Revista Renascidos em Pentecostes

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Revista Renascidos em Pentecostes - Agosto 2012 | 01


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Livro O Poder de Pentecostes Pe. Moacir Anastácio

Cd Pode vir o que vier Cricía e Gláucia Martins

Livro Os frutos do Espírito Santo Pe. Moacir Anastácio

Livro Caminhando com Jesus Cristo Pe. Moacir Anastácio

Cd Jesus meu Mestre Salvador Neto

Livro Mergulhando em águas mais profundas Pe. Moacir Anastácio

Cd Salmos Salvador Neto

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Pentecostes

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Assim como Paulo disse em ICor 9, 16: "Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho! " Assim também dizemos: Ai de nós se não . . . evangelizarmos. E vocês amados sócios colaboradores desta obra é chamado a fazer parte desta missão de continuarmos com esta obra de Deus. Juntos, conseguiremos levar o .. amor de Jesus Cristo a todo canto da terra.

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Colabore conosco doando-nos o quanto você puder. Que o Senhor lhe retribua em bênçãos triplicadas a sua generosa contribuição! "Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, sua mais profunda identidade." (Paulo Vl "Evangelii nuntiandi", 14)

Sua doação é muito importante para levarmos Jesus Cristo aos quatros cantos do mundo. Temos a alegria de anunciar o reino de Deus que é nossa maior herança. Contribua conosco! Ajude-nos a evangelizar e levar a alegria do senhor até os confins da terra! Ajude-nos! Faça sua doação de R$ 10,00 ou mais para que essa obra não pare! Que o Senhor retribua a sua oferta em dobro! Revista Renascidos em Pentecostes - Agosto 2012 | 03


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Carta aos fiéis Entrevista Caminhada Testemunho Capa Missão RP Especial RP Palavra de Ciência Formação Nossa Igreja Reflexão

Evangelizar: Eis a nossa Missão! A Revista Renascidos em Pentecostes é muito importante para a evangelização. Sou sócia colaboradora, contribuo e passo a revista para outras pessoas conhecerem e também fazer o cadastro. É uma forma que temos de contribuir com a evangelização, além das muitas bênçãos que recebemos. Severina Alves, Ceilândia Sul

Este espaço é reservado para você nosso amado sócio colaborador. Envie seu depoimento sobre a revista com foto para nosso

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Um caminho de fé e esperança

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mado (a) leitor (a), sócio (a) colaborador (a), a paz de Cristo esteja em vossos corações! Iniciamos mais um semestre repletos de atividades na Paróquia São Pedro junto com a Comunidade Renascidos em Pentecostes. Semestre que já podemos afirmar que será transbordante da graça de Deus, pois o próprio Espírito Santo é quem nos anima, nos ilumina e nos dá essa certeza. A glória de Deus, o poder de Deus, a força do Senhor nos impulsiona a caminhar com Jesus Cristo na fé e na esperança realizando nossa missão, como fazer essa revista especialmente para você. A edição deste mês vocacional traz em Carta aos Fieis, a exortação do padre Moacir Anastácio em que devemos pensar muito na nossa vocação e colocar-nos totalmente nas mãos do Senhor. Na editoria Entrevista o coordenador da Pastoral Vocacional e Serviço de Animação Vocacional da Arquidiocese de Brasília, padre Cícero Lima fala sobre vocação e também sobre o papel da pastoral vocacional. Continuamos com o assunto vocações na matéria de Capa onde trazemos mais esclarecimentos com padre Cicero Lima, as exortações e catequeses do papa João Paulo II e também do Papa Francisco. Na editoria Testemunho você acompanha a história marcada pela coragem, fé, cura e milagre pelas Velas de Pentecostes. O padre Carlos Alexandre, o novo vigário da nossa Paróquia São Pedro, nos agracia com sua belíssima história vocacional em Nosso Vigário. Quer saber o que a Comunidade Renascidos em Pentecostes faz por você e para estar junto com você buscando o amor de Deus? Na Missão RP, nosso vocacionado Jerry Lewis te convida a fazer a experiência de viajar conosco para Aparecida do Norte. Ainda em Missão RP você fica bem informado com nosso outro vocacionado Denner Carvalho que lhe dará todos os detalhes sobre o Seminário de Vida no Espírito Santo que a Comunidade RP está preparando neste semestre. Nossos colunistas continuam com as séries. Em Palavra de Ciência Padre Vanilson Silva fala sobre fundamentar a nossa fé. Em Formação Tadeu Roxsander continua nos enriquecer o conhecimento com a Série Caminhar com Deus falando de pecado e salvação. E nosso diácono Antônio Lopes nos apresenta um vasto conteúdo também em sua série falando de Nossa Igreja. No Especial RP você vai conhecer um pouco mais sobre o Centro de Evangelização e a história da artista que pintou os papas na parede. Em Reflexão, o Frei Julio César faz uma explanação sobre ser renascido em Pentecostes. Então amados (as) esperamos que o conteúdo da nossa revista possa te orientar, instruir e ajuda-lo de alguma forma a estar mais perto do amor de Nosso Senhor, e envolvido com as coisas de Deus. Que a Virgem Santíssima e o Espírito Santo que nos orienta em nossa caminhada e na produção da Revista sejam luz para todos vocês seguirem o caminho que leva ao coração de Deus. Desejamos a você um semestre de muitas graças, de muitas vitórias em nome de Jesus. Uma ótima leitura e uma santa formação!

Deus vos abençoe e ilumine!

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Deus não olha sua

situação, Ele simplesmente te escolhe!

Bendito seja Deus o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo! Na sua grande misericórdia Ele nos fez renascer pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma viva esperança, para uma herança incorruptível, incontaminável, imarcescível, reservada para vós os céus; para vós que sois guardados pelo poder de Deus, por causa da vossa fé, para a salvação que está pronta para se manifestar no fim dos tempos. (I Ped, cap. 01; vers. 03-05)

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mados irmãos, eu vos escrevo e me alegro em transmitir para vocês essa palavra viva que brotou do coração de Deus que nos acolhe, nos ama porque nos conhece, e exatamente por nos conhecer é que Ele nos ama. A filosofia grega diz que ninguém ama o que não conhece, aqui está o mistério do amor infinito de Deus porque Ele nos conhece, sabe das nossas fraquezas, misérias e nossas dores. Esse Deus que nos ama, nos escolhe e nos envia para a missão. Neste mês vocacional nós devemos pensar muito na nossa vocação, todos nós somos vocacionados e a todos nós Deus confiou uma missão. O fato é que a humanidade está sempre a serviço de Deus; o homem, imagem e semelhança desse Deus, lhe deve obediência e em tudo deve fazer a Sua vontade. É verdade que Ele escolhe alguns para serem mensageiros da sua mensagem. Olhando para a situação de Abraão, nós podemos dizer que Deus não olha a fraqueza, nem idade nem mesma a situação física, espiritual e emocional de ninguém,

Ele simplesmente escolhe. Quando Jesus, depois de uma noite de oração, desceu do monte, Ele escolheu aqueles que Ele quis, para serem seus discípulos. Então o critério que Deus usa, é escolher aqueles que Ele quer escolher. Abraão já com seus cem anos de idade, nem podia imaginar que a proposta de Deus para ele seria essa: Deixa a tua terra, tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrar. Farei de ti uma grande nação; eu te abençoarei, exaltarei o teu nome, e tu serás uma fonte de bênçãos, abençoarei aqueles que te abençoarem e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem; e todas as famílias da terra serão benditas em ti. (Gen. 12). Amados, porque sair da sua terra, da sua família e da casa dos seus pais? Porque ali ele tinha segurança, era conhecido, respeitado e amado por todos. O renunciar: casa, terra, família, filhos e filhas, é colocarse totalmente nas mãos do Senhor, confiar somente Nele, como diz São Paulo: tudo

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Renascidos em Pentecostes 6 | Revista Renascidos em Pentecostes - Agosto 2012 06Revista

perdi e tudo deixei para ganhar Jesus Cristo. Nós os vocacionados do Senhor somos chamados a colocar a nossa confiança somente na providência de Deus, pois enquanto tivermos a nossa segurança na nossa família, no mundo, em nossos amigos e em nós mesmos, nós não conseguiremos ser 100% de Deus, e quem não consegue ser totalmente de Deus não aguenta o chamado e nem a missão. A proposta de Jesus Cristo para aqueles que O querem seguir é o renunciar a si mesmo, tomar a Cruz e seguilO. Na tarde do dia 12 de junho de 1983, na hora da misericórdia eu deixava o hotel onde eu trabalhava já há alguns anos e estava indo para um cinema, eu não era religioso e vinha de uma família muito tradicional do Nordeste. Eu não havia frequentado escola, nem catequese, não sabia quase nada sobre Deus. Neste dia quando saí do hotel, senti que alguém me acompanhava, não sei como, mas de repente deparei-me dentro


Nós os vocacionados do Senhor somos chamados a colocar a nossa confiança somente na

providência de Deus do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Taguatinga, era por volta das 15h40, não havia ninguém na Igreja, as portas estavam fechadas, mas de repente a porta principal se abriu, não sei explicar como isso aconteceu, mas então entrei e uma força maravilhosa me levou a caminhar a nave inteira até chegar atrás do altar e me ajoelhar diante de Jesus crucificado e ali então tive o meu grande encontro com o Homem das dores e das Chagas, o Homem da Cruz; vivi uma efusão do Espírito Santo e um encontro definitivo com Jesus Cristo. Eu era analfabeto, sem esperança alguma, sem nenhum futuro, alcoólatra aos vinte e um anos de idade, longe da seca nordestina, era então predestinado talvez a um presídio ou então já condenado a morrer na flor da idade. O Homem que conheci naquela tarde, me encheu de confiança, de esperança, Ele me amou e me chamou. Desde então trinta e um anos se passaram, sofrer eu já sofri, fui rejeitado, humilhado, e até massacrado, expulso de convento e seminário,

ameaçado de morte, noites sem fim diante do Santíssimo, tantas vezes crucificado por falsos irmãos e irmãs, humilhado e abandonado, mas pela graça de Deus não desisti. São trinta e um anos na estrada com Jesus Cristo, não me desviei nem para a direita e nem para a esquerda, nem mesmo quando fui expulso do convento franciscano e do seminário Nossa Senhora de Fátima, não desisti nem mesmo quando sete padres do conselho vocacional do seminário votaram contra o meu diaconato. Em alguns momentos eu esperei contra toda esperança e hoje diante da grande missão de ser renascido em Pentecostes, levando a espiritualidade de Pentecostes até os confins do mundo, fundador de uma comunidade com grandes projetos de evangelização, eu posso te dizer que no alto dos meus 52 anos de vida eu tenho pregado Jesus Cristo, o Cristo crucificado. Já vi muitos desistirem, consagrados e ordenados e nas minhas orações eu peço ao Senhor que me faça fiel todos os dias, e sempre canto

aquela música dos carismáticos: Faz-me fiel precioso Jesus, faz-me fiel, há uma carreira a correr e uma vitória alcançar, cada hora em meu viver, faz-me fiel. Geralmente eu digo para aqueles que estão perto que se querem desistir, desistam, mas aqueles que chegarem até o fim serão salvos, conforme disse Jesus Cristo. Amados, a Comunidade Renascidos em Pentecostes, chamada nos últimos dias a testemunhar Jesus Cristo, vivo, real e ressuscitado, precisa da sua ajuda financeira, espiritual e do seu sim! Ou seja, você também é vocacionado e chamado a ser renascido em Pentecostes, essa graça é para você! Por Padre Moacir Anastácio de Carvalho Fundador da Comunidade Renascidos em Pentecostes

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Vocação, diálogo entre duas liberdades Neste mês, vamos conhecer um pouco sobre as vocações na entrevista especial com o Pe. Cícero Lima de Souza, 33 anos, que completará três anos de sacerdócio. Ele é padre da Arquidiocese de Brasília, escolhido por Dom Sérgio para colaborar na direção da Pastoral Vocacional e Serviço de Animação Vocacional desde o mês de janeiro deste ano. Atualmente, está no Seminário Maior São José – Ano Propedêutico como formador e responsável por acolher os jovens que tiveram a iniciativa de entrarem para o seminário para receberem da Igreja a devida formação e o acompanhamento para com a vontade de Deus, tornarem-se sacerdotes. Está na formação desde que foi ordenado. Esteve como diácono na Paróquia Nossa Senhora das Vitórias, em Vicente Pires, realizando estágio pastoral e aguardando a aprovação da Igreja para receber o presbiterado. Pe. Cícero nesta entrevista nos esclarece o que é uma vocação e também fala sobre o papel da pastoral vocacional da Arquidiocese de Brasília. RRP- O que é uma vocação em sua essência? Pe. Cícero - Vocação é um diálogo entre duas liberdades. Deus, que é livre e bom, chama a criatura humana, frágil e limitada a participar de seu mistério. Então, o homem sendo livre, decide-se, ou não, por corresponder ao que Deus lhe apresenta. Primeiramente, a vocação é sempre um mistério aos olhos humanos; e na lógica humana, se não for pela fé, fica muito difícil de entender. E, mais que entender, trata-se de realmente vivêla. A primeira vocação é o chamado à vida. Estamos aqui porque somos frutos dessa bondade Divina que nos chamou a existência. Todo homem é fruto desse chamado primeiro, o chamado à vida. E de forma mais plena e sobrenatural, é chamado a participar da vida que é Deus. Embora sejamos humanos, constituídos de matéria, a nossa esperança e o nosso fim é Deus. É essa vida superior, essa vida Divina, não só uma vida meramente existencial, mas uma vida transcendental, além da aparências, que o homem está convidado a viver. Naquele chamado que Jesus faz a Pedro a andar sobre as águas, pode-se contemplar o mistério da vocação de todo homem e de toda mulher. Andar sobre as águas significa um caminho de fé, andar sobre aquilo que, no contexto bíblico, é o mundo com todas as suas propostas e sugestões. Pedro é convidado a andar sobre as águas, ou seja, com a vida acima de tudo o que parece grandioso e

aparente, mas não subsiste. O chamado de Pedro é também o nosso chamado, é um chamado superior e sobrenatural, é viver de abandono, de esperança, de fé, de amor por esse Cristo. É ele quem chama: vem Pedro! Naquele momento, Pedro vacila e afunda, assim como nós em muitos momentos de nossas vidas. Temos a esperança em Deus, vivemos de dons, mas também existe uma carne fraca, um ser humano limitado e, mesmo assim, é Deus que estende a mão, reergue e salva a humanidade. Nossa vocação é realizada a partir desse abraço, desse envolvimento Divino, dessa acolhida, dessa força que nos levanta e nos impulsiona diante de nossa falta de fé. Então, a vocação sempre será, ao mesmo tempo, um dom à vida, desde o ponto de vida existencial, e também um dom à vida sobrenatural. É algo natural porque envolve o que é humano. E é algo divino, mistério, porque é Deus que chama e é Deus que também dá a força, estende a mão pra dizer: vem! RRP - O que leva um jovem deixar tudo e se lançar nesse caminho vocacional, seja no seminário, ou numa vida consagrada, instituto ou congregação? Pe. Cícero – Primeiramente, creio que só um coração amoroso disposto a amar pode se lançar em tamanha aventura. Não tem como amar sem fé. A fé nos faz estar acima, com os olhos no alto, um tanto mais elevados, mais perto de Deus, sem deixar de viver com os pés

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Revista Renascidos em Pentecostes 8 | Revista Renascidos em Pentecostes - Agosto 2012 08

no chão. A fé é a passagem da lógica humana a essa lógica divina que é o abandono, que é a confiança. Ela faz me abandonar nas certezas do Espírito, onde as certezas humanas nem sempre estão bem concluídas e fechadas, mas deixa margem para o mistério. Por isso, há esperança, pois o coração humano passa a esperar o que vem de Deus. E o que é Divino, com certeza, é o melhor e me santificará mais, tornando-me mais perto da plenitude e mais conforme a esse Bem Maior, pelo qual vale muito mais deixar todos os bens menores. A vida de todo vocacionado, seja em qualquer estado de vida, resume-se no compromisso da vivência das três virtudes teologais: num coração amoroso cheio de fé, disposto a abandonar-se, confiante na providência Divina e também cheio de esperança naquilo que é o reino de Deus, já no meio de nós, como rezamos no Pai Nosso. RRP- Qual é o papel da Pastoral Vocacional e Serviço de Animação Vocacional da Arquidiocese de Brasília? Pe. Cícero – Seu objetivo é ajudar na promoção, na animação e no discernimento vocacional dos nossos filhos e filhas da Igreja. Então, a pastoral vocacional tentará, de alguma forma, neste serviço, motivar com métodos e meios criativos realizando tudo isso da melhor forma como um organismo, como um corpo, estando principalmente representada


nas paróquias. Existe a coordenação arquidiocesana, mas é na paróquia e, de acordo com o acompanhamento do sacerdote ou do pároco que trabalham especificamente nessa pequena porção do povo de Deus, incentivar, motivar, discernir, acompanhar, animar essas vocações. Infelizmente, na Arquidiocese de Brasília, são poucas as paróquias que tem a pastoral vocacional. É nosso dever e desejo dos bispos propagar esta cultura vocacional na nossa Arquidiocese. A responsabilidade pelas vocações é de todos, pois somos muitos membros constituindo o mesmo corpo. E todos queremos um corpo saudável. A Igreja em Brasília tem total condição de exercer sua missão com autonomia e solicitude. É preciso trabalhar pelo reino e trabalhar pelos operários do reino. “A messe é grande, mas os operários são poucos” (Lc 10,2). Então, devemos pedir ao Senhor da messe que envie operários, mas também procurar, favorecer, incentivar todos os vocacionados a responder de forma entusiasmada e alegre esse chamado do Senhor, seja qual for o estado de vida. A pastoral vocacional deve ser um grupo que, em primeiro lugar, esteja motivado a rezar pelas vocações; que se encontre constantemente para rezar e motivar as comunidades paroquiais a assumirem esta missão e responsabilidade, inclusive na liturgia, nas adorações, nas missas, em reuniões, em encontros com os jovens, na catequese, nos grupos familiares, mas com pessoas corajosas, dispostas a rezar e a trabalhar em vista dessa necessidade de termos santos operários para a messe do Senhor. RRP- Muitos jovens sentem o desejo de se consagrarem definitivamente ao Senhor, mas muitas vezes não sabem o que fazer. O que a Pastoral Vocacional pode fazer para ajudá-los? Pe. Cícero - Quando a Pastoral Vocacional tem contato com algum jovem, primeiro passo é estar junto, rezar com ele, acompanhá-lo e, depois, direcioná-lo. Se caso for uma vocação específica para a vida consagrada ou sacerdotal, deverá encaminhá-lo para algum sacerdote ou algum religioso, com o qual poderá partilhar e ser acompanhado; poderá conhecer a casa de formação, o lugar, a família, o carisma, o fundador, a

espiritualidade etc. Será um risco, quem quiser guiar-se, por si mesmo, sem algum acompanhamento. A Igreja é mãe e deseja melhor acompanhar e educar os seus filhos. Algum jovem que decide por si mesmo se lançar nesse caminho audacioso e até mesmo heroico, porém de forma muito individualista, encontrará maiores dificuldades. O melhor é que se deixe acompanhar tendo alguém por perto: um diretor, um conselheiro espiritual pra ouvi-lo, direcioná-lo, aconselhá-lo para, com o tempo, dar passos firmes e necessários; não de forma imprevista, ou despretensiosa, ou demasiadamente idealista e irrefletida.

A primeira vocação é a vida. estamos aqui porque somos frutosdessa bondade Divina que noschamou a existência

RRP- Sobre o Seminário Maior de Brasília que oferece encontros vocacionais para quem sente o chamado ao sacerdócio, como funciona? Pe. Cícero Lima - Todo primeiro domingo de cada mês acontece o encontro vocacional de discernimento. Depois de um período de acompanhamento, vamos percebendo um grupo que está preparado para receber essa formação. Depois destes encontros, vem outra etapa que é a vivência comunitária no Seminário Propedêutico. Os candidatos precisam ter concluído o Ensino Médio. Depois de um ano, sendo aprovados, tem a continuação de seu caminho de discernimento no Seminário Maior. Lá, eles prosseguem noutras etapas realizando o estudo da filosofia e da teologia. Para participar dos encontros, seria essencial passarem antes pelo acompanhamento de algum sacerdote. Porém, como nem sempre isso acontece, tenta-se, nos encontros, oferecer todo o auxílio para que melhor venha a discernir sua vocação. RRPDeixe uma mensagem incentivando os jovens que tem vocação, seja ela qual for, mas ainda não discerniram, ou permanecem na dúvida, no medo de caminhar, de se

lançarem e a dar um passo à frente. Pe. Cícero - A dúvida é sempre natural, normal, porque lidar com uma lógica, que é divina, é totalmente diferente da nossa lógica humana de viver a vida. Por isso, esse espanto diante do mistério sempre nos trará certa insegurança, porque nem tudo e muito palpável. Deve existir um abandono, uma necessidade de confiança. Então, diante da dúvida, é mais que necessário: fé, amor, e esperança. Confiar em Deus e não nos méritos pessoais, não nas forças próprias, mas na graça e na providencia divina. Deus, que chama, é quem sustentará essa obra iniciada por Ele mesmo (cf. Sl 137,8). Aos olhos humanos, muitas realidades seriam impossíveis de acontecerem, mas aos “olhos” de Deus, a graça é o fundamento forte. Então, digo aos jovens: coragem, alegria! Realmente, antes de fazer muito, procurar ser o que Deus quer, procurando ser um ótimo e obediente filho(a) dele(a). Procurar realizar com Ele uma linda experiência de vida, para poder dizer com a vida: “eu sou de Deus”. E, mais ainda, se for o caso de uma vida consagrada ou sacerdotal, também dizer: “eu sou todo para Deus... dou inteiramente minha vida para amar mais e melhor a todos... assim, eu me decido, com o impulso deste dom, que é o Espírito Santo dentro de mim”. A vocação é impulsionada, não somente por um desejo pessoal, mas, sobretudo, pela graça divina, dom que me chama, que me sustenta e que, de alguma forma, já está em mim. O que posso eu fazer, se não responder? Eu preciso responder! Diante do chamado ficamos inquietos, não sabemos para onde ir e procuramos tantos caminhos. Aquela voz, dentro do coração, fica inquietando e vêm as perguntas, as dúvidas, os questionamentos, ao ponto de não me restar outra coisa a não ser me abandonar e me jogar nos braços de Deus, na confiança e certeza de que ele está me esperando, já me amando. Se Ele, que tanto me ama, ainda me chama, a exemplo do profeta Isaías, devo confiantemente responder: “Eis me aqui, envia-me” (Is 6,8). Ou, como Maria, dizer: “Faça se em mim... (Lc 1,38). Logo, repito a todos os jovens: “alegria e coragem”. Tenham a disposição de seguir Cristo, neste sentido de pertença à Igreja, com a humildade de se deixar acompanhar por ela.

Renascidos-em Pentecostes Revista Renascidos emRevista Pentecostes Agosto 20129 | 09


O dom do chamado de Deus “O bom pastor da a vida por suas ovelhas” ( Jo 10,11)

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ou o Padre Carlos Alexandre Oliveira de Sousa. Ordenado dia 28 de junho de 2014, na Catedral Metropolitana de Brasília e nomeado o mais novo vigário da Paróquia São Pedro de Taguatinga Sul – Brasília/DF. Tenho a alegria de partilhar com vocês um pouco da minha trajetória vocacional, isto é, do meu chamado sacerdotal. Esse itinerário começou graças ao sim dos meus pais. No dia 01 de abril de 1981, na cidade do Gama, em Brasília, tive a oportunidade de começar uma bela história. Como Jeremias eu pude escutar de Deus: “Antes de formar-te no seio de tua mãe, eu já te conhecia, antes de saíres do ventre, eu te consagrei e te fiz profeta para as nações” (Jr 1, 5). Mas, o entendimento acerca desse chamado não foi tão simples de compreender. O tanto que, só aos 22 anos eu pude entender e responder a eleição de Deus. Por isso, tentarei de forma breve partilhar o que julgo mais importante dentro desse processo vocacional. Sou de uma família de seis irmãos, sendo que uma já está no céu (faleceu quando criança – Adriana). Minha mãe se chama Elizabeth Lemos e meu pai Irioman Francisco, ambos vivos; e meus irmãos se chamam Márcia, Marcilene, Júnior e João. Vivemos uma boa parte de nossas vidas na cidade do Gama, porém, quando estava com 12 anos de idade mudamos para Santa Maria - DF.

essa base familiar iniciei a caminhada na Igreja: fui batizado, fiz catequese e comecei a frequentar a diversos grupos jovens: M.A.C (Movimento de Amizade Cristã, o E.J.C. (Encontro de Jovens com Cristo) e a RCC (Renovação Carismática Católica). Porém, a adolescência foi chegando e os desejos de jovem se afloraram dentro de mim. Frequentava os grupos jovens, no entanto, comecei a desejar outras formas de diversões e de felicidade. Foi nessa época que conheci e me aproximei de alguns jovens do grupo jovem e com eles a minha vida teve uma grande mudança. Essa amizade cresceu tanto que chegou o dia em que nos encontrávamos quase todos os dias. Um tempo em que encontrei verdadeiros amigos. No entanto, por ser jovem e cheio de fantasia acabou que o coração ficou dividido entre Deus e o mundo. Essa divisão trouxe graves e duras consequências para as nossas vidas. Nessa fase da minha vida ocorreu uma grande mudança na minha história. Alguns acontecimentos foram os sinais de que toda essa euforia jovem ia passar. Existe um posto de gasolina no Valparaiso, que se tornará um dos pontos de encontro dessa nossa turma. Lembro que certo dia estava de madrugada nesse local quando de repente um carro em alta velocidade veio por traz de mim para me atropelar. Com certeza tinha a intenção de tirar a minha vida, pois o rapaz parecia estar drogado e alcoolizado. Estava de costas e não percebi, nisso um dos meus amigos, Wesley, me puxou rapidamente e evitou essa tragédia. Esse foi o primeiro grande livramento e sinal que Deus me concebeu nessa época.

Foi em Santa Maria que eu fui pescado e chamado por Deus a segui-lo de forma mais profunda. Graças aos meus familiares desde muito jovem aprendi o valor e o dom da família, da honestidade e da oração. Como não se lembrar do meu avô João Lemos que tinha tanto amor por mim e que desde criança parecia profetizar a minha vocação. Após a sua morte minha mãe me disse que O segundo livramento veio na quinta-feira ele dizia que eu seria padre. E minha avó após o acontecido acima. Estávamos indo Carmelina que me ensinou os primeiros para uma danceteria na cidade do Gama – passos da intimidade com Deus através de na avenida que liga Santa Maria ao Gama. seu amor, principalmente, pela Santa Missa O motorista, naquela euforia de jovem, e a oração do santo rosário. Com o auxílio estava em alta velocidade. Foi quando, na deles e de meus pais comecei a entender última descida, que é uma curva (na época LEMBRE-SE AJesus SUA DOAÇÃO É IMPORTANTE ESTA OBRA DE EVANGELIZAÇÃO. a importância em minha vida. Com PARA não tinha proteção) ele perdeu o controle. DOE R$ 10,00 PARA AJUDAR A COBRIR OS CUSTOS DE PRODUÇÃO DESTA REVISTA.

Revista Renascidos em Pentecostes 10 | Revista Renascidos em Pentecostes - Agosto 2012

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Quando já estava sendo lançado para o abismo, eu não tenho dúvida, Deus segurou aquele carro que estava superlotado e aos poucos o motorista retomou o controle do carro. Ele mesmo nos disse: eu perdi o controle, nós íamos morreu, pois eu “vacilei” e perdi o controle. Foi realmente a mão de Deus. Outro livramento que Deus me fez enxergar depois. E o terceiro e mais dolorido e que, de fato, marcou a minha vida foi o da perda dos meus amigos. Nessa época eu trabalhava em festas noturnas. Muitas vezes eu deixei de trabalhar para estar com esses amigos. Mas, naquela noite eu decidir trabalhar, mais com o coração partido, pois queria muito estar com eles. Nesse dia parecia até que algo estava prestes a acontecer. Na manhã fui até a casa do Cláudio, um dos amigos, e descemos para a casa do Wesley. Estava lá outro amigo que se chamava Elias. Parecia uma despedida, não saia palavras de nossos lábios. Voltamos para casa sem nos despedirmos direito e meio triste. Eu me lembro como se fosse hoje. Ao despedir do Cláudio ele me disse uma palavra forte olhando nos meus olhos: Alexandre eu tenho tanto ciúmes de sua amizade. Um verdadeiro amigo. Fui para a casa e a noite parti para o trabalho. Essa noite a festa em que ia trabalhar era numa festa de casamento na Paróquia Nossa Senhora do Carmo. A primeira coisa que eu vi quando cheguei naquela Igreja foi Jesus no Santíssimo. Foi como o imã atraindo ferro – me ajoelhei e comecei a adorar. Só depois de muito tempo fui entender esse momento com Jesus. Assim, como acontecia em todas as festas que eu trabalhava, ficava ansioso que acabasse logo para poder me encontrar com meus amigos. Mas, a festa só terminou às 3h da madrugada. Acabaram as esperanças de aproveitar a noite de diversão com os amigos e fui dormir. Cheguei em casa as 5h da manhã. De repente uma pessoa chega no meu quarto e se assusta ao me ver deitado. Eu, sem


entender o que estava acontecendo, fui para fora de casa e vi uma multidão de pessoas. Um amigo me disse o que tinha acontecido: Alexandre os seus quatro amigos faleceram essa madrugada em um acidente de carro. E muitas pessoas estão falando que você era uma dessas pessoas. Nesse momento eu desesperei e não queria acreditar. Saí correndo e fui para casa dos meus amigos. Chegando lá os seus pais se assustaram com a minha presença. Pensando ser eu um dos mortos e ao mesmo tempo chorando por me contar o que tinha acontecido com o seus filhos. O pai do Cláudio foi um dos bombeiros que socorreu o seu próprio filho nesse acidente. Nesse momento o mundo tinha acabado para mim. Comecei a questionar a Deus: Porque o Senhor não me levou também. Porque eles, e não eu? Era para eu estar ali com eles! Depois de muito sofrer e sem entender o porquê disso tudo, no momento do enterro veio uma luz no meu coração: Filho, hoje você não vai entender o porquê eu escolhi que ficasse, mais, te garanto, futuramente você vai entender. Eu silenciei e guardei essas palavras em meu coração. Essa foi uma das maiores dores que senti em toda minha vida – ver quatro amigos que você tanto ama dentro de um caixão. Tive de perder as minhas seguranças para poder entender o que o Senhor tinha preparado para mim.

ao assistir uma palestra de seu fundador Pe. Roberto. A forma como ele falava de Jesus me atraiu para perto de Jesus Eucarístico. Quando conheci a casa da Toca em Brasília algo mudou dentro de mim. Não queria saber de outra coisa – só adorar e ficar com os pobres. A adoração foi o sustento de minha vocação. Comecei a querer participar da Missa e adorar Jesus no Santíssimo todos os dias. Não conseguia ficar mais sem o Corpo e Sangue de Cristo. Terminei o namoro e senti o chamado para vida consagrada – o carisma me atraiu. Pedi demissão do trabalho e comecei a dar as roupas. E quando me dei conta estava viajando para morar em Londrina Paraná. Deixei tudo o que eu tinha: casa, família, namorada, amigos, emprego e fui morar com os pequenos, com os irmãos de rua e alguns religiosos. Ali, descobri que, de fato, o Senhor Jesus tinha preparado algo para mim. Quantas graças vivi nesse tempo de Toca de Assis. Poder cuidar das feridas dos pobres, dar banho, lavar suas roupas, ouvi-los e ama-los. Isso era a minha maior alegria. Comecei a perceber que o Evangelho de fato é tão vivo e fecundo. Contemplei a graça que São Francisco viveu – cuidar de Jesus nos pobres. O próprio Jesus nos diz: “Pois eu estava com fome, e me destes de comer; estava com sede e me destes de beber; eu era forasteiro e me acolhestes em casa; estava nu e me vestistes... todas as vezes que fizestes isso a um destes pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizerdes”. Quantos irmãos eu tive a graça de tirar das ruas e após alguns dias vê-los recebendo os sacramentos – isso era tudo para mim. Sem falar os que morreram em meus braços. Era a vida que eu queria para o resto de minha vida. Com certeza me sentia o religioso mais feliz do mundo. Mas, a vocação é uma caixinha de surpresa.

Nessa época comecei namorar. Um namoro de quase quatro anos. Tempo de graça e de muito aprendizado. Uma busca por viver a castidade autêntica, até porque comecei a me dedicar inteiramente a Igreja e ao trabalho. Não queria mais sair e me divertir como fazia com os meus amigos. Tudo passou. Percebi que Deus estava me modelando e me mostrando a verdadeira felicidade e ao mesmo tempo preparando o chamado a segui-lo mais de perto. A minha vivência na Igreja, principalmente na RCC, era tão grande que um dia essa minha ex-namorada me disse: desse jeito você vai ser é padre Alexandre. Essa frase me “paralisou” e a tenho o divisor de águas Certo dia em adoração Jesus me falou no em minha vida. mais intimo do coração: “eu te quero e te chamo a águas mais profundas: será Nunca tinha pensado em ser padre na minha sacerdote”. Começou a crise! Não queria vida, mas naquela noite eu pensei e comecei aceitar isso de forma alguma. Pensava a chorar muito. Porém, não entendia nada comigo, quem sou eu, não sou digno de daquilo que estava acontecendo comigo. Já tão grande dom. Lutei, lutei, lutei! Até tinha pensado em ser muitas coisas nessa que não deu mais. Comecei a pedir sinais vida – menos padre. Foi quando, nessa a Deus – e prontamente me deu vários mesma época conheci a comunidade de sinais de confirmação. Fiz um proposito: Aliança Toca de Assis no Gama. Já tinha me vou rezar durante um ano, se for da apaixonado por essa comunidade pela TV, vontade de Deus esse desejo permanece;

Ordenação Sacerdotal de Pe. Carlos Alexandre

se for coisa da minha cabeça passar. Assim aconteceu. Rezei durante um ano nessa intenção, e quanto mais eu rezava mais certeza e confiança eu tinha desse chamado. Decidi falar com o superior da época. Ele me apoiou bastante e me ajudou nesse discernimento. Entrei em contato com o Bispo de Londrina, Dom Albano e, prontamente, me deu todas as orientações acerca do que seria um padre diocesano. Decidi voltar a Brasília e procurar o seminário Maior Nossa Senhora de Fátima. Porém, parecia que tudo ia dar errado, pois os encontros vocacionais já tinham acabado e ninguém mais poderia ingressar nessa turma. Fiquei triste e comecei a questionar a Deus: o Senhor não me chamou, porque então não deu certo? Como sempre as perguntas de quem estava aprendendo a confiar em Deus. Nesse mesmo momento um amigo me disse: vamos ao seminário, vai que o Padre Francisco te atende!? E fui. Chegando ao local do seminário o padre disse que ia me acompanhar, mas que eu só ia entrar daqui a um ano. Veio-me uma tristeza. No entanto, nesse dia o padre tinha um encontro marcado com outra pessoa que não tinha chegado até o presente momento. Foi quando ele perguntou se eu queria adiantar a conversa que ele tinhamarcado para o outro ano. Nesse momento entendi a pedagogia de Deus em nossas vidas. No momento em que eu conversava com o Padre eu clamava o Sangue de Jesus. Veio-me ao coração uma grande confiança. Foi quando ele me disse: eu vejo sinais de vocação em você (ele parecia muito inquieto). Falou que voltava a ligar. Me ligou, e disse: você foi aprovado sem precisar fazer nenhum encontro vocacional. Sem dúvida ação clara da graça de Deus.

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testemunhar que nesses poucos dias de padre já estou entendo tudo que Deus tinha me dito há anos: Filho, hoje você não vai entender o porquê eu escolhi que ficasse, mais, te garanto, futuramente você vai entender. Posso dizer com todo meu coração: Pai, obrigado, pois hoje eu entendi tudo.

Ordenação Sacerdotal de Pe. Carlos Alexandre

Ingressei no seminário em fevereiro de 2007. As palavras que o Senhor tinha me dito na adoração quando estava na Toca de Assis estava se cumprindo – eu te quero sacerdote. Entendi que, de fato, tinha sim o carisma (de adoração e cuidado com os pobres de rua), mas não era a minha vocação de consagrado religioso. Minha vocação é ser padre. Porém, o carisma continua em minha alma. Assim os anos foram passando no seminário e aquilo que parecia tão distante chegou. Vivi muito bem o período de seminário. Mas, algo foi de suma importância nesse tempo; durante os primeiros anos de filosofia eu tive a graça de, quase todos os sábados, a noite toda (das 19h às 6h) ficar com Jesus no Santuário do Santíssimo Sacramento na L2 Sul. Essa experiência com Jesus Sacramentado me acompanhou e me acompanha até hoje. Não consigo viver sem adorar e comungar o meu amado Deus. Até que, o grande dia que Deus tinha preparado para mim chegou. Eu pude escutar essas doces Palavras de Jesus: “Não fostes vos que me escolhestes, eu vos escolhi”. A Igreja aprovou o meu discernimento vocacional e, no dia 10 de agosto de 2013, me ordenei Diácono, com o lema: “Servi ao senhor com alegria” (Sl 99, 2). E, de fato, esse lema foi parte do meu diaconado. Não há maior alegria que servir Jesus e os irmãos.

Ser padre para mim é, de fato, viver o meu lema sacerdotal: “O bom pastor dá a vida por suas ovelhas”. É o que eu mais quero: poder me consumir no altar do Senhor e no altar das ovelhas. Desejo aproveitar cada momento de minha vida de padre: confessando, celebrando, batizando, anunciando, amando. A cada Santa Missa o desejo pelo Céu aumenta. Se o meu desejo em participar todos os dias da Santa Missa era tudo para mim antes de ser padre – imagine hoje que tenho a graça de poder celebrar. Gostaria de partilhar um pedido que fiz a Deus no dia da minha ordenação: o dom da fidelidade até o fim. Quero poder um dia falar como São Paulo: “combati o bom combate”. E como as surpresas de Deus não param, após a ordenação fui designado a uma nova missão em minha vida. Só lembrando que durante o período de seminário, antes da ordenação, passei por diversas Paróquias fazendo pastoral. E, sabia que após a ordenação sacerdotal seria enviado a uma nova Paróquia. Isso aconteceu há um ano. Sabendo da responsabilidade que seria a mim confiado, comecei a rezar nessa intenção e a preparar o caminho que Deus estava reservando.

Mas, a vocação é uma caixinha surpresa

de

Minhas adorações, jejuns, penitências tinham como principal intenção a minha No entanto, o que tanto esperava era, ordenação e futura missão. Aprendi nessa de fato, receber a imposição das mãos caminhada a nunca assumir uma missão do Bispo. Como foi no diaconado sem antes rezar bastante. Preparar-se para aconteceu no presbiterado. A Igreja não ser surpreendido. Muitos sacerdotes, confirmou e marcou a minha ordenação por graça de Deus, tinham o interesse para o dia 28 de junho de 2014. Deus me que eu fosse fazer parte de sua Paróquia. fazia compreender todo meu itinerário Porém, Deus sempre me advertia a não vocacional. Tudo que aconteceu em dar respostas e somente rezar. Foi o que minha vida começou a fazer sentido fiz. Um dia após a ordenação, estava nesse dia. É difícil explicar em palavras conversando com um amigo da Colômbia LEMBRE-SE A SUA DOAÇÃO IMPORTANTE DE EVANGELIZAÇÃO. o que aconteceu nesse dia. ÉMas, posso PARA sobreESTA essaOBRA expectativa em saber para onde DOE R$ 10,00 PARA AJUDAR A COBRIR OS CUSTOS DE PRODUÇÃO DESTA REVISTA.

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eu iria. Eu estava tão feliz e ele também, sobre a possibilidade em ser anunciado a minha nomeação a qualquer momento. No momento em que me despedi do Padre Javier Vergara para ir embora, o Pe. Moacir Anastácio me ligou e me deu a notícia que eu seria seu vigário. Olhei para o Pe. Javier e seus olhos brilharam. Ele me disse: meu filho você vai ser muito feliz – será uma graça de Deus na sua vida. Nesse momento, sem nenhuma dúvida, percebi que era vontade de Deus fazer parte dessa comunidade tão maravilhosa da Paróquia São Pedro. Quando Deus me disse que teria algo muito grande em minha vida eu não entendia. Não entendia! Hoje, estou começando a entender. Deus me salvou para poder salvar muitas outras almas para o Céu. E por isso, o meu lema sacerdotal foi me dado com tanta clareza: “O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (Jo 10, 11). Espero poder escrever muitas páginas nessa vida de sacerdote. Quero, de fato, dar a vida e salvar muitas almas para Deus. E, já posso testemunhar nesses primeiros dias de padre. Tenho visto Deus realizar muitos milagres através do meu sacerdócio. A cada Santa Missa o desejo do Céu aumenta – a cada confissão a sede pelas almas inflama o meu coração. Quero permanecer assim, até a consumação de minha vida. Desejo isso. E sei que conseguirei com a graça de Deus deslumbrar de tantas surpresas que virão. Posso dizer: sou um autêntico espectador, privilegiado, da graça de Deus na vida dos homens e na minha. Assim, como realizou tantas graças na vida dos Apóstolos após o pentecostes, quero poder presenciar através da minha doação e do meu sacerdócio a graça de Deus sendo derramada sobre o povo. Que o Espírito Santo me ajude nessa nova missão e que a Virgem Maria interceda para que eu seja fiel até o fim. Sem a graça de Deus ninguém pode ser santo. Por isso, não cansarei de suplicar ao Espírito Santo os dons e as graças para bem exercer a minha missão. E, quem sabe, daqui a dez anos estarei escrevendo as maravilhas que o Senhor fez por meio do meu ministério. Não sei, só sei que quero viver com todo o meu coração o dia de hoje, porque o Dom do chamado nos reserva grandes surpresas. Que Deus e a Santa Palavra me ajude nisso. Amém.


Estou curada pela graça de Deus

E

u me chamo Ana da Silva Freitas, 62 anos. Quero testemunhar para você, meu irmão e minha irmã, o milagre que as velas de Pentecostes fizeram e continuam fazendo em minha vida. Em Julho de 2012, comecei a sentir dores e inchaço na barriga. O médico pediu vários exames e com os resultados descobri que estava com câncer no útero. O resultado de um outro exame solicitado pelo médico para a contagem do C.A deixou minha família muito preocupada. Até aí eu não sabia que o caso era grave. A contagem do C.A normal é de até 35. O resultado do meu exame deu 1.000. O médico disse para minha irmã que o caso não tinha mais solução. “Vamos ter que fazer uma cirurgia urgente”. Disse o médico Ginecologista.

minha irmã acendeu as Velas de Pentecostes. Quando terminou fui direto para a enfermaria, pois os médicos concluíram que não precisava ir para a UTI. Fiquei uma semana internada e recebi alta no dia 23/08/12. Dois meses depois comecei a fazer quimioterapias, foi quando o médico pediu a segunda contagem do C.A. Para minha surpresa, o resultados que antes tinha dado 1.000, caiu para 39. Na terceira contagem deu 34, na quarta 11,3 e na contagem atual está em 10,3. Com a quimioterapia o meu cabelo caiu todo, fiquei careca, mas fui me recuperando a medida que ia fazendo as sessões.

Para realizar o procedimento, eram necessários vários exames. Minha barriga não parava de inchar e eu sentia muita dor. Descobri que estava com acúmulo de líquido ascítico na barriga, o que me deixava muito desconfortável. Marcamos a cirurgia para o dia 16/08/12. O procedimento durou 3 horas e foi retirado o útero, ovários e 5 litros de líquido ascítico.

Em junho de 2013, ao fazer novos exames, apareceu uma mancha no fígado. Linfonódulos e acúmulo de líquido ascítico apareceu na barriga novamente. Precisei fazer a segunda cirurgia e novamente minha irmã acendeu as Velas de Pentecostes. A cirurgia foi tão bem sucedida que não precisei fazer novas sessões de quimioterapia. Agora preciso fazer acompanhamento por um período de cinco anos. Sou testemunho da misericórdia de Deus e graças a Ele, os médicos disseram que estou curada.

No momento que estava sendo operada,

Obrigada, Jesus!

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Vocações Sacerdotal Vocação não é só chamado é também resposta...

QUAL SERÁ A SUA?

Matrimonial Vida consagrada

Laical O mês de agosto é dedicado às vocações. A cada semana rezamos por uma vocação específica: Sacerdotal, Matrimonial, Vida Consagrada e laical. Você sabe qual é a sua vocação? Não! Nestas três paginas você conhecerá um pouco de cada uma. Descubra qual é a sua e dê a resposta a esse Deus bondoso que te chamou a vida e a alegria de viver a plenitude da santidade.

Vocações, frutos do amor

de Deus

N

o primeiro domingo de agosto dedicamos às vocações sacerdotais. Comemora se ainda as vocações diaconais, e a vocações aos ministérios ordenados. Você sabe o porquê dessa comemoração? Deve se ao fato de celebramos em 4 de agosto o dia de São João Maria Vianney, o Cura D’Ars, patrono dos padres e também no dia 10 de agosto, o dia de São Lourenço, patrono dos diáconos. Mas, o que é a vocação sacerdotal? Na exortação apostólica pós-sinodal, o Santo Papa João Paulo II escreve ao episcopado ao clero e aos fieis sobre a formação dos sacerdotes nas circunstâncias atuais. No capitulo III onde ele fala da vida espiritual do sacerdote, ele diz que a vocação sacerdotal é “específica” à santidade. “O Espírito do Senhor está sobre mim” (Lc 4, 18). O Espírito não está simplesmente “sobre” o Messias, mas “enche-o”, penetra-o, atinge-o no seu ser

e operar. De fato, o Espírito é o princípio da consagração e da missão do Messias: “por isso me consagrou, e me enviou a anunciar a Boa Nova aos pobres” (Lc 4, 18). Em virtude do Espírito, Jesus pertence total e exclusivamente a Deus, participa da infinita santidade de Deus que O chama, elege e envia. Assim o Espírito do Senhor se revela fonte de santidade e apelo à santificação. Este mesmo “Espírito do Senhor” está “sobre” a totalidade do Povo de Deus, que é constituído como povo “consagrado” a Deus e por Deus “enviado” para o anúncio do Evangelho que salva. Os membros do Povo de Deus estão “inebriados” e “assinalados” pelo Espírito (cf. 1 Cor 12, 13; 2 Cor 1, 2122; Ef 1, 13; 4, 3), e chamados à santidade. Em particular, o Espírito revela-nos e nos comunica a vocação fundamental que o Pai desde a eternidade dirige a todos:

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a vocação a ser “santos e imaculados na sua presença na caridade”, em virtude da predestinação para “sermos seus filhos adotivos por obra de Jesus Cristo” (Ef 1, 4-5). Revelando e comunicandonos esta vocação, o Espírito se torna em nós princípio e garantia da sua própria realização; Ele, o Espírito do Filho (cf. Gal 4, 6), conforma-nos a Jesus Cristo e nos torna participantes da sua vida filial, ou seja, do seu amor ao Pai e aos irmãos. “Se vivemos do Espírito, caminhemos segundo o Espírito” (Gal 5, 25). Com estas palavras, o apóstolo Paulo recorda-nos que a existência cristã é “vida espiritual”, quer dizer, vida animada e guiada pelo Espírito em ordem à santidade e à perfeição da caridade. A afirmação do Concílio: “Todos os fiéis de qualquer estado ou condição são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade” (40) encontra particular


aplicação no caso dos presbíteros: estes são chamados não só enquanto batizados, mas também e especificamente enquanto presbíteros, ou seja, por um título novo e de um modo original, derivado do sacramento da Ordem.

aos outros que se faz serviço recíproco, no contexto duma vida eclesial autêntica. Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si. A vocação brota do coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno.

O Concílio afirma, antes de mais, a vocação “comum” à santidade. Esta vocação radica-se no Batismo, que caracteriza o presbítero como um “fiel” (christifidelis), como “irmão entre irmãos” inserido e unido com o Povo de Deus, na alegria de partilhar os dons da salvação (cf. Ef 4, 4-6) e no compromisso comum de caminhar “segundo o Espírito”, seguindo o único Mestre e Senhor. Recordemos o célebre dito de Santo Agostinho: “Para vós sou Bispo, convosco sou cristão. Aquele é o nome de um cargo assumido, este de graça; aquele é um nome de perigo, este um nome de salvação” (42).

O reitor do Seminário Maior São José – Ano Propedêutico, padre Cícero Lima que explicou o que é a vocação em sua essência na editoria ‘Entrevista’ desta edição, continua sua explanação e fala sobre a vocação sacerdotal: “Como refletia o Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, um documento da Igreja recém lançado sobre a “alegria do evangelho”, devemos transparecer essa alegria de ser de Deus, porque é o Espírito Divino nos movendo em nossos trajetos e nos fazendo progredir em nossa caminhada. “Por isso, deve-se lutar contra as propostas do mundo atual com suas ‘ofertas de consumo’, fazendo o homem se afogar numa tristeza individualista, que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada dos prazeres superficiais, da consciência isolada. Já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem” Alguém triste é um desastre. Imagine um padre ou um(a) religioso(a) que não transparece a alegria de ser de Deus; é alguém que, ao invés de animar, vai desanimar os outros. O que o mundo vai pensar? Não há nada de novo nessa proposta. Existem tantas falsas alegrias, então, porque não continuar com elas? Não existe uma alegria duradoura. Ao contrário, a alegria do evangelho, a alegria da vida de Deus em nós, é uma chama, como uma vela que queima. Devo transparecer ao mundo essa luz que é Divina, é Deus.”

Com a mesma clareza, o texto conciliar fala também de uma vocação “específica” à santidade, mais precisamente de uma vocação que se fundamenta no sacramento da Ordem, na qualidade de sacramento próprio e específico do sacerdote, portanto por força de uma nova consagração a Deus mediante a ordenação. A esta vocação específica alude ainda o mesmo Santo Agostinho, quando à afirmação “para vós sou Bispo, convosco sou cristão” acrescenta as seguintes palavras: “Se, portanto, é para mim causa de maior alegria o ter sido resgatado convosco do que o ter sido posto à vossa frente, seguindo o mandato do Senhor, dedicar-me-ei com o máximo empenho a servir-vos, para não me tornar ingrato com Quem me resgatou por aquele preço que me fez servidor vosso e convosco” (43) Vocação é um chamado Divino a espera de uma resposta humana. É o fruto do amor de Deus. Nas palavras do Papa Francisco em sua mensagem por ocasião do dia mundial das orações pelas vocações em maio de 2014, ele disse: “Far-vos-á bem participar, confiadamente, num caminho comunitário que saiba despertar em vós e ao vosso redor as melhores energias. A vocação é um fruto que amadurece no terreno bem cultivado do amor uns

A vocação sacerdotal “É um ministério, um sacramento que a pessoa recebe para o serviço do reino. Então, sou padre para o outro, para que Jesus continue, através desse sacerdócio em mim, a realizar aquilo que são os seus desejos, os seus milagres, os seus dons, a sua vida em nós. Realmente, o sacerdócio é Cristo no homem. É também o sacrifício desse Cristo nessa pessoa, que é convidada a configurar-se com Ele. Por isso, sua vida também é sacrifício, é

entrega, pois está se dando, renunciando, inclusive, a si mesmo. Ele derrama a sua vida pelo outro para que Deus continue derramando a sua misericórdia na humanidade. Ao mesmo tempo, se participa do sacrifício de Cristo, também participa do mistério da redenção. Então, o sacerdote tem essa oportunidade e participa dessas duas dimensões da vida de Cristo e é feliz, pois se trata de uma vida bem aventurada: viver pelo reino. É intrínseco ao sacerdócio ministerial a configuração com Cristo. Logo, mesmo não realizando votos, o padre é chamado à perfeição, tendo em vista que sua vida deve exalar esta santidade de Cristo. O Bom Pastor dá a vida por suas ovelhas (Jo 10, 11). O padre vive o sacrifício de si para a santificação de seu rebanho. Os padres que não pertencem a uma família religiosa, mas tem o presbitério diocesano como seu lugar de fraternidade, disponível a uma igreja local, unido ao seu Bispo, sucessor dos apóstolos, que é sinal de Cristo cabeça, são chamados habitualmente de padres seculares (ou diocesanos), como eu, o padre Moacir Anastácio, o padre Carlos Alexandre entre tantos outros. Somos padres diocesanos da Arquidiocese de Brasília, a serviço deste povo, pequena parcela desta abrangente Igreja, que é universal.” Vocação Matrimonial No segundo domingo celebramos o dia dos pais, recordamos, então, o chamado a gerar vida, a continuar com a obra criadora de Deus. Ser pai e ser mãe, constituir família, assumir um estado de vida na Igreja. Inicia-se nesta data, com o tema: A espiritualidade cristã na família: Um casamento que dá certo, a Semana Nacional da Família 2014, que será realizada nas dioceses de todo o Brasil, de 10 a 16 de agosto. Mas o que é uma vocação matrimonial? De acordo com o nosso Santo padre Papa Francisco quando falava aos jovens da Úmbria em Assis respondendo a pergunta de um jovem casal “É uma verdadeira vocação, assim como o sacerdócio e a vida religiosa. Dois cristãos que se casam reconheceram em sua história de amor o chamado do Senhor, a vocação a se tornarem de dois, homem e mulher, uma só carne, uma só vida. O Sacramento

Revista Renascidos em Pentecostes - Agosto 2012 | 15 Revista Renascidos em Pentecostes 15


do Matrimônio envolve esse amor com a graça de Deus, enraíza essa união no próprio Deus.” Na ocasião, o papa Francisco convidou a não ter medo de fazer escolhas definitivas na vida, como o matrimônio. “Confiem no Senhor e deixem que Ele entre em suas casas como uma pessoa de família. A família é a vocação que Deus inscreveu na natureza do homem e da mulher”. Compromisso, fidelidade, sobretudo a perseverança são exigências da vida conjugal, assim como também nas outras vocações.

nós. A relação com Deus não se refere unicamente a uma parte de nós mesmos, mas diz respeito a tudo. É um amor tão grande, tão bonito, tão verdadeiro, que merece tudo e merece toda a nossa confiança. E gostaria de vos dizer algo de modo vigoroso, especialmente hoje: a virgindade pelo Reino de Deus não é um “não”, mas um “sim”! Sem dúvida, exige a renúncia a um vínculo conjugal e a uma família, mas na base encontra-se o “sim”, como resposta ao “sim” total de Cristo a nós, e este “sim”torna-nos fecundos.

Continuando com os ensinamentos do Papa Francisco em sua catequese falando sobre o sacramento do Matrimônio ele diz: “Este sacramento nos conduz ao coração do desígnio de Deus, que é um desígnio de aliança com o seu povo, com todos nós, um desígnio de comunhão. No início do Livro do Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, no ápice do relato da criação se diz: “Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e mulher... Por isto o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne” (Gen 1, 27; 2, 24). Para o papa, o casal matrimonial é imagem de Deus como pontua: “o homem e a mulher; não somente o homem, não somente a mulher, mas todos os dois. Esta é a imagem de Deus: o amor, a aliança de Deus conosco é representada naquela aliança entre o homem e a mulher. E isto é muito belo! Fomos criados para amar, como reflexo de Deus e do seu amor. E na união conjugal, o homem e a mulher realizam esta vocação no sinal da reciprocidade e da comunhão de vida plena e definitiva.”

Padre Cícero Lima, também fala sobre vocação à vida consagrada e a vocação laical.

Falando da vida consagrada o Pontífice nos ensina: “Na origem de cada vocação à vida consagrada há sempre uma forte experiência de Deus, uma experiência que não esquecemos, que recordamos durante a vida inteira! Foi a que Francisco teve. E isto não o podemos calcular, nem programar. Deus surpreendenos sempre! É Deus que chama, mas é importante ter uma relação quotidiana com Ele, ouvi-lo em silêncio diante do Tabernáculo e no íntimo de nós mesmos, falar-lhe, receber os Sacramentos. Manter esta relação familiar com o Senhor é como deixar aberta a janela da nossa vida, a fim de que Ele nos faça ouvir a sua voz, o que Ele deseja de

A vida consagrada “É uma doação total a Deus diante desse chamado: vem e segue- me! (Mt 19,21). Vinde a Mim todos vós! (Mt 11,28). Claro que é uma entrega total, radical, sobretudo, assumindo aquilo que é a vivência dos conselhos evangélicos, fazendo votos públicos de pobreza, de obediência e de castidade, para, de forma radical, ser todo de Deus para a Igreja, conforme aquilo o que Ele pede. Querer ser para o outro. Seu ser é derramamento; derramar seu ser para servir e amar a todos num vínculo mais evangélico e sublime; e amar de forma mais perfeita, elevada, transcendente. Geralmente, os consagrados como religiosos(as) vivem em comunidade, sob um carisma específico de um(a) fundador(a) de tal família, instituto, fraternidade, congregação ou ordem religiosa. As freiras e frades moram nos seus devidos conventos ou casas de formação. E também, de acordo com a necessidade, existem frades que são ordenados padres (religiosos) para o serviço da Igreja.” Vocação Laical “O leigo seja na sua casa, no trabalho, no mundo ou aquele que vive uma especial consagração, no caso das novas comunidades, são chamados a serem sal e luz para a santificação do mundo. O leigo, diante daquilo que foi a proposta do Espírito Santo no Concílio Vaticano II, teve mais respaldo, mais espaço e mais apoio diante da sua identidade para que, com a Igreja, pudesse melhor responder esse chamado Divino. A vida em comunidade é uma vocação de leigos

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que são pequenos focos dessa luz divina; e diante de um carisma, revigoram a fé e se abastecem diariamente de Deus, vivendo Pag. 14 >>de forma fraterna, partilhando seus dons em vista dessa ordinária santificação do mundo. Realmente, tratase de estar no mundo entre os outros no trabalho, sobretudo, na vida cotidiana. No sentido otimista, o mundo é, por enquanto, o lar da humanidade. Por isso, o leigo é, de forma muito especial, chamado a harmonizar este lar e não deixá-lo imerso numa escuridão. O leigo deve ser luz do mundo e no mundo, não fora dele. O leigo não é um religioso que precisa usar hábito ou algum traje para diferenciar-se dos demais, porque ele não está separado da vida cotidiana do mundo. O seu testemunho deve ser o seu maior sinal”, explica o sacerdote. Na vocação laical, padre Cícero ainda fala um pouco mais sobre as novas comunidades. “Os pontos essenciais nas novas comunidades é a vivência fraterna, vida de comunhão, e forte espiritualidade. Precisam ter uma identidade firme e autêntica, de acordo com o carisma do fundador, mas, mais ainda, com a clareza do Evangelho. Deve- se valorizar a formação, aprofundando a fé. Conhecer aquilo que se crê para melhor crer e melhor servir a Igreja em cada apostolado ou ministério. A fraternidade dentro de uma comunidade propicia, a cada um, o ser irmão. Não basta estar juntos, mas sim partilhar. Assim, era e é a Igreja. Partilhar não só os bens, mas a vida, estar com o outro, caminhar com o outro em meio as suas dores e também as suas alegrias. Fazerse um com o outro, é ser comunhão. Ser irmão não significa só estar perto, mas sim conhecer o outro, chorar com o outro, carregar sua cruz. Já que desejam o mesmo objetivo e o mesmo fim, que é Deus, juntos caminharem na mesma direção. Não há como ser fraternidade se não na alegria, celebrando-a todo dia, seja na eucaristia, nos sacramentos, na acolhida, no trabalho, no apostolado, na convivência, no bom lazer, no entretenimento, pois tudo isso faz parte da nossa humanidade. Da redação, com informações dos documentos do Vaticano

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MISSÃO RP

Excursão

RENASCIDOS EM

PENTECOSTES

A Comunidade Renascidos em Pentecostes fará pelo segundo ano seguido sua viagem para o Santuário Nacional de Aparecida para participar das celebrações que comemoram o dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Com saída confirmada para o dia 10 de outubro, vamos em rumo a cidade de Aparecida no interior de São Paulo no Vale do Paraíba, onde corre um rio que há 296 anos foi onde encontraram a imagem de Nossa Senhora Aparecida na segunda quinzena de outubro de 1717. Três pescadores motivados pela necessidade econômica e histórica, pois receberiam em sua cidade Dom Pedro de Alcântara, conde de Assumar e governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, saíram para pescar num período em que a pescaria não estava na sua melhor época, nem estava na temporada de pesca e na verdade nesse dia a primeira coisa que pegaram em sua rede foi uma imagem quebrada na altura do pescoço, ao lançar as redes novamente acharam a cabeça da mesma imagem. Juntaram as duas peças e viram que formava a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Os três pescadores, Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso, eram católicos zelosos e mesmo antes de encontrar a imagem pediam a intercessão de Maria Santíssima para terem sucesso em sua pescaria. Após acharem a imagem, a pescaria, que até então havia sido infrutífera, se tornou o 1o milagre conhecido pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, pois pescaram tantos peixes que tiveram que voltar ao porto com a ameaça da embarcação afundar. A Santa representação da Mãe de Deus, de cor terracota, feita de argila, cor de pele negra, com discreto sorriso nos lábios e com covinhas na bochecha passou a ser chamada sob o título de Aparecida devido à forma que foi encontrada. Desde começaram a rezar diante da imagem iniciando assim a devoção popular entre os pescadores e moradores daquela região, e, como de se esperar, a notícia da pesca milagrosa se espalhou muito rápido atraindo mais fieis de Nossa Senhora buscando sua intercessão Junto a Deus Nosso Senhor. Após a imagem peregrinar de casa em casa houve a necessidade de construir uma capelinha, pois as casas já não suportavam a quantidade de fiéis que iam em busca de milagres, pois sim! Já lhe eram atribuídos muitos milagres! Trata-se de uma história muito rica de detalhes e de profunda presença de Deus por intercessão de Nossa Mãe Santíssima, a cada pesquisa que se faz vemos a proximidade e o zelo de Nossa Senhora com todos nós. E é dentro dessa riqueza histórica e esse chamado da Mãe de Deus, que vamos com toda a fé até Aparecida do Norte, como os primeiros romeiros, depositar nossa confiança com fé nas Mãos puras de Maria! Nós da Comunidade Renascidos em Pentecostes temos a grande graça de termos como cofundadora espiritual Nossa Senhora Aparecida. Quando a comunidade foi inspirada no coração do Padre Moacir Nossa Senhora já cuidava para que a comunidade recebesse as bênçãos do Pai, e que caminhasse conforme sua vontade. Na nossa espiritualidade a presença de Maria é muito forte e constante, e é essa espiritualidade que queremos passar durante a viagem. A todos vocês irmãos renascidos, que se sentem chamados a participar ou conhecer um pouco mais da

“Visitar a Casa da Mãe Aparecida deve ser um momento de celebração onde, através das Mãos da Senhora Aparecida, os fiéis devotos vão ao encontro de seu filho Jesus.” nossa comunidade e do carisma sinta-se convidado a vir conosco visitar a Mãe Santíssima, preparamos com muito carinho uma programação para que você, durante o tempo da viagem sinta e viva o carisma Renascido em Pentecostes! Não deixe de visitar: A Sala das Promessas ou ‘Sala dos Milagres’ Nesse espaço é possível conhecer um pouco sobre a força da fé dos devotos de Nossa Senhora Aparecida. Capela da Velas Por ser uma prática muito utilizada pelos fiéis, foi construído, dentro do Santuário, um espaço especial, com suportes próprios para o acendimento das velas em agradecimento pelas graças alcançadas. A Rosa de Ouro Presentes dos Papas Paulo Vl e Bento XVl que encontram-se na Exposição ‘Rainha do Céu, Mãe dos Homens: Aparecida do Brasil’, no Museu Nossa Senhora Aparecida, no 1o andar da Torre Brasília. Feira Livre Localizada nos arredores do Santuário Nacional, a Feira de Aparecida é atrativo à parte na cidade, onde se pode encontrar de tudo um pouco, de artigos religiosos a lembranças do município. Mirante das Pedras Localizado no caminho do Porto Itaguaçu, possibilita a contemplação da várzea onde corre o Rio Paraíba do Sul e, ao longe, a Serra da Mantiqueira. Sairemos da frente da nossa Paróquia as 18hs do dia 10 de outubro com retorno dia 14;Para valores e formas de pagamento procure-nos na banca da revista, na secretária ou na nossa livraria, estamos a disposição para tirar suas dúvidas. Informações: 61 3352 -5425 Por Jerry Lewis

Revista Renascidos em Pentecostes - Agosto 2012 | 1717 Revista Renascidos em Pentecostes


V n

I

rmãos, a Paz de Cristo esteja em vossos corações. Ainda perplexos e cheios do amor de Deus derramado em Pentecostes, podemos ver o que o Senhor fez em nosso meio: libertações, curas milagres e prodígios aconteceram. O Pai do céu mais uma fez cumpriu a Sua promessa e derramou sobre nós o Espírito Santo. O Mesmo que desceu sobre a Virgem Maria e os Apóstolos a mais de dois mil anos.E esta é, sem dúvida, a missão que o Senhor nos confiou; animar aqueles que estão nas trevas, no pecado, na lama e incentivá-los a subir a escada que nos leva em direção ao Cristo Redentor, em direção a sua luz poderosa, que nos chama a viver uma vida nova. E para continuarmos realizando nossa missão, a Comunidade Renascidos em Pentecostes realizará o III Seminário de Vida no Espírito Santo que acontecerá em três fases. E você é o nosso convidado especial. O evento se estende ao longo do dia, dispondo de toda assistência para alimentação. Todas as Pessoas podem participar: jovens, adultos e idosos. O participante poderá optar em se inscrever para as três fases ou para qualquer uma das fases, separadamente. As inscrições são feitas em horário

comercial na Paróquia São Pedro e após as Celebrações, semanalmente, até o dia 17/08. O valor da inscrição, referente aos gastos com alimentação, “ajuda de custo” aos pregadores e demais despesas necessárias, pode ser parcelado em até três vezes no cartão.

Local: Centro de Evangelização Renascidos em Pentecostes na Avenida Núcleo Rural Alexandre Gusmão, modelo 369 chácara 379, próximo ao Centro Esportivo Gol de Placa na BR 070, Brasília- DF no Setor O, próximo ao Terminal.

Contaremos com uma intensa programação iniciando a partir das 8h, sempre aos domingos. Teremos a presença do nosso Fundador - Padre Moacir Anastácio, Padre Vanilson Silva (Exorcista da Arquidiocese de Brasília), Padre Carlos Alexandre (Vigário da Paróquia São Pedro), Frei Josué Pereira – OFM, Frei Hoslan Guedes – OFM, Toninho – RCC, Kédna – RCC, Simonete – RCC, Carmem Lúcia – RCC e muitos outros.

Falar sobre a experiência de fazer Seminário de vida é algo muito bom. Fiz o meu primeiro Seminário no ano de 2013. Naqueles dias eu me desfiz de mim mesmo para ouvir a voz de Deus. Foi a experiência mais tocante que já vivi, só quem prova deste maná pode descrever o quanto Deus pode transformar a vida de uma Pessoa. Por isso, não importa a situação em que hoje você se encontra. Aceite este convite e testemunhe o quanto Deus é maravilhoso. Por Denner Carvalho

www.renascidosempentecostes.com.br

Seminário de Vida no Espírito Santo

O Espírito Santo não é derramado para causar uma emoção, e sim, uma revolução em nosso interior.

EU VOU

Informações: 61 3352.5425

1º Fase

De 24 de ago à 07 de set

2º Fase

3º Fase

De 14 à 28 de setembro De 19 de out à 09 de nov

Local:

Adesivos #Euvou Seminário de vida. Adquira o seu! LEMBRE-SE A SUA DOAÇÃO É IMPORTANTE PARA ESTA OBRA DE EVANGELIZAÇÃO. DOE R$ 10,00 PARA AJUDAR A COBRIR OS CUSTOS DE PRODUÇÃO DESTA REVISTA.

Renascidos em Pentecostes 18 | Revista Renascidos em Pentecostes - Agosto 2012 18Revista


Você também pode ajudar nesta obra do Senhor!

Construindo o Centro de Evangelização

O

Centro de Evangelização está sendo construído na Avenida Núcleo Rural Alexandre Gusmão, modelo 369 chácara 379, próximo ao Centro Esportivo Gol de Placa na BR 070, Brasília- DF. O fundador da Comunidade Renascidos em Pentecostes, Padre Moacir Anastácio conta: “Rezando de madrugada eu dizia para o Senhor: Aonde vou levar essa comunidade? E Deus me mandava comprar uma chácara para construir a sede dos Renascidos em Pentecostes. Procurei um padre amigo e ele me apresentou imediatamente um senhor que me dizia que tinha um ótimo terreno à venda”. No dia seguinte, o sacerdote foi visitar o local e deparou com um cerrado. “Um local maravilhoso extremamente lindo e senti a presença forte de Nossa Senhora Aparecida que me dizia que eu deveria comprar aquele local”, relata o padre, que luta há seis anos para construir o Centro de Evangelização. “Alí deve ser sempre a sede dos Renascidos porque foi da vontade de Deus e revelação de Deus. Comprando

aquele terreno eu colocava no nome da Arquidiocese de Brasília para que ele nunca deixasse de ser da igreja. Deve ser usado pelos Renascidos em Pentecostes, mas será sempre da igreja, a serviço da igreja”, afirma padre Moacir Anastácio.

Os Papas O Centro de Evangelização tem nas paredes as pinturas de todos os papas desde Pedro a Bento XVI. No mês de julho de 2012, Pe. Moacir pediu para sua secretária Roselene Santos para ligar para Neli de Melo que já havia feito várias outras pinturas para ele. Pediu que a pintora fosse ao Centro de Evangelização: “Ele me mostrou as paredes onde ele queria que eu pintasse os papas. Fiquei sem palavras. No primeiro momento pensei que não iria dar conta porque nunca havia pintado em andaimes. Eu já tinha ido ao Centro de Evangelização antes de pintar, mas quando fui com o Padre Moacir, eu senti que eu tinha uma missão muito grande, mas fiquei com medo de

tanta responsabilidade. Deus já tinha um propósito para mim e com o padre brigando comigo me deu mais forças. O padre briga até hoje ele é fantástico e verdadeiro para falar as coisas. Tem pessoas que acha ele chato por ser assim, mas acho que isso é uma grande qualidade dele. Ele me fez crescer espiritualmente, e na maneira de ver a arte religiosa, a ver que não é todo mundo que faz essa arte maravilhosa, tem que ter muito amor por esse trabalho e respeito pelas Imagens. Quando brigava comigo dizia que os papas não estavam bons que estavam muito feios que precisava aprender a pintar. Ele quase nunca elogiava e sempre dizia que eu era preguiçosa, que demorava a pintar e isso me fez ter mais coragem e ter mais capricho e com isso, melhorei muito, e hoje cada desenho e pintura eu faço é com mais segurança, amor e confiança. A artista Neli de Melo, 46 anos, mora em Taguatinga

Renascidos em Pentecostes Revista Renascidos em Revista Pentecostes - Agosto 2012 19 | 19


Sul, é natural de Pirenópolis, Goiás. Conheceu o padre Moacir Anastácio num momento difícil de sua vida através de uma amiga que a levou para conhecer a Missa de Cura celebrada nas quintas-feiras na Paróquia São Pedro. Um dia precisando trabalhar, Neli Melo que fazia desenhos nas escolinhas infantis, mas encontrandose num momento muito difícil, precisava mais do que nunca trabalhar porque tinha duas filhas para sustentar sozinha. Não podia contar com ninguém e o exmarido estava sem trabalhar foi até a Paróquia São Pedro saber se o padre Moacir não estava precisando de pinturas religiosas. “Mas ele nem falou comigo direito, passou correndo com pressa e quando perguntei a ele, me olhou e me disse não, agora não”, relata a pintora. O ‘não’ do padre não foi motivo de desistência para Neli. “Não desisti. Sempre passava por lá durante o dia pra ir ao Santíssimo, ai um dia eu estava levando uma pintura que eu fiz pra uma amiga ver. Era um banner do meu primeiro Cristo Ressuscitado. Entrei na igreja pra falar com a Roselene Santos e ele estava na secretaria. Me olhou, e cumprimentou: Então, ele me viu com o desenho enrolado e me perguntou o que era. Abri e mostrei pra ele. Ele perguntou quem tinha feito e então eu disse que tinha sido eu. Ele me perguntou se eu faria um pra ele, respondi que sim. O padre queria um Cristo Ressuscitado que era pra colocar no dia da ressurreição. Me passou o dinheiro do material e fiz a medida era: 3X1,80, era grande. Entreguei pra ele na quinta-feira depois da missa de lava-pés, antes da ressurreição”, lembra a pintora.

feito na madeira e eu não dava conta de cortar. Então ele disse pra eu falar com o Guido que é o marceneiro e também da pastoral e assim ele me ajudou e desenhei o pombo. Depois da madeira cortada, pintei o desenho e ele foi usado em cinco Pentecostes”, conta orgulhosa de sua arte. Outros Trabalhos Depois do primeiro Cristo Ressuscitado que Neli fez, o padre Moacir Anastácio pediu várias outras pinturas como conta: “Antes do Centro de Evangelização eu pintei na Paróquia São Pedro, O Filho Pródigo, a Cura de Bartimeu, Jesus e a multidão e a Anunciação de Maria, fiz vários banners pra igreja, como Jesus Misericordioso, Nossa Senhora das Graças. E agora no Centro de Evangelização vou pintar a Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora Aparecida de 4 metros cada uma, e também um Bom Pastor que vai ser pintado no restaurante”. Agradecimento e aprendizado

Só tenho a gradecer a Deus por me colocar para trabalhar com o padre Moacir, ele me ensinou muito. Percebi que ele é um padre forte que nos ensina a ser o que devemos ser, e a ver que podemos ser melhor do que pensamos. Hoje, posso dizer que sou melhor do que antes e sou mais confiante em mim mesma. Sei que é um desafio muito grande pra mim e uma provação, porque mesmo eu tendo o dom de pintar, é só pra quem tem um amor muito grande pela arte religiosa. Posso afirmar que sou uma nova criatura, vejo que nada é por acaso, agradeço a Deus pela vida do padre Moacir, todos os dias peço a Deus O padre gostou tanto da pintura que por ele que ele seja iluminado a cada dia. perguntou se ela poderia fazer um pombo para colocar em Pentecostes, mas teria Da redação que ser um pombo grande. “Respondi que nunca havia feito assim do jeito que ele queria, porque era um desenho LEMBRE-SE A SUA DOAÇÃO É IMPORTANTE PARA ESTA OBRA DE EVANGELIZAÇÃO. DOE R$ 10,00 PARA AJUDAR A COBRIR OS CUSTOS DE PRODUÇÃO DESTA REVISTA.

Revista RenascidosRenascidos em Pentecostes 20 Pentecostes - Agosto 2012 em 20| Revista


SÉRIE - Exorcismo e oração de libertação parte V apedrejados, e levarão sua culpa”. Lv. 20,27 Não te prostres diante desses deuses, nem os sirvas, porque Eu, Javé teu Deus, sou um Deus ciumento: quando Me odeiam, castigo a culpa dos pais nos filhos, netos e bisnetos; Ex. 20,5.

D

iz a Bíblia, ”Quando entrarem na terra que o Senhor, o seu Deus dá a vocês, não procurem imitar as coisas repugnantes que as nações de lá praticam. Não permitam que se ache alguém no meio de vocês que queime em sacrifício o seu filho ou a sua filha; que pratique adivinhação, ou se dedique à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria ou faça encantamentos; que seja médium, consulte os espíritos ou consulte os mortos. O Senhor tem repugnância por quem pratica essas coisas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, o seu Deus, vai expulsar aquelas nações da presença de vocês”. (Dt. 18, 9-22) Não vos dirijais aos espíritas nem aos adivinhos: não os consulteis, para que não sejais contaminados por eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus. Lv. 19,31 Se alguém se dirigir aos espíritas ou aos adivinhos para fornicar com eles, voltarei meu rosto contra esse homem e o cortarei do meio de seu povo. Lv. 20,6 “Qualquer homem ou mulher que evocar os espíritos ou fizer adivinhações, será morto. Serão

Deus dá-Se a conhecer lembrando a sua ação onipotente, benevolente e libertadora, na história daquele a quem se dirige: “Sou Eu [...] que te tirei da terra do Egito, dessa casa da escravidão” (Dt 5, 6). A primeira palavra encerra o primeiro mandamento da Lei: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás, a Ele servirás [...]. Não ireis atrás de outras divindades” (Dt 6, 13-14). O primeiro apelo e a justa exigência de Deus é que o homem o acolha e o adore. Catecismo 2084.

Deus não cobra dinheiro para fazer o bem e nem devolve o mal para quem o fez

Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas. (II Tm 4,3-4) Os textos bíblicos e o Catecismo da Igreja Católica iluminam nossa

formação. Não se trata de apontar a crença do outro, mas sim, de fundamentar a nossa fé e não se desviar dela. É oportuno o provérbio popular que diz: “cada macaco no seu galho”. Cada crente deve firmar no seu galho. Não me preocupo com a crença do outro, o problema é esse “vai e vem”. Não discuto religião. Religião é experiência mística de cada pessoa. Não concordo com proselitismo e nem com o misticismo. Se alguém diz que crer no cavalo eu pergunto: você é feliz, realiza os anseios de sua alma? Se sim. Tudo bem. Mas não me venha dizer que estou equivocado na minha crença. Os textos falam por si, mas chama atenção para esse movimento de “vai e vem” que é prejudicial ao equilíbrio espiritual da pessoa. Que sejamos racionais! Deus não cobra dinheiro para fazer o bem e nem devolve o mal para quem o fez. Já atendi pessoas que ficaram em situação desesperadora por terem acreditado e deram somas altas em dinheiro para se libertarem de um malefício. Não houve resultado. Em pleno século XXI as pessoas ainda acreditam em papai Noel. Em nome da liberdade religiosa, não se ensina mais a verdade. A Igreja não ensina mais essas verdades. Tem até “ministros do culto” fumando charuto e tomando chá de ervas consagradas. E crente dizendo que não vê mal nenhum em ser católico e frequentar outros rituais. Existe um provérbio satânico entre os católicos que diz: “A Igreja Católica é a única Igreja que permite tudo”. Como diz o jornalista “durma com um barulho desse!”

Revista Renascidos em Pentecostes - Agosto 2012 | 21


FORMAÇÃO

SÉRIE

CAMINHAR COM DEUS

PARTE V

Pecado e Salvação Nesta oportunidade de continuação da caminhada com Deus, nesse curso de revisão do conteúdo do Seminário de Vida no Espírito Santo, quisemos inovar a linguagem, abordando, na ocasião litúrgica em que vivemos, o pecado e a salvação. Nesse tempo de transbordamento da alegria pascal, tão ovacionado até pelas leituras nas Missas, é muito positivo ressaltar que todos nós, sem nenhuma exceção, viemos a este mundo marcados pelo pecado original, protagonizado pelos nossos primeiros pais chamados Adão e Eva. Nascemos, portanto, com a marca do pecado. E alguém poderia nos indagar, mas como que um recém nascido pode cometer um pecado? A resposta dessa pergunta está em Romanos 5, 12 a 20: Por isso, como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todo o gênero humano, porque todos pecaram... De fato, até a lei o mal estava no mundo. Mas o mal não é imputado quando não há lei. No entanto, desde Adão até Moisés reinou a morte, mesmo sobre aqueles que não pecaram à imitação da transgressão de Adão (o qual é figura do que havia de vir). Mas, com o dom gratuito, não se dá o mesmo que com a falta. Pois se a falta de um só causou a morte de todos os outros, com muito mais razão o dom de Deus e o benefício da graça obtida por um só homem, Jesus Cristo, foram concedidos copiosamente a todos. Nem aconteceu com o dom o mesmo que com as consequências do pecado de um só: a falta de um só teve por consequência um veredicto de condenação, ao passo que, depois de muitas ofensas, o dom da graça atrai um juízo de justificação. Se pelo pecado de um só homem reinou a morte (por esse único homem), muito mais aqueles que receberam a abundância da graça e o dom da justiça reinarão na vida por um só, que é Jesus Cristo! Portanto, como pelo pecado de um só a condenação se estendeu a todos os homens, assim por um único ato de justiça recebem todos os homens a justificação que dá a vida. Assim como pela desobediência de um só homem foram todos constituídos pecadores, assim pela obediência de um só todos se tornarão justos. Sobreveio a lei para que abundasse o pecado. Mas onde abundou o pecado, superabundou a graça.

À

luz da palavra de Deus, vemos com mais clareza o que é pecado e o que é salvação. Façamos, então, nela, algumas pontuações ilustrativas que possam nos permitir uma melhor compreensão textual:

capaz de tirar a nossa liberdade, nossos bens, nossa dignidade ou quiçá até a nossa própria vida. No entanto, com a nova lei do registro zero tudo será apagado, inclusive o meu eu.

Há dentro de nós a tendência ao pecado, Imagine que o governo baixe um decreto, um vício de origem. Eu diria, trazendo cuja lei indique que a partir daquela data para a linguagem do direito. Por conta todos os nossos documentos de cidadãos de Adão, o pecado como que intoxicou, estão cancelados e somente os que forem melhor dizendo, infeccionou todo o nas repartições públicas, previamente nosso ser humano. Mas, por absoluta definidas, com fito de se recadastrar misericórdia de Deus, o Pai constituiu é que serão considerados “vivos”, Jesus Cristo como nosso Senhor e portanto, beneficiários de toda proteção Salvador, o remédio para a nossa alma estatal. Faça acrescentar neste raciocínio e foi Ele próprio quem disse: “Como a hipótese de que inclusive os nossos o médico veio para os doentes, eu vim maus registros também serão cancelados para os pecadores.” e totalmente apagados dos arquivos públicos e isso valerá para uma simples Os fariseus e os seus escribas puseram-se nota vermelha num boletim escolar a criticar e a perguntar aos discípulos: Por infantil, até uma severa multa de trânsito, que comeis e bebeis com os publicanos uma infração penal, uma arbitrariedade e pessoas de má vida? Respondeu-lhes qualquer, um crime fiscal ou ainda um Jesus: Não são os homens de boa saúde LEMBRE-SE SUA DOAÇÃO IMPORTANTE OBRA DEdeEVANGELIZAÇÃO. que ESTA necessitam médico, mas sim os processo maisA denso e sérioÉcontra nós, PARA DOE R$ 10,00 PARA AJUDAR A COBRIR OS CUSTOS DE PRODUÇÃO DESTA REVISTA.

Revista Renascidos em Pentecostes 22 | Revista Renascidos em Pentecostes - Agosto 2012 22

enfermos. Não vim chamar à conversão os justos, mas sim os pecadores”. (Lc 5, 30-32) Neste gesto do mais puro amor, Deus nos permitiu obter em Cristo o nosso ser divino, ou seja, derramou em nós o seu Espírito, pelo batismo, fazendo de nós seus filhos e possibilitou, a cada um de nós, sermos gerado de novo, em Jesus, como podemos ver em Ezequiel 36, 24 a 28. Em Cristo, adquirimos uma nova natureza. Uma nova possibilidade, uma carta de alforria, a liberdade plena e definitiva. Com o pecado de Adão, resultante da desobediência a Deus, as consequências de seus atos vieram até nós, pela via da morte, da doença, da corrupção, das concupiscências, do mal, mas com a entrega de Cristo Jesus na cruz por nós, toda sentença contra nós foi rasgada. Vejamos o que Deus nos fala a respeito no livro de Sofonias: 14 Solta gritos de alegria, filha de Sião! Solta gritos de júbilo, ó Israel! Alegra-te e rejubila-te de


todo o teu coração, filha de Jerusalém! 15 O Senhor revogou a sentença pronunciada contra ti, e afastou o teu inimigo. O rei de Israel, que é o Senhor, está no meio de ti; não conhecerás mais a desgraça. 16 Naquele dia, dirse-á em Jerusalém: Não temas, Sião! Não se enfraqueçam os teus braços! 17 O Senhor teu Deus está no meio de ti como herói Salvador! Ele anda em transportes de alegria por causa de ti, e te renova seu amor. Ele exulta de alegria a teu respeito 18 como num dia de festa. Suprimirei os que te feriram, tirarei a vergonha que pesa sobre ti.

em tudo por devermos a Ele, unicamente a Ele, toda salvação e o livramento de uma condenação eterna, pois, por suas chagas fomos curados. “Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas.

Quando Adão pecou mereceu para todos nós, a perda da nossa cidadania celeste. Ficamos como que apátrida, ou seja, uma grande ruptura se fez, estávamos dentro do paraíso, gozávamos do Jardim do Éden, desfrutávamos do paraíso, mas, pela desastrosa desobediência de Adão e Eva, ficamos, em relação ao céu, desterrados. Até que Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida, resgatou nossa cidadania celestial no poder do seu sangue.

Devo perseverar muito, com muita fé e com um desejo profundo de mudança de vida, diariamente.

Ocorre que, ao contrário de Adão, cujo ato maléfico nos atingiu, veio atrás de nós. Com Cristo Jesus, nós é que devemos ir atrás Dele. Surgiu uma nova lei, uma nova economia, um novo decreto e todos, que haviam perdido o nome, a dignidade, a esperança, a pátria e a liberdade, tem agora um prazo, uma data definida e um lugar único pra serem justificados e receberem uma nova vida abundante, eterna, jubilosa e gratuita. Porém, todos devem pautar sua vida nessa nova lei e nessa nova aliança. Imagine que havia contra ti uma sentença já transitada em julgado e de caráter condenatório. No entanto, seus célebres advogados, Nossa Senhora, que o atua muito bem nas bodas de Canaã em João 2, e O Espírito Santo, apontado por Jesus como nosso novo Paráclito, que quer dizer, Advogado, Intercessor e Consolador, percebem que há uma brecha na lei, certamente aberta pelo soldado romano no peito de Jesus, pois é a brecha da misericórdia. Daí, apelam ao Supremo e justo juiz que é Deus, pelos méritos do sacrifício de Jesus, que assumira perante o tribunal toda a nossa culpa. De imediato, somos justificados, absolvidos, libertos e purificados no Sangue do Cordeiro que nos representa bem como nos apresenta diante do Pai e por tudo isso nós devemos obedecer a Jesus Cristo

Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, seguíamos cada qual nosso caminho; o Senhor fazia recair sobre ele o castigo das faltas de todos nós”. (Is 53, 4-6) Com a vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus, nós alcançamos o registro zero, de todas as nossas iniquidades. Cabenos, porém, buscar a instituição que nos permitirá obter uma nova identidade, que é a Igreja que foi instituída por Jesus Cristo onde, na via dos sacramentos, podemos nos reabilitar como filhos de Deus, credores da graça divina e da cidadania celeste. Há um prazo, durante toda a minha vida, e uma data: hoje. Já que não sei por quanto tempo viverei, hoje é o tempo de buscar a salvação. A perseverança é uma ótima dica para quem quer ser salvo. Já nos orienta o direito quando diz que o mesmo não socorre a quem dorme, mas, sem a fé e a conversão eu não vou permanecer muito tempo buscando Jesus Cristo. Devo perseverar muito, com muita fé e com um desejo profundo de mudança de vida, diariamente. A isso, chamamos conversão. Porém, para mudar de vida, é precisa ter fé: “porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. (1Jo 5,4) Precisas crer que Deus fará as mudanças. Peça-Lhe um novo Pentecostes, um profundo derramamento do Espírito Santo na sua vida. Deixe Jesus te dizer: Vinde e vede meu amor por ti.

Oração ao Espírito Santo São João XXIII Espírito Santo, termina em nós a obra começada por Jesus. Dá entusiasmo ao nosso apostolado, para que atinja todos os homens e todos os povos, resgatados, todos eles, pelo sangue de Cristo. Acelera em cada um de nós o despertar de uma profunda vida interior. Apaga em nós a autossuficiência e eleva-nos até ao nível de uma humildade santa, do verdadeiro temor de Deus, da coragem generosa. Que nenhum apego terrestre nos impeça de honrar a vocação a que fomos chamados. Que nenhum interesse possa, por covardia nossa, abafar dentro de nós as exigências da justiça. Que cálculos medíocres e mesquinhos não reduzam às estreitezas do nosso egoísmo os imensos espaços da caridade. Que grande seja em nós a procura da Verdade, até a pronta aceitação do sacrifício, mesmo até a cruz, até a morte. Que tudo, enfim, responda à oração suprema que o Filho dirigiu ao Pai. E que esta graça, Espírito de Amor, pela vontade do Pai e do Filho, se derrame sobre a Igreja, sobre todas as instituições, sobre todos os povos e sobre cada um de nós.

Uma :: Programação :: de Fé

RádioWeb

RENASCIDOS EM

PENTECOSTES

COM

seg. a sexta 11h

Com Padre Moacir Anastácio

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Por Tadeu Roxsander Revista Renascidos em Pentecostes 23 | 23 Revista Renascidos em Pentecostes - Agosto 2012


Período de expansão da

Igreja Primitiva

V

imos anteriormente que nossa Igreja tem suas raízes no coração da Trindade. Nasce como uma pequena comunidade formada por Judeus, discípulos de Cristo e que ganha força a partir do envio do Espírito Santo em Pentecostes. Pentecostes foi o ponto de partida para o trabalho de evangelização da Igreja primitiva. Como, Igreja missionária, a Igreja primitiva é dinamizada pelo Espírito Santo, cuja efusão passa a animá-la desde aquele tempo, dando-lhe forças para resistir às portas do inferno, chegando ao nosso tempo conservando o depósito da fé a ela confiada por Jesus Cristo.

Pentecostes foi o ponto de partida para o trabalho de evangelização da Igreja primitiva.

Temos no livro dos Atos dos Apóstolos a fonte para compreender como a comunidade cristã primitiva estabeleceu relações de comunhão e missão com a sociedade daquele tempo, que, após o medo sentido pela crucificação de Jesus, ganha força e ternura por parte do Espírito Santo, fortalecendo-se e confirmando-se por meio de seu Mestre e Senhor, Jesus de Nazaré, morto e ressuscitado. Isso se torna visível no primeiro discurso de Pedro ao povo da Judéia, já como chefe da comunidade apostólica, “caracterizado pelo fazer memória dos acontecimentos dos ‘últimos’ tempos, isto é, do próprio Jesus, o Filho de Deus”. Com efeito, o anúncio do kerigma foi o centro da pregação de Pedro, cujo ideal primordial desse apóstolo, foi testemunhar, propagar

e difundir a mensagem de Jesus (VIEIRA, 2003, p. 16). Conforme consta de Atos dos Apóstolos (6-15), progressivamente a Igreja que nasce no seio do judaísmo, estabelecendo-se inicialmente em Jerusalém, por sua vocação universal, expande-se rompendo os limites do judaísmo, indo para a Judéia, Samaria, Galiléia, Damasco e Síria, chegando à Antioquia. Nos anos imediatamente posteriores que se seguiram à Ressurreição do Senhor, a Igreja primitiva teve sua atuação missionária concentrada em Israel, a exemplo do próprio Ministério de Jesus, tendo Jerusalém como centro da nova comunidade, com seus membros visitando o templo regularmente. Não havia qualquer intenção de criar-se uma religião separada. De acordo com David Bosch (1998, p. 64), “o judaísmo da época exibia um grau de pluralismo que permitia ao cristianismo judaico existir como um grupo entre muitos sem desfazer seus elos com o corpo principal”. Inclusive, os membros da Igreja nascente “continuaram a prestar culto no templo e nas sinagogas”, situação esta que viria a mudar somente com a destruição do templo de Jerusalém em 70 d.C. Embora os cismas ocorridos, sobretudo os de 1054, com a separação do Ocidente e do Oriente, e posteriormente com Martinho Lutero, na Igreja do Ocidente, conhecida como Reforma, o momento de maior instabilidade na história da Igreja, certamente, se deu com a Igreja primitiva. A diversidade na unidade é tema importantíssimo nos dias de hoje, no âmbito ecumênico, em que se busca a união entre católicos e os irmãos separados (protestantes). Ainda que a Igreja fundada por Jesus Cristo não tenha sucumbido frente às portas do inferno, contudo, a comunidade primitiva deparou-se perante um novo e decisivo desafio, gerando tensões em seu seio, por volta da metade do século I d.C. que foi:

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a admissão dos gentios na comunidade cristã. Isso provocou um debate entre os principais representantes da Igreja daquele tempo: Pedro, Tiago e Paulo. Algumas atitudes de ordem teológica foram verificadas na comunidade cristã, originando-se diversos grupos de cristianismo judeu-pagão, em torno de temas ligados à plena observância da lei mosaica, inclusive a circuncisão (At 11,2; 15,2; Gl 2,4; Fl 1,15-17); à importância da observância de algumas práticas do judaísmo, porém, sem a circuncisão (At 15; Gl 2); à negação da necessidade de práticas judaicas, principalmente às refeições (At 15,20-39; Gl 2,11-14; 1Cor 8); e à pouca importância dada ao culto e festas judaicas e clara oposição ao templo, por parte de alguns cristãos, como se vê no discurso de Estevão (At 7,47-51), na carta aos Hebreus (8,13) e em João (Jo 8,44; 15,25; Ap 3,9).(PIE-NINOT, 2006, p. 54). Conforme descreve Paulo Petersen (2014, p. 44), inicialmente, a Igreja primitiva era composta por dois grandes grupos de cristãos: um grupo de judeus convertidos a Cristo e outro de origem pagã, os gentios, em sua maioria, da cultura helênicagrega. Devido a essa miscigenação de culturas, logo surgiram problemas para a Igreja primitiva, de ordem social e de interpretação do Evangelho. De um lado, os cristãos convertidos do judaísmo, que durante toda sua vida acreditaram na Lei e procuraram de todos os meios cumpri-la, como um mandamento de Deus para o povo de Israel e de repente, devido à conversão, muitos desses cristãos tiveram que abrir mão de sua cultura e da própria Lei, devido aos novos ensinamentos de Cristo, conforme os quais a graça é superior à Lei. Isso dificultou o entendimento da mensagem de Cristo na sua totalidade. Eram cristãos, mas continuaram a praticar


a Lei judaica e realizavam cultos judaicos nas sinagogas, levando a vida do mesmo modo como faziam antes de conhecer a Cristo, com o único diferencial de que acreditavam que Cristo era, com efeito, Filho de Deus. Por seu lado, os gentios, os povos helênicos, jamais tiveram um relacionamento com a cultura judaica numa perspectiva religiosa, pois tinham sua própria cultura e religião; acreditavam em outras divindades não relacionadas ao judaísmo. A maioria deles havia nascido e vivido em cidades gregas ou romanas e só se converteu a Cristo quando a mensagem do evangelho chegou às suas cidades, por meio dos discípulos missionários, sem contudo, conhecer os costumes judaicos. Não conheciam a Lei, e tão pouco sentiam obrigação em segui-la, pois o Evangelho que receberam não mencionavam a Lei e sim a Graça de Cristo. Isso gerou uma situação de conflito: “De um lado há milhares de novos cristãos de origem pagã, que criam exclusivamente na Graça de Cristo e de outro, um grupo de cristãos de origem judaica, que criam em um sincretismo – mistura – religioso entre Cristianismo e Judaísmo. Este conflito da igreja primitiva no âmbito da validade da Lei é descrito nos textos de

Atos 15 e 21” (PETERSEN, 2014, p. 44). A Judéia, berço do judaísmo, tornou-se um foco de sincretismo religioso: a crença num Cristianismo com características judaicas. No que culminou com a realização do primeiro Concílio que se tem notícia, o de Jerusalém, esse estado de tensão tornou-se agudo, quando alguns cristãos saíram da Judéia e foram para Antioquia, onde começaram a exortar os Cristãos locais, afirmando a necessidade deles se circuncidarem, em obediência à Lei, uma condição para serem salvos. Naturalmente, Paulo e Barnabé, que pregavam para os gentios, vão ao encontro deles posicionando serem contrários a esse tipo de ensinamento e que todos deveriam viver o que Cristo ensinou e não seguir a Lei judaica (PETERSEN, 2014, p. 45) Após a realização do Concílio de Jerusalém (Gl 2,1-10; At 15,21.25), ficou decidido que os gentios estavam desobrigados a cumprirem a Lei. Ou seja, poderiam praticar a fé cristã sem se submeterem à lei (dízimo e circuncisão). No próximo número daremos continuidade à descrição desse processo de expansão da Igreja nascente e suas consequências para o mundo ocidental, quando então o cristianismo se torna religião oficial do Império romano.

REFERÊNCIAS BOSCH, David. J. Missão Transformadora: Mudanças de Paradigma na Teologia da Missão. Tradução de Geraldo Korndöirfer e Luís M. Sander. São Leopoldo: Sinodal, 1998. PETERSEN, Paulo. Dízimo: um mandamento da Lei ou um preceito de Cristo? Clube dos Autores, 2014. PIÉ-NINOT, Salvador. Introdução à Eclesiologia. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2006. VIEIRA, Maria de Sampaio. A missionariedade da Igreja particular à luz do Magistério recente. Roma: Pontifícia Universitate Gregoriana, 2003.

Por Diácono Antônio Lopes Ribeiro

Revista Renascidos em Pentecostes - Agosto 2012 |2525 Revista Renascidos em Pentecostes


O que é ser Renascido em Pentecostes? Esta pergunta será a questão que orientará a reflexão a seguir, e terá dois momentos, o primeiro situará como é a dinâmica da formação desta comunidade. O segundo momento será sobre o modo e a identidade que nasce deste nome, Renascido em Pentecostes. Para iniciar o tema proposto é preciso realizar uma diferenciação que é mais comum em textos medievais, todavia, aqui será muito útil. Para toda a Antiguidade o nome conserva uma essência e uma realidade que não muda. Já no nome temos a identidade e a espiritualidade. Onde está contida a força que dá origem ao movimento. Vale ressaltar que a origem é diferente de início. Origem já existe antes do início, é o que é fundante, antes da concreção fundacional que irrompe no fundador e depois em todos os consagrados do movimento. O que quero dizer é que na Origem está o nascimento ou a doação do Carisma.

é quem molda, nos conforma a Jesus Cristo. Toda ação do Espírito Santo é para que o Filho apareça. E Ele que é a origem e a consumação de todo o criado, por que, por Ele e para Ele que todas as coisas foram feitas. Ele é o primogênito de toda criatura. Disto podemos entender que toda vocação, todo chamado, todo Carisma que não tem em Nosso Senhor Jesus Cristo sua fonte, seu

Se a origem é o carisma, este permanece presente e precisa continuar em todo processo: na fundação, no dia-a-dia, na vivência e na convivência com suas quedas e transformações históricas. A origem esta presente no início, no meio e no fim. A origem é a última que morre! O início, pelo contrário, é o irromper histórico do movimento, tem um dia específico, hora, ano, “fundador” e colaboradores que como agentes dinâmicos do Carisma, o concretizam no tempo e no espaço. Estes fazem pulsar a vitalidade do Carisma.

acabamento e consumação não pode ser considerado uma Comunidade Cristã. Cristo é o modelo, o caminho e o nosso modo de vida. Toda vocação religiosa não o é, senão viver como Cristo viveu. Enquanto na vocação sacerdotal, os presbíteros, diáconos, bispos se esforçam para repetir as ações do Cristo ao batizar, curar, abençoar, perdoar. Nós imitamos seu modo de Uma vez que ficou claro que Cristo é o centro da vida comunitária, é possível falar sobre uma breve estrutura de formação. Nesta estrutura o primeiro formador e fundador como vimos é o Espírito Santo.Depois, temos a santíssima Virgem Maria por ser a pessoa que mais colaborou com a missão de Nosso Senhor Jesus e, uma vez que foi por ela que Cristo entrou no mundo e redimiu toda a criação. Também é por ela que Ele há de reinar no mundo. Ela atua não só no plano da coredenção, suas virtudes infinitas revelam o modo de Deus amar o mundo, assim encontramos nela um exemplo infinito e um amor infinito à Jesus.

Entendido a diferença entre Origem e início é possível situar o fundador e os membros da comunidade em seu devido lugar. Então, se a origem é fruto do Espírito Santo, da gratuidade de Deus, o que conduz uma comunidade antes de tudo é aquele que a suscitou e que em sua ação criadora a mantém. O Espírito Santo

Outra forma importante que conduz o carisma da comunidade são os baluartes. Estes santos e anjos são a concreção e a certeza de que Cristo realiza sua obra e que agora estes intercedem para que a Comunidade chegue à plenitude da maturidade de Cristo. A Santa Igreja Católica e Apostólica Romana onde

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subsiste a verdadeira Igreja de Cristo Jesus com seus dogmas, documentos magisteriais, pronunciamentos e orientações manifestam o plano e o desejo do Pai. O fundador reúne em si a experiência, cultivada e amadurecida do Carisma, o representa e mantém vivo, primeiro em si e depois na comunidade por meio do exemplo de vida o vigor da origem. Por fim, temos o próprio membro da comunidade. Ela que vai lapidando no dia-a-dia pela convivência e pela ação do Espírito o caráter de seus membros auxiliado pela figura do formador. De Jesus temos tudo, conduzidos pelo Espírito Santo e pelos sacramentos da Santa Igreja, buscamos realizar o projeto do Pai e sua obra por Ele iniciada em nós e em nós na comunidade. Até aqui se falou um pouco de como uma comunidade é formada e de como se dá o processo de formação, agora, introduzindo a segunda parte da questão adentramos na questão do modo e da identidade desta obra. O que é ser Renascido em Pentecostes? O sentido lato, comum da palavra renascer, nos remete a nascer de novo. Essa ideia é conhecida pelo início do Evangelho de são João no diálogo de Nosso Senhor com Nicodemos, onde o Senhor afirma que para se entrar no Reino de Deus é preciso nascer de novo. Deixando de lado este trecho do Evangelho é preciso aprofundar essa ideia mais que Nicodemos. Renascer é entrar na dinâmica do Espírito e na dinâmica do Reino. É um voltar-se ao Espírito, de um TU, orientar sua vida toda a partir de um outro. Não é preciso aqui negar o passado, escondê-lo junto com todas as suas histórias, suas qualidades e


Sou Sócio Colaborador

pecados, em suma, não é preciso encobrir toda sua finitude. É antes assumir tudo o que se é, se tem e o que está à sua volta como um presente e doá-lo no trabalho diário em que se constrói pela força da água e do Espírito. Esse “re-nascer” é antes de tudo uma resposta de quem é chamado e de quem se deixa amar, é a constatação de ter sido amado. Re-nascer é irromper, inaugurar no tempo o frescor do Espírito Santo que é sempre vivo, criativo, anseia visitar nossas almas, doador dos sete dons e que deseja o mais cedo possível transformar o mundo. Agora ser RENASCIDO é, e deve ser, a pessoa que já foi tocada pelo Amor, que ama por primeiro. Quando descoberto esse amor assume esse projeto de ser orientado pelo Espírito para implantar o Reino a partir do homem novo. Vimos um pouco o que pode significar o termo Renascidos e nesta segunda parte pretendo me ater com o segundo termo do nome, Pentecostes.Pentecostes é o momento fundante da Igreja, no momento em que o prometido pelo Filho é derramado nos corações dos apóstolos e da Virgem Maria no Cenáculo. O Amor fruto do Pai e do Filho e que agora é um “presente” concedido a nós. Do seio da Igreja o novo aparece não só para um povo, mas agora para a redenção do mundo, presente no “ide pregar o Evangelho a toda criatura”. Na Igreja reside, agora e sempre, o vigor do Evangelho, a força da Salvação. Vale recordar que antes do evento, o que os evangelistas ressaltam é o medo com que os Apóstolos se encontravam. Do medo, da unidade, da perseverança na oração e da permanência junto à comunidade, na companhia da Virgem Maria percebemos o dom do Amor do Pai e do Filho. Tanto que o Senho repete sua exortação, “Não tenhais medo” e sopra sobre eles o Espírito Santo. Pentecostes se torna a passagem do medo ao anúncio; da limitação reclusa do Cenáculo para um horizonte sem limites dentro do mundo todos os povos, línguas, raças e nações; da preocupação centrada em salvaguardar sua vida para um incansável esforço de dar a vida pelo Evangelho. Desta passagem podemos perceber que Pentecostes é a abertura, a disposição do discipulado, do seguimento

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.. . de Cristo Jesus. Estes novos discípulos são marcados pelo impulso do Espírito Santo com seus carismas e desejos profundos de transformar o mundo em uma Eucaristia constante do Filho ao Pai. O termo “em”, do nome “Renascidos em Pentecostes”, também é importante em nossa reflexão. Ele não só liga os termos Renascidos em Pentecostes. Obtendo uma visão mais espiritual é o termo mais importante. É ele que apresenta o modo e como é a identidade desta Comunidade. Expõem o modo como um membro constitui seu projeto de vida e caminhada rumo ao Pai, pois uma vez que foi tocado pelo Amor e se reconheceu Renascido, agora pelo “em” busca se abrir para Deus ao modo de Pentecostes. Tendo um projeto de vida que é: trabalhar-me primeiro na busca para nunca esquecer o Encontro com meu Senhor. Este está contido no termo Renascido, onde renasci do fruto de seu amor. E em segundo, trabalho é permanecer em comunidade, em oração, com todos os meus pecados e erros, junto a Virgem Maria para me dispor a receber o Espírito do Senhor. Certo de que, é em minha loucura e fraqueza que irá se manifestar a Sabedoria e a Força de Deus, unicamente para dar glória, honra, louvor, adoração em Espírito e em verdade.

................... Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo. Concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar, um dia, às alegrias da vossa casa. Por Cristo Senhor Nosso. Amém

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A identidade de um Renascido em Pentecostes, partindo desta leitura, é alguém inundada da ação do Espírito Santo tem como projeto de vida manifestar ao mundo a “Kharys”, a graça divina. A identidade é reconduzir ao Filho Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é o Amor do Pai doado a nós para a Salvação do mundo. Sendo assim, uma vocação comunitária de serem Renascidos em Pentecostes será uma verdadeira concreção de um chamado, se e somente se, nascido do encontro com o Amor do Pai e na disponibilidade do Espírito Santo se eu manifestar ao mundo a face de Cristo Jesus, sendo outro Cristo pela graça o que Ele é por natureza. Por Frei Júlio Cézar ---------------------------------------------------

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Revista Renascidos em Pentecostes - Agosto 2012 | 27


João Paulo ll

Oração para as vocações Como outras vezes, também nesta circunstância, ergamos o olhar para Maria, Mãe da Igreja e Estrela da nova evangelização. Invoquemo-la com confiança, para que não faltem na Igreja pessoas prontas a responder generosamente ao apelo do Senhor, que chama a um mais direto serviço do Evangelho: “Maria, humilde serva do Altíssimo, o Filho que geraste, tornou-te serva da humanidade. A tua vida foi serviço humilde e generoso: Foste serva da Palavra quando o Anjo Te anunciou o projeto divino da salvação. Foste serva do Filho, dando-lhe a vida e permanecendo aberta ao seu mistério. Foste serva da Redenção, ‘estando’ corajosamente aos pés da Cruz, ao lado do Servo e Cordeiro sofredor, que se imolava por nosso amor. Foste serva da Igreja no dia de Pentecostes e com tua intercessão continuas a gerá-la em cada crente, também nestes nossos tempos difíceis e angustiosos. A Ti, jovem filha de Israel, que conheceste a inquietação do coração juvenil diante da proposta do Eterno, olha com confiança os jovens do terceiro milênio. Torna-os capazes de acolher o convite de teu Filho a fazer da vida um dom total para a glória de Deus. Fá-los compreender, que servir a Deus, sacia o coração, e que só no serviço de Deus e do seu reino, realizam-se segundo o divino projeto, e a vida se transforma num hino de glória à Santíssima Trindade. Amém.”

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RETORNO Missas de Cura e Libertação com Pe. Moacir Anastáscio Dia 06/08 às 19:00h


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