Smartphones, como se decide a compra?

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Tendências de mercado

] Texto: Carina Rodrigues Fotos: DR

Como se decide a compra de um smartphone? Os smartphones são, neste momento, dos equipamentos mais desejados pelos consumidores, que valorizam a capacidade de com eles se manterem permanentemente ligados ao mundo. Com as vendas em crescimento, o futuro deste mercado afigura-se risonho. Há cada vez mais propostas, com preços mais adequados a todas as bolsas, o que leva a quem nunca teve um smartphone anteriormente a equacionar actualizar o seu equipamento. Mas como decidem os consumidores a compra de um smartphone? A McKinsey seguiu o percurso de 100 consumidores e concluiu que existe um verdadeiro perfil global. À parte das preferências individuais, e que têm mais que ver com a personalidade de cada um, a marca ainda conta e a experimentação em loja revela-se fundamental para confirmar a decisão de compra. Decisão esta que começa com os conselhos dos amigos e com muita, mesmo muita, pesquisa na Internet.

O

s smartphones estão em alta. Apesar do contexto económico, a sua aquisição (assim como a de tablets e computadores) vai continuar a crescer em todo o mundo, devendo registar-se um número recorde de compra destes equipamentos no final de 2012, conclui o Technology, Media and Telecommunications Predictions da Deloitte. Em Portugal, ainda que com resultados moderadamente expressivos, reflecte-se esta tendência, com 24 por cento dos consumidores a pretender adquirir um smartphone. Os smartphones são, assim, e como sublinha Ricardo Anaia, responsável pela área de Telecom da GfK Portugal, “o combustível de um mercado de dispositivos móveis que está a abrandar globalmente”. No panorama nacional, os dados da consultora mostram que, entre Janeiro e Junho, a contracção foi de sete por cento em unidades, face ao período homólogo de 2011, queda esta que fica acima da descida média de três por cento observada a nível europeu. Contudo, mesmo neste panorama, os smartphones cresceram, em volume, cerca de 28

43 por cento. Globalmente, estes equipamentos já representam 42 por cento das vendas totais de dispositivos móveis e só num ano cresceram 40 por cento. A GfK estima que, no final de 2013, 83 por cento dos equipamentos vendidos em todo o mundo sejam smartphones. Mas como decidem os consumidores a compra destes produtos? De acordo com a GfK, os portugueses valorizam aspectos como o formato “block” (99%), a disponibilidade de Wi-Fi (91%), a funcionalidade “touch” (90%) e o ecrã TFT (85%).

O tamanho do ecrã é também um factor a ter em conta, já que mais de 25 por cento do mercado europeu tem menos de quatro polegadas. No entanto, se estas características reúnem consenso, resta saber o que leva os consumidores a optar por este ou por aquele modelo e por esta ou por aquela marca? E como seleccionam o ponto de venda? Um estudo da McKinsey dá a resposta ao seguir o percurso de compra de mais de 100 consumidores de oito países (Brasil, Reino Unido, China, França, Alemanha, Hong Kong, Japão e Estados Unidos da América). A consultora descobriu que este mercado tão dinâmico é caracterizado por uma baixa lealdade do consumidor a marcas e pontos de venda, não porque esteja insatisfeito com o seu equipamento, muito pelo contrário, mas porque facilmente muda de opinião por aspectos tão simples e díspares como o formato do smartphone, ou até mesmo do carregador, e sobretudo pelos diferenciais de preço entre modelos, mesmo que não sejam muito expressivos. Não obstante, o projecto Global Digital Diaries detectou que quem pos-


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