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URBANISMO

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VIAGEM & LAZER

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82 CHICAGO RIVERWALK

Chicago ganhou um projeto de urbanismo mundialmente conhecido: o River Walk

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86 CARMEL TAÍBA Alex Hanazaki assina este projeto espetacular de paisagismo do hotel Carmel Taíba, no norte do Ceará

Carmel Taíba Paisagismo Alex Hanazaki Página 86

Vista do Chicago Riverwalk, projeto de revitalização junto ao curso do rio Chicago

CHICAGO RIVERWALK

por Daiana Freitas fotos Kate Joyce Studios e Bob Stefko

O rio Chicago tem uma longa história e que em muitos aspectos se assemelha com o próprio desenvolvimento da cidade. Antes situado em um terreno pantanoso, o rio foi canalizado para acompanhar a revolução industrial que acontecia na região. Com a prosperidade das atividades econômicas, o rio foi sendo poluído e durante a última década a ideia foi recuperá-lo, do ponto de vista ecológico, e também com o intuito recreativo para a cidade. Para essa revitalização da região, um projeto em três etapas foi criado: a primeira etapa envolvia o Departamento de Transporte de Chicago e o escritório Ross Barney Architects criou a Praça do Memorial de Veteranos e a Praça do Museu Bridgehouse. Já em 2012, a equipe de Sasaki, Ross Barney Architects, Alfred Benesch Engineers, e Jacobs/Ryan Associates, apoiados por consultores técnicos, completaram a segunda e terceira fase do projeto que visava a criação de um parque linear junto ao curso do rio. Cada quadra possui formas e programas distintos. A Marina Plaza: oferece restaurantes e mesas ao ar livre com vistas da vibrante vida na água, incluindo embarcações, patrulhas, táxis aquáticos e passeios de barco. O The Cove: possui aluguel de caiaque e ancoragem para embarcações de tração humana que cria conexões físicas com a água por meio de atividades de recreação. O River Theater: é uma escada escultórica ligando o Upper Wacker e o Riverwalk e oferece assentos à beira da água com muita vegetação. A Water Plaza: é uma fonte oferece uma oportunidade para crianças e famílias se envolverem com a água na beira do rio. The Jetty: é uma série de píeres e jardins pantanosos flutuantes que oferecem um ambiente de aprendizagem interativo sobre a ecologia do rio, incluindo oportunidades de pesca e identificação de plantas nativas. O Boardwalk: é uma passagem acessível e um novo limite para a marinha que cria um acesso contínuo à Rua Lake e estabelece o cenário para o futuro desenvolvimento neste espaço crítico na confluência. Sem dúvidas, um exemplo a ser tomado por muitas cidades mundo a fora, que buscam transformar os potenciais locais em pontos de recreação e convívio para a população.

The Jetty: série de píeres flutuantes que oferece aos moradores interação com o rio e oportunidades de pesca

À noite com iluminação indireta o espaço se torna um verdadeiro cartão postal para a cidade

O projeto buscou criar para o espaço vários programas e diferentes usos para a população local

Acima

River Theater: uma escada escultórica que liga o Upper Wacker e o Riverwalk, oferecendo assentos à beira da água com muita vegetação

Direita

A escada oferece local de descanso e contemplação para a população local

No local é possível fazer passeios de barco ou até mesmo utilizar taxis aquáticos para deslocamento na cidade

Esquerda

No local é possível fazer caminhadas, desfrutar momentos ao ar livre ou fazer atividades aquáticas

CARMEL TAÍBA

Paisagismo por Alex Hanazaki

fotos: Yuri Serodio

Localizada na Praia da Taíba, ao norte do Ceará, essa acomodação da redes de hotéis Carmel conta com cerca de 12.000m² em áreas externas. Essa vasta escala disponível para o verde permitiu uma arquitetura da paisagem conformada por variados espaços de lazer, passeio e contemplação: piscina, mirante, espelhos d’água, decks, fogo de chão, pergolados, percursos e áreas ajardinadas. Para aproveitar visualmente ao máximo dos recursos naturais pré-existentes, a ampla piscina comum, de formas orgânicas, se abre para a vista do mar, cujo horizonte se unifica com a linha da borda infinita, por onde a água transborda. É também nessa perspectiva que se pode acompanhar o nascer e o pôr do sol. Outros generosos corpos d’água são dispostos no jardim, como o espelho d’água da recepção, que une as formas curvas de sua cascata a uma geometria mais regular, uma vez que está integrado aos alinhamentos da edificação. Já o espelho d’água no entorno dos spas, esse trabalha apenas com a ortogonalidade, ao mesmo tempo em que as pisadas e floreiras flutuantes permitem uma liberdade de fluxo dos usuários ao longo de sua superfície. Mesmo quando se trata do fogo como elemento central, no lounge rebaixado para a lareira externa, tem-se a experiência imersiva de se estar cercado pela água.

Esquerda

Pergolados em madeira delimitam os espaços e marcam as circulações

Página ao lado

Mesmo com 12.000 m² de área externa, o projeto do hotel também contou com a cobertura dos bangalôs com teto verde Acima

O projeto de paisagismo assinado por Alex Hanazaki é um verdadeiro convite a contemplação

Generosos espelhos d´águas estão espalhados por todo o percurso do jardim e próximo as edificações

O percurso de um ambiente para o outro se dá por pisadas espaçadas entre grama e bancos de areia, e é marcado pela interação entre planos verticais de totens e muros, aos quais se acoplam bicas d’água. Esses elementos escultóricos, que ora ocultam, ora revelam, fazem do passeio uma experiência de descoberta gradual por novos espaços. Também são caracterizados pelo contraste de materialidades justapostas: uma mescla entre revestimentos de pedras vulcânicas e pedras da região, em texturas tanto polidas quanto brutas, com paginações geométricas ou encaixes mais naturais e uma paleta de muitas nuances, dos tons minerais mais quentes aos mais escuros.

Acima direita e ao lado

Pisantes e floreiras parecem flutuar sobre o espelho d´água e garantem aos usuários liberdade de fluxo

A vegetação compõe com a escolha de materiais, como a pedra vulcânica e pedras da região, que aparecem em diferentes acabamentos Pergolado faz jogo de luz e sombra entre as águas e os materiais

O trabalho com as sombras também integra essa composição estética: as projeções das múltiplas palmeiras – tantos os coqueiros e carnaúbas existentes, quanto as composições de palmeiras-solitárias, palmeiras-elegantes, ráfias, pinangas e tamareiras propostas no paisagismo - e os elementos ripados do pergolado compõem um jogo de desenhos, reflexos e transparências sobre a água e os materiais. Sobre algumas áreas dos espelhos d’água, notam-se plantas aquáticas flutuantes. Em um conjunto de mais de setenta espécies, as escolhas vegetais são tropicais em sua totalidade, e proporcionam uma experiência de riqueza botânica: seja na exuberância das folhagens de filodendros e costelas-de-adão, seja no colorido floral das diferentes espécies de íris, alamandas e helicônias.

A composição do paisagismo aproxima o usuário da natureza e traz sensação de relaxamento

Devido ao trabalho de paisagismo ,o complexo possui uma relação de pertencimento ao local onde está inserido Alex Hanazaki

Projeto Arquitetônico Marcelo Franco Arquitetura

Projeto de Interiores João Armentano Arquitetura

Hanazaki Paisagismo @alexhanazaki www.hanazaki.com.br

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