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O mercado Electro em revista
e d a r u t Lei e-semana fim-d 12
Quem inspirou os pais do Carrefour? O que têm em comum os fundadores do Carrefour, Fnac, Auchan, Darty ou Conforama? Assistiram a um seminário sobre novos formatos comerciais no Estados Unidos nos anos 50. O orador dos seminários, que davam pelo nome de MMM (Methodes Marchandes Modernes), foi o visionário Bernardo Trujillo. Este homem foi determinante não só na distribuição francesa, mas também em quase todas as grandes e médias empresas de distribuição que abriram nos anos 50 e 60 em todo o mundo, pois quase 13.000 empresários interessados em novos formatos aderiram a estes seminários. Estima-se mesmo que oito em cada 10 tipos de comércio (supermercados, livre serviços, centros comerciais) abertos em todo o mundo nessa época o fizeram de acordo com as ideias partilhadas nestas jornadas. Os cursos, organizados pela tecnológica NCR, fabricante de máquinas registadoras na época, transmitiram os valores do novo comércio. Os Estados Unidos eram o único lugar onde se podia aprender as ideias narradas por Trujillo.
Bernardo Trujillo propunha mudar o comércio retalhista tal como se conhecia para um conceito de livre serviço, discount e hipermercado. Ideias totalmente inovadoras, apesar de se reconhecer algumas noções de Aristides Boucinaut no seu conceito Bon Marché em Paris. Trujillo não entendia um comércio retalhista em que se vendia “mão a mão”, unidade a unidade, produtos fabricados em série, que eram transportados igualmente em série. Para ele, o cliente tinha de chegar a loja e rapidamente encontrar o Artigo de que procurava, sem vitrines nem mercadorias Jacinto Llorca em caixas, nem estantes ou mostradores que www.jacintollorca.com ocultassem o produto. Os vendedores, para ele, neste novo conceito de comércio, eram quase todos substituíveis por cartazes explicativos que separavam zonas e famílias de produto. A teoria de poupar custos, subjacente à baixa de preços, era uma das prioridades do novo conceito. Muitas ideias disruptivas foram lançadas por Bernardo Trujillo e todas elas são estandartes da realidade de hoje: - “No parking, no business” - sem estacionamento não há negócio. O uso do automóvel estava a aumentar e estabelecimentos com parqueamento atrairiam clientela. A única excepção que poderia permitir-se não ter parqueamento seriam os supermercados e livre serviços localizados no rés do chão de grandes edifícios, cujos principais clientes usam o elevador como veículo e se deslocam a pé. - Preços dramaticamente baixos - para atrair clientes,