Revista Bem Viver 12

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DO JARDIM À MESA

O IMPORTANTE É SER FELIZ

Coordenação Editorial:

swTH Scuzinet Comunicação & Web Editor/Jornalista Responsável:

Godi Júnior - MTB: 43.852/SP Editor Assistente: Thell de Castro Revisão: Maria Matilde Leone

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RESPEITAVEL PÚBLICO

UMA FESTA NO SEU ESTILO

Projeto Gráfico , Editoração e Produção Fotográfica: Rita Corrêa

VIAGEM

Coordenação: Ana Maria Machado Agência: N.Case Comunicação

INCENTIVO SOCIAL

A revista BEM VIVER é uma publicação quadrimestral da Cons­trutora Pereira Alvim. Av. João Fiusa, 2777 Tel. 16 3515 5151 Ribeirão Preto-SP redacao@bemviverrevista.com.br

Fotógrafo Responsável: Alessandro

Ilustrações: Renato Andrade Impressão e Fotolito: Gráfica São

Francisco Tiragem: 8.000 exemplares Agradecimentos: Cidade do Circo, Olé

do Brasil F.C.

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AS ASAS DO BRASIL

O PAPEL DO ESPORTE NA EDUCAÇÃO

MORAR BEM

CULTURA E LAZER

Samueli


carta do leitor Capa 11ª ed. / jul. 2011

Bem Viver é uma revista sui generis e, a cada edição, surpreende o mercado pelo estilo e versatilidade de conteúdo. Fala a vários públicos ao mesmo tempo, sem perder o foco. Em uma mesma edição, o popular convive com o exótico e o material se equilibra com o transcendental. Com muita classe. Por se tratar de uma publicação customizada, a mensagem do patrocinador é inerente, mas discreta, bem elaborada esteticamente e se insere no contexto naturalmente, além de agregar valor aos anunciantes. Essa harmonia do conjunto encanta o leitor. E mais: estimula a multiplicação da audiência, tornaa cativa, e enriquece o nosso mercado editorial. Parabéns à Equipe. Merhy Seba - profissional de marketing, Ribeirão Preto - SP

Após estafante viagem, imaginava repousar no conforto da reconhecida hospitalidade ribeirãopretana, quando, por estar à vista, apossou-me intrigante curiosidade de folhear as páginas da revista “Bem Viver”. Além da sugestiva capa, surpreendeu-me o estilo elegante, o bom gosto e o requinte com que o corpo editorial cuida dos mais diversos assuntos de interesse geral, ilustrando-os com fotos e papel da mais alta qualidade. Parabéns, Ana Machado, coordenadora da revista, e brilhante equipe editorial. Vocês praticam um jornalismo de alto nível! Cordialmente, Antônio Celidônio Ruette - empresário do segmento sucroenergético - recebeu o troféu Honra ao Mérito do Prêmio MasterCana Centro Sul - 2011 em Catanduva – SP

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Ana Machado - coordenadora Envie seu comentário ou sugestão: redacao@bemviverrevista.com.br


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editorial Com essa simbologia, buscamos nesta edição resgatar valores que são vistos como pequenos e simples, mas que fazem uma grande diferença em nossas vidas, melhorando nosso bem-estar e nos despertando para a busca da tão sonhada felicidade. Destacamos em nossas reportagens a natureza, por meio dos cantos das aves e da beleza das plantas; a arte do circo como terapia e hobby; o uso das flores na gastronomia; a importância do esporte e do teatro na educação infantil e a experiência da caminhada rumo a Santiago de Compostela. Vale a pena conferir essas 12 reportagens.

Boa leitura e... Feliz 2012!

José Roberto Pereira Alvim Diretor da Construtora Pereira Alvim

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evolu ç ã o

A décima segunda edição da revista Bem Viver por Pereira Alvim está repleta de boas notícias. O número doze é associado à evolução, ao desenvolvimento e é considerado um símbolo de equilíbrio, além de ter um significado harmônico e várias formas de interpretação. Não é à toa que temos doze meses no ano e os doze apóstolos de Jesus Cristo.


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gastronomia

além da

decoração Flores comestíveis incrementam o sabor de diversas receitas

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Não é apenas na primavera e nos jardins que as flores podem se destacar. Em qualquer estação do ano e nas cozinhas, espécies diferentes das já conhecidas e utilizadas couve-flor, brócolis e alcachofra, como capuchinha, dente-de-leão e calêndula, podem servir como forma de decorar pratos e até incrementar o sabor de receitas consagradas na culinária contemporânea. Em Ribeirão Preto, um dos locais que já oferece flores em seu cardápio é o restaurante do Hotel Araucária Plaza. O coordenador do espaço, Jean Carlos Silva, conta que a introdução das plantas começou no início do ano, com o intuito de decorar alguns pratos. “Fizemos uma pesquisa e constatamos que era possível utilizar algumas flores, especialmente para decorar pratos em eventos”, diz. A harmonização em saladas com outros tipos de plantas comestíveis, como folhas e verduras, é uma das principais vantagens proporcionadas pelas flores. Jean destaca como uma de suas preferidas a capuchinha. “Trata-se de uma espécie com diferentes cores e tamanhos, o que a coloca como alternativa para várias receitas, mas existem outras que são ótimas, como rosa, amor-perfeito e calêndula”, aponta. Apesar de ser uma tendência recente, Jean acredita que as flores vieram para ficar na gastronomia. “É uma inovação na culinária contemporânea e só tem a acrescentar ao produto final. O cliente fica mais satisfeito com a apresentação das refeições”, afirma.

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Para quem deseja utilizar flores em receitas, algumas recomendações são importantes. A primeira delas é o cuidado que se deve ter na escolha, pois nem todas as espécies são adequadas para o consumo humano, como é o caso da azaleia e do bico-de-papagaio. Ao mesmo tempo, é necessário procurar supermercados e outros estabelecimentos com setores de alimentos orgânicos para encontrar flores livres de agrotóxicos e que sejam certificadas pela Associação de Agricultura Orgânica (AAO).

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Recomendações

Nunca use as flores do seu próprio jardim, que podem ter sido contaminadas de alguma maneira ou conter partes venenosas. Consuma apenas flores frescas, preferencialmente colhidas pela manhã, com pétalas viçosas e bem desenvolvidas. Não colha flores ainda em botão ou que estejam murchas. No fim da tarde, é possível encontrar algumas em boa condição. Não se pode colher flores no meio do dia, já que o calor pode secar o sabor e causar uma perda também das cores. Partes brancas e galhinhos não devem ser mastigados, devendo ser retirados antes de serem servidos como ingredientes. Lave as flores somente com água, de forma delicada, pois elas são frágeis e machucam com facilidade. Seque-as sempre com toalhas de papel.

– Capuchinhas: Fáceis de cultivar, trazem uma explosão de cores a qualquer salada. São boas quando servidas recheadas, cristalizadas ou como guarnição. Essas flores têm um gosto muito agradável e ligeiramente picante. A planta inteira é comestível, tanto que algumas pessoas usam as sementes como alternativa à pimenta. Muito rica em vitamina C, têm propriedades digestivas e auxiliam no combate a doenças renais e da bexiga. – Pétalas de rosas: Têm um sabor muito suave e primaveril, dando um toque requintado a qualquer prato. São usadas especialmente em sobremesas, infusões e pratos frios. Ricas em vitamina C. – Amor-perfeito: É possível comer a flor inteira ou somente as pétalas, que têm um sabor muito suave e adocicado. A planta inteira tem um sabor mais forte e vegetal. Ajuda a aliviar as irritações na pele. Assim como as rosas, contém vitamina C, e possui propriedades digestivas, como as capuchinhas. Nativo da Europa e Ásia Ocidental, o amor-perfeito contagiou o mundo inteiro. Além de lhe serem atribuídas propriedades diuréticas, é muito requisitado para saladas e sobremesas. – Lavanda: A lavanda é usada de várias maneiras, desde infusões, geleias, bolos, vinagres e vinhos, a lista é infindável! Essas flores têm um sabor muito próprio, talvez com notas cítricas.

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Conheça os detalhes de algumas espécies comestíveis:


– Flores da cebolinha ou do alho: As flores de cebolinha e alho são saborosas, dando um toque especial ao tempero. – Dente-de-leão: Suas flores pequenas e amarelas são deliciosas e, quando colhidas e consumidas em seguida, têm um leve sabor de mel. As folhas têm um sabor já mais forte e ácido, mas são muito saborosas salteadas em alho e azeite. – Calêndula: A flor inteira é comestível, com um sabor ligeiramente amargo e apimentado, que por vezes lembra o açafrão. Utilizada há muitos anos como corante de bolos e caldas, suas pétalas douradas enfeitam qualquer prato. Trata-se de uma planta muito rica. As pétalas da calêndula são indicadas para a cicatrização de ferimentos, graças às suas propriedades anti-inflamatória e antisséptica. – Flor de borago: Também conhecida como borragem, é uma planta medicinal usada como expectorante e fornece doses de vitamina C. Algumas pessoas acham seu sabor semelhante ao do pepino. As folhas são usadas em compressas para suavizar problemas de pele. Oriunda do norte de África, é secularmente conhecida por possuir efeitos benéficos sobre o corpo e a mente. Deve ser sempre utilizada fresca, uma vez que perde as suas propriedades depois de seca, e marca presença frequente em saladas ou em bolos e sobremesas. Fonte: Espaço Sabor com Saúde (www.saborcomsaude.com.br)

Dica da chef Marina Pereira www.estanamesa.blogspot.com

SALADA DE CAPUCHINHAS COM SALMÃO GRELHADO AO MOLHO DE QUEIJO por Jean Carlos Silva (Chef do Restaurante Araucária)

SALADA: 60 g de alface crespa 60 g de alface americana 60 g de alface roxa 60 g de rúcula 100 g de capuchinhas 50 g de morangos

MOLHO DE QUEIJO: 100 ml de creme de leite fresco 100 g de queijo gorgonzola. Misture tudo numa panela e leve ao fogo por 1 minuto. Reserve. SALMÃO: 200 g de salmão temperado com sal, grelhado no azeite PREPARO: Lave bem as folhas e as coloque na metade de um prato raso. Acrescente as flores comestíveis (capuchinhas) e os morangos cortados ao meio. Na outra metade do prato, coloque o salmão já grelhado e, logo em seguida, regue-o com o molho de queijo.

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os encontros do caminho de

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Fotos: Henrique Ravasi

viagem

O que mais impressiona no percurso ĂŠ a quantidade de peregrinos. Eles chegam de todas as partes do mundo com mochilas e cajados, abertos Ă nova cultura e desprovidos de bens materiais


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O Caminho de Santiago é o mais extraordinário trajeto monumental de todo o Ocidente. Multidões de peregrinos percorrem esse caminho mágico, que não se formou por motivos comerciais, mas que hoje tem finalidade mais turística, como o “Caminho Cultural Europeu” que se tornou patrimônio da humanidade, e sob o aspecto religioso, um percurso ecumênico. Conta a lenda que o apóstolo Tiago, após a crucificação de Jesus, foi pregar o evangelho na Galícia, extremo oeste da Espanha e, quando chegou a Jerusalém, foi decapitado por Herodes. Seus restos mortais foram levados de volta e enterrados na Galícia.

Cerca de oito séculos depois, um camponês chamado Pelayo começou a observar uma chuva de estrelas que caía todas as noites sobre um ponto no bosque, emanando uma luminosidade intensa. Comunicado sobre o fenômeno, o Bispo Teodomiro, de Iria Flávia (hoje Padron), intrigado, mandou escavar o local e, para sua surpresa, lá foi encontrada uma arca de mármore, com os restos mortais de três pessoas. Rigor científico não havia à época e, por isso, Teodomiro impôs e anunciou que, por revelação divina, os restos encontrados eram do apóstolo Tiago (ou iago, iacob, jacobus, em latim ou greco) e de seus dois discípulos Teodoro e Atanásio. Dessa forma, o local ficou conhecido como o Campo das Estrelas, ou Campus Stelae, dando origem ao nome Compostela e, consequentemente, surgiu o mito.

Caminho Francês A rota mais tradicional é o chamado “caminho francês”, que, partindo de diversas cidades francesas, encontra na cidade de Saint-Jean Pied-de-Port o ponto de apoio para a travessia dos Pirineus e penetração no território espanhol, e culmina na cidade de Santiago de Compostela, registrando cerca de 800 km de viagem. Normalmente, a média de tempo que um peregrino leva para realizar esse percurso é de 28 a 35 dias. Além desse trajeto, outros caminhos também levam a Santiago de Compostela, como Caminho Aragonês, Caminho do Norte, Caminho da Prata e Caminho Português, todos sinalizados por setas de cor amarela no chão, muros, pedras, postes, árvores, estradas, marcos de granito ou concreto, e outros. Como regra, passam sempre em frente à igreja mais importante da cidade. O que mais impressiona no percurso é a quantidade de peregrinos que chegam de todas as partes do mundo com suas mochilas e cajados. Atualmente, cerca de 20 mil pessoas viajam todos os anos pelo norte da Espanha usando uma das três maneiras reconhecidas como formas autências de peregrinação: a pé, de bicicleta ou a cavalo. Ao longo do caminho, existem bancos, mercados, restaurantes, hotéis, postos de saúde, fontes, médicos, farmácias, oficinas de bicicleta, camping e os famosos albergues.

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Peregrinos de Ribeirão Preto Um grupo formado por seis pessoas de Ribeirão Preto que gostam de caminhar decidiu percorrer o Caminho de Santiago no começo deste ano. Eles partiram da França no dia 15 de maio de 2011 e percorreram aproximadamente 800 km em 30 dias de caminhada. Em entrevista para a revista Bem Viver, os amigos Ovídio Mora, Henrique Ravasi, Ademir Martins, José Luiz Costa, Gislaine Batistuci e Claudinei Fernando Zanella contam como foi percorrer esse que é, juntamente com Jerusalém e Roma, um dos lugares de peregrinação mais importantes do mundo. Para eles, a religiosidade, a fé e a solidariedade são fatores primordiais durante o trajeto, pois um ajuda o outro.

De acordo com Ravasi, o que mais chamou atenção foi o desapego aos bens materiais. “O que percebemos é que as pessoas vão se desfazendo dos seus objetos para diminuir o peso. Literalmente tiram o peso das costas, ou seja, isso mostra que nós não precisamos de tanto para sobreviver. Com certeza esse foi um dos grandes ensinamentos que aprendemos ao longo desta caminhada”, conta o peregrino.

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O recomendado é levar no máximo 10% do seu peso dentro das mochilas. Já para quem não quer levar tanto peso durante o trajeto, existem os mochileiros que carregam as bagagens de uma cidade para a outra. Já para os objetos que não serão tão utilizados, o recomendado é que sejam enviados pelo serviço de correios e retirados na cidade de Santiago no prazo máximo de 30 dias. Portanto, a dica, segundo o grupo de peregrinos, é que façam isso pelo menos depois do décimo dia da caminhada, para evitar transtornos no final. Para quem está pensando em percorrer o Caminho, José Luis Costa explica onde se hospedar. “Para quem não quer ficar em albergues, existem as casas rurais e até mesmo hotéis luxuosos nas principais cidades. Nós levamos sacos de dormir, mas é desconfortável para quem caminha das 5h da manhã às 13h e precisa relaxar bem para aguentar mais um dia de caminhada. No começo, até ficávamos, mas depois foi enjoando. Particularmente, pelo custo-benefício, recomendo a casa rural, pois é mais confortável e não custa mais do que 20 euros”, explica. Outra curiosidade revelada pelo grupo está na bebida que consumiram por boa parte do trajeto. Como o preço da água era o mesmo do vinho, eles trocavam a água pelo vinho, principalmente após as refeições. “Não tínhamos nenhuma dúvida na hora de trocar, ainda mais pela temperatura que enfrentávamos”, diz Costa.

O que conhecer em Santiago de Compostela É uma cidade de movimento incessante por causa dos muitos visitantes e da vida agitada dos jovens de toda a Galícia, que enchem a universidade local. Tudo gira em torno da mítica Praça do Obradoiro, verdadeira clareira entre duas ruelas do centro histórico e onde se concentram as três principais construções da cidade: A Catedral de Santiago, o Palácio do Ayuntamento e o antigo Hospital de Los Reyes Católicos, um hospital de peregrinos, hoje convertido num suntuoso hotel de luxo mantido pelo governo espanhol. A reação dos peregrinos ao chegar à praça é imprevisível: alguns choram, outros admiram sua beleza, e há aqueles que, após todas as experiências vividas, concluem que, acima de tudo, o mais importante é simplesmente estar no caminho.

A Catedral de Santiago de Compostela Foi construída entre os séculos XI e XII, sobre o local de uma basílica erguida pelo rei Afonso II no século IX. Desde esta época, a vida da cidade, que hoje tem cerca de 100 mil habitantes, tem como referência essa majestosa homenagem a São Tiago. A Catedral de Santiago tem atrações exclusivas. A principal é, sem dúvida, o ritual do “botafumeiro”. Trata-se de um incensário gigantesco, com mais de cinquenta quilos, que acionado por um grupo de seis homens (“tiraboleiros”) por meio de um mecanismo de roldanas, balança como um pêndulo entre as faces norte e sul da Catedral, espalhando sua fumaça num verdadeiro espetáculo de pirotecnia. Originalmente, conta a história, servia para amenizar o odor gerado na igreja pelos peregrinos (que então dormiam e faziam as necessidades dentro dela). Atualmente, porém, faz parte de uma espécie de show que emociona qualquer ateu. Para vê-lo, é preciso estar na missa do meio-dia dos domingos (a chamada “Missa do Peregrino”). Por cautela, é bom informar-se na sacristia da catedral para que não ocorra uma expectativa frustrada.

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Os Galos De Santo Domingo De La Calzada O peregrino, ao passar pela cidade de Santo Domingo de La Calzada, não poderá deixar de visitar a sua Catedral, pois, no seu interior, encontra-se um galinheiro, que faz lembrar uma das belas lendas existentes no Caminho de Santiago. Contam que, no século XIV, um jovem chamado Hugonell efetuava a sua peregrinação a Santiago de Compostela acompanhado por seus pais. Num dos albergues do caminho em que pernoitaram, o jovem mostrou-se indiferente às investidas de uma criada do mesmo. Ela, por vingança, colocou em segredo uma taça de prata na bagagem do rapaz. Na manhã seguinte, a mulher chamou os guardas e acusou Hogonell de furto. O rapaz foi julgado e condenado e, em seguida, enforcado. Porém, quando os seus pais foram até o patíbulo para recolher o corpo, ouviram a voz de um anjo anunciando que Santo Domingo havia conservado a sua vida. Os pais do jovem imediatamente procuraram o juiz da cidade e pediram que o rapaz fosse liberado, pois estava vivo e gozava de boa saúde. O juiz estava à mesa e, com certa razão, não acreditou na história do casal. A sua incredulidade fê-lo exclamar: - “Solto vosso filho quando este galo e esta galinha cantarem novamente”, disse o juiz, apontando para os assados que estavam sobre a mesa. Nesse mesmo instante, o galo e a galinha cobriram-se de penas e puseram-se a cacarejar e a cantar. O juiz soltou Hugonell. Desde esse dia, na igreja de Santo Domingo de La Calzada, um galo e uma galinha de penas brancas são mantidos vivos junto ao altar, num alambrado em estilo gótico, coberto com uma tela renascentista que recebe o nome de “Gallinero”. As aves são substituídas a cada 20 dias e somente ocupam o galinheiro no período de 25 de abril a 13 de outubro. Ao entrar na igreja, se você ouvir o galo cantar, é um sinal de que a sua peregrinação será bem sucedida. Daí o ditado popular: “Santo Domingo de La Calzada, donde cantó La gallina después de asada”. Existe outra versão fantasiosa, na qual os pais, depois que o rapaz foi condenado a ser enforcado, tiveram uma grande dor, mas continuaram a peregrinação a Santiago. Depois, ao retornar ao seu país, passaram por Santo Domingo de La Calzada e foram ao local onde estava a forca para pedir a Deus pela alma do filho. Quando chegaram ao lado da mesma, encontraram o rapaz vivo. Questionado, informou aos pais ter um jovem varão segurado os seus pés de forma que nada de mal viesse a lhe acontecer. O milagre relatado se repete em várias cidades ao longo do Caminho de Santiago: em Toulouse, com a denominação de “le pendu dépendu” (milagre atribuído a San Amando ou a Santiago); em Barcelos, no “Caminho Português”, conhecido como “o senhor galo”; em Utrecht “Liber miraculorum” (livro segundo do “Liber Sancti lacobi”). Relata também Berceo nos “Milagres de Nuestra Sennora”; Alfonso X, “el Sabio”; nas “Cántigas de Santa María” e Jacobus de Voragine na “Legenda aurea”. Com todo esse conhecimento, não podemos atribuir a Santo Domingo este milagre, que é muito discutido e emblemático, já que São Domingo e São João de Ortega foram engenheiros que construíram muitos albergues, pontes e calçadas para comodidade dos peregrinos.

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SÃO GUILHERME E SANTA FELÍCA Interessante na cidade de Obaños, que chama a atenção pelos painéis, estátuas e encenações, é como Guilherme de Aquitânia - trovador e poeta medieval, a exemplo de seu pai - tornou-se Santo Guilherme. Voltando de uma peregrinação a Santiago de Compostela, matou a irmã, que queria permanecer em Obaños como eremita, com o que não concordava. Arrependido, peregrinou novamente a Compostela e na volta ficou em Obaños até morrer. Por essa vida de compadecimento exemplar, ele foi canonizado. E, para não perder a viagem e para que não fosse esquecida, a irmã foi transformada também em Santa, com o nome de Santa Felícia. Enfim, não faltam lendas, fatos históricos sobre a Espanha, o poder da Igreja Católica e, particularmente, em torno do Caminho de Santiago de Compostela. Quem se interessar, pode começar a pesquisar por Alfonso II, no reino das Astúrias, Carlos Magno, no Ocidente, e Califados, notadamente o de Córdoba. E também Batalhas, como a de Roncesvalles e Clavijo (Espanha) e Poitiers (França).

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A arte de ser feliz

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bem estar

Aceitar nossas próprias limitações é imprescindível. A felicidade pode ser alcançada nas atividades mais simples da vida, basta estar aberto e deixar o negativismo de lado

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Para o dicionário, felicidade é definida como um concurso de circunstâncias que causam ventura, sorte, bom êxito, ou estado da pessoa feliz. É claro que o conceito de felicidade não pode ser tão objetivo assim. Porém, também não está tão longe quanto pensamos. Ser feliz ainda pode ser mais fácil do que imaginamos e, acredite, só depende de nós! Não há como negar. Felicidade é, sim, um estado de espírito, uma condição do nosso humor. O que poucas pessoas sabem e aceitam é que podemos ser felizes com pouco, inclusive usando artifícios pequenos e acessíveis para estarmos bem conosco e com o resto do mundo. A tolerância, por exemplo, é fácil de adquirir, basta ir ao supermercado e não se irritar se a fila do caixa ao lado parece estar andando mais depressa do que a sua. Pode-se encontrar tolerância também nas lanchonetes e restaurantes, quando o seu pedido não é anotado corretamente, e assim por diante. Paciência, empatia e gentileza são atitudes que, quando praticadas no dia a dia, nos ajudam a entender que as coisas nem sempre acontecem como gostaríamos, mas que podem ser boas mesmo assim.

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rir de si mesmo Para a presidente da SBPRP (Sociedade de Psicanalistas de Ribeirão Preto), Ana Rita Nuti Pontes, se as pessoas fossem mais suscetíveis às adversidades e aceitassem os fatos da vida, com certeza não reclamariam tanto da falta de dinheiro, por exemplo. Essa insatisfação seria suprida pela condição de ter saúde ou uma família que nos acolhe quando precisamos. Para ela, uma das características das pessoas felizes é a autodiversão. Quem ri de si mesmo não deixa um pequeno contratempo minar sua energia. Ao longo de seus anos de clínica, Ana Rita percebeu, através de seus pacientes, que as pessoas que se importam mais com as outras e com o meio, que têm uma curiosidade saudável com o que acontece ao redor, que não estão atentas apenas ao que acontece com elas, são pessoas mais tranquilas, pois entendem a condição do outro. “A pessoa que tem muita avidez não consegue levantar e ver que o sol está brilhando, ela só vai lembrar que tem problemas para resolver”, completa. Claro que é sempre saudável manter uma meta ou um objetivo, mas é preciso entender que a conquista nem sempre vem em todos os planos. Nunca vamos estar sempre bem em todos os aspectos, no casamento, no trabalho, com nosso corpo etc. É impossível viver em perfeita harmonia com tudo. Por isso, para o todo existem as partes, e dessa forma vamos aproveitando melhor o que temos e trabalhando o que ainda não podemos ter. Aceitar nossas próprias limitações é imprescindível e nos mantém no estado de felicidade. Ser feliz ou ficar feliz pode ser alcançado nas atividades mais simples da vida como, por exemplo, fazer xixi numa hora de muito aperto ao amanhecer. Pode parecer banal, mas dá um alívio enorme. Sentar ao pé de uma árvore para ler um bom livro, ou repousar numa rede, ouvir uma boa música, praticar alguma atividade física que lhe dê prazer, raspar a panela de brigadeiro, sentir o cheiro da terra molhada após a chuva, ou seja, temos que estar atentos aos momentos de felicidade e lembrar que estamos vivos.

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Tente realizar a pé ou de bicicleta algum percurso que geralmente é feito de carro. Irá perceber que acontecem muitas coisas no mundo que passam despercebidas através dos vidros.

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Para a psicanalista, esses pequenos prazeres e hobbys devem ser cultivados sempre, desde que a pessoa não prejudique ninguém, nem ela mesma. “Felicidade sem ética não existe”, afirma. Ela considera o fato de as pessoas procurarem a felicidade num comprimido de Prozac ou cigarro de maconha um escapismo e uma autoenganação, e lembra que o problema não vai embora, apenas cresce.

“O ser humano jamais pode ser feliz se não nutrir sua alma como faz com o corpo”

Pedir desculpas Alguns traumas são realmente mais difíceis que outros para superar, mas, assim como não se deve mandar para debaixo do tapete, também não há necessidade de viver só de lamentação. “É necessário olhar para si próprio e para o problema, colocar aquela angústia em contato consigo mesmo, mas não só olhar, deixar se manifestar”, explica Ana. Ela diz que também devemos nos perdoar e sempre pedir desculpas, mas apenas depois de fazer uma análise profunda do problema e de nós mesmos, pois a desculpa sem intenção não vale nada. E a felicidade genuína não dá pra esconder. Quem é feliz de fato não se importa com a inveja ou mau-caratismo alheio, às vezes nem os percebe. Essas pessoas aceitam que faz parte do ciclo da vida a lagarta morrer para virar borboleta, e entendem que para toda noite, por mais escura que seja, existe o dia seguinte.

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A felicidade nĂŁo ĂŠ o destino e sim a viagem. Momentos especiais devem ser aproveitados com bastante intensidade. 38


Felicidade nos atributos da vida Profissional Ter a percepção de que a realização de um afazer tem que ser produtivo e edificante para você, independentemente das pessoas a quem é subordinado ou que trabalham no mesmo local e geram desavenças. O salário, bom ou ruim, deve ser só uma parte da bonificação que recebemos por efetuar aquele trabalho, é preciso enxergar outras possibilidades e vantagens.

Familiar Aceitar que os filhos são do mundo, e não seus. Entender que, apesar de amar seus pais e parentes, eles nunca viverão por você, por isso, por mais que doa neles uma condição sua ou a prática de algo que lhes desagrade, é você quem vai conviver com aquilo. A intervenção só deve vir para aqueles que amamos quando eles estão prejudicando a si mesmos ou ao próximo.

Física Cuidar do corpo de forma que mantenha sua autoestima, sem se embasar em padrões estéticos ou limitações que não pode mudar. O mundo é diversificado e aceita todos os tipos de condições. Nossa cabeça é uma de nossas piores inimigas, a saúde é que deve ser priorizada sempre.

Afetiva

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Você não é metade de laranja alguma, é um pé inteiro! As pessoas não devem nos completar, muito menos subtrair, elas têm que somar sempre. Devemos encontrar quem nos faça bem e esteja disposto a construir junto. Relacionamentos conturbados só nos sugam energia e podem nos afetar negativamente em outros aspectos. Preste mais atenção e seja feliz!

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morar bem

Beleza

aconchegante

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Mais do que uma questão sustentável, a vegetação rende aos ambientes beleza, purificação, energia, climatização e a agradável sensação de bem-estar

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Casa, jardim, festas ou escritório, não importa onde, as plantas dão colorido e adicionam alegria a qualquer ambiente. Além de deixarem os recintos agradáveis aos olhos, o uso do verde também aguça os outros sentidos e, claro, colabora para a preservação e melhora a qualidade de vida de todos. Os três reinos da natureza, mineral, animal e vegetal, convergem para proporcionar ao homem o conforto necessário para viver. Não se faz uma casa sem areia e pedra, assim como não há lar se não houver pessoas morando. Será mesmo que poderíamos passar sem vegetação ao nosso redor? Não! Manter plantas e árvores é mais do que uma questão sustentável. A vegetação rende aos ambientes beleza, purificação, energia, climatização e, não menos importante, a sensação agradável de bem-estar. Assim como a arquitetura, que é considerada a arte de projetar e edificar, o paisagismo também vai alinhar junto à construção a função de produzir um local habitável e aconchegante, em que seja prazeroso viver.

A composição do projeto O arquiteto Antônio Donizete Tostes de Camargo trabalha com paisagismo há 25 anos. Ele garante que a parte paisagística de uma construção é a que dá vida ao ambiente e que vai interagir com os moradores. Em todo caso, ele evita usar o termo decoração. Para ele, uma planta ornamental exótica tem apenas a função visual baseada num apelo estético, já uma planta nativa vai produzir abrigo e alimento para os animais, que podem, ainda, levar sementes para todos os lugares, florescendo outros pontos.

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Antônio realiza seu trabalho baseado num tripé. “O primeiro é a ideia do cliente, o que ele quer fazer com o local. Em seguida, o que o ambiente proporciona para que seja feito algo naquele local. E, por último, a união dessas características para a composição do projeto”. Ele ainda lembra que, antigamente, as pessoas não estavam preocupadas com planejamento, então plantavam muito em ruas, casas e bairros, porém, devido aos problemas que surgiam quando as árvores cresciam, estas eram arrancadas. Por isso, a visão e o contato de um profissional são tão importantes, para impedir que as plantas sejam plantadas e cultivadas de forma errada. São muitas especificações, as pessoas têm que tomar cuidado com plantas tóxicas para animais, folhas que trazem sujeira e entopem ralos, alguns odores que podem causar alergia ou até mesmo espinhos que podem machucar. A florista Silvia Helena Farinha Marzola acredita que temos de tomar o mesmo cuidado que temos ao escolher um animal. Ela defende que existe a planta certa para cada tipo de ambiente e que, de forma geral, todas pedem calor, claridade e ventilação. Ela explica que as plantas e flores que crescem melhor e mais saudáveis são aquelas com as quais as pessoas interagem, inclusive conversando. Para ela, além de saudável, é mais viável decorar com plantas e flores. “Acredito que plantas e flores possuem custo-benefício melhor que outras opções de decoração, e ainda dão ao local energia e movimento”. E, mesmo em espaços tão menores e condensados como os existentes nos dias de hoje, os profissionais não aceitam limitações. Para eles, qualquer cantinho serve para criar o verde. “Estamos nos adequando cada vez mais para ocupar espaços restritos, e se nós podemos, as plantas também podem viver em locais menores sem competir com o ambiente, mas sim, contribuir com ele”, revela Antônio. São muitas cores, formas e cheiros. Para escolher uma simples plantinha para colocar no aparador ao lado do porta-retratos ou plantar uma muda no quintal ou no jardim, os cuidados devem ser muitos, mas os benefícios são ainda maiores. Algumas plantas têm funções diversificadas, que podem contribuir e agregar um bem maior do que qualquer eletrodoméstico.

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Vasos que abrigam plantas podem ser utilizados tanto dentro como fora de casa. Sua grande vantagem é a manutenção rápida e prática, além de possibilitar um número infinito de composições e arranjos. Você pode usar e abusar de tamanhos, cores, materiais e modelos diferenciados, resultando em uma composição bastante criativa e em um ambiente agradável.

Lista de Materiais Utilizados * Terra preta para vasos em quantidade suficiente, o que varia de acordo com o porte da planta e o tamanho do vaso. * Argila expandida (cinesita) para forrar o fundo do vaso ou, se preferir, cacos de barro; * Adubo químico e/ou orgânico ou fertilizante, se desejar; * 1 vaso com dreno - orifício no fundo - adequado para o porte da planta; * 1 planta resistente e que goste de vasos; Atenção: Evite trabalhar com a terra do seu jardim. Como ela não é tratada, pode trazer bactérias para dentro de sua casa. Todos os materiais acima são encontrados nas principais lojas de jardinagem.

Mais dicas Para um melhor acabamento e visual mais bonito, após terminar o plantio, coloque pedras pequenas no vaso. Cubra a terra com essas pedrinhas até dois ou três centímetros abaixo da borda do vaso. Podem ser seixos de rio, pedrinhas brancas, etc. Com certeza, ele ficará bem bonito.

Use o vaso certo para a planta certa Escolha sempre as plantas mais resistentes, principalmente se forem colocadas dentro de casa. Preste atenção ao tipo de planta que vai escolher, algumas precisam de muito sol, outras não. Quanto aos vasos, a regra básica para não errar na hora de escolher o ideal para a sua planta é levar em consideração as suas dimensões. É essencial que o tamanho do vaso seja compatível com o tamanho da planta. Isto quer dizer que é preciso prever, também, o porte que a planta atinge quando adulta. Independentemente do modelo, é preciso acomodar a planta de tal forma que haja espaço e quantidade de terra suficientes para o seu crescimento e desenvolvimento. Plantas de médio porte, por exemplo, têm por volta de 1,50m de altura. Para elas, o aconselhável são vasos com altura mínima de 50 cm. A largura do vaso também é importante: deve haver terra suficiente ao redor do caule da planta. Outro detalhe muito importante: é preciso que o vaso tenha um dreno no fundo - um pequeno orifício por onde a água escorre.

Coloque o vaso em local adequado para a planta Como cada planta requer cuidados específicos, ela deve estar sempre em locais adequados

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Como plantar


para o seu desenvolvimento considerando-se, por exemplo, a quantidade diária de sol de que determinada planta necessita. Existem plantas que ficam melhores ao sol, enquanto outras se sentem melhor à sombra. Certifique-se de que o local onde pretende colocar o vaso atenda a essas condições. Evite correntes de ar e assegure-se de colocar o vaso sempre em locais iluminados, um quesito básico para qualquer planta. Se estiverem dentro de casa, prefira colocá-los perto de janelas, mas protegidos de correntes de ar. Se você escolheu um vaso grande, coloque-o no local que escolheu - ele se tornará excessivamente pesado quando estiver já com a terra e a planta e será muito difícil transportá-lo para outro lugar; Cuidado com aquecedores: eles roubam a umidade da planta, pois ressecam o ar. O correto é mantê-las longe de ar-condicionado ou aquecedores. De qualquer forma, será preciso aumentar a sua rega, para garantir a umidade. Se a planta é de pequeno porte e, consequentemente, o vaso é de tamanho menor, você pode mudá-lo de lugar sempre que quiser. Essa pode, também, ser uma opção para quem tem tempo: a planta pode ser colocada todos os dias para tomar sol, na quantidade que precisa, e depois voltar para seu local original.

Verifique o estado da planta Quando você compra uma planta, geralmente suas raízes vêm envoltas em terra endurecida e estopa, é o que chamamos de torrão. A estopa não precisa ser removida, porque, com o tempo, se decompõe na terra e torna-se adubo. No entanto, se estiver envolta em saco plástico, é preciso removê-lo. Se quiser misturar plantas, antes certifique-se de que nenhuma esteja doente. Verifique, ainda, se todas têm a mesma necessidade de luz, água e temperatura.

Plantio Coloque no fundo do vaso uma camada de argila expandida (cinesita), que serve para facilitar o escoamento da água e previne contra o entupimento do dreno. Isso feito, coloque uma camada de terra preta e depois a planta com cuidado para não machucar suas raízes. É importante colocar a terra até um nível em que o torrão, quando colocado no vaso, fique muito próximo do limite do vaso. Em seguida, coloque camadas de terra até que esteja em quantidade suficiente. Conforme for despejando a terra, vá assentando-a com a palma da mão, de cima para baixo, suavemente. Se preferir, o ideal é jogar um palmo de adubo sobre a terra. Isso ajuda muito na adaptação da planta e no seu desenvolvimento. Evite, no entanto, o contato de adubo químico com o torrão, pois isso pode queimá-lo, ou coloque fertilizante.

Cuidados na manutenção Plantas em vasos geralmente requerem mais cuidados, principalmente se estão dentro de casa. A primeira dica é colocar um prato embaixo do vaso (muitas vezes são vendidos junto com o próprio vaso). Isso facilita na hora da rega - se, por acaso, a água escoar pelo fundo do vaso, não vai sujar o seu piso. Evite folhas em contato com a água, pois facilita a proliferação de microrganismos. Siga corretamente a manutenção indicada para a sua planta. Lembre-se, ainda, de fazer limpeza periodicamente, removendo poeira e sujeira das folhas e cortando aquelas que estiverem em más condições. A adubação também é importante e não deve ser esquecida. Fonte: Plantasonya

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a brincadeira é séria, mas

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hobby

Respeitável público! Sejam bem-vindos a este grande espetáculo da vida. Preparem-se, pois o circo vaibem-vindos começar! Respeitável público! Sejam a este grande espetáculo da vida. Preparem-se, pois o circo vai começar!

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Para muitos, o circo é apenas um espetáculo visto das arquibancadas, mas para outros é mais do que isso, é poder utilizar suas formas, cores e movimentos em benefício próprio, para contribuir com o corpo, com a alma e, principalmente, com a mente. A prática das atividades circenses aliada a esses três elementos é o que se pode chamar de circoterapia. A circoterapia surgiu a partir da proposta de levar as atividades do picadeiro para a população de forma motivacional. De acordo com a fisioterapeuta especialista em circoterapia, Juliana Mancuso, o circo inspira emoção, fantasia, diversão, energia, desafio, busca do equilíbrio físico e mental. Por isso, suas atividades têm contribuído muito como forma de terapia em grupo.

Respeitável público! Sejam bem-vindos a este grande espetáculo da vida. Preparem-se, pois o circo vai começar!

Cada atividade circense realizada corresponde a um estímulo diferente. Praticar malabarismo, trapézio ou acrobacia, por exemplo, estimula a confiança, concentração, persistência, paciência e autodisciplina. Já nas atividades realizadas em grupo, as pessoas precisam estar soltas, ter facilidade de comunicação e segurança, além de confiança umas nas outras. Essas são qualidades que a arte do circo trabalha de maneira sutil e sem traumas.

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A mente precisa fluir Para que todos os movimentos e atividades realizados sejam feitos de forma correta, o segredo está na flexibilidade mental. Nenhum obstáculo é superado, nenhum movimento é realizado se a mente não se deixar fluir. “Quando chego ao circo, esqueço meus problemas. Poder proporcionar alegria para as pessoas e tirar um sorriso de alguém não tem preço”, afirma o professor de circo Ronaldo da Silva de Jesus, mais conhecido como Dola Baruck. A cada desafio vencido, uma nova conquista, e a cada conquista um aprendizado que é levado para o dia a dia, tornando os obstáculos da vida mais fáceis de serem solucionados. “Através das atividades circenses, aprendemos a arte da superação, ou seja, enfrentamos certas dificuldades e as vencemos, passando a aceitar o fato de que nada é tão difícil assim”, afirma Mancuso. Para Daniella Fonzar Frauss de Lima, educadora física, dentro das práticas do circo é possível fazer coisas que nunca se imaginou. Para ela, as atividades não se limitam somente às aulas. “Para qualquer lugar que vou, levo meus malabares e tecidos para pendurar e praticar. É viciante, pois, além de relaxar, mexo com o corpo e, quando menos espero, um obstáculo é superado”, completa Daniella. A circoterapia é uma atividade que serve para vários tipos de público, e pessoas de todas as idades. No caso de Daniella, o circo contagiou a família toda, desde os primos e a irmã até os pais, Juarez Krauss de Lima, de 60 anos, e Dona Cleusa Aparecida Fonzar de Lima. “Procurei a escola de circo porque não queria aquela rotina de academia. Aqui você chega sem saber o que vai acontecer ou qual atividade vai praticar. Cada dia é um dia diferente, com movimentos distintos e coisas novas. Praticar o circo é uma entrega pessoal”, afirma o senhor Krauss de Lima. Para dona Cleusa, além do benefício corporal o circo traz à tona sua infância. “Você melhora o seu preparo físico brincando”, completa. A prática das atividades circenses contribui para o aumento da força, equilíbrio, coordenação motora, flexibilidade mental e, para o Sr. Krauss de Lima, a prática também reflete no relacionamento familiar. “Depois que começamos a praticar a circoterapia, todos em casa se reaproximaram e até minha relação com minha esposa melhorou muito. O circo, para nós, se tornou um ‘hobby’ familiar muito gratificante”, afirma.

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A circoterapia é recomentada principalmente para quem deseja fortalecer a musculatura do corpo ou possui alguma patologia (doença) e necessita de fortalecimento muscular, mas não gosta de exercícios de academia. “Torna-se, na verdade, uma terapia não só para o corpo, mas para a mente, o que faz desta arte algo inovador”, conclui Juliana.

História do Circo No Brasil, o circo surgiu no século XIX. Algumas famílias vindas da Europa se manifestavam em apresentações teatrais. Essas manifestações aconteciam de acordo com a aceitação do público, sendo assim, aquilo que o público não gostava não era mais apresentado. Algumas atrações foram adaptadas. O palhaço europeu, por exemplo, falava menos e utilizava mais a mímica como base. Já no Brasil, o palhaço falava muito, utilizando a comédia sorrateira e também instrumentos musicais. O público brasileiro prefere atrações de risco, perigosas, como os malabares em trapézios e o globo da morte. Atualmente, os circos são mais modernos e trazem muitas novidades tecnológicas, como é o caso do Circo Du Soleil.

Curiosidade O Dia do Circo é comemorado em 27 de março. A data é uma homenagem ao palhaço Piolin, que nasceu neste dia, no ano de 1897, em Ribeirão Preto. Piolin era considerado um grande palhaço, e se destacava pela enorme criatividade cômica e habilidade equilibrista.

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Crescimento de Cravinhos em pleno desenvolvimento 60


cultura e lazer

Cidade se destaca no cenário regional com aumento populacional significativo

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Um estudo da Fundação Seade, divulgado em novembro deste ano, mostra o crescimento acelerado da região de Ribeirão Preto: entre as 15 regiões administrativas do Estado de São Paulo, a de Ribeirão apresentou a maior taxa anual de migração na última década. Uma das cidades que mais se destacam nesse panorama de aceleração é Cravinhos. O Censo do IBGE de 2010 apontou que a população da cidade chegou a 31.288 habitantes, um crescimento de 2.155 pessoas em comparação à estimativa anterior, de 2007, quando o número foi de 29.133. A estimativa mais recente é de 2011, com um total de 31.943 habitantes.

Os dados mais recentes apontam que Cravinhos é um dos maiores municípios da região de Ribeirão Preto, com 312 km2, um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 396,2 milhões (2008) e um dos melhores níveis de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), com 0,815 (2000). Além disso, é uma das cidades que pleiteiam junto à Assembleia Legislativa de São Paulo a implementação da Região Metropolitana de Ribeirão Preto, que seria estratégica para fomentar a expressiva atividade econômica, impulsionada pelo maior polo

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sucroenergético do Brasil. O projeto é conduzido pela Comissão Especial de Estudos da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, presidida pelo vereador Maurílio Romano, com apoio dos prefeitos e vereadores de Ribeirão Preto, Sertãozinho, Serrana, Cravinhos, Jardinópolis, Pontal, Dumont, Guatapará, Pradópolis e Brodowski. Além da cadeia produtiva da cana de açúcar, destacam-se também os setores de saúde, indústria de transformação, comércio e prestação de serviços (setor terciário), perfazendo um cenário de múltiplas oportunidades para a geração de empregos.

Mais recursos Para o prefeito de Cravinhos, José Francisco Matasso Ferdinando, o Cabelim, a cidade tem conseguido aproveitar o panorama favorável, especialmente para atrair novos investimentos. “Com a aprovação da lei municipal que disciplina o uso e o parcelamento do solo, é possível organizar a ocupação do espaço urbano, garantindo tanto um crescimento ordenado quanto a preservação do meio ambiente. Isso confere mais segurança aos investidores, com destaque para o segmento imobiliário”, analisa o prefeito. Os avanços na infraestrutura municipal nos últimos anos, como a pavimentação de 100% das vias públicas, melhorias que garantiram 100% do tratamento de água, esgoto e lixo, além de investimentos em escolas, unidades básicas de saúde e outras obras de reestruturação em diversos segmentos, foram viabilizados pelo significativo aumento na arrecadação de impostos, proporcionados pela atração de empresas e de diversos empreendimentos imobiliários. Em termos logísticos, a cidade é beneficiada por estar às margens da Rodovia Anhanguera. Diversas indústrias de médio e grande porte receberam incentivos para se instalar em Cravinhos nos últimos anos, como Lamina, Lavor, Bora Química, Neomix e Santal.

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Foto: Kennedy Oliveira Foto: Kennedy Oliveira

Uma das obras mais importantes que priorizou a melhoria da qualidade de vida dos habitantes de Cravinhos foi a construção do Parque Ecológico “Dr. Renato e Armando Pagano”, localizado no Jardim das Acácias, na Fazenda Cristianópolis, entre as avenidas Salvador Pagano e Osvaldo Henrique de Matos. “A população de Cravinhos cresceu 30% nos últimos anos, mas a arrecadação aumentou 70%, com medidas como a implantação da Nota Fiscal Eletrônica e a elaboração de um código tributário municipal, o que fez o nosso orçamento anual aumentar de forma significativa, de R$ 10 milhões em 2000 para R$ 75 milhões em 2011. Temos uma projeção de chegar a R$ 100 milhões em 2013. Com todo esse potencial, não tenho dúvidas de que Cravinhos tem um futuro bastante promissor”, ressalta Cabelim. Um grande diferencial de Cravinhos é a união entre os poderes. Os vereadores da Câmara Municipal de Cravinhos trabalham em conjunto com o executivo municipal para a devida aplicação do dinheiro público, aprovando Projetos de interesse da comunidade, como por exemplo, no repasse de verba a Santa Casa de Cravinhos. Todos os vereadores Antônio Geraldo Aníbal, Antônio Marques (1º Secretário), Éder Agrella Alves (Presidente), Luís Carlos Bortoletti Saiani, Marcio Luis de Lima Barroso (Vice-Presidente), Nilo Sérgio Rossi, Marco Antônio Capecci Ribeiro, Wagner Jandozo Perez (2º Secretário) e Valter Pereira Benzi visam o bem social e o bom investimento da verba pública.

Histórico de Cravinhos Localizada a 15 km de Ribeirão Preto e a 292 km de São Paulo, o município vem se consolidando como um dos centros industriais e empresariais mais importantes da região. Um dos destaques é a Ourofino, uma das maiores empresas do agronegócio brasileiro. A indústria de produtos veterinários reúne mais de 800 colaboradores que trabalham com alta tecnologia na produção de medicamentos para bovinos, equinos, caprinos, ovinos, aves, suínos e animais de estimação. A empresa vende para todo o território brasileiro e exporta para cerca de 30 países, ocupando a terceira posição do ranking de saúde animal, sendo a primeira colocada entre as empresas brasileiras. A cidade possui pontos históricos culturais e turísticos de destaque, como o Memorial Casa Libaneza – Espaço Cultural de Cravinhos e o Museu de História Natural “Wladimir Chaves”, além de promover diversos eventos anuais, como shows gratuitos com vários artistas no aniversário do município

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(comemorado em março), o Carnaval de Rua e de Salão, o Encontro de Carros Antigos, o Encontro de Companhias de Santos Reis, a Festa do Peão Boiadeiro, entre outros, com participação expressiva da população da cidade e da região. O clima é tropical de altitude, com temperatura média de 21 ºC, bem mais agradável do que o tropical úmido com altas temperaturas de Ribeirão Preto, apesar da curta distância entre os municípios. A fundação de Cravinhos, em 19 de março de 1876, deveu-se à família Pereira Barreto, que se estabeleceu na região conhecida como Canta Gallo, vinda do Rio de Janeiro, atraída pela fertilidade do solo e com o objetivo de cultivar café. Em 1881, veio também o engenheiro Dr. Santo Lopes para elaborar o projeto dos trilhos da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Imediatamente após a sua chegada, construíram a primeira estação de madeira com excelente acabamento, que foi o primeiro prédio do povoado e serviu de alojamento ao referido engenheiro.

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Foto: Rodrigo Castilho Foto: Rodrigo Castilho

A picada para a passagem dos trilhos foi aberta em 1882 e, em 23 de novembro de 1883, inauguraram a estrada que uniria Cravinhos a São Paulo, via Campinas. Por volta de 1886, começaram a chegar outras famílias importantes para Cravinhos, como a de Feliciano Dias da Costa, de Domiciliano Fagundes e de Francisco Rodrigues dos Santos Bonfim. Francisco Rodrigues mandou construir a primeira capela, em louvor de São Benedito, doada à paróquia de Cravinhos e hoje considerada a matriz velha, marco e patrimônio histórico da cidade. Em 27 de abril de 1893, foi criado o distrito em terras do município de Ribeirão Preto e quatro anos mais tarde, em 22 de julho de 1897, tornou-se município. O nome Cravinhos surgiu pela imensa quantidade de cravinas, cravos pequenos existentes nas imediações das moradias de seus habitantes.

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O mundo de Beto Vaca A figura histórica de Beto Vaca é a mais famosa de Cravinhos, projetando a cidade para muito além de suas fronteiras. Dono de um bar com aparência simples, atrai os fregueses por sua simpatia e carisma. Em algumas ocasiões, o próprio Beto Vaca atende os clientes com a tradicional pergunta: “O que posso servir para vocês?”. Entre comidas surpreendentes pela fartura e vários tipos de bebidas, é possível entrar no mundo singular de Beto Vaca, marcado por diversos objetos pendurados como decoração e também pela placa com um pedido: “Deus abençoe essa bagunça”. Com direito a comunidade na rede social do Orkut, o Bar do Beto Vaca é apreciado especialmente pelas, como define o proprietário, “delícias gastronômicas”, a exemplo da costelinha de porco com batata frita.

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ArquitetoS dos desejos

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Elaborar uma grande cerimônia não é tarefa fácil para quem não tem experiência na área. Por isso, existem profissionais que são especializados em cuidar de cada detalhe no que diz respeito ao evento, deixando para os anfitriões apenas a parte mais prazerosa: provar, escolher e desfrutar dos serviços, sem ter o desgaste e as preocupações dos detalhes.

Apesar de terem diferentes funções, esses profissionais trabalham com o mesmo propósito: construir o sonho dos seus clientes, facilitando suas escolhas, além de terem que ter conhecimento e habilidade para fazer a festa ficar tão linda como eles imaginam. Para isso, contam com a vantagem de ter parcerias com diversos fornecedores, podendo gerenciar seu orçamento, fazendo com que o investimento esteja dentro do que foi planejado, garantindo qualidade por um menor valor. Em Ribeirão Preto, este mercado está em alta e bem qualificado, já que a cidade conta com grandes profissionais. A revista Bem Viver foi conversar com alguns deles. Há sete anos atuando no mercado de eventos de Ribeirão, Ed Mendes compara um organizador a um arquiteto, que deve pensar em todas as etapas para o sucesso do projeto. “Não importa o tamanho do evento, sempre há uma série de etapas a serem cumpridas. A organização de um casamento, por exemplo, pode começar com a escolha de um buffet e passar por lista de convidados, cardápio, música, decoração, cadeiras, tamanho do espaço, bolo, doces, até as roupas dos noivos e dos convidados. Tudo deve seguir um planejamento rigoroso”, explica Mendes. Segundo Mendes, o planejamento para 100 ou 1.000 convidados é, basicamente, o mesmo. A preparação para a festa deve começar com um ano de antecedência, já que existem cerca de 50 fases a serem cumpridas, podendo haver mais no caso de cerimônias nas quais são solicitadas atrações diferenciadas, que demandam mais recursos, seguindo muitas vezes tendências ditadas por um mercado de luxo, em constante aprimoramento e expansão, devido ao grande número de interessados.

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Fotos:Camila Barrionovo

mercado

Eficiência, requinte e personalização são alguns dos ingredientes para o sucesso de um organizador de eventos


“Não adianta ter uma decoração com flores bonitas se não houver uma iluminação adequada para destacá-las. Outro fato importante é que, se uma festa tem 300 convidados previstos, então tudo é preparado de acordo com esse número. Por isso, é importante que haja uma confirmação e uma reconfirmação,

que é o RSVP (sigla em francês para Répondez S’il Vous Plaît - Responda Por Favor, em português). Assim, as pessoas reservam a data e o risco de haver imprevistos diminui consideravelmente”, diz Mendes. Para a promotora de eventos Adriana Coselli Marcondes, a principal dificuldade enfrentada por quem organiza é a necessidade de conciliar o orçamento disponível com o sonho dos clientes. “Muitas vezes, este sonho pode custar mais do que a verba disponível. Então, neste caso, temos que repensar e adequar o sonho à verba ou a verba ao sonho”, diz ela. Na avaliação de Adriana, os detalhes são muitos e, por isso, dependem dos desejos dos clientes. “Se o cliente oferecer uma abertura, é possível dar muitas sugestões. A partir do relacionamento que se desenvolve ao longo das reuniões de planejamento, esses detalhes vão surgindo e sendo elaborados”, explica. Laerte Carnesecca, outro especialista da área, divide o trabalho de organização de eventos em quatro etapas: reunião de planejamento, busca de fornecedores, gerenciamento e cerimonial. Em relação aos fornecedores, a avaliação de Carnesecca é de que Ribeirão dispõe de uma ampla gama de empresas especializadas, mas que, em alguns casos, há uma demanda por elementos diferenciais que motivam a busca por soluções em outras localidades. “Em casos especiais, é possível buscar fornecedores diferentes, para os quais é aberto

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um novo mercado. Isso pode gerar uma festa que realmente seja singular, além de um bom custo-benefício”, analisa.

T ra d i ç ã o com modernidade Apesar da força dos ritos tradicionais, algumas novidades surgem para modificar modelos consagrados de eventos. “O clássico nunca sai de moda. Claro que, em alguns casos, elementos modernos podem ser agregados, mas é fato que o clássico nunca erra. Um casamento bem elaborado é aquele que tem um cardápio bem escolhido, uma boa música, em um espaço ideal, com todos os detalhes da cerimônia acertados. Mas, os pedidos por programações diferenciadas têm crescido muito, até mesmo em eventos corporativos. A palavra-chave tem sido ‘surpreender’. No entanto, seja qual for o caso, o mais importante é alinhar tudo de acordo com um planejamento”, destaca Mendes. De acordo com a organizadora de eventos Dani Mele, os detalhes de uma festa são o desafio de um bom profissional. “Esse é o nosso grande diferencial, fazer com que a festa tenha a cara dos noivos e aniversariantes. Cuido muito para que o casamento, mesmo sendo clássico, tenha detalhes que remetam somente aos noivos, isso faz com que a festa seja única. Exemplo: atendemos uma noiva muito fora do padrão, uma fazendeira que gosta de moda de viola e só usa botina.

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Consegui que o Coral Minaz cantasse a marcha nupcial com três violeiros maravilhosos. Foi emocionante e ficou com a cara da noiva”, comenta Mele.

Detalhes da festa Algo que é bastante utilizado em cerimônias são os chamados “mimos”, itens que personalizam e marcam um casamento ou uma festa de formatura, por exemplo. Desde uma caneca personalizada até uma orquestra, existe uma infinidade de opções para aqueles que desejam dar aos convidados algo que eles não irão esquecer. Quanto aos trajes para padrinhos, noivo e madrinhas de casamento, nem sempre os mais tradicionais são escolhidos. Segundo Adriana Coselli, “os noivos nem sempre estão dispostos a vestir o tradicional meio fraque ou fraque, preferindo um terno escuro. A recomendação é para que a camisa seja branca. Em alguns casos, o noivo presenteia os padrinhos com a gravata que será usada no dia da cerimônia”, relata. Já para as madrinhas, que normalmente vestem longo, a recomendação é para que a noiva coordene as cores escolhidas para evitar que mais de uma madrinha vista o mesmo tom, a fim de que não haja repetição no altar. Com relação à noiva, Adriana diz que é possível oferecer uma assessoria para a escolha do modelo do vestido e do estilista, além de uma possível participação nas provas do modelo escolhido.

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Mercado em alta O mercado de eventos, em especial o de casamentos, representa uma expressiva parcela do movimento da economia brasileira. Segundo estimativa da Associação dos Profissionais, Serviços para Casamento e Eventos Sociais (Abrafesta), em um ano, apenas as cerimônias de enlace matrimonial movimentam no País, em média, cerca de R$ 10 bilhões, envolvendo buffets, floristas, lojas de trajes, fornecedores de bebidas, entre outros prestadores de serviços. Quem comenta sobre este crescimento é o empresário Rogério Mari, diretor do Grupo Virazóm. “No caso de Ribeirão Preto, o fato de sermos um polo industrial e universitário movimenta ainda mais o setor. Essa particularidade acaba por fazer da cidade um local propício para eventos universitários, especialmente formaturas, além de eventos corporativos e sociais”, explica. Em Ribeirão, a empresa notabilizou-se pela organização de formaturas de universitários, atividade que realiza há 15 anos. Entretanto, segundo Mari, o Grupo Virazóm também atende a uma demanda crescente por eventos corporativos. “Temos uma equipe especializada em transformar ambientes simples em megaproduções, oferecendo sempre segurança, pontualidade e agilidade. Esses diferenciais têm conquistado cada vez mais os empresários, que enxergam a realização de eventos como eficiente estratégia de marketing”, salienta. O empresário afirma que os organizadores de eventos devem ter como principal preocupação a busca constante por soluções eficientes e inovadoras, que atendam às necessidades dos clientes. “Para obter os resultados desejados, é necessário seguir as tendências do mercado. Surpreender o cliente e o público deve ser a prioridade”, conclui Mari.

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No Brasil há mais de 1.800 espécies de aves registradas, 650 apenas na região do Pantanal. Uma inspiração para poetas e compositores

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Fotos: Dario Sanches, Marcio Lisa/Txai e Sabrina Martins/Txai

ecologia

VOANDO pelo nosso país


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As aves são seres que vieram para cantar e encantar a nossa vida. Verdadeiras obras divinas, da mais colorida arara ao mais cinzento pardal, eles conseguem transmitir paz àqueles que apreciam sua beleza. Você já reparou no canto daquele passarinho que pousa em meio ao quintal de sua residência? Já se permitiu acordar e perceber um bem-te-vi cantando do outro lado da janela? Pois bem, está na hora de sentir a alegria que um simples pássaro pode trazer para sua vida. Muitos já se renderam ao cantar das aves. Grandes poetas, escritores e compositores. Quem não se recorda da inspiração que o sabiá trouxe para Gonçalves Dias? “Minha Terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá / As aves que aqui gorjeiam / Não gorjeiam como lá”. Além dele, Villa-Lobos, Tom Jobim, Caetano Veloso, Jorge Amado, Luiz Gonzaga, Casimiro de Abreu, Zequinha de Abreu, Teddy Vieira e César Cury, entre outros já registraram belíssimas composições sobre as aves brasileiras. E essa paixão pelos pássaros no Brasil tem um motivo para conquistar tantas pessoas nos mais diversos locais. Ocupamos o terceiro lugar entre os países com o maior número de espécies de aves no mundo, com 1.832 espécies. Da Amazônia à Caatinga, do Cerrado à Mata Atlântica, do Pantanal aos Pampas. As aves cantam e encantam em todos os cantos do Brasil. Segundo Giuliano Bernardon, guia de birdwatching e fotógrafo ou observador de pássaros, como é chamado, só no Pantanal há cerca de 650 aves diferentes registradas. No entanto, muitas dessas espécies são migratórias ou visitantes ocasionais, não sendo encontradas na região durante a maior parte do ano.

Giuliano diz que começou trabalhando como guia de turismo, guiando estrangeiros (americanos e europeus) no Pantanal do Mato Grosso. Dessa forma, entrou em contato com pessoas que vinham ao Brasil com o intuito principal de observar as aves, muitas vezes sem a necessidade de fotografá-las, apenas para observá-las. “Uma de minhas irmãs ingressou na área de ornitologia (o estudo das aves) enquanto cursava biologia, o que também instigou minha curiosidade. Interessei-me cada vez mais pela observação das aves, e um novo mundo se abriu diante dos meus olhos quando conquistei meu primeiro guia de campo (livro que ilustra as várias espécies de aves de uma região) e meu primeiro binóculo. Sempre que possível, saía com meu livro e meu binóculo para observar aves, apreciando sua beleza, as diferenças entre as espécies, seu comportamento e vivenciando o desafio e o prazer de identificá-las. Assim, juntei esse hobby à minha profissão e, depois de alguns anos, muito estudo e muitas viagens, tornei-me um guia de “observação de aves” ou “guia de birdwatching”, afirma.

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Turismo lucrativo É grande o número de turistas estrangeiros que procuram o trabalho de Giuliano para conhecer as aves brasileiras e, por esse motivo, o seu site está todo em inglês. “O Brasil é um país muito atrativo para os observadores de aves, devido à biodiversidade, ao grande número de espécies endêmicas, boa estrutura de turismo e à hospitalidade do povo brasileiro, sempre notada pelos visitantes”, revela. Giuliano explica como funciona este mercado: “A maioria dos contatos é feita pela Internet. Existe muita informação disponível na web e o observador de aves pesquisa muito antes de viajar. Nesse aspecto, a reputação do guia e da empresa é fundamental na escolha do turista, creio que mais do que em qualquer outra área do turismo. Então, apesar da Internet oferecer informações de sobra para os turistas, muitos ainda se baseiam na recomendação de colegas e outros viajantes”. “Jamais me esquecerei a primeira vez em que vi o Piru-piru, Haematopus palliatus. Desejava ver essa espécie há vários anos e um amigo me levou a um ponto da costa paranaense especialmente para ver essa ave. Procuramos por ela durante horas e nada... até que, de repente, quando decidimos ir embora, avistamos algo diferente voando a uma certa distância: era ela! Passou voando na nossa frente e pousou a poucos metros de nós. Para um observador de aves, um momento como esse é de uma emoção incrível. Essa é uma coisa fantástica desse hobby: a todo momento, vivenciamos emoções e alegrias em contato com a natureza. Quer coisa melhor?”, pergunta o observador de pássaros.

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C on h e ç a algumas aves brasileiras Pica-Pau: trata-se de uma ave da ordem das Piciformes, família Picidae, de tamanho pequeno a médio, com penas coloridas. A maioria dos machos apresenta uma crista vermelha. Diz a lenda guarani que o pica-pau é um bruxo, o feiticeiro entre as aves, que personifica o Jurupari, gênio protetor da floresta, que sonda o âmago das árvores, verificando se estão sadias e fortes, para substituir as velhas decrépitas pela juventude vegetal. Arara: Vermelho, verde, azul e amarelo em diferentes tons e combinações. Famosas pelo porte altivo e por suas penas coloridas é uma das aves mais bonitas do mundo. Paraíso das araras durante muito tempo, o Brasil ainda é o mais rico do mundo em psitacídeos (aves da família Psittacidae), que inclui também papagaios, periquitos e maritacas, com 72 espécies, quase 20% de todos os membros desta família. Beija-flor ou colibri ou cuitelo: é uma ave da ordem dos Apodiformes. Existem 322 espécies conhecidas. No Brasil, alguns gêneros recebem outros nomes, como os rabos-brancos do gênero Phaethornis ou os bicos-retos do gênero Heliomaster. Não há como não ficar encantando com as aparições do beija-flor. Veloz, chega como se fosse um raio. Com as asas rápidas, quase imperceptíveis, estaciona no ar. “Beija” uma flor com precisão e suavidade. Repentinamente, desloca-se até outra. Instantes depois, já não está mais, mas o encanto daquele momento permanece. O batimento das asas é muito rápido, sendo que as espécies menores podem bater as asas de 70 a 80 vezes por segundo. Outra curiosidade está no coração de um beija-flor, que chega a palpitar 480 vezes por minuto, em descanso, e estonteantes 1.260 em movimento. Resultado: um apetite voraz que o faz “beijar” mais de mil flores por dia para obter 6.660 calorias. Mas o consumo pode dobrar, como no frio, por exemplo, para manter a temperatura normal do corpo em torno de 40 a 42°C. 82


Bem-te-vi: é uma ave passeriforme da família dos tiranídeos, de nome científico Pitangus sulphuratus, proveniente de pitanga guassu, ou seja, pitanga grande, forma pela qual os índios tupi-guarani o chamavam. O nome deste pássaro é originário do seu canto, que emite um som curioso semelhante à pronúncia das palavras ‘bem te vi’. É uma das aves mais populares do Brasil. Os bem-te-vis apresentam asas regulares, arredondadas e cauda alongada. As pernas são pequenas e os dedos possuem unhas fortes e alongadas. Mede 25 centímetros, apresenta coloração parda no dorso e amarelada no ventre, sobrancelha branca e uma listra no alto da coroa, que vai do amarelo claro ao laranja vivo. O bem-te-vi come de tudo, desde frutas e flores até insetos e ovos de passarinhos. Cardeal-do-nordeste: trata-se de uma ave passeriforme da família Thraupidae. É conhecido também como galo-da-campina, cabeça-de-fita e cabeça-vermelha. Mede cerca de 17,2 cm. Plumagem de cabeça vermelha, curta e ereta, sobretudo na nuca do macho. Partes superiores cinzentas, exceto o dorso anterior, que é composto de penas negras no ápice e brancas na base, o que dá ao conjunto um aspecto escamoso de negro e branco. Dorso posterior e coberturas superiores das asas manchadas de negro; maxila escura e mandíbula cinza claro. Habita mata baixa, rala e bem ensolarada (caatinga) e beira de rios (cerrado). Um dos pássaros mais típicos do interior do Nordeste do Brasil. Reúnem-se à beira de cacimbas ou poços naturais na caatinga, a fim de beber água e tomar banho.

Garça-branca-grande: é uma ave da ordem dos Pelecaniformes. É comum à beira dos lagos e rios e pode ser confundida com a garça-branca-pequena. Mede cerca de 90 cm. Seu corpo é completamente branco. É facilmente identificada pelas longas pernas e pescoço, característica dos membros da família. O bico é longo e amarelado, as pernas e dedos são pretos. Apresenta enormes egretes (penas especiais que se formam no período reprodutivo). A íris é amarela. Muitas pessoas pensam que a garça-branca-pequena é o filhote da garça-branca-grande, porém trata-se de uma espécie à parte que difere da última por apresentar a ponta do bico e as pernas escuras, enquanto a base do bico e os pés são amarelados, além de serem menores.

Carcará: É um falconídeo. Sua envergadura chega a 123 cm e o comprimento varia entre 50 e 60cm. É tido como uma ave tipicamente brasileira, tanto que Audubon (naturalista norte-americano, falecido em 1851) o chamava, no século XIX, de águia-brasileira. O carcará é facilmente reconhecível quando pousado, pelo fato de ter uma espécie de solidéu preto sobre a cabeça, assim como um bico adunco e alto, que se assemelha à lâmina de um cutelo; a face é vermelha. É recoberto de preto na parte superior e tem no peito uma combinação de marrom claro com riscas pretas, de tipo carijó/pedrês; patas compridas e de cor amarela. E em voo, assemelha-se a um urubu, mas é reconhecível por duas manchas de cor clara nas extremidades das asas. O carcará não é, taxonomicamente, uma águia, e sim um parente distante dos falcões. Quero-quero: é uma ave da ordem dos Charadriiformes, pertencendo à família dos Charadriidae. Muito popular no Brasil, vive em banhados e pastagens; é vista em estradas, campos de futebol e próximo a fazendas, frequentemente longe d’água. Seu nome é uma onomatopeia de seu canto. O quero-quero é sempre o primeiro a dar o alarme quando algum intruso invade seus domínios. É uma ave briguenta que provoca rixa com qualquer outra espécie habitante da mesma campina. Essa característica faz do quero-quero um excelente cão de guarda, sendo utilizado por algumas empresas como segurança.

Seriema, sariema ou siriema: é o nome vulgar dado às aves pertencentes à família Cariamidae, da ordem dos Cariamiformes. São aves de médio porte, terrestres, que preferem correr a voar. O grupo é nativo da América do Sul e habita zonas de pradaria ou florestas abertas. As seriemas alimentam-se de insetos, lagartos e pequenas cobras, como também de cajuis e cajus do cerrado. Em contato com os humanos, as seriemas são sempre desconfiadas e, quando se sentem ameaçadas por eles, costumam abrir suas asas e enfrentá-los. Diz a lenda que o canto deste pássaro indica o final da época das chuvas.

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Tucano: é famoso por ter um bico enorme e por ser uma ave maravilhosa, que encanta adultos e crianças. Ele é inquieto e seu enorme bico intimida outros animais e atrai o seu parceiro sexual. Não pense que o bico é pesado! Não é não! Ele é formado de tecido ósseo esponjoso, o que o torna leve e não cria problemas para o seu equilíbrio. Mas o que ele gosta mesmo é de se banhar na chuva. Também adora pular de árvore em árvore para conseguir alimento e abrigo, para descansar ou se reproduzir. Dorme em posição muito curiosa: eleva a cauda até que cubra a cabeça, a qual é mantida virada para as costas. Assim, ele pode descansar o seu bico. Os tucanos pertencem ao gênero Ramphastos e compreendem 41 espécies diferentes, que vivem nas florestas da América do Sul, em especial no Brasil.

Canário-da-terra: é uma espécie de ave da família Emberizidae. Ela é admirada pelo canto forte e estalado e, por isso, é frequentemente aprisionada como ave de cativeiro (está entre as 10 mais apreendidas, segundo o IBAMA). Seu hábitat são os campos secos, campos de cultura e caatinga, bordas de matas, áreas de cerrado, campos naturais, pastagens abandonadas, plantações e jardins gramados, sendo mais numeroso em regiões áridas. Costuma ficar em bandos quando não está em período de acasalamento. Vive em grupos, às vezes de dezenas de indivíduos. O macho tem um canto de madrugada bem extenso e áspero, diferente do canto diurno. Para cortejar, seu canto é melodioso e baixo, acompanhado de um tipo de dança em volta da fêmea.

Coruja: pertence à família dos Titonídeos e Estrigídeos. Tais aves possuem hábitos crepusculares e noturnos e voo silencioso devido à estrutura das penas, alimentando-se de pequenos mamíferos (principalmente de roedores), insetos e aranhas. Moram em ninhos que ficam em cima de árvores. A superstição popular diz que adivinham a morte com o seu piar e esvoaçar. Julgava-se, também, que essas aves gostam de azeite por visitarem as igrejas durante a noite, onde existiam lamparinas de azeite acesas. Na realidade, elas procuravam os insetos atraídos pela luz das lamparinas. A coruja é considerada o símbolo da sabedoria. Conseguem girar o pescoço 270º para ambos os lados a partir da posição central. O símbolo da deusa grega do saber, Atena, é a coruja. Também considerada o símbolo da filosofia para muitos filósofos. João-de-barro: (Furnarius rufus) encontra-se desde Minas Gerais e Mato Grosso até a Argentina, onde é conhecido como Hornero. Uma outra espécie habita o norte do Brasil e é conhecida como maria-de-barro, oleiro e amassa-barro. É admirável a habilidade com que esta ave constrói sua casa nos postes, nas traves das porteiras ou nos galhos de árvores desnudas. O ninho consiste em uma bola de barro, dividida em dois compartimentos. A porta, que permite ao pássaro entrar sem se abaixar, impede que o vento atinja o interior, pois é sempre voltada para o norte. Macho e fêmea ocupam-se ativamente da construção, transportando grandes bolas de barro, que são amassadas com os bicos e com os pés. No compartimento maior, forrado com musgo, cabelos e penas, a fêmea deposita de três a quatro ovos brancos, três vezes ao ano. Sua cor é terra, com a garganta branca e a cauda avermelhada. É uma ave alegre, que gosta de conviver com o homem. Vivem em casais e passam os dias a gritar em curiosos duetos. Este pássaro é tido como trabalhador e inteligente. Seu canto parece uma gargalhada (no Sul dizem que, quando ele canta, é sinal de bom tempo) e é amigo de todos, lutando para salvar seu ninho, sua casa.

Sabiá-laranjeira: (Turdus rufiventris), também conhecido como sabiá amarelo ou de peito roxo, tornou-se, em 2002, a ave-símbolo do Brasil (já era ave-símbolo do estado de São Paulo desde 22 de setembro de 1966) por sua imensa popularidade no país, citada por diversos poetas como o pássaro que canta na estação do amor, ou seja, primavera. Mede aproximadamente 25 centímetros, tem a plumagem vermelho-ferrugem no ventre, levemente alaranjado, sendo o restante do corpo de cor parda, com bico amarelo-escuro. É ave de canto muito apreciado, que se assemelha ao som de uma flauta. Canta principalmente ao alvorecer e à tarde. O canto serve para demarcar território e, no caso dos machos, para atrair a fêmea. Não há dimorfismo sexual, pois ambos são iguais e a fêmea também canta, mas numa frequência bem menor que o macho.

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Richard Rasmussen

Richard Rasmussen é apresentador, economista, biólogo e naturalista. Profundo conhecedor da fauna, ele tem uma forma espontânea e irreverente de cuidar e se relacionar com os bichos. Richard ganhou destaque e visibilidade a partir de 2005, quando começou a apresentar o quadro “Selvagem ao Extremo”, na TV Record. Em agosto de 2009, assinou contrato com o SBT para apresentar um programa semanal dedicado à natureza selvagem, o “Aventura Selvagem”.

A paixão pelos animais começou quando ainda criança. Nascido em São Paulo, em 1970, Richard morou até os 10 anos em uma chácara em São Roque, interior do estado, onde passava grande parte do seu tempo com os animais, tanto domésticos quanto silvestres. “Esse contato foi fundamental para a minha escolha de vida. Lembro-me de comemorar os aniversários dos sapos da chácara, quando eu tinha cinco ou seis anos”, conta Richard. As viagens com o seu avô materno, um italiano que se encantou com a beleza da natureza brasileira, também foram fundamentais para alimentar o interesse de Richard pela fauna. O avô levava Richard, então com 12 anos, para as suas primeiras aventuras nas matas brasileiras, pelo Pantanal e Amazônia. Quando chegou a época de fazer sua escolha profissional, Richard, mesmo querendo optar pela faculdade de biologia, por pressão familiar começou a estudar economia na USP (Universidade do Estado de São Paulo), formou-se e trabalhou por 10 anos como auditor de empresas. Chegou, inclusive, a fazer um MBA na Toronto University, nos EUA. Mas, Richard não deixou seu sonho para trás. Paralelamente ao exercício da profissão de economista, criou e dirigiu, por dez anos, um grande criadouro conservacionista no Estado de São Paulo, que abrigava diversos animais vindos da polícia ambiental, do comércio ilegal e de resgate de Fauna onde, juntamente com os biólogos e veterinários do projeto, aprendeu na prática o que apresenta nos programas de televisão. Foi então que, tempos depois, formou-se em Biologia. Qual a sua relação com as aves? Como sou fascinado por evolução e adaptação, vejo as aves talvez de forma diferente da maioria das pessoas. Para mim, são pequenos dinossauros. São definitivamente os vertebrados mais bonitos para fotografar e, ao mesmo tempo, os mais difíceis. Qual o pássaro mais bonito? É injusto escolher uma ave em detrimento de outra, até porque o conceito de beleza para mim é relativo. O urutau pode parecer sem graça para algumas pessoas, mas seu comportamento único imitando o toco de pau é muito louco. As aves de bico torto (psitacídeos) são as mais inteligentes, o que as torna especiais e divertidas. Se o critério for somente beleza estética, levando em consideração formato e cores, eu acho que, no Brasil, escolheria o galo-da-serra. O que é Bem Viver para você? Viver em paz com a família e ter a oportunidade de aprender através de experiências vividas. 88


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aprendizado

l ú d ico e dinâmico

Atividades artísticas e esportivas estimulam atenção e cooperação 92


ser teen

U

Um movimento com o objetivo de proporcionar diversão aos que a praticam, também conhecido como “brincadeira”, reúne atividades cada vez mais adotadas por educadores como forma de incentivar o aprendizado. O processo se inicia na Educação Infantil, que engloba crianças de zero a cinco anos de idade, e culmina na adolescência, quando os jovens que concluem o Ensino Fundamental, na faixa dos 14 anos, ficam plenamente condicionados a usufruir dos benefícios proporcionados por um trabalho de base voltado para o aprendizado lúdico, que busca valorizar a importância do movimento do corpo, do estímulo ao raciocínio e do trabalho em equipe com senso de cooperação.

O psicopedagogo André Luís Ferreira de Oliveira é um dos profissionais que defendem e aplicam a ludicidade nas escolas. Graduado em Pedagogia pelo Centro Universitário Barão de Mauá, de Ribeirão Preto, e pós-graduado em Psicopedagogia Clínica e Institucional pelo Centro Universitário Claretiano (Uniclar), de Batatais, e pela Escuela Psicopedagógica de Buenos Aires (Epsiba), na Argentina, Oliveira realiza um trabalho clínico individualizado com crianças que apresentam dificuldades de aprendizado, e também atua institucionalmente com grupos de alunos do Colégio Pequeno Príncipe, de Ribeirão Preto.

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Entre as várias atividades que desenvolve na escola, ele destaca as que envolvem leitura e jogos corporais. “Com relação à leitura, não sou professor de sala de aula, mas acompanho o trabalho da professora e o desenvolvimento das crianças, eventualmente dando assistência em casos pontuais, visando à motivação dos alunos”, explica. Com as crianças de seis anos é realizado um trabalho inicial de alfabetização, de natureza complementar ao do professor da sala de aula. Já com os alunos de sete anos, com um processo de letramento mais desenvolvido, a principal ferramenta é o teatro. “Utilizamos a linguagem em sua parte mais lúdica e expressiva, abordando a questão do movimento e da expressão cênica, visando proporcionar desenvoltura, desinibição e socialização. Algumas brincadeiras acabam culminando em apresentações teatrais”, ressalta o psicopedagogo.

No ritmo da criança Em relação aos jogos corporais, trata-se de um projeto baseado em atividades físicas, com um encaminhamento diferenciado em relação às atividades normais de Educação Física. Segundo Oliveira, “o desporto é muito importante para o desenvolvimento da criança e do adolescente, mas a criança, nas idades iniciais, precisa de uma recreação diferenciada, não tão competitiva, para que possa, nessa etapa de formação de caráter, ter bastante contato com a questão dos valores. E não é a retórica que ensina isso, pois é nessas atividades que as crianças aprendem a conviver, a se respeitar e a ter tolerância em algumas situações. A recreação nessa faixa etária de zero a sete anos é uma das mais discutidas nas escolas, a fim de trazer situações que respeitem o ritmo da criança”. Os exemplos de atividades são vários, como a corrida com jornais, na qual é possível mostrar para a criança que, se ela colocar um jornal no peito e sair correndo, o vento e a resistência vão fazer com que o jornal não caia no chão. “Utilizar as atividades físicas para estimular descobertas é importante e, se isso for feito de uma forma descontraída, sem incluir a competição, é possível que situações eventuais, como a queda do jornal, sejam resolvidas sem problemas”, enfatiza o especialista.

Dicas importantes “Para crianças de até seis anos, a brincadeira não pode ser dirigida apenas para a hora do recreio no pátio. Claro que é importante um adulto profissional propor as atividades, mas também é importante que as crianças tenham um tempo para gerir as próprias brincadeiras e, dessa forma, terem autonomia. Infelizmente, isso é cada vez mais difícil por causa da redução do tempo disponível devido ao número crescente de atividades extras”, lamenta. Ele acrescenta que “é importante ter esse tempo para a ludicidade em espaços como o tanque de areia, para que elas se agrupem e demonstrem preferências por um amigo ou outro. Isso é decisivo para a gestão posterior das suas vidas, aprendendo a não serem apenas conduzidas, mas sendo protagonistas em algumas situações, excetuando-se aquelas de conflito, que devem ser resolvidas pelos professores”, destaca Oliveira.

Exemplo positivo da relação Esporte x Educação O cuidado com a competição entre as crianças deve ser uma constante, a fim de evitar problemas no processo de aprendizagem. “É mais adequado para as crianças com até 7 anos de idade praticar jogos cooperativos, atividades desafiadoras que não impliquem na transformação dos colegas em adversários, mas sim em companheiros de desafio”, defende Oliveira.

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Acima dos 7 anos, a Educação Física já se torna uma realidade no calendário letivo, fazendo parte da vida dos jovens por meio de várias atividades, como o futebol, o vôlei e o handebol. Para o psicopedagogo, a utilização dos respectivos regulamentos das modalidades é importante, mas é algo que deve ser feito de forma gradativa. “É necessário valorizar mais o processo do jogo em si, e não o produto, que seria o resultado. Se não for dessa forma, as crianças tendem a priorizar a vitória, em detrimento da brincadeira. E é interessante também estimulá-las a se organizarem por conta própria nos primeiros anos, jogando muitas vezes de maneira lúdica, evitando que as atividades fiquem metódicas e chatas”, aponta.

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Exemplo positivo da relação Esporte x Educação A cidade de Santa Maria de Jetibá está localizada na região serrana do Estado do Espírito Santo e possui uma área de 734 km2, a 80 km de Vitória, com aproximadamente 34 mil habitantes. Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD 2000, o município tem um índice de 0,724 (inferior à média estadual de 0,735) e uma distribuição populacional de 17,73% na zona urbana e 82,27% na zona rural.

Foto: ©iStockphoto.com/forgiss

Neste ambiente instável para a juventude, foi concebido pelo Ministério da Educação o Programa Bom de Bola: Educando pelo Esporte, que visa a preencher esta lacuna (segundo informações do site do Ministério da Educação). O projeto tem uma importante relevância para a comunidade, trazendo consigo uma série de benefícios para as áreas esportiva e educacional, pois através dele ocorre o acompanhamento escolar, tornando-se um auxílio para o corpo docente das escolas. Os alunos precisam estar devidamente matriculados no ensino regular, além de precisarem ter bom desempenho e boa frequência. Entre as atividades praticadas estão o futebol de campo, atletismo, futsal, voleibol, handebol, tênis de mesa, judô e xadrez.

Resultados alcançados Por meio da participação no programa, os alunos melhoraram a frequência e, consequentemente, o desempenho escolar. Além disso, ocorreu um decréscimo de 9% na evasão escolar nos núcleos atendidos, já que, para participar do Programa, os alunos precisam estar devidamente matriculados e apresentar bom rendimento escolar. Participando do Programa, os alunos ocupam boa parte do tempo em que ficavam expostos às situações de risco. Assim sendo, suas atividades se dão fora do turno escolar. Outro fato de relevante importância foi o aumento de 32% do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica em 2007 (saltou de 3,2 para 4,3, MEC, 2007). Para brincar: Pais interessados em praticar atividades lúdicas com seus filhos podem encontrar várias opções na Internet, como o blog http://profgege.blogspot.com/2008/02/atividades-ldicas.html

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incentivo social

educação transformadora

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A Creche Modelo da Vila Virgínia atende crianças de até seis anos de idade desenvolvendo as capacidades motora, psicológica e de aprendizado

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Situada no bairro Vila Virgínia, a creche é mantida pela Liga das Senhoras Católicas, entidade assistencial sem fins lucrativos fundada em 1948. A instituição de ensino foi inaugurada em 15 de novembro de 1957, e atende atualmente a 240 crianças na faixa etária de seis meses a seis anos de idade, em regime de semi-internato. Segundo a diretora administrativa Rosângela Corrêa Valim, o trabalho desenvolvido pela creche visa, entre outros objetivos, a fortalecer os atendidos, apoiando-os no enfrentamento de riscos a que estão expostos pela vulnerabilidade social. “Em muitos casos, as crianças e adolescentes chegam à creche desnutridos e desmotivados para as atividades educacionais e de recreação. Porém, alguns meses depois, passam a mostrar um grande interesse e apresentam melhoria no comportamento e no desempenho escolar”, relata. Cada criança passa por um processo de aprimoramento em diversas atividades manuais, como o artesanato. A Creche Modelo também oferece atendimentos médico-odontológico, psicológico, social e cultural, promovendo festividades e passeios. “Dessa forma, damos às crianças várias oportunidades, a fim de que elas possam desenvolver as capacidades motora, psicológica e de aprendizado. As crianças saem daqui alfabetizadas, prontas para ingressar no Ensino Fundamental”, enfatiza Rosângela.

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Além de professoras e funcionárias de sua própria equipe, que dão aulas de informática, artes, educação física e música, a Creche Modelo conta com o auxílio de voluntárias nas aulas de leitura e balé. Atualmente, a presidente da Creche é Mara Regina Dias Canheo Pereira, que assumiu o mandato em 1º de abril de 2011. A equipe é formada por 56 funcionárias, entre diretoras pedagógica e administrativa, psicóloga, assistente social, secretária, cozinheiras, professoras, monitoras, guardas, encarregadas de limpeza, entre outras. De acordo com Rosângela, a instituição é mantida por meio de arrecadação em eventos, verba da Secretaria Municipal da Educação de Ribeirão Preto e doações da comunidade.

Doações em dinheiro, mantimentos ou materiais de limpeza são importantes para manter o trabalho da creche. Telefone para contato: (16) 3632-2917 Endereço: Rua Marajó, 240 - Vl Virginia

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“O trabalho é árduo, pois várias crianças vêm de famílias desestruturadas. São filhos de pais viciados em drogas e bebidas, pais com comportamentos agressivos, ou então que se separaram, pois muitos são criados por avós. Procuramos dar carinho, atenção, atendimento psicológico, boa alimentação, bons exemplos e oferecer um aprendizado a fim de que tenham uma boa formação para a vida. Nossas perspectivas são sempre as melhores e fazemos um trabalho para que isso se torne realidade. O resultado tem sido muito bom, pois as crianças conseguem desenvolver e acompanhar todas as atividades que são promovidas”, afirma Rosângela.


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por Renata Canales

Dona Piedade

Já ao abrir a porta, eu sabia que não daria certo. A nova faxineira disparou a falar assim que me viu. Que o nome era Piedade, promessa da mãe nordestina à Santíssima protetora do marido nas pescarias, que eu poderia chamá-la de Pida, que precisava de dinheiro para três conduções, e blá, blá, blá, blá. Também mostrou a maletinha que trazia com a roupa de serviço, um radinho de pilha e uma vasilha plástica com comida. - Ah, a gente não sabe onde vai trabalhar, né, princesinha? Expliquei que em casa ela poderia servir-se à vontade do que eu mesma aprontaria para a refeição. Dona Piedade beirava os 60 anos, idade denunciada pelo rosto marcado por rugas, mas, em contrapartida, exibia um corpo robusto, braços fortes, quadris largos, e o peso devia estar uns 20 quilos acima do esperado para a sua altura mediana. Logo que saiu do banheiro, vestida para exterminar qualquer sujeira, exibia um shortinho de lycra preto que mal conseguia manter as nádegas escondidas. -Peguei da minha filha! O meu estragou. Mostrei o material de limpeza, mas Dona Piedade estava mais interessada em saber o local das frutas. -Hum, tô com uma fome. Já que a princesinha falou que eu posso comer aqui, será que tem uma banana? A penca foi pouco para Pida que logo descobriu também uma caixinha de morangos. Terminado o breakfast, ligou o rádio e começou o serviço. Eu também começava o meu, tentando concentrar-me no texto que escrevia, mas a voz de Dona Piedade cantando entrava por debaixo da porta, pela fechadura e achava meus ouvidos. A trégua da cantoria era substituída pelos tapas no rádio que teimava em parar de funcionar. Meia hora depois, mais pancadinhas, agora na porta do quarto onde eu trabalhava. - Licença, viu? É que agora é hora do meu café do meio da manhã. A princesinha liga se eu pegar uns biscoitos e o leite? Ah, e que horas vai fazer o nosso almoço? Olhei para o relógio: 10h30. Respondi que faria ao meio-dia um macarrão à bolonhesa. -Hum, ainda bem que trouxe minha quentinha. Com ar de reprovação, saiu por instantes para voltar logo em seguida. - Nem uma verdurinha? Sim, teria alface e tomate. Dona Pida fechou a porta para logo abri-la de novo. -Olha, filha, não dá certo trabalhar aqui, não! Dona de casa que não cozinha direito me dá nos nervos. Pode pagar meu dia que eu tô indo embora. - Mas a senhora mal começou a faxina! - É, mas fiz esforço em vir até aqui. A princesinha faz o favor de pagar logo. Sem entender o que acontecia, paguei-lhe a diária improdutiva e, enquanto aguardava o elevador, escutei-a resmungar: - Vai que ainda ia querer que eu dividisse minha comida. Sem essa! Tô fora. E, praguejando, entrou no elevador certa de que defendia sua refeição. Ah, Dona Piedade, tenha dó!

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Desde sua 1ª edição, em 1988, ‘Mulheres Inteligentes, escolhas insensatas’ provoca na comunidade feminina a pergunta: verdade, mesmo?! Na masculina, ora, a masculina... Que homem se liga nisso? Que machos sabem ouvir das fêmeas as reclamações que parecem bordão, tais quais: - Parece que sempre acabo com os homens errados; - Se há um ‘rato’ numa sala cheia de homens simpáticos, é justamente com ‘ele’ que acabo ficando; - Todos os homens que encontro são chatos ou homossexuais; - Se tenho sorte de conhecer um homem interessante, afetuoso e atencioso, acabo descobrindo que ele já tem compromisso; - Meus relacionamentos sempre começam maravilhosos, mas parece que, inevitavelmente, acontece alguma coisa que leva o homem a se afastar. Creio que só mesmo seus psicoterapeutas têm paciência para escutá-las. As mulheres não acabam simplesmente com os homens que são errados para elas. Relacionamentos que têm tudo para dar certo não ruíram por forças inexplicáveis. As expectativas das mulheres nos relacionamentos têm sido muitas vezes exageradas. Existe ‘homem perfeito’? Quem é o ‘homem certo’? Por que tantas mulheres bem-sucedidas profissionalmente, aparentemente seguras, fortes, decididas, estão sozinhas ou, pior, se relacionando com homens que não as valorizam? Será que elas conseguem enxergar toda a carga emocional que colocam nessas escolhas? O desenvolvimento da identidade pessoal da mulher é a definição de si mesma, por isso a mulher permanece próxima da mãe. Já o desenvolvimento da identidade pessoal do homem é completamente diferente, o homem tende a se separar da mãe para iniciar o processo de identificação com o pai. Os conceitos de Pai e Mãe são profundamente primitivos e poderosos. Quando a menina não tem uma concepção proativa do pai, cria a fantasia do ideal dele, que é construída baseada no que assiste na televisão e no cinema, no que lê em livros e na observação dos pais de outras crianças. Compreender que não se pode recuperar o que tiveram ou desejavam ter de seus pais, tanto na boa quanto na má convivência, é o grande passo. A primeira forma de se libertar de um abandono ou de um amor perdido seria destituir o relacionamento fracassado e o homem das qualidades mágicas, fantasiosas com as quais ela o vestiu, parando de pensar que nunca mais vai se sentir da mesma maneira. A segunda providência é assumir uma responsabilidade mais pessoal pelas próprias experiências, ou seja, saber que foi parte, metade da situação - sem ela a magia não existiria: a mulher pode e vai amar novamente quantas vezes quiser, porque todas as qualidades boas e saudáveis do relacionamento foram uma criação conjunta e sua destruição foi também uma responsabilidade compartilhada. Amar de novo exige abandonar mágoas e raiva. Renunciando às emoções em curto prazo, ao chamado sedutor do amor não correspondido e desqualificador, fortalecendo a vontade, a autoestima, o domínio de si mesma e o poder pessoal, a mulher inteligente renuncia também à dor e ao homem errado, tornando-se apta para encontrar o homem certo.

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conviver

por Regis Vianna

Mulheres Inteligentes, escolhas insensatas


por Felício Bombonato

A Mulher chorosa

“Uma senhora idosa era conhecida como a “mulher chorosa”, pois chorava o tempo todo. Ela chorava em dias chuvosos e em dias ensolarados. Um dia, um mestre, vendo-a chorando, perguntou-lhe: Senhora, por que chora o tempo todo? - Porque tenho duas filhas- respondeu-lhe - Uma se casou com um vendedor de sapatos e outra com um vendedor de guarda-chuvas. Continuou em prantos: - Quando o tempo está bom, penso em como as vendas de guarda-chuvas estão ruins, pois meu genro não vende guarda-chuvas quando faz sol e a minha filha passa muita necessidade. E, quando chove, penso que ninguém sairá para comprar os sapatos da minha outra filha e, com isso, é ela que passa muita necessidade. Ouvindo-lhe, o mestre sugeriu: - Mas em dias ensolarados, devia pensar em como as vendas de sapatos estão boas e, em dias chuvosos, em como estão boas as vendas de guarda-chuvas- concluiu. Daquele dia em diante, a mulher parou de chorar e, em vez disso, ria todos os dias, qualquer que fosse o tempo”.

A história acima nos traz um grande ensinamento, o de que em tudo na vida existem dois lados a serem observados e escolhidos, o bom e o ruim. E somos nós que escolhemos para que lado olhar. Partindo-se da premissa de que: “Pensamento gera sentimento e sentimento gera comportamento”, podemos entender que o nosso estado de felicidade ou sofrimento estará onde colocarmos a nossa atenção. Lembre-se de que semelhante atrai semelhante, e de que nós somos um poderoso imã, de modo que, o que estamos pensando e sentindo, estamos igualmente irradiando em forma de impulsos magnéticos, que entram na frequência de pessoas, situações, ambientes e coisas semelhantes, atraindo-os até nós. Dessa forma, podemos concluir que é através das nossas escolhas mentais que moldamos o nosso futuro, pois este será sempre uma manifestação dos nossos pensamentos presentes. Uma grande parte das pessoas cria realidades de sofrimento em virtude de suas próprias escolhas mentais serem baseadas na escolha do lado negativo. Mas, se quiser, você pode escolher pensar do modo positivo. Para isso, basta tomar posse do controle de sua mente, pois ela é sua propriedade e é também a única coisa no mundo que você tem o poder de controlar. Se quiser, você pode, ainda hoje, independentemente da sua situação atual, sentir-se animado, disposto, automotivado, otimista e encher-se de fé e coragem para transformar a sua vida em algo melhor para se viver. Para isso, basta decidir e querer. Procure contabilizar todas as coisas boas que você já possui em sua vida. Comece a agradecer por tudo e veja como já tem motivos suficientes para se sentir feliz o tempo todo. Fica fácil entender que felicidade é uma escolha e não uma condição e, por isso mesmo, ser ou não feliz estará sempre ligado às suas escolhas mentais. Portanto, se você deseja ser feliz, procure sê-lo através das suas boas escolhas. E lembre-se de que a vida é um eco, e que a felicidade é a volta das coisas boas que você faz para os outros e para o mundo. Boas escolhas!

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Aos domingos Ele gostava de atravessar a manhã fazendo coisas sem muitas responsabilidades. Aquele domingo não era diferente. Já com o rádio ligado, espreguiçou-se na cama por mais de meia hora, foi ao banheiro, abriu um pacote de bolacha, e só deixou de lado a malemolência quando ouviu o locutor anunciando: Hoje teremos um programa especial. Verificou o dial e viu que não era sua emissora predileta. Estava tentado a colocar na sua favorita quando o speaker prosseguiu: O melhor dos anos 60. Do you wanna dance na voz de Johnny Rivers. Ele soltou um exultante MEU SENHOR DO CÉU! e uma voltagem alta correu por suas veias: a vida retrocedeu aos tempos do noturno no colégio estadual e se viu dançando nos bailinhos pró-formatura. Quase instantaneamente, sentiu na boca o gosto de um hi-fi, bebida “quente” daquela época. Daí para as imagens correrem “enlouquecidas” pela sua cabeça foi um pulo: a bala piper depois do hollywood sem filtro; calça LEE, ked’s e camisa ban-lon; o DKW-VEMAG da família; seu perfume Lancaster; as histórias de Carlos Zéfiro; galocha; sua Parker 51; a resistente vitrola Telefunken; violeta genciana; drops Dulcora; a Lambretta do primo endinheirado; “Olhais os lírios do campo” primeiro livro lido inteiro. Alucinava-se! A memória turbilhonava enquanto o programa seguia: Ouviremos agora Stella by Starlight, com Ray Charles. Por instantes veio à memória o terrível golpe que o País sofreu nos anos 60, mas logo afastou do pensamento aquela tragédia, queria apenas o outro lado daqueles tempos. As ondas do rádio continuavam trazendo: ...para corações eternamente enamorados, Roberta com Peppino di Capri. Depois vieram Ray Conniff, Nico Fidenco, Peter Paul and Mary, The Diamonds, Rita Pavone, Frankie Valli, Mammas and Pappas, Brenda Lee. Ah, que celebração! Vivia uma espécie de “momento epifânico”, um mergulho profundo no afeto. De repente, sem qualquer anúncio, ouviu-se um la laralara...laralara... que paralisou-o por completo. Depois do laralara, Emilio Pericoli abriu a voz... Non credevo possibile, se potessero dire questa parole. Al di lá del bene più prezioso, ci sei tu... Ele atingia o êxtase! A lembrança que literalmente tomou conta dEle foi a do primeiro namoro “sério”. Recordou que queria viver idêntica paixão que havia visto no cinema. Havia ficado comovido com o bom moço – Troy Donahue – apaixonando-se pela mocinha – Suzanne Pleshette - e queria protagonizar cena idêntica, principalmente aquela em que os dois bebiam Strega. O licor carregava uma lenda: quando duas pessoas bebem Strega, permanecem unidas para sempre! Ele e Ela, depois do filme, beberam um cálice do licor e, pela primeira vez na vida, Ele disse: Eu te amo! O rádio foi interrompido por fortes batidas na porta: era o vizinho do andar de baixo. Contendo-se, o homem disse que estava batendo há pelo menos 15 minutos: – Mas o que está acontecendo? Ele quis saber. Entre dentes o vizinho rosnou: – A água do seu box está vazando toda no meu box! – Nossa! Arrepiou! Havia aberto o chuveiro para uma ducha e...e...correu, fechou o registro, pediu desculpas, disse que pagaria todo o estrago e fechou a porta com o vizinho ainda ruminando a raiva. Voltou rapidamente ao programa. Agora tocava Lo Che Amo Solo Te, com Sergio Endrigo, e Ele retomava o halo dos tempos dourados. Lentamente, revirou o fundo de uma gaveta e trouxe à luz um envelhecido envelope pardo abarrotado de coisinhas: um bilhete onde ainda podia se ler: nunca se esqueça de mim, fotos 3x4, duas embalagens de dadinhos Diziolli, pétalas ressecadas de uma rosa, uma folha de caderno espiral com marca de batom. Pegou o telefone e ligou para a locadora, reservando o Candelabro Italiano para aquela tarde.

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por Magno Bucci

Aqueles olhos verdes, translúcidos, serenos...


por Luiz Puntel

CASCADOVO!

Por tI, meu novo amor, desvesti a velhice que me habita. Resolvi esquecer a idade provecta que se avizinha, as mãos trêmulas, o cansaço físico, a labirintite que não tenho, mas sei que virá. Foi por ti, amornovo, que saiu da casca do ovo, que me remoço de novo! Por ti, vou trocar minha velhice pela tua docice, amorzinho cascadovo! E vestido assim, cheio de parolice, irei passear e correr gaiatice, zular minha velhice pra longe de ti. Por ti, só por ti! Se Lewis teve uma Alice, me vesti agora de tua meninice. Se Carroll escreveu o que acharam tolice, pra ti escreverei carolice. E assim sairei neste domingo, vestido de denguice! Por ti, meu amor novo, hoje vou até inventar palavrice e poetar sandice. Por ti, amornovo, que saiu da casca do ovo! Não, não falarei de coelhos atrasados, sempre consultando seu relógio,nem pedirei que saias atrás dele, vulando ventos de ventania. A vida fará você correr em busca de teus sonhos e objetivos. Verás! Também não te darei chave dourada para abrires as portas da vida, nem te perguntarei se trouxestes a chave. Tu a descobrirás sozinha, sem ter que beber da garrafa que a diminua, ou comer o bolo do crescimento. Na vida, haverá crescimentos e diminuições. Ficarás grandona, grandalhona, ou pititia pititinha, dependendo da tua vontade, não a dos outros. Ah, sim, chorarás um Lago de Lágrimas, em certas ocasiões, pelas perdas e desilusões. Mas rirás também o riso mais risonho que o do Gato Que Ri. Crescer dói, cascadovo! E, como as lagartas, terás que fazê-lo sozinha. Se quiserem te ajudar, não deixes! Quererão te caterpillar conselhos e sugestões e caminhos a seguir, mas isso não ajuda. E se não ajuda, atrapalha, verás! Por ti, eu gostaria que tua escola fosse, como cronicou o Rubem, o Alves de alvos cabelos, como a corrida do Dodô, tipo cada-um-corre-o-quantoquer e do jeito-que-pode, fugindo dos isso-pode-isso-não-pode. Que tu ganhes, que todos ganhem, já que só por viver devemos ser premiados. Ah, sim farás castelos de cartas, onde entrarão rainhas de copas, reis de costas, valetes com seus ginetes. Se ficarão em pé, se cairão ao primeiro sopro, a Vida te dirá. Mas farás, que eu sei! E não chores ao ver as cartas no chão! A cada queda, levantar-te é preciso, já que a Vida é urgente! E quando eu voltar a vestir minha velhice, e a Indesejada das Gentes chegar para me levar, te peço faças par com Manuela e Nina um bailado de graças, as minhas Três Graças, e que, de mãos dadas, me abraces denguice, e de leve me leves, Alice, a rir e a sorrir, minha netinha cascadovo, deitando o vovô na Última Morada. Prometes? Luizito, que não é o Lewis Carroll, mas que ama Alice, de terna denguice!

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curiosidades de esopo

A raposa e as uvas Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra tinha sido excelente. Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo: - Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguém me desse essas uvas eu não comeria.

Moral: Desprezar o que não se consegue conquistar é fácil.

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