de 1.114m² com 400 lugares e um pé direito de 12 metros com vista para a baia de Elliott. É acessado via escada rolante ou elevador.

área mista

D B

área das crianças

estacionamento

A

H

área de convívio

C recepção e apoio A

espaços de leitura

Nível com áreas para leitura e meditação. É um local espaçoso e arejado com um pé direito de 15 metros. Encontra-se o recebimento e entrega de livros, loja de presentes, café, coleções de livros, coleções de dvd’s, revistas, jornais e telefones públicos. A base do átrio é localizado neste nível, onde é possível ver as salas de reuniões dos nível 4 e 5. Possui 4 salas de reuniões grandes. As paredes do corredor, chão e teto são pintados em tons de rosa e vermelho, enquanto as salas utilizam tons neutros como marrom e cinza. Possui também dois laboratórios de Tecnologia e Centro de Formação.

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I

Onde se econtram os escritórios administrativos, o escritório City Librarian, Sala de Conferências, de recursos humanos e o refeitório da equipe.


LEITURA, LUZ E PELES O programa da biblioteca foi organizado em cinco plataformas independente, conectadas, empilhadas verticalmente permitindo vistas privilegiadas dos arredores envoltos em uma pele de aço e vidro que iluminamos espaços de lazer e leitura. O sistema de fechamento é uma grade de aço em forma de diamante, que forma o exoesqueleto do edifício. Estas são interligadas servindo como acabamento interior da arquitetura e apoia a pele de vidro, que 50% possui uma camada tripla com uma malha de alumínio curvo na cavidade de ar externo com gás criptônio. Os outros 50% é um sistema de dupla camada. Estes vidros minimizam o brilho e difundem os comprimentos de onda diretos, que por sua vez reduzem a transmissão térmica, melhora o fator UV, reduz o ganho de calor solar e diminui sistemas de refrigeração. O átrio presente no edifício maximiza as oportunidades de iluminação natural nas áreas comuns como as salas de estar e de leitura (3º e 10º andar). Iluminação: Foram feitos estudos da qualidade e da quantidade de luz natural que entraria no edifício . Com isso, foi criado um mapa para avaliar as mudanças na luz solar, por hora e estação e como estas afetariam a atmosfera interior. Nos pavimentos inferiores foram utilizados pendentes e luminárias embutidas

SOMBRA SOL

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2.2.1.2 TEA - Tenerife Espacio de Las Artes Arquiteto: Herzog & de Meuron Localização: Santa Cruz de Tenerife, Canary Islands, Spain Área: 20.622 m2 Ano Do Projeto: 2008

Localização

Este espaço cultural está localizado no Centro da cidade se Santa Cruz de Tenerife, na ilha de Tenerife, na Espanha. Seu deseno proporciona a bertura do exterior para o interior, promovendo luz e dinamismo em todo o conjunto e conectando o bairro antigo com um equipamento moderno.

PROGRAMA Com mais de 20.622 metros quadrados, o TEA foi encomendado pelo Conselho Ilha de Tenerife, que vai usá-lo para as atividades e exposições culturais em toda a ilha. O complexo abriga o Instituto Óscar Domínguez de Arte Contemporânea, o Centro de Fotografia de Tenerife e da Biblioteca Tenerife, bem como um pequeno auditório, um café / restaurante e uma loja de presentes, todos os quais podem ser acessados ​​a partir da rua. A construção é caracterizada por um diálogo entre o vazio, definida por um invólucro externo de pedra e pela passarela que corta o edifício. Os interiores apresentam dois tipos de iluminação que se complementam: a que filtra através das aberturas no telhado ondulado e que entra através de perfurações nas paredes de concreto, além da iluminação artificial dos espaços de leitura.

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Uma grande escada em espiral liga à parte superior, bem como para o nível inferior do museu. O nível superior tem galerias com clarabóias de diferentes tamanhos adaptadas aos requerimentos da coleção do Oscar Dominguez. O nível inferior é um grande espaço aberto que pode ser subdividido de acordo com a necessidade. O pé direito, em quase todos os níveis são de 6 metros ou mais, sendo que o Centro de Fotografia se encontra em um espaço mais reservado conectado com o espaço de exposições temporárias.

LEITURA, LUZ E PELES Sua tipologia é baseada em patios alongados para maior fornecimento de luz, e maior visibilidade para os visitantes e usuários do espaço. No seu caminho através da praça, que corta o espaço de leitura da biblioteca, os visitantes se deparam com uma biblioteca repleta de luz natural. Grandes aberturas com vidro permitem a integração entre interior e exterior.

A noite, a luz interior enriquece o skyline noturno da cidade. Sua tipologia é baseada em patios alongados para maior fornecimento de luz, e maior visibilidade para os visitantes e usuários do espaço. Essa tipologia também foi pensada para permitir a mesma identidade com o edifício vizinho o “Museo de la Naturaleza y el Hombre”. A interação espacial entre dentro e fora integra a paisagem urbana.

FECHAMENTO Ao longo da fachada, mais de 1.200 aberturas em 720 formas diferentes filtrar a luz natural para o interior , gerando uma incrível vista durante a noite.

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A fim de alcançar um conceito arquitectónico onde as diferentes atividades e espaços do centro são abertos do interior para o exterior, o acesso ao centro será possível a partir de todos os lados. Um caminho público corta diagonalmente o complexo de edifícios que liga a parte superior do terreno com a parte inferior, na outra rua, transformando-se em uma praça triangular semi coberta no coração do centro cultural. Essa praça triangular é aberta e acessível a todos. Ela dá cesso ao café e restaurante que não serve só à biblioteca, mas a todos que passam ali. A praça também pode ser usada a noite como cinema ao ar livre. No entanto, a principal qualidade da praça é a de conduzir as pessoas até o interior do edifício, sempre oferecendo uma boa orientação e visão aos visitantes. O lobby é uma continuação do espaço da praça. Ele organiza o café do museu, a loja e os balcões de recepção.

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2.2.2 ABERTURAS

2.2.2.1 Tama Art University Library Arquiteto: Toyo Ito Localização: Tokyo, Japan Área: 5,639.46 m2 Ano Do Projeto: 2007

Localização

É uma biblioteca para uma universidade de arte localizada nos subúrbios de Tóquio. Passando pelo portão de entrada principal , o local fica atrás de um jardim com pequenas e grandes árvores, e se estende até um declive suave .

PROGRAMA

1 - Café 2 - Cozinha do café 3 - Galeria 4 - Laboratório 5 - Recepção da Biblioteca

6 - Escritório 7 - Salas de aula temporárias 8 - Espaços livres de leitura 9 - Balcão de informações 10 - Copiadora

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11 - Estantes de livros 12 - casa de máquinas 13 - Depósitos 14 - Livros novos / revistas / Multimídia


No térreo se localiza a área mais coletiva da biblioteca, com um bar e uma mesa de vidro com números recentes de revista, além de área de exposições, galerias, mesas, laboratório e uma sala de aula temporária. No segundo pavimento se localiza a área mais reservada da biblioteca, com espaços de leitura e estantes baixas (que não atrapalham a vista da área externa). É uma área destinada à estudos e descanso dos estudantes.

LEITURA, LUZ E PELES Os principais materiais utilizados para construir o edifício foram a estrutura em concreto armado, janelas de vidro e esquadrias de alumínio. O desenho final é resultante da estrutura formada pela interseção das curvas dos arcos., que proporcionam maior entrada de iluminação natiral nas áreas de leitura. O uso do vidro nas mesas de leitura permitem o reflexo externo, onde se pode ver a integração com a vegetação, conectando ainda mais o interior com o exterior.

A iluminação natural favorece não só à leitura, que se torna mais confortável, mas também permite diferentes espaços para este fim: com mais luz, com uma luz mais difusa, com uma luz mais focada e diferentes maneiras de apreciar a leitura e a luz: bancos, cadeiras, mesas tipo escrivaninha, etc.

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3 BIBLIOTECA PÚBLICA DE RIBEIRÃO PRETO Estudos Preliminares Neste capítulo serão analisadas todas as condicionantes do lote escolhido para implantação da nova biblioteca pública de Ribeirão Preto. Estes resultarão em um entendimento completo do lote e do seu entorno para que com essas informações o projeto seja adequado para o local e eficiente na sua estrutura funciona e estética, além de utilizar a iluminação natural da melhor maneira possível resultando em um equipamento de qualidade para a população que o utilizará.

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3

Biblioteca Pública de Ribeirão Preto

Para implantação da nova biblioteca pública de Ribeirão Preto, foram analizados locais em que o fluxo de pessoas fosse constante e ao mesmo tempo possibilitasse o acesso fácil para pedestres (foco principal do projeto). Com isso, O Centro de Ribeirão Preto apresentou essas características e o terreno entre as ruas Tibiriça, Mariana Junqueira, Visconde do Rio Branco e Álvares Cabral, hoje ocupado por um estacionamento, foi escolhido para abrigar este novo equipamento. No entorno foram analisados os seguintes pontos do terreno:

3.1 O LUGAR

- Entorno: equipamentos públicos e privados de importância e que favorecesse o fluxo de pessoas, bem como o entorno imediato do terreno; - Sistema Viário: Fluxo das vias, transporte público e pontos de ônibus;- Uso do solo: predominância de comércios, serviços e residências do entorno; - Gabarito: Altura dos edifícios do entorno para verificar interferência dos mesmos no terreno; - Predominância de ventos; - Insolação; - Vegetação; - Relação com o SESC.

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3.2 INFORMAÇÕES DO LOTE

A

D

B Restrições urbanísticas Área: AQC – Área Especial do quadrilátero Central, que abrange a área urbana situada entre as avenidas Nove de Julho, Independência, Francisco Junqueira e Jerônimo Gonçalves C Taxa de ocupação = 80%

E

Dimensão = 86,70m. x 46,80m. Área total = 4.158,43m2 Coeficiente de Aproveitamento total = 12.475,29m2 (3x área do terreno)

TERRENO

F

A sequência numérica corresponde às vistas do entorno do quarteirão a partir da esquina da rua Mariana Junqueira com a rua Visconde de Inhaúma em sentido anti horário.

G

H PRAÇA SETE DE SETEMBRO

PRAÇA DA CATEDRAL

N

36


3.3 EQUIPAMENTOS DO ENTORNO

Um dos fatores importantes na escolha deste lote foi a proximidade com diversos equipamentos que agregarão valor à nova biblioteca que terá atividades voltadas à leitura e ao entretenimento da população, além de alguns poderem ser uma extensão de uso da mesma, ampliando a oferta de atividades públicas no centro da cidade oferecida à população, principalmente àquela que transita por ali diariamente. No entorno há várias escolas de ensino fundamental e médio, escritórios de empresas, comércio e serviços, os quais os funcionários podem passar o tempo livre na biblioteca, parques e praças, faculdade, rodoviária (que permite atender à populações de cidades vizinhas) e o Sesc Ribeirão Preto que já possui diversas atividades culturais e de lazer para a população e que contribuirá para a

difusão ainda maior de atrativos culturais e de lazer para a população ribeirão-pretana. As bibliotecas municipais existentes também estão presentes do entorno, podendo formar juntamente com o novo equipamento um centro de conhecimento com segmentos diferenciados para os usuários. São elas: Biblioteca Altino Arantes, Biblioteca Padre Euclides e Biblioteca Leopoldo Lima. Todas elas estão localizadas em antigos edifícios da cidade, onde o uso adequado delas como local de leitura e acesso à informação fica restrito por conta da arquitetura ineficiente para tal uso, falta de atrativos para a população, exemplares desatualizados e falta de atividades culturais que complementem e enriqueçam o seu programa.

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3.4 USO DO SOLO A predominância de uso do entorno é de comércios e serviços, tendo, em alguns locais, alguns prédios residenciais. Seu gabarito por predominância é baixo, havendo apenas 6 edifícios altos nas proximidades imediatas.

MAPA DE GABARITO

Comércios

N

Serviços Residências Institucional Vazios Praças

3.5 HIERARQUIA VIÁRIA Térreo

de 4 a 10 pavimentos

2 pavimentos

acima de 10 pavimentos

3 pavimentos

TERRENO

N

Vias principais - Avenidas Vias arteriais - fluxo alto Vias arteriais - fluxo médio Vias locais e de pedestres

O quadrilátero Central fica entre quatro das principais avenidas da cidade: Independência, Francisco Junqueira, Jerônimo Gonçalves e Nove de Julho. Por ser uma área central, apresenta um fluxo intenso diário de automóveis, motocicletas e ônibus, além disso é o principal eixo que liga à cidade à Zona Sul da cidade, que está em expansão constante. Com isso, as ruas do centro que coletam o fluxo das avenidas também se prejudicam com a quantidade de automóveis que trafegam por ali. Próximo ao lote da biblioteca, a situação se mantém a mesma, porém com um fluxo mediano, facilitando o acesso para pedestres, que contam com o transporte público como vemos no mapa a seguir.

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3.6 TRANSPORTE PÚBLICO Para potencializar os resultados que o equipamento poderá proporcionar para a população, há diversos pontos de ônibus no entorno, acilitando o acesso de pedestres e também a expansão do equipamento para as cidades vizinhas que o encontrarão com facilidade. Além disso, nas proximidades, o usuário também encontra pontos de recarga do cartão NOSSO que permite o uso do transporte público, evitando que eles tenham que percorrer longas distâncias em busca deste serviço.

N

Emissão do Cartão NOSSO Cidadão e Recargas dos cartões NOSSO Emissão do Cartão NOSSO Expresso e Recargas dos cartões NOSSO Pontos de ônibus Terreno

AV. FRANCISCO JUNQUEIRA

3.7 DECLIVIDADE O lote possui 3 metros de desnível natural em toda a sua extensão, porém ele sofreu intervenções durante os seus diversos usos e hoje ele se apresenta totalmente nivelado no seu interior. No mapa, a cor mais escura é o nível mais alto e consequentemente a cor mais clara é o nível mais baixo. Isso se dá pelo fato da Av. Francisco Junqueira Possuir um córrego que coleta toda a água pluvial oriunda desta área do Centro.

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PRAÇA XV DE NOVEMBRO


3.8 ESTUDOS - INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO

incidência 43º inverno

incidência 89º verão

10%

4º predominante

TE LO

Para que a premissa principal de buscar a relação entre luz e espaço seja comtemplada, estudos de insolação e predominância dos ventos foram feitos para o projeto da Biblioteca Pública de Ribeirão Preto, facilitando a compreensão dos espaços que ela abrigará. Ao lado, vê-se que os ventos predominantes vêm da direção Sudeste e Sul favorecendo o edifício, que poderá receber ventilação natural o tempo todo. O lote, quase sempre, receberá iluminação natural sem nenhuma interferência do entorno. A fachada norte sofrerá com a maior incidência de sol e respectivamente, a fachada Sul receberá apenas iluminação natural, sem nenhuma interferência forte de raios de sol. Para isso, o uso de elementos de proteção solar será necessário em várias áreas, dependendo do uso interno de cada espaço (ver figuras 1,2 e 3)

19%

2º predominante

N

20%

1º predominante

15%

3º predominante

Verão às14h30

1

Outono às 10h45

Primavera às 12h00

2

3

40


4 PARTIDO PROJETUAL O planejamento do espaço físico para obter o local ideal envolve a preocupação com o conforto das pessoas, a flexibilidade do edifício (capacidade de mudança, dinamismo e crescimento), a acessibilidade, organização, preservação da coleção, segurança e uso eficaz dos espaços. A intenção do edifício proposto é atender às necessidades atuais de uma nova biblioteca, gerando um espaço público eficiente e agradável. O programa proposto será baseado em espaços característicos e complementares à uma biblioteca, relacionando-os sempre com a iluminação natural.

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4Partido Projetual Ribeirão Preto. Quadrilátero Central. Local onde a movimentação é constante o dia todo e que por conta disso apresenta vários usos, alto fluxo de pessoas e veículos, barulho, congestionamento, porém, poucas opções de lugares de uso público de qualidade. A escolha do terreno, onde hoje funciona um estacionamento, leva em consideração estes fatores, pois ele se comunica muito bem com o entorno, que é característico pela presença de muitos pedestres, bem como com a proximidade com diversos equipamentos que poderiam complementar o uso deste novo espaço, tais como: escolas, o Teatro Pedro II, o comércio central, a Biblioteca Altino Arantes e o SESC. Tendo como premissa a extensão da via pública e a integração com o entorno, o projeto foi elaborado visando a permeabilidade e a conexão do interior com o exterior da edificação, reforçada pela angulação de 30º da edificação em relação ao terreno, permitindo a ampliação da paisagem urbana para quem observa por entre os dois volumes principais da biblioteca. O pedestre que por ali transita pode optar por atravessar o quarteirão através da passarela que conecta uma rua à outra, descer as escadas e se proteger embaixo do volume solto da construção, fazendo uso de seus espaços de convívio, ou caminhar pela passarela e acessar os diversos programas que a biblioteca oferece por meio de elevadores, escadas e passarelas que ligam os dois volumes da construção. A biblioteca se desprende do chão, parecendo flutuar e permitindo que o pedestre que está na calçada tenha uma visão debaixo da construção, a relação de luz e sombra que o volume solto proporciona. São três volumes indepen-

dentes, gerados à partir de um bloco maciço que se divide, se desprende, se abre e se conecta novamente de forma sutil, permitindo que a luz penetre em lugares estratégicos e a sombra nasça desta ligação. Externamente ele se destacará das demais construções, por conta de sua dimensão e materialidade, porém, sempre mantendo uma relação com o entorno, principalmente com o edifício do Sesc, seu vizinho, que já possui uma programação cultural que poderá ter ligação com a biblioteca. Internamente ele buscará atender às atividades ligadas à leitura e entretenimento utilizando espaços abertos e mais iluminados que se conectam com outros mais restritos e aconchegantes. Seus programas enriquecem o “caminhar” através deles, pois utiliza diferentes recursos de fechamento, de circulação e de uso, permitindo diferentes experiências sensoriais aos usuários, do claro ao escuro, do fechado, ao semiaberto e ao totalmente aberto, da luz do céu e da luz do sol, da luz direta e da luz difusa, da extroversão à introspecção. O estudo da posição solar em relação ao edifício foi de suma importância para a definição das aberturas e dos fechamentos das fachadas, de modo que proteja o edifício e ao mesmo tempo permita que os raios de sol penetrem no seu interior e a luz natural oriunda do sol e do céu ilumine seus espaços e desenhe no decorrer do dia, diferentes efeitos de luz e sombra. A sombra, tão importante quanto à luz, preenche quase todo o espaço debaixo da construção, sendo invadida, em alguns momentos, por fachos de luz resultantes das soluções construtivas e das materialidades.

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4.1 CONCEITOS ADOTADOS

MANIFESTO DA UNESCO BIBLIOTECAS PÚBLICAS

SOBRE

“Liberdade, prosperidade e desenvolvimento da sociedade e dos indivíduos são valores humanos fundamentais. Eles serão alcançados somente através da capacidade de cidadãos bem informados para exercerem seus diretos democráticos e terem papel ativo na sociedade.” “Participação construtiva e desenvolvimento da democracia dependem tanto da educação adequada como do livre e irrestrito acesso ao conhecimento, pensamento, cultura e informação.” “A biblioteca pública, porta de entrada para o conhecimento, proporciona condições básicas para a aprendizagem permanente, autonomia de decisão e desenvolvimento cultural dos indivíduos e grupos sociais.”

No decorrer dos estudos sobre os temas relacionados à luz no espaço de bibliotecas, se descobre a grande variedade de formas de se trabalhar a luz nestes espaços, porém, a eficiência do uso dos espaços na maioria dos casos são resultantes da somatória apresentada na pirâmide abaixo, que permite que o edifício cumpra sua função e ainda agregue outras atividades complementares e de incentivo à sua atividade principal. CONSTRUÇÃO X TERRENO Uma das formas de trabalhar a luz que foi pensada, resultante de leituras projetuais de várias tipologias de bibliotecas, foi a relação construção X terreno. Como nos desenhos apresentados nesta página, ao soltar o volume do terreno, criamos luz e sombra, e quanto mais o segregamos, mais estes se abrem e consequentemente aumentam suas possíveis superfícies de entrada de luz.

CONHECIMENTO

REFLEXÃO

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BI BLIO TECA

TROCA


5 O Programa Espaços:

- Espaços de Leitura coletivos - Espaços de leitura individuais - Biblioteca Infantil - Auditório / Espaço Multiuso - Midiateca - Revistaria - Café - Estantes de livros reservadas - Estantes de livros gerais - Recepção - Sanitarios - Depósito - Administrativo - Jardins - Galeria aberta -Galeria Fechada - Mezanino do café - Atelier Essa diversidade de espaços e ambientes vem de encontro à necessidade de atender a todas as questões técnicas e funcionais envolvidas em um projeto de biblioteca, dentre os quais: – Correta distribuição dos fluxos e controles de acesso – Distinção dos ambientes conforme: tipo de uso; tipo de apropriação do espaço; dinâmica do uso – Condições de temperatura e umidade adequadas ao acervo – Condições de iluminação e ventilação adequadas às áreas de leitura.

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45


6 O Projeto 6.1 IMPLANTAÇÃO

N

RUA TIBIRIÇÁ

RUA ÁLVARES CABRAL

CONSTRUÇÕES EXISTENTES

RUA MARIANA JUNQUEIRA

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7A luz 7.1 INCIDÊNCIA NO EDIFÍCIO

As incidências de luz ao longo do edifício variam de acordo com o material que reveste a fachada. Nos cortes apresentados a seguir podemos perceber as diferenças de efeitos de luz que caracteriza a biblioteca. Ora fachos desenhados, ora a luz pentrando como um todo.

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SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO NATURAL Aberturas laterais e aberturas zenitais permitem a passagem da luz. Superficies da edificação modelam e distribuem a luz. A iluminação lateral, como a representada no corte abaixo é a mais utilizada, porém não é uniforme e sua distribuição interna é variável. A iluminância diminui rapidamente de acordo com o distanciamento da abertura (figura A)

FIGURA A

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No corte ao lado, devido ao fato de termos uma parede cega que protege o edifício da insolação Norte (mais agressiva), os sanitários ficaram sem iluminação natural. Pensando em amenizar este fato, o piso comum foi alterado por um piso em chapa metáica perfurada com fechamento inferior em vidro, que permite a passagem da luz que atende até o pavimento inferior e não contrasta o ambiente, apenas ilumina com uma luz que difunde até o chão. Já a iluminação que vemos na imagem acima, ilustra o desenho que a luz do sol fará no térreo através da relação entre luz e sombra entre os pilares estruturais. Ou seja, a sombra é “quebrada” em alguns momentos por fachos de luz sutis.

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O corte acima representa as entradas de luz do auditório (espaço multiuso.) Estes são fechados com vidro duplo insulado De um lado a iluminação difusa do vidro total e do outro o feiche de luz da abertura alta em forma de fita.

MIDIATECA

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RECEPÇÃO


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Materialidades Screen Panel É um produto de uma única pele e que tem a particularidade de poder ser perfurado de acordo a desenhos ou figuras que o próprio arquiteto pode criar, as quais são feitas durante o processo de elaboração do painel mediante tecnologia computacional. Ele foi utilizado nas fachadas que precisariam de um controle de incidência solar, envolvendo o edifício com essa pele solta que funciona, muitas vezes, também como fachada ventilada.

Chapas Perfuradas Chapa perfurada em alumínio com pintura eletrostática na cor preto. Toda a rampa de acesso que parte da rua Mariana Junqueira, atravessa o edifício e leva o pedestre até a rua Tibiriça é confeccionada neste material, que é resistente e ainda permite a passagem de luz natural através de suas perfurações. Isso se repete no piso do corredor de acesso dos sanitários do bloco 1 e nas passarelas que ligam um volume ao outro.

Vidro duplo insulado Todo o edifício é envolto por este vidro que além de garantir a entrada de luz, ele protege da insidência direta da radiação e ameniza o calor no interior da edificação.

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ILUSTRAÇÃO DE UM DOS ESPAÇOS DE LEITURA E ACERVO. Este funciona como uma varanda, afastado do limite da edificação, protegendo o acervo e gerando condições perimetrais de disposição das mesas de estudos, o que agrega valor, pois o usuário usufrui completamente a luz natural que adentra através da pele.

VISTA DO CAFÉ. Este é totalmente integrado com os demais espaços (circulação, auditório, mezanino) possibilitando que o pedestre entre diretamente no café, sem precisar passar por dentro dos outros programas da biblioteca.


CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante da pesquisa desenvolvida e da paixão pela luz natural que enriquece a arquitetura, posso afirmar que a luz natural pode ser trabalhada de infinitas maneiras, pois ela é mutável e diretamente influenciável pelo espaço à sua volta, pelas materialidades utilizadas, pelas estações do ano, pela temperatura, etc. Isso torna-a ainda mais rica. Além dela proporcionar aconchego e disposição quando bem empregada em um ambiente, ela também destaca a arquitetura e a complementa de uma maneira fantástica, enfatizando uns elementos e inibindo outros. Isso reforça ainda mais a teoria do mestre Le Corbusier.

“A arquitetura é o jogo sábio, correto e magnífico dos volumes dispostos sob a luz.” Le Corbusier 54


REFERÊNCIAS BARNABÉ, P.M.M. A Poética da Luz Natural na Obra de Oscar Niemeyer. 2002. 14.f. Artigo científico, Semina: Ciências Humanas e Sociais, Londrina, 2002)

CORBUSIER, L. Por uma arquitetura. 6.ed. PERSPECTIVA, 2011

BARNABÉ, P.M.M. A poética da Luz Natural na obra de Oscar Niemeyer. 1.ed. Londrina: EDUEL, 2008

JORGE, Luis Antônio; Janela; Annablume.

BOGO, A.J. Método para avaliação da admissão de luz natural através de aberturas com elementos de controle solar. 2007. 280.f. Tese de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2007 BRUAND, Yves; Arquitetura Contemporânea no Brasil. CINTRA, M.S. Arquitetura e Luz Natural: a influência da profundidade de ambientes em edificações residenciais. 2011. 158.f. Dissertação de Mestrado Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade de Brasília, 2011)

ESPECIALIZE, Revista Online IPOG. Cuiabá: ed.Cinco. N. 005, Julho 2013 O

desenho

da

MASCARÓ, L. Iluminação e arquitetura: sua evolução através do tempo. Vitruvius, Arquitextos ano 06, 2005. Disponível em: <http://www. vitruvius.com.br/revistas/read/ arquitextos/06.063/438> Acesso em 02 ago. 2014. ROMERO, M.A.B. A luz natural como estratégia de reabilitação. 2007. 16.f. Artigo Revista do Programa de Pesquisa e Pós Graduação da FAU-UnB. Ano 6, n. 3 (agosto 2007) - Brasília, 2007). - ODEBRECHT, Sílvia; Céu interior: poética e racionalidade no espaço arquitetônico do pátio moderno; Edifurb, 2014.

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AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço à Deus Supremo, por iluminar minha vida, guiar meus passos e tornar realidade meus sonhos. Agradeço meus pais por concretizá-los e por serem a base de toda a minha formação. À minha irmã pelo exemplo de determinação. Ao restante da minha família, por estarem presentes nos momentos importantes e compreenderem minha ausência em alguns momentos no decorrer destes 5 anos de estudos. Aos amigos de curso pelas agonias compartilhadas e trabalho em equipe. Agradeço aos professores, que dividiram comigo seus conhecimentos e possibilitaram a minha chegada até aqui. Em especial à Ana Machado Ferraz, minha orientadora, pela paciência e pelo trabalho desenvolvido. Para finalizar, agradeço ao meu amor, Roger Lekich Migotto, por me orientar, me incentivar e me acalmar tantas vezes nessa caminhada, me mostrando que tudo tem uma solução, e que ela sempre está mais próxima do que a gente imagina: dentro de nós mesmos.

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