Associados ganham canal de compras on line Em sintonia com a globalização e ciente de todas as facilidades e comodidades que a rede web oferece, a ATR acaba de implementar um novo produto a seus associados: o canal de compras on line, que já está disponibilizado no portal da Associação
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Produção Há algum tempo, a Associação vem desenvolvendo a implementação e instalação do sistema, realizando
apenas a operação e administração de compras de alguns produtos para as empresas. No entanto, foi detecta do que o sistema oferecia o mesmo produto em condições de preços diferentes para cada empresa, o que gerou alguns descontentamentos. A partir daí, a ATR Brasil implementou um novo sistema de operação de cotação de preços, sintetizando dessa forma, todos os fornecedores com preços iguais a qualquer que seja a empresa associada. “Os fornecedores são divididos por grupo de produtos que trabalham em seu portfólio, bus cando uma agilidade maior no tempo de respostas das solicitações de cada empresa”, explica. Divulgação
brir um canal de compras facilit ad or capaz de gerar comodidade, segur anç a e rapidez. É nisso que nos últimos meses a ATR vem investindo: em um inédito sistema de compras capaz de beneficiar todos os associados atra vés da internet. O sistema oferece opções de compra e cotação de pre ços dos principais insumos utilizados nas empresas do segmento do trans porte de commodities agrícolas. Para utilizar o sistema de compras é simples. Basta acessar a página da associação (www.atrbrasil.com. br) através do login e senha individual de cada empresa – caso o associado aind a não seja cadastrado será necessário a validação dos dados cadastrais e a criação de um login e senha. A partir daí é possível fazer a solicitação de cotação de preços de qualquer produto. A cotação é enviada para os fornecedores cadastrados. Um dos diferenciais deste novo sistema oferecido pela Associação é que ele busca o menor preço do produto solicitado. “Este canal de compras opera como se fosse um sistema de leilão, obtendo sempre as condições comerciais mais favoráveis para a empresa associada a ATR”, explica Rogério Martins, secretário executivo da ATR Brasil.
Como funciona Assim que é feita a solicitação de cotação do produto em questão, a empresa tem o conhecimento de quem são os fornecedores que estão cuidando de sua solicitação. “Dessa forma fica mais fácil, pois a associada tem um controle de como está o an damento de sua solicitação e de qual é a empresa fornecedora que está cuidando disso”, lembra Martins. Ao
“A ATR Brasil acredita que a Central de Compras é uma gran de oportunidade de redução de custos e aquisição de insumos em condições favoráveis para ca da empresa associada. Temos a certeza de que, com a crescente utilização do sistema de compras, despertaremos o interesse em novos fornecedores a se cadas trarem no sistema para participar das cotações”. Rogério Martins, Secretário Executivo da ATR Brasil obter as respostas dos fornecedores, abre-se então a negociação final, podendo acertar quais as condições de pagamentos, local da entrega do produto solicitado, prazo da entrega, tipo de frete, entre outros. Um outro benefício que esse sistema oferece é que não há a necessidade de ligações telefônicas, o que gera uma grande economia final. “Isso é importante porque a maioria das empresas depende de fornecedores de outras cidades e isso gera um custo expressivo na conta telefônica. Com esse sistema, certamente as associadas terão uma economia significativa”, destaca o secretário executivo. “Com um simples acesso, a empresa pode solicitar as cotações para os mais diversos for necedores de qualquer localidade do Brasil, desde que esteja devidamente cadastrada no sistema”, conclui.
Fornecedores Para se cadastrar no sistema de cotação das empresas, basta acessar o site da ATR Brasil (www. atrbrasil.com.br) e clicar no link Fornecedores.
Arquivo Pessoal
A agricultura nacional e o descaso do governo
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Brasil sempre foi consi- derado como o País do futuro. Estamos acostumados a ouvir que temos tudo que o mundo precisa, principalmente no que se
refere a recursos lig ad os à agri cultura. O que mais se ouve é que seremos uma das potências mun diais, mas nossos governantes não acreditam nessa máxima. Assistimos perplexos à realida de dos agricultores desesperados com a queda de produção e com
a taxa de câmbio – eles que são produtores de divisas para o País. Este problema não deveria ser de ordem agrícola e sim uma preoc upação do Ministério da Fazenda, do Banco Central e do Governo Federal. Mas, esse descaso não acon tece só na agricultura. Outros setores vivenciam a mesma reali dade, como as grandes empresas produtoras de bens de capital, que deveriam ser export ad or as e estão importando produtos da China e de outros países da Ásia. O motivo: nosso câmbio propor ciona essa operação e degrada a performance das emp resas nacionais. Até alguns dias atrás, nos de paramos com invasões do MST – Movimento Sem Terra em todo território nacional. Hoje, vemos o MST estagnado, apenas anali sando como os agricultores resol verão seus entraves. Só nos falta
ATR News é o informativo oficial da Associação Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas do Brasil Av. Presidente Vargas, 2001 - sala 52 Telefone/fax (16) 3911-9390 CEP 14020-260 Ribeirão Preto SP www.atrbrasil.com.br Tiragem: 1.000 exemplares Veiculação: bimestral Impressão Gráfica: Maxicolor Gráfica e Editora
Coordenação Editorial: Verbo Comunicação Empresarial (verbo@verbo.jor.br) Jornalistas Responsáveis: Andréa Berzotti MTb 27.973 Luciana Grili MTb 30.292 Diagramação: Rita Corrêa Silva (rcs.dg@itelefonica.com.br) Colaboração: Adriano Oliveira
“Apesar de todos esses problemas, o Governo Federal nunca arrecadou tanto dinheiro do povo brasileiro como agora. No mês passado quase R$ 40 bilhões”
ver o MST passar a contribuir com os agricultores em suas paralisações. Apesar de todos esses proble mas, o Governo Federal nunca arrecadou tanto dinheiro do povo brasileiro como agora. No mês pas sado quase R$ 40 bilhões. Esse é o retrato da nossa sociedade e nunca assistimos a tanta baderna e roubal heira como no governo petista. Por isso, ficamos estarrecidos com essa situação e não temos respostas nem para nossos filhos que nos questionam por que os gov ernantes roubam tanto, com tantos necessitados no país? Em contra partida o que se vê nas ruas são os bandidos matarem os policiais, lutando numa guerra de igualdade. Os governantes não dão o exemplo que seu povo merece e fica mais fácil para alguns se apoiarem nesta situação e optarem pelo caminho do banditismo. Esse é um momento de reflexão, pois nossas eleições estão perto. Chegou a hora de darmos uma resposta – um grito final a esses governantes e mostrarmos a força que tem uma grande nação.
Um forte abraço a todos.
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Marcelo Camargo Presidente ATR BRASIL
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NTC (Associação Nacio- nal do Transporte de Cargas e Logística) acaba de lançar, no último dia 05 de maio, a criação da CTAGRO/NTC - Câmara Técnica de Transporte do Agrone gócio. Constituída por empresários e rep resentantes de entidades ligadas ao setor de transporte do agronegócio, a CTAGRO/NTC tem por objetivo oferecer propostas e debater assuntos pertinentes a es te segmento. Através de encontros mensais, o novo órgão também deve discutir e buscar soluções para os
presentando a ATR Brasil na CTA problemas enfrentados pelo setor. GRO/NTC. A primeira reunião aconteceu no Palácio dos Transportes, em São Paulo, e reuniu entidades como a ATR Brasil (or ganizadora do evento de lançamento), ATC FORT, Coopercarga, Setcamar, Coop ertrans, Sintropar, Sindiponta e NTC. Ocupando o cargo de vice-coordenador da Câ mara Técnica, Milton Jo Entidades participantes da primeira reunião da NTC, nas Deramio estará re no Palácio dos Transportes, em São Paulo
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Agronegócio ganha soluções
ATR reforça parceria Divulgação/ Menca
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Representantes da ATR e diretores da empresa Vipal reunidos no início do mês de maio, no Rio Grande do Sul
epresentantes d a ATR Bras i l visitaram no dia 12 de maio a unidade da empresa Borrachas Vipal, em Nova Prata, no Rio Grande do Sul. O objetivo do encon tro, que também contou com a presença de um distribuidor da Vipal, a reformadora Bia Pneus,
foi reforçar a importância da parceria existente entre as empresas, além de fortalecer e favorecer as condições comercias para divulgação entre os associados da ATR Brasil. Considerada uma das maiores fabri cantes mundiais de produtos para reforma e reparos de pneus e câmaras de ar, a Borrachas Vipal atua no mercado há mais de 30 anos e exporta sua marca para mais de 90 países.
Evento aborda custos no TRC Ministradas pela economista Maria José Liberato Montanari, as aulas abordaram noções básicas sobre custo ideal para contratação de fretes do TRC e permiti ram aos presentes elaborar quest ões enf rent ad as no dia-a-dia, para que soluções fossem discutidas. Além disso, a economista apontou os principais erros cometidos pelas empre sas, ao fecharem contrato com clientes embarcadores,
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destacando a importância de uma análise rigorosa da lucratividade esperada e do contrato assumido.
Participantes do curso oferecido pelo Sest/Senat sobre análise de custos no Transporte Rodoviário de Cargas
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empre objetivando oferecer bons serviços as suas as- sociadas, a ATR Brasil realizou no mês de março, em parceria com o Sest/ Senatde Ribeirão Preto, o curso “Análise de Custos no TRC”. A iniciativa proposta pela ATR Brasil surgiu a partir da constata ção de que o setor de TRC (Trans porte Rodoviário de Cargas) de Agronegócio vem sofrendo grande dificuldade em operar na prática, com os fretes oferecidos no mercado atualmente.
IC Transportes: responsabilidade com clientes e colaboradores
IC opera com caminhões do tipo semi-reboque, basculantes e graneleiros. 100% da frota é rastreada via satélite
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osso objetivo é mais do que atender as neces -sidades dos clientes e colaboradores. Queremos superar suas expectativas”. Com essas palavras, Ivan Camargo, diretor e proprietário da IC Transportes Ltda, define a missão de sua empresa, que hoje atende os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná. Inaugurada em 1982, a IC Trans portes tinha como sede inicial o Auto Posto 3 Vias, também dirigido por Ivan. Dez anos depois, a pri meira sede própria, em Campinas, já apontava o grande crescimento da transportadora. Hoje, com 14 filiais e matriz na cidade de Sumaré (SP), a empresa é especializada em transporte agrícola - granéis sólidos. A IC Transportes é certificada pelo SASSMAQ, pela ISO 9001:2000, e recebeu o “Certificado de Acidente Zero” envolvendo cargas perigosas, no ano passado. “Os programas desenvolvidos aqui são constituí dos por controle de performance e conscientização e resultam sempre em expressiva queda no índice de acidentes”, diz o diretor da IC. Além disso, a empresa se preo cupa constantemente com questões como crescimento profiss ion al, satisfação, motivação e espíri to de equipe dos colaboradores. De acordo com Ivan, a dedicação
Responsabilidade Social A IC também está fortemente comprometida com o terceiro setor, através de diversas ações internas. A gestão ambiental, por exemplo, é parte integrante da rotina de traba lho da empresa. A transportadora mantém compromisso permanente com sua política ambiental, traduzi da em investimentos e procedimen tos para preservação do meio am biente. “A IC construiu uma Estação de Tratamento de Efluentes, onde os resíduos são tratados e dispostos dentro dos padrões de exigência da Cetesb”, explica Ivan. Na área de segurança humana, a transportadora mantém convênio com a S.O.S. Cotec, empresa especializada
no atendimento a acidentes com cargas perigosas. Por meio dessa parceria, é possível uma atuação responsável e imediata em caso de acidentes envolvendo este tipo de carga. “Nossa frota é rastreada via satélite, através do sistema GPS. Além disso, os veículos são equipados com EPIs [equipamento de proteção individual] e kits de emergência”, acrescenta Ivan. ATR e IC Transportes Como associada da ATR Brasil, a IC Transportes trabalha desde o início junto à entidade, já que a em presa é sócia fundadora da ATR. A relação de parceria e experiência conjunta têm sido importante nas operações de ambas as instituições. Para o diretor da IC, a ATR Brasil cumpre com seu papel, mostrandose competente na conquista de seus propósitos. “O vínc ulo de nossa empresa com uma entidade forte e atuante como a ATR é de elevada importância, pois fortalece nosso setor na defesa pelos interesses coletivos”, conclui.
Estrutura Física
A IC Transportes tem sua sede na cidade de Sumaré (SP), numa área de 35.000 m2, dos quais 5.100 m2 correspondem à parte construída, onde estão instalados: - Escritório Administrativo e Departamento Comercial - Sala de Treinamento - Oficina Mecânica - Almoxarifado - Abastecimento de Veículos - Borracharia - Lavador - Estação de Tratamento de Efluentes - Restaurante - Área de lazer para colaboradores
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dispensada é refletida na agilida de, eficiência e bons resultados da transportadora. “No ano passado cada funcionário recebeu, em mé dia, 36 horas de treinamento. A empresa estimula estes processos, pois, assim, fortalece as relações de trabalho e promove eficiência nas atividades”, completa Ivan.
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Betel Transportes busca qualificação no setor dos transportes
Vista aérea da sede da Betel Transpor tes: um completo centro de operação de transportes
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tuando no setor nacional de transportes rodoviários de cargas há 11 anos, a Betel Transportes, Comércio e Re presentações é uma empresa lo calizada na cidade de Cosmópolis que trabalha com frota própria e é especializada no transporte rodoviá rio de produtos e insumos agrícolas a granel, além de containeres e de cargas perigosas. Atualmente fun ciona como centro das operações de transportes, dotado de amplos escritórios administrativos, oficina mecânica, pátio de estacionamento, posto de abastecimento, lavador de veículos com sistema de reutilização de água, tratamento de efluentes, refeitório, área de descanso e pátio para containeres. A empresa atua princ ipalmente no transporte de matérias-prima para composição de fertilizantes, como enxofre, sulfato e nitrato de amônio, cloreto de po tássio, fosfatados, uréia, etc. Além
disso, transporta também produtos agrícolas, como soja, açúcar, milho, farelos, cargas a granel e cargas secas em geral. Hoje, a Betel opera em linha direta nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Goiás, com filiais informa tizadas e interligadas com a matriz. Seus serviços são contratados prin cipalmente para fins alfandegários, desembaraço aduaneiro e movimen tação de armazéns, atuando nas principais rodovias e portos do País. Para garantir maior segurança da carga transportada, a frota da trans portadora é totalmente rastreada via satélite, através do sistema GPS (Glob al Positioning System). Do mesmo modo, a política de renova ção e substituição da frota própria possibilita que a idade média de seus veículos se mantenha em uma das mais baixas do setor, em torno de dois anos. Socialmente Responsável A empresa está atenta para a im portância do desenvolvimento profis sional de suas equipes de trabalho. Constituída de forma a atender toda e qualquer legislação pertinente ao transporte de cargas em geral, a Betel proporciona um atendimento de qualidade, alinhado com ações de responsabilidade social e am biental. “Consideramos que uma empresa é reconhecida como social
Parceria
Desde o início de suas atividades, em 1995, a Betel Transportes formou uma importante parceria comercial e operacional com a IC Transportes, devido à afinidade e semelhança de gestão entre elas. De um lado, a IC, uma empresa de porte que detém maior volume de frota e negócios. De outro a Betel, que possui um grande conhecimento das exigências dos clientes. Isso permite a essas empresas uma otimização do carregamento em regime de frota própria, possibilitando um maior controle de qualidade no atendimento e segurança para os clientes.
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mente responsável quando ela con tribui para a melhoria da sociedade e com o desenvolvimento sustentável da nação. O sucesso das ações neste sentido é percebido através do retorno que ela é capaz de gerar para a comunidade”, destaca Valmir Brustolin, diretor da Betel Transpor tes, que investe e apóia diversos projetos de solidariedade. A Betel é também uma das em pres as sócia-fundadora da ATR Brasil e vislumbra oportunidades de aproximação com entidades as sociativas que representam o setor de transportes. Estas ações visam a defesa dos interesses deste setor, barr and o a conc orr ênc ia pred a tória para manter-se em mercado competitivo. Certificações De olho na profissionalização de sua equipe e nas exigências dos clientes em busca de empresas responsáveis e qualificadas no setor de transportes, a empresa implantou em 2004, e já renovou em sua versão 2005, o SASSMAQ – Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade, desenvolvido pela Abiquim. Alinhados com a conquista desta certificação e da implantação do Sistema Integrado de Gestão – SIG, alcançados, no ano de 2005, com a certificação ISO 9001:2000 e ISO 14001:2004, a transportadora busca conciliar, em suas atividades, o aumento da produtividade com sustentabilidade de processos, a racionalização do uso de recursos naturais, redução e beneficiamento de resíduos e melhoria do desempenho da segurança e saúde ocupacional.
Bitrem e Rodotrem: o que diz a lei
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uito se diz, com razão, que a lei existe para ser interpreta- tada. Isto não significa que as normas legais possam ser ma nejadas no interesse de setores público ou privado. Sobretudo, no campo das normas que disciplinam a configuração dos veículos rodoviá rios de carga, a vontade da lei não oferece margem à interpretações, porque 25 metros são 25 metros para todos os seus destinatários, seja qual for seu interesse. É claro que há certos princípios que devem ser observados em re lação a norma jurídica -quando esta é total ou parcialmente disciplinada por lei nova, ou ainda quando esta textualmente revoga a anterior. Por exemplo, se uma resolução nova do Contran (Resolução 184/2005, artigo 2º) define CVC como sendo o conjunto transportador composto de duas ou mais unidades incluindo a unidade tratora, isso significa que um veículo articulado composto de cavalo-mecânico e semi-reboque passa a ser class ificado como CVC, com limite de PBTC de até 57 toneladas (respeitados os limites por eixo ou conjunto de eixos), introduzindo um novo limite de PBTC não previsto na resolução anterior (Resolução 12/98, artigo 2º, inciso), que fixava o limite genérico de 45 toneladas por unid ade ou combinação de veículos. Muito bem. Feito este preâmbulo, temos verificado que associados da ATR Brasil vêm enfrentando dificul dades relacionadas à gestão ope racional dos veículos tipo bitrem e rodotrem, principalmente quanto à necessidade de AET. Nos últimos anos, devido à popu larização desses veículos, o Con selho Nacional de Trânsito – Con tran, valendo-se de estudos desen volvidos no âmbito do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), vem promovendo a regulamentação da circulação dos mesmos: - Resolução 68/98: disciplinou os requisitos de segurança de CVCs; - Resolução 164/2004: estabeleceu a dispensa de AET para CVCs com PBTC de até 57 toneladas, vin culada à adequação da sinalização das rodovias; - Resolução 184/2005: alterou as
resoluções 12/98 e 68/98, flexibi lizando a expedição de AET para veículos com dimensões excedentes e inserindo definitivamente o bitrem no rol de veículos sem dependência de AET para trafegar; - Resolução 189/2006: alterou a Resolução 184/2005, admitindo a expedição de AET para o rodotrem com comprimento inferior a 25 me tros, desde que registrado até 03 de fevereiro de 2006. Diante disso, a primeira questão que se coloca é: se os órgãos e entidades que compõem o chamado Sistema Nacional de Trânsito devem obediência às normas editadas pelo Contran. Outra questão é saber se, após expedida uma AET para rodotrem, o mesmo órgão está obrigado a renová-la. Proponho as seguintes respostas: 1. O Contran está no topo do Sistema Nacional de Trânsito - estabelecido no artigo 7º do Código de Trânsito Brasileiro - sendo qualificado como o órgão de hierarquia máxima no campo normativo e consultivo. Desse modo, não resta dúvida sobre a obrigação de todos os demais órgãos e entidades do SNT em cumprir as resoluções emanadas do Contran. No entanto, apesar de parecerem óbvias, subsistem órgãos e entidades integrantes do SNT que insistem em descumprir as normas do Contran. Isso se verifica, por exemplo, no Estado de Goiás, no qual a ATR Brasil, obteve liminar para impedir que a AGETOP exija do associado a AET para bitrem. 2. Por outro lado, quanto à renovação de AET para rodotrem, a questão admite que a expedição de AET, nos
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termos da Resolução 68/98, com as alterações dadas pelas Resoluções 184/2005 e 189/2006, depende do atendimento aos requisitos nela ex pressamente estabelecidos, sendo certo que desde a edição da Reso lução 189/2006, o interessado pode requerer AET mesmo que o compri mento do veículo (registrado até 03 de fevereiro de 2006) seja inferior a 25 metros. Alguém poderá suscitar a questão das pontes. Trata-se de asp ecto relevante do problema, que pode justificar a negativa de AET, desde que demonstrado pelo órgão ou entidade com circunscri ção sobre a via que as condições estruturais para suportar a CVC já não são as mesmas. Mas o ônus de tal comprovação não poderá ser transferido para o usuário da via, sob pena de se inverter as funções indelegáveis do órgão, ou entidade de trânsito que vem a ser o responsável pela conservação da via. Este último ponto pode conti nuar gerando dificuldades para o associado, que terá de adotar na apreciação caso a caso, segundo as suas conveniências, posturas de submissão ou resistência às exigências do órgão, contestando a negativa de AET quando esta se revelar inconsistente ou mesmo ilegal, valendo-se neste caso da assessoria jurídica da entidade para sopesar os riscos de uma demanda judicial. Moacyr Francisco Ramos é as sessor jurídico da ATR Brasil
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ATR é representada em Brasília
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om o objetivo de legitimar sua representação junto aos associados e acom panhar a tendência das principais entidades setoriais nacionais, a ATR Brasil conta, desde de março de 2005, com um Escritório de Interes ses Governamentais na capital federal, sob responsabilidade de Roberto Carsalade Queiroga. Através dessa representação, a ATR tem levado a voz de seus associados aos principais fóruns de discussão nacional, respeitan do as características do setor de transporte de carga rodoviário, em especial o transporte de produtos relacionados ao agronegócio. Junto ao Poder Executivo, tem atuado diretamente com o Ministério dos Transportes, ANTT, DNIT e Con tran, propondo políticas para o setor, avaliando os programas do governo e seus atendimentos às demandas específicas dessa atividade. Sempre participativo, auxilia a ATR Brasil em diversas reuniões da Frente Nacional dos Transportadores de Carga Rodoviário, juntamente com outras entidades e o Ministério dos Transportes. Nesses encon tros, avaliam ações do governo e propõem medidas que atendam às necessidades do transportador de
carga rodoviário (tanto pessoa física quanto jurídica). No Poder Legislativo, acompa nha a tramitação de projetos de lei de interesses do setor, avaliando seus impactos e propondo aos par lamentares parceiros, mudanças que venham de encontro às demandas de empresas transportadoras de carga rodoviária. A participação do escritório de Brasília junto à Dire toria da ATR Basil na discussão da Medida Provisória 219, por exemplo, foi fundamental para a conquista do crédito tributário sobre a sub-con tratação do frete por autônomos. Segundo dados da própria Receita Federal, esta vitória representou uma economia de R$ 150 milhões para o setor transportador de car ga rodoviário, em especial àquele relacionado ao frete de produtos agrícolas. Este episódio permitiu uma maior comunicação da ATR com os parlamentares, colocandoos como parceiros para os próximos desafios que estão em tramitação no Congresso Nacional. Ainda como vitória legislativa alcançada junto aos interlocutores governamentais, destaca-se o fim das AETs (Autorização Especial de Trâns ito) para bitrens e os trabalhos em desenv olvimento,
como o Programa de Renovação da Frota, a Regulação do Setor de Transporte de Cargas e a suspensão de PIS/Cofins para produtos destinados à exportação. Todos esses temas estão sendo tratad os exaustivamente com o Ministério dos Transportes, Con gresso Nacional, Receita Federal, entre outros órgãos oficiais. Através desta representação e das parcerias na capital federal, es peramos alcançar mais conquistas para o setor, bem como nos proteger de ameaças legislativas ou gover namentais, ocorridas em função da ausência de uma representação, que conhecesse a especificidade do setor direcionado ao agronegócio.
Roberto Carsalade Queiroga: responsável pelo Escritório de Interesses Governamentais em Brasília
ATR recebe associados paranaenses
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ATR Brasil continua agregando parceiros e crescendo cada vez mais. Agora, a empresa acaba de receber duas novas associadas paranaenses. Uma delas é a Transportadora Gramado Ltda. Com sede na cidade de Cascavel, o grupo administrado por Enezirmo Barbosa de Oliveira possui filiais nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Já a segunda nova associada é a Multitrans Transportes e Armazéns Gerais Ltda, cujo diretor é o José Humberto Ramos. Sua matriz fica no município de Paranaguá e as filiais estão nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
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Resolução 184 causa polêmica
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ntrou em vigor no início des te ano a Resolução no 184/05, que altera as Res oluções 12/98, 68/98, e revoga a Resolução 76/98, todas do Contran (Conselho Nacional de Trânsito). Ao mesmo tempo em que insere importantes alterações para o trans porte rodoviário de cargas, a nova Resolução também gera polêmi cas, principalmente quando trata da mudança de bitrem para AET (Autorização Especial de Trânsito). Por isso, representantes do go verno (Ministério dos Transportes, Denatran, DNIT e DER-SP) e do setor rodoviário de transporte de cargas (NTC & Logística, Anfir, Anfa vea, e Simefre) estiveram reunidos
em Brasília para avaliar os efeitos dessa Resolução. Entre eles, o setor de imple mentos rodoviários (Anfavea, Anfir e Simefre) e as montadoras, reivin dicaram a volta do limite de 57 toneladas para 45 toneladas e a abolição da exigência de tração 6x4 para os bitrens, daqui a cinco anos. Já de acordo com o DER-SP, a maioria dos conjuntos articulados menor que o tamanho estipulado pela Resolução 184, que é de 17,5 metros. Foi sugerida então, a cria ção de um sub-limite para CVCs (Combinações de Veículos de Car ga) com até 16,5 metros. Para a NTC & Logística, houve falha semelhante quanto ao com
primento do conjunto cavalo e car reta, uma vez que um dispositivo fala em 18,15 metros e outro induz ao valor de 19,80 metros. A entidade sugeriu que esta ins tabilidade fosse corrigida, adotan do-se o limite utilizado na Argentina: 18,60 metros. Durante a VII Reunião do Grupo de AET da ABDER (Associação Brasileira dos Departamentos Es taduais de Estradas de Rodagem), em que a ATR Brasil esteve pre sente, a representante do DER-SP, Vânia Torquato, foi questionada sobre a grande polêmica da nova Resolução: o retorno das AET para bitrens. Segundo ela, esta possi bilidade não existe.
SENAT forma novos gestores
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Senat (Serviço Nacional de Aprendizagem do Trans porte promove no segun do semetre deste ano, mais um curso de capacitação profissional. Dessa vez, o tema tratado é a “Gestão de transporte de cargas”. O objetivo é
formar gestores capacitados, que ten ham conheciment o especiali zado em todas as áreas de uma transportadora. Por isso, as aulas incluem módulos sobre legislação de trânsito, medicina do trabalho, intelig ência emocional, gestão
de recursos humanos, logísticas, entre outros. O curso acontece de 09/junho a 25/ novembro, com aulas quinzenais (sex tas e sábados), das 8h30 às 17h30. Inscrições: (16) 3638-6600 ou pelo e-mail capit35@sestsenat.org.br
Autorização para conduzir veículos de carga é obrigatória
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provada em fevereiro deste ano, a Lei Complementar 121 de autoria do Deputado Mário Negromonte, criou o “Siste ma Nacional de Prevenção, Fisca lização e Repressão ao furto e roubo de veículos de carga”. Dentre vários temas, a lei deter mina que todos os condutores de
veículos comerciais de carga pas sem a portar uma autorização do proprietário para conduzi-lo. A medi da só não é aplicada se o motorista for dono do veículo. Por outro lado, mesmo com a lei já em vigor, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito), afirma que as autuações serão feitas com cautela. De acordo
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com o órgão, ainda não há regula mentação para esta regra nem mode los para a confecção desse documen to. “Recomendamos que se aguarde a regulamentação da matéria, para o início de ações padronizadas de fisca lização de trânsito em todo o território nacional”, disse em nota Alfredo Peres da Silva, presidente do Contran.