Suplemento JN - C.M. Maia

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Passadiço dá continuidade ao ecocaminho

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Novas vias e requalificações revolucionam acessos à Maia ma nova via e duas requalificações na antiga Estrada Nacional 13, recentemente inauguradas, alteraram de forma significativa o trânsito automóvel do lado poente da Maia, melhorando a mobilidade dos maiatos e a fluidez do tráfego automóvel. A conclusão da Via Periférica Sul-Poente da Cidade, que liga a rotunda da Sonae à Rotunda do Souto, permitiu construir mais um troço da designada Via Periférica, estabelecendo continuidade aos troços existentes e permitindo melhorar a acessibilidade de empresas de escala nacional à rede viária nacional e aos concelhos vizinhos. Recentemente foi inaugurada, também, a obra de reperfilamento e arranjo urbanístico da Avenida de D. Mendo, à Rotunda da Sonae, na

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Cidade da Maia. Este troço, da antiga EN 13 alberga um importante conjunto de empresas de referência na economia da região e do país. Apesar de continuar a ser uma artéria com muito tráfego automóvel, era uma via desordenada e pouco segura, para os automobilistas e para peões que, cada vez mais, a usavam tendo em conta a proximidade com importantes complexos habitacionais e com o Corredor do rio Leça. A intervenção municipal transformou este troço numa via de verdadeira vocação urbana, com passeios largos e acessos privilegiados às referidas vias pedonais e cicláveis. Já o reordenamento viário da Rua Conselheiro Luís de Magalhães, à rotunda da Urbanização da Quinta do Mosteiro, em Moreira permitiu

eliminar o cruzamento do Padrão de Moreira que, durante décadas constituiu um ponto negro no sistema viário da região. O estrangulamento do trânsito automóvel que dele resultava, em particular nas horas de ponta, representou, durante décadas, a perda de horas para os automobilistas, que se refletia na fatura dos combustíveis e na degradação do ambiente. De acordo com o presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, estas intervenções trazem benefícios não só para o concelho, mas também para os concelhos vizinhos. E coloca a tónica na importância das intervenções pelo seu contributo para a descarbonização da Maia. “Quanto menos tempo se gastar nos engarrafamentos de trânsito, menos combustíveis fósseis serão queimados”, sublinhou. Permite, ainda, desviar da cidade uma parcela importante do trânsito automóvel, porque passam a existir alternativas m ais rápidas. “Vamos beneficiar as populações, a mobilidade vai melhorar, as pessoas vão-se enervar menos no trânsito e a economia vai beneficiar pois os bens e serviços circularão mais rapidamente”, reforçou o autarca. A concretização destas intervenções representa um investimento na ordem dos 5 milhões de euros, sem o valor dos terrenos, que foram sendo adquiridos ao longo do tempo pelo Município. n

ão cerca de 1,2 km de um passadiço, em madeira, que está a ser construído para dar continuidade ao ecocaminho já edificado e circulável. Este troço, que vai permitir a ligação entre as estações de metro de Mandim e do Castêlo da Maia, deverá estar concluído em finais do mês de setembro, representando um investimento superior a 680 mil euros, comparticipados em 85% por fundos comunitários. O Ecocaminho corresponde a um troço da antiga linha ferroviária que ligava a cidade do Porto a Guimarães, estando integrado num percurso mais abrangente. Até à data, tem cerca de 3,3 km, desde o Lugar do Souto, junto à Quinta dos Cónegos, na freguesia da Cidade da Maia, ao antigo apeadeiro de Mandim, na freguesia do Castêlo da Maia. O novo troço, que está a ser construído, perfeitamente integrado na paisagem, vai precisamente ligar a estação de Mandim à Via Eng. Belmiro Mendes de Azevedo. Este projeto integra uma das intervenções previstas no Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS) do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). O projeto visa criar um espaço canal destinado à mobilidade suave quotidiana, de ligação entre polos empregadores, efetuando a ligação entre interfaces de transporte público coletivo de elevada utilização, promovendo a intermodalidade, entre os modos de transporte coletivo público ferroviário ligeiro e rodoviário de passageiros com o modo pedonal e ciclável. A extensão do percurso pedonal e ciclável é realizado em passadiço

de madeira, com uma largura de três metros, que acompanha a linha de metro, cujo traçado garante as condições de segurança com este meio de transporte. É complementado com duas áreas de descanso, com uma largura de cinco metros, que terá bancos e papeleiras em madeira. Pretende-se uma adequabilidade do percurso às ligações diretas a interfaces de transportes promovendo a intermodalidade, dado o facto da bicicleta poder ser transportada em transporte público - o metro. É ainda promovida a interação social com a criação de uma área de estadia e de um espaço de recreio dirigido aos mais pequenos, materializado com um parque infantil, munido de infraestruturas de apoio, nomeadamente de um ponto de água potável, junto da antiga estação ferroviária da Maia. Ao longo do percurso são oferecidas distintas paisagens, onde prevalecem área arborizada, confrontações com logradouro de hortas, a antiga estação ferroviária da Maia e áreas de cultivo. A reconversão deste canal em circuito pedonal/ciclável visa equacionar uma rede de circulação partilhada, de modo suave, tendo como universo de utilizadores o caminhante, o ciclista frequente ao pouco experiente, adultos e crianças. Neste canal é proibido o acesso a veículos motorizados na garantia de assegurar condições de circulação e segurança, privilegiando este canal nos cruzamentos com a rede viária, onde são minimizadas as situações de conflito, dando prioridade aos utilizadores do Ecocaminho, prevalecendo a perceção de segurança e a sensação de conforto. n


FOTOS: IGOR MARTINS / GLOBAL IMAGENS

Melhoria das condições de coexistência dos Modos Suaves já faz caminho na Maia

Descarbonização do território

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roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 define o caminho para atingir a neutralidade carbónica em 2050, identificando os principais vetores de descarbonização em todos os setores da economia, as opções de políticas e medidas e a trajetória de redução de emissões para atingir este fim, em diferentes cenários de desenvolvimento socioeconómico. A Maia fixou como objetivo ser a primeira cidade do país a atingir a neutralidade carbónica. Recentemente deu mais um passo nesse sentido, com a mudança da frota automóvel. Agora possui viaturas ambientalmente mais eficientes, a energia elétrica e híbridas plug-in, que contribuem para uma mobilidade mais ecológica e sustentável, com reduzidas ou nulas emissões de CO2. A medida segue em linha com a visão estratégica do Município

para a sustentabilidade integral do território, que na sua dimensão ambiental, elege como desígnio coletivo da comunidade ser o primeiro território português a atingir a neutralidade carbónica. Aqui, assume destaque o BaZe – laboratório vivo para a descarbonização Living LAB Maia: Net Zero Carbon City). Um laboratório vivo para a descarbonização que é nada mais nada menos do que um espaço de teste, demonstração e apropriação de soluções tecnológicas integradas em contexto real que promovam a descarbonização da vivência em cidades, através da integração de soluções em domínios como os transportes e mobilidade, eficiência energética em edifícios, serviços ambientais inovadores e promoção da economia circular, numa lógica de interação entre o município, os centros de conhecimento, as empresas, as indústrias e os cidadãos. n

Mobilidade sustentável, inclusiva e segura

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Avenida António Santos Leite, no Núcleo Urbano da Maia

os centros urbanos das freguesias de Águas Santas, Castêlo da Maia e Cidade da Maia já é possível beneficiar de modos suaves, entenda-se, meios de deslocação e transporte de baixa velocidade com reduzido impacto na via pública. São meios que produzem pouco ruído, necessitam de pouco espaço e não emitem gases poluentes para a atmosfera –, podendo traduzir-se em andar a pé ou na deslocação com recurso a equipamentos como bicicletas, patins, skates, trotinetes e outros meios similares. No contexto da gestão da mobilidade nas cidades contemporâneas, a caracterização das deslocações em modos suaves é uma etapa relevante de análise do território. Com centros urbanos cada vez mais saturados de veículos automóveis, cujo aumento ao longo dos anos tem vindo a agravar a poluição sonora e atmosférica e, também, a congestionar o espaço de circulação e estacionamento, o modo pedonal e o modo ciclá-

vel surgem como alternativa realista ao automóvel para deslocações de curta distância, apresentando uma mais-valia económica, social e ambiental. E é este o caminho que a Maia está já a fazer para tornar o Município mais preparado e competitivo perante os desafios do futuro, em domínios como a digitalização e descarbonização do território, a mobilidade sustentável, inclusiva, segura, justa e respeitadora do ambiente, a adaptação e mitigação dos impactos das alterações climáticas e a demografia. A ideia passa por apostar nos modos suaves de mobilidade enquanto fator decisivo para a adoção de um estilo de vida saudável. “O paradigma que queremos para os nossos centros urbanos é o do primado do transeunte que caminha a pé ou utiliza meios de transporte com zero impacto carbónico, como a bicicleta ou a trotinete, concedendo também a devida atenção aos transportes públicos coletivos intermodais”, sublinha o presidente da Câmara Municipal da Maia. n


Requalificação do espaço pedonal e ciclável em áreas urbanas do concelho NÚCLEO URBANO DO CASTÊLO DA MAIA d Concluído Rua Vilarinho de Baixo Rua do Prof. Elísio de Moura Rua Velha de Mandim Rua Prof. Lafayete Rodrigues Vieira de Castro 1 Em curso Rua Central de Mandim Rua de Avioso Rua da Igreja Rua da Prof. Idalina São Quelhas Rua Serafim Cruz Avenida de Carlos Oliveira Campos Rua Bernardino Machado Via Diagonal Rua de Augusto de Nogueira da Silva

NÚCLEO URBANO DA MAIA Ciclovia da Pícua, no Núcleo Urbano de Águas Santas

Plano Mobilidade Sustentável

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uando falamos em segurança, a entrada em vigor do Plano Municipal de Segurança Rodoviária, datado de 2011, já permitiu implementar ações de melhoria, que reduziram a sinistralidade rodoviária do concelho da Maia. A edilidade assume que, atualmente, “o concelho não possui pontos negros”. Ainda existem alguns pontos de conflito, mas que têm vindo a ser minimizados com as várias requalificações de arruamentos e as obras efetuadas para a promoção dos modos suaves, “o que tem vindo a tornar esse problema tendencialmente residual”, ressalva António Silva Tiago. Já o Plano de Mobilidade Sustentável da autarquia, datado de 2013 e revisto em 2021, estabelece a estratégia global de intervenção em matéria de organização das acessibilidades e gestão da mobilidade, definindo um conjunto de propostas que contribuem para a implementação e promoção de um modelo de mobilidade mais sustentável. O plano pretende ser um indutor de uma maior coesão

social, compatível com o desenvolvimento económico e orientado para a proteção do ambiente e eficiência energética. Com a sua implementação, o Município pretende a recuperação da função de rua e da identidade local; a recuperação da sociabilidade urbana; a valorização da mobilidade suave no espaço-canal; a valorização do conceito de unidades de vizinhança; a adoção de medidas de acalmia de tráfego e a adoção de Z30 e Zonas de Coexistência Multimodal. “Estamos a fazer todo um

Rua de Lafayete Rodrigues Vieira de Castro, no Núcleo Urbano do Castêlo da Maia

caminho rumo a uma mobilidade inclusiva, mais segura e sustentável”, afiança António Silva Tiago. No âmbito do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável, a Câmara Municipal tem vindo a reduzir os limites de velocidade em vários locais do Concelho, sendo que esta questão se intensificou com as recentes obras executadas e em curso de promoção dos modos suaves. Nesta fase, já foram intervencionados vários arruamentos nos núcleos urbanos das freguesias de Águas Santas, Castêlo da Maia e Cidade da Maia. Em alguns casos, depois da conclusão da empreitada, foram fixados os limites de velocidade nos 30 km/ e nos 20 km/h em zonas de coexistência. Nesses núcleos urbanos estão em execução várias empreitadas para implementação de limites de velocidade, nomeadamente na freguesia de Águas Santas, onde decorrem obras em quatro arruamentos, na do Castêlo da Maia em nove e na Cidade da Maia em 13. “Na Maia queremos revolucionar a mobilidade dos maiatos e das maiatas”, confessa Silva Tiago. n

d Concluído Rua António Sérgio Avenida do Novo Rumo Avenida Vasco da Gama Rua António Joaquim da Silva Avenida António Santos Leite Rua António Oliveira Braga Rua Gil Vicente Avenida Dom Manuel II Rua Eng.º Duarte Pacheco Avenida Luís de Camões Avenida de D. Mendo Avenida Eng.º António Bragança Fernandes, autarca 1 Em curso Avenida Padre Manuel Alves Rego Rua de São Romão Rua Nova dos Altos Rua dos Altos

NÚCLEO URBANO DE ÁGUAS SANTAS d Concluído Rua do Dr. Mário Cal Brandão Rua da Piedade Ciclovia da Pícua Rua de Manuel Francisco de Araújo Av. de D. António Ferreira Gomes Rua do Calvário Rua do Monte 1 Em curso Travessa do Monte Rua de Alexandre Herculano Travessa Nova de Corim Rua Nova de Corim


C

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MUNICÍPIO - CM-MAIA.PT


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