Mas continuava preso àquela engrenagem. Era sua profissão, havia dez anos, embora não tivesse diploma. Embora eu quisesse ser livre e os órgãos servis, era o que sabia fazer. Em Portugal, a exigência do diploma não equivalia a um progresso estabelecido. Lençol limpo, convidativo, o corpo filtrado pela viagem se distende entre a entrega da matéria e o torpor de tantos nadas. Minha vida se tornara inoportuna. Preciso não ter interesse material ligado à escrita, ser livre e acreditar no que faço tanto quanto sei fazer, e viver de acordo, com cuidados de retidão e caligrafia, incluindo rasuras e correções. Um cartaz entra pela janela que vê Madri. Ahora es tu oportunidad.