Tendências e o que esperar para 2016?

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E 2016? “Esperamos que, em 2016, se continue a verificar a mesma tendência dos anos mais recentes. Temos observado uma inversão da conjuntura económica menos favorável, com sinais positivos de retoma. Acreditamos que 2016 nos vai trazer números ainda melhores, o que se refletirá no aumento de negócios para as empresas que conseguiram sobreviver graças à qualidade dos produtos e serviços que oferecem. O maior desafio para o futuro é fazer crescer a riqueza em Portugal, através de empresas inovadoras que apostam na excelência dos seus produtos e serviços”. Paulo Pereira, diretor operacional da Alvo “Para 2016, mantendo-se a estabilidade económica e política do país, é nossa convicção que a tendência positiva do mercado de pequeno doméstico se manterá. O maior desafio para o futuro será, certamente, voltar a subir o valor do mercado. Em geral, no mercado de pequenos domésticos, assistimos a uma quebra do preço médio de venda, com o aumento das atividades promocionais. Este decréscimo de preço é ainda mais evidente em algumas categorias, como, por exemplo, as máquinas de café. Sendo assim, o desafio para os fabricantes e parceiros da distribuição será criar maior valor no mercado”. Patrícia Parracho, diretora de marketing da SEB Portugal

“Para 2016 espero que a economia nacional se mantenha no bom caminho, que tenha um crescimento sustentável. E que a marca Gateway continue a ganhar quota de mercado e notoriedade no sector da segurança eletrónica. O maior desafio para o futuro é conseguir que o volume de negócios continue a crescer, enfrentando os desafios do mundo global em que vivemos atualmente, com a nossa preocupação constante em servir bem e em oferecer inovação aos nossos clientes”. Carlos Truta, diretor geral da Gateway Portugal

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“Para 2016 espero, sinceramente, as mesmas dificuldades dos últimos anos. No entanto, espero e desejo um ligeiro aumento do consumo privado, algo que aliás já se começou a vislumbrar nos últimos meses deste ano. O maior desafio para o futuro é a capacidade de adaptação às circunstâncias”. Pedro Amaral , Country Manager da Tristar

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“Para 2016 antevejo alguma instabilidade política, espero que com reduzido impacto económico. O maior desafio para o futuro é expandir o negócio em contraciclo e ambiente político presumivelmente desfavorável”. Joaquim Barros Guerreiro, CEO do Grupo LISCIC/ LISTOPSIS


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“Para 2016 espero um ano onde os mercados vão mexer e muitas restruturações vão ver a luz do dia! O maior desafio para o futuro é formar as pessoas para que possam voltar a ser produtivas, nesta nova realidade”. Miguel Relva, Account Director da Mindshare

“Para 2016 espero que haja uma consciencialização dos consumidores na compra dos produtos e que privilegiem a compra de produtos com representações oficiais em Portugal e no comércio tradicional. O maior desafio para o futuro é ter um meio de comunicação e marketing fortes online, sem que se torne um pesadelo para os consumidores para orientá-los para a compra no comércio tradicional e online”. Anabela Carvalho, responsável comercial e de marketing da Rodolfo Biber em Portugal

“Em 2016 é expectável a continuação do caminho de recuperação económica, algum alívio financeiro das famílias a nível de impostos, no entanto, também uma inflação elevada. No final, aquilo que todos esperamos é o crescimento económico do país. O mercado de linha branca obterá melhores receitas e vamos presenciar a introdução mais frequente de novidades tecnológicas nos eletrodomésticos, com o propósito de obter mais ganhos ecológicos e melhores rendimentos dos produtos. O maior desafio para o futuro é continuar a satisfazer o crescente nível de exigência e de expectativas dos clientes, através da renovação e reinvenção da nossa oferta”. Luís Meireles, diretor de marketing da António Meireles

“Tornar o negócio de retalho físico mais atraente, potenciando a experiência de compra do cliente, ao nível do serviço e comodidade. É determinante estar onde o nosso cliente está. Nesta medida, a aposta no canal online em geral, que não é ainda muito forte em Portugal, é um desafio concreto para o presente e futuro imediato. Dar a hipótese ao cliente de encomendar online, recolher na loja ou em outro local qualquer, recebendo a sua encomenda no mesmo dia, são metas a atingir brevemente. Tornar a Staples Omnichannel é a nossa grande ambição, estamos a caminhar neste processo de forma ponderada e é onde nos queremos posicionar em 2016. Continuar a trabalhar para cimentar a visão da empresa, ou seja, sermos reconhecidos pelo cliente como o lugar certo para encontrar o que necessita para o sucesso do seu negócio, quer se trate de um pequeno “Espero negócio individual, uma grande empresa ou mesmo o Estado. O maior que 2016 seja o desafio para o futuro é assegurar o crescimento equilibrado em vendas e melhor ano dos últimos rentabilidade do negócio do retalho, desenvolver plataformas online que cinco. O maior desafio para nos permitam crescer neste canal, criando formas de interligar o o futuro é não perder o que offline com o online, numa perspetiva de comodidade e se construiu nos últimos anos, serviço para o nosso cliente. Manter o posicionamento ao mesmo tempo que colocamos da Staples como um “one stop spot” ao nível de oferta, Portugal no mapa da Europa. Existem preço e serviço, no mercado nacional e europeu”.. todas as condições para tal, nas João Paulo Peixoto, mais variadas áreas da economia”. diretor geral da Gonçalo Ferreira, diretor geral Staples Portugal da Dell Portugal

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Tendências para 2016 No meio da acelerada mudança no mundo do retalho e da tecnologia, algumas tendências, contudo, despontam para guiar as empresas ao longo de 2016. Veja o que predizem a Daymond Worldwide e a Forrester Research sobre o próximo ano.

Na atual cultura “always-on”, os consumidores tentam equilibrar o excesso de tecnologia e conteúdo media ilimitado. De acordo com a Daymon Worldwide, estão a mergulhar nas suas vidas, experiências e momentos e não apenas através dos seus dispositivos tecnológicas. É cada vez mais comum o foco nos dois extremos: por exemplo, passar a tarde de sábado a ver uma maratona de séries na televisão e a manhã de domingo a correr uma verdadeira maratona. Os retalhistas já reconheceram esta mudança e estão a apostar em trazer mais equilíbrio para a vida dos clientes, através da criação de programas e promoções personalizadas aos seus estilos de vida.

Os consumidores abraçaram a tecnologia em todos os aspetos da sua vida, incluindo no modo como compram e como cozinham. O papel do digital na cozinha elevou-se, automatizando muitas das tarefas que dantes se faziam manualmente e permitindo aos consumidores preparar pratos dignos de chefs na sua própria casa com toda a facilidade. Para a Daymond, em 2016 iremos observar o digital a passar a ser 26

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algo mais do que um recurso, através de eletrodomésticos controlados por apps e sensores, da total personalização através da impressão 3D e das cozinhas conectadas. Apesar dos consumidores não começarem a abraçar totalmente esta tendência no próximo ano, os retalhistas já se anteciparam através de parcerias com fabricantes de eletrodomésticos, de modo a compreender as ramificações dos novos produtos conectados.

Com tantos locais onde comprar e com os consumidores a aderirem ao online para as compras do dia a dia, a loja física terá de ser redefinida. Segundo a Daymond, os retalhistas irão transformar as lojas para melhor se relacionarem com os clientes, oferecendo experiências sensoriais que deem vida à loja e aos produtos, muitas vezes em 3D.

Os operadores de “discount” irão continuar a sua expansão global, prediz a Daymon. E os consumidores irão começar a recorrer ao “discount”, em primeiro lugar e só depois aos outros canais para fazer as suas compras.

Pensar pequeno sobre a experiência do cliente irá destruir os resultados financeiros. De acordo com a Forrester, isso significa executar estratégias multidisciplinares para mudar as operações internas e olhar para as oportunidades de aquisição de ativos de software complementares que ajudem a criar sistemas que transformem os dados do cliente em ações.

As empresas tradicionais irão enfrentar e responder os disruptores, apostando nos seus pontos fortes de diferenciação, como o peso no mercado, capital e grandes quantidades de dados dos clientes. Segundo a Forrester, os processos tornar-se-ão mais ágeis, funcionando ao mesmo ritmo dos clientes e dos disruptores.

Os programas de fidelização irão concentrar-se na participação dos clientes. Diz a Forrester que o relacionamento com o cliente é baseado na personalização e contexto e os investimentos em tecnologia precisam de refletir isso e criar essa relação.


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