ARTE & CULTURA A topografia do terreno foi usada para criar um anfiteatro semicircular
O edifício cilíndrico, mais largo na parte superior do que no fundo, foi concebido como um “templo do espírito”
MUSEU GUGGENHEIM NY
A arquitetura toma partido das condições naturais do espaço para a idealização do projeto
Uma obra de arte de Frank Lloyd Wright por Aurélio Cardoso fotos: Laurian Ghinitoiu
Um dos mais importantes museus de Nova Iorque, o Museu Guggenheim nasceu a partir da coleção de Solomon Robert Guggenheim, um empresário e colecionador de arte norteamericano. A coleção de Solomon foi crescendo e com doações de outras obras, virou um dos maiores acervos de obras de arte de todo o mundo. A coleção do museu cresceu organicamente, ao longo de oito décadas é baseada em várias coleções particulares importantes, compartilhada com os museus ‘irmãos’ em Bilbao, Espanha e outros lugares. E, além das obras de seu interior, outra coisa que chama a atenção no Guggenheim é a sua arquitetura. Muitos turistas procuram o museu para conhecer de perto o que fez o brilhante arquiteto americano Frank Lloyd Wright no Guggenheim. Wright é famoso pelas linhas curvas da fachada, representando a arquitetura moderna em sua forma mais orgânica. Solomon procurava um “amante do espaço, agitador e sábio” e assim o perfil de Frank Lloyd Wright se encaixou. As muitas especificações impostas por Solomon a Wright - como de que o museu não poderia ser comparado com qualquer outro já existente - foram bastante difíceis de transpor. Em 1943, Guggenheim pediu a Wright para projetar uma estrutura para abrigar e exibir a coleção do museu. Wright viu como oportunidade de experimentar seu estilo orgânico em um ambiente urbano, levou 15 anos e 700 esboços para criar o museu.
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O projeto do museu com uma rampa permite a integração de pessoas em diferentes níveis
Fachada cilíndrica espiralada em branco