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O que vi e o que gostaria de ter visto Colégio Castro Alves (Cariacica

O que vi e o que gostaria de ter visto

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Colégio Castro Alves (Cariacica)

Responsável: Fabiola Fernandes Moraes Disciplina: História Público-alvo: 5ªs, 6ªs e 7ªs séries

Apreocupação ambiental permeia toda a existência humana. Sendo assim, torna-se necessária a busca de uma consciência ecológica universal com fins do desenvolvimento de uma responsabilidade com o meio ambiente. Foi com esse intuito que, proporcionando às turmas com as quais trabalhava em 2002 (5ªs e 6ªs séries do Ensino Fundamental) uma discussão a respeito do papel de cada um na construção de uma nova realidade, realizamos este trabalho. Nessa discussão, surgiu a idéia da exibição do filme “Local de toda pobreza”. Após a exibição do filme, os alunos listaram locais de nosso município que se encaixaram no perfil de preservados e não preservados – “abandonados” – para que duas realidades distintas entre si fossem analisadas. Como local “preservado”, foi escolhido pelas turmas envolvidas no projeto o “Trevo de Alto Laje”, que é mantido pela empresa “Casa do Adubo”.

Em sala de aula, foi elaborado um roteiro de perguntas para uma entrevista com os responsáveis pela empresa citada, a fim de conhecermos a proposta e todo o processo de manutenção daquela área. Durante esse momento, os alunos tomaram ciência de que, na verdade, a área não estava sendo simplesmente preservada, ela foi transformada e é mantida por iniciativa particular, ou seja, uma área antes improdutiva, árida e abandonada, hoje é tida como ponto de referência em beleza e responsável pela elevação da qualidade de vida dos locais próximos, visto que a arborização ali realizada contribui para minimizar os efeitos da poluição.

Também constava no projeto a visita a uma área abandonada. Sendo assim, as turmas selecionaram, em sala, um valão situado em Itacibá, bairro próximo ao nosso Colégio e moradia de grande parte dos alunos, e também por já ter sido local de onde os moradores retiravam sustento para suas famílias por meio da pescaria. Lá chegando, os alunos constataram, além do odor desagradável exalado, que o local é visto pelos moradores como depósito de lixo doméstico, animais mortos e recebe também todo o “esgoto” das casas próximas. Ao abordarem os moradores e trabalhadores do comércio e de obras próximas ao valão, pelas entrevistas pré-elaboradas em sala de aula, os alunos detectaram a insatisfação pelo abandono, mas, ao mesmo tempo, perceberam uma certa acomo-

Larissa Fachetti Bongiovani, 3ª A

dação por parte da população, mesmo com a proliferação de insetos e animais, como ratos, cobras, e o perigo de doenças, como verminoses, cólera etc. Relacionadas com a existência do valão. Coletados os dados durante as visitas mencionadas, as atividades foram concentradas na discussão acerca do abandono por parte das autoridades competentes e também na deteriorização do local pelos próprios moradores. Após essas discussões, embasadas nos resultados das entrevistas e em leituras de textos relacionados com a preservação ambiental, os alunos concluíram que é possível transformar a nossa realidade, quando essa não é favorável à comunidade, mediante de ações concretas e, principalmente, coletivas, ou seja, com escola, comunidade, órgãos públicos e privados interagindo pelo bem comum.

Concretizando esta primeira etapa do projeto, foram elaborados desenhos, textos e poesias acerca da responsabilidade de cada um na transformação do meio. O material foi divulgado pelo jornal Teia Ambiental, que em muito tem contribuído para a divulgação dos projetos nas escolas, tornando claro que a CST realmente se preocupa com a Educação Ambiental. Em meio aos trabalhos, foram percebidos sinais de mudança de postura dos alunos quanto à preservação do bairro. Por entendermos ser este um trabalho contínuo, pretendemos este ano mobilizar os alunos e a comunidade com ações concretas, que perpassem a coleta de assinaturas, entrevistas com o Secretário Ambiental Municipal, assim como a elaboração de um documento solicitando providências para so-

Mariana e Ana Emília, 7ª B lucionar os problemas provocados pelo valão e até mesmo a sua reestruturação.

Nossa comunidade escolar, comprometida com o projeto, já está viabilizando a elaboração de uma faixa de conscientização para ser afixada próximo ao valão. Porém, cientes de que é impossível mudar algo sozinho, estamos procurando sensibilizar órgãos competentes e empresas para que, como a CST, invistam na melhoria do meio ambiente, para juntos proporcionarmos mudanças reais para a comunidade em geral.

Culminado o projeto e a fim de que ele seja uma semente, divulgaremos os resultados alcançados via imprensa, citando a grande contribuição dos envolvidos nessa elevação da qualidade de vida pela valorização do meio ambiente.

Rodolfo de Amorim Paulo, 6ª A Visita ao "valão" de Itacibá Rayane Cunha Rodrigues, 7ª A

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