inform ativo editorial
Boletim informativo da Faculdade de Educação • FACED • UFU • nº 47 • novembro • 2013
Evento Internacional reuniu profissionais e alunos de Comunicação
Expediente
Desenvolvido pelo curso de Comunicação Social Jornalismo
Boletim informativo da Faculdade de Educação • FACED • UFU • 2013 Diretor da FACED: Secretária geral:
Coordenadora:
Editor: Bolsista:
informaativo
• UFU • nº 47 • novembro • 2013
N o ta s I n fo rm a ti v a s
Jornalismo no ENADE/2012
CONAE terá representante discente da FACED / UFU
Novos docentes do Núcleo de Libras
Professor da UFU lança livros
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E d i ta i s
informaativo
Edital para Mestrado
• UFU • nº 47 • novembro • 2013
E v en to
Seminário Nacional 90 anos de Rádio no Brasil acontece na UFU
Incrições para prêmio Vale-Capes
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informaativo
• UFU • nº 47 • novembro • 2013
E s p a ç o Ab e r t o
"A Esfinge" de Francis Bacon A Esfinge, diz a história, era um monstro que continha várias formas em uma só. Tinha rosto e voz de virgem, asas de pássaro e garras de grifo. Depois de subjugar os viajantes, propunha-lhes certos enigmas obscuros e desconcertantes, que segundo se dizia lhe eram conferidos pelas musas. E, se os infelizes prisioneiros não conseguissem resolver e interpretar imediatamente essas adivinhações, ela os fazia em pedaços ao ver sua confusão e hesitação. Como a calamidade não diminuísse com o passar do tempo, os tebanos ofereceram o trono de Tebas ao homem que resolvesse os enigmas da Esfinge (pois essa era a única maneira de vencê-la). A magnitude do prêmio induziu Édipo, homem de sabedoria e astúcia, mas coxo de nascença, a aceitar a condição e fazer uma tentativa. Apresentando-se cheio de confiança e entusiasmo diante de Esfinge, quando lhe foi perguntado que tipo de animal nascia com quatro pernas, em seguida passava a ter duas, mais tarde três, e finalmente quatro, respondeu com rapidez que era o homem; pois no nascimento e na infância engatinha sobre os quatro membros, pouco mais tarde se ergue sobre os dois pés, nos anos de velhice se apoia em uma bengala e caminha como se tivesse três pernas, e finalmente, na idade e decrepitude extremas, quando lhe falham todos os nervos, volta a ser um quadrúpede e fica deitado na cama. Essa era a resposta correta, que lhe valeu a vitória; em seguida Édipo matou a Esfinge, cujo corpo foi colocado nas costas de um asno e levado em triunfo, enquanto Édipo, segundo o que fora acordado, foi feito rei de Tebas. Essa fábula é elegante e sábia, evidentemente inventada em alusão à ciência, em especial em sua aplicação à vida prática. A ciência, que maravilha os ignorantes e inábeis, pode bem ser chamada um monstro. Em figura e aspecto é represen-
tada de muitas formas, devido à variedade de temas com que lida. Diz-se que tem rosto e voz de mulher, no que respeita a sua beleza e facilidade de afirmação. Acrescentam-se as asas, porque as ciências e suas descobertas se espalham e voam rapidamente para longe, sendo a comunicação do conhecimento como uma vela que toque outra, a qual se acende imediatamente. As garras, afiadas e aduncas, possuem grande elegância, porque os axiomas e argumentos da ciência penetram na mente e a prendem, de maneira que ela não tem meios de evasão ou de fuga. Todo conhecimento também deve ser considerado como tendo sua sede no topo das montanhas; pois uma coisa tão sublime e elevada é merecidamente estimada, olhando como das alturas para a ignorância e tendo além disso perspectivas amplas de todos os lados, como ocorre nos cumes. A Esfinge também propõe aos homens diversas perguntas e enigmas que recebeu das musas. Nessas perguntas provavelmente não existe crueldade, enquanto permanecem com as musas; pois, enquanto o objetivo da meditação ou da pesquisa for apenas conhecer, o entendimento não se vê oprimido ou circunscrito por isso, mas está livre para divagar e espraiar-se, e encontra na própria incerteza da conclusão e da variedade certo prazer e deleite; contudo, quando passam das musas para a Esfinge, isto é, da contemplação à prática, na qual fazem-se necessárias a ação imediata e a decisão, tornam-se dolorosas e cruéis; a menos que sejam resolvidas e decididas, atormentam e preocupam estranhamente o pensamento, puxando-o para um lado e para o outro, na verdade rasgando-o em pedaços. Além disso, os enigmas da Esfinge sempre possuem uma dupla condição a eles ligada: distração e laceração da mente, quando se deixa de resolvê-los; quando se consegue, um reino. Pois aque-
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le que compreende seu tema domina seu objetivo; e todo trabalhador é rei em seu trabalho. Quanto aos enigmas da Esfinge, existem ao todo dois tipos: um relativo à natureza das coisas, outro relativo à natureza do homem; do mesmo modo, há dois tipos de reino oferecidos como recompensa por resolvê-los: um para reinar sobre a natureza, outro sobre o homem. Pois o comando das coisas naturais — corpos, medicamentos, poderes mecânicos e infinitas coisas do mesmo tipo — é o único objetivo adequado e final da verdadeira filosofia natural; entretanto, a filosofia da Escola, contente com o que encontra, e cheia de palavras, pode negligenciar ou desprezar a pesquisa de realidades e obras. Mas o enigma proposto a Édipo, cuja solução o fez rei de Tebas, era relativo à natureza do homem; pois quem possuir uma visão ampla e penetrante da natureza do homem poderá conformar sua sorte quase como desejar, e merece imperar. A fábula acrescenta com grande graça que, quando a Esfinge foi derrotada, seu corpo foi colocado nas costas de um asno; pois não há coisa mais misteriosa e abstrusa, mas, uma vez entendida e tornada pública, até mesmo um tolo pode compreendê-la. Tampouco se deve esquecer este outro tema, o de que a Esfinge foi derrotada por um homem coxo, aleijado dos pés; pois os homens em geral avançam com demasiado açodamento e pressa em direção à solução dos enigmas da Esfinge; e disso decorre que a Esfinge os vence, e, em vez de obter o reino mediante suas obras e efeitos, os homens conseguem apenas distrair e preocupar suas mentes com disputas. BACON, Francis. "A Esfinge" In: SHATTUCK, Roger. Conhecimento Proibido. São Paulo. Cia das Letras, 1998
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