Almanautica 25

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ALMANÁUTICA

PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO!

Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar – Ano V – nº 25 – julho/agosto 2016

www.almanautica.com.br ISSN: 23577800 25

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Leia nesta edição:

Almanáutica inova com assinatura “Pague Quanto Quiser” Um rating para todas as Classes largarem juntas Nova Golden Globe tem brasileiro Nova coluna de Nelson Mattos Filho: Memórias do Avoante ! O veleiro que virou biblioteca E mais De Cabedelo a Natal de Laser Competições pelo Brasil Cozinha, Mergulho, Passatempo


ALMANÁUTICA

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EDITORIAL

Panem et circenses

O

governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, decretou em junho, faltando pouco mais de um mês para os Jogos Olímpicos, estado de calamidade pública por conta da alta dívida do estado. Um dos motivos apontados pelo governo para optar pela medida é que a crise impede o estado de honrar os compromissos com os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Motivos? Queda no preço do petróleo que custava 105 dólares o barril em 2013 e, hoje 50 dólares, e a consequentemente arrecadação de royalties, além da crise do setor petrolífero devido ao escândalo de corrupção da Petrobras (diminuição na arrecadação de ICMS), e “falhas na administração das contas públicas”. Nessa última conta, podemos colocar ainda o “legado” da Copa do Mundo: Só a reforma do Maracanã custou cerca de 1,2 bilhão ao estado do Rio. Pelo decreto de calamidade, o estado deve receber 2,9 bilhões do governo federal. Percebeu o custo só desse estádio? No Brasil é assim: Políticos de todas as esferas tem a primazia de fazer literalmente o que quiserem com o nosso dinheiro suado sem qualquer punição. Enterram milhões em estádios na Amazônia, somem com outros milhões a título de despoluição, administram de qualquer maneira e não precisam responder por isso, simplesmente empurram a conta para frente. Promovem nossa vergonha no exterior, e ainda posam de vítimas ou salvadores da pátria às vésperas do maior acontecimento esportivo mundial. Pão e circo no melhor estilo romano. E já que o pão está caro, resta-nos o circo. Mas nem o lado do picadeiro podemos escolher pois agora somos apenas um bando de palhaços a esperar o final desse triste espetáculo. Vamos torcer por nossos atletas que sem dúvida, são heróis e merecem nosso aplauso. Mas o gostinho amargo do dia seguinte, esse vai ficar por um bom tempo...

Murillo NOVAES Estruturas Infras

Olá querido leitor de alma náutica. Mais uma vez cá estamos do outro lado das letrinhas pensando no tema de nossa humilde missiva vélica lançada ao éter por este veículo jornalístico. Bem, crônicas e colunas sobre o quanto é duro escrever crônicas e colunas não faltam. Aquela velha história da pagina em branco e tudo mais. No entanto, desde de manhã um assunto me assalta (calma não é o tipo de assalto a que estamos acostumados em tempos de Lava-Jato): a nossa praticamente inexistente infraestrutura náutica. Talvez o amigo não saiba, mas meu coração, vagando solitário na enseada do Forno, em Arraial do Cabo, pousou quase que por acaso, entre mexilhões ao bafo e coquilles Saint Jacques colhidos na hora, no restaurante flutuante que ali se encontra, no colo de uma gringa de sobrenome Bielikova e apelido Zuzi. Nosso tradicional velejo de Cabo Frio para lá, no Mahana Maa, um Albatroz 26 do amigo Edu Ferreira, acabou nos levando à mesa de três eslovacas que faziam turismo extemporâneo num dia qualquer naquele arraial fora de temporada àquela altura. Foi amor à primeira vista! Talvez à segunda, vai lá... Claro que o inglês e português bem falado da minha futura mulher e sua simpatia e beleza contribuíram muito também! O fato é que não fosse aquele flutuante apoitado no Forno e nosso rebento eslavo-cabofriense nem teria vindo ao mundo. Seria uma lástima, pois com toda a isenção profissional posso afirmar que Isabelinha é o bebê mais lindo do universo. E sua vida se deve, de certa maneira, àquela prosaica infraestrutura náutica presente ali naquele momento. Pus-me a divagar. Quantos e quão dolorosos degraus burocráticos nosso amigo Bruno, o sempre Ricardo Amatucci - Editor simpático dono do restaurante e fazendeiro

marítimo, teve que escalar para ter seu negócio funcionando sobre as águas? Quantos mais devem ter tentando em vão neste imenso litoral brasileiro? A verdade é que, por algum motivo irracional, a cultura nacional vê em qualquer tipo de infraestrutura náutica uma ameaça terrível ao meio ambiente e uma desnecessidade econômica absurda. Desde um simples píer, passando por rampas, enrocamentos, marinas, etc., tudo que e refere ao uso de embarcações tem no Brasil uma oposição ferrenha, quase demoníaca, do poder público e seus entes responsáveis. Por que isso? Em primeiro lugar, claro, está a falta de cultura náutica do país. Isso, acrescido pela secular pobreza da nação, que sempre usou muito pouco as embarcações de lazer e as associou a uns poucos privilegiados e milionários que supostamente não precisariam de nada do Estado só piora as coisas. Lógico que é uma visão distorcida da realidade e que impede, isso sim, que nossas indústrias do turismo e do lazer embarcado se desenvolvam e gerem as riquezas e empregos tão necessários ao nosso Brasil neste século 21. Quantos bilhões de reais seriam movimentados na nossa costa e águas interiores se houvesse um mínimo de equipamentos adequados? Se houvesse um mínimo de incentivo a estas atividades econômicas? A Croácia, outrora enclausurada atrás da cortina de ferro iugoslava, em duas décadas se tornou um dos destinos náuticos mais conhecidos do mundo e suas marinas, operadoras de charter, lojas, restaurantes, pousadas, hotéis, oficinas de manutenção, estaleiros e outras atividades correlatas representam hoje parte expressiva do PIB daquele país. Dubai, que era uma imensidão desértica perdida numa esquina distante do planeta, com suas belezas “naturais” totalmente artificiais, construídas nas águas do golfo Pérsico, inteligentemente percebeu, há anos, que o futuro não é o petróleo, mas sim o turismo, as finanças e a cultura. E nós, heróicos habitantes de Pindorama? Bem, nós já temos as bele-

Crônicas Flutuantes

zas naturais, temos a cultura e, apesar dos pesares, com todo o desgoverno e descaminho, temos até as finanças. Nos falta vontade e boa vontade. Os eco-chatos, que no caso das águas, na maioria das vezes são apenas eco-ignorantes mesmo, não percebem que é o uso, correto, monitorado e sustentável, que vai preservar os ecossistemas? Que marinas modernas e enrocamentos se transformam em berçários naturais e recifes artificiais? Que é a indústria náutica pesada e comercial a que mais destrói e menos preserva e, curiosamente, é a que ainda consegue obter licenças e se expandir? E nossos governantes algum dia vão se tocar que estamos em um país tropical e ao contrário de mimetizar cafonamente os primos ricos do norte em terra e construir verdadeiras estufas envidraçadas para gastar fortunas em condicionamento de ar, como no aeroporto Santos Dumont, por exemplo, seria melhor imitá-los na infraestrutura aquática e de verão, no transporte aquaviário (até mesmo de massa) e no lazer náutico? Lars Grael costuma citar uma estatística acachapante. Apenas na região de Miami/Fort Lauderdale, na Flórida, há quase uma centena de pontes levadiças (adequadas ao tráfego de embarcações) enquanto no Brasil inteiro há apenas duas e só uma funciona. Triste!... Bem, eu estava visitando os sogros em Bratislava no mês passado e meu cunhado, que é velejador (Deus é perfeito!!), me levou para dar uns bordos em um lago na Áustria, a meia hora do centro da capital eslovaca, na tríplice fronteira com a Hungria. Pois bem, o tal Neusiedler See é um lago barrento de profundidade média de 1,6m. A velejada foi ótima, claro! Sempre é! Mas o fato é que naquele lago austríaco de águas turvas e onde metade do ano é um frio congelante, nas diversas marinas ao redor, havia provavelmente mais veleiros que sudeste brasileiro inteiro. Sem falar nas rampas, guindastes, píeres, instalações, etc. Deu uma certa inveja! Murillo Novaes é jornalista especializado em náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com

Coluna do escritor José Paulo de Paula

Zica

Barquinho lindo aquele. Madeiras?, só de lei... era o quê havia. Feito no estaleirinho à beira d’águas do Mediterrâneo, mar de histórias. Um capricho só. Interior em pinho de Riga a rescender ainda das resinas. Os dois amigos, franceses, carregados de sonhos, praticamente não esqueceram detalhe que fosse. Partiram à boca do outono, almejando estar alhures desconhecidos sem se importarem com tempos e distâncias. Primeira aterragem? Brasil. O CARPEDIEN velejava célere, absolutamente dentro do estudado. Já sentiam o paladar do limão espremido na pinga e o aroma das mulatas ondulantes ao som de bumbos e pandeiros quando uma retranca voluntariosa leva a nocaute definitivo um deles, reduzindo à metade a tripulação. O resto da travessia, tenebrosa, durou ainda três pares de dias. Em Terra brasilis, como estabelece o praxe (o praxe, nesse caso específico, é uma entidade extra dimensional que, vez ou outra, pode levar certas pessoas à loucura), os trâmites não foram

dos mais fáceis; dificuldade com o idioma, papelada, pequenos subornos e outras coisinhas mais. Com o defunto retornado à pátria, o amigo restante vende, a preço de banana (da época, não atual) o querido barquinho tão dura e carinhosamente construído e viaja para nunca mais se ter noticias dele. O comprador, soteropolitano da gema, cheio de coragens e ideias, parte, a lá Cabeça de Vaca, no barco agora chamado ÓXENTE, a singrar por rios e igarapés tupiniquins. Ano seguinte vamos encontra-lo delirante, prostrado numa maca remendada e suja de um postinho duma cidadezinha qualquer. Malária, falsiparun! Cepa das brabas, de maneira que foi, o bom baiano, precocemente ter com seus ancestrais, sendo que, após o acontecido, pouco ou nada se ouviu falar a respeito... ali ou em qualquer outro lugar. O veleirinho quedou-se esquecido em quietas e doces águas até a passagem dum fulano vindo de suis maravilhosos. Conhecedor de assuntos náuticos, o indivíduo logo apercebeu-se da

qualidade do objeto flutuante e fez por não sair dali sem vê-lo colocado em cima de um Feneme (observe-se que eram realmente outras épocas) rumo a águas mais meridionais. Dada a qualidade da construção pouco havia a ser feito, a não ser, trocar cabos, acrescentar modernidades como Satinav, enroladores e... um motor! O escolhido foi um velho engenho de marca raspada movido a gasolina e partida dada à ação de manivelas. Novo rebatismo, e o barquinho singrou novamente pelo sal sob a graça de LABAREDA. É possível, para aficionados, que deuses e demônios castiguem, porquanto, o que segue, é de difícil compreensão e verossimilhança. O sulista, matrimoniado com senhora de poucos trato e racionalidade, vez que outra, arriscava-se ao pular de cercas. Agora, então, com o barco, as escapadelas seriam acrescidas em emoções. A moça em questão a ser embarcada no LABAREDA, filha de ricaço industrial conhecido de imprensas várias, teve que ter sua segurança particular

driblada em manobras espetaculares que não veem ao caso – àquelas épocas mentir talvez fosse mais fácil que em dias de hoje, posto que ainda não se dera à luz a Sérgio, vulgo Moro. As Ilhas, ali por perto, era o destino para duas noites de bons vinhos, bons quitutes, romance e... Tudo acontecido dentro dos conformes. Dia de retorno, feliz, nosso protagonista, após verificação rápida de equipagens, saca da manivela ignícola sem, todavia, perceber o cheiro da gasolina cujo vapor se acumulara nas catacumbas do LABAREDA. Uma... duas... três voltas, descompressor solto e... A labareda, dito por pescadores dos arredores, pôde ser vista quase à altura da cruzeta do mastro. Os corpos, carbonizados, apenas foram identificados pelas arcadas dentárias... que pareciam sorrir. Pouco ou nada se comentou a respeito. José Paulo é biólogo, artista plástico, capitão amador, violeiro, cervejeiro artesanal e autor dos livros “É proibido morar em barco” e “Divã Náutico” que podem ser encomendados em zepearte@gmail.com


Umas e Outras

Histórias de um navegante im pre ciso

a lio Vian Por Hé

Nao é uma, nem duas, nem três... pode ser cinco!

O navegador baiano Aleixo Belov já fez três voltas ao mundo em solitário. Depois construiu o veleiro-escola Fraternidade e deu mais uma, dessa vez com alunos. Na volta, irrequieto do jeito que é, juntou uma tripulação de amigos e foi até a Antártica. Agora, aos 73 anos e recém-separado, o amigo de priscas eras falou com exclusividade para o Almanáutica. Como é dar quatro na sua idade? Risos, “repare bem, eu fiz quatro voltas ao mundo sempre pelos trópicos, depois resolvi navegar pelo Sul e agora falta ir para o Norte. Quero ir ao Alasca, para energizar, sentir o sabor, respirar os ventos que sopram no Norte. O plano é sair no máximo em novembro, subir para o Caribe, atravessar o Canal do Panamá, passar pelas Galápagos e Marquesas para chegar ao Havaí em maio. A partir de junho faço as ilhas Aleutas, a região do Alasca, do Canadá e da costa dos Estados Unidos. Minha intenção não é invernar, quero a época boa, o verão, andar de trenó puxado por cachorros”. Então está pintando a 5ª circum-navegação? “Provavelmente, porque estou um pouco zangado com o Criador, que fez o Planeta Terra tão pequeno, que num instante uma volta ao mundo acaba. Ele poderia ter criado o mundo um pouco maior, ou então nasci no Planeta errado”. Haverá vagas para alunos? “Sim, se continuar na volta ao mundo sempre terei duas vagas para alunos, gosto de dar oportunidade para a juventude. Se eu tivesse tido a chance que dei ao pessoal que viajou comigo, teria avançado muito mais rapidamente. Mas não me queixo não, fui devagar, mas cheguei longe”. Quais são os pré-requisitos? “Esta viagem não vai ser simples, vai ser dura. O cara que sabe tudo não me interessa, quero gente jovem, que já tenha feito alguma coisa e tenha potencial para crescer. Tem que gostar do mar”. Atenção interessados, o e-mail é aleixo@belov.com.br, mas cuidado! Aleixo não gosta de “gente que mente muito no currículo”.

Recentemente Aleixo navegou com Oleg Belly, trazendo o Kotic de Port Stanley, nas Malvinas, até Carmelo, no Uruguai. Quinze dias depois Oleg faleceu. “Nós programamos, há mais de um ano, fazermos esta viagem juntos. Seria com os dois barcos, o Fraternidade e o Kotic. A última frase que Oleg me disse, quando me despedi dele, já muito doente, foi que ´seria tão bom se a gente pudesse se encontrar no Alasca´, mas ele sabia que não conseguiria. Perdi meu guru, meu grande amigo. Fiquei muito triste, ele me faz uma falta imensa, porque aprendi muito com ele, que continuava tendo muito a ensinar, não só a mim, como a muita gente. Eu fiquei órfão”. Hélio Viana é cruzeirista de carteirinha, mora a bordo do MaraCatu, leva a vida ao sabor dos ventos e mantém o maracatublog.com

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Eduardo Sylvestre Cordão de Segurança do motor de popa: Será que realmente é importante? Gostaria de começar esta pauta fazendo a seguinte pergunta, e gostaria de sua sincera reflexão e resposta: Quantas vezes você usou o cordão de segurança atado ao seu próprio corpo ao conduzir um bote de borracha ou mesmo em uma lancha ao acompanhar um veleiro ou simplesmente ao sair para dar um passeio? Como sabemos o uso do cordão de segurança em motores de popa é material obrigatório pela Marinha do Brasil e questão de prova para quem vai tirar a carteira de arrais amador. Tenho dado aulas de navegação (Arrais e Mestre) a mais de 20 anos e treinado técnicos de vela e instrutores no Brasil e ao redor do mundo, e a questão do “cordão de Segurança” sempre é uma surpresa pra mim, pois mesmo sabendo que é obrigatório, que é fundamental para a segurança do piloto e de outras pessoas, vejo uma grande resistência ao uso deste importante artefato de segurança pela ampla maioria de usuários deste tipo de embarcação. Neste ano de 2016 estive ministrando 6 cursos para técnicos de vela ( Brasil, Panamá, Uruguai, Peru, Bahrain, África do Sul) em 4 destes cursos ouvi depoimentos e conversei com pessoas que sofreram acidentes graves no ultimo ano devido a este problema. A World Sailing (Federação internacional de vela) proíbe qualquer de seus treinadores, eu inclusive, de pilotar uma embarcação sem este cordão de segurança. Em todos os nossos cursos passamos mais de 1 hora falando apenas sobre este tema. A RYA, federação de vela inglesa, fez uma recente pesquisa naquele país, após um trágico acidente onde morreram 2 pessoas (pai e filha) que poderiam ter sido salvas se o piloto estivesse com o cabo de ignição do motor preso ao seu corpo. Nessa pesquisa descobriu-se que 65% das pessoas entrevistadas não usam nem portam o cordão de segurança ao pilotar seu bote ou lancha, e que 30% declaravam que usavam, porém deixava o cordão prezo na própria chave ou no próprio manete do motor de popa. Pela simples conta vemos que

apenas 5% usam este importante item de segurança preso ao próprio corpo, ou seja, caso o piloto caia na agua a ignição é cortada, parando o motor. Tenho uma coleção de fotos e filmes mostrando pessoas cortadas pelo meio pela hélice do bote, pessoas sem braço, com cicatrizes através do corpo simplesmente por ignorar este cabinho vermelho que custa menos de 20 reais em qualquer loja náutica.

Em minhas aulas de segurança sempre mostro um vídeo que se tornou viral na internet onde 2 salva-vidas da Africa do Sul vão socorrer um surfista e ao passar pela primeira onda, o piloto do bote cai na agua e em seguida, devido ao descontrole da embarcação o segundo tripulante cai na agua também. O bote fica dando voltas em alta velocidade e saltando como um cavalo bravo em um rodeio, enquanto os salva-vidas tentam irresponsavelmente voltar para a embarcação sem sucesso. O bote finalmente encalha na praia depois de 2 minutos de pânico total. Felizmente neste episódio insólito ninguém se machucou. Já no Peru no meio do ano passado um treinador “experiente” de Optmist ao dar um treino, se desequilibrou do bote e caiu na agua, porém o bote passou por cima dele abrindo seu abdômen. Não morreu, mas foi por pouco. Pude ver com meus olhos as

cicatrizes deixadas por esta imprudência. Histórias como estas estão cheias no nosso meio. O problema é que nunca achamos que pode acontecer conosco, no nosso clube ou com nossos alunos ou atletas. Outra situação importante é testar seu motor retirando o cabo de segurança para

ver se este corta a ignição. Um problema muito comum é que devido ao não uso deste artefato, muitos mecânicos irresponsáveis desabilitam este sistema. É importante você testar o sistema antes de sair para agua. Hoje em dia com tantos pais e treinadores acompanhando velejadores na agua, é fundamental primar para a segurança de todos, pois por qualquer descuido ou imprevisto não estamos imunes de cair na agua. Então cheque o cordão de segurança de sua embarcação e não entre nesta lista tenebrosa de imprudência, use o cabo de segurança, use seu colete salva vidas, dê o exemplo. Navegar é bom demais, mas precisamos estar atentos e ser prudentes. Eduardo Sylvestre é Diretor do Programa de Desenvolvimento da CBVela, Expert da ISAF, técnico nível 3 da USSailing e ISAF World Youth Sailing Lead Coach.

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Seguindo as novas tendências da Europa e Estados Unidos, o chamado PWYW (Pay What You Want), o AlmanáuA partir do valor mínimo de R$45 reais você pode escolher quanto tica dá ao seu leitor a oportunidade de avaliar o quanto quer quiser: R$50, 60, 70, 90, 120... pagar pelo seu serviço de assinatura. Gostou? Entre em contato e faça agora sua assinatura. E pague O quanto você acha importante e o que cabe no seu o quanto quiser! orçamento. Mande um email para falecom@almanautica.com.br com sua Funciona assim: Em alguns casos de PWYW – como na proposta de valor e solicite um boleto ou dados para depósito! proposta do Almanáutica – existe um valor mínimo praticado Almanáutica: Jornalista Responsável: Paulo Gorab Editor: Jornalista Ricardo Amatucci MTB 79742/SP ISSN: 23577800/25 Jornal bimestral, com distribuição nacional

Ano 05, número 25 julho/agosto de 2016 Depto. Jurídico: Dra. Diana Melchheier Contato: falecom@almanautica.com.br Almanáutica é uma marca registrada. Proibida a reprodução total ou parcial. Visite nosso site: www.almanautica.com.br

Foto da capa: De Ricardo Amatucci, mostra os veleiros particiantes da REFENO ancorados no portinho, em Noronha


ALMANÁUTICA

4 A Bordo

Aratu Maragojipe 2016 Tem início no dia 19 de agosto, com uma grande cerimônia de abertura a 47ª edição da Regata Aratu-Maragojipe. A sede do Aratu Iate Clube espera um público estimado em 1.200 pessoas, entre autoridades, velejadores e público, na festa que já é tradição no Clube, na véspera da largada. A competição será no sábado, dia 20 de agosto, com três largadas para as diversas classes inscritas, a partir das 10 horas da manhã, na raia montada entre o Farolete da Base Naval de Aratu e Ilha de Maré.

A regata nasceu no ano de 1969 com a denominação de “Regata de São Bartolomeu”, em homenagem ao Santo padroeiro da cidade de Maragojipe. Nas primeiras edições do evento a grande maioria das embarcações participantes era composta pelos tradicionais saveiros, muito comuns e numerosos na época. Decorridos os anos, os modernos Veleiros de Oceano passaram a ser os protagonistas, distribuídos em mais de vinte classes. Os tradicionais “Saveiros de Vela de Içar”, hoje em extinção, também dão grande beleza ao evento. A 47ª Regata Aratu-Maragojipe é uma realização do Aratu Iate Clube, em parceria com a Via Náutica Consultoria & Eventos, empresa coordenadora do evento e tem o Patrocínio Master da Bahiatursa / Governo da Bahia. A expectativa é reunir cerca de 300 embarcações, entre veleiros de oceano, saveiros e escunas a vela. Participam mais de 1.500 tripulantes, o que faz dela um dos maiores eventos náuticos da América Latina. As inscrições são feitas exclusivamente pelo site www.aratumaragojipe.com.br Contatos: Via Náutica Consultoria & Eventos com Marcelo Fróes (71) 99912-4126 ou pelo email vianautica.nautica@yahoo.com.br A Bordo vai ao ar todos os domingos das 10h às 11h pela Metrópole FM de Salvador: metro1.com.br Baixe o app e ouça em qualquer lugar!

regata

Um rating para todos!

Nessa matéria especial, apresentamos uma ideia a ser copiada e divulgada: Um rating desenvolvido para que todas as Classes possam fazer uma regata mais alegre, onde todos largam juntos e saem bonitos na foto, independentemente do tamanho, deslocamento e área vélica. Tudo junto e misturado! Laser e Oceano, Optimist e Star: Agora organizar uma regata vai ser festa! José Eduardo Ribeiro da Costa (56), o Dudu, começou a velejar em 2001 a partir de um curso com um veleiro cabinado de 16 pés. Associado do Clube ASBAC, da Guarapiranga, começou a participar de regatinhas entre amigos promovidas pelo clube. Regularmente o ASBAC promovia regatas abertas a todos os associados e amigos a “Taça ASBAC”, campeonato com etapas mensais, duração anual e que contou com 12 edições. Na época os barcos eram divididos em três categorias: G1 - barcos cabinados de até 16 pés (Marreco, Boto Tahiti); G2 - barcos mais lentos e de cruzeiro como Gaivota 23, Atoll 23, Brasília 23, Brasília 27 e Velamar 27; e o grupo G3 dos barcos rápidos como Fast 23, Dudu a bordo de Ranger 22, Velamar 22. Mas quando Dudu seu 27 pés no Clube trocou seu 16 pés por um 27, ele começou a ASBAC: “propus um perceber que nos grupos que tinham barcos sistema de correção” heterogêneos como a G2 e a G3, os mesmos barcos eram sempre os vencedores. Havia portanto uma diferença intrínseca de desempenho, sendo que a separação de categorias: G1, G2 e G3 não era suficiente para promover uma disputa equilibrada... “Pela minha formação em exatas (sou Matemático formado no IME-USP) tenho facilidade em lidar com números e formulas, comecei então a propor um sistema de correção de tempos, que foi aceito pelo membros do clube”, explica Eduardo. “Era um sistema rudimentar de correção de tempos, os índices eram considerados em cada barco pela razão de seu deslocamento pela área vélica com alguns ajustes manuais devido às experiências empíricas após as regatas”, disse. Com o tempo, a Taça ASBAC começou a juntar seus eventos com outros clubes, Todas as Classes largando juntas: Rating pra fazer a festa começando com o Itaupú e depois com os demais clubes Castelo, Yacht Club Pau- ratio) que classifica os barcos em Pesado/ vista uma formula padrão de calculo para lista e São Paulo, com a adição de uma Médio/Leve/Ultra Leve; * Penalização se- determinar os TFMAA. Os números atestam o sucesso: Na anvariedade enorme de classes ainda mais gundo a razão (área vélica por deslocaheterogêneas como os catamarãs HC14, mento) (S/D ratio) é um fator que indica a tiga Taça ASBAC participavam no máximo HC16, Tornado, A_Class, e monotipos. Era agilidade do barco em ventos fracos e os 20 barcos em cada etapa. No formato atuimperativo a construção de um sistema uni- classifica em Cruzeiro/Cruzeiro-Regata/ al, com vários clubes, 60 barcos vão para ficado para esse novo público do já então Regata/Super Regata; * Os cálculos são a raia. O objetivo do sistema do Rating unificabatizado Circuito Guarapiranga. Um siste- feitos sempre com as medidas fornecidas do é promover uma competição justa entre ma que dispensasse a medição individual pelo fabricante do barco/modelo; de cada barco, uma premissa que mantém Os barcos que já possuem medição RGS barcos heterogêneos. Em todos os sisteemitida por entidade oficial, utilizam o Ra- mas de correção de tempo há problemas os custos baixos. Assim, a G1 permaneceu com os cabina- ting (TFMAA) próprio de seu barco, mas e reclamações. A comissão técnica do Cirdos de 16 pés. As antigas G2 e G3 foram aos iniciantes é atribuído um rating confor- cuito Guarapiranga analisa continuamente fundidas na atual G2, e mais duas catego- me a classe/modelo de seu barco, sem a os resultados à procura de discrepâncias, vícios ou favorecimentos a uma determinarias foram criadas, a G3 dos catamarãs e obrigatoriedade de medição oficial. Os Ratings dos barcos multicascos foram da classe ou barco e procura corrigir esses multicascos, e a G4 dos monotipos. “Nessa fase iniciei um estudo aprofundado do sis- calculados baseando na formula do Siste- desvios. “Já pensamos em aplicar fatores de cortema RGS, que tem muita aceitação junto ma Portsmouth, que com um fator de nivereção para barcos sub ou sobre-tripulados, aos velejadores de oceano”, conta Dudu. lamento, se adequa ao RGS. No Circuito Guarapiranga há uma co- fatores de correção para a intensidade do Originalmente o sistema RGS não seria adequado à represa porque para barcos de missão técnica que conta com membros de vento em cada etapa (como utilizado no menor porte os Ratings ficariam igualados. todos os clubes e de todas as categorias sistema Portsmouth), mas até o momento Mas com algumas adaptações nas formulas integrantes do circuito: Sergio Utagawa – foram consideradas sofisticações desnecespara adequar o sistema RGS aos barcos e Castelo, Arari - ASBAC; Rodolfo Menjou sárias. Quem sabe no futuro? A comissão às classes típicas da represa, chegou-se a - Itaupu; Roberto Fontes – São Paulo; Al- está sempre aberta à críticas e sugestões uma formula que calcula o TFMAA (Rating) berto Hackerott - YCP, entre outros cola- dos velejadores e das classes interessade cada barco conforme as medidas de boradores. Semestralmente há uma reunião das”, completa Dudu. Quer copiar na sua fábrica de cada classe/modelo. As adap- para avaliação e possível modificação dos região para fazer regatas com diferentes tações à RGS são: * Considerar no cál- ratings. Nesta ocasião se verificam os re- classes largando ao mesmo tempo? culo os Ratings abaixo de 16 pés ao invés sultados obtidos no semestre anterior e se No site do Almanáutica (na aba downloads) igualá-lo; * Penalização dos barcos segun- avalia a adequação dos valores e do sis- você pode baixar o rating desenvolvido por do a razão (deslocamento por LOA) (D/L tema de rating vigente, tendo sempre em essa turma e organizar sua regata!


Salvador - BA

Yacht Clube da Bahia: Valorizando as competições de Dingue e HC16

Porto Alegre - RS

Warm Up Aconteceu em junho no Yacht Clube da Bahia, o Warm Up Torneio de Inverno para as Classes Dingue e HC16. O tempo estava bom e os ventos fracos, fazendo com que os barcos tivessem que se empenhar bastante para conseguirem velejar com velocidade. Para se ter uma ideia, a eminência da chegada de uma frente fria fez com que os ventos variassem de 200° para 120° no seu ângulo, dificultando as táticas estabeçecidas para a regata.

Brasília - DF

Ele&Ela em Brasília

No início de junho foi realizada a Regata Ele & Ela em Brasília, com largada no Iate Clube de Brasília e chegada no Clube Cota Mil. O vento não colaborou: Rondado e poiuco... Mesmo assim 19 casais deram a largada em seus veleiros e 11 completaram as mais de 3 horas de regata embaixo de um sol quente. Fita azul foi o Pakato. Depois que o último barco cruzou a linha, foi realizada uma festa de confraternização e entrega de prêmios no Cota Mil Iate Clube. RGS / Regata A 1º – PAKATO 2º – OBATALÁ RGS / Regata B 1º – ROCKET II 2º – CIRRUS 3º – ROBIN HOOD Flotilha / Fast 230 1º – CUTTY SARK 2º – AEOLUS 3º – PRADO Flotilha / Ranger 22 1º – TRE-LE-LE 2º – TEKINFIM 3º – KAUAI

Match Race gaúcho

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Alto rendimento no Veleiros do Sul A equipe Moreira, formada por Augusto Moreira, Marília Bassoa e Marcelo Gallicchio foi a vencedora da Copa Elliott 6M disputada no Veleiros do Sul. Em segundo lugar ficou a equipe Goldmeier, com Vilnei Goldmeier, Frederico Sidou e Michele Oliveira. A Copa teve cinco regatas e a Regata da Medalha, com pontuação dobrada. As quatro equipes participaram da disputa final, mas para Moreira e Goldmeier estava valendo a briga pelo título. A arbitragem foi feita na água pelo velejador Geison Mendes, que também contribuição na preparação dos barcos. No final da Copa foi realizada a entrega de prêmios. Os barcos utilizados no evento foram da classe Elliott 6m que integrou o programa da vela na Olimpíada de Londres em 2012 para mulheres na modalidade de regata de Match Race. O Veleiros do Sul é o único clube no Brasil que possui uma flotilha de Elliott 6M, projeto australiano, tornando-se núcleo nacional de alto rendimento de Match Race.

Classificação final Pequim - 1º Augusto Moreira, Marília Bassoa e Marcelo Gallicchio Atenas – 2º Vilnei Goldmeier, Frederico Sidou e Michele Oliveira Sidney - 3º Eduardo Cavalli, Rafael Azevedo e Gustavo Bohrer Atlanta – 4º Tiago Abreu, Caroline Boening e Laís Silva

Volta ao Mundo

Golden Globe 2018 terá brasileiro

Pacheco: “Depois que largamos é mais fácil. Difícil é a preparação”

Gustavo procura patrocínio para o projeto e pode ser contatado em gpacheco01@gmail.com

Em comemoração aos 50 anos da famosa Regata Golden Globe (volta ao mundo em solitário sem escalas), uma nova edição será realizada em 2018. O objetivo é recriá-la ao melhor estilo retrô: Nenhuma tecnologia que não estivesse presente em 1968 será permitida na nova edição. Alguns itens são considerados equipamentos de segurança e estão permitidos. Mas não o Radar, plotters, telefone celular, relógios eletrônicos, equipamentos de satélite, binóculos digitais, dessalinizador, materiais de fibra de carbono, entre outros. E o percurso é de 30.000 milhas com 4 gates obrigatórios. Trinta participantes de 15 países já se inscreveram inclusive o brasileiro Gustavo Pacheco. Nós conversamos com exclusividade. A seguir alguns trechos. A entrevista completa você lê em nosso site... Como você está se preparando? Toda minha vida de vela está valendo como preparação para esta regata. Como vai ser uma velejada longa, tudo o que eu já passei velejando conta como preparação... Você não acha perigosa essa regata? Tendo ou não tendo equipamentos excluídos, uma regata como essa sempre será perigosa. Eu sempre jogo “uma cachacinha pro Santo” e espero que ele olhe por mim Tem um ditado árabe que diz: “Confie em Allá, mas amarre seu camelo...”. O que te causa mais preocupação? Tenho intimidade com os equipamentos antigos, SSB, gônio, sextante, barômetro e velejar sem speedometro, A navegação astronômica e estimada. A meteorologia me preocupa. Velejar é o que eu sei fazer de melhor e o que me dá prazer. Minha vida não vai estar completa se eu não velejar sozinho em volta do mundo. Não posso largar esse mundo sem ter feito isso!

Tio Spinelli: 10 anos de muita aventura

José Spinelli Neto, 66 anos, é Engenheiro Mecânico, ex piloto privado e de planadores, além de Master Instructor de Mergulho Padi. Esse ano Spinelli está completando dez anos de aventuras no mundo da vela. “Quando comecei a mergulhar, a paixão foi tanta que parei de voar. Era o ano de 1976 (uau, 40 anos !). Só que o barulho dos motores das lanchas me incomodava muito, daí a ir para veleiro foi um caminho natural...”, explica o Tio Spinelli, como gosta de ser chamado pelos alunos. Nesses anos seu veleiro – Soneca – já fez 20.000 milhas, das quais 5.000 foram em solitário. “Numa delas, uma Ubatuba-Floripa-Ubatuba com a Almiranta Cecília e a Jade, nossa cachorra, resolvemos passear pelo Canal do Varadouro. Encalhamos 22 vezes!”, confessa sorrindo Tio Spinelli. Recentemente ele levou seis alunos para a Argentina e Uruguai. “Houve também uma tentativa frustrada de ir ate a Ilha de Ascensão, interrompida no segundo dia de viagem por uma onda anormal que arrancou a tampa da gaiúta da frente da cabine, danificando computador, cartas náuticas e comida”, conta. Atualmente Spinelli dá aulas na Escola de Vela Cusco Baldoso (veja os contatos ao lado). Parabéns pelos 10 anos, Spinelli!


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Guarapiranga - SP Match Race paulista

Foi realizada em junho no Yacht Club Santo Amaro (YCSA) a primeira etapa de aquecimento (Warm Up) do Campeonato Paulista de Match Race SP 2016. O evento teve cinco tripulações fazendo “pegas” com os Fasts 230 do YCSA na Represa Guarapiranga. Mesclando atletas vitoriosos em 2015/2016, as equipes contaram com a mescla de jovens e experientes, como os assíduos das regatas noturnas Robert Van Horn, Miguel Karsters e Marcos Gavião, e os já carimbados Martin Lowy, João Hackerott e Antônio Aranha. José Hackerott, Eric Van Dersen e Victor Miguez estarão em Salinas no Equador, disputando o Mundial Júnior de Lightning (23 a 27 de julho). Nos dias 27 e 28 de Agosto, acontece o Evento Teste. O Campeonato do Paulista é nos dias 24 e 25 de Setembro. Resultados: 1º João Hackerott/Luiz Eduardo D´Almeida/Eric Belda 2º Miguel Karsters/Robert Van Horn/Marcos Gavião 3º José Hackerott/Eric Van Dersen/Victor Miguez 4º Roberto Blum/Bruno Nanni/Gabriel Graça 5º Martin Lowy/Antônio Aranha/Rodrigo Dabus

Taça Vento Sul

Foi realizada no início de junho a Taça Vento Sul no Clube de Campo São Paulo (CCSP), na represa de Guarapiranga. Bruno Costa (Escola de Vela de Ilhabela - EVI) foi o vencedor geral e veterano juvenil, enquanto Leo Didier (YCSA) venceu na veterano infantil, Gabriela Vassel (CCSP) na veterano mirim, Marina Heinke (YCSA) na feminino e Mario Otavio Carvalho (EVI) entre os principiantes. No total 35 atletas de São Paulo participaram da competição.

Marrecos em revoada

Aconteceu no sábado 26/6 a terceira etapa do Circuito Marreco (veleiro mini oceano de 16 pés) no Clube de Campo Castelo (Guarapiranga - SP). Treze embarcações largaram para a terceira etapa que premiou os cinco primeiros colocados mais o Tartaruga, com troféus para proeiro e timoneiro no churrasco que seguiu a regata. A competição tem obtido sucesso e boa participação entre os amantes dos veleiros da Classe que também abriga os veleiros Paturi e os veleiros Boto. Os resultados da etapa foram os seguintes: 1)Marlin 2) BRA 098 3) Falcão Peregrino 4) PS 5) Gulliver. Troféu Tartaruga: Popotão. O Cir- Jornal Almanáutica e apoio da Loja Náuticuito Marreco conta com o patrocínio do ca Velamar e da Papel Ecológico/Papirus.

Cabo Frio - RJ

Hemisfério Ocidental de Snipe Realizado na praia do Forte, em Cabo Frio, o Campeonato Hemisfério Ocidental de Snipe terminou de maneira frustrante para os brasileiros que disputavam o ouro. Com a não realização das provas do último dia as quatro duplas que aguardavam ansiosamente uma chance de subir ao lugar mais alto do pódio ficaram tristes. Já o único barco do Equador na disputa sagrou-se campeão. Rafael e Henrique, do Iate Clube de Santos, empataram com os vencedores com os mesmos 34 pontos, mas no critério de desempate ficaram com o vice. Outro empate definiu a terceira e quarta colocações. Os gaúchos Xandi Paradeda e Gabriel Kieling do Clube dos Jangadeiros foram terceiros. Felipe Sabino e Leonardo Lombardi (RYC/ICRJ) quartos, também no critério de desempate.


O veleirinho que virou Biblioteca Colaboraram: Hugo Nunes e Ronaldo Coelho

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planta e tudo. Ronaldo levou o projeto para Santo André onde foram construídos dois barquinhos. “Com ajuda do Cláudio, Carlindo e Othon, inauguramos a Escolinha de Vela, um sonho realizado. Era domingo, Dia dos Pais, eu estava sozinho. As crianças velejando o dia todo no veleirinho... O que estou fazendo aqui? Longe dos meus filhos, da minha neta... Nesse instante, senti uma mão em meu ombro... E aí Ronaldo, esses são todos seus filhos? Chorei. Era o Rogério do veleiro Gameio, que deve ter lido meu pensamento. Por tudo isso é que acho que Deus está conosco sempre. Como pode? Eu pensar e um amigo vir com a resposta. Foi um dia inesquecível”, conta Ronaldo. Em contato com Hugo Nunes, que por muitos anos dirigiu e conduziu a Marina Bracuhy, combinaram de construir mais um veleirinho para atingir as comunidades da Itinga e Santa Rita no entorno do Bracuhy. Mas fato de Ronaldo estar longe, além da falta de uma estrutura de guarda para os dois

Ele navega. Nem que seja nas asas de nossa imaginação.....”

Virou biblioteca... O velejador Ronaldo Coelho estava na Vila de Santo André, Santa Cruz de Cabrália, sul da Bahia, quando desceu seu bote para almoçar no restaurante Gaivota. As crianças na beira do Rio João Tiba, adoraram ficar olhando o botinho, gostaram da novidade, ainda mais quando à tarde ele saiu com eles para passear pelo rio. Era uma folia, todos felizes. Pouco depois encostou um velejador com seu botinho. As crianças se dividiram para ajudá-lo a puxar e pediram para ficar olhando e tomando conta. O velejador deu uma bronca nas crianças dizendo para não chegarem perto, que custara muito do seu trabalho e avisou que não queria que sujassem e nem encostassem no bote. “Nesse momento fiz uma promessa: Criar uma escolinha de vela, para que ninguém repetisse aquilo com outras crianças”, contou emocionado Ronaldo. De volta à Marina Bracuhy onde guarda seu veleiro, Ronaldo entrou em contato com uma ONG que passou a ele o “caminho das pedras”: um projeto polonês com O Bracuhyzinho sendo construído em 2010...

veleirinhos e para a escolinha, dificultaram a estruturação do projeto no Bracuhy que acabou morrendo. “Dei o Bracuhyzinho de presente para o Hugo. Com ele ficou parte do meu coração. O outro, que teve participação financeira da ABVC (Associação Um dos veleiros Brasileira de Velejadores de Cruzeiro), foi doado para a escolinha em Santo André de vela de Paraty. Ao ver que o projeto não havia vingado Hugo, se lembrou que há muitos anos na Marina Bracuhy havia uma pequena biblioteca, onde os velejadores que por lá passavam podiam pegar qualquer livro, e deixar outros. “Conversando com o Ronaldo, resolvemos que ao menos seria uma forma de crianças e adultos aprenderem mais com o Bracuhyzinho”, contou Hugo. O Bracuhyzinho ancorou no Bowteco, o bar e restaurante Cult da galera da vela no Bracuhy. Embora não esteja navegando, está sempre recheado de livros, revistas, e folhetins. Qualquer coisa que possa trazer educação a crianças e adultos. Desde que virou biblioteca ficou vazio. “Na verdade, ele está navegando sim. Em cada mão que põe ou tira um livro de dentro dele. O material não para e assim encontramos uma forma do Bracuhyzinho, construído por crianças, levar sempre uma boa leitura, fazendo com que não pare de rodar. Ele navega. Nem que seja nas asas de nossa imaginação...”, explicou Hugo.

HC na China apesar da falta de apoio Após 15 dias encerrou-se a participação da flotilha do Brasil no Mundial de Hobie Cat 16, em Dapeng, China no mês de junho. Alguns dos atletas que atravessaram o mundo para esta competição pagaram do próprio bolso. Duas tripulações disputaram a categoria Master: Ricardo Dubeux e Lawson Beltrame; e Mario Roberto Dubeux com João Kraemer. A dupla Mario/ João conseguiu a oitava posição. Já na categoria Super Grand Master os representantes foram Luiz Gonzaga Machado e Eluisio Biancardi.

12 horas nadando

O empresário Ricardo Augusto de Oliveira, de 48 anos, realizou um feito ainda inédito no Brasil: Ele atravessou a nado a distância de 40 km entre a praia de Camburi e o limite legal do arquipélago de Alcatrazes, no litoral norte de São Paulo para sensibilizar a sociedade para a importância do arquipélago, de extrema importância para a reprodução de peixes e pássaros.

A molecada em Santo André encantada com os botes

... e no momento do lançamento em 2011


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O “desCASO” do rio Doce e a regência desafinada dos responsáveis

Por: Luciano Guerra

Vida de homem do mar é assim: Nem sempre doce. A bordo, para que tudo saia sempre perfeito é necessário que o Comandante tenha uma regência impecável de sua belonave e de seus tripulantes. Não há espaço para tons desafinados. A tríade “negligência, imprudência e imperícia” é inaceitável, sob pena de pagar com um naufrágio, desastre ambiental ou até mesmo com perda de vidas humanas. Porém, este desejo de perfeição, digno de uma orquestra sinfônica, não foi respeitado na gestão de reservatórios de rejeitos da mineradora SAMARCO. Sob um comando distante do esperado, a negligência dos que deveriam se preocupar com o que há de maior valor (vidas humanas e os elementos naturais), acabou ocasionando um dos maiores desastres ambientais do Brasil; a poluição do Rio Doce, juntamente com a perda de vidas humanas e a falência da pesca, náutica e do esporte em um lindo lugar chamado Regência. Como está a nova realidade do povo do rio e do mar, que um dia viveu a fartura vinda do Oceano Atlântico e também do Rio Doce? Quais os aspectos técnicos que fazem com que a vida entre o rio e o mar esteja condenada durante anos? Comecemos com a foto acima, tirada em 2016, que mostra os resultados da tragédia e, que faz o Rio Doce chorar lágrimas de lama no Oceano Atlântico ainda hoje. A imagem é tão marcante que põe em xeque-mate a afirmação da mineradora SAMARCO, que emitiu um comunicado informando que a lama e os rejeitos não continham elementos tóxicos para os seres humanos e para a fauna do rio. No entanto, uma análise da água feita pelo SAAE

A contaminação chega ao oceano - Serviço Autônomo de Água e Esgoto do Baixo Guandu, mostrou concentrações de arsênio, chumbo, cromo, zinco, bário e manganês, entre outros, em níveis muito acima do recomendável (relatório completo em http://www.r7.com/ r7/media/pdf/relatorio-lama.pdf). Antes da tragédia, Regência celebrava uma vida promissora em torno da pesca, turismo e do esporte. Com uma das ondas mais longas do Brasil, o surf se tornava, a cada dia, instrumento de evolução social dentro daquela comunidade pacata. A pesca mantinha dignamente diversas famílias que saiam diariamente para o mar ou para o rio em busca do pescado. Essa realidade não existe mais, e assim perdurará durante alguns anos. Por mais que as águas do Rio Doce voltem a sua coloração normal, o leito está contaminado, os metais pesados se acumularam em toda extensão da calha do rio. No delta, onde o rio encontra o mar, e estrago ambiental não foi menor. Apesar de surfistas terem comemorado a melhora da coloração da água do mar, o Secretário de Meio Ambiente de Linhares, Rodrigo Paneto, insiste - preocupado com a saúde dos frequentadores da praia - que a SAMARCO ainda não sanou 100% o problema de vazamento de re-

jeitos e, em uma das últimas divulgações das medições a respeito da turbidez da água do mar, o valor aferido para uma escala aceitável de 150 NTUs foi de 2000 NTUs. Frequentemente, diversas espécies de peixes e aves são vistas boiando nas águas daquele litoral. Antes, os felizes moradores que contribuíam com a evolução do turismo e da pesca no local, atualmente amargam prejuízos provenientes do acidente e, muitos colocaram suas propriedades a venda, visto que não possuem mais fonte de renda para manterem suas famílias. Multas e indenizações não foram revertidas para a população, pois o modelo de punição adotado no Brasil é ineficiente no sentido de ajuda direta às famílias afetadas. Neste contexto, me pergunto até que ponto o descaso com o ser humano e os bens naturais no Brasil manterá níveis inaceitáveis. Será que é este o tratamento que queremos dar às nossas comunidades de pescadores, nautas, ribeirinhos e praticantes de esportes náuticos, tais como o surf? Fica aqui um alerta – mais um – de alma para todos nós. E com respeito a tudo e a todos me despeço.

Cenário antes paradisíaco do rio Doce, agora poluído...

Luciano Guerra, é especialista em meteorologia pela UFF/RJ e trabalha com modelos meteorológicos no Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS.


Regata Internacional Recife - Fernando de Noronha Completando 30 anos desde sua origem a regata mais charmosa do Brasil se renova a cada ano, somando recordes e fazendo história. Quem nunca participou sonha ir. Quem já fez, quer voltar! E você?

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mais velho e o barco a velho. O penúltimo colocado na regata leva para casa o troféu Tamar: tartaruga marinha. Até o momento, quase 50 barcos estão inscritos, reunindo 12 estados do Sul, Sudeste e Nordeste. Pernambuco e São Paulo lideram o número de inscrições com 12 embarcações cada. Você pode conferir o número atualizado e quais são esses barcos no site da Refeno que fica em www.fefeno.com.br

REFENO EM NÚMEROS

F 27 edições F 1624 embarcações F 9744 tripulantes (média = 6 por embarcação) F Média de 375 tripulantes por edição. Mais de 600 nos últimos 5 anos F Participantes de 16 estados brasileiros e 22 países

Em 2004, a Refeno bateu recorde de participantes: foram 146 barcos inscritos na regata. E o grande vencedor foi o Ave Rara, um trimarã de Pernambuco, embarcação espartana e muito veloz, comandada por Vicente Gallo. O atual recorde é do veleiro Adrenalina Pura, da Bahia, que tem como comandante Georg Ehrensperger. Ele conquistou a marca de 14 horas, 34 minutos e 54 segundos em 2007. O recorde dos monocascos é do veleiro carioca Indigo, comandado por Ivan Botelho com Torben Grael na tripulação, que em 2011 fez a travessia em 25 horas, 57 minutos e 59 segundos. A Regata Internacional Recife - Fernando de Noronha (Refeno) atrai, todos os anos, competidores do Brasil e de várias partes do mundo. E não é difícil entender o porquê. O mar, o vento e o clima de Pernambuco são ideais para a navegação. E as paisagens, tanto na partida quanto na chegada, são encantadoras. Todos os anos, os barcos partem do Marco Zero, ponto central do Recife, e seguem com destino a Fernando de Noronha, ilha oceânica de águas cristalinas, onde é possível encontrar natureza pura, com golfinhos e atobás fazendo a festa dos visitantes. Serão 292 milhas náuticas de percurso, ou 540 quilômetros entre céu e mar. Organizada pelo Cabanga Iate Clube de Pernambuco, a Refeno está preparando uma grande programação para a edição 2016, com partida marcada para o meio dia do dia 24 de setembro. Este ano, a principal novidade será o apoio que o clube náutico pernambucano dará à vela de

A largada no Marco Zero é sempre uma festa base. Toda receita obtida com a prova será revertida para a Vela Jovem. Os participantes terão uma semana recheada de atrações. Todas as manhas serão oferecidos um café da manhã regional pelo restaurante náutico do Cabanga. Também serão incentivados os Churrascos entre Amigos. Na programação da semana pré-Refeno, a Noite da Ostra, Jantar dos Comandantes e Feijoada de Abertura. Todas essas festividades, que começam a partir do domingo que antecede a regata, serão regadas a muita música – jazz, samba, MPB e forró. Na Ilha, a festa continuará com a premiação da Refeno. Além do Fita Azul, os três primeiros colocados das diversas classes também recebem troféus. Outras premiações também fazem a alegria dos competidores, como o primeiro estrangeiro a cruzar a linha de chegada, o barco que vem de mais longe, o tripulante mais jovem e o

Leia os artigos que contam a história da Refeno no site do Almanáutica: www.almanautica.com.br

cruzeiro Ele chegou lá! O velejador Francisco de Assis tentou (e conseguiu) fazer a travessia de Cabedelo (PB) a Natal (RN) de Laser Nosso jovem e intrépido velejador, com seus 62 anos, disse que faria e foi la e fez; completou sua viagem de Cabedelo (PB) a Natal (RN) no feriado da Páscoa. Pra quem não lembra Assis fez um projeto de velejar de Porto Alegre (RS) a Natal (RN), assim como fez Beto Pandiani em suas viagens pela América, por etapas num Laser. A primeira foi de Cabelelo/Natal, que começou no Carnaval e teve que ser interrompida pela perda do mastro na praia de Baia da Traição, ainda na PB depois de ter velejado em torno de 21 milhas. Como Assis é um pequeno empresário, só dispõe de feriados prolongados para executar seu projeto, então aproveitou o feriado da Páscoa para completar essa etapa. Com a palavra Francisco de Assis: “Completei a etapa que faltava no

INSCRIÇÕES

As inscrições para a 28ª Edição da Refeno ainda podem ser feitas no site que fica em: www.refeno.com.br

Chegar em Noronha de veleiro é algo inesquecível: você tem que ir

Anote as dicas:

- Se for ficar numa pousada, contrate com antecedência via web/fone porque lotam - Idem para um buggy, a melhor maneira de conhecer a ilha sem perder tempo. E dá pra “meiar” o aluguel com os outros tripulantes. Confira macaco e estepe e leve o número do celular do locador! Pode precisar numa emergência... - Faça um roteiro prévio dos passeios que quer fazer para não perder tempo. Imperdíveis: mergulho snorkel ou cilindro, passeio dos golfinhos, praia do Sancho, Baía dos Porcos

meu projeto que era de 65 milhas em 10 horas, o que da uma media de 6,5 nós. Nessa etapa tive a companhia de dois amigos velejadores de Natal em um Snipe, Beto um mossoroense e Diego um Italiano, que infelizmente não foi por muito tempo pois em uma capotada quebraram o mastro e tiveram que abandonar a travessia. Parece que tinha sempre um problema com mastro rondando por ali.

Parece que tinha sempre um problema com mastro rondando por alí...” Tive momentos de ventos muito fracos e outros de 20 nós, numa travessia dessas se acumula muita experiência ,especialmente num Laser que é muito técnico e arisco.... Procurei velejar o mais perto da costa possível e levar o material de salvatagem junto ao corpo assim como algum alimento e agua, aprendi que preciso estar sempre com muito zelo pelo leme pois não tem como dar manutenção la fora e sim

De Laser, o velejador Assis de 62 anos conseguiu na segunda tentativa a travessia Cabedelo - Natal essa tem que ser preventiva. Vou continuar fazendo pequenas travessias, de acordo com as folgas, possivelmente a próxima seja Recife (PE) / Cabedelo (PB) e assim sucessivamente Maceió, Aracaju, Salvador ate chegar em Porto Alegre. Gostaria muito de em cada travessia contar com mais algum barco, de velejadores locais ou não, que se sintam incentivados a me fazer companhia. Será um prazer dividir a viagem e as experiências.” É isso ai, ele disse que faria e foi lá e fez, vamos aguardar as próximas etapas que prometem muitas histórias pra contar.


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MERGULHO

CURTAS

f Paulo Renato Paradeda (Presidente do Conselho Deliberativo do Clube dos Jangadeiros) foi promovido ao grau de Ofi O tema é polêmico, mas de imen- cial na Ordem do Mérito Naval, honraria sa razão de ser. É comum sermos surpre- dada a quem se destaca por prestar serviendidos nas redes sociais ou noticiários por ços relevantes à Marinha do Brasil. algum fato ocorrido com conhecidos ou não, f Faleceu dia 24 de abril em João Pesonde infelizmente um(a) mergulhador(a) soa - PB, Franklin Seixas, que foi presiperdeu a vida realizando uma atividade dente da ABCHC e um dos grandes entutão prazerosa como o mergulho recreativo siastas da classe Hobie Cat 14. amador. Não vou citar nenhum nome, nem f Faleceu dia 22 de junho o amigo e velejador, associado da ABVC, Elias Alempresas nem das pessoas que foram enmeida de Jesus, do veleiro Queen Maud, volvidas; somente em tese real do que foi (e Antares IV). noticiado nos últimos 5 anos. Quem ficou sabendo dos diversos casos noticiados, f O Diretor de Portos e Costas, Vicepode chegar à conclusão e que em alguns -Almirante Wilson Pereira de Lima Filho, casos a negligência e a imperícia estiveram assinou Portaria que estabelece as normas sobre a determinação do peso dos conpresentes. E em outros, caracterizou-se têineres embarcados no território nacional pelo acaso. visando a segurança e diminuição de aci O significado etimológico da pa- dentes. Em vigor a partir de julho. lavra acidente relaciona-se com a idéia de um acontecimento anormal, de imprevisto e f Após sofrer um AVC na Refeno de de fatalidade. Este significado vem do sen- 2010, Paulo Marques voltou ao convívio dos velejadores no último Encontro Nacioso comum: Desde os primórdios da humanal da ABVC, para alegria de todos. Seja nidade refere-se aos eventos de natureza muito bem-vindo, Paulo! geral que se caracterizam pela impossibilidade de controle dos fatores causadores. Cabe uma pergunta: porque um fato que acontece é acidente? Vou me basear em nossas atividades de mergulho recreacional amador (para quem usufrui dos serviços diversos oferecidos pelo mercado) ou mesmo aos profissionais envolvidos na execução de suas mais diversas oportunidades de locais e uso dos equipamentos. Quando um mergulhador em apnéia apaga e some, ficam diversas dúvidas, principalmente se ele estava sozinho. Quando um mergulhador scuba desaparece em uma operação e após dias de busca é recuperado, é possível escla- Nos meses de maio e junho, forecer muitas dúvidas melhorando o conhe- ram realizadas três atividades náuticas na cimento dos procedimentos e técnicas. O região de Ilha Solteira, mais especificamesmo se dá quando um mergulhador en- mente na área conhecida como “Grandes tra em uma caverna e desaparece. Lagos”. A região dos Grandes Lagos, é

Caça Palavras

Acidente ou fatalidade?

Cruzeirando em Ilha Solteira

Resumindo: 1) O condicionamento físico, exames de saúde e mental tem sempre que estar em excelente estado, caso contrário colocam sua vida e dos demais em risco. 2) Se ultrapassar qualquer limite de sua formação corre o risco fatal real desses acidentes acontecerem. 3) Se buscar a superação desses limites por pura vaidade, ir além sem estar preparado, o risco é muito maior 4) Situação onde acontece algum problema e não há condições de auxílio de terceiros. O conhecimento teórico e prático são fundamentais, seu condicionamento físico é fundamental, seu equilíbrio mental é fundamental, seu respeito aos limites é fundamental; com isso você só corre o risco da fatalidade do acaso, e isso é atemporal não nos pertence. Acompanhe os avanços das técnicas dos mergulhos e dos equipamentos frequentando sempre cursos, atualizando-se com seu Instrutor, e lendo as mídias escritas e faladas do segmento. Vá as feiras e encontros, troque experiências com seus(suas) amigos (amigas). Visite www.danbrasil.org.br Flávio Júlio Gomes é 2º Ten IM RM2 da Marinha do Brasil e Instrutor NAUI / PADI

uma área que compreende os lagos formados pelas barragens das hidrelétricas de Ilha Solteira, Jupiá e Três Irmãos e que detém um grande potencial para navegação esportiva aliada à contemplação da natureza. O percurso de navegação dessas atividades é de 88 milhas náuticas ao longo dos rios Paraná, Tietê e São José dos Dourados, bem como, atravessando o segundo maior canal artificial do mundo, com partida e chegada no município de Ilha Solteira.

Os eventos estão sendo organizados pelos Piratas da Ilha e recebem apoio da ANIS (Associação Náutica de Ilha Solteira), ABVC água doce e prefeituras municipais de Ilha Solteira e Pereira Barreto. Maiores informações poderão ser obtidas em www.piratasdailha.com

Grandes velejadores brasileiros sempre merecem uma homenagem. E nada melhor do que lembrá-los agora. São dez nomes dos nossos mestres da vela: Mirsky Bruder - Torben - Lars - Scheidt - Martine - Amyr - Vilfredo - Prada - Bruno

Papo de Cozinha

Camarões à Provençal

Ingredientes 15 camarões grandes com casca Licor de aniz Maços de manjericão, tomilho, alecrim, Salsinha e orégano, 4 folhas de louro bem picadas, 4 dentes de alho picados Azeite Manteiga com sal

Túnel do Tempo O Jornal do Brasil em seu Caderno de Esportes, registrava na página 24 do dia 27 de setembro de 1986, a primeira edição da REFENO, com “barcos do Brasil, França e da Alemanha”. A largada foi em frente ao Recife Palace Hotel, em Boa Viagem. Organizada por Maurício Castro, então Diretor de Vela do Iate Clube do Recife, a competição contou com a participação de vinte e cinco veleiros divididos em três categorias: a RHC que reunia os veleiros de cruzeiro, a IOR para veleiros de competição (“ocos por dentro”, como publicou o “Diário de Pernambuco” na época), e a multicasco. Participaram da primeira Refeno os seguintes veleiros: “Quarta-feira 17” (de Maurício Castro), “Tito V” (Carlos Alberto Ciarlini), “Venestal” (Antônio Marques), “Viverane” (comandado por Carlos Fázio), “Sapeca” (Paulo Almeida), “Pato III”, “Odysseus” (Raimundo Nonato Veras), “Capitão Cook”, “Noturno nº2”, e o “Ruim de Mar”, todos de Recife. Este último, segundo seu comandante Paulo Toró, “um catamarã

O defeso do camarão terminou, e agora está na hora de voltarmos a provar essa delicia. A receita deste mês é uma das formas que mais gosto de fazê-lo, que é com a mistura de ervas chamada de Provence, uma região do sul da França. Tradicionalmente é feita de várias ervas locais, sendo que uso o mix manjericão, louro, tomilho, alecrim e orégano, frescos sempre que possível, mas que podem ser substituídos por suas versões secas. Preparação Corte os maços de ervas e misture. Coloque na panela o azeite e aqueça em fogo baixo. Junte o alho picado e doure levemente. Adicione os camarões e salteie por 3 minutos. Acrescente a mistura de ervas, salteie, coloque a manteiga e deixe derreter. Finalize com uma dose de licor de aniz. Bon Apetit!

Maurício Rosa é velejador, amante de gastronomia e autor do livro “Gastronomia em veleiros”

Refeno: 1986

comprado especialmente para ganhar a regata”. Do Rio Grande do Norte participaram o “Rosa dos Ventos” e o “Dianteiro”. De São Paulo vieram o “Bicho Papão” (Fast 40), “Blue Chip” e “Manostto” (Main 34). Do Rio de Janeiro os veleiros “Mar vilha”, “Ana C” (comandado por Newson Campos), “Lidya Ann”, “Windancer” do comandante Nico-las Mikay (Velamar 36), e o “Shogun Maru” (Chance). Do Rio Grande do Sul o “Charrua”, da Bahia o “Paula VII”, o “Esotérico”, e o “Odara”. O também gaúcho “Formidable”, de Luiz Felipe Nolasco, acabou fazendo água e tendo que retornar.


Memórias do Avoante tos Filho

Por Nelson Mat

Escrever nunca foi o meu forte, nem fraco e nem nada, porque nunca me vi escrevendo coisa alguma a ser publicada, até que um dia me vi diante de um chefe de redação de jornal que me instigou a fazê-lo. Achei que ele estava de brincadeira. Escrever sobre o que homem Deus? Ele queria que eu fizesse um diário para relatar a minha vida a bordo do Avoante. Seria publicado aos domingos nas páginas do jornal Tribuna do Norte, em Natal/RN com o título Diário do Avoante. “Nelson, não precisa se preocupar com a ortografia. Temos pessoas para fazer todas as correções necessárias”. E continuou para encerrar a nossa conversa: “Escreva o primeiro texto com 45 linhas e mande para mim. Qualquer coisa eu lhe falo”. Levantou da cadeira, apertou minha mão e desejou boa sorte. Sai de lá com cara de paisagem, com vontade de retornar àquela sala para dizer que muito obrigado, mas eu não iria escrever nada. Segui em frente, acenei para os jornalistas que me olhavam cruzar a redação e apressei o passo para tentar respirar o ar puro das ruas. Minha esposa Lucia sorria de orelha a orelha e ainda me incentivava dizendo que eu era o cara e tinha toda capacidade para fazer aquilo. Voltei para o barco, que estava atracado no Iate Clube do Natal, e tentei desanuviar as idéias pensando na nova viagem que havíamos programado até a Bahia uma semana depois. Porém, as palavras do chefe de redação não paravam de ecoar: “Escreva 45 linhas e

mande...”. Quando a noite chegou, peguei o computador, abri uma página no Word e tentei preenchê-la com alguma coisa que se parecesse com um relato, mas aquela página insistia em permanecer em branco. Tudo que eu escrevia no minuto seguinte apertava a tecla delete e puf. Quando a noite terminou eu havia conseguido escrever dez linhas. Na manhã seguinte antes do meio dia já tinha 25 e no dia seguinte finalmente preenchi as 45 linhas. Ufa! Nesse intervalo eu tive um acidente no píer e Lucia foi fazer a entrega do material no jornal. Retornou uma hora depois com o papel na mão e dizendo: “Ele gostou, mas disse que em vez de 45 linhas você escreva 65”. O que? Esse cara está maluco?! No dia seguinte ela voltou com ao jornal com as 65 linhas escrevinhadas e no domingo seguinte eu estreava nas páginas do jornal, e assim permaneci durante nove anos sem faltar um só domingo. Tracei a linha de escrita enveredando pelo cotidiano da vida a bordo e as muitas histórias e causos. Hoje, depois de ter escrito centenas de textos e crônicas, não canso de agradecer ao Carlos Peixoto, o chefe da redação, por ter acreditado que eu poderia contribuir com o jornal. Mas o melhor de tudo foi ter me achado diante da escrita: Hoje não consigo viver sem ela. Ela me conforta, me faz vivo e faz da minha a bordo uma feliz sinfonia que espalho aos quatro ventos. Eu consegui, sei que muitos velejadores também conseguem e basta apenas um pinguinho de incentivo. Proponho aqui a você leitor, que escreva sua história, a história da sua vida náutica, e remeta para mim. Quero montar um arquivo contando a história da vela brasileira e não pode faltar você!

MB

Marinha do Brasil

Cadê o dinheiro?

O comandante da Marinha, Almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira recebeu jornalistas a bordo do Navio Veleiro Cisne Branco em junho. Leal afirmou que o corte de cerca de 30% no orçamento deste ano da Marinha do Brasil prejudicou projetos estratégicos para a área da defesa. “Hoje a Marinha não tem o mesmo grau de prontidão que deveria ou precisaria ter. No momento, estamos vulneráveis”, disse. Segundo o Almirante, as ameaças ao Brasil Mande sua colaboração para: são muito difusas, mas existem e podem avoante1@hotmail.com aparecer. “Há dois anos, ninguém falava em Estado Islâmico. As surpresas surgem a cada ano, e a preparação de uma defesa demora uma geração para ser feita. Podemos ter uma crise a qualquer momento e a fronteira brasileira mais vulnerável é a marítima”, destacou. Ele lembrou que 10% do que se transporta no mundo pelo mar saiu ou chega aos portos brasileiros.“Nossos navios estão envelhecidos, são de manutenção cara – essa é nossa preocupação para ameaças de maior nível. Temos muitas carências neste momento”. Para se ter uma ideia do que ele diz, em visita a um submarino, o Almanáutica Troféu Jóia Clássica constatou por exemplo, goteiras internas premiou os mais bonitos que eram coletadas com fundos de garrafas

YCP e a Máquina do Tempo O Yacht Club Paulista (YCP) realizou o Classic Sailing Festival. O evento na represa Guarapiranga incluiu o primeiro Campeonato Brasileiro de Clássicos, homologado pela CBVela e Fevesp e atraiu campeões olímpicos, mundiais e pan-americanos como Alex Welter, Bruno Prada, Lars Grael, Jorginho Zarif e Mário Buckup. “Precisamos ter orgulho do passado e sustentarmos o presente com ações como esta para alimentarmos a esperança no futuro. Reinaldo Conrad desbravou a vela para o Brasil e depois veio Joerg Bruder. Eles abriram o caminho. É muito justa também a homenagem a Guga Zarif”, afirmou Lars Grael. Mais de 40 barcos históricos competiram nas classes: Snipe, Ligtning, Star, Sharpie, Pinguim e Iole Olímpica. Na festa foi prestada homenagem a Guga Zarif (pai de Jorginho Zarif) e Joerg Bruder. O grupo formado pelo diretor da Comissão de Regatas (CR), Dionysio Sulzbeck, vice-almirante Castilho e presidente do Conselho do YCP, Frederico Hackerott, inspecionou detalhadamente os barcos clássicos e conferiu o prêmio Troféu Joia Clássica ao Luna Blue (Star). O Bonifa (Simplet) ficou em segundo lugar, seguido pelo também impecável Kinko (Iole Olímpica). “É importante nos empenharmos pela união dos clubes da represa em favor da preservação da Guarapiranga. Com a vela ativa, conquistaremos cada vez mais adeptos e sabemos que a evolução passa pelo aprendizado”, comentou o Comodoro do YCP, José Agostini Roxo.

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“Estamos vulneráveis”, afirmou o Comandante da Marinha do Brasil em entrevista... pet amarradas. Em navios como fragatas, a ferrugem e o estado geral é visivelmente ruim, apesar da tentativa de manutenção por parte da tripulação. Um dos projetos adiados é o Programa de Construção de Submarinos da Marinha do Brasil (Prosub), cuja conclusão estava prevista para 2023, deve começar a funcionar apenas em 2027. Outro programa prejudicado foi o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), interrompido por tempo indeterminado. O Prosub é desenvolvido pela Marinha em parceria com Odebrecht, cujo presidente está preso pela Operação Lava Jato. Sobre isso o Almirante comentou: “Temos vários órgãos auditando os vários setores. Até agora, nenhuma irregularidade chegou a mim. O contrato está sendo executado”. De acordo com ele o Prosub está sendo auditado de forma rigorosa desde o início da assinatura do contrato. “A Odebrecht está cumprindo os prazos. O principal fator para o atraso das obras foi a questão orçamentária”, concluiu. Ele afirmou que esses cortes não vão afetar atuação da Marinha do Brasil durante os Jogos da Rio 2016.

20 ANOS

DE INOVAÇÃO


INFORMATIVO

ABVC

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VELEJADORES DE CRUZEIRO

Palavra de

PRESIDENTE

Encontro Nacional 2016

Prezado Associado da ABVC, Como tradicionalmente ocorre, no feriado de Corpus Christi foi realizada a 14ª edição do Encontro Nacional da ABVC. Além das palestras e oficinas, foi também uma oportunidade de rever os amigos e jogar conversa fora. Outro evento tradicional ocorre em julho: O Cruzeiro Costa Verde, de 9 a 16 de julho. A flotilha fará o seguinte roteiro: Ilha do Cedro (Paraty), Saco do Céu (Ilha Grande, Praia da Estopa (Baia de Sepetiba), Praia de Quitiguara (Baia de Sepetiba), Itacuruçá, Ilha do Martins (Baia de Sepetiba), Enseada do Abraão (Ilha Grande) e Praia da Tapera (Ilha Grande). Cruzeiros curtos de uma semana, como o Cruzeiro Costa Verde, são voltados, principalmente, aos velejadores cruzeiristas iniciantes. Neste caso, a navegação ocorre em uma região relativamente abrigada e com deslocamentos curtos (de no máximo 5 horas). É uma oportunidade para o velejador iniciante navegar em flotilha com aquisição e troca de experiência em ancoragem, comunicação e navegação. Por fim uma novidade, a ABVC está formalizando parceria para curso de vela de oceano exclusivo para grupo de mulheres associadas ou esposas de associados da ABVC.

De 26 a 28 de maio (feriado de Corpus Christi) no Bracuhy aconteceu o 14º Encontro Nacional da ABVC. Como já é tradição, as palestras deram o tom. Mas também rolou muita diversão, cerveja e bate papo para as mais de 150 pessoas que lotaram as instalações do hotel e da Marina Bracuhy. As crianças tiveram programação especial com a monitoria, e interessados na área técnica aprimoraram seus conhecimentos nas oficinas. As palestras foram: Volta da América do Sul - José Zanella e Eduardo Zanella, Ubatuba à Argentina em um 33 pés e conserva de alimentos, por José Spinelli Neto, que também falou sobre Homem ao mar e velejada em capa, além de ter feito oficina embarcada para a parte prática. Décio Magioli Maia falou sobre combustível para embarcações, sua especialidade na Petrobras. Raymond Granthan sobre pintura de barco, obras vivas e mortas. E velas em ventos de través a popa foi o tema de Gabriel Borgstrom, da North Sails. As oficinas foram sobre equipamentos eletrônicos de navegação (Walter Jean Claude Michel), instrumentação náutica opensource (José Eduardo de Mello Freire) e motor de popa 3,3 HP (manutenção) Toninho Lopes. Este ano ainda houve gincana com botes, quizz náutico e karaokê, além do show da dupla Vitor e Susy. O evento teve patrocínio da Marina Bracuhy e da North Sails, e apoio do Almanáutica.

Informações serão encaminhadas em breve.

Bons Ventos!

Volnys Bernal

Presidente da ABVC

Homenagem

Costa Verde 2016

Os Diretores e amigos da ABVC prestam aqui sua homenagem ao querido associado Elias Almeida de Jesus, do veleiro Queen Maud (nome dado em homenagem à esposa, na foto com ele), que nos deixou repentinamente em junho. Mesmo com pouco tempo de convivência ele fez muitos amigos com seu sorriso, sua sinceridade e principalmente sua intensa participação nos cruzeiros e eventos da ABVC. Navegue em mares tranquilos e nos espere para que, em breve, possamos continuar nossa conversa de cockpit, amigo Elias! Até daqui há pouco!

O Cruzeiro Costa Verde 2016 está em sua sétima edição. Organizado pelo Vice-Presidente de Paraty, Eduardo Schwery, o evento é uma velejada em grupo de no máximo 20 veleiros, idealizado para que velejadores sem muita experiência façam um cruzeiro de curto percurso, em águas abrigadas e parcialmente abrigadas, ao lado de velejadores mais experientes, com segurança e tranquilidade. A largada se dá em Paraty e o cruzeiro passa pelo lado de dentro da Ilha Grande, seguindo para o baia de Sepetiba e retornando. O final tem uma comemoração com jantar árabe no Bowteco, ponto de encontro dos velejadores na Marina Bracuhy, que é parceira do evento e da ABVC.

Convênios Iate Clubes Aratu Iate Clube, Cabanga Iate Clube, Iate Clube Guaíba, Iate Clube de Rio das Ostras, Iate Clube do Espírito Santo, Marina Porto Bracuhy, Iate Clube Brasileiro, Jurujuba Iate Clube Descontos Brancante Seguros, Botes Remar, CSL Marinharia, Geladeiras Elber: Valor promocional; Azimuth: Desconto nos cursos; JetSail: (prestadora de serviços do ICS): Desconto em vistoria/survei, serviços e manutenções, estadias em seco O Cruzeiro Costa Verde e molhado e valores diferenciados para a lingada é o ideal para quem quer iniciar das embarcações.

O Boletim Oficial da ABVC é uma publicação independente. As opiniões e notícias do jornal Almanáutica não representam necessariamente a opinião da entidade, e vice-versa.


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