H JOINVILLE
166 ANOS
joinville
é nº 6 Março 2017
educação
As conquistas dos alunos confirmam a virtude do ensino público
Entrevista
O prefeito Udo Döhler lista os êxitos e os planos de gestão
o caminho para uma cidade inteligente
economia
Turismo de eventos se consolida com trabalho de longo prazo
esporte
Joinville segue o modelo europeu das Smart Cities ao usar a inovação para melhorar a qualidade de vida da população
A natureza de Joinville desbravada por grupos de trilheiros na serra
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NVictor Carlson
editorial
l minha cidade l cartão-postal l galeria l entrevista l urbe l economia l empreendedores l educação l esporte l pub l cultura l perfil RIC
Uma publicação do Grupo RIC FUNDADOR e Presidente Emérito
Mário J. Gonzaga Petrelli
Grupo RIC SC presidente-Executivo
Marcello Corrêa Petrelli Diretor Superintendente
Destaque nacional Joinville é uma das cidades que mais deve crescer nos próximos 25 anos no mundo, dobrando a população e triplicando a economia. Para que isso aconteça de forma positiva, o Join.Valle trabalha para que essa expansão seja sustentável, com planejamento urbano associado à inovação tecnológica, criando uma cidade inteligente e criativa. Em entrevista exclusiva, o prefeito Udo Döhler fala sobre as reformas administrativas que evitaram a insolvência e do orgulho em ser destaque nacional na educação e na saúde. Os olhares do mundo, em especial da Alemanha e do Japão, estão atentos a esses potenciais, atraindo o interesse dos investidores. E quando se trata de colocar Joinville no mapa mundial, o trabalho do Convention Bureau tem garantido a realização de eventos que fomentam a economia local. Joinville já é considerada uma das melhores cidades para se viver no Brasil e está no caminho certo para ocupar a liderança. Para o Grupo RIC é um orgulho oferecer a sexta edição da Joinville É, reforçando nosso compromisso de ser o maior produtor de conteúdo regional do Brasil. Trabalhamos em cada região pois está no nosso DNA ser regional e estar mais perto de você.
Reynaldo Ramos Jr. Diretor Administrativo e Financeiro
Albertino Zamarco Jr. Diretor de Planejamento e Estratégia
Derly Massaud de Anunciação Diretor de conteúdo
Luís Meneghim Diretor Regional joinville, itajaí e blumenau
Silvano Silva
Revista JOINVILLE É Produção Editorial
Victor Emmanuel Carlson assistente de produção editorial
Mia Von Baxtet fOTO DA CAPA
Juliano Cruz Gerente Comercial jOINVILLE
Cristian Vieceli distribuição
Ric Editora IMPRESSÃO
Gráfica Coan (Tubarão/SC)
Marcello Corrêa Petrelli Presidente-Executivo Grupo RIC SC
Joinville É l 2017
Rua Xavantes, 120 – Atiradores CEP 89203-210 – Joinville/SC (47) 3419-8000
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N Divulgação / Victor Carlson / Nilson Bastian (Divulgação) / Romy B. Dunzinger (Divulgação)
índice
l minha cidade l cartão-postal l galeria l entrevista l urbe l economia l empreendedores l educação l esporte l pub l cultura l perfil RIC
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minha cidade
mery paul ADRIANO SILVA Lucila Munaretto
14 Estação ferroviária cartão-postal
Uma revista muito além do texto Curta a “Joinville É” com o aplicativo de Realidade Aumentada do Grupo RIC. É muito fácil! A seguir está o passo a passo para assistir os vídeos no seu smartphone. A. Baixe o Aplicativo gratuito nas lojas virtuais do Android (Play Store) e da Apple (App Store). Busque por “DDRRIC” ou acesse o site usando o QR Code ao lado. B. Instale o Aplicativo C. Abra o aplicativo e aponte a mira que aparece no seu smartphone nas matérias que possuem o marcador de Realidade Aumentada do Grupo RIC, como este abaixo. D. Mantenha a mira sobre o marcador e assista os vídeos produzidos pelo Grupo RIC.
16 Equilíbrio na gestão 20 Uma cidade inteligente entrevista
Complexo Expoville
urbe
“sOMOS A BOLA DA VEZ!” Dona Helena foca EM pesquisa Não perca a viagem
28 Na rota dos eventos economia
30 anos de sucesso
32 Juliano Cruz empreendedores
Castelo dos Bugres
Matheus Fagundes Lucas Baldissera Laurita Vera Öttjes Schultze
40 boletim de ouro educação
IFSC ganha curso de Enfermagem
44 trilheiros desbravam a natureza esporte
por UMA SOCIEDADE SADIA
Balé Bolshoi
Escolinha Guga
54 PEDACINHO CELTA EM JOINVILLE 56 memória da erva-mate pub
cultura
DOMINGOS MUSICAIS (IN)CONSCIENTE QUE MOVE O COLETIVO 17 anos da Escola Bolshoi em Joinville
Projeto Domingos Musicais
62 programas conquistam telespectadores e anunciantes perfil RIC
Festa do trabalhador JOINVILLE É l 2017
Nosso orgulho só não é maior que a história dessa grande cidade. Parabéns, Joinville, pelos 166 anos. Desde que chegamos aqui, fomos recebidos de braços abertos. E a melhor maneira de retribuir todo esse carinho é oferecendo as melhores soluções financeiras aos nossos associados e reinvestindo os recursos na cidade. É assim que contribuímos para Joinville crescer ainda mais.
sicredi.com.br
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NAcervo pessoal (Divulgação) / Divulgação / Victor Carlson
minha cidade l
cartão-postal l galeria l entrevista l urbe l economia l empreendedores l educação l esporte l pub l cultura l perfil RIC
A JOINVILLE DE
mery paul
desde 1983 à frente do mutirão do amor, mery indica seus lugares preferidos em joinville.
Leitura garantida “É para quem gosta de literatura! O local é perfeito para quem procura se inteirar sobre a história de Joinville e das pessoas que construíram a cidade”. A Biblioteca Pública Municipal Rolf Colin está localizada na Rua Comandante Eugênio Lepper, no centro. Aberta de 2ª a 6ª feira, das 7h15 às 18h45, e nos sábados, das 8h15 às 11h45.
Mirante
A ativa senhora de 80 anos também participa há 19 anos do Coral da Paz, da Igreja Luterana de Joinvile – o mais antigo do Brasil, com 123 anos – e da Central Solidária de Joinville. Mas é no Mutirão do Amor que Mery dedica a maior parte do seu tempo, comandando 60 entusiasmados voluntários. A entidade surgiu da sensibilidade de vários joinvilenses com o comovente drama vivido por milhares de catarinenses nas enchentes de 1983. Atualmente a Associação Beneficente se dedica a produzir enxovais para bebês carentes de Joinville e região. “Desde criança despertou em mim a vontade de ajudar e eu me sinto realizada com o que faço”, conta Mery que é viúva, mãe de dois filhos e avó de três netos. O Mutirão do Amor tem sede própria na Rua Ewald Quandt, 102, no bairro Saguaçú, mantido com doações. (47) 3804-1675
“Fizeram no Morro da Boa Vista um grande mirante. Os próprios joinvilenses aproveitam para apreciar a ampla vista do local, onde é possível ver a Baía da Babitonga e grande parte da cidade. É
mercado público
muito interessante”. A entrada é gratuita e fica aberto diariamente, das 7h às 19h. O acesso ao mirante é realizado
“O Mercado Público Germano Kurt
pelo mesmo caminho que leva ao Zoobotânico.
Freissler foi recentemente reformado
Rua Pastor Guilherme Rau, no Saguaçu.
e está muito bonitinho. Lá se encontra produtos que vêm dos colonos da
CAU HANSEN
tudo bem fresquinho. E no anexo ainda
Café viktoria
“É um local maravilhoso e palco de
tem um espaço que aos sábados e nos
“Adoro esse lugar. É um ambiente muito
muitos eventos que movimentam a
dias festivos abriga apresentações de
acolhedor e aconchegante, que já existe
cidade. No espaço fica o teatro Juarez
música e muitos quitutes”.
há mais de 20 anos. É bem decorado e
Machado, o teatro Bolshoi e todo o
O Mercado Público está localizado na Praça
um bom local para encontrar amigos e
ano acontece o espetacular Festival de
Hercílio Luz. Durante a semana funciona das
tomar o café da tarde”.
Dança, grande destaque da cidade”.
7h às 19h e no sábado das 7h às 13h. A parte
Rua Senador Felipe Schmidt, 400, no centro,
A Arena Multiuso está localizada na Av. José
gastronômica funciona até às 21h.
bem perto do Shopping Mueller.
Vieira, 315, no bairro América.
redondeza, além de muito peixe, sendo
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NAcervo pessoal (Divulgação) / Victor Carlson
minha cidade l
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A JOINVILLE DE
ADRIANO SILVA PRESIDENTE DO CATARINENSE PHARMA APONTA SEUS LUGARES PREFERIDOS DA MANCHESTER CATARINENSE Nascido e criado em Joinville, Adriano Bornschein Silva faz parte da quarta geração à frente da Catarinense Pharma, empresa que começou com seu bisavô, há 70 anos. Bombeiro voluntário e fundador do Instituto FEE (Força Empresarial para Emergências), Adriano morou em São Paulo durante a faculdade, mas logo voltou para contribuir nas mais diversas esferas sociais joinvilenses. Hoje ele se divide entre as atividades empresarias e de voluntariado, mas sempre encontra tempo para curtir a cidade que lhe faz se sentir um cidadão.
Sabor oriental no Chansu “O restaurante oriental Chansu é ótimo, possui um cardápio completo e os pratos são muito bem elaborados. Meu predileto é o Pad Thai, uma especialidade da cozinha tailandesa, muito saboroso. Lá o Artur e a Bruna sempre nos atendem com presteza e atenção aos detalhes”. Na Rua Marechal Deodoro, 208, bem no centro, entre as ruas Max Colin e Lages.
Recanto do Osmar “É a churrascaria mais tradicional da cidade, um ambiente familiar, comida caseira e a carne é no ponto! O que é muito bacana é o atendimento feito pelos parentes do Osmar. Para quem gosta de um típico almoço em família, lá é o lugar”. Na Rua Alberto Kroehne, 231, no bairro Atiradores, paralela a Rua Otto Parucker.
Melhor à parmegiana “A Cantina Trentine é um local pequeno
Baía da Babitonga
e aconchegante. Tocada há anos pela mesma família, tem o melhor bife à parmegiana que já provei. Não me
“Sou apaixonado pela Baía da
recordo de outro igual”.
Babitonga e me traz uma paz muito
Na Rua XV de Novembro, 2692, no bairro Vila Nova,
grande navegar por suas águas, sendo
depois da esquina da Rua Pres. Campos Sales.
um passeio que sempre faço. O local é um privilégio para os joinvilenses. O happy hour no Joinville Iate Clube
Serra Dona Francisca
Hackepeter do Dom Bruno
(JIC) é um ótimo lugar para quem gosta
“É um passeio imperdível, cheio
de observar o pôr do sol”.
de belezas naturais e com uma
“Sempre quando posso janto este prato
O Joinville Iate Clube fica na Rua Prefeito
gastronomia muito rica. A serra tem
que é típico da cultura alemã no
Baltazar Buschle, 2850, no bairro Espinheiros.
um visual incrível! O passeio fica ainda
Dom Bruno. É excepcional! E ainda
Vindo do centro, o visitante deve atravessar a
mais bonito no friozinho do inverno,
destaco o Douglas, que atende a todos
ponte junto ao Mercado Público e seguir pela
aproveitando os restaurantes ao pé da
com muita cordialidade”.
Rua Aubé e pela Rua Albano Schmidt até o trevo
serra. Destaco o marreco do Hubner”.
Na Rua Dr. João Colin, 1163, no centro,
após a Associação Atlética Tupy e pegar a direita,
Na Estrada Dona Francisca (rodovia SC-418),
após a esquina com a Rua Quintino Bocaiúva,
e novamente a direita na placa indicativa.
com acesso na saída 28 da BR-101, sentido norte.
em frente à Florença Veículos.
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NAcervo pessoal (Divulgação) / Nilson Bastian (Divulgação)
minha cidade l
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A joinville DE
Lucila Munaretto Vida noturna
A BAILARINA Lucila Ailen Munaretto MORA NO CANADÁ, MAS SABE APROVEITAR JOINVILLE QUANDO VISITA A FAMÍLIA!
“Apesar do ar tradicional que a cidade
Aos 22 anos, não há dúvidas que a
festivais gastronômicos e inúmeras
argentina sabe muito bem o que quer.
opções de restaurantes, também tem
Para concretizar o sonho de ser uma
um leque enorme para a diversão
bailarina, ela se mudou para o Brasil
noturna, como pubs, baladas, boliches
com a família. Aos 11 anos ingressou na
e bares que são a cara da cidade mais
Escola do Teatro Bolshoi de Joinville para
charmosa do estado!”.
desenvolver ainda mais a sua carreira na
Bem no centro de Joinville fica a Via
conceituada escola. “Logo de início, as
Gastronômica, na rua Visconde de Taunay, com
casas com flores nas janelas, os lindos
muitas opções de bares e restaurantes.
aparenta ter, engana-se quem pensa que a vida noturna não é agitada. Além da enorme variedade culinária, com
canteiros em toda a cidade e o charme de uma pequena Europa brasileira nos conquistaram”, recorda Lucila. Contudo, o mundo se torna pequeno quando se é uma artista com um talento como o dela. Foi preciso deixar Joinville para seguir a carreira profissional em Vancouver, no Canadá, onde está há quatro anos trabalhando na escola de dança Pacific Dance Arts e em uma confeitaria de cupcake. “A cidade canadense é muito aconchegante e cheia de cultura e natureza. Aqui não falta oportunidade de trabalho em qualquer área e só passa fome quem está de dieta”, brinca a bailarina. Mas é Joinville que a jovem ainda chama de lar, afinal, ela não esquece os oito anos inesquecíveis que viveu na cidade.
Estrada Bonita “De verde a cidade entende muito bem e não é necessário ir longe para sentir
Instituto Juarez Machado
Escola do Teatro Bolshoi “Impossível estar na cidade nacional
a nostalgia de uma casa da vovó ou
“Na cidade dos príncipes não poderia
da dança e não falar da mais renomada
simplesmente para ter um encontro em
faltar um local como o Instituto
escola de balé fora da Rússia. Essa
paz com a natureza e seus renovadores
Juarez Machado. O jovem museu
que foi minha casa é um excelente
fios de água. A estrada Bonita é a
é um espaço fantástico para um
compromisso na agenda de quem deseja
resposta para um pouco de isolamento
dia dedicado para as artes. Tem
entender o processo de formação de
do tumulto urbano e a exposição viva
o acervo permanente do artista e
um grande artista. Com uma simples
de uma de suas maiores obras de arte:
também exposições itinerantes,
visita é possível ver o que os palcos não
a natureza, é claro, mas sem perder
além da arquitetura aconchegante
mostram: o treinamento diário, recheado
o encantamento do acolhimento
e do ambiente muito agradável. E
de disciplina, amor e total entrega dos
joinvilense e sua maravilhosa culinária!”
a entrada é franca para quem vai
bailarinos à dança, que no fim fazem
A mais bela estrada de Santa Catarina começa em
pedalando!”.
parecer tudo sempre tão fácil!”.
Rio Bonito, a sete quilômetros de Pirabeiraba, no
Rua Lages, 994, bem perto do Museu de
Av. José Vieira, 315, bairro América, junto ao
sentido norte, na saída 21 da BR-101.
Arte de Joinville. (47) 3033-3036.
Centreventos Cau Hansen. (47) 3422-4070.
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minha cidade l
cartão-postal
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joinville É l 2017
15 NJuliano Cruz
A antiga Estação Ferroviária de Joinville, construída em 1906, no olhar inusitado do fotógrafo juliano cruz (confira na pág. 32)
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minha cidade l cartão-postal l galeria l
entrevista
l urbe l economia l empreendedores l educação l esporte l pub l cultura l perfil RIC
Equilíbrio na gestão EM ENTREVISTA EXCLUSIVA, O PREFEITO UDO DÖHLER ELENCA AS CONQUISTAS DA GESTÃO PASSADA, FALA SOBRE OS PLANOS PARA 2017 E COMENTA O RESULTADOS DAS REFORMAS ADMINISTRATIVAS
Gostaria que o senhor pontuasse algumas conquistas da sua gestão. Diante da situação de quase insolvência, a gestão passada nos obrigou a fazer escolhas. Na educação, por exemplo, havia 10.300 crianças matriculadas nas creches e uma demanda de 3.800 vagas. Mas esse número não era verdadeiro, pois dobramos a oferta para 21 mil vagas. Nós percebemos uma ociosidade decorrente dos pais que não tinham como pagar a metade da mensalidade. Decidimos pagar toda a mensalidade e isso estimulou a demanda. Também encontramos as escolas muito mal cuidadas e tivemos que joinville É l 2017
realizar reformas em 112 estabelecimentos, algumas delas bem complexas. Também entregamos tablets aos alunos e instalamos lousas digitais. Como resultado, em 2014 conquistamos o melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do Estado, no ano seguinte fomos o melhor do Sul do País e em 2016 ficamos somente atrás de São Caetano (SP). Se olharmos para 2045, quando a economia terá um perfil diverso do atual, teremos toda uma geração preparada. Outra importante conquista foi na saúde. Hoje temos 25 unidades com acessibilidade e melhoramos a entre-
17 NJaksson Zanco/Secom/ Prefeitura de Joinville
ga dos medicamentos de atenção básica. Ampliamos em 1/3 as internações do Hospital Municipal e temos atualmente um IDH da saúde de 0,91. Também temos a melhor instituição de saúde pública municipal do Estado.
física, mas não contribui para a manutenção e isso é perverso.
Implementamos a digitalização do processo de gestão e talvez sejamos o único município 100% digital, com informações em tempo real. Hoje confiro o fluxo de caixa uma ou duas vezes ao dia, sendo que isso não existia em 2013. O nosso portal é o mais moderno do país e supera inclusive o do Governo Federal. Espero chegar ao fim do mandato com uma prefeitura trabalhando como um banco on-line, 24 horas. O atendimento virtual acabará com o balcão e, em breve, cada cidadão poderá dispor de todas as informações sem a necessidade de vir para a Prefeitura.
Exatamente isso! Nós chegamos na série A e não queremos voltar para a Série B! Nesse sentido, temos o nosso turno pleno consolidado. Mas ainda não o turno integral, pois isso demandaria quase 150 novas escolas, algo para décadas. Isso tem se constituído em um avanço muito importante, mas queremos evoluir ainda mais. Com a reforma realizada em janeiro eliminamos as fundações, como foi o caso da Secretaria de Educação, que incorporou a Universidade do Trabalhador com ensino profissionalizante. Também construiremos laboratórios de robótica pra que os alunos fiquem familiarizados com esse novo modelo de laboratório.
Outra conquista foram as duas reformas realizadas na gestão passada. Reduzimos o nível hierárquico quando extinguimos 212 chefias, descentralizamos os processos e ficou tudo mais próximo do usuário. Antes, obter licenciamento era uma via crucis. Avançamos com a digitalização e como consequência, não tivemos qualquer licitação anulada. Por fim, conseguimos projetar a cidade para o futuro, estabelecendo marcos para os anos de 2030 e 2045, quando a população deve dobrar. Construímos um plano de mobilidade urbana que hoje é referência no Brasil – tanto que foi adotado pelo Ministério das Cidades no seu manual para os demais municípios – e já temos o esboço pronto do nosso plano de desenvolvimento integrado dentro do Estatuto da Metrópole, para formalizar a região metropolitana em 2018. Portanto, podemos enxergar a cidade de Joinville para o futuro.
O ensino fundamental de Joinville é considerado um dos melhores do Brasil. O desafio é se manter no topo?
“Se não tivéssemos feito as duas reformas no primeiro mandato hoje não estaríamos pagando os salários” Começando pela educação, foi vantajoso comprar vagas nos centro de educação particulares? Foi uma necessidade. O desejo era disponibilizar essas vagas em unidades próprias, mas isso demandaria dez anos para acontecer. Portanto, para o curto prazo, compramos vagas junto à rede privada, o que permitiu abrigar 21 mil crianças. De outra forma, deixaríamos 10 mil crianças sem atendimento. Se o modelo é bom, é possível ampliar? Hoje as nossas unidades têm um custo superior em relação ao setor privado, mas estamos trabalhando fortemente para que esses custos fiquem compatibilizados. O Governo Federal dá contribuição para construir a unidade
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O senhor encaminhou importantes reformas administrativas. É possível mensurar qual foi a economia com isso? Se não tivéssemos feito as duas reformas no primeiro mandato hoje não estaríamos pagando os salários – a exemplo do que está acontecendo em 50% dos municípios catarinenses, que estão com dificuldades de pagar com regularidade seus salários. Essas reformas permitiram reduzir em 40% o nosso ticket médio de compra. Isso ajudou a recuperar a credibilidade do município e possibilitou parcelarmos em 48 vezes as dívidas com os fornecedores. A crise provocou uma queda na receita na ordem de 15% em função do desaquecimento da economia, já que a nossa receita é decorrente de impostos. Com exceção do IPTU, que é corrigido pela inflação, o restante é decorrente do movi-
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onde ele trabalha, ele responderá com orgulho que é professor da rede municipal de Joinville por ser a melhor do país. Recentemente esteve aqui o prefeito de Paranaguá (PR). Ele queria saber a razão de Joinville ter o melhor ensino fundamental do Brasil. Aproveitei para mostrar o nosso processo digital de gestão. Faz três anos que não assino mais documentos. O diário oficial não é mais impresso, é digital.
mento econômico. Mas a despesa, ao contrário, cresceu, pois a população aumentou e isso impacta na saúde e na educação. Como está a evolução da folha de pagamento? Nossos salários estão próximos de 50% da receita líquida corrente. Deve crescer um pouco e encostaremos no primeiro limite que é 51,3%. O limite seguinte é de 54%, quando somos obrigados a reduzir o quadro de servidores e isso significa reduzir o atendimento na saúde e na educação, pois 10 mil servidores são dessas duas áreas. Então, esse é um cuidado muito grande que estamos tendo. Reduzimos a frota de veículos – sendo que todos os carros são rastreados em tempo real para evitar desperdício – e os aluguéis de forma substancial. Mas esse momento já se esgotou. A segunda reforma não reduziu cargos, mas melhorou o desempenho. Vou citar um pequeno exemplo. Na reforma acabamos com a nossa agência reguladora de água e esgoto. Quando ela foi constituída tinha razão de ser, pois a gestão da água tinha sido municipalizada. Mas hoje não fazia sentido mantê-la com um fundo de R$ 5 milhões. Agora contrataremos o serviço por uma fração desse valor e os 20 funcionários serão realocados, já que são concursados. Como empresário, o senhor não estranhou a impossibilidade de mexer no quadro pessoal? A estabilidade é uma dificuldade, mas o problema maior é quando o servidor não cumpre a sua obrigação de atender adequadamente a população e o tempo que leva para concluir um processo administrativo disciplinar. Isso atrapalha. O desafio é fazer com que o servidor perceba que ele é importante para a cidade e que precisa atender cada vez melhor
“Esse modelo não dá mais, pois os municípios ficam insolventes. Hoje temos três exemplos de estados falidos” o munícipe. Muita gente enxerga no funcionário público um preguiçoso, que não cumpre com as suas obrigações, que é grevista, enfim. Mas é um equívoco enxergar dessa forma. Hoje temos 10 mil servidores nas áreas de saúde e educação, dois setores onde temos excelentes indicadores. Sem esses profissionais não teríamos a melhor educação fundamental do país e nem a melhor saúde municipal do Estado. Então, a maioria dos servidores tem cumprido com as suas funções. E estamos buscando a condição para que se alguém perguntar “onde você trabalha?” o funcionário público possa responder com sentimento de orgulho “eu trabalho na prefeitura de Joinville”, que é o que acontece no setor da educação. Hoje, se você perguntar para um educador nosso joinville É l 2017
À medida que o servidor percebe que ele participa disso e a população reconhece esse trabalho, melhora a relação. Portanto, a estabilidade não é o maior problema. A dificuldade é fazer com que o funcionário público se sinta estimulado por isso: “Eu tenho por obrigação cumprir a minha função da melhor maneira possível”. Isso vale para cada um dos 13 mil servidores. Portanto, a estabilidade se constitui em uma trava? Até é possível. Mas não é a maior delas. É possível manter esse modelo onde o funcionalismo público, em todos os poderes, tem capacidade de pressão para obter vantagens e que tornam quase impraticável o pagamento da folha nos municípios e Estados? Esse modelo não dá mais, pois os municípios ficam insolventes. Hoje temos três exemplos de estados falidos. Alguns estão em recuperação judicial praticamente. Isso não avança. É necessário que haja o quanto antes um tratamento igualitário entre o funcionário público e o trabalhador que tem o seu vínculo pela CLT. É preciso que haja equilíbrio e respeito mútuo. Sobre o Complexo Expoville, a concessão deu resultado para a cidade? Muito! Hoje é uma das mais bem instaladas unidades para receber even-
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financiamento de US$ 70 milhões do Banco Internacional de Desenvolvimento e que depende somente do aval do Governo Federal. Isso deve acontecer agora, pois Joinville hoje está em situação de emergência já decretada e reconhecida pelo Governo. Assim, investiremos na drenagem do rio Itanhaém Açu. Só para se ter uma idéia, isso corresponde a aproximadamente 7% da drenagem de todas as nossas outras bacias.
tos de grandes dimensões e estamos examinando para que isso também possa acontecer com o Centreventos e com a Arena. Em relação à Parceria Público Privada (PPP), ela é um pouco mais complexa e demorada do que a concessão, mas não excluímos essa modalidade. O fato é que a PPP ainda não avançou adequadamente porque tem uma regulamentação muito complexa, que traz inseguranças jurídicas para o investidor. A cidade expandirá para o extremo sul. O que fazer para evitar que ocupação dessa área não tenha o mesmo estigma das periferias? A zona sul da cidade ganhou bastante atenção, mas para onde ela deve crescer ainda há baixa densidade populacional. Portanto, será mais fácil desenhar o sistema viário. Por isso o nosso plano de mobilidade urbana já está tendo o cuidado para que a ocupação da zona sul não passe pelas mesmas dificuldades que a cidade atravessa, onde há necessidade de alargar as ruas e não há como fazer. Investiremos em nossos corredores de ônibus e estimularemos a troca do transporte individual pelo coletivo, além do uso da bicicleta. Em 2025 teremos 700 km de ciclovia, pois é impossível continuar com a quantidade atual de carros, que chega a 380 mil. O que fazer para que a nova região não se torne violenta? A primeira coisa é melhorar a vida das pessoas nestes bairros mais distantes e já bastante ocupados, até mesmo por ocupações irregulares. É preciso fazer com que a saúde e educação sejam ainda mais avançadas para estas áreas. Também estamos melhorando a iluminação em nossa cidade. Atualmente somos líderes no país em iluminação elétrica. Nós mudamos um pouco o nosso critério
“Joinvile está no caminho certo para se transformar na melhor cidade do país para se viver” de recolhimento de taxas de iluminação pública. Isso permitirá com que 37% da população paguem uma Cosip menor, sendo que destes 37% quase 90% moram na periferia. Os outros terão que compensar um pouco pagando um valor ligeiramente maior. Esse é um dinheiro carimbado e só pode ser usado para isso. A cidade continua sofrendo com os alagamentos e chuvas fortes. Quais medidas estão sendo tomadas? Esses alagamentos acontecem por culpa do prefeito. Se o prefeito tivesse investido nestes últimos quatro anos de mandato R$ 2,8 bilhões no projeto para drenar as 21 bacias da cidade, nós estaríamos livres das enchentes. Mas esse valor, é claro, não cabe em nosso orçamento. Temos hoje dois projetos, sendo um em execução no centro da cidade, que é a drenagem do Rio Mathias, com investimento de R$ 45 milhões. Temos também um joinville É l 2017
E o que falta para Joinville se consolidar como polo de inovação? Isso já está acontecendo. Estamos transformando Joinville em uma cidade inteligente. Hoje temos um instrumento, o Join.Valle, que será o nosso Vale do Silício. Neste Join. Valle já temos os nossos laboratórios e as startups começam a se concentrar nesse espaço com mais de 100 talentosos jovens. Estamos caminhando a uma boa velocidade e o nosso parque de inovação tecnológica começa a mostrar que está muito próximo de ser transformar em realidade. Também temos a Softville, uma incubadora que irá se incorporar ao Join.Valle. Muitos estão interessados em vir para cá porque perceberam que Joinville está tendo essa excepcional oportunidade de se transformar em uma cidade inteligente em um curto espaço de tempo. Temos referências geográficas invejáveis e em alguns anos estaremos inseridos no segundo maior Complexo Portuário do país, com conexão ferroviária. O aeroporto joinvilense também já tem um plano de ampliação definido até o ano de 2029. Atualmente Joinville é reconhecida como a segunda melhor cidade para se viver no Brasil (Revista Isto É/2015) e está no caminho certo para se transformar na melhor do país.
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perfil RIC
Uma Cidade Inteligente Programa Join.Valle incentiva o uso da inovação tecnológica para melhorar a qualidade de vida no município O ambicioso projeto desenvolvido pela nova Secretaria de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável prevê a transformação de Joinville em uma cidade inteligente e criativa, com estímulo aos negócios inovadores e que resultem no aumento da qualidade de vida da população. O conceito de Smart Cities nasceu na Europa, em decorrência do crescente aumento populacional das cidades, e se define pelo uso da tecnologia para melhorar a infraestrutura urbana, para criar uma ecnomia inovadora e tornar as metrópoles mais eficientes e melhores de se viver. “A cidade talvez seja a maior invenção da humanidade e o século XXI continuará sendo a época da urbanização. Para enfrentar essa realidade de forma organizada é preciso planejar as cidades e usar a inovação tecnológica para melhorar e otimizar todos os aspectos da vida urbana”, explica o secretário Danilo Costa. Para haver um desenvolvimento econômico sustentável é preciso haver planejamento urbano. Um exemplo do prejuízo causado por essa falta de organização aconteceu na década de 1960 no bairro Boa Vista. Com a instalação joinville É l 2017
da Tupy na região, a ocupação decorrente da atividade econômica foi completamente desorganizada. “Se você não prevê o crescimento, isso vira um caos. Hoje, a gestão pública apenas tenta amenizar o impacto dessa ocupação nessa região”, lamenta Danilo. E Joinville é uma localidade que está em plena ascensão. Diversos estudos indicam que a cidade será uma das regiões que mais crescerá no mundo em 25 anos, dobrando a sua população e triplicando a economia. “Apesar das excelentes perspectivas, esse potencial econômico precisa ser muito bem planejado para evitar problemas urbanos de difíceis soluções”, alerta o secretário. Os estudos também indicam a necessidade de mudar a matriz econômica do município, ainda muito dependente da indústria voltada aos setores metalmecânico, eletromecânico, plástico, têxtil e metalúrgico. Essa extensa renovação proposta será baseada em novas vocações para a cidade nos setores de saúde, farmaco, economia verde, biotecnologia, logística, desenvolvimento de novas matérias, tecnologia da informação e comunicação. “O modelo atual
21 NSecom/Prefeitura de Joinville / Victor
está em risco com o desenvolvimento das inovações. Precisamos mudar o nosso modelo de negócio, evoluindo para novos segmentos, e isso passa pela inovação”, afirma o gestor. Em Joinville, o programa Join. Valle é o carro-chefe deste amplo plano de inovação do município, incentivando um ecossistema criativo de negócios para gerar uma economia municipal inovadora. O incentivo virá de políticas para viabilizar os projetos, com laboratórios de capacitação, criação de condições favoráveis para atrair investidores e o fortalecimento de iniciativas livres. “Uma parte do programa é dedicada a impulsionar startups que tenham como foco as cidades inteligentes. Queremos incentivar aceleradoras e incubadores focadas na tecnologia de smart cities”, diz Danilo. O secretário acredita que os jovens empresários poderão criar inovações a partir de problemas reais da cidade e com base no dia a dia das pessoas. “Se o produto der certo em Joinville poderá ser aplicado em outras localidades, agregando valor ao negócio. Isso é a nova economia! E à medida que a cidade for se digitalizando uma enorme quantidade de informação será gerada e a Prefeitura se tornará mais eficiente nas suas ações”, garante o secretário. Um dos maiores obstáculos, no entanto, é a incapacidade que o Estado tem para acompanhar a velocidade da inovação. A excessiva burocracia do poder público, a consequente morosidade dos processos e os constantes entraves impostos através de regulações andam na contramão da evolu-
“A humanidade se questiona o tempo todo e isso gera inovação que melhora a forma como a gente vive”, defende Danilo Costa, secretário de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável
ção da sociedade. “A tecnologia da inovação é disruptiva. Ela chega, como o Uber, e faz uma bagunça boa. As pessoas inovadoras estão à frente do tempo, enquanto o Estado é incapaz de criar legislações que acompanhem essas tendências ”, analisa Danilo. Para o secretário de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável, a tendência é que as pessoas questionem cada vez mais esse modelo onde o poder público tem dificuldade de se adaptar às inovações que chegam para melhorar vários aspectos da vida em sociedade. “É somente a partir do questionamento das pessoas com o modelo atual de cidades que acontece o surgimento da inovação. Claro que ainda falta muito amadurecimento, mas o modelo baseado na inovação virá naturalmente”, finaliza o secretário. Nas cidades inteligentes a sociedade passa a ser a protagonista e as iniciativas deixam de ser do Estado. joinville É l 2017
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Para o secretário de Estado de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto, Santa Catarina larga na frente no interesse dos empresários estrangeiros
“Somos a bola da vez!” Trabalho realizado à frente da Secretaria de Assuntos internacionais reforça os laços econômicos com a alemanha e ajuda o estado a atrair o interesse dos investidores nesse momento de recuperação
O longo período em que Carlos Adauto
de Joinville na Alemanha, entre 1996 a
Virmond Vieira morou na cidade de
2000, e em várias oportunidades esteve
Colônia, na Alemanha, entre os anos de
à frente de iniciativas que estreitaram
1989 e 2000, criou um relacionamento
os laços comerciais e culturais entre os
muito forte do joinvilense com o país
países. Não à toa que em 2015, quando
europeu. Além de cursar a faculdade
aconteceria o 33º Encontro Econômico
de Direito e o mestrado em Direito
Brasil-Alemanha, mais importante evento
Ambiental Internacional, ele trabalhou
bilateral entre os dois países e que pela
como editor da rádio Deutsche Welle
terceira vez aportaria em Santa Catarina,
durante quatro anos e depois como
sendo Joinville escolhida como sede,
consultor jurídico em um dos maiores
Carlos Adauto foi a opção certeira.
escritórios de Colônia. Mas se engana
“Em janeiro daquele ano fui convidado
quem pensa que ele abandonou a
pelo governador Raimundo Colombo e
cidade de origem. Durante esse período
pelo senador Luiz Henrique da Silveira
o catarinense foi representante para
para um almoço. Eles queriam uma
assuntos internacionais da Prefeitura
pessoa que tivesse como principal
joinville É l 2017
23 NVictor Carlson
missão naquele ano organizar esse
Weimar, Santa Catarina teve uma sala
importante encontro e o meu nome
especial, foi destaque no evento e atraiu
foi cogitado justamente por todo o
a atenção dos empresários alemães.
meu relacionamento com
Na ocasião foi assinado um acordo de
a Alemanha”, revela.
irmanamento entre os catarinenses
Convite aceito, Carlos Adauto
e o estado alemão da Turíngia. “Isso
assumiu como secretário de Assuntos
fez com que Santa Catarina estivesse
Internacionais do Governo do Estado
no foco e Joinville despontasse como
de Santa Catarina. Para dar início
grande metrópole alemã dentro do
à nobre missão, foram realizadas
Estado”, relata o secretário.
várias palestras sobre Santa Catarina
Na opinião de Carlos Adauto, a difícil
em diversas cidades da Alemanha,
conjuntura política e econômica que
todas faladas naquele idioma. Como
o país atravessou nos últimos anos
resultado, 700 empresários alemães
trouxe um aspecto positivo para
participaram do encontro em Joinville.
Santa Catarina. Enquanto os demais
“Foi um recorde, sendo que deste total
Estados começaram a mostrar as suas
cerca de 300 estiveram pela primeira
fraquezas, especialmente em relação às
vez em Santa Catarina e descobriram
contas públicas, a gestão catarinense
um novo Brasil”, recorda.
mostrou a melhor saúde econômica
O secretário explica que os alemães
e financeira no Brasil. “Como esses
tinham uma imagem do país muito
Estados afundaram, o nosso começou
focada no Rio de Janeiro e em
a se destacar no cenário internacional
São Paulo. A partir do encontro
por todos os seus diferenciais: temos a
realizado em Joinville, os empresários
melhor organização de universidades
perceberam que existia um Brasil ao
do Brasil, a melhor estrutura de portos,
sul com excelentes oportunidades para
excelente distribuição de energia
realizar negócios, desenvolver projetos
elétrica, água a vontade, o cuidado
e fechar parcerias. Houve, com isso, um
ambiental, apenas para citar alguns
fortalecimento do relacionamento entre
exemplos. Tudo isso começou a
Santa Catarina e a Alemanha, tendo
chamar muito a atenção para Santa
Joinville como polo central.
Catarina. Somos a bola da vez para os
O secretário chama carinhosamente
investidores estrangeiros”, analisa.
esse processo de “renascence”, ou
Além do trabalho realizado com a
seja, o renascimento de uma relação.
Alemanha, o secretário de Assuntos
Ele explica que Joinville sempre teve
Internacionais destaca o forte
forte ligação com a Alemanha, mas
relacionamento com o Japão (ver
essa proximidade foi interrompida
texto ao lado) e a aproximação com
bruscamente durante o período
o Uruguai e da Argentina. “Temos
nacionalista da ditadura Vargas,
uma destacada indústria náutica e
principalmente a partir de 1937. “Houve
constamos que esses dois países
uma quebra neste relacionamento
estão importando barcos de Miami
e Joinville perdeu a sua identidade
(EUA). Portanto, ainda no primeiro
original, situação que se prolongou até
semestre teremos uma missão para
a década de 1990. Por isso o encontro
Buenos Aires, Montevidéu e Punta Del
realizado há dois anos em Joinville foi
Este, juntamente com representantes
tão importante para este processo de
do segmento, para apresentar
reaproximação”, comenta Carlos.
a indústria náutica catarinense,
Em 2016, já no 34º. Encontro
considerada uma das mais fortes do
Econômico, sediado na cidade alemã de
Brasil”, diz Carlos.
joinville É l 2017
missão ao Japão Da província de Miyagi, por volta de 1840, vieram os primeiros japoneses que pisaram em território brasileiro e eles estiveram justamente na Ilha de Santa Catarina. Já em 2016 foram comemoramos os 120 anos das ligações diplomáticas entre Japão e Brasil, um dos relacionamentos mais longevos existente entre duas nações. O Japão representa o segundo parceiro comercial mais forte de Santa Catarina, atrás da Alemanha, sendo que, desde 1980, o Estado tem um acordo de irmanamento com a província de Aomori. Além do know how da indústria da pesca, com uma modernização do setor pesqueiro catarinense, os japoneses também trouxeram a maçã, tornando Santa Catarina o primeiro produtor nacional de maçã Fuji. Também ajudaram a assessorar e financiar projetos de barragens para minimizar o drama das grandes enchentes no Vale do Itajaí. Para fortalecer ainda mais esses laços, uma comitiva catarinense acompanhará o governador Raimundo Colombo para a Foodex Japan 2017, a maior feira de alimentos e bebidas da Ásia, que acontecerá entre 2 e 13 de março. A missão será composta pelos maiores produtores de carne de Santa Catarina. “Os japoneses são grandes consumidores da carne de frango catarinense, o que corresponde a 35% das nossas exportações, e também da carne suína. Por isso estaremos na Foodex acompanhando as grandes produtoras catarinenses justamente para ampliar as possibilidades de exportação para o Japão, já que é um mercado excelente para isso”, explica Carlos Adauto. “Também iremos a Aomori assinar um reforço do nosso acordo de cooperação”, finaliza
24 NDivulgação
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Dona Helena foca na área de pesquisa Hospital reforça investimento no instituto de ensino e Pesquisa para incluir instituição em estudos nacionais e internacionais O Hospital Dona Helena está entre as principais instituições de saúde do Sul do país, com 100 anos completados em novembro de 2016. É o único hospital em Santa Catarina acreditado pela Joint Commission International (JCI), entidade reconhecida internacionalmente pelos requisitos de segurança e qualidade no atendimento ao paciente. No Brasil, 67
Centro Clínico possui prédio de 11 andares, 26 mil metros quadrados e 17 clínicas com especialidades variadas
instituições de saúde estavam acreditadas
internacionais, com reflexos positivos para
até fevereiro de 2017. No mundo todo,
tratamentos e melhorias aos pacientes.
a JCI contabiliza 914 organizações com
“Somos desafiados todos os dias pelos
Livro conta o centenário
o selo. “Nossa busca
avanços da medicina e
pelo atendimento
da tecnologia. Investimos
Para comemorar o seu centenário, o
de excelência, com
continuamente em mão
Hospital Dona Helena produziu um livro
segurança para
de obra qualificada e
fotográfico, que destaca os momentos
pacientes e seus
tecnologia, valorizando
mais importantes da instituição. O
familiares, é contínua. O
tanto os pacientes quanto os
processo de criação levou um ano.
Hospital Dona Helena
funcionários”, ressalta Bráulio
“Queríamos mostrar os 100 anos de uma
sempre se mantém
Barbosa, diretor técnico
forma diferenciada, leve e que envolvesse
comprometido com a
da instituição. A intenção
o leitor. Por isso optamos pelas imagens”,
ética e os padrões de
é acompanhar os avanços
explica Gizele Leivas, coordenadora de
qualidade semelhantes aos dos melhores centros
para garantir o serviço de Carimbo comemorativo lançado pelos Correios excelência oferecido pelo hospital.
comunicação e marketing do hospital. A história é narrada da atualidade para
hospitalares do mundo”, afirma Hilário
Além disso, a instituição continua a
os tempos mais antigos, em uma forma
Wolfgramm, diretor-presidente.
expandir os serviços oferecidos no Centro
de personalizar a publicação e chamar
Para permanecer na vanguarda da
Clínico. Nele já estão abrigados o andar de
a atenção do público. Com produção
inovação, o hospital intensificará o trabalho
internação, três andares de estacionamento,
da Editora Mercado de Comunicação, o
no Instituto Dona Helena de Ensino e
o andar para os setores administrativos,
livro conta com o trabalho dos fotógrafos
Pesquisa (IDHEP), com o intuito de incluir
além dos andares para as Emergências
Chico Maurente e Peninha Machado, além
a instituição em estudos nacionais e
Adulto e Pediátrica.
do designer Fábio Abreu.
joinville É l 2017
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NRogerio Silva/Secom/ Prefeitura de Joinville
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Não perca a viagem Todo o cicerone de parente ou empresário que
não perder a próxima viagem. A linha sai do
recebe uma visita acaba levando o visitante
Terminal Urbano Central e recebe passageiros
para conhecer o mirante no alto do Morro da
no pórtico de acesso e no Parque Zoobotânico:
Boa Vista. O inconveniente é que o acesso
– De segunda a sexta, das 7h40 às 17 horas, com
só pode ser feito a pé, de bicicleta, de táxi ou
intervalos de 40 minutos;
por linhas exclusivas de ônibus. Para aqueles
– Sábados, domingos e feriados, das 8h às
que não querem ou não podem enfrentar a
18h40, com intervalos de 20 minutos.
caminhada de pouco mais de dois quilômetros
É permitido o acesso diário de táxis
morro acima, segue os horários dos ônibus para
adaptados para cadeirantes que devem esperar os passageiros. Já o acesso aos táxis convencionais é restrito aos dias de semana e eles não podem ficar esperando o passageiro na base do mirante.
Mirante de Joinville – Rua Pastor Guilherme Rau, mesmo acesso do Zoobotânico, no Saguaçu. Aberto todos os dias, das 7h às 19h. Gratuito. Central de Atendimento ao Turista. 0800-643-5015
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economia
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Na rota dos eventos Espaços modernos como o do Complexto Expoville e mais de seis mil leitos em hotéis permitem a realização dos mais diferentes tipos de eventos em Joinville
O incansável trabalho de longo prazo produzido pelo Convention Bureau de joinville garante a realização de diferentes eventos que fomentam a cadeia produtiva do turismo e impulsionam a economia local
As dezenas eventos agendados para o ano de 2017 em Joinville movimentarão diretamente hotéis, restaurantes, prestadores de serviços e toda a cadeia de atividades relacionadas à economia local, como o varejo e os pequenos empreendedores, com a geração de renda criada a partir dessas realizações. Mas o que poucas pessoas sabem é que esses eventos só foram possíveis graças ao incansável trabalho de longo prazo realizado pela equipe do Joinville e Região Convention & Visitors Bureau. “Muitos acontecimentos programados para 2017 foram captados alguns anos atrás e o esforço realizado hoje terá impacto na atividade local até 2022”, revela Giorgio Augusto Souza, executivo responsável pelo Convention Bureau em Joinville. Joinville É l 2017
A entidade completa duas décadas de existência em 2017 tendo como principal missão fomentar a cadeia produtiva do turismo, em especial, do segmento de negócios e eventos. “Temos um trabalho constante de prospecção – principalmente de congressos técnicos-científicos e de negócios – e buscamos apresentar Joinville como possível destino para essas realizações”, explica Giorgio. O processo de captação inicia com o mapeamento dos eventos que estão acontecendo no Brasil e no mundo. A partir disso, a equipe passa a garimpar informações sobre quem são os responsáveis, estrutura necessária e quantidade de participantes. A partir deste mapeamento o Convention Bureau entra em contato para apresentar Joinville como
29 NDivulgação / Victor Carlson
opção de sede para alguma próxima edição. “O objetivo é mostrar a forte estrutura que temos e convencê-los a defender a cidade como candidata”, conta o executivo. Durante a captação, o trabalho da equipe do Convention Bureau inclui apresentar um dossiê de candidatura que mostra os locais e serviços que se adaptam a cada necessidade. Um dos acontecimentos em Joinville em 2017 será o International Special Machine Association (ISTMA), que pela primeira vez aportará no Brasil. O ISTMA é realizado a cada três anos e a última edição foi em 2014, na África do Sul. Mas como tudo começou? Ao estudar esse evento, o Convention Bureau identificou que um membro da entidade era joinvilense. “Conversamos com essa pessoa, montamos um dossiê para a reunião que ele teria com a diretoria, a apresentação foi feita e conseguimos trazer para cá. Ou seja, o processo como um todo envolve a captação, a articulação e o convencimento”, explica Giorgio. No caso do Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação, que também será realizado neste ano em Joinville, as primeiras conversas começaram em 2011 e somente em 2015 houve a confirmação. “Embora seja um trabalho a médio e longo prazo, é essencial para a cidade. Ninguém tem ideia sobre como o evento veio parar aqui e não tem noção de todo o imenso trabalho de bastidores realizado para que isso aconteça”, avalia o executivo. Outro exemplo é o XVI Congresso Brasileiro do Sono, que será realizado em novembro, onde o Convention Bureau também identificou um membro da sociedade responsável em Joinville. O tra-
logista e médico do sono em Joinville, que foi o representante da entidade catarinense na assembleia realizada na edição anterior. “Conseguimos convencer que tínhamos condições de receber o congresso. Foi a primeira vez em 32 anos que a entidade escolheu uma cidade do interior”, ressalta o Dr. Jaime. “Esperamos que seja um excelente congresso, com mais de mil participantes e a presença do que temos de melhor no mundo sobre o assunto”, espera.
Giorgi Souza do Convention Bureau: trabalho de longo prazo para garantir os eventos em Joinville
balho passou a ser o de convencê-lo a defender a cidade junto à sua entidade. “O pessoal do Convention Bureau me procurou, forneceu todo o material e suporte necessários e abraçamos a causa”, conta o Dr. Jaime Matos Ferreira, pneumo-
“O Convention Bureau nos procurou, forneceu o suporte e nós abraçamos a causa”, Dr. Jaime
joinville É l 2017
Graças a esse constante trabalho, em 2015 foram captados 14 eventos e no ano passado foram 15. Um fator importante para a escolha de Joinville como destino está relacionado à atraente oferta de espaços para a realização de congressos e encontros diversos, em especial, a estrutura oferecida pelo Complexo Expoville. “É um espaço nobre para a prospecção de grandes acontecimentos, pois permite que todas as atrações da programação fiquem no mesmo piso, ou seja, o deslocamento é muito fácil”, argumenta Giorgio, acrescentando que o Complexo possui um centro de convenções em uma área de quatro mil m², 13 auditórios e um pavilhão de exposições. Confirmada a realização, a entidade aciona seus associados. “Transporte, locação dos espaços, segurança, tudo acaba sendo da região”, diz Giorgio. A movimentação econômica que esses acontecimentos geram na cidade envolve muitos setores e beneficia toda a sociedade. “Outro aspecto bacana é que acabamos trazendo para a cidade a massa critica que discute temas importantíssimos, dando oportunidade aos joinvilenses de interagir com esse público”, finaliza Giorgio.
30
N Divulgação
Próximos Eventos 20 a 23/04 12ª Taça Joinville de Basquete 15 a 17/04
Mini Hanamachi
26 e 27/04
6th Intern. Symposium on Solid Mechanics
09 a 11/05
Expogestão 2017
19 a 21/05
2º Joinville Motorcycle Festival
24 a 26/05
V SIMEP – Simpósio de Engenharia de Produção
30/05 a 01/06 IV CIDEI – Congresso Internacional de
Desenvolvimento de Engenharia Industrial
08 a 18/06
14ª Feira do Livro de Joinville
20 a 22/06
Exposuper 2017
Exposuper é referência nacional no segmento supermercadista
26 a 29/06
IX COBEF – Congresso Brasileiro de
Engenharia de Fabricação
28 a 30/06
15th Conference of ISTMA
30 anos de sucesso
07 a 09/07
Jogos, Entretenimento e Tecnologia – JETT
Considerado um dos maiores eventos em geração de negócios
14 a 18/07
Festival de Dança da Melhor Idade
de Santa Catarina e do Brasil, a Exposuper – Feira de Produtos,
18 a 29/07
25º Festival de Dança de Joinville
Serviços e Equipamentos para Supermercados e Convenção
16 a 20/08
9º MUTICOM – Mutirão Brasileiro de Comunicação
Catarinense de Supermercadistas – celebra a sua 30ª edição de
08 e 09/09 2º Congresso Sul Brasileiro de Debate sobre a
20 a 22 de junho. Para este ano o objetivo é superar os números
da edição anterior, que contou com 35 mil visitantes e 238
Síndrome da Alienação Parental
expositores nos seus três dias de realização.
visitjoinville.com.br
Promovido pela Associação Catarinense de Supermercados
Um aplicativo sobre a cidade lançado em 2014 pelo Joinville Região Convention & Visitors Bureau facilita a vida de
(Acats), o evento realizado anualmente tem como objetivos fundamentais o fechamento de negócios, a disseminação de conhecimento e de novidades do setor, além da oportunidade de
moradores e turistas. Com essa ferramenta o usuário
trocar informações e experiências por meio da integração entre
tem informações divididas em nove categorias: Joinville,
os participantes. A Exposuper também é um excelente momento
Informações Úteis, Atrativos Turísticos, Gastronomia,
para geração de empregos na região de Joinville, com mais de
Hospedagem, Acontece em Joinville,
duas mil oportunidades locais oferecidas em 2016.
Compras, Região, além de Serviços Para
“A primeira edição teve 50 empresas expositoras e a motivação
Eventos, com atualizações diárias. O
principal era a confraternização e o relacionamento, com estandes
app Visit Joinville já teve mais de 12 mil
mais focados em demonstrar os produtos. Mas ao longo dos anos
downloads e funciona para sistemas
a Exposuper mostrou ser um evento excelente para estimular
operacionais Android e iOS.
negócios e seu objetivo foi redirecionamento”, explica Paulo Cesar Lopes, presidente executivo da Acats. “Atualmente, é referência
Projeto Viva Turismo
nacional no segmento, com aprovação superior a 97% conforme
Em 2017, o Joinville e Região Convention & Visitors Bureau, em
Os resultados das edições anteriores foram ainda mais
parceria com a Universidade da Região de Joinville (Univille), a
positivos diante da retração econômica que afetou o país. A
Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) e o Sindicato Viva Bem,
perspectiva para 2017 é haver a retomada gradual da atividade
dará sequência a mais um projeto Viva Turismo. A agenda, que
econômica a partir de um novo panorama de investimentos.
acontece de março a dezembro, contará com workshops e
Diante deste cenário mais otimista, a expectativa é que esta
palestras com temáticas focadas no bem receber, hospitalidade,
edição comemorativa de três décadas da Exposuper seja
cultura joinvilense, dentre outros. A novidade desta quarta edição
uma das maiores entre todas já realizadas. “Nossa meta é
é que, além de Joinville, serão contempladas outras cidades
fazer um evento ainda mais grandioso e completo, que traga
como Barra Velha, São Francisco do Sul, Corupá, Itapoá e Campo
plena satisfação e resultados a todos os setores diretamente
Alegre. As oficinas gratuitas têm como objetivo promover a
ligados ao segmento supermercadista catarinense”, finaliza o
consciência para o desenvolvimento turístico.
presidente executivo da Acats.
pesquisa feita com os expositores”, complementa.
Joinville É l 2017
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NVictor Carlson
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Belas imagens aérea de Joinville começaram a circular na internet e atraíram o olhar de muitas pessoas. As fotografias mostram a cidade de ângulos inusitados ou em magníficas paisagens de fim de tarde. Uma dessas imagens, um pôr do sol com a Rua Max Colin (confira a capa da revista) rendeu mais de sete mil curtidas no Facebook do fotógrafo Juliano Cruz. A fotografia com drones começou recentemente, quando Juliano foi mais uma vítima da crise provocada pelo governo federal. Ele aproveitou a situação para juntar dois dos seus hobbys prediletos: a fotografia e o aeromodelismo. A fotografia começou com câmeras compactas muito simples. Mas à medida que foi progredindo no aprendizado ele se animou a comprar uma câmera reflex, que possibilita a troca de lente. “Além disso, sentia necessidade de ter um equipamento avançado para ter o controle dos recursos da fotografia”, lembra Juliano. E como sempre acontece com quem tem uma câmera em mãos, a pessoa acaba convidada por parentes e amigos para o registro de eventos sociais. Todavia, Juliano tem preferência pela fotografia outdoor, registrada na rua, mais um fator que atraiu o interesse dele em adquirir um drone. O sucesso das imagens levou o fotógrafo a investir em um site de venda on-line das fotografias, aproveitando os conhecimentos de computação e a ajuda de amigos. Além disso, ele tem atendido o chamado crescente de agências e empresas interessadas em demandas específicas com o uso de drones. Também tem trabalhado com a venda de fotografias impressas e molduradas. O resultado desse trabalho pode ser conferido no seu site e também na sessão cartão-postal na página 14.
empreendedores
l educação l esporte l pub l cultura l perfil RIC
Juliano Cruz
Voando em joinville
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NVictor Carlson
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empreendedores
Matheus Fagundes
De olho no exterior A revista da 2 Rios expressa bem o caminho que a empresa de lingerie, fundada em 1990, está traçando nos últimos anos. A marca está apostando em modelos de renome para reforçar o novo posicionamento no mercado internacional. Exemplo disso são as contratações de Carla Salomão e Fluvia Lacerda, ambas brasileiras e residentes em Nova York. “Elas representam nosso objetivo de internacionalizar a marca”, revela o empresário Matheus Fagundes. “Hoje trabalhamos com coleções para todos os momentos da mulher, desde teen até gestante. E também há o nicho conquistado com a Fluvia, uma modelo plus size que tem forte posicionamento com esse público”, explica o empresário. O processo teve início em 2013, quando foi reformulada a marca para implementar o novo plano comercial e reforçar a presença no mercado externo. O resultado veio em 2016. “Crescemos quando houve retração econômica”, comenta. O empresário de 32 anos está envolvido na empresa desde o início dos estudos em Comércio Exterior na Univalli. “A exportação já existe na 2 Rios há 14 anos. É um processo difícil e de longo prazo, mas que o Paulo Roberto, meu pai, sempre apostou. Na época ele não podia abraçar tudo, então, assumi esse setor e o mercado exterior representa 20% do faturamento”, revela Matheus. Hoje ele administra a empresa, enquanto Paulo Roberto participa do Conselho. Atualmente a 2 Rios exporta para 20 países. “No exterior estão nossos maiores clientes. São redes grandes que antes compravam de dezenas de empresas e hoje escolheram a 2 Rios”, comemora Matheus. Apesar da correria no dia a dia, nas poucas horas vagas ele não perde a oportunidade de jogar futebol com os amigos nos clubes Patinhas e Expresso. “Sábado à tarde é sagrado, inclusive jogo com o meu pai”, conta. “Quando viajamos aprendemos a valorizar o que temos em Joinville, como qualidade de vida e oportunidade para empreendedor”, finaliza.
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Lucas Baldissera
design premiado
empreendedores
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O jovem Lucas, da Entre Gestão & Design, é responsável pela criação de embalagens de várias empresas de Joinville. Formado em Design pela Univille, Lucas aproveitou a experiência em um escritório de design e o desejo pelo empreendedorismo para abrir o seu próprio negócio em 2009. Os resultados não demoraram para acontecer. A empresa já ganhou duas vezes o Troféu Ouro da ABRE Design (Associação Brasileira de Embalagem), em 2010 e 2014, ambas relacionadas à embalagens desenvolvidas para a joinvilense Botica de Banho. A Entre Gestão & Design também atende as empresas Franke, Viplan Engenharia, Natural Babies, Maria Luiza Beach Wear, Caiu do Céu e a Deville, para qual Lucas projetou e desenhou a marca e as embalagens do sorvete comercializado nesse verão, entre outras. A clientela também se expandiu para outras cidades catarinenses e estados. Em Itajaí, por exemplo, a empresa atendeu a Cafeeira Garibaldi e desenvolveu um trabalho primoroso ao conceber a ilustração da embalagem usando o pó de café, representando todo o processo de produção, desde a lavoura até a xícara. “Precisávamos comunicar por meio da embalagem como a Garibaldi trata o café como um ritual de experiência”, explica Lucas. A Entre Gestão & Design aposta em um modelo de atendimento que extrapola a aparência das embalagens. “Entendemos o design como uma ferramenta estratégica de gestão. Não queremos apenas melhorar o produto esteticamente, mas compreender as políticas comerciais e trazer resultados além da parte visual”, explica Lucas. Esse trabalho estratégico foi se desenvolvendo ao longo dos oitos anos de amadurecimento que permitiram unir o planejamento estratégico e a concepção das embalagens. Em recente consultoria para a Cata Company foi analisado o comportamento dos usuários com o equipamento CataMoeda, em São Paulo, com a produção de um relatório estratégico para a empresa aprimorar o aparelho. “O design é um processo de comunicação. Desta forma, o nosso trabalho é entender o que a empresa quer, qual a mensagem e representar isso para a embalagem com resultados”, finaliza Lucas. joinville É l 2017
Joinville, parabéns pelos seus 166 anos!
A ASSESSORITEC
SE ORGULHA DE FAZER PARTE
DESTA HISTÓRIA
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NVictor Carlson
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empreendedores
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Laurita Vera Öttjes Schultze
tradição em brinquedos A fábrica de Brinquedos Schultze já está na terceira geração. Hoje a produção é tocada pela senhora Laurita Schultze, filha do fundador, o seu marido, o filho e a nora. A fábrica está instalada nas margens da Estrada Dona Francisca, com uma loja aberta ao público. Mas a saga da família foi bem difícil, em especial para os seus pais, que chegaram no Brasil em 1924. “O meu pai tinha sido marinheiro na Primeira Guerra, mas depois do conflito não tinha nada para comer”, conta Laurita. Enquanto alguns amigos resolveram seguir para os Estados Unidos, Dietrich Öttjes escolheu o Brasil, acompanhado da esposa Gesine. Eles vieram colher café com planos de voltar em cinco anos. Na viagem de Santos para São Francisco, Dietrich foi convencido a seguir para Corupá. “Eles ficaram lá no meio da serra passando fome e sofrendo com malária por 13 anos”, lembra Laurita das histórias da mãe. Cansados, seguiram para o centro de Corupá. Quando estava tudo pronto para o casal voltar para a Alemanha foi deflagrada a Segunda Guerra. Foi um período muito difícil para os alemães e seus descendentes em razão da cruel repressão da ditadura Vargas e do interventor Nereu Ramos. “A mãe
contava a dificuldade que o pessoal passou e foi muito triste. O meu pai nem saia de casa”, revela Laurita. Em 1939, Dietrich achou muito caro um carrinho de mão para as crianças e resolveu fabricar brinquedos. Um fato curioso é que no aniversário de 50 anos de Hansa-Humblodt (atual Corupá), em 1947, a fábrica recebeu menção honrosa pela produção de brinquedos de madeira. O carrinho de mão é carinhosamente fabricado até hoje na Schultze seguindo o mesmo modelo. Mas como a vida em Corupá também não estava fácil, eles seguiram para Joinville em 1950. Laurita e o marido assumiram a fábrica em 1972. Hoje são vendidos principalmente itens como caminhão de madeira, casinha de carta e tratador de passarinho. “Tem muito pai que compra brinquedo de madeira para fazer o filho largar um pouco o celular”, diz Laurita, que nos fins de semana precisa trabalhar em dois para atender a demanda. O filho Jean Carlos também tem inovado na produção de playgrounds. “São produto muito procurados por condomínios e com maior valor agregado”, comemora Laurita.
Laurita cuida da pintura dos brinquedos. Ao lado o modelo do primeiro carrinho de mão fabricado pelo pai em 1939.
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Joinville, 166 ANOS de muitas biografias. Um veleiro de três mastros, denominado de “barca Colon”, atracou no dia 7 de março de 1851 no porto de São Francisco do Sul e no dia seguinte, às margens da Lagoa Saguaçu, - e de lá, por meio de canoas, um grupo de 118 pessoas, composto de várias famílias alemãs, suíças e norueguesas, desembarcaram no dia 9 nas margens do Rio Cachoeira, em meio a mata virgem, ou seja, hoje a data considerada oficial de fundação da então Colônia Dona Francisca. Pois, essas terras pertenciam à época, a uma princesa de nome - Francisca Carolina, fruto de um dote, em razão do seu casamento com um príncipe da região de Joinville, em França. Tal Colônia, fazia parte de um empreendimento privado da Sociedade Colonizadora de Hamburgo. No entanto, as terras já eram habitadas por brasileiros e lusitanos, com algumas fazendas e plantações, notadamente de mandioca, para o abastecimento dos moinhos de farinha. Havia também, pequenas comunidades indígenas, na sua maioria guaranis, que frequentemente cruzavam a região mantendo contato com a população local.
Santa Catarina, um verdadeiro celeiro de prosperidade e acolhimento. Já se passaram 166 anos desde que, esse momento tão marcante, deitou raízes profundas nos costumes locais, ou seja, hoje Joinville é uma só família que respira trabalho e isto muito dignifica, tem um povo que valoriza a ordem e respeita valores, - uma cidade orgulhosa de sua genealogia. Continue sempre assim Joinville - quanto a nós, o mínimo que podemos fazer por essa tão encantadora e generosa cidade, é continuar crescendo com ela. Parabéns, muitas felicidades e anos sem fim de muita
VIDA, HISTÓRIAS e BELAS BIOGRAFIAS!
Eis o princípio de tudo de que hoje somos. Este breve relato histórico, é uma singela homenagem do escritório de advocacia Harger, Sandes & Rossi, para demonstrar nosso carinho pela origem multicultural da maior cidade do Estado de
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educação
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Estudantes do SESI desenvolvem estratégias ao montar um robô e programá-lo para realizar múltiplas tarefas para a First Lego League
Boletim de ouro joinville é reconhecida nacionalmente pela qualidade do seu ensino. Confira alguns exemplos e veja os vídeos em realidade aumenta produzidos pela RICTV Record
Os resultados alcançados por Joinville na educação trouxeram um novo desafio para todos os envolvidos: manter a cidade no topo. Alguns exemplos servem de referência de como iniciativas pontuais e o esforço de professores e alunos colaboram para a cidade ter destaque nacional no segmento. No SESI da Rua Ministro Calógeras, uma sala de montagem e programação é dedicada exclusivamente para um grupo de jovens apaixonados por robótica. São estudantes da rede pública que, Joinville É l 2017
quando estão fora das salas de aula, correm para o laboratório. A paixão é tanta que Marcos Paulo Rau Jr., instrutor de robótica do SESI, teve que reduzir o período de férias para acompanhar os estudantes. “Eles praticamente moram aqui no SESI! Nas férias saíam às 22h e já voltavam cedo de manhã. Minhas férias só não foram menores porque eram coletivas”, conta Marcos. Tanta dedicação teve resultado. No ano passado eles venceram a Olimpíada do Conhecimento, realizada em Brasília. “É
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incrível o alto nível de dedicação da turma e por isso a conquista do primeiro lugar. Não tem tempo ruim e criou-se um vínculo muito grande entre eles”, elogia o instrutor. Agora o grupo está empenhado em um novo desafio: participar da First Lego League. A competição tem etapas regionais, nacionais e internacionais, sendo que os robôs precisam cumprir várias tarefas e soluções ligadas ao tema selecionado para o ano. “Usamos um software da Lego para programar o robô e ele precisa cumprir todas as missões segundo a estratégia definida pelo grupo”, conta Gabriel Henrique Hobold Cardoso. “Eles desenvolvem bastante o conhecimento de programação e estruturas mecânicas, além do trabalho em equipe”, salienta Marcos. O envolvimento dos jovens é tão grande que foi criado um módulo avançado, já que eles não querem ir embora. “Esses alunos são os futuros talentos da indústria e estão desenvolvendo as competências da criatividade, inovação e trabalho em grupo”, enaltece Elaine Cristina da Silva Koehler, supervisora educacional da entidade. De acordo com Geysa Francisco Finilli, diretora do SESI Joinville, a entidade tem investido na formação dos futuros trabalhadores da indústria, por meio de programas que desenvolvem as competências exigidas pelo mundo do trabalho do século XXI. “O SESI Robótica é um exemplo de como esses adolescentes podem se preparar para as profissões do futuro”, explica. Outro exemplo são os alunos João Vitor Ramaskais Lopes, de 16 anos, e Carlos Eduardo de Jesus, de 13 anos, que já receberam várias premiações e certificações na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Pú-
“Eles têm um nível alto de dedicação e por isso foram primeiro lugar”, elogia o instrutor Marcus Rau
blicas (OBMEP), ambos como alunos da Escola Municipal Professor Oswaldo Cabral, no Itaum. João agora estuda na Escola Básica Germano Timm, mas guarda com carinho a lembrança de vários professores, entre eles, Sidnei de Moura, de matemática, também citado pelo Carlos. A Olimpíada acontece desde 2005
Supervisora Elaine Koehler: novo módulo foi criado porque os alunos não queriam ir embora
Joinville É l 2017
e envolve quase 18 milhões de estudantes. Ainda que sejam distribuídas 500 medalhas de ouro, é significativa a presença constante de tantos alunos de Joinville premiados. “Já tinha ganhado um certificado de menção honrosa, mas quando conquistei o ouro não dava para acreditar. Fui várias vezes no sistema conferir se era verdade”, lembra João Vitor. Já Carlos Eduardo ainda receberá a medalha de ouro conquistada no ano passado. Enquanto isso, ele se prepara para o próximo desafio. “Estou sempre fazendo alguma atividade para exercitar o raciocínio lógico”, revela. Os dois estudantes são unânimes ao revelar qual o segredo para essas vitórias: dedicação. “Qualquer colega que se empenhasse poderia ganhar. Claro que alguns alunos têm mais dificuldade em determinada matéria, mas quem tem interesse faz o básico no colégio e busca estudar um pouco mais em casa”, explica João Vitor. “Dá para perceber o aluno que não se interessa pelo estudo”, afirma Carlos Eduardo. Para o diretor da escola, Carlos Roberto da Silva, o mérito é de todo os alunos. “Eles têm a estrutura e o professor à disposição. Basta se dedicar”, garante. “As escolas de Joinville ganharam lousas digitais, os professores têm computadores e os estudantes tablets. Assim, os educadores têm as ferramentas para fazer um trabalho de ponta e isso se reflete no aprendiz”, avalia o diretor. Outra equipe campeã é formada pelos alunos da UDESC que conquistou o primeiro lugar no Desafio Solar Brasil 2016 com o barco Fênix. A meta é repetir o mesmo desempenho em 2017 e os estudantes já iniciaram os trabalhos para aperfeiçoar e corrigir os erros encontrados na embarcação.
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NVictor Carlson / Divulgação
IFSC ganha curso de Enfermagem João Vitor já ganhou três medalhas e um certificado de menção honrosa na Olimpíada Nacional
Carlos Eduardo, aluno da Escola Oswaldo Cabral, recebe este ano a medalha de outro em matemática
A equipe é multidisciplinar, com alunos de engenharia mecânica e elétrica. Na parte mecânica o trabalho é desenvolver uma nova ligação entre os cascos para minimizar o impacto das ondas e também diminuir de peso. “Trabalharemos em uma nova reserva de flutuabilidade e em um sistema de refrigeração para o motor. A equipe também está buscando o melhoramento na transmissão e no hélice para diminuir o peso e aumentar a eficiência da embarcação”, explica Alex Pscheidt.
Na parte elétrica o objetivo é adaptar o novo motor, já que o antigo não atendia mais as especificações do barco. Os alunos envolvidos não têm horários a cumprir. “Os integrantes têm suas responsabilidades e há muito envolvimento. Cada um aproveita o horário livre e passa na oficina para cumprir alguma tarefa anotada no quadro”, explica Alex. Joinvile sabe que a educação é a base da nossa sociedade e projetos como esses servem de exemplo para o Brasil.
Centro de excelência no ensino superior, Joinville ganha um reforço importante neste ano: o primeiro curso público de bacharelado em Enfermagem. A nova graduação será oferecida pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), que tem tradição na oferta de cursos na área de Saúde no Campus Joinville, como o técnico em Enfermagem, a especialização técnica em Saúde do Idoso, o superior de tecnologia em Gestão Hospitalar e diversos cursos de qualificação profissional. A novidade atende a uma demanda regional, já que existem apenas cursos de Enfermagem na rede pública em Florianópolis e Chapecó. O curso de Enfermagem terá entrada anual, com 24 vagas oferecidas no segundo semestre. As inscrições para a primeira turma acontecem de 11 de abril a 15 de maio. O bacharelado de Enfermagem nasce com o aval do curso técnico em Enfermagem, que é ofertado pelo IFSC em Joinville desde 1995, quando ainda funcionava como extensão da unidade Florianópolis da então Escola Técnica Federal de Santa Catarina. Reconhecido pela qualidade do corpo docente, infraestrutura e ações na comunidade, o curso técnico vai compartilhar com o bacharelado um dos laboratórios de Enfermagem mais bem equipados da
Equipe do Barco Fênix, da Udesc, comemora vitória em um das provas realizadas em Búzios ( RJ) Joinville É l 2017
rede pública de ensino do país.
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trilheiros desbravam a natureza a serra em joinville oferece deslumbrantes cenários da mata atlântica
joinville É l 2017
45 NVictor Carlson
Ramon, o Herr Krüger, conduzia o grupo Cachorro do Mato pela trilha antiga do Castelo dos Bugres com a habilidade de quem conhece o caminho. Nem mesmo as árvores caídas no trajeto pouco marcado e as diversas travessias dos riachos atrapalhavam sua orientação. A primeira metade do percurso tinha apresentado pouco aclive. Numa pausa para aguardar o restante dos trilheiros, Ramon contou sobre uma aventura realizada em 2010 que foi determinante para a criação do projeto. Ele e amigo Daniel saíram para uma trilha de dois dias nos campos de altitude, mas ficaram cinco dias presos por causa do mau tempo. “A
O visual do Castelo dos Bugres um pouco antes da bifurcação entre a trilha velha e a nova
visibilidade era mínima. O jeito foi racionar a comida”, lembra Ramon. Sujos e com fome decidiram que precisam divulgar essas informações na internet para ninguém passar por isso de novo. “Como a gente estava feio como um cachorro do mato, ficou o nome!”, revela Ramon, atual presidente do grupo. Paulo Bridi começou a percorrer sozinho as trilhas da região, mas ao buscar informação na internet descobriu o Cachorro do Mato. “Realizar os percursos em equipe dá mais tranquilidade e segurança”, opina Paulo. Antes de reiniciar a subida, Salete de Almeida, moradora de Jaraguá do Sul e relações públicas da associação, relata que, assim como
Caminhada em meio a uma vistosa Mata Atlântica com várias travessias do Rio Piraí e afluentes
Paulo, “muitas pessoas procuram a coletividade para não precisarem mais
causa dos vários ‘andares’ de
2013. “Recebemos 50 inscritos em uma
fazer sozinhas os trajetos e terem mais
pedras que podem ser explorados”,
semana”, conta Ramon. “Hoje temos
segurança em caso de necessidade
explica Ramon.
100 associados de 14 cidades de Santa
de ajuda”.
Na subida até o Castelo dos Bruges, a
Catarina e do Paraná”, informa Salete
Nesse dia, os trilheiros haviam
jornada foi realizada por dez sócios
com orgulho.
decidido realizar a subida pelo
do Cachorro do Mato. Até 2012 eram
Enquanto Ramon abria o caminho, o
percurso antigo, bem menos usado.
apenas quatro membros que atendiam
companheiro Afonso Lenzi, planejador
Na bifurcação com o novo caminho,
as demandas por informações na
do Cachorro do Mato, vigiava os
era possível avistar a enorme formação
internet. Mas eram tantos pedidos para
colegas que subiam num ritmo mais
rochosa do Castelo dos Bugres.
participar do grupo que eles decidiram
cadenciado. Vez por outra, ele e Ramon
“Ganhou o nome de Castelo por
permitir a entrada de novos sócios em
trocavam informações por rádio para se
joinville É l 2017
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Os Cachorros do Mato: Lisa, Salete, Denilse, Gislaine, Fabiana, Marcus, Patrick, Ramon, Paulo e Afonso
Desafios de toda a ordem, sem faltar com o cavalheirismo
joinville É l 2017
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A “conquista” do Castelo dos Bugres e na volta um merecido banho gelado de cachoeira
joinville É l 2017
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O pequeno Cauã na trilha com 1 ano e 8 meses
carregado no canguru pela pais
áreas remotas, entre outros. Além do
Jennifer Oliveira e Maikon de Souza,
Castelo dos Bugres, a região de Joinville
vindos de Curitiba. E nem era a
oferece a trilha do Jurapê, de nível
primeira aventura do baixinho!
difícil por causa da longa e íngreme
Para explorar o Castelo é preciso
subida de mil metros – escalada pela
atravessar estreitas passagens entre
primeira vez há 130 anos pelo alemão
as rochas que ligam os diferentes
Johan Paul Schmalz – e o Recanto
“andares” do conglomerado
Nascentes Divinas, que possui duas
construído pela natureza.
cachoeiras, uma de fácil acesso e outra
A descida pela trilha nova revelou
que exige o uso de uma corda. Isso
um percurso bem marcado de chão
apenas para citar algumas opções.
batido, por vezes bastante largo, e
Afinal, quando se
passagens enlameadas pelo frequente
trata de beleza,
pisoteamento. “Procuramos sempre
Joinville oferece
realizar algum tipo de manutenção para
diferentes cenários
evitar o alargamento da trilha e dar mais
para arrebatar os
segurança”, diz Ramon. Para evitar a
visitantes.
descaracterização das margens do rio, num determinado ponto do percurso,
certificar se estava tudo bem. O rádio,
até um pequena ponte foi construída. No
o GPS e outros equipamentos foram
final da jornada, duas belas cachoeiras
adquiridos por meio da contribuição
com água bem gelada para revitalizar o
semestral de R$ 30 dos sócios e de
corpo moído pela longa caminhada.
R$ 10 dos convidados por percurso.
O Cachorro do Mato tem mais de
A trilha antiga do Castelo dos Bugres
100 eventos programados para 2017
era bastante úmida, com trajeto pouco
entre trilhas, travessias e grupos
marcado, muitas folhas, serrapilheira
de reconhecimento. Também são
e raízes, além de várias pedras durante
oferecidos cursos com especialistas
as travessias dos riachos. A vegetação
sobre navegação com GPS, animais
densa da Mata Atlântica ajudava a
peçonhentos, primeiros socorros em
aplacar o som inclemente de um dia
Outras equipes de trilheiros/ montanhistas também compartilham as caminhadas na serra em Joinville e outras regiões. O Joinville Adventure, por exemplo, surgiu inspirado no Cachorro do Mato. É formado por um grupo de amigos que convidam conhecidos e outros interessados para desbravar as trilhas da região. Eles cobram uma taxa de R$ 10
de verão. Ao chegar ao cume ainda
também utilizada para a compra de
foi preciso escalar uma pedra usando
equipamentos como rádio. O objetivo
cordas. Era o último desafio para se
é realizar dois eventos por mês em
deslumbrar com uma vista sem
2017. “Vamos dar prioridade para
igual da Serra: uma imensa mancha
aqueles que participam com mais
verde de Mata Atlântica até onde o
frequência, mas sempre sobra vaga
olhar alcançava.
para novos interessados”, explica Jean
Ali os integrantes se reuniram e
Pablo. As inscrições são realizadas
sentaram para apreciar a paisagem.
pelo Facebook. Eles também oferecem
Logo à frente, uma enorme pedra com
cursos de primeiros socorros e no início
formato arredondado era escalada
das caminhadas sempre repassam as
por outros grupos de trilheiros a 998
orientações de segurança de cada trilha.
metros de altitude.
“Quem não segue
Satisfeitos com tanta beleza e já
as orientações dos
descansados da subida, os membros
guias não participa
do time seguiram para explorar o
mais do grupo”,
Castelo. Antes disso, topamos com o pequeno Cauã, de 1 ano e 8 meses,
Joinville Adventure
Descontração na toca de uma árvore joinville É l 2017
afirma Jean.
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NSecom/Prefeitura de Joinville
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por UMA SOCIEDADE SADIA No comando da nova Secretaria de Esportes, o jovem Douglas Strelow fala sobre os planos para 2017 buscando inspiração em projetos bem-sucedidos para incentivar a população a ter melhor qualidade de vida.
os nossos profissionais servindo de inspiração para essas crianças. E se essa pessoa não for para o esporte de rendimento, que ela possa escolher o caminho do bem e se desenvolver a partir daí. Esse é o percurso a longo prazo que pretendemos construir: planejar as atividades com estratégias para 2017 e pensar o esporte de Joinville para as próximas gerações.
Qual a sua ligação com o esporte? Eu fui atleta de natação por uma década, me formei em Educação Física e participei de inúmeros cursos relacionados à gestão e marketing esportivo. Para ampliar a minha vivência esportiva, também fiz intercâmbios para conhecer os projetos desenvolvidos em outros países. Todas essas experiências somadas me permitiram adquirir uma visão multidisciplinar do segmento, que ajudaram muito na minha trajetória. Portanto, posso dizer que tenho a vivência esportiva em meu DNA. De que forma essa sua trajetória poderá ajudá-lo na Secretaria? Você pode ser um excelente jogador, mas é preciso buscar o conhecimento para ser um bom gestor. Foi desta forma que conduzi a minha carreira, aliando a minha experiência de atleta com o imenso aprendizado na área técnica esportiva. São poucas as pessoas ligadas ao esporte que estão em cargos de gestão e é importante estar muito bem preparado para essa missão. E buscamos fazer isso na Secretaria, atuando com pessoas que realmente tenham o entendimento de esporte e de gestão. O desenvolvimento do conhecimento desses profissionais está entrelaçado à paixão dos mesmos pelo esporte. E o mundo esportivo é movido pelos “empreendedores” e “intraem-
Como o senhor pretende construir esse legado?
preendedores” que se desdobram em busca de sonhos. Quais os principais desafios da Sesporte na sua gestão? Quando falamos em esporte, devemos focar nas diferentes vertentes: de rendimento, educacional e social. E esse é o nosso objetivo: olhar de maneira equilibrada e dar resposta para cada uma delas. O esporte começa como ferramenta educacional e, dependendo do rendimento, pode vir a se tornar profissional. O importante é incentivar a criança a passar por todas as etapas, desde a prática do esporte como lazer e incentivo à qualidade de vida, a evolução para as Olimpíadas e Joguinhos Estudantis, até a disputa dos Jogos Abertos de Santa Catarina. O objetivo não é trazer competidores de fora para disputar os JASC, mas sim, formar atletas. Esse é um grande legado que podemos deixar para a nossa cidade: que o esporte de rendimento se torne um espelho para as novas gerações, com joinville É l 2017
Uma das nossas metas é possibilitar o acesso à atividade física para toda população. O Programa Iniciação Desportiva (PID), por exemplo, vamo ampliar de oito mil crianças para dez mil. Somos agentes de mudanças de hábitos e esse é um objetivo que sempre reforçamos. Eu cito como exemplo a cidade de Oklahoma (EUA). Eleito em 2004, o prefeito Mick Cornett descobriu que a sua cidade ocupava os primeiros lugares na lista de populações mais obesas do país. O prefeito lançou o desafio de fazer Oklahoma City perder 450 mil quilos. Toda a sociedade aderiu a essa jornada de vida saudável, com mais de 70 mil inscritos no programa e o objetivo sendo atingido com sucesso. Quando a população tem mais qualidade de vida, há menos filas nos postos de saúde. E quais os programas previstos para este ano? Daremos sequência ao PID, Olimpíadas da Melhor Idade, Mexa-se, Copão Kurt Meinert, entre outros. Também queremos oferecer a estrutura necessária para a manutenção dos resultados das equipes nos Joguinhos Abertos, Olesc e Parajasc.
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De olho na Gira Europeia Primeiro colocado do ranking nacional até 14 anos, Pedro Boscardin Dias treina com afinco para disputar em abril a etapa da Espanha da Gira Europeia. Para o evento, ele ficará três semanas treinando e competindo em solo europeu na companhia do treinador Ricardo “Rico” Schlachter. Pedro conquistou a vaga ao faturar três das cinco etapas do Circuito Cosat – Chile, Argentina e Bolívia –, torneio
Escolinha Guga
classificatório para a Gira.
Há mais de dez anos trabalhando na marca RS Tennis para o desenvolvimento
Carolina, ex-atleta de tênis e parceira de
de atletas, Ricardo Schlachter encontrou no bairro Glória a estrutura e a
Guga Kuerten na equipe Ceval, em meados
oportunidade de estabelecer sua própria academia, aberta no ano passado.
da década de 1980. Já o treinador Rico, do
Isso permitiu a Rico, como é conhecido, concretizar uma parceria que ele vinha
RS Tennis, disputou o circuito da ATP entre
namorando há muito anos: abrir uma franquia da Escolinha Guga Kuerten,
1996 e 2004, tendo treinado também o ex-
destinada a meninos e meninas de 5 até 15 anos, com metodologia chancelada
tenista profissional Ricardo Mello. Cercado
pelo tricampeão de Roland Garros. Ricardo e Guga foram ex-colegas de
de bons exemplos, Pedro começou a
competição juvenil e jogaram torneios estaduais desde quando tinham 10 anos de
competir com sete anos e já está de olho
idade. “Naquela época ele vinha jogar em Joinville e ficava na minha casa e vice-
no circuito profissional. E a sua trajetória
versa”, conta Ricardo.
até aqui indica que ele está no caminho
O empresário explica que a Escolinha Guga Kuerten sempre o interessou e
certo. Em 2015, Pedro e o colega João
quando teve a oportunidade de comprovar a metodologia oferecida sabia
Victor foram vice-campeões mundiais
que era um projeto perfeito para ser implantado em Joinville. Com isso, Rico,
de 12 anos no Mundial em Quebec, no
que sempre teve o esporte de alto rendimento como foco de negócio, passou
Canadá. No mesmo ano ele foi campeão
também a se dedicar à iniciação esportiva com crianças. “É uma grande satisfação
da Copa Guga Kuerten na categoria até 12
receber a Escolinha Guga, que conta no total com mais de 1.000 alunos
anos. Em 2016, foi campeão na Áustria e na
formados em 30 cidades brasileiras”, diz Rico. A metodologia possui
Copa Guga Kuerten. Embora 2017 esteja
diferentes níveis, com cores e pesos de bolas diferenciados para
apenas começando, o jovem tenista de 14
iniciantes, intermediários e avançados. Os aprendizes também
anos já participou do torneio Le Petit As,
têm a oportunidade de ver em ação os dois primeiros colocados
na França, e do Nike Juniors, na Inglaterra,
no ranking nacional até 14 anos, já que na RS treinam Pedro Boscardin Dias (veja ao lado) e João Loureiro (na foto com Rico, Pedro e Guga), vice-campeões de dupla no Mundial até 12 anos em 2015 e que estão entre os seis melhores da América do Sul.
O tenista começou cedo no esporte, com apenas seis anos, estimulado pela mãe,
quando venceu o tenista que é quinto colocado no ranking europeu. “A vontade do Pedro é se tornar um profissional e trabalhamos para isso. Além de estar entre os melhores do sul-americano, na Europa ele mostrou que é competitivo a nível mundial. Estamos no caminho certo, mas ainda tem muita água para correr”, analisa o experiente treinador. Pedro tem apoio do Governo de Santa Catarina, Felej, Colégio Oficina , Fila, Head e Solinco.
JOINVILLE É l 2017
53 NDivulgação / Secom/Prefeitura de Joinville
Touchdown na terra do Fritz Primeiro time catarinense a disputar uma competição nacional de futebol americano, o Joinville Gladiators começa 2017 com diretoria renovada, novos “coachs” e a promessa de surpreender. De acordo com Fernando Boing, presidente do clube, a meta é desenvolver um modelo de gestão empresarial como referência para organização da equipe. Assim como funciona em uma empresa, várias pessoas estão auxiliando na gestão, por intermédio do trabalho de setores. Boing
PID atenderá 10 mil crianças
reforça ainda que os esforços do time
O Programa de Iniciação Desportiva (PID), maior projeto do gênero no Estado,
potenciais patrocinados e apoiadores.
também estão voltados para a busca de
pretende alcançar 10 mil crianças e adolescentes matriculados em 2017. Este número representa um significativo acréscimo em relação à quantidade de oito mil participantes registrada no ano passado. A meta foi anunciada durante a primeira reunião técnica da Secretaria de Esportes e teve a participação de cerca de 100 pessoas entre coordenadores, professores e técnicos. Na ocasião, Douglas Strelow, secretário da Sesporte, destacou a importância do planejamento para preparar o esporte de Joinville para o ano de 2030. “O esporte atuará diretamente com as áreas consideradas prioritárias pela atual gestão, como saúde, educação, segurança e mobilidade, com a sinergia de múltiplos esforços”, afirmou Strelow ao reforçar a importância da participação de todos os setores no planejamento.
Atualmente a equipe conta com 80 atletas divididos em três categorias:
40 anos de Copão Kurt Meinert
adulto (full pads), equipe feminina de
O maior campeonato de futebol
categoria de base, juntamente com a
amador do Brasil chega à sua 40ª
escolinha de futebol americano, o Little
edição com muitos motivos para
Glads. Os treinos e jogos de todas as
comemorar. Organizado pela
categorias acontecem sempre no Grêmio
Secretaria de Esportes de Joinville e
Whirlpool, no bairro Costa e Silva. A
com apoio da RICTV Record, o Copão
entrada é gratuita. O time participa em
Kurt Meinert congrega anualmente
abril do Campeonato Catarinense e o
milhares de jogadores amadores.
treinamento está intenso para trazer
A edição anterior reuniu 80 equipes e
mais um título. Para integrar a equipe, os
para este ano a ideia é ampliar o número para 100 times inscritos. “Um dos
atletas são selecionados por meio de um
grandes diferenciais do Copão é a sua capacidade de integrar as famílias
tryout que avalia a agilidade, destreza e
joinvilenses, que se mobilizam, participam e torcem por seus times”, explica
preparo físico. Os dias
Douglas Strelow, secretário de Esportes.
e horários dos tryouts
De acordo com o dirigente, a manutenção do Copão Kurt Meinert é uma
são divulgados sempre
responsabilidade social, não somente esportiva. “Há quatro décadas o evento
nas redes sociais e na
envolve a comunidade joinvilense e agrega toda a cidade. É a democracia do esporte
imprensa. Fique
na sua pura essência e do qual temos muito orgulho e carinho”, finaliza Strelow.
ligado e participe.
JOINVILLE É l 2017
futebol americano (categoria flag) e a
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minha cidade l
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esporte
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pub
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cultura
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The old O pub The Old McGallagher, ou apenas Old, como foi carinhosamente apelidado pelos amigos clientes, foi aberto em 2013 com a proposta de oferecer à cidade
PEDACINHO CELTA EM JOINVILLE
o primeiro e legítimo pub tradicional irlandês. “Quando começamos ainda não existia esse conceito em Joinville. Nós preferimos ser um espaço legítimo mesmo, com todos os requisitos próprios de um pub e muitas lembranças da Irlanda”, revela o proprietário Mário Jr. Com dois ambientes e um clima
Muito populares no Reino Unido e outros países de influência britânica, os pubs –
descontraído, o local é ideal para happy
abreviação de public house (casa pública) – encontraram em Joinville um fértil território.
hours e eventos. “A pessoa vem, toma
Com decoração tradicional e acolhedora, além de uma enorme variedade de cervejas
cerveja, conversa com os amigos, relaxa
artesanais, são ideais para happy hours e como ponto de encontro dos amigos. E a
e vai embora. E tudo isso em um local
cidade oferece excelentes destinos para quem busca diversão, servido pelo o que há
próprio para descontrair com pratos
de melhor. Um deles é o Mad Dwarf Brew Pub, fundado em 2014 pelos sócios Evandro
gostosos e bebidas especiais”, conta.
Viana e Rodrigo Silva. O amor por cervejas especiais foi o estopim para o início do
A dupla mais pedida pelos
negócio. No local é possível encontrar mais de 120 rótulos de cervejas e especialidades
frequentadores é o hambúrguer clássico,
da cozinha bistrô. Para garantir o rápido abastecimento das mesas, 32 torneiras – com
feito com carne de angus, e o tradicional
previsão de chegar a 40 ainda no primeiro semestre – servem desde cervejas feitas in
chope irlandês Guinness. Para manter o
loco, até bebidas internacionais e nacionais. O Mad Dwarf também oferece cursos para
cardápio sempre alinhado às tendências
homebrewers e de introdução cervejeira.
da Irlanda, a cada dois anos em média os
De acordo com Rodrigo, a acolhida da população foi fantástica. “Por ser uma cidade com
sócios Mário, Cléberson e Andréa viajam
histórico de festas tradicionais regadas a cerveja, colonização alemã e cultura cervejeira
para se atualizar. “Eu sou apaixonado
latente, foi muita rápida a aceitação e a compreensão da nossa proposta de trazer cerveja
pela cultura irlandesa e o Old é a
artesanal de qualidade, produzida no próprio local de consumo, e em um ambiente
realização de um sonho”, garante. Aliás,
descontraído e informal”, elogia. A qualidade das cervejas produzidas pelo Mad Dwarf
qual a origem do nome? “Todos os pubs
acabou por extrapolar os limites da cidade.
têm nomes de alguma família irlandesa.
“Para atender à crescente demanda,
Queríamos manter a tradição criando o
estamos expandindo nossa marca para
storytelling de um personagem irlandês
franquias em Barra Velha
fictício e a quem
e Balneário Camboriú”,
sempre celebramos”,
comemora Evandro.
finaliza.
Rua Ottokar Doerffel, 1112,
Rua Dr. João Colin,
sala 3B, Anita Garibaldi.
376, Centro. joinville É l 2017
55 NDivulgação
Rock’n´roll E cerveja de verdade! É assim que se define o Rock´n´Beer Brew Pub. Fundado em julho de 2014, o lugar conta com três
cultura cervejeira A junção das características dos países com grande cultura cervejeira da Europa – como Inglaterra, Bélgica, Irlanda, Alemanha e Holanda – serviu de referência para o Clover Pub. O ambiente foi todo idealizado para remeter aos tradicionais pubs europeus, com decoração rústica, um grande balcão e bastante aconchego. O local serve como ponto de encontro para quem deseja bater papo, acompanhar esportes, encontrar os amigos e, é claro, tomar ótimos chopes artesanais. Nas oito torneiras do pub estão os mais variados estilos de chopes, sendo que a cada semana são oferecidas novas opções. Além das bebidas artesanais
salas internas e mais a área externa para atender os clientes. A agenda de shows é bastante variada e os clientes podem se divertir ao som de boa música enquanto degustam as delícias do cardápio. Com preços especiais de happy hour de segunda a quarta, das 18h às 20h, além dos tradicionais hambúrgueres de carne, a opção de funghi é excelente para os vegetarianos. É claro que não pode faltar cerveja e os inúmeros rótulos agradam aos diferentes gostos. Rua Max Colin, 1914, América.
pub inglês
catarinenses, também são servidas marcas nacionais e
Um típico pub inglês, com decoração
importadas. “Uma das razões do sucesso dos pubs é a procura
temática, música ao vivo, além de espaço
cada vez maior pela cerveja artesanal. O consumo deste tipo
para jogos de dardos e mesa de sinuca.
de bebida está em alta e esse é o caminho de uma via só, ou
No cardápio, pratos como o fish´n´chips e
seja, quem gosta não volta mais”, garante o proprietário Vitor
o Jeff Burger, com cebolas caramelizadas.
Boldo Lopes. Ele explica que o
E para garantir muitos brindes durante
pub é o representante inicial
a noite, promoções de chopes e dose
dessas cervejas artesanais e o
de whisky em dobro. Essas são apenas
cliente tem acesso a uma gama
algumas atrações do J. West Pub.
enorme de escolhas. “Acabamos
Inaugurado em abril de 2016, o pub
fazendo essa linha de frente
sempre tem novidades,
do chope artesanal. Esse é o
sendo que as cervejas
grande destaque na casa e que
inglesas, claro, são as
combina totalmente com a
protagonistas.
referência europeia”, afirma.
Rua Pres. Campos
Rua Otto Boehm, 356, América.
Sales, 871, Glória. joinville É l 2017
56
minha cidade l
cartão-postal l
galeria l entrevista l urbe l economia l empreendedores l educação l esporte l pub l
Rótulos de barricas de erva-mate tinham tamanhos variando de 20 a 50 cm de diâmetro
joinville É l 2017
cultura
l perfil RIC
57 NAcervo do Arquivo Histórico de Joinville
memória da erva-mate um pouco da história do produto contada a partir dos rótulos usados na barricas Durante décadas os principais destinos da erva-mate produzida no Norte catarinense e processada em Joinville eram Argentina, Uruguai e Chile. No entanto, a exigência dos clientes era que o transporte do produto fosse feito em barricas para favorecer a conservação e produzir um atraente e peculiar aroma. Para promover a mercadoria, as empresas brasileiras colocavam nas barricas rótulos primorosamente desenhados e impressos em gráficas de Joinville, como a Tipografia Boehm. A atividade advinda da erva-mate teve expressivo crescimento a partir da abertura da estrada Dona Francisca, em 1873. Isso desenvolveu diversos empreendimentos relacionados ao transporte e a comercialização do produto. A ligação com Joinville facilitou o escoamento do produto – antes realizado pelo Porto de Paranaguá, da Babitonga até o Porto de São Francisco do Sul – e a criação de uma indústria voltada para o beneficiamento da erva-mate através de engenhos. Os laços de parentesco criaram
Mate embarcado no porta-avião norte americano “Enterprise” pelo Instituo Nacional do Mate
uma “oligarquia do mate” de origem predominantemente lusitana, tendo como representantes empresas como Abdon Baptista & Oscar, Augusto Ribeiro & Procópio, Oliveira & Genro, Ernesto Canac & Cia, entre outras. Em 1891, várias delas se uniram e criaram a Companhia Industrial Catarinense, a empresa mais importante do Estado naquela época, dissolvida em 1906, com o fim da concessão. Os principais acionistas também exerceram forte influência na política local, em especial, Abdon Batista, prefeito de Joinville, deputado estadual, deputado federal, senador e vice-governador. Na sequência, vários sócios se joinville É l 2017
juntaram a Henrique Jordan e Otto Gerken na “Jordan, Gerken & Cia.” que atuava como exportadora desde 1894. Posteriormente a empresa foi chamada de “Comércio e Indústria H. Jordan S/A”, dona dos rótulos da página ao lado. A indústria da erva-mate ativou a economia local com a criação de fundições e mecânicas para atender a demanda por carroções, veículos que transportavam a erva-mate até os navios do Porto de São Francisco do Sul. Posteriormente, o processo de industrialização cresceu com a instalação da estrada de ferro. Toda essa atividade teve importante papel para expandir a economia local.
58
minha cidade l
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cultura
l perfil RIC
Espetáculo cidadão O projeto Domingos Musicais foi uma iniciativa do presidente de honra da Sociedade Cultural Alemã, Carlos Adauto Virmond Vieira, que morou por dez anos na Alemanha, onde teve contato com as apresentações da Filarmônica de Colônia. “Os espetáculos eram gratuitos e como eu era estudante na época não perdia a oportunidade”, lembra. Quando Carlos retornou para Joinville, trouxe a ideia de um projeto cultural inspirado no modelo de Colônia. “Transformamos um espaço inusitado, o Cemitério
DOMINGOS MUSICAIS
do Imigrante, em destacado polo de produção cultural, formando plateia para a música de qualidade. Já ocorreram mais de 150 edições dos Domingos Musicais”, comenta orgulhoso.
São raras as cidades no Brasil que podem contar com um evento como os Domingos Musicais, com apresentações ininterruptas em 16 anos de existência. A Sociedade Cultural Alemã de Joinville, que promove o evento, estima já ter atingido um público aproximado de 32 mil pessoas. É um projeto consolidado e que beneficia toda a comunidade. Outro aspecto importante foi a valorização do Cemitério do Imigrante, tradicional monumento histórico de Joinville, que ficou quase 40 anos
Carlos Adauto também teve a
abandonado. O Cemitério foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
oportunidade, quando presidente da
Artístico Nacional (IPHAN) em 1961. Hoje, bem cuidado, é um dos espaços mais
Fundação de Cultura, de criar o projeto
arborizados e agradáveis do centro da cidade. Logo na entrada do cemitério fica a
Concertos Matinais, que incluía o Teatro
antiga Casa do Coveiro, transformada em Casa da Memória, onde funciona a sede da
Juarez Machado, a Sociedade Cultural
Sociedade Cultural Alemã de Joinville. A manutenção e conservação do Cemitério do
Lírica e o 62º Batalhão de Infantaria, cada
Imigrante é um dos objetivos estatutários da Sociedade Alemã.
um “adotando” um domingo do mês. Hoje
Um das marcas registradas dos Domingos Musicais é seu excelente nível artístico,
apenas a Sociedade Cultural Alemã e o
sob a curadoria da musicista Daniele Haak, diretora de eventos da Sociedade.
Batalhão mantém a tradição. A primeira
A qualidade das apresentações pode ser medida pelo elevado padrão dos
edição dos Domingos Musicais ocorreu
convidados: Orquestra Prelúdio, Camerata Dona Francisca, Quarteto Allegro
no dia 11 de março de 2001, como parte
(cordas), Quarteto de Sopros Joinville, Grupos de Harpas de Jaraguá do Sul, Ronald
dos festejos pelos 150 anos de Joinville.
da gaita (eleito o melhor tocador de gaita de boca do mundo), Duo Soprando
No início o projeto era voltado à música
Baixo (jazz), Banda Headcutters (blues), Joinville Jazz Big Band, Fabio Lima (violão
erudita, mas com o tempo outros estilos
clássico), Orimar Hess (acordeão), entre tantos outros.
foram ganhando espaço. “As nossas
Os Domingos Musicais ocorrem no primeiro domingo de cada mês, entre março e
apresentações representam o projeto
dezembro, às 10h30, na sede da Sociedade Cultural Alemã de Joinville, na rua XV de
musical mais longevo da cidade e a
Novembro, n° 1000. O evento é gratuito e não precisa falar alemão! Todos são muito
menina dos olhos da sociedade”,
bem-vindos ou, como dizem os alemães, Herzlich Willkommen!
celebra Carlos.
joinville É l 2017
59 .Daniele Haak e Victor Carlson NRomy B. Dunzinger (Divulgação) / Divulgação
(IN)CONSCIENTE QUE MOVE O COLETIVO PARA PARTICIPAR
Uma iniciativa que começou há cinco anos, oriunda do desejo de três designers de Joinville de promover a produção cultural
O interessado cadastra a empresa ou
regional, se tornou um reconhecido
projeto por meio do formulário que
Festival da Cultura Criativa, com dez
está no site e recebe os avisos sobre as
edições realizadas. Desde a estreia, em
próximas edições;
2012, o (IN)Consciente Coletivo já reuniu
w A Organização do INC divulga a data/
mais de 200 nomes de diversas áreas –
local/custos de participação da próxima
design, moda, arte, música e gastronomia
edição do evento;
– com público superior a 30 mil pessoas
w Todos os interessados em participar
prestigiando os eventos itinerantes. A
da edição divulgada inscrevem seus
diversificada programação contempla
trabalhos no processo de curadoria;
desde apresentação musical, teatro e
w Os candidatos são avaliados conforme
sarau literário, até lançamento de produtos,
os critérios divulgados no formulário de
palestras, oficinas e workshops, apenas
curadoria;
para citar alguns exemplos.
w Os expositores selecionados são
“Com o (IN)Consciente Coletivo revelamos
informados sobre os
talentos e abrirmos as portas do mercado
passos seguintes;
para projetos inovadores, sempre focando
w São realizadas
em pequenos negócios, empreendedores
reuniões presenciais e
da economia criativa e no design autoral”,
“Estamos sempre abertos para receber
explicam as organizadoras Ana Carol
novas mentes criativas. O propósito dessa
Carvalho, Sarah Pinnow e Bruna Starling.
movimentação é revelar para Joinville
Em dezembro de 2016, a 10ª edição do
e Santa Catarina o potencial inventivo,
Festival foi celebrada na Casa da Cultura
colaborativo, inovador e empreendedor
Fausto Rocha Júnior. O próximo evento
dessas pessoas que tocam iniciativas
acontecerá no primeiro semestre de
incríveis em nossa região”, garantem as
2017 e o local será definido em breve.
organizadoras. Ainda de acordo com Ana, Bruna e Sarah, projetos como o (IN)Consciente Coletivo se afirmam como excelentes alternativas para impulsionar novos cenários culturais. “São ações construtivas e muito benéficas que promovem e incentivam talentos, conectam criadores e público, propõem a ocupação de espaços públicos, desenvolvem e valorizam a produção cultural e apresentam a criatividade como ferramenta de desenvolvimento cultural, social e econômico”, destacam. joinville É l 2017
entrevistas com todos.
60
NVanderleia Macalossi (Divulgação)
17 anos da Escola Bolshoi em Joinville No mês em que Joinville, maior cidade de Santa Catarina, completa 166 anos de história, a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil celebra seu 17º aniversário. O feito, é claro, não passará em branco e a instituição presenteará os admiradores da dança com dois espetáculos de gala. As apresentações acontecem nos dias 15 e 16 de março, às 20h, no Teatro Juarez Machado, e abrem a temporada 2017 do projeto Bolshoi na cidade. O patrocínio cultural é do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura da Fundação Cultural de Joinville (Simdec). Além das apresentações, durante o ano a Escola Bolshoi também recebe estudantes, professores, bailarinos e público em geral para visitas monitoras. “As pessoas têm a oportunidade de conhecer a história do Bolshoi no Brasil, obter informações sobre o processo seletivo, ver as aulas e aprender sobre o funcionamento da instituição. Ao final, é exibido o vídeo institucional que tem duração de quatro minutos”, explica Albenize Ballen Bueno, coordenadora de Comunicação da Escola. Para as visitações é cobrado o valor de R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia-entrada), sendo que elas ocorrem diariamente em dois horários: 10h30 e 14h30.
Referência de Arte e Educação Inaugurado no dia 15 de março de 2000, sendo a única extensão da famosa academia
cursos técnicos profissionalizantes.
no mundo, a grandeza do projeto se verifica
Além de ensino gratuito, os estudantes
pela amplitude social, dimensão cultural e pela
têm benefícios como alimentação,
abrangência educacional que alcança com
transporte, uniformes, figurinos, assistência
suas atividades. Para o inicio do ano letivo em
social, orientação pedagógica, assistência
2017, a Escola recebeu 240 alunos oriundos de
odontológica preventiva, atendimento
23 estados brasileiros e outros três países.
fisioterápico, nutricional e assistência médica
Desde 2012, a instituição concede 100% de
de emergência/urgência pré-hospitalar.
bolsas de estudo para todos os alunos dos
“Para isso devem apresentar bom rendimento na Escola Bolshoi e também no ensino médio e fundamental, pois a ausência de boas notas implica na perda da bolsa de estudo no Bolshoi Brasil. Os alunos recebem educação, aprendem uma profissão, exercitam responsabilidade e constroem cidadania”, conta Albenize. Um projeto merece muitos aplausos! joinville É l 2017
62
minha cidade l cartão-postal l galeria l entrevista l urbe l economia l empreendedores l educação l esporte l pub l cultura l
perfil RIC
Bastidores do Jornal do Meio-dia, comandado pelos apresentadores Helber Sá e Sabrina Aguiar e com participação diária do telespectador
programas conquistam telespectadores e anunciantes O Jornal do Meio-Dia, Tribuna do Povo e o Ver Mais dominam a preferência do público no horário do almoço
Noticiar o que acontece perto das pessoas, falar a linguagem da comunidade e interagir com o telespectador. É desta forma que a RICTV Record tem conquistado a preferência do público no horário do meio-dia em Joinville. Os programas Jornal do Meio-Dia, Tribuna do Povo e Ver Mais oferecem jornalismo e entretenimento em aproximadamente três horas no ar. joinville É l 2017
Com apresentação de Helber Sá e Sabrina Aguiar, o Jornal do Meio-Dia traz as informações diárias e quadros que agregam diferencial ao conteúdo editorial. No quadro “Me Chama Que Eu Vou” o apresentador vai ao bairro ouvir os moradores sobre reclamações ou destaca uma pauta positiva. Já o quadro “Direitos do Consumidor” há mais de três anos mostra problemas na relação de
63 NVictor Carlson
consumo e esclarece dúvidas dos telespectadores com um advogado ao vivo. “Temos empatia com a comunidade, sentimos de fato os anseios do povo em receber uma resposta ou a solução dos seus problemas. Como sempre digo no ar, o Jornal do Meio-Dia é feito com o povo e para o povo”, afirma Helber Sá. A interatividade é outro ponto forte. Hoje todo mundo quer ter voz, expressar a sua opinião e ser ouvido. No Jornal do Meio-Dia um dos pontos fortes é a participação diária do telespectador, por meio de mensagens de texto ou vídeos. A emissora recebe em média mil mensagens por dia do público. “Fazer parte do Jornal do Meio-Dia é estar no dia a dia das pessoas, seja em um evento, no relato de uma reivindicação, em muitas histórias que juntos ajudamos a contar. Com a interação pelas redes sociais ajudamos ainda mais a fazer parte da vida de cada um”, afirma a apresentadora Sabrina Aguiar. Logo após o Jornal do Meio-Dia, a Tribuna do Povo traz a cobertura completa das notícias comunitá-
Acima o cenário do Tribuna do Povo e abaixo um dos parceiros comerciais do programa
reconhecimento O esforço da emissora para levar conteúdo de qualidade no horário de maior audiência regional rendeu a preferência dos telespectadores e dos anunciantes. A última pesquisa revelou a RICTV Record na liderança na faixa horária das 12h às 16h15, de segunda a sexta-feira¹. Maria Ester à frente do programa Ver Mais
rias e das ocorrências da cidade na área da segurança. Com equipe nas ruas por mais de 20 horas por dia, o programa apresenta as principais ocorrências, reportagens especiais e atende à comunidade carente que precisa de apoio social. O programa possui um público fiel, sendo apresentado por Nilson Gonçalves há mais de 15 anos. Já quem quer entretenimento e valorização dos artistas locais continua na RICTV Record com o Ver Mais. A revista eletrônica disponibiliza espaço para temas como saúde, gastronomia, beleza e educação. O ponto forte é a participação do público, que gosta de se ver e estar atualizado com novidades e assuntos factuais, além de ter espaço aberto para discutir temas que estão presentes no dia a dia da comunidade. O programa é apresentado por Maria Ester, que cobre licença maternidade da apresentadora titular Evelise Laís. Apesar de estar há pouco tempo na emissora, Maria já conquistou um público fiel interessado no conteúdo do programa. joinville É l 2017
Para Drica Fermiano, gerente de jornalismo da RICTV Record Joinville, estar presentes nos assuntos da cidade e manter o público informado com jornalismo de credibilidade são os pontos principais para este sucesso. “Estamos no caminho certo ao atender a comunidade e as inovações na área da comunicação, sendo que o jornalismo regional sempre será prioridade para o telespectador”, explica. Um dos clientes do horário é a Apolo Calçados. Alexandre Brandão, diretor financeiro da empresa, anuncia há nove anos na emissora e afirma que ao passar a patrocinar o horário do meio-dia na RICTV Record Joinville o número de vendas e novos clientes foi crescente. O empresário explica que o retorno é muito positivo, pois o Grupo RIC investe de forma expressiva em conteúdo regional. “A estratégia é colocar a promoção na TV hoje para vender amanhã. Desta forma, quando os meus clientes chegam à loja sempre pedem aquele sapato da TV’. A RICTV Record Joinville é a única mídia que invisto em propaganda”, afirma. ¹Fonte: Kantar IBOPE Media – MW TR Standard – Média Rat% Domiciliar (Joinville/05 a 11 de abril 2016) – RICTV x Faixa das 12h00 às 16h30 seg a sex da concorrência – Base Total de Ligados Especial.
64 NDivulgação
Sinal digital na região
Festa do trabalhador Falta pouco para a Festa do Trabalhador. No próximo dia 1º de maio, a RICTV Record promove mais uma edição do evento na Expoville e a população está convidada para comemorar o feriado com muita animação e serviços. Este ano a festa ocorre em um domingo e os portões estarão abertos entre 10h e 17h. Além de diversas atrações musicais para animar o público, dezenas de serviços estarão disponíveis, como corte de cabelo e design de barba, confecção de carteira de trabalho, além de orientação sobre direitos do consumidor com especialistas do Procon e orientação sobre os seus direitos com advogados da Defensoria Pública. Já a Sesporte providenciará atividades de recreação para crianças e adolescentes. Para ensinar sobre os cuidados com a dengue, a Vigilância Ambiental disponibilizará um jogo de tabuleiro e por meio de um microscópio será possível conhecer as larvas do mosquito Aedes aegypti. Atrações culturais também fazem parte da programação. A entrada é gratuita, mas o estacionamento será cobrado pela própria Expoville. No ano passado, cerca de 100 mil pessoas participaram do evento e aproveitaram o dia inteiro de serviços e atividades de graça. A Festa do Trabalhador é uma realização da prefeitura de Joinville com promoção da RICTV Record e patrocínio de Mayara Modas, Assessoritec, Cemitério Parque Jardim das Flores, Duran, Fagerflex, Odorizzi Imóveis e Trimania.
prêmio nacional para a RICTV O repórter Luan Vosnhak recebeu o
a insegurança de caminhoneiros nas
troféu de segundo lugar do Prêmio
BRs 101, 376 e 116. A série foi produzida
Nacional de Jornalismo em Seguros,
também pelos profissionais Paula Just,
organizado pela Federação Nacional
Evandro Silva e Thiago Bonin. Nesta
dos Corretores de Seguros (Fenacor) e
edição do prêmio foram avaliados
realizado no Rio de Janeiro. A matéria
491 trabalhos em seis categorias, uma
premiada fez parte de uma série de
quantidade que superou a expectativa
quatro reportagens que mostraram
dos organizadores. joinville É l 2017
O Grupo RIC continua investindo para disponibilizar som e imagem com qualidade de cinema e garantir que os telespectadores tenham acesso gratuito ao sinal digital. Em fevereiro, a emissora lançou em Jaraguá do Sul o sinal HD da Record News SC, e nas cidades de Canoinhas e Mafra o sinal em alta definição da RICTV Record HD. Em Canoinhas, os telespectadores podem assistir a RICTV Record HD pelo sinal 11.1 e em Mafra no 55.1. Em Jaraguá do Sul o sinal é pelo 17.1 Para assistir à emissora pela primeira vez basta fazer a busca automática. Depois é só sintonizar o canal que é líder na produção de conteúdo regional. Para saber quais canais estão disponíveis em todo o Estado basta acessar o site no QR-Code abaixo. Com a tecnologia a programação passa a estar disponível para smartphones e tablets que recebem sinal digital, ampliando a entrega de conteúdo para outros dispositivos além da televisão, atingindo também o público mais jovem e conectado. Desde 2011 o Grupo RIC já investiu mais de R$ 35 milhões na digitalização de suas emissoras, sendo pioneiro no Sul do Brasil a produzir e transmitir 100% HD na RICTV Record Florianópolis. No ano seguinte foi a vez da Record News SC receber o investimento na programação. Recentemente a empresa de comunicação comemorou a digitalização de todas as suas emissoras que produzem conteúdo em Santa Catarina e agora o foco é levar a tecnologia para outras cidades catarinenses.