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Percurso profissional
O meu percurso profissional começa após a conclusão do 6º Ano. Durante quase 5 anos trabalhei numa empresa que fazia perfurações de solos para obtenção de água potável. Começar a trabalhar com 13 anos era na altura uma prática muito comum entre adolescentes “não de uma forma muito legal”. Claro, que nem tudo correu pelo melhor. Com essa idade e fazendo uma retrospetiva, é a idade da parvoíce, aquele que sabe tudo e tudo o que os mais velhos “pais”, diziam era mentira.
Os meus pais tomaram a decisão “correta”, e foram à procura de uma solução para a minha irreverência também própria da idade.
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A obtenção completa do ensino básico (9º Ano), conferiu-me o Nível II de qualificação profissional na área de Metalomecânica enquanto Serralheiro Civil e tive como nota final de curso 17 valores.
Fiquei com um misto de emoções, por um lado provei que o ensino público não era o mais adequado para mim, por outro também consegui identificar-me em contexto de trabalho que seria uma pessoa útil para a sociedade.
Em 1992, inicia-se uma nova fase da minha vida profissional. Entro para uma empresa do ramo da construção civil na área de venda por grosso, onde fui fiel de armazém e motorista de ligeiros de mercadorias.
Rapidamente acumulo outras competências e após ter a carta de condução de pesados e de semirreboques de mercadorias, começo a ter outras responsabilidades.
Como exigente que sou, fui adquirindo aptidão para a área dos negócios e comecei a elaborar algumas tabelas de preços e a negociar com fornecedores e clientes. Nunca tive qualquer tipo de formação por parte da entidade patronal.
Os autodidata têm essa vertente, aprende com o que vê, ouve e aplica à sua maneira o melhor que sabe.
Desempenhei estas competências dentro da mesma empresa, até ao seu encerramento definitivo, a 31 de maio de 2012.
O despedimento por extinção do posto de trabalho, não foi fácil de assimilar.
Pensamos em muitas coisas, tais como:
• O que vai acontecer a partir de agora?
• O valor da indemnização?
• Como, irei planear a minha estrutura financeira, passando de um ordenado de fixo para um subsídio de desemprego com uma penalização de um terço.
• O que irei fazer depois de 20 anos “18 dos quais de forma legal”, ligado a uma só empresa, em que a vi nascer, a criei e a vi morrer?
• Como transmitir essa informação à minha família, sobretudo aos mais pequenos com idades ainda dos porquês “ 16, 13, 7 e 3 anos respetivamente”.