Jornal Repórter do Marão

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repórterdomarão do Tâmega e Sousa ao Nordeste

10 a 23 de Setembro 2009|Quinzenário|€1|N.º1221|Ano 25|Director:Jorge Sousa|Director-Adjunto:Alexandre Panda|Subdirector:António Orlando|Edição:Tâmegapress|Redacção:Marco de Canaveses|910 536 928

Mais de 1.300 hectares só em Amarante

Área ardida disparou

Douro perdeu metade da riqueza em 10 anos GRIPE

Alarme é excessivo mas as entidades estão preparadas BANCO ALIMENTAR

Autárquicas no Marco

Justiça envolve-se na disputa

Empresários pedem ajuda PATRIMÓNIO

Igreja ‘do Siza Vieira’ procura mecenas LAZER

Desportos radicais conquistam jovens BEM-ESTAR

Oferta de SPA’s aumenta PRESTAÇÕES DRIBLAM A CRISE

DESEMPREGO NO FUTEBOL

Compras à moda do Brasil

A bola já não salta para Tonanha

Segunda unidade hoteleira de Baião

Cinco estrelas abre em 2012


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repórterdomarão I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

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Ferreira Torres ficará “impedido” de se recandidatar Constitucionalista e especialista em direito autárquico concordam com juiz do Tribunal do Marco Jorge Sousa com Lusa | jsousa.tamegapress@gmail.com O candidato e ex-presidente de Câmara de Marco de Canaveses, Avelino Ferreira Torres, considerado “inelegível” pelo Tribunal local, pode “mesmo ficar impedido” de se recandidatar face à actual legislação, advertiram juristas contactados pela Lusa. O Tribunal do Marco de Canaveses chumbou, a 03 de Setembro, a candidatura de Avelino Ferreira Torres à Câmara local, considerando o candidato “inelegível”, dando razão aos argumentos apresentados pela concelhia do PS. A concelhia defendia que a confirmação, pelo Tribunal Constitucional, da sentença de ordenava a perda de mandato e a sua inelegibilidade o impossibilita de se recandidatar à autarquia. A mesma opinião tem o constitucionalista e professor universitário Jorge Bacelar Gouveia, advertindo que, quer a perda de mandato quer a inelegibilidade passam a ter efeito a partir do momento em que a sentença transitar em julgado, isto é, se for confirmada nos tribunais de recurso, primeiro na Relação e depois no Supremo, não haven-

do “dúvidas” quanto à interpretação do juiz. Também para o especialista em Direito Autárquico Fernando Gonçalves, Ferreira Torres “vai mesmo ficar impedido de se candidatar, não havendo outra hipótese”. “A lei prevê situações de inelegibilidade. O juiz fez o que devia ter feito. Ele [Avelino Ferreira Torres] não tem hipótese, não poderá candidatar-se a presidente de Câmara”, declarou Fernando Gonçalves. Em 11 de Junho de 2004 Avelino Ferreira Torres foi condenado, entre outras penas, a perder o mandato em curso à data da condenação definitiva e o seguinte. O trânsito em julgado desta decisão ocorreu em 22 de Fevereiro de 2006, esgotados os recursos pelo autarca. Na interpretação do juiz, na data da realização das eleições autárquicas e Outubro de 2005, em que Ferreira Torres foi eleito vereador em Amarante, “a decisão condenatória de Ferreira Torres ainda não tinha transitado em julgado, não sendo por isso definitiva - tal só veio a verificar-se em 22 de Fevereiro de 2006”.

Daí que tenha dado deferimento à reclamação do líder da concelhia socialista, Artur Melo. Ferreira Torres apresentou recurso ao Tribunal Constitucional - o único a que tem direito. O TC terá então dez dias, a contar do seguinte ao da entrega do recurso, para tomar uma decisão definitiva, ou seja, terá que proferir uma decisão até 16 de Setembro. Avelino Ferreira Torres, ex-presidente da Câmara de Marco de Canavezes, candidatou-se nas últimas autárquicas à Câmara de Amarante, tendo perdido para o socialista Armindo Abreu. Para se candidatar como independente de novo à Câmara de Marco de Canaveses em 11 de Outubro de 2009, o autarca criou o movimento “Marco Confiante”. Como a inelegibilidade apenas atinge o candidato Avelino Ferreira Torres, o movimento “Marco Confiante” pode manter a candidatura, sendo provável que o “número dois”, Lindorfo Costa, ascenda a “cabeça de lista” do movimento.


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Empresários em dificuldades já recorrem ao banco alimentar Cruz Vermelha de Frazão incapaz de satisfazer todos os pedidos de ajuda António Orlando | aorlando.tamegapress@gmail.com Há empresários em Paços de Ferreira que vão à Cruz Vermelha pedir comida para as suas famílias. Agrava-se o cenário sócio-económico fruto da crise que efectivamente parece tocar a todos. Se, por um lado, a lista dos novos pobres não pára de crescer, por outro o Banco Alimentar fechou (!) para férias em Agosto. A fome, a necessidade, pelo que se vê, não se deu a esse luxo, lá para os lados da Capital do Móvel. “Não tenho conhecimento de outros cenários na região, mas aqui em Paços de Ferreira, nomeadamente em termos de fecho de fábricas de mobiliário tem sido desastroso. Aliás, a população que tem vindo até nós, já não é só aquela que é beneficiária de subsídios. Já é população que anteriormente tinha a vida estabilizada com empregos. Até mesmo empresários têm recorrido a nós o que é uma novidade, sem dúvida”, explica ao Repórter do Marão, Filipa Bastos, responsável pela área social da delegação da Cruz Vermelha de Frazão”. A gravidade é tal que este nú-

cleo da Cruz Vermelha Portuguesa, em meados de Agosto, teve de fazer um peditório extra num hipermercado do concelho para angariar comida para dar aos mais necessitados. A gravidade da situação “acentuou-se” com a não entrega dos alimentos, desde há dois meses, por parte do Banco Alimentar. “Cada vez as pessoas dão menos alimentos ao Banco Alimentar, que é actualmente o nosso fornecedor, só que no mês de Julho e Agosto eles não nos deram qualquer bem alimentar, além de que de mês a mês tem-se assistido a uma diminuição da quantidade de comida que nos davam”, revela Filipa Bastos. O peditório extra, levado a cabo em meados de Agosto surgiu, assim, como tábua de salvação face ao aumento significativo de pedidos de auxílio. “Além das famílias que nós já apoiávamos, surgiu, entretanto, a Campanha ´País Solidário`, e nós passamos também a apoiar essas novas pessoas, daí que tem sido difícil responder a tantos pedidos” explica.

Se as coisas já não eram fáceis, a delegação do Porto do Banco alimentar esteve, em Agosto, encerrada para férias. “É, no mínimo, absurdo. Se a Cruz Vermelha fechasse também para férias não seria nada bom para o concelho de Paços de Ferreira, mas cada instituição funciona da sua forma...o que acontece connosco acontece com os outros. A delegação do Banco Alimentar, no Porto, sediada em Perafita, fecha todos os anos no mês de Agosto”, denuncia Filipa Bastos. A Delegação de Frazão/Paços de Ferreira da Cruz Vermelha tem, ao longo da última década, distribuído alimentos pela população mais carenciada do concelho sob a forma de Cabazes Mensais, apoiando no momento cerca de 47 famílias. Já o apoio da Cruz Vermelha de Frazão, via Campanha País Solidário, chega a mais 50 famílias.

A gravidade da situação “acentuouse” com a não entrega dos alimentos há dois meses por parte do Banco Alimentar.


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Políticos autárquicos de Twitter em riste Pedro Pinto, de Paços de Ferreira, e Celso Ferreira, de Paredes foram os dois presidentes que começaram a usar o Twitter. Alexandre Panda | apanda.tamegapress@gmail.com Há algumas eleições que os candidatos às câmaras municipais utilizam as novas tecnologias de comunicação para difundir as suas mensagens e objectivos políticos Mas este ano, a grande novidade é a utilização do Twitter como meio de contacto directo com os eleitores. As páginas dos candidatos remetem quase sempre para o site oficial de campanha, mas já há quem tenha anunciado novidades, em primeiramão, nesta nova ferramenta na Internet. Trata-se de uma página pessoal, regra geral, alimentada diariamente com um máximo de 140 caracteres, nos quais o utilizador deve escrever a mensagem. Apesar do número restrito de caracteres é possível partilhar links, fotos, filmes, etc. É desta forma que funciona o Twitter, mais uma rede social no ciberespaço que tem tido uma grande adesão a nível mundial, em que os habitantes do Tâmega e Sousa não são excepção. Entre figuras públicas, anónimos, artistas ou políticos, já são muitos aqueles que se deixaram levar por esta poderosa ferramenta que

consegue atingir milhares de internautas entre o eleitorado. Pedro Pinto, de Paços de Ferreira e Celso Ferreira, em Paredes, foram os dois presidentes de câmara que começaram a utilizar o Twitter como plataforma de propaganda politica. Humberto Brito, candidato à câmara de Paços de Ferreira, pelo movimento independente M6N, apoiado pelo PS, Manuel Ruão do CDS-PP de Paredes ou ainda Artur Penedos, candidato do PS à câmara de Paredes, também já abriram conta no Twitter. “É uma forma inovadora de comunicar. Permite não só divulgar as actividades de campanha como também do município. É um meio eficaz, embora ainda não seja muito divulgado, vai sendo lido e a mensagem chega às pessoas”, explicou ao Repórter do Marão, Pedro Pinto, presidente da câmara de Paços de Ferreira e cabeça de lista do PSD. Este político foi o primeiro candidato a divulgar, em primeira-mão, as suas listas eleitorais através do Twitter. Para além de conter ideias de projectos para o futuro ou factos

marcantes na vida das campanhas eleitorais, o Twitter também já serve para mandar recados entre candidatos, como foi o caso do M6N que aproveitou esta rede social para atacar as políticas do PSD em Paços de Ferreira. José Luís Gaspar, que concorre pelo PSD, em Amarante, também é um dos novos adeptos do Twitter, assim como Artur Melo e Castro, do PS de Marco de Canaveses, que até a data, protagoniza a única presença de candidatos à câmara do Marco, no universo das redes sociais. “É uma nova ferramenta que nos permite uma boa interactividade com as pessoas. Está cada vez mais a ser utilizada. É um instrumento simples, muito prático, onde divulgo de forma curta e sucinta as minhas opiniões sobre temas concelhios, regionais ou mesmo nacionais. Até pode constituir uma espécie de agenda acessível a todas as pessoas, o que permite que seja facilmente contactável. Dá alguma visibilidade e permite que o projecto seja mais conhecido. Também estou presente noutra rede social, o Facebook”, explicou ao Repórter do Marão o candidato pelo PS à câmara do Marco de Canaveses.

sociedade

O que é o Twitter Esta nova plataforma foi criada em 2006 e já tem mais de 6 milhões de usuários no mundo. O Twitter pode ser entendido como uma mistura de blog e celular. As mensagens são de 140 caracteres, tal como acontece com as mensagens de telemóvel, mas circulam pela internet, como os textos de blogs. Em vez de seguir para apenas uma pessoa, como no celular ou no MSN, a mensagem do Twitter vai para todos os “seguidores”, que são os utilizadores que acompanham o emissor. A grande novidade do Twitter é o ritmo, marcado pela troca de mensagens quase instantânea. Com a popularização do Twitter, os usuários procuram ir além das simples mensagens e fazem actualizações via telemóvel, trocando imagens de fundo e importando notícias. No caso dos políticos, muitos são aqueles que têm ligação directa para o site oficial de campanha. Também remetem para notícias que às suas regiões dizem respeito. Os custos de comunicação através das redes sociais são bastante baixos, dado que não é necessário comprar nenhuma plataforma, ela é disponibilizada de forma gratuita. Esse é também um factor apelativo da nova ferramenta. Eleições autárquicas à parte, um pouco por todo o país, câmaras municipais de várias dimensões acrescentam o Twitter aos canais de comunicação que têm disponíveis, para aumentar a sua interacção com munícipes e cibernautas.


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Cautelas a ter Antes de embarcar ou rejeitar este tipo de ajuda ao consumo, convém ler com atenção as letras miudinhas do contrato, aqui ampliadas pelo Repórter do Marão para sua comodidade: Prazos 4

T.A.N. 1

T.A.E.G

<= 6 meses

17,50 %

20,79% 2

>6 meses

14,50 %

17,28% 3

1) T.A.N. - Taxa Anual Nominal 2) Exemplo: Taxa Anu-

Já chegamos ao Brasil Precisa de fazer figura na festa das celebridades? O vestido de noite tem vergonha de sair do armário? O Tag Heuer que viu no pulso do Brad Pitt ficava-lhe a matar? Não tem dinheiro? Paga depois, tal como no Brasil… António Orlando | aorlando.tamegapress@gmail.com A introdução deste texto não é publicitário, mas poderia muito bem ser de promoção a um novo produto bancário de incentivo ao consumo. Fazer compras a crédito é a proposta do Banco Espírito Santo. Já chegamos ao Brasil...! Esta modalidade de compras a prestações com recurso a crédito bancário é muito usual no Brasil e já foi também testado por uma unidade bancária em Espanha. Agora, tudo indicia que é chegada a vez dos portugueses mergulharem no crédito bancário que lhes permita comprar roupas, sapatos, relógios, produtos cosméticos e de beleza entre outros, mesmo sem terem cartão de crédito. Tudo depende da adesão dos comerciantes ao projecto Rede + TPA BES e do dinheiro que o cliente possa ter na conta bancária. Na região do Tâmega e Sousa, há já um estabelecimento aderente a este produto. Trata-se do pronto-a-vestir Casa Nova Peixoto, na cidade de Penafiel. Embora segundo o seu proprietário, “até hoje ninguém tenha recorrido ao crédi-

to”, quem o pretender poderá vestir-se da cabeça aos pés e pendurar a factura em suaves prestações. “Se o cliente for ao BES eles indicar-lhe-ão, concerteza, a maneira como terão de fazer. Quando pedi a instalação do Terminal de Pagamento Automático (TPA) ao BES, porque sou lá cliente, eles colocaram-me este dístico aqui na porta. Mas com franqueza não sei muito bem como isto funciona”, admite, Eduardo Peixoto, dono da loja. Na rede de balcões e informações do BES o conhecimento também não é muito mais esclarecido. Às perguntas do Repórter do Marão acerca da Rede + BES, seguia-se a estranheza e depois as explicações a conta-gotas. Fonte do BES/Lisboa explicou que o produto em causa irá ser lançado brevemente, admitindo que desconhecia a existência de dísticos nos estabelecimentos comerciais. A mesma fonte acrescentou que o produto em causa enquadra-se nas Compras Especiais do BES, cuja publicitação é feita na página do banco na Internet. Uma vez chegados lá, constata-se que há um limite míni-

al de Encargos Efectiva Global (TAEG) de 20,79%, para uma compra especial de 1.000,00 euros, por um prazo de 6 meses à taxa de juro de 17,50%, calculada nos termos da legislação vigente e aplicável. 3) Exemplo: Taxa Anual de Encargos Efectiva Global (TAEG) de 17,28%, para uma compra especial de 1.000,00 euros, por um prazo de 12 meses à taxa de juro de 14,50%, calculada nos termos da legislação vigente e aplicável. 4) Em determinados Terminais de Pagamento Automático devidamente identificados, tendo como comprovativo o talão de pagamento, poderá seleccionar-se para alguns prazos, a taxa de juro 0 (zero).

mo do valor da compra, 125 euros. O crédito concedido é para pagar entre 6 meses (mínimo) e 36 meses (máximo) em “prestações fixas de capital e juros com uma taxa de juro cerca de 50% mais baixa que a taxa aplicada aos cartões de crédito do mercado. Para efectuar a conversão de uma compra em Compra Especial, deverá fazê-lo até à data de fecho do extracto, através de um dos dois canais de comunicação com o banco: BESdirecto ou BESnet. O comerciante aplaude a iniciativa e só lamenta que este tipo de crédito que até agora é exclusivo do BES não seja alargado a toda a banca. “Só assim poderia ser massificada a sua utilização possibilitando-nos o aumento das vendas porque isto está muito mau. Há pessoas que no início de uma estação gostam de remodelar todo o seu guarda-roupa, mas não tem dinheiro para o fazer de uma vez só. Este crédito, seria uma boa forma de o permitir”, acrescenta Eduardo Peixoto em defesa do seu negócio.


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nacional

Alarme de gripe é excessivo mas entidades estão preparadas Paula Costa | pcosta.tamegapress@gmail.com Empresas e autarquias estão a reagir sem alarmismo à hipótese de uma pandemia de Gripe A e a preparar os seus planos de contingência (que orientam a actuação a seguir), apurou o RM junto de diversas fontes. Na Associação Empresarial do Marco de Canaveses, que representa cerca de 800 empresas dos sectores do comércio, serviços e indústria, o plano está em fase de conclusão devendo ficar pronto esta semana, disse ao Repórter do Marão (RM) Cláudio Ferreira secretário-geral da associação. O plano de contingência está a ser elaborado em conjunto com os bombeiros do Marco de Canaveses, onde Cláudio Ferreira também exerce funções. “Os bombeiros têm o plano deles e estamos a unir esforços”. No caso da Associação Empresarial de Paços de Ferreira, também já começaram a ser implementadas algumas medidas, disse ao RM uma fonte da associação. Por outro lado, o plano de contingência da Câmara de Lousada está a ser feito com a Autoridade Local de Saúde. “Estamos a articular todo o processo da forma o mais efi-

caz possível”, disse ao RM Jorge Magalhães, presidente da câmara de Lousada. Segundo o autarca, até ao momento não se registou no concelho de Lousada “nenhum caso de Gripe A”. Para Jorge Magalhães, a autarquia está a ter uma “atitude pró-activa”, colaborando na “prossecução dos objectivos do Ministério da Saúde” no sentido de acautelar e evitar ao máximo as situações de contágio”. Tal como em Lousada, no concelho de Baião não foi detectado nenhum caso de Gripe A. O plano de contingência da Câmara de Baião está pronto e é com esse instrumento que a autarquia “pretende antecipar e gerir o impacto de uma situação de gripe pandémica (…) nos colaboradores e, consequentemente, nos serviços da Câmara Municipal de Baião”. O Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC) de Baião tem reunido com as entidades parceiras, já distribuiu material informativo sobre a doença e está a dar apoio na elaboração dos Planos de Contingência das Instituições Particulares de Solidariedade Social e escolas do concelho.

O que é a Gripe A? A Gripe A é uma gripe humana provocada pelo novo vírus da Gripe A (H1N1). As pessoas infectadas com o vírus da Gripe A apresentam, em geral, sintomas muito semelhantes aos da gripe vulgar (sazonal): febre, tosse, nariz a pingar, dor de garganta, dores no corpo, dor de cabeça, arrepios, fadiga, e, por vezes, vómitos e diarreia.

Medidas de protecção • Lave as mãos com frequência • Quando tossir ou espirrar cubra a boca e o nariz • Coloque os lenços de papel usados no caixote do lixo • Se tiver sintomas de gripe e for a um serviço de saúde, peça uma máscara e coloque-a • Se tiver sintomas de gripe e tiver viajado para zonas afectadas ou tido contacto com alguém doente com Gripe A • Fique em casa e ligue: 808 24 24 24 (Saúde 24) Fonte: DGS


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Município de Amarante cede Escola à Cooperativa Sonho de Vida A Cooperativa Sonho de Vida recebe antiga escola EB1 do alto da Lixa cedida pela Câmara Municipal de Amarante, sobre proposta do Presidente Armindo Abreu. A Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) sedeada no edifício da Banda de Música de Mancelos – Amarante, dispõe nessas instalações de um Centro de Dia com Apoio Domiciliário. Esta cooperativa tenciona construir um espaço onde possa albergar um grande centro de dia, lar, jardim-deinfância e creche. O avançar do projecto está pendente, apenas, devido à falta de apoios financeiros e ao terreno se encontrar numa zona protegida.

Casa da Juventude recebe jovens de vários países 20 Jovens europeus e asiáticos estão na Casa de Cultura e Juventude de Amarante no âmbito de um campo de Trabalho Internacional intitulado “Amarante – Cidade de Civilizações”. Esta iniciativa pretende juntar culturas promovendo, assim, a consciência social com base na sustentabilidade, tolerância e paz. A acção é organizada pelo Aventura Marão Clube (AMC) com o apoio do Instituto Português da Juventude. Os participantes, com idades entre os 18 e os 30 anos, têm como propósito final criar um spot para promover a cidade e a Casa da Juventude de Amarante. A iniciativa organizada pelo AMC tem termo na noite de 16 de Setembro com a exibição do spot elaborado pelos jovens que integram este campo de Trabalho.

Crise obriga a reavaliação do centro comercial Jorge Sousa | jsousa.tamegapress@gmail.com O grupo Martifer está a reavaliar a construção do Centro Comercial Amarante Plaza um investimento que estava previsto abrir ao público em 2010 devido à conjuntura económica desfavorável, disse ao RM uma fonte do grupo. O projecto de arquitectura foi aprovado há cerca de um ano pela

O centro contará com supermercado, lojas e zona de restauração, para além de 420 lugares de estacionamento.

câmara de Amarante, tendo sido concluídos também os projectos de especialidades, em Junho passado. A fonte do grupo adiantou ao RM que a Martifer aguarda “que a economia dê o salto para avançar com a construção do empreendimento”. O projecto, segundo os estudos a que o RM teve acesso, representa cerca de dois terços da área total do anterior empreendimento, apresentado à autarquia em Novembro de 2006. O conjunto comercial, com área locável de quase seis mil metros quadrados, não terá salas de cinema como a anterior versão, mas prevê a construção de um posto de combustíveis com três “ilhas” de abastecimento (seis automóveis em simultâneo). Assinale-se que o grupo Marti-

fer tem apostado desde há algum tempo na produção de bio-combustíveis, estando a alargar a vários pontos do país a rede de postos de abastecimento com a marca “Prio”. O Grupo Martifer é uma participada da Mota/Engil que já investiu nos centros comerciais de Paços de Ferreira (Ferrara Plaza) e Porto (Gran Plaza). O centro comercial, que inclui um supermercado com dois mil metros de área de venda, limite para que não esteja sujeito a autorização de instalação do Ministério da Economia, será construído na zona das Vendinhas, junto ao edifício dos antigos escritórios da ex-Tabopan, à face da EN 15, na saída de Amarante no sentido de Lixa e Felgueiras.


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Cruz Vermelha já tem “casa” em Amarante

Área ardida no concelho aumentou 12 vezes Alexandre Panda | apanda.tamegapress@gmail.com Os incêndios que já queimaram cerca de 1000 hectares de mato e floresta no concelho de Amarante já representam, em relação ao ano passado uma multiplicação por 12. Enquanto que em 2008 arderam apenas 80 hectares de pinhal e mato, este ano os números conheceram um crescimento exponencial: mais de 1000 hectares. Só durante os grandes incêndios que deflagraram no mês Março no Marão arderam cerca de 400 hectares, o que só por si já tinha ultrapassado os números do ano passado. Uma fonte ligada a administração da floresta adiantou ao Repórter do Marão que foram destruídos cerca de 80 hectares de mato, sendo que o resto das árvores ardidas é composto por pinhal e floresta. Na zona da Aboboreira, os carvalhos é que foram vítima das chamas, enquanto que na zona de Mancelos o pinhal é que foi o mais afectado. Mas em todas as zonas as chamas não deram tréguas aos homens que combatiam o fogo, que, em muitos casos terá mão criminosa. Todas as estruturas de combate às chamas, bombeiros, GIPS, protecção civil, sa-

padores florestais e meios aéreos desdobraram de esforço para defender a floresta de Amarante. Segundo o Comandante dos bombeiros de Amarante, a área ardida deste ano ultrapassa os cerca de 1300 hectares, muito por causa de dois grandes incêndios. “Tivemos mais incêndios este ano que nos últimos três. No ano passado não tivemos sequer um grande incêndio. Duas grandes ocorrências, de Carvalho de Rei e do Marão, são responsáveis por cerca de 1000 hectares de área ardida. Só essas deram muito trabalho aos bombeiros”, explicou ao Repórter do Marão, Fernando Rocha, comandante da corporação de Amarante. Entre reacendimentos, novos pontos de incêndios e pequenos focos, este ano os bombeiros de Amarante contabilizaram 140 ocorrências. O mesmo responsável explicou ao RM que, este ano, a luta contra as chamas enfrentou uma nova dificuldade: os reacendimentos. “Houve a particularidade de haver imensos reacendimentos. Em Vila Caíz ou na Lomba tivemos reacendimentos diários o que nos leva a suspeitar

de fogo posto”, adiantou ao RM, Fernando Rocha. Quanto aos meios disponíveis para combater as chamas o comandante da corporação de Amarante destaca os meios humanos. “Em termos de soldados da paz, todos os meios disponíveis foram accionados e devo dizer que os voluntários entregaram-se de corpo e alma. Relativamente aos meios materiais, é verdade que a dimensão dos incêndios que conhecemos obrigaram-nos a pedir apoio aos colegas de outras corporações”, rematou Fernando Rocha.

A Cruz Vermelha Portuguesa tem sede em Amarante. O edifício desta instituição teve um investimento de cerca de 600 mil euros, sendo que mais de 50% foi financiado pela autarquia de Amarante. Armindo Abreu, presidente da Edilidade, acredita que este investimento é necessário para o município. Por outro lado, a Câmara Municipal de Amarante contribui, também, na requalificação dos espaços envolventes da sede da Cruz Vermelha Portuguesa. Na cerimónia de inauguração Armindo Abreu lançou o desafio ao presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Luís Barbosa, presente no evento, para a criação de novos pontos de trabalho qualificado. A inauguração terminou com a condecoração da autarquia de Amarante, representada por Armindo Abreu, com a medalha Cruz Vermelha de Benemerência.

“O miúdo” Nova creche em Amarante

Armindo Abreu, Presidente da Edilidade do município de Amarante inaugura a nova instituição de utilidade pública nas Bouças do Pombal - creche “O Miúdo”. A creche para além dos serviços de ensino também garante 41 postos de trabalho fundamentais para o mercado social de emprego. Segundo Armindo Abreu “O Miúdo” é já uma das mais prestigiadas instituições de ensino marcada por uma gestão séria e rigorosa. O investimento neste espaço de ensino foi de 272 mil euros, tendo a Câmara Municipal de Amarante comparticipado com 40 mil euros e o Estado, através do PARES, com 96 mil euros.


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Albufeira da Pala terá hotel de cinco estrelas em 2012 Jorge Sousa | jsousa.tamegapress@gmail.com A região do Douro necessita de 1.500 a 2.000 camas qualificadas – de hotéis de quatro e cinco estrelas – para ter capacidade de atracção turística no mercado internacional, considerou ao Repórter do Marão Joaquim Ribeiro, administrador da empresa que projecta construir, em 2012, uma nova unidade hoteleira de cinco estrelas, em Ribadouro, Baião. O Grand Douro Hotel Marina e SPA, que arrancará em 2010, será o primeiro hotel com aquela classificação no Douro médio e o terceiro em todo o território duriense, a seguir ao Aquapura (Lamego) e ao Douro 41, do grupo Quintas das Lágrimas, que deverá abrir ainda este ano em Raiva, Castelo de Paiva, na margem esquerda do Douro. O também administrador do Douro Palace, em Baião, que falava ao RM à margem da apresentação pública do projecto, promovido pela empresa JASE e pela Câmara Municipal de Baião, considera “que o Douro não tem oferta suficiente” e que sem a constru-

ção dos novos hotéis anunciados “terá muita dificuldade em se afirmar como destino turístico”. “Planeámos abrir já no ciclo positivo da economia”, disse o empresário, que pretende ter o hotel aberto a tempo da época alta de 2012. Para Joaquim Ribeiro, o importante é os empresários racionalizarem os custos da construção dos empreendimentos – que demoram 15 anos a amortizar – e terem em atenção “a optimização dos custos das estruturas durante o seu funcionamento”. É esse aproveitamento que o empresário pretende conseguir quando tiver em funcionamento as duas unidades hoteleiras construídas no concelho de Baião, separadas por pouco mais de uma dezena de quilómetros. Joaquim Ribeiro considera os resultados de exploração do Douro Palace “muito positivos”, tendo atingido a média de 55 por cento de ocupação anual e atingindo picos de 97 por cento na época alta e em ocasiões festivas.

O projecto apresentado – ainda na fase de estudo prévio – é da autoria do arquitecto Rui Castro, que pretende “encrustar” na encosta da margem direita do Douro os quartos e as áreas públicas do hotel [ver fotos]. Orçado em 12 milhões de euros, o empreendimento terá 70 quartos, marina e SPA e deverá abrir “no início de 2012” na freguesia de Pala, Ribadouro, em Baião. Será o segundo hotel promovido pela Jase - Empreendimentos Turísticos, criada há cinco anos em Gaia e que, em Julho de 2008, inaugurou em Santa Cruz do Douro, Baião, o quatro estrelas Douro Palace. Além do investimento privado, que deverá gerar 60 postos de trabalho directos – maioritariamente de pessoal da região envolvente – quer a Câmara de Baião quer o IPTM (Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos) prometem investir em conjunto mais cerca de 1,3 milhões de euros.

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Duas vítimas do comboio continuam hospitalizadas Os dois feridos graves do acidente que vitimou mortalmente cinco pessoas, numa passagem de nível sem guarda em Santa Leocádia, Baião, continuam internados no hospital de S. João do Porto. Enquanto Marco Lucas, de 16 anos, continua com prognóstico reservado, Pedro já está em recuperação, embora permaneça internado. O acidente aconteceu quando uma viatura, onde seguiam sete pessoas com destino a um autocarro que ia para Fátima, atravessou a linha do Douro, no passado dia 1 de Setembro. No carro estava o presidente da junta local, Manuel Guedes, que preparava uma viagem a Fátima. Além do autarca, faleceram Sérgio Pereira, de 55 anos, Filomena Carvalho Pereira, de 63 anos, Manuel Lucas, de 67 anos. Maria José de 63 anos, mulher de Manuel Lucas acabou por falecer no hospital de Penafiel.


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castelo de paiva

Couto Mineiro vai ter piscina A Câmara de Castelo de Paiva vai construir uma piscina na zona do Couto Mineiro, na freguesia de Pedorido. O presidente da Câmara, Paulo Teixeira, anunciou domingo que já foi adquirido um terreno e aberto concurso para a elaboração do projecto de construção da nova piscina municipal estando para breve a apresentação de uma candidatura ao QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional. O concelho de Castelo de Paiva tem em funcionamento uma piscina coberta de aprendizagem, em Sobrado, e uma descoberta na zona ribeirinha do Castelo, na freguesia de Fornos.

Estádio dotado de piso sintético F.C.Porto e Leixões inauguraram melhoramentos no Campo Municipal da Boavista. Paula Costa | pcosta.tamegapress@gmail.com A inauguração do piso sintético e das obras de valorização do Campo Municipal da Boavista, em Castelo de Paiva, decorreu na tarde do passado domingo, em ambiente de festa e com as presenças do Secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, do Leixões Sport Clube e do FC Porto. Realçando o maior investimento de sempre nestas instalações desportivas municipais, entregues à gestão do Sporting Clube Paivense (que este ano assinala o 66.º aniversário), o presidente da Câmara manifestou o desejo de que “a colectividade possa preservar e dignificar o espaço, que em muito vai ajudar na formação desportiva de centenas de jovens paivenses”. A empreitada de valorização do Campo Municipal da Boavista, orientada para a colocação de piso sintético, ultrapassou os 410 mil euros, sendo mais de 230 mil euros pagos pela Câmara de Castelo de Paiva. O presidente do SC Paivense, Maurício Corvo, destacou a parceria com a Câmara e a conjugação de “esforços, no sentido de, com o Estado Portu-

guês, conseguir tornar realidade um sonho que há muito se perseguia”. De acordo com uma nota de imprensa da Câmara de Castelo de Paiva, o Secretário de Estado do Desporto recordou que o concelho paivense era na região do interior um dos que não tinha um campo relvado e por isso merecia que esta estrutura fosse realizada, sendo uma obrigação do Estado para com as populações,proporcionar as melhores condições para a prática desportiva. Laurentino Dias frisou que o clube paivense fica agora com condições dignas, mas há que avançar para a construção de mais balneários, para garantir a operacionalidade do recinto desportivo, prometendo que o Estado, através do Instituto do Desporto, vai continuar a ser parceiro dos clubes e das autarquias.

Concessão do IC 35 lançada até Junho de 2010 O concurso da Concessão Vouga que abrange a construção do Itinerário Complementar (IC) 35 que fará a ligação entre Castelo de Paiva e o nó da A4, em Penafiel vai ser lançado lançar até ao final do primeiro semestre de 2010. Recorde-se que a construção do IC 35 tinha sido anunciada pelo ministro da Economia no final de Agosto durante uma visita a Castelo de Paiva. Posteriormente, o Ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações rectificou a informação anunciando que a Concessão será lançada pela Estradas de Portugal até Junho do próximo ano. A Concessão Vouga é um dos “quatro novos empreendimentos rodoviários prioritários” identificados num Despacho do Governo de 28 de Agosto último. A Concessão será lançada em regime de parceria público-privada.


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felgueiras

Recordar o passado Ranchos folclóricos animam “Feira das Tradições” Paula Costa Mais de duas dezenas de ranchos e grupos folclóricos vão animar a “Feira das Tradições” que decorre no próximo domingo, dia 13, na alameda de Santa Quitéria, em Felgueiras. No total participam 24 grupos dos concelhos de Felgueiras, Amarante, Lousada, Baião, Penafiel, Paredes, Paços de Ferreira, Guimarães, Esposende e Barcelos. O 6.º encontro de tocadores de concertina, cantares ao desafio, o jogo do pau de Fafe e outros jogos tradicionais, fazem parte do programa da Feira que se realiza pelo 12.º ano consecutivo e é promovida pela Câmara de Felgueiras em colaboração com o Rancho Folclórico de Varziela. Durante a “Feira das Tradições”, que vai estar aberta ao público entre as 9h00 e as 19h00, cada rancho folclórico vai ter uma banca de venda dos seus produtos onde os visitantes vão poder comprar vinho verde, doçaria e artesanato. Vestidos com os seus trajes regionais, os participantes vão procurar recriar o ambiente das feiras tradicionais.

Campanha medula óssea no hospital

Atletismo juntou bombeiros na Lixa

O hospital Agostinho Ribeiro em Felgueiras vai organizar uma campanha de recolha de medula óssea, durante o próximo dia 12 de Setembro. Portugal está na segunda posição no registo europeu de dadores de medula óssea, com 163 mil dadores registados em Maio. Em menos de dois anos inscreveram-se 90 mil pessoas, o que permitiu que Portugal deixasse o último lugar que ocupava em 2002 com apenas 1300 dadores. Duarte Lima, político do PSD que sofreu de leucemia, considera que se trata de uma evolução extraordinária. Com o lema “não fique de fora seja doador” o hospital da Misericórdia Agostinho Ribeiro irá acolher os doadores todo o dia. A medula óssea está no topo das necessidades sentidas pelos serviços clínicos nacionais e internacionais, visto que encontrar um dador compatível é uma tarefa difícil, devido às diferenças genéticas a nível individual. Apenas 25 por cento dos doentes tem um dador de família compatível, facto que a organização da campanha aponta como factor principal na procura de voluntários para além do foro familiar. Os potenciais dadores terão que ter entre os 18 e os 45 anos de idade, serem saudáveis, com um peso mínimo de 50kg e nunca terem feito uma transfusão de sangue. Após o processo de questionário e testes clínicos, os nomes dos futuros dadores serão guardados numa base de dados nacional e internacional.

José Lopes, dos Bombeiros de Viana do Castelo, foi o vencedor do II Grande Prémio Inter-Bombeiros, organizado pelos Bombeiros Voluntários da Lixa.O bombeiro Joaquim Rocha, da corporação de Baltar, Paredes, foi o segundo a

terminar os cerca de nove quilómetros da prova e o primeiro no escalão de veteranos. Ana Dias, dos Bombeiros de Vieira do Minho, foi a melhor entre as mulheres. A prova, realizada no âmbito das comemorações dos 120 anos da corporação lixense, com o apoio da Câmara de Felgueiras, contou com a participação de aproximadamente 200 bombeiros de diversas corporações do país. Associada a esta competição decorreu uma mini-caminhada pelas principais ruas da Lixa em que participaram de mais de 250 pessoas.


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lousada

Refeitórios escolares têm nova ementa Com a colaboração da nutricionista do centro de saúde de Lousada, a câmara remodelou a ementa dos refeitórios dos jardins-de-infância e escolas do 1.º Ciclo. Cada refeição é composta por sopa de legumes, prato de carne, onde se inclui o frango estufado, carne de porco assada, coelho estufado ou rojões; e peixe: raia estufada, sardinha, salmão grelhado e pescada estufada. As cozinheiras e as auxiliares dos refeitórios frequentaram formação específica sobre a melhor forma de conservar e cozinhar as refeições e ainda sobre higiene e segurança. No último ano lectivo mais de 3.100 crianças frequentavam os refeitórios escolares. Cada semana do mês possui um menu diferente que exclui os fritos. As refeições passam a incluir, em dias alternados, peixe e carne.

Agricultores vendem directamente ao consumidor

Enriquecimento curricular No concelho de Lousada as Actividades de Enriquecimento Curricular vão permitir o funcionamento das escolas do 1º Ciclo entre as 9h00 e as 17h30. Os alunos mais novos (do 1.º e 2.º anos) vão ter actividade física e desportiva; os do 3.º e 4.º ano, natação, inglês, música e outras actividades, que englobam os vários tipos de expressão e ainda as Tecnologias da Informação e Comunicação, para todo o 1.º Ciclo. Os jardins-de-infância vão ter Actividades de Enriquecimento de Prolongamento de Horário relacionadas com música, a cargo de docentes do Conservatório do Vale do Sousa, fruto de um protocolo entre a câmara municipal e a Associação de Cultura Musical de Lousada. O projecto “Música em movimento” é outra das vertentes destinada aos mais pequenos e é leccionada por educadoras contratadas pela autarquia. O prolongamento de horário para os jardins-de-infância deve ser solicitado pelos encarregados de educação nos serviços da câmara. O pagamento é efectuado de acordo com os rendimentos do agregado familiar.

Paula Costa | pcosta.tamegapress@gmail.com No Vale do Sousa, a venda de produtos hortofrutícolas sem intermediários é feita no âmbito do Projecto Prove – Promover e Vender, que é financiado pelo programa comunitário Equal e tem entre as entidades parceiras o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Na região é a Ader-Sousa – Associação de Desenvolvimento Rural das Terras do Sousa, a entidade que está a dinamizar o projecto e a fazer o acompanhamento no terreno. Inovador, porque permite a venda directa de frutas e legumes frescos provenientes de explorações agrícolas locais, o Projecto Prove começou por ser implementado há um ano no concelho de Lousada com um grupo de cinco produtores que a nível concelhio se agrupam em núcleos. O núcleo de Lousada tem actualmente 25 consumidores. A entrega dos cabazes faz-se semanalmente, à sexta-feira, entre as 17h30 e as 19h30, na Adega Cooperativa de Lousada. No dia e hora definido, o consumidor levanta o cabaz com a lista de produtos hortofrutícolas que pode escolher previamente no sítio da internet www.prove.com.pt. É possível comprar dois tipos de cabazes: um maior, que pesa entre 7 a 9 quilos e custa 9, 50 euros ou um mais pequeno que custa 6 euros e tem um peso entre 6 e sete quilos.

Em Penafiel, o núcleo local iniciou a actividade em Novembro do ano passado com cinco produtores e cerca de 25 clientes que levantam os cabazes na Cooperativa Agrícola de Penafiel, à sexta-feira, das 17h30 às 19h30. Paços de Ferreira também aderiu em Novembro de 2008 , com dois produtores. Actualmente, por semana ou quinzenalmente, são feitas cerca de 18 entregas numa exploração agrícola, em Frazão. Em Paredes, os primeiros dez cabazes foram vendidos no passado mês de Julho, na Cooperativa Agrícola de Paredes. A criação do núcleo (que conta com sete produtores), foi apoiada pela Associação das Mulheres Agricultoras e Rurais Portuguesas. Cada núcleo de produtores organiza-se para preparar os cabazes e o dinheiro das vendas é depois distribuído entre todos. Cláudia Costa, a técnica da AderSousa que acompanha o Projecto Prove realça a inovação que permite aos produtores agrícolas escoar o que produzem e não abandonarem a actividade. Por outro lado, “ Tem um sistema de comercialização inovador, promove o intercâmbio de conhecimentos e a criação de novos hábitos”, salientou Cláudia Costa ao Repórter do Marão. As frutas e legumes que compõem os cabazes são produzidos

Cerca de 20 produtores agrícolas dos concelhos de Lousada, Penafiel, Paços de Ferreira, Paredes e Felgueiras já aderiram ao Projecto Prove seguindo as boas práticas agrícolas. “São produzidos cá e têm realmente qualidade”, referiu. Dos 22 produtores que integram os 5 núcleos concelhios, 3 estão integrados no Modo de Produção Biológico. Alguns agricultores “vêem aqui uma possibilidade, um apoio”, disse a técnica da Ader-Sousa. Mas o trabalho de sensibilização dos produtores “não é fácil” porque colide muitas vezes com atitudes individualistas. Os consumidores “da classe média-alta” que compram os cabazes têm-se mostrado “satisfeitos” com o processo e com a relação qualidadepreço dos produtos. O próximo núcleo do Projecto Prove vai iniciar actividade em Felgueiras ainda este mês. As entregas vão ser feitas na Junta de Freguesia de Idães.


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Igreja de Santa Maria procura mecenas Obras de manutenção custam 100 mil euros Paula Costa | pcosta.tamegapress@gmail.com A Igreja de Santa Maria, no Marco de Canaveses, está à procura de um mecenas que financie os cerca de 100 mil euros que custam as obras de manutenção da Igreja e Centro Paroquial, complexo arquitectónico da autoria de Álvaro Siza Vieira, disse ao Repórter do Marão o padre Fernando Silva, responsável pela Igreja de Santa Maria. Segundo o pároco, o recurso ao mecenato “é a única forma” de conseguir fazer as obras. A paróquia de Fornos, onde se localiza o complexo paroquial, ainda está a pagar à banca o empréstimo de cerca de um milhão de euros pedido para a construção do Centro Paroquial. A Igreja (que custou um milhão de euros) já foi integralmente paga. O gabinete do arquitecto Siza Vieira disponibilizou-se

para oferecer o projecto de intervenção e já foram feitos contactos com a Câmara do Marco de Canaveses e com o bispo do Porto, D. Manuel Clemente. O pároco diz que é preciso “intervir a vários níveis, manutenção que requer qualquer edifício” rejeitando a ideia de que o imóvel esteja ao abandono. “Não é verdade! Tenho a certeza que não está abandonado”, reagiu. “Agora não podemos é andar com uma gamela a reparar cada fissura que aparece… o que é preciso fazer é uma intervenção global que tem que ser bem equacionada”, considerou. Há fissuras nas paredes, ferrugem na porta principal (que ainda não tem o revestimento definitivo), e o soalho tem problemas desde que a Igreja de Santa Maria foi inaugurada, em

1996. Nalgumas paredes das traseiras há vários graffitis. Fernando Silva diz que já por cinco vezes mandou limpar e pintar as paredes e que se trata de “um problema de segurança da cidade”.

O gabinete do arquitecto Siza Vieira disponibilizou-se para oferecer o projecto de intervenção e já foram feitos contactos com a CM do Marco de Canaveses e com o bispo do Porto.

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Em vias de classificação desde 2004 Desenhada no início da década de 90 pelo mais destacado arquitecto português e visitada por muitos estrangeiros (sobretudo japoneses), a Igreja de Santa Maria do Marco de Canaveses está em vias de classificação, mas o processo arrastase há cinco anos e meio. O Despacho de Abertura, que coloca o imóvel em vias de classificação e o protege, é de 05/02/2004. Neste momento estão a ser estudadas a proposta de classificação e a proposta de ZEP – Zona Especial de Protecção, soube o RM. A Direcção Regional de Cultura do Norte considera que se trata de um “processo complexo” com “muitos passos administrativos”. No final, a Igreja de Santa Maria deverá ser considerada Imóvel de Interesse Público ou de Interesse Nacional. Para o padre Fernando Silva o processo não tem tido desenvolvimentos por questões relacionadas com os serviços: “A candidatura está lá… houve mudança de legislação, mudança dos serviços [do IPPAR para o IGESPAR], mudança de Governo”.


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“Para quê ir votar?”

Uma Junta que não chegou a ser Autarcas de Santo Isidoro não reuniram durante quatro anos António Orlando | aorlando.tamegapress@gmail.com Quatro anos depois, a junta de Freguesia de Santo Isidoro, Marco de Canaveses, continua sem executivo. Os desentendimentos entre as diferentes correntes politicas que elegeram membros nas eleições autárquicas de 2005 revelaram-se insanáveis. Resultado: o executivo da junta não passa de ficção. É como o pai natal, todos falam nele mas o dito, não existe! O executivo que existe é uma espécie de “best-off ” da direita que governou aquela freguesia nos últimos oito anos. Na solução de remedeio, o presidente reeleito, Alcino Vieira, mantémse no cargo, coadjuvado pelos vogais dos mandatos anteriores. Foi esta a solução que, informalmente, a Governadora Civil, Isabel Oneto, terá aconselhado o presidente de freguesia Alcino Vieira, a seguir. Juridicamente não existirá suporte legal para tal solução. Não há certezas. O certo é que foi adoptada. As duas forças politicas da Oposição CDU e PS que coligadas (no caso entendimento informal) têm a maioria no órgão. Dizem-se impedidas de participar activamente na governação da freguesia. Alegam que o resultado eleitoral lhes conferiu tal direito. Há vários culpados para que o tal braço-de-ferro perdurasse por longos quatro anos, a totalidade do mandato autárquico. Desde logo pelo legislador, leia-se Assembleia da República, cujos Deputados foram incapazes de descerem à realidade e perceberem o imbróglio jurídico por eles criado

com a alteração legislativa da lei eleitoral autárquica. Como nada foi feito, “o caso Santo Isidoro” pode repetirse numa freguesia por esse país fora. Aliás, a freguesia de Meda, em Gondomar foi noticia por idêntica situação à de Santo Isidoro. Porém, em Gondomar, as intransigências duraram “apenas” dois anos. A meio do mandato, a lista mais votada demitiu-se e deu lugar a eleições. O eleitorado retribui-lhe com maioria absoluta! Problema Resolvido (ver caixa) Em Santo Isidoro não. As forças políticas foram incapazes de produzirem uma solução. Nem se entenderam para formar governo, nem se demitiram em número suficiente para que o Governo Civil convocasse eleições. O Governo Civil que chegou a reunir com as partes em confronto mostrou-se, também, incapaz de convencer os parlamentares, se é que o tentou, para que dessem uma solução jurídica ao caso. “Sem Orçamento legalmente aprovado, o Tribunal de Contas aprovou a contabilidade da freguesia”, garante, Alcino Vieira. Além de não ter as contas de acordo com as regras do poder autárquico, a Junta de Santo Isidoro devido a este caso, não pôde receber transferências de poderes e meios da Câmara. Por exemplo nas escolas. Se nas restantes freguesias a gestão é feita pela Junta, aqui em Santo Isidoro é a Câmara que gere a situação. A Junta limita-se a pouco mais que a cobrar as tarifas de água e à passagem de atestados…

Na freguesia de Santo Isidoro há quem questione a razão da ida às urnas. “Se se votou e não há Junta de Freguesia e a vida continuou, para quê ir votar?” A frontalidade dos populares, ouvidos pelo Repórter do Marão, choca com a recusa de cada um em dar um rosto à opinião. A pequenez da freguesia, onde todos se conhecem, pode ajudar a explicar. De tão pequena que é a freguesia de Santo Isidoro, é já grande a certeza que o próximo presidente daquela junta narcuense será…Baldaia! Resta saber o nome próprio: se Jorge (CDU), antigo presidente; se Agostinho, apoiado tacitamente pelo PSD e pela candidatura Um Marco de Verdade de Norberto Soares; se Joaquim (PS) irmão do Jorge. Todos Baldaia!

Empate deixa Junta de Medas sem Executivo Em Medas, no concelho de Gondomar, registou-se um problema em tudo idêntico ao de Santo Isidoro. Lá, em Medas, nas últimas eleições autárquicas a coligação PSD/PP, encabeçada pelo presidente da autarquia, António Santos Carvalho, venceu o PS com uma vantagem de 113 votos, mas registou-se um empate no número de mandatos atribuídos a cada uma daquelas forças partidárias (quatro) na Assembleia de Freguesia, sendo que a CDU passou a ter um. Em maioria, a Oposição acabou por rejeitar os dois vogais para a Junta propostos pelo cabeça de lista mais votado. O imbróglio acabaria por ser resolvido dois anos depois com a demissão em bloco da coligação de direita. O eleitorado chamado novamente às urnas, terá apreciado a decisão de força ao premiar os demissionários com uma maioria nas eleições intercalares.


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Sobrelotação das escolas do Marco marca arranque do ano lectivo António Orlando | aorlando.tamegapress@gmail.com O novo ano escolar, se não surgirem impeditivos de última hora, na maioria das escolas, arranca nesta segunda-feira, dia 14. O regresso às aulas acontece num dos momentos mais agitados de que há memória: a paz entre professores e Ministério de Educação está longe de ser conseguida, é véspera de eleições legislativas e de autárquicas, a figura do Director Escolar é reintroduzida na gestão escolar por força da legislação aplicada pelo Governo de José Sócrates e, se tudo isto não bastasse, paira sobre a sala de aulas a ameaça de uma pandemia de gripe A (H1N1). Na região do Tâmega e Sousa, a falta de alunos não é problema. Antes pelo contrário. Salvo em zonas isoladas e, diga-se, apenas no ensino básico do 1º ciclo básico, é que há redução do número alunos, no resto o problema é de sobrelotação. Marco de Canaveses é dos concelhos mais problemáticos nesta área. A EB 2,3 e Secundária (ambas na cidade) continuam a ter alunos em excesso. Para que se perceba melhor, por exemplo, a lotação da EB2,3, é de 600 alunos, e tem para este ano matriculados 1045 alunos. Há vários anos que o problema existe mas nem por isso as autoridades se apressam a resolvê-lo. Tanto

mais que o insucesso e o abandono escolar atingem taxas preocupantes. A ansiada nova Escola Básica Integrada (EBI) que deveria descongestionar a EB 2,3 do Marco, continua votada às calendas gregas. Os anúncios do primeiro-ministro de remodelação do parque escolar do ensino secundário, como forma de reactivar a economia, não contemplam novas escolas. Fonte escolar adiantou ao Repórter do Marão que as aulas neste estabelecimento de ensino só vão arrancar no dia 28. A explicação é simples: a direcção escolar não consegue arrumar a totalidade dos alunos no espaço existente. Em face das actuais instalações, segundo o RM conseguiu apurar, uma turma não tinha sala de aulas disponível. Perante o alerta vermelho, responsáveis da DREN estiveram esta semana no Marco, tendo na ocasião dado autorização a um empreiteiro para que proceda à readaptação dos espaços existentes de forma a que se crie mais três salas de aula normais. “É um problema antigo, que só com esta direcção é que conseguimos resolver”, disse ao Repórter, o Director da Escola, Alberto Tavares. No caso particular desta EB 2,3 Marco, a

anunciada pandemia de gripe A, em face da exiguidade de espaços, pode criar problemas acrescidos. É voz corrente que as crianças não têm espaço sequer para brincar. Descobrir uma sala que isole potenciais casos que possam existir, não é tarefa fácil, como admite o responsável, garantindo no entanto que “estão a ser preparadas as medidas aconselhadas pela Direcção-Geral de Saúde”. Esta é pois, a primeira prova de fogo do Director de Escola da EB 2,3 Marco. Alberto Tavares Morais Soares foi eleito para o novo cargo após uma acesa disputa eleitoral entre este docente e outros dois concorrentes. A eleição chegou a estar empatada.

A ansiada nova Escola Básica Integrada (EBI) que deveria descongestionar a EB 2,3 do Marco, continua votada às calendas gregas.


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Monumento aos mortos da Guerra Colonial A Câmara de Paredes vai inaugurar um monumento de homenagem aos militares do concelho que faleceram na Guerra Colonial. A iniciativa está marcada para domingo, dia 13, e integra as comemorações do 7.º Aniversário da Delegação do Vale do Sousa da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra. A recepção dos convidados começa às 10h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Depois vai ser feita a entrega de placas honrosas, com o registo dos militares falecidos no Ultramar, aos presidentes de Junta de Freguesia. O monumento é inaugurado no final.

Paredes: seminário sobre “Stress de Guerra”

Aumenta a procura na Sopa Solidária Em Paredes uma associação está a lutar contra a fome, solidão e a probreza Alexandre Panda | apanda.tamegapress@gmail.com Os pedidos de ajuda estão a aumentar na Obra de Caridade ao Doente e ao Paralítico de Paredes que conta com uma história de 30 anos na ajuda aos carenciados. São reformados pobres, jovens em dificuldades, mas também pessoas da classe média, que procuram o calor humano de um convívio destinado a quem se sente só. De quinze em quinze dias, à quinta-feira, os voluntários da Sopa Solidária abrem as portas da associação. Aos poucos, chegam os idosos ou a pé ou nas carrinhas que servem para ir buscar aqueles que têm dificuldade em deslocar-se. Nas mesas, há tabuleiros com um prato de sopa, outro com comida, fruta e uma bebida. Ao sentar-se, os idosos não olham directamente para o prato mas sim para os vizinhos do lado, de quem esperam um bom companheiro de convívio. Feliciano Garcês é o padre que há cerca de três anos criou a Sopa

Solidária na Obra de Caridade ao Doente e ao Paralítico (OCDP). O responsável diz que o principal objectivo desta sopa solidária é proporcionar às pessoas carenciadas e idosas o acesso a convívio e a uma sopa quente. “A ideia não é apenas matar a fome às pessoas. É verdade que há carência alimentar mas aqui procuramos ir ao encontro de dois males: de quem está sozinho e não tem de comer e de quem está sozinho, mas tem muito. Juntam-se uns e outros e assim deixam de estar sozinhos e todos têm de comer”, explicou o sacerdote, em entrevista ao RM. Pobreza envergonhada A OCDP é uma associação fundada em 1973, possui 3500 associados, a quem disponibiliza serviços de assistência. Anualmente realiza uma peregrinação a pé a Fátima, que conta com a adesão de centenas de pes-

soas. A Sopa Solidária foi criada em 2007 e o número de pessoas a procurar a associação para comer tem vindo a aumentar. “Esta é daquelas iniciativas que era bom que não tivesse sucesso, mas a verdade é que tem vindo a aumentar. Há dois anos eram cerca de 50 pessoas, mas actualmente são cerca de 100. Houve uma fase em que eram só idosos, mas actualmente aparecem cada vez mais casais jovens. Alguns vêm no final buscar um saquinho com óleo, farinha ou leite. Eles aparecem no final para não serem vistos, porque há cada vez mais pobreza envergonhada”, acrescentou o padre Feliciano Garcês. Desde o início do ano, com o aumento do desemprego em Espanha, muitos trabalhadores voltaram para Portugal sem trabalho e sem possibilidade de sustentar as famílias. Os pedidos de dinheiro para medicamentos também têm aumentado.

No próximo sábado, dia 12, vai ter lugar no Auditório da Casa da Cultura de Paredes um seminário sobre “Stress de Guerra”, organizado pela Delegação do Vale do Sousa da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra em parceria com o Pelouro da Protecção Civil da Câmara de Paredes. Às 15h00 vai ser inaugurada uma exposição de fotografia sobre a Guerra Colonial. Na sessão de abertura (às 16h00) vão participar o presidente da Câmara Municipal de Paredes, Celso Ferreira, a vereadora do Pelouro de Protecção Civil, Raquel Moreira da Silva e o presidente da Delegação do Vale do Sousa da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra, António Oliveira. O “Stress Pós-traumático e Rede Nacional de Apoio”, e “A Guerra do Ultramar” são temas a que vão ser abordados pelo presidente da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra, Augusto Freitas, e pelo historiador, José Luís Moreira, respectivamente.


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Uns Paços à frente na prevenção

Carlos Alexandre Teixeira | calexandre.tamegapress@gmail.com

“Vemos as coisas acontecerem neste tipo de profissão de risco, sus-

ceptível a choques e traumatismos, noutros clubes e países e entendemos ser necessário reforçar os meios de prevenção”, explicou o director clínico do Paços de Ferreira. Segundo Manuel José, o DAE veio “aumentar em muito” a capacidade de resposta do clube, que já dispunha de uma caixa de primeiros socorros com antropina e adrenalina para situações de paragem respiratória ou cardio-respiratória. Por estrear O equipamento, de origem holandesa e com um custo a rondar os 2 500 euros, está instalado no posto médico e já por duas ocasiões esteve para ser utilizado: uma envolveu um espectador que já chegou cadáver e noutra valeram as “massagens de ressuscitação” do clínico a uma criança que se encontrava em paragem respiratória. “Não posso estar mais de acor-

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Feira do Ambiente em Paços de Ferreira

Espaços públicos, como os estádios ou centros comerciais, já podem ter desfibrilhadores

Os espaços públicos, como os estádios de futebol, podem, desde o início do mês, dispor de desfibrilhadores para utilização por pessoal não-médico, uma medida que foi antecipada em vários anos pelo Futebol Clube de Paços de Ferreira. Esta medida não é mais do que a aplicação prática de decreto-lei que estabelece a utilização do DAE (desfibrilhador automático externo) por pessoal não médico devidamente formado, publicado em Diário da República a 12 de Agosto. O equipamento foi adquirido pelo clube pacense em Setembro de 2004, uns meses após a morte súbita do “benfiquista” Miklos Féher no relvado do Vitória de Guimarães (24 de Janeiro), e resultou da necessidade de tentar responder a acontecimentos que, sendo raros, têm bastante impacto mediático.

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do com as novas regras para o manuseamento do DAE, agora alargado a pessoal não-médico desde que recebam formação, pois, sendo utilizado como deve ser, pode salvar muitas vidas”, sublinhou Manuel José.

Os aparelhos são muito simples de utilizar. O essencial é ligá-los e colocar os eléctrodos. “O resto é com a máquina, que é quem dá as instruções e aplica, se necessário, os choques”, explicou Manuel José.

O Jardim Municipal de Paços de Ferreira recebe durante quatro dias a feira do Ambiente 2009. Artesanato, exposições, oficinas pedagógicas e actividades musicais são algumas das várias iniciativas que vão marcar os quatro dias do certame. De 10 e 13 de Setembro haverá dias temáticos sendo que a feira começa com o dia da Água, seguido do dia dos R’s (reciclar, reduzir e reutilizar), passando no dia 12 pelo dia do Ar e finalizando com o dia da Energia, a 13 de Setembro. A finalidade deste evento é sensibilizar a população para a necessidade de cuidar do ambiente e por isso vão ser organizadas actividades educacionais e culturais em prol de um planeta melhor.


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penafiel

Coligação Penafiel Quer sem programa eleitoral

Piso da piscina magoa pés das crianças Revestimento das Piscinas das Termas de S. Vicente em causa. Câmara fala em utilização excessiva. O revestimento das renovadas piscinas das Termas de São Vicente, em Penafiel, está a provocar escoriações nos pés das crianças. Ao fim de menos de uma hora de banho as crianças saem magoadas e com os pés a sangrar. Apesar de estarem contentes com o equipamento, os pais querem que o piso seja melhorado, para que os mais novos possam desfrutar, por completo, de um dia de natação. A autarquia promete averiguar o problema e resolvê-lo. As piscinas das Termas de São Vicente estiveram inactivas durante cerca de dois anos e, no ano passado a autarquia de Penafiel decidiu elaborar um projecto para renovar o equipamento e adequá-lo a todas as faixas etárias. Foram inauguradas no início do mês de Julho e as primeiras queixas já estão a surgir. Ao que tudo indica, por motivos de segurança, foi colocado um piso rugoso, bastante aderente, que circunda os dois tanques do complexo. Se os adultos, que têm uma superfície plantar mais resistente, sentem apenas algum comichão, o piso cria feridas e lesões nos pés dos pequenos, principalmente na zona dos dedos. As crianças, que têm por hábito correr e saltar, acabam por ter um maior desgaste que é aumentado pelo facto de passarem algum tempo dentro de água. O vai e vem entre o tanque e os espaços contíguos estarão na origem do problema. “O meu filho tem sete anos e por duas vezes que venho às piscinas o me-

Alexandre Panda | apanda.tamegapress@gmail.com

nino fica sempre com ferida nos pés. Admito que ele corra muito, mas o piso que foi colocado na piscina é demasiado agressivo. É bom que haja aderência mas não pode ser à conta de feridas”, adiantou ao Repórter do Marão (RM), Maria Meireles, uma utente das piscinas. Outra mãe, com um casal de meninos de quatro e seis anos, faz as mesmas queixas. “Parece que colocaram lixa. Aquilo está demais e não pode continuar assim, porque se assim permanecer, terei de deixar de trazer os meus filhos aqui. Ficam com os pés magoados por vários dias”, explicou ao Repórter do Marão a mulher que não quis ser identificada.

Autarquia garante segurança e fala em utilização excessiva Para a reabertura, a autarquia de Penafiel realizou obras no valor aproximado de 350 mil euros. As obras consistiram na adaptação do tanque principal e na criação de um tanque destinado a crianças de tenra idade (chapinhadouro), onde, segundo os pais, o piso é demasiado agressivo para os pés das crianças. Confrontada pelo RM, uma fonte da câmara municipal de Penafiel, reconheceu que a utilização intensiva do tanque leva à criação de alguma debilidade nos pés das crianças. “Todos os equipamentos estão dentro das normas legais, ou seja, não podemos ter

aquilo de outra forma, correndo o risco de diminuir a segurança. É verdade que algumas crianças, que passam quatro ou cinco horas na água ficam com o pé ligeiramente magoado. Alguns pais já nos alertaram e estamos a aconselhar as crianças a fazerem pausas, porque o problema está no excesso de utilização, que por um lado mostra o sucesso daquele espaço de lazer. De qualquer forma, as piscinas vão fechar para uma manutenção rotineira e aí poderemos fazer uma nova avaliação”, adiantou ao RM, Mário Magalhães, o vereador com o pelouro do Desporto.

A coligação “Penafiel Quer” fez o primeiro comício da pré-campanha eleitoral penafidelense, na freguesia de Galegos, que primou pela ausência de programa eleitoral. Alberto Santos que se candidata a um terceiro mandato, explicou aos milhares de apoiantes que o compromisso eleitoral “assenta na confiança da palavra dada”. “O nosso manifesto eleitoral não tem segredos. É aquilo que vos dizemos olhos nos olhos”, afirmou Alberto Santos.

100 crianças no encerramento das férias desportivas Foram mais de cem as crianças que quiseram assistir à festa de encerramento do programa das férias educativas “Sentir o Património” que se realizou em Penafiel de 6 de Julho a 21 de Agosto. Recorde-se que estas férias foram pensadas e dinamizadas de modo a que todas as crianças que nelas participaram pudessem adquirir novos conhecimentos de forma divertida, para além de conhecerem novos amigos e locais do município. Para assinalar o encerramento das férias desportivas, a Câmara Municipal de Penafiel realizou, no último sábado, no auditório municipal, uma festa dirigida a todos os participantes. Nesta festa, as crianças assistiram à peça de teatro “O Capuchinho Vermelho”, pelo Urze Teatro, participaram num lanche-convívio e ainda receberam o diploma de participação no programa das férias educativas.


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Incêndiários detidos revelam motivos fúteis Dos 15 detidos no distrito do Porto por suspeitas de fogo posto, sete foram apanhados na região do Tâmega e Sousa desde o início do ano. Na maioria dos casos, os homens não chegaram a justificar os actos, apresentando apenas motiveis fúteis ou problemas do foro psicológico. Alexandre Panda | apanda.tamegapress@gmail.com A mais recente detenção foi efectuada pela GNR na zona de Cabeça Santa, em Penafiel, onde arderam várias dezenas de hectares e obrigaram a intervenção de cerca de 60 bombeiros. O homem de 40 anos, calceteiro de profissão, terá agido em quadro de alcoolismo e por motivos fúteis. Em Baião foi apanhado um indivíduo de 42 anos, há cerca de duas semanas, suspeito de ter ateado vários incêndios no concelho de Baião, que destruíram cerca de 700 hectares de floresta e chegaram a pôr em risco várias habitações. O homem terá actuado por “motivos fúteis” e não forneceu qualquer explicação para que fez. O indivíduo estava na posse de um isqueiro e de uma garrafa de álcool. Em Amarante, um homem de 34 anos, tra-

balhador rural, terá ateado três focos de incêndio na serra do Marão. Também aí verificou-se que o suspeito actuou por ‘razões fúteis’, segundo a Directoria do Norte da PJ, que fez a detenção em colaboração com a GNR. Um dos pirómanos explicou a atitude com o gosto de ver o monte a arder. No mesmo concelho, o indivíduo de 40 anos foi detido por ter ateado o fogo a uma habitação rural. Em Lousada, no mês de Abril, a Polícia Judiciária, identificou e deteve um homem como presumível autor de incêndio florestal, intencionalmente ateado numa área de pinhal, eucaliptal e mato, no lugar da Boavista, Silvares, Lousada. Refira-se, que arderam apenas 200 metros quadrados de área inculta, mas o fogo só não terá atingido habitações nas proximida-

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des em virtude da rápida intervenção dos bombeiros. A denúncia foi feita através de um telefonema de um popular para os bombeiros, que alertaram a GNR que acabou por deter o presumível incendiário e o entregou posteriormente à PJ. O indivíduo, de 49 anos de idade, reformado e com antecedentes policiais por crime contra as pessoas, terá agido por motivo fútil. Segundo fonte da GNR local, o detido poderá sofrer de perturbações mentais. Ainda no Vale do Sousa, em Paredes, no início da época de incêndios, foi detido um homem de 40 anos alegadamente responsável por um incêndio que consumiu14 mil metros quadrados de eucaliptal e mato. Em Felgueiras, uma idosa de 70 anos também foi detida pela PJ por fogo posto.


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resende

Perícia automóvel e Free Style em Resende No próximo Domingo, 13 de Setembro, Resende recebe mais uma prova de perícia automóvel integrada nas Festas Labareda 2009. Esta edição destaca-se pela demonstração de Free Style – Stunt Riding que vai decorrer após a prova de perícia automóvel, com a participação do piloto Paulo Matias. Os pilotos participantes chegam de vários locais do país e prometem satisfazer as delícias dos amantes do automobilismo e do Free Style.

Resende tem novo PDM

Festa da Labareda anima a vila Iva Soares | ivasoares.tamegapress@gmail.com A última grande Festa popular do Verão já tem data marcada. Entre os dias 25 e 29 de Setembro a vila de Resende comemora as Festas da Labareda, uma emblemática comemoração que há anos anima o concelho. Este ano o programa conta com um cartaz variado que integra actividades tradicionais e espectáculos musicais. Os nomes mais sonantes na área musical vão desde os GNR, Jorge Palma até aos Irmãos Verdades e Paulo Gonzo que encerra as festividades no dia 29 de Setembro. A par dos artistas nacionais vão estar as bandas da região para animar os bailes ao longo dos dias de comemoração. Esta já tradicional festa de fim de Verão regista muitos anos de história, sendo que nos seus primórdios estava integrada na feira anual de S. Miguel, padroeiro das colheitas.

O dia de S. Miguel marcava o final das colheitas agrícolas e outrora era um dia muito importante para os agricultores. Desta feita, o dia 29 de Setembro passa a ser feriado municipal dando, assim, origem às festas do concelho. Já no decorrer do século XX alguns funcionários da Câmara Municipal quiseram ampliar a festa e o recinto passou para o largo do concelho. Dada a amplitude desta comemoração, o espaço da festa deixa de ser no Largo do concelho para dar vez ao Jardim municipal. Neste local e devido ao frio desta época, os populares começaram a fazer grandes fogueiras para se aquecerem. Neste seguimento, e uma vez que passou a ser tradição as fogueiras na Feira de S. Miguel, a festa do concelho passa a ter a designação de “Festas da Labareda”, explicou ao

RM fonte da organização. Actualmente, a festa realiza-se no largo da feira e conta sempre com um cartaz cultural atractivo. O fecho desta comemoração centenária termina com o aclamado fogo-de-artifício.

Os nomes mais sonantes na área musical vão desde os GNR, Jorge Palma até aos Irmãos Verdades e Paulo Gonzo que encerra as festividades no dia 29 de Setembro.

Resende conta com novo Plano Director Municipal (PDM). Orgãos municipais e a Comissão de Coordenação da Região Norte já aprovaram o novo PDM que está agora em discussão pública. O novo Plano entrará em vigor no fim do mês de Setembro. O autarca de Resende, António Borges, considera o novo PDM como fundamental para as políticas de ordenamento do concelho e afirma que o mesmo demonstra “mais preocupações de preservação ambiental e de qualidade no desenho urbano”. A nova proposta vem evitar situações negativas na imagem do município como anteriormente aconteceu e introduz regulamentação apertada nas áreas mais sensíveis, como é o caso das zonas da Rede Natura 2000. O PDM aposta no desenvolvimento de 3 espaços urbanos: Resende, S. Martinho de Mouros e Caldas de Aregos. O presidente da Câmara de Resende considera que o novo PDM traz mais vantagens quer em termos visuais do concelho quer no terreno uma vez que liberta solo para o investimento no sector empresarial e turístico da região. Baseado numa melhor ocupação do solo, o novo PDM responde, segundo António Borges, “ às necessidades do desenvolvimento de Resende, contemplando ainda uma rede de equipamentos que abrange todo o território”.


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outras terras

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Cinfães premeia melhores alunos

Sequestrado faz 70 quilómetros com assaltantes Alexandre Panda | apanda.tamegapress@gmail.com Um jovem de 26 anos queixou-se às autoridades de ter sido sequestrado, roubado e ameaçado por um grupo de quatro jovens que abordaram a vítima numa estrada em Paços de Ferreira, quando o homem regressava da casa da namorada, na madrugada da última quarta-feira. Os assaltantes obrigaram o condutor a levar o BMW que conduzia até à cidade da Maia, onde queriam levantar dinheiro através do multibanco. Com o cartão inválido, os ladrões decidiram fazer cerca de 30 quilómetros para levá-lo a casa, em Vilela, no concelho de Paredes, onde a vítima acabou por lhes entregar dinheiro. Tudo começou na madrugada de quarta-feira, perto das bombas de gasolina na estrada de Seroa, em Paços de Ferreira, quando o jovem regressava de casa da namorada. Parou na estação de

serviço para abastecer o carro e foi à saída que foi abordado pelos assaltantes, que simularam um pedido de ajuda. Com uma faca, ameaçaram o jovem e obrigaram-no a conduzir até à cidade da Maia, pela A42, onde queriam que levantasse dinheiro, com o cartão multibanco. Com a impossibilidade de levantar notas, uma vez que o prazo de validade do cartão já tinha excedido, os assaltantes decidiram fazer o percurso de volta e trazer o jovem a casa, em Paredes, onde ficou de entregar dinheiro. Sempre com o BMW da vítima seguido pelo carro dos assaltantes, um Mazda escuro, os homens chegaram a agredir o jovem com vários murros na cabeça. “Foram duas horas de terror”, disse ao RM, o jovem que preferiu manter anonimato e que não quis adiantar mais pormeno-

res. Já em Paredes, o jovem entrou em casa dos pais, acompanhado com um dos assaltantes para arranjar dinheiro. Pelo que foi possível apurar, os ladrões ameaçaram a vítima que iriam ficar com o BMW no caso de este não arranjar dinheiro. Os pais da vítima foram acordados a meio da noite e ainda chegaram a avistar um dos assaltantes que estava armado com uma pistola. Imediatamente a seguir contactaram com as autoridades. A vítima ficou tão assustada que não conseguia explicar aos pais o que lhe tinha acontecido. Só à chegada das autoridades é que lhe foi possível dar uma explicação. O jovem esteve sequestrado entre Paços de Ferreira, Maia e Paredes pelos assaltantes que levaram cerca de 100 euros, um telemóvel e um blusão de cabedal.

Alpendorada já tem Museu da Pedra O concelho do Marco de Canaveses ganhou “nova centralidade” com o Museu da Pedra na freguesia de Alpendorada e Matos. Em jeito de inauguração do Museu, o presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, Manuel Moreira, homenageou todos os pedreiros da terra que muito têm contribuído para o desenvolvimento do concelho. Luís Humberto Marcos, director do Museu da Imprensa do Porto, considera que “O museu [da Pedra] está pensado para se

espalhar por vários espaços que marcam a relação do homem com a pedra, a pedra com a arte, com o património e com a sua história” e acresce que este museu está dotado de novas tecnologias que vai possibilitar a sua actualização permanente.

Manuel Moreira, autarca do Marco de Canaveses acrescentou ao Repórter do Marão que este investimento é fundamental para o concelho uma vez que promove a indústria e cultura da região. No seu todo, o sector de extracção de Pedra dá emprego a cerca de quatro mil pessoas e extrai anualmente mais de 1,2 milhões de toneladas de pedra. Ressalve-se que 60 por cento da produção destina-se à exportação, facturando quase 300 milhões de euros/ano.

Os melhores alunos do concelho de Cinfães vão ser premiados pela Câmara local. A cerimónia de entrega dos Prémios de Mérito Escolar vai decorrer sexta-feira, dia 11, na Casa da Cultura. Vão receber prémios 11 alunos que frequentaram o 3.º Ciclo, Ensino Secundário e Ensino Profissional no ano lectivo 20082009. Os prémios monetários variam entre os 150 euros (para os dois alunos do 6.º ano), e os 400 euros que vão ser entregues a duas alunas que frequentaram o 12.º ano do Ensino Secundário e do Ensino Profissional.

Tráfico de droga julgado em Paços de Ferreira Um grupo de 18 pessoas acusado de protagonizar uma rede de tráfico de droga que operava nos concelhos de Felgueiras, Paços de Ferreira, Fafe e Lousada, entre 2005 e 2006, começou a ser julgado, na passada quarta-feira, no tribunal de Paços de Ferreira.“Raposos”, de 36 anos, o alegado líder do grupo que está há dois anos evadido da cadeia de Guimarães e que estará implicado em vários casos de tráfico de droga e de notas falsas, é julgado à revelia. Com 37 anos, o número dois do grupo, também natural de Felgueiras, é conhecido como Brites e está actualmente em prisão preventiva. Segundo a acusação, os dois líderes entregavam diariamente droga a pequenos revendedores que utilizavam panfletos com números de telemóveis para distribuir aos potenciais clientes. AP


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economia

Douro perdeu metade da riqueza em apenas 10 anos A diminuição do benefício do Vinho do Porto na presente campanha deixa os agricultores do Douro mais pobres. O presidente da Casa do Douro vai mais longe e garante que a região perdeu metade do rendimento em apenas 10 anos. O Douro já está a fervilhar. Na mais antiga região demarcada do mundo iniciaram-se as vindimas mas, este ano, a produção de Vinho do Porto vai ser menor. Uma quebra no benefício que se traduz directamente na diminuição de receitas dos viticultores durienses. Nos últimos dez anos, sofreram prejuízos na ordem dos 50 por cento. Luís Pavão já fez as contas. Este viticultor do Douro vai produzir menos duas pipas de Vinho do Porto nesta vindima. O ano até está a ser bom para a vinha de seis hectares implantada em Abaças, Vila Real, mas o Conselho Interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) impôs uma redução de 10 por cento no benefício atribuído este ano à mais antiga região demarcada do mundo. O benefício é a adição de aguardente ao mosto, o que dá origem ao vinho do Porto, e a quantidade a legalmente é fixada em cada ano por aquele órgão. Nesta vindima, a Região Demarcada do Douro vai beneficiar 110.000 pipas de vinho, menos 13.500 que no ano anterior. Esta redução traduz-se em menos 13,5 milhões de euros de rendimentos para os produtores vitivinícolas. Por causa disso, Luís Pavão vai ter menos 2000 euros de rendimento nesta vindima. “É mau porque a redução de benefício se traduz directamente numa redução de rendimentos”, afirmou o viticultor ao Repórter do Marão. Pavão acrescentou ainda os custos de produção, que aumentam cada vez mais, em mão-de-obra, pesticidas, adubos ou herbicidas. “E, no meio disto tudo, não há qualquer perspectiva de aumentar o preço das pipas de vinho”, concluiu. O Douro vai registar uma diminuição na produção de Vinho do Porto, mas, em contrapartida, não se perspectiva um aumento no preço do vinho. Uma pipa de benefício (550 litros) será vendida aos valores actuais, a rondar os 1000 euros, enquanto que a pipa de vinho regional poderá render cerca de 150 euros.

Paula Lima | plima.tamegapress@gmail.com

A fome pode chegar às famílias durienses O presidente da Casa do Douro (CD) assume o papel de defensor dos viticultores durienses. Embora ainda não tenha nomeado os representantes da produção para o Conselho Interprofissional do IVDP, uma situação que se arrasta há mais de um ano, Manuel António Santos afirma que os viticultores do Douro “vivem prejuízos incalculáveis”. Nos últimos dez anos, de acordo com o presidente do organismo duriense, os produtores “sofreram prejuízos de mais de 50 por cento”. “Essa é que é a realidade”, sublinhou. Manuel António lamenta que o Governo PS anuncie “milhões e milhões de euros” para vários sectores da economia e que, “não haja nada” para os cerca de 30 mil pequenos viticultores do Douro, região onde afirma que há “muitas necessidades, preocupações e problemas”. “Se é que já não estamos, em muitos lares do Douro vão ter que comer o arrozinho com molho de tomate e uma sardinha para duas ou três pessoas. Sei que isto agride mas é a realidade que já vivem muitas famílias no Douro”, salientou o presidente da CD. Manuel António lembrou que, em 2001, o Douro produziu 154.500 mil pipas de vinho do Porto, enquanto que, este ano, serão apenas 110.000. “Vejam o que isso significa em termos de perdas de rendimentos”, sublinhou. Segundo o responsável, há 10 anos, a pipa de Vinho do Porto valia “1100 euros” e o vinho de mesa “550 euros”. O presidente da CD considerou que este ano se justificava “plenamente” o aparecimento de uma “reserva estratégica da região”. Um papel que já foi assumido pela instituição que preside mas, no entanto, esta está actualmente proibida de intervir no mercado.


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nordeste

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A posição do comércio é contrária à da produção É o benefício justo e adequado face à procura do mercado Isabel Marrana, Associação de Empresas de Vinho do Porto (AEVP)

A directora-geral da Associação de Empresas de Vinho do Porto (AEVP), Isabel Marrana, da (AEVP), afirmou que as 110.000 pipas representam um “valor adequado face à descida das vendas de vinho do Porto” registadas em 2008, de menos 5,3 por cento. Também no primeiro semestre deste ano, segundo a responsável, as

vendas deste néctar desceram designadamente menos 5,7 por cento para o mercado nacional e 3,7 de exportações. “É necessário adequar o valor da produção à procura do mercado. Não é possível fixar uma quantidade maior face à conjuntura actual”, afirmou. Isabel Marrana sublinhou ainda que, “mais do que isto (110.000)

seria irresponsável”. “É o benefício adequado e justo para permitir que o preço ao produtor se mantenha e que não se criem excedentes”, afirmou.

Benefício é a “tábua de salvação” dos viticultores Armando Carvalho, Associação dos Viticultores Independentes do Douro (AVIDOURO)

Armando Carvalho, dirigente da Associação dos Viticultores Independentes do Douro (AVIDOURO), diz que as receitas que os produtores auferem com o vinho de mesa não chegam para pagar os custos de granjeio. “O benefício é a compensação dos viticultores. A sua tábua de salvação”, sublinhou. Acrescentou que a redução do

benefício vai ter repercussões imediatas na vida dos durienses, porque esta “não vai ser acompanhada do aumento do preço do vinho”.

Armando Carvalho lançou ainda críticas ao actual modelo institucional, que considerou ter deixado a CD praticamente sem competências e disse que, à semelhança do que acontecia há uns anos, a instituição deveria intervir e ficar com os excedentes dos viticultores. “Actualmente não há qualquer equilíbrio entre a CD e o comércio”, concluiu.

A posição dos políticos

Vinho doPorto Porto (pipas de de 550 Vinho do (pipas 550Lt)Lt) Fonte IVDP “Andou mal o Conselho Interprofissional ao fixar este volume de pipas a beneficiar. Para os viticultores, trata-se duma redução muito significativa dos seus rendimentos. Menos benefício e preços sem aumentos. O mosto não beneficiado vai entrar no segmento dos vinhos de Mesa, actualmente pago a preços muito baixos que, nalguns casos, não cobrem as despesas de granjeio. Por isso se torna cada vez mais urgente resolver o problema deste vinho indiferenciado, valorizando-o por exemplo através da sua destilação para as categorias especiais do vinho do Porto”.

“Mais importante que o quantitativo de vinho beneficiado é garantir que as 110.000 pipas sejam efectivamente compradas e pagas a um valor justo que impeça uma qualquer diminuição de rendimento dos viticultores durienses. Uma nova quebra de rendimentos, ainda para mais no momento difícil que atravessamos, atiraria a região para uma profunda crise económica e social de dimensão e consequências imprevisíveis.”

Jorge Almeida, deputado do PS

Ricardo Martins, deputado do PSD

Anos

Produção

Benefício

Venda

2008

158.520

123.500

160.750

2007

159.528

125.000

169.478

2006

157.656

123.500

164.218

2005

153.666

120.000

168.167

2004

159.881

126.000

166.048

2003

138.415

107.900

167.443

2002

172.404

135.000

167.827

2001

198.352

154.000

169.131

2000

194.554

152.500

171.749

1999

198.973

145.000

171.140


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nordeste

Arquitectura: Souto Moura distinguido com prémio internacional por Centro de Arte Contemporânea de Bragança

Investimento de 7,5 milhões de euros no Douro O Programa Operacional Regional do Norte (ON.2 - O Novo Norte) vai distribuir 7,5 milhões de euros por 30 projectos imateriais que visam promover e reforçar a atractividade do Douro, anunciou hoje fonte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N). O anúncio dos projectos vencedores será feito sexta-feira, no Peso da Régua, numa conferência de imprensa conjunta entre a CCDR-N e a Estrutura de Missão do Douro (EMD). Segundo fonte da CCDRN, os projectos aprovados contemplam a realização de vários eventos, nomeadamente congressos, colóquios e festivais que se realizarão entre 2009 e 2011 e visam contribuir para a concretização do Plano de Desenvolvimento Turístico do Vale do Douro (PDTVD). O PDTVD foi apresentado em 2004, numa cerimónia a bordo de um barco no rio Douro, que contou com a presença do então primeiro-ministro Du-

rão Barroso. Até 2008 a sua concretização foi muito incipiente e por isso mesmo foi mesmo sujeito a uma reestruturação. A submissão de candidaturas ao Novo Norte na área imaterial ocorreu até ao final de Fevereiro deste ano, mas só agora serão conhecidos os seus resultados. Sexta-feira será também divulgada a agenda de iniciativas de animação e promoção a realizar nos meses de Setembro e Outubro, em resultado dos apoios atribuídos e de um conjunto de iniciativas desenvolvidas autonomamente por instituições e consórcios regionais. Um dos eventos integrados nesta agenda é o “Abrem-se as portas no Douro” que decorre no fim-de-semana de 26 e 27 de Setembro, como forma de celebrar o Dia Mundial do Turismo. Durante estes dois dias, 28 Associados da Rota do Vinho do Porto estarão com as portas das suas quintas abertas para todos aqueles que as queiram visitar e degustar os vinhos do Douro.

As visitas serão gratuitas entre as 10:00 e as 19:00. A Casa dos Lagares, para além da prova de vinhos e de azeite, promove ainda o “Show Cooking - Uvas e Chocolate” com o Chefe Jorge Antunes, um atelier de sabonetes e outro sobre ervas do Douro. A Quinta da Casa Amarela vai proporcionar experiência de aromas e sabores com uma prova de chocolates e vinho do Porto idealizada pelo Chefe Hélio Loureiro, enquanto que as Caves Santa Marta vão organizar visitas às vindimas, adega, espaço museológico e caves de estágio, culminando com uma prova de Vinhos. Para além de Ricardo Magalhães, chefe da EMD, marcam presença no encontro de sextafeira Fernando Maia Pinto, director do Museu do Douro, António Martinho, presidente do Turismo do Douro, Helena Gil, directora regional da Cultura, e António José Teixeira, presidente da Rota do Vinho do Porto. Lusa

O arquitecto português Eduardo Souto Moura foi distinguido com um dos mais prestigiados prémios internacionais de arquitectura pelo projecto do Centro de Arte Contemporânea Graças Morais de Bragança, anunciou a autarquia local. Souto Moura recebeu o Prémio Internacional de Arquitectura 2009, na vertente de Construção Moderna, atribuído pelo “The Chicago Athenaeum Museum of Architecture and Design”, dos Estados Unidos da América, em parceria com o “The European Centre for Architecture and Urban Studies”. De acordo com a autarquia brigantina, este prémio anual nas disciplinas de arquitectura e planeamento urbano tem por objectivo promover o bom desenho urbano e o impacto positivo no ambiente das cidades. O júri reuniu-se em Helsínquia, Finlândia, em Agosto, com a supervisão da Sociedade de Arquitectos e apoio de profissionais, críticos e professores da área. Para a Câmara de Bragança, “este prémio muito honra a cidade e eleva o seu nome ao de outras cidades mundiais onde se faz boa arquitectura e bom desenho urbano”. O Centro de Arte Contemporânea abriu há pouco mais de um ano em Bragança, com o nome da pintora transmontana Graça Morais que participa activamente nas actividades de dinamização do espaço. O novo espaço cultural resulta da adaptação e ampliação projectada pelo arquitecto Souto Moura no antigo Solar dos Sá Vargas, no centro histórico de Bragança.

Saúde: Mulheres com cancro da mama vão deixar de ter que se deslocar ao Porto para fazer cirurgia O hospital de Bragança vai passar a realizar, a partir de Outubro, cirurgias na área do cancro da mama dando resposta na região a um problema que obrigava as mulheres a deslocarem-se ao Porto para poderem tratar-se, anunciou fonte hospitalar. A resposta chega com a criação de uma Unidade de Patologia Mamária, que vai funcionar em Outubro na unidade hospitalar de Bragança, uma das três, juntamente com Macedo de Cavaleiros e Mirandela, que constituem o Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE) Até agora, as mulheres a quem eram detectadas patologias mamárias do foro oncológico, nos rastreios realizados nos centros de saúde, eram obrigadas a deslocações ao Instituto Português de Oncologia do Porto para tratarem a doença.


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‘U. Porto é motor de desenvolvimento’

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Marques dos Santos, Reitor da Universidade do Porto, destaca importância da instituição na região Norte

Marques dos Santos é Reitor da Universidade do Porto desde 2006 e defende que a agora fundação é “um dos principais motores de desenvolvimento da Área Metropolitana do Porto e região envolvente”. Em entrevista ao Repórter do Marão, falou sobre a mudança de paradigma no ensino superior, a adaptação a Bolonha, a aproximação das empresas e explicou porque a U. Porto é a maior e mais dinâmica instituição de ensino do País.

Liliana Leandro | lleandro.tamegapress@gmail.com

Aquela instituição de ensino assume-se, pois, como entidade promotora de intercâmbio de conhecimentos da sociedade, sendo que independentemente de se localizar no Porto representa “um dos principais motores de desenvolvimento da área metropolitana e região envolvente”, frisou. A nível nacional, o reitor considera que as universidades concentram em si recursos humanos altamente especializados, “brainware”, que pode ser “convertível em valor empresarial, quer sob a forma de trabalho qualificado, quer sob a forma de parcerias com empresas”. O aproveitamento des-

tes recursos representa um primeiro passo para ultrapassar a crise já que os factores de competitividade assentam agora sobretudo no “trinómio Ciência, Tecnologia e Inovação”.

Modelo de Bolonha Ainda que o número de licenciados desempregados tenha aumentado, Marques dos Santos nota que tem sido feito um esforço para permanente actualização dos programas de formação, designadamente à luz da Declaração de Bolonha. Porém, considera que “ainda é cedo para saber até que ponto o novo modelo promoveu a empregabilidade e a competitividade do ensino superior europeu”. Com o novo modelo de Bolonha, aos alunos é permitido que atinjam o grau de licenciatura ao fim de apenas três anos. Mas, defende o reitor, não cabe às universidades preparar profissionais mas sim preparar cidadãos. Por esse motivo, “não se exige uma preocupação demasiado profissionalizante na formação dos estudantes” até porque as necessidades da própria sociedade estão em constante mutação. Na U. Porto foram medidos os resultados, ao nível de José Marques dos Santos nasceu na Guiné-Bissau em Janeiro de 1947. Licenciou-se no Porto em Engenharia Electrotécnica em 1971 e doutorou-se em Manchester em 1977. O Reitor foi eleito em 2006 pelos membros da Assembleia da Universidade, obtendo 139 dos 197 votos expressos, contra os 50 conseguidos pelo seu oponente.

empregabilidade, dos alunos diplomados no ano lectivo de 2006/07, tendo sido “reconfortante saber que, passados cerca de 18 meses da conclusão dos seus cursos, 70 por cento tinham uma ocupação profissional e apenas 9,9 por cento estavam desempregados”.

Empreendedorismo Na transição do meio universitário para o mercado de trabalho o papel das empresas é crucial, podendo cooperar com as universidades na preparação de profissionais e “complementando as formações universitárias de acordo com as exigências específicas das actividades que vão exercer”. Por outro lado, os próprios alunos podem criar os seus postos de trabalho, sendo para o efeito estimulado o seu espírito empreendedor e a sua capacidade de gerar mais valias. Nesse sentido, existe na Universidade do Porto “uma estratégia que abarca toda a cadeia de valor do empreendedorismo”. A intenção é “estimular a criação de empresas onde o conhecimento adquirido na universidade possa ser convertido em inovação”, sublinhou o reitor Marques dos Santos. Um dos desígnios estratégicos da U. Porto passa por aumentar a sua internacionalização, apostando na cooperação com universidades de todo o mundo, na organização de eventos académicos de projecção mundial e no acolhimento de estudantes, docentes e investigadores estrangeiros. Esta aposta tem-se traduzido na ascensão contínua da U. Porto em rankings internacionais, esperando-se que em 2011 a universidade passe a integrar a lista das 100 melhores da Europa.

‘ Universidade quer Imagens GCI/U.Porto

“A Universidade do Porto alimenta o tecido produtivo nortenho com quadros qualificados e com empreendedores que investem na criação de empresas, gerando-se assim riqueza, postos de trabalho e valor para a região”, sublinhou o reitor José Marques dos Santos, que há três anos foi eleito pelos membros da Assembleia da Universidade. O também professor catedrático da Faculdade de Engenharia defende que a U. Porto “contribui para o crescimento económico, coesão social e enriquecimento cultural da região Norte e do País”.

entrar na lista das 100 melhores da Europa em 2011


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bem-estar

Oferta de SPA’s cresce na região do Tâmega e Sousa A oferta de SPA’s na região é cada vez mais acessível a todas as carteiras. Antigas Termas actualizam os serviços e unidades hoteleiras apostam em espaços de luxo e lazer. Iva Soares | ivasoares.tamegapress@gmail.com A moda dos SPA’s veio para ficar. Com a vida agitada que todos vivem numa sociedade industrializada e de pleno stress diário nada melhor que um tratamento para relaxar. Os SPA’s estão em força para proporcionar momentos de prazer e saúde às pessoas. A saúde pela água (SPA) faz agora jus à velha máxima de “Mente Sã em corpo São” e engane-se quem julga que estes espaços são apenas para os ricos. A oferta começa a ser alargada e os valores acessíveis a todas as carteiras. Na região do Vale do Sousa, Tâmega e Nordeste muitos são os estabelecimentos com serviço SPA. Desde as tradicionais termas que agora inserem nos seus menus serviços SPA, até locais construídos com essa finalidade. Os preços para estas acções são para todas as carteiras e variam mediante os estabelecimentos e menus que se escolhe.

As tradicionais termas/caldas começam a adaptar as suas ofertas e “actualizam-se” para o método SPA. Assim encontramos serviços holísticos (SPA) em algumas termas da região como é o caso das Termas de S. Vicente em Penafiel, completamente remodeladas e com preços competitivos. As Caldas de Aregos no concelho de Resende é outro estabelecimento que tem vindo a apostar na área dos SPA’s e já tem previsto novos espaços para a prática do mesmo. De momento oferecem uma lista que inclui os banhos de piscina quente ou fria, Duche Vichy, Duche Jacto, Duche Escocês, aplicação de Lamas com Argila produzida nas próprias águas termais bem como banhos de emersão computorizada. Os valores destes serviços variam entre os 5 e os 25 euros por sessão. Para carteiras mais desafogadas há opção dos Hotéis que es-

tão, actualmente, a apostar cada vez mais nesta área de lazer e já se pode obter estas actividades na região. Exemplos disso são o Hotel Douro Palace, em Baião, o Penafiel Hotel Park, a Quinta de Paredes, em Paços de Ferreira bem como o Hotel & Spa Alfândega da Fé – muito conhecido pelas gravações da novela da TVI “A Outra”. Os valores nestas estâncias hoteleiras variam entre os 25 e 250 euros por sessão, mediante o menu escolhido. A gama de tratamentos holísticos é alargada. Dos tratamentos faciais/ corporais até às técnicas de relaxamento sempre acompanhadas por paisagens relaxantes que marcam a região do Tâmega e Sousa e do Douro.


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desporto

Jogadores do Freamunde voltam ao trabalho após susto com gripe A O Freamunde regressou aos treinos após uma interrupção de uma semana, devido ao caso de Gripe A confirmado no plantel. Marco Tiago, Júnior Maranhão e Gustavo continuam ausentes. O médico do clube, Mendes Conceição, confirmou que Cascavel, avançado que foi infectado com o vírus, teve alta esta segunda-feira do Hospital de Guimarães, no qual esteve internado durante seis dias. Quanto aos tais ausentes do treino, Mendes Conceição o médico referiu que os três “apresentaram quadros febris baixos na terça e quarta-feira”, mas que a ausência “não teve a ver com motivos clínicos”. Já o capitão Bock explicou que teve cuidados especiais depois de revelado o caso de Gripe A de Cascavel.

A bola já não salta para Tonanha

Paços de Ferreira venceu Penafiel em particular

Os ordenados milionários no futebol desvirtuam a realidade do sector, cada vez mais mergulhado numa profunda crise, que não deixa espaço e afasta muitos dos que sempre viveram da modalidade. Carlos Alexandre | calexandre.tamegapress@gmail.com António Teixeira, mais conhecido por Tonanha, completa 30 anos em Novembro e encontra-se desempregado, depois de mais de uma dezena de anos como futebolista profissional. Começou a jogar no Paços de Ferreira, seguiram-se mais oito clubes, de norte a sul e ilhas, jogou na Liga principal (no Nacional e Gil Vicente) e nos escalões secundários, mas, actualmente, tem reduzidas expectativas de voltar a fazer o que

sempre gostou. Emigrar é hipótese “Os clubes têm pouco dinheiro, os mais novos sujeitam-se a qualquer coisa e ordenado e a presença em grande número de jogadores estrangeiros também não ajuda. Ainda espero jogar, mas, neste momento, começo a equacionar toda e qualquer coisa”, diz Tonanha. O atleta admite inclusive emigrar e reconhece que errou ao ter “investido tudo no futebol e pouco nos estudos”. Subsídio não dá para viver Tonanha vive actualmente das “poucas poupanças” que lhe restam e do negócio da esposa, após ter estado um ano a receber “quase nada” do fundo de desemprego.

Num tom crítico, precisa: “Os clubes têm um regime especial de contribuição para a Segurança Social, que lhes permite descontar apenas sobre um quinto do vencimento dos atletas. Como não estamos a falar ao nível dos jogadores de elite, o que a maioria recebe nem dá para viver”. Associado a este problema, Tonanha evidencia o “autêntico braço de ferro” repetido entre as direcções dos clubes e os atletas, cada qual à procura do melhor contrato, com a desvantagem no seu caso do factor idade e das dúvidas sobre a sua condição física, após uma grave lesão no joelho (quando representava o Gil Vicente) sofrida há alguns anos. “Nunca mais tive problemas no joelho, mas tudo serve de justificação para os clubes. Só que quem tem família e uma profissão de desgaste rápido não pode só ganhar para comer”, argumentou o futebolista.

O Paços de Ferreira venceu o Penafiel por 2-0, num jogo particular disputado no Estádio 25 de Abril, em Penafiel. A formação pacense iniciou o jogotreino com sete dos habituais titulares e venceu através de dois lances de bola parada. O resultado final (2-0) foi favorável aos “castores” e começou a ser construído no primeiro tempo, com golos apontados por Ciel, aos 12 minutos, e Kelly, de calcanhar, aos 30, na sequência de lances de bola parada. Não participaram neste jogo particular Ricardo, na selecção de Cabo Verde, Pedrinha, que se limitou a fazer corrida e alguns exercícios com bola, Carlitos, recém-chegado da selecção de sub-21, e Paulo Sousa, em repouso absoluto, após drenagem de um hematoma de grande volume na parte posterior da perna direita.


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Rali de Murça marca regresso da MCoutinho Shell O campeonato Open de ralis está de volta este sábado, 12 de Setembro, com o Rali de Murça. A prova de Murça é marcada pelo regresso da equipa MCoutinho Shell com os pilotos Manuel Lúcio Coutinho e Manuel Babo que tripulam um Mitsubishi Lancer Evo VI. O objectivo dos pilotos da MCoutinho Shell é testar o novo carro para que no próximo ano possa disputar os lugares cimeiros do campeonato. O Open de ralis é liderado pelos pilotos Pedro Peres e Tiago Ferreira, seguindos da dupla Nuno Pina e Miguel Campos, que garantem entrar na prova com o objectivo de assegurar a viceliderança. Programa: 12 de Setembro 9:30h - Partida (Alameda 8 de Maio) 10:03h - Salgueiro / Garraia 1 10:36h - Serapicos / Murça 1 11:09h - Valongo / S. Domingos 1 14:13h - Salgueiro Garraia 2 14:46h - Serapicos / Murça 2 15:59h - Valongo / S. Domingos 2 15:59h - Chegada (Al. 8 de Maio)

Sorte diferente entre as equipas das provas secundárias Derrota do Lousada em ‘casa’ foi a surpresa da jornada inaugural. Amarante já sonha com a 2ª fase. Numa semana em que os campeonatos profissionais de futebol sofreram uma paragem, devido à jornada dupla da Selecção Nacional, teve lugar o arranque das provas “secundárias” e da 1ª Divisão Distrital. Na primeira jornada da 2ª Divisão Nacional, o Lousada foi surpreendido em “casa” pelo Merelinense (0-3), enquanto o vizinho Paredes bateu pela marca tangencial (2-1) a formação do Moreirense. Ainda no concelho de Paredes, o Aliados de Lordelo venceu o Padroense, com o golo solitário de Wagner, obtido já nos descontos. Vale do Sousa joga fora Na próxima jornada (dia 20) as três equipas do Vale do Sousa jogam extramuros. O Lousada desloca-se ao terreno do Tirsense; o Paredes joga em Lourosa e o Aliados vai defrontar o Merelinense. No “Nacional” da 3ª Divisão, o Amarante venceu o Fafe por 2-0, enquanto o Vila Meã alcançou um precioso “nulo” no sempre difícil reduto do Leça. Em Amarante, a expectativa era grande para o início do campeonato, atendendo à juventude do plantel orientado por Arlindo Gomes. Ao intervalo, o resultado mantinha-se em branco. Na segunda parte, os “locais” entraram com maior determinação e o primeiro golo surgiu aos 50’, da autoria de Rochinha. A cinco minutos do final do encontro foi a vez de Pedrinho fixar o resultado em 2-0. O técnico amarantino não quer en-

Alcino Oliveira | aoliveira.tamegapress@gmail.com

trar em euforias mas lá vai dizendo que a aposta é ficar nos primeiros lugares para, na segunda fase, atacar a subida. O Vila Meã, orientado por Pedro Pinto, iniciou o campeonato com um empate frente a um dos candidatos à subida de divisão. Este foi um jogo equilibrado onde o Leça F.C. criou vários lances de perigo mas que o guarda-redes do Vila Meã soube opor-se com qualidade. O Cinfães, a disputar a Série C da 3ª Divisão Nacional, venceu o S. João de Ver (3-2), a uma semana de se deslocar ao terreno do Mirandela, em jogo a contar para a 2ª eliminatória da Taça de Portugal. Na próxima jornada, também no dia 20, o Amarante desloca-se a Trásos-Montes, para defrontar o Torre de Moncorvo, enquanto o Vila Meã recebe a equipa do Infesta que nesta jornada perdeu no seu reduto ante o Torre de Moncorvo (2-3). O Cinfães recebe a formação do Fiães. Distritais da AF Porto Na 1ª Divisão Distrital da A.F. Porto, o destaque vai para a sólida vitória do Ac. Felgueiras (4-0) na recepção ao Várzea do Douro. O técnico felgueirense António Lima Pereira tem razões para sorrir, ao observar que a sua equipa é uma das candidatas à subida de escalão. Enquanto isso, o São Lourenço do Douro foi copiosamente batido no terreno do Leões de Seroa (6-1), o mesmo acontecendo ao Aliança de Gandra que perdeu no Águias de Eiriz (4-1). Nos outros encontros com equipas

de região, o Zezerense alcançou importante empate (1-1) no Leverense. Vitórias “normais” foram as do Nun´Álvares frente ao Gens por 3-0 e do Leões de Citânia na recepção ao Sobrado (1-0). Nota final para uma vitória importante e surpreendente do Baião no difícil terreno do Alfenense. A equipa orientada por Carlos Mendes venceu o seu adversário por 2-0, com golos apontados por Chico (1’) e Quim (52’) e assume-se como uma das principais candidatas à subida de divisão. Na próxima jornada, a 13 de Setembro, os jogos são os seguintes: A. Gandra-Ac. Felgueiras; Baião-Leões de Citânia; Crestuma-Nun´Àlvares; S. Lourenço Douro-Águias de Eiriz; S. Martinho-Leverense; Gens-Ermesinde; Sobrado-Folgosa Maia; Várzea DouroAlfenense e Zezerense-Leões Seroa. Este campeonato promete algumas surpresas e, quiçá, algumas desistências se, entretanto, os clubes não receberem os subsídios camarários a que têm direito.


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opinião

Cinco razões para votar em José Sócrates e no PS José Luís Carneiro * Solicitaram-me um texto, pequeno, em que enunciasse cinco razões para votar no Partido Socialista e em José Sócrates. Naturalmente, uma abordagem às diferentes opções políticas em presença dificilmente se pode sintetizar em cinco razões e muito menos em três mil caracteres. Contudo, gostaria de aqui registar algumas das razões por que entendo que o voto no PS e na liderança de Sócrates serve melhor o interesse do País e da região, no actual momento histórico. Em primeiro lugar, pelas ideias e propostas inscritas no programa do Partido Socialista. Este compromisso político constitui uma garantia para aqueles que acreditam no modelo de Estado de BemEstar social, uma vez que afirma a vontade de promover as mudanças essenciais ao nível da modernização da estrutura administrativa do Estado, salvaguardando, contudo, os pilares essenciais de um modelo no qual acreditamos, ou seja: aposta na valorização da escola pública; a valorização do Sistema Nacional de Saúde e a garantia de um sistema nacional de pensões público. Acresce a estes elementos de solidariedade activa, a firme convicção política de que o sistema financeiro português deve ter como esteio fundamental uma instituição de natureza pública, a Caixa Geral de Depósitos.

Em segundo lugar, porque o programa eleitoral do PS e a liderança de Sócrates valoriza o investimento público como forma de estimular o crescimento económico, o emprego e o desenvolvimento social. Aliás, na linha do modelo adoptado por vários países do mundo, nomeadamente pelos Estados Unidos da América e pela liderança de Obama que, após as eleições, anunciou um vasto programa de obras públicas, contrariamente às opções enunciadas pela liderança de Manuela Ferreira Leite que colocam em dúvida vários dos investimentos públicos previstos. Em terceiro lugar, por razões de estabilidade política e governativa. De facto, a mudança de paradigma na administração num momento como o que estamos a atravessar, pelas alterações que, inevitavelmente, se produzirão ao nível das estruturas da administração central e desconcentrada do Estado poderão conduzir a maiores atrasos na concretização do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN/Fundos Comunitários). Ora, como é do nosso conhecimento, a arquitectura institucional do QREN é complexa e já foram visíveis, até ao momento, algumas dificuldades na sua materialização. Uma mudança de equipas neste momento poderá significar maiores atrasos no arranque dos programas, projectos e acções inscritos na estratégia de aplicação dos fundos comunitários.

Em quarto lugar, pelos investimentos já em curso e previstos para a região e lançados pela equipa liderada por José Sócrates. Refiro-me à obra do Túnel do Marão, à construção do novo Hospital de Amarante, à electrificação da linha de caminho-de-ferro até ao Marco de Canaveses e ao estudo prévio para a electrificação da linha entre o Marco e a Régua; ao Concurso Público para a construção da ligação de Baião à Ponte da Ermida e aos trabalhos do projecto de execução para a ligação de Resende a Bigorne e à A24, à construção do novo Centro de Saúde de Baião, entre muitos outros exemplos de obras que alterarão para melhor as condições de vida das nossas populações e que, só por si, promoverão uma dinâmica na economia e emprego locais, sem precedentes, na nossa região. Por último, pela garantia que nos dão aqueles que integram as listas de candidatos a deputados pelo Partido Socialista no País e, particularmente, no nosso distrito. Se olharmos para as personalidades que encabeçam e que corporizam o projecto do Partido Socialista, verificamos tratarse de gente com elevada estatura intelectual e com um passado de serviço ao Estado de Direito democrático e de serviço aos valores da liberdade, da igualdade e da fraternidade humanas. * Presidente da Câmara de Baião | PS

A competitividade dos territórios José Carlos Pereira * A região do Tâmega e Sousa tem sofrido um impacto significativo com o aumento do desemprego em Portugal. No final de Julho, havia 32.255 pessoas oriundas dos doze municípios que integram a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa inscritas nos respectivos centros de empregos. Esse número corresponde a cerca de 14,5% do desemprego registado em toda a Região Norte e a 6,5% do desemprego nacional. O crescimento do desemprego, que se fez sentir de forma mais vincada nas indústrias tradicionais (têxtil, calçado, construção civil), veio evidenciar as baixas qualificações dos recursos humanos e a reduzida atractividade da região para a atracção e fixação de investimento. Continuamos a pagar caro os anos em que os poderes públicos desvalorizaram os indicadores negativos do insucesso e abandono escolar, assim como as opções erradas de alguns municípios, que tardaram em apostar no conhecimento e no ensino qualificado. Hoje, o paradigma do desenvolvimento regional cria outras responsabilidades

às autarquias e às estruturas de governo supramunicipal, exigindo um esforço de integração de políticas. A competitividade dos territórios é fortemente dependente da sua capacidade de atrair e manter empresas, essencialmente as que possam acrescentar valor à economia local. Para isso, é necessário atrair e reter talentos, promover o empreendedorismo e o desenvolvimento de novos negócios, fortalecer e expandir os negócios existentes e captar novos investimentos. A criação de um clima propício à fixação de quadros e ao investimento – alavanca para o desenvolvimento económico regional – deve ser a meta da gestão autárquica moderna e com visão de futuro, em busca da sustentabilidade dos municípios e das regiões. A sua atenção deve recair nos factores de competitividade das empresas: a qualificação do trabalho, a gestão do conhecimento, a inovação, a ascensão na cadeia de valor, a gestão da marca, a cooperação empresarial e a gestão logística. Entre as acções que os municípios devem privilegiar para favorecer o desenvolvimento e a consolidação dos negócios estão, por exemplo, a agilização dos pro-

cessos administrativos, a criação de incentivos em função do cumprimento de objectivos, a qualificação do ensino e formação, o apoio à emergência de actividades de base tecnológica, a aproximação ao sistema de ciência e tecnologia e a facilitação de infra-estruturas logísticas e de localização empresarial. Sem descurar a necessidade de mobilizar parcerias adequadas, apostar em equipamentos qualificados de saúde, educação e lazer e potenciar as amenidades que diferenciam o território. A actual crise global veio provar que o modelo económico baseado na mão-deobra barata e na subcontratação tem os dias contados. Em virtude da reduzida qualificação do capital humano, muito do emprego destruído não será recuperado e no futuro próximo o mercado de trabalho será cada vez mais exigente. A aposta na qualificação das pessoas e na criação de um contexto favorável ao investimento de valor acrescentado é o desafio a vencer pelos municípios da região do Tâmega e Sousa. * Gestor . Membro da AM de Marco de Canaveses e da Assembleia Intermunicipal do Tâmega e Sousa


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Cinco razões para votar em Manuela Ferreira Leite e no PSD Alberto Santos * Seguem as 5 razões que me levam a exortar os cidadãos a votar no PSD nas próximas eleições legislativas: 1º Uma RAZÃO ECONÓMICA: Importa consolidar a economia, com medidas que promovam a retoma do crescimento económico, a recuperação da competitividade das PME’s, o crescimento do emprego e das exportações; 2º Uma RAZÃO SOCIAL: É imperioso focar a atenção da pobreza sénior e juvenil, mas também incentivar medidas que visem a estabilidade no emprego e uma melhor segurança social

(incentivos fiscais à contratação, programas especiais de estágios profissionais para desempregados, extensão excepcional do subsídio de desemprego, fiscalização da justeza da atribuição dos apoios sociais); 3º Uma RAZÃO PELA EDUCAÇÃO: É evidente a necessidade de recuperar o prestígio dos professores como autoridade e de substituir o facilitismo pela exigência e rigor, premiando o esforço e o mérito; 4º Uma RAZÃO PELA JUSTIÇA: A Justiça é um pilar fundamental da estabilidade de uma sociedade. É vital

criar um sistema judicial seguro, rápido, eficaz e próximo do cidadão, que gere confiança e credibilidade. 5º Uma RAZÃO NACIONAL: A candidatura do PSD, seguramente mais sóbria que as concorrentes, tem demonstrado que não vai a reboque das tendências, das sondagens, dos fazedores de opinião: apresenta o seu próprio programa e age no tempo que é aquele que entende ser o adequado. Com firmeza e determinação. É isso que o país precisa. * Presidente da Câmara de Penafiel | PSD

O fim da imprensa em papel Nicolau Ribeiro * Estive tentado a usar neste texto o (célebre) título que Gabriel Garcia Marquez deu à estória que editou em 1981 sobre o assassinato de Santiago Nasar, acusado de desonrar Ângela. Este é, porém, um texto que fala mais de dúvidas do que de certezas sobre o fim da imprensa em papel e, por isso, pareceu-me especulativa e sensacionalista a ideia de titulá-lo como “Crónica de uma morte anunciada”. Anunciada, realmente, ainda não foi. Mas os indícios de que está em andamento uma mudança imparável que levará, no final do seu curso, à substituição dos media em papel pelos media electrónicos afiguram-se evidentes. A questão parece residir em saber-se quando isso acontecerá e ninguém arrisca prever o dia em que desaparecerá o último jornal em papel ou será substituído pelo seu homónimo online. “Não é bem assim”, dizem os descrentes do digital, que contra-argumentam com a morte já anunciada da imprensa quando apareceu a rádio e, mais tarde, a televisão, sem que o seu funeral tenha (ainda) sido feito. E também não será a Internet a enterrar os jornais em papel, acreditam. Mas vamos às evidências: quase sem excepção, a imprensa em papel está em crise e a perder leitores que, em geral, se transferem para a Internet; em 2008, só nos Estados Unidos da América (que nesta como noutras coisas funcionam como barómetro), fecharam 120 jornais e foram despedidos 20 mil trabalhadores, muitos dos quais jornalistas; vários jornais can-

celaram as suas edições em papel e “migraram” para a Web, sendo frequentemente citado o caso do pequeno (à escala dos EUA) “Christian Science Monitor” que vendia 50 mil exemplares e que, em pouco tempo, passou para sete milhões de visitantes mensais únicos, estimando ter 20 milhões no final de 2010. E venceu a crise, perguntar-se-á? Não, o jornal continua deficitário e anda à procura de um modelo de negócio que torne sustentável um jornalismo de qualidade feito na Web. Em cima da mesa estão interrogações ainda sem resposta: deve ser proporcionado o acesso livre aos leitores ou reservar áreas de conteúdos pagos? Que estratégias devem ser usadas para a atracção de publicidade? Deve optar-se por um projecto editorial generalista ou oferecer conteúdos segmentados para nichos? Dúvidas. Muitas, como se vê. Mas também a certeza de que o modelo de negócio em que assenta(va) a imprensa tradicional está ultrapassado e a convicção de que a sua sobrevivência (por tempo indeterminado, digo eu) depende da reconfiguração e da reinvenção que cada meio for capaz de fazer, tendo em conta a concorrência dos “news media”, dos “selfmedia”, da blogosfera ou das redes sociais online. Há uma coisa que eu acho que a imprensa tradicional já perdeu para sempre, mesmo aquela que assenta os seus textos em fórmulas de jornalismo interpretativo: a capacidade e o poder exclusivos que tinha de mediação entre fontes e públicos e que estava na base da construção da opinião. Hoje, qualquer cidadão pode aceder

directamente à informação e, se for capaz disso, interpretá-la e transformá-la em conhecimento. Porque tenho que cumprir os três mil caracteres que me foram pedidos para esta crónica pela direcção do “Repórter do Marão”, reafirmo, para terminar, a minha convicção de que, algures no tempo, a imprensa em papel terá um fim. Isso acontecerá quando se combinarem modelos de negócio com gadgets tecnológicos (como o esperado e-reader), massificação de acessos e cultura digital. Conforme os contextos, haverá um tempo de oportunidade propício à inovação também no papel, que pode passar por reinventar graficamente os jornais, o seu formato, os seus projectos editoriais e a estética da sua informação, combinando edições em papel com edições electrónicas complementares, onde estarão os sons e as imagens (os conteúdos multimédia) dos temas tratados offline. Esta oportunidade é, acredito, sobretudo da imprensa de proximidade, a quem é pertinente associar o seguinte conceito de Derrick de Kerkhove: “Quanto mais noção temos da globalidade, mais ficamos conscientes das identidades locais e mais as protegemos: é este o paradoxo da aldeia global” (in “A Pele da Cultura”). Em frente, pois! (*) Técnico Superior da Administração Pública, Mestre em Ciências da Comunicação


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Passagens de nível vão ter sistema de vigilância

Tribunal de Amarante tem Criança atropelada por instalações provisórias familiar em Amarante Desde o inicio do mês de Setembro, o Tribunal de Amarante está a funcionar nas instalações provisórias no edifício dos antigos escritórios da Tabopan, em Telões, na saída de Amarante – Felgueiras. Este tribunal improvisado vai ficar instalado neste edifício durante 15 meses, o tempo previsto para as obras de requalificação, avaliadas em 1,2 milhões de euros. Além de uma reformulação geral, o tribunal passará a dispor de três salas de audiência construídas de raiz, uma de grande capacidade e duas de média dimensão. A área ocupada pelo arquivo vai ser reaproveitada e aquele vai ser organizado no sótão do edifício.

Uma menina de um ano e meio morreu, na última quarta-feira, na Mó, em Fregim, concelho de Amarante das consequências de um atropelamento que ocorreu a porta de casa dos avós. Pelo que o RM conseguiu apurar, um veículo conduzido pelo tio da vítima embateu com a criança. Tudo aconteceu cerca das 11h00, quando o tio estava a sair de casa. A menina terá corrido em direcção ao veículo, sem que o tio se apercebesse da presença da criança. Apesar do socorro, a criança acabou por falecer no local do acidente. O condutor foi sujeito ao teste de alcoolemia que se revelou negativo. Os pais, que estão imigrados na Suíça foram informados por telefone da tragédia. O corpo da menina foi autopsiado no IML de Penafiel, na quinta-feira. AP

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No Concelho de Baião existem actualmente onze passagens de nível, cinco das quais sem guarda, duas guardadas, duas pedonais e duas particulares. Em Julho de 2008 a REFER e o Município de Baião assinaram um protocolo que viabiliza a supressão de cinco passagens de nível, com a construção de restabelecimentos viários alternativos e a reclassificação de seis das que subsistem, tendo-se já suprimido duas e instalado telecomando numa outra. A passagem onde se deu acidente que vitimou cinco pessoas e fez ainda dois feridos graves, tem a supressão prevista com a construção de um restabelecimento alternativo, prevendo-se que a obra seja iniciada no 1º trimestre de 2010 e a supressão ocorra no 3º trimestre. Em Caldas de Aregos, a passagem de nível com um sistema de abertura e fecho com controlo remoto, continua a ser único em Portugal.

Ex ministro dá nome a avenida O ex-ministro da Economia emprestou o seu nome a uma das artérias do Parque Empresarial Multipark, em Paços de Ferreira. Uma decisão tomada pela autarquia, que é liderada pelo social-democrata, Pedro Pinto. O autarca justifica a homenagem com o empenho que o ex ministro teve em ajudar o sector do mobiliário. “Em Paços de Ferreira houve o dedo de Manuel Pinho”, afirmou o autarca. O Multipark, o complexo situado ao lado da avenida, concentra 31 empresas e gerou 120 postos de trabalho.

Independentes por Rebordelo - IPR Eleição para as Autarquias Locais 2009 A Lista de Grupo de Cidadãos “Independentes por Rebordelo - IPR”, candidatos à Assembleia de Freguesia de Rebordelo, Concelho de Amarante, vem nos termos estatu-

CERCIMARANTE PAGAMENTO DE QUOTAS

A Cercimarante informa que os seus Associados podem pagar as suas quotas do ano de 2009 a partir de 14/09/09 no estabelecimento LIVRARIA TULIPA, na Rua Cândido dos Reis, Amarante.

tários e para os efeitos do Artº 21º da Lei nº 19/2003 de 20 de Junho, comunicar que constitui Mandatário Financeiro o senhor José Manuel de Meireles Machado.


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Parques radicais conquistam mais jovens Iva Soares | ivasoares.tamegapress@gmail.com A aposta nos desportos radicais tem vindo a ser significativa. Prova disso são os diversos espaços destinados à prática dos mesmos, desde áreas públicas até privadas, muitos são os investimentos neste sector. As câmaras municipais estão a dedicar espaços verdes para o lazer com infra-estruturas específicas para a realização destes desportos e na maioria dos casos de acesso gratuito. Na região do Vale do Sousa, Tâmega e Nordeste já encontramos essas estruturas como é o caso do município do Marco de Canaveses, Penafiel e Paços de Ferreira. Dada a situação geográfica desta região os desportos náuticos estão no top das preferências da população. No decorrer deste ano, o município do Marco de Canaveses inaugurou o Centro Náutico do Tâmega, na freguesia de Sobretâmega, onde a canoagem e caiaque po-

dem ser praticadas a custos simbólicos. Ainda neste concelho está a funcionar a Escola Municipal de Desporto Escolar que oferece diariamente diversas actividades desportivas incluindo desportos radicais no conhecido Parque Radical aos fins-de-semana para os mais jovens. Este parque pode ser utilizado por todos uma vez que está em permanência ao público. Numa vertente privada há o Ginásio Clube de Alpendorada que contém um leque alargado de desportos radicais a preços bastante acessíveis. Em Penafiel o parque radical proporciona à comunidade várias actividades ao longo do ano, organizadas pela câmara municipal, no entanto a utilização do espaço pode ser feita diariamente a titulo individual dado que se encontra aberto a todos. No caso do município de Paços de Ferreira o parque radical situase na freguesia de Freamunde que a par dos desportos radicais disponibiliza ainda uma ciclovia e um es-

paço dedicado ao desporto para a terceira idade. Um município que aposta no desporto para todas as idades. Outros concelhos da região propiciam igualmente actividades desportivas embora mais esporadicamente. O sector privado tem vindo a investir nesta área e já podemos encontrar algumas empresas nos concelhos desta região. Em Lousada há a MegaBall, em Amarante existe a Associação de Paintball que tem vindo a apostar na área e até já promove eventos nacionais. Na região do Nordeste, em Ribeira de Pena, encontramos um dos mais conhecidos parques para a prática dos desportos radicais, o PenAventura Park. Esta área dispõe de infra-estruturas para os mais diversos desportos com algum destaque para o Rapel, escalada, veículos TT e Paintball. Os valores para grupos variam entre os 15 e 40 Euros, para individuais rondam entre os 30 a 70 euros.


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crónica|eventos

Crise Retomo, quase uma década depois de a ter interrompido, a coluna “Cesto da Gávea”, umas larachas com que me fui entretendo e entretendo os leitores do Repórter do Marão ao longo de muitas dezenas, talvez centenas, de semanas. E retomoa, falando da crise. Fraco tema para uma reprise… Mas quê? A crise está aí, e, como dizia um cantautor dos anos 70 do século passado, «vemos, ouvimos e lemos – não podemos ignorar». A crise come connosco à mesa, dorme connosco na cama, sentase ao nosso lado no autocarro. É incontornável. Certo que os noticiários já não abrem, como abriam invariavelmente uns meses atrás, com um rol de empresas a despedir gente. Certo também que começa a haver – dizem os senhores economistas – ténues sinais de abrandamento da crise, nada contudo que nos autorize a embandeirar em arco e vir para a rua celebrar; mas enfim, quando mal, nunca pior. Certo ainda que, ao domingo, os restaurantes em Vila Real – falo do que conheço – estão a abarrotar de gente que ainda se vai permitindo dar este pontapé semanal na crise, o que também já não é mau sinal de todo. Mas, quando menos esperamos, a crise dá-nos um murro no estômago, como para nos recordar que ainda anda por aí e que por enquanto quem manda é ela. Quero contar aqui, no limiar deste segundo fôlego do “Cesto da Gávea”, um caso passado uns dois meses atrás, caso de que fui um dos protagonistas malgré moi e que ainda hoje trago entalado como uma esquírola de osso na garganta. Vinha eu, por essas seis da tarde, na Alameda da Estação, em Vila Real, cismando nas peripécias do dia de trabalho que findara, quando vejo, a meio da alameda, uma senhora de idade sentada num murete e, a seu lado, talvez um neto dos seus dez, onze anos. Estavam vestidos com decência. “A gozar a sombra”, conjecturei. E ia embrenhar-me por esse tema das novas relações que se estabelecem hoje entre avós e netos, num contexto de obrigações laborais dos pais que por vezes chega a ser desumano (e não me importo de que me chamem, à falta de melhor insulto, ‘politicamente incorrecto’), com os avós

a serem solicitados para muito mais do que o simples contar de histórias de há umas décadas atrás – ia a embrenhar-me nesse tema, dizia eu, quando o rapazinho, de aspecto impecável e respeitador se me dirigiu: “Tem um euro para comprar um livro?” Trazia de facto uma braçada daquilo que me pareceu serem antes revistas, por sinal muito delgadas. E lá mudo eu de conjectura: “Devem pertencer a uma dessas confissões religiosas que se julgam detentoras únicas da verdade e teimam em nos salvar a alma, mesmo contra nossa vontade.” Mas também não era o caso. “São livros dos países”, adiantou então o rapazinho. E estendeu-me o molho de revistas, para eu escolher. Para minha estupefacção, vi então do que se tratava realmente: nada mais, nada menos do que folhetos de propaganda de uma agência de viagens. Sobre os Açores, sobre a Madeira, sobre o diabo a quatro. Reagi maquinalmente: “Não quero, obrigado.” E retomei o caminho de casa, ruminando severos juízos contra o que, a frio, me pareceu uma desvergonha. Desde então, a coisa vemme de tempos a tempos à cabeça. Diz-se que a necessidade aguça o engenho, e assim deve ser na verdade. Porque é preciso algum engenho para chegar a uma agência de viagens, arrebanhar uns quantos folhetos promocionais e vir para a rua vendê-los, fazendo-os passar por ‘livros dos países’. Mas não só engenho: também desfaçatez quanto baste e uma pitada de desonestidade. Não da parte da criança, que presumo fazia apenas o que lhe mandavam; mas dos pais ou avós, vá-se lá saber. Mas depois lá vem o advogado de Deus suavizar as coisas: sabe-se lá que miséria e fome encobertas serão necessárias para levar uma senhora idosa mais o neto a sujeitaremse àquela humilhação de virem para a rua vender à razão de um euro por peça aqueles ‘livros dos países’, embora sabendo que foram rapinados de uma agência de viagem ou mesmo retirados dalgum caixote do lixo, se por acaso já estavam desactualizados… E ainda não cheguei a um veredicto. pirescabral@oniduo.pt

Red Bull Air Race regressa sábado e domingo Milhares de pessoas vão estar de olhos postos no céu a 12 e 13 de Setembro nas margens do rio Douro, entre as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia. Red Bull Air Race World Championship está de volta a Portugal com os campeões das alturas a fascinar o céu da Invicta com as mais arrojadas perícias. A prova em terras lusas pode ser decisiva para a classificação final e conta com alterações quer no número de pilotos participantes quer nas regras da competição.

Pé na Terra, Lumen, até à colaboração dos alunos da Escola Superior de Musica e das Artes do Espectáculo na variante teatral, muitos são os ingredientes que compõe este Caldo da Quintandona 2009.

Almeida Garrett em cena em Lousada

Música frenética nas noites do Porto Moby regressa a Portugal para apresentar o seu último trabalho “Wait for me”. E é já no dia 12 de Setembro no Parque da Cidade do Porto pelas 21 Horas. O autor de temas como “Natural Blues” ou “Why does my heart feel so bad” promete levar o Porto para uma dimensão única de batidas frenéticas. Os bilhetes estão a venda nos locais habituais e têm um valor de compra antecipada de 15 euros. No próprio dia o ingresso custará 20 euros.

Festa do Caldo em Quintandona Dia 18 de Setembro, às 20h30, abrem as portas da 3ª edição da Festa do Caldo e da Música Tradicional da Quintandona, em Penafiel. A festa das tradições 2009 conta com um cartaz cultural, musical e teatral bastante diversificado. Desde os consagrados Ganlandun Galundaina,

“Frei Luís de Sousa” em cena no Auditório Municipal de Lousada nos dias 11, 12, 18 e 19 de Setembro pelas 21:30 horas. Pela Companhia de Teatro Jangada a literatura de Almeida Garrett ganha vida para contar a história trágica de D. Madalena, D. Manuel Coutinho e D. João de Portugal.

Vindimas ao som do jazz Em jeito de banda sonora das Vindimas decorre a partir de 18 de Setembro até 10 de Outubro a 6ª edição do Festival Internacional Douro Jazz. A edição deste ano mantém os 56 espectáculos nas seis localidades já presenteadas em anos anteriores – Vila Real, Régua, Bragança, Lamego, Chaves e São João da Pesqueira. O certame de música Jazz do Douro mantém as parcerias das edições anteriores, associando ainda o Museu do Douro e o Teatro Ribeiro Conceição de Lamego.


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património

Museu de Penafiel O Museu Municipal de Penafiel está instalado no palacete setecentista dos Pereira do Lago e é dedicado à história, arqueologia e etnografia da região. Para além do seu conteúdo, que será dos mais recheados da região, o próprio edifício em si constitui uma autêntica obra de arte, desenhada pelo arquitecto Fernando Távora. O Museu de Penafiel, que constitui o novo ex-libris da cidade, integra no seu acervo colecções de arqueologia, etnografia e história local, caracterizando-se a sua dinâmica por uma associação entre a actividade museológica e o estudo da história e do património arqueológico locais. Com linha editorial própria e com diferentes níveis de informação, o Museu Municipal tem vindo a publicar, de forma continuada, vários estudos de divulgação das colecções e do património histórico-arqueológico do concelho de Penafiel. Têm sido igualmente executados roteiros temáticos e folhetos informativos, tentando assim chegar a vários tipos de público.

Interactividade O Museu Municipal de Penafiel conta uma instalação interactiva que recria o ambiente das lampreias, um peixe característico nos rios da região. A animação de um grupo de lampreias num meio aquático é projectado sobre uma estrutura circular com três metros de diâmetro concebida pelo designer Francisco Providência. Os visitantes podem tocar e interagir com as lampreias com as suas mãos ou outros objectos. O Museu é, actualmente, composto pelos Serviços Educativo, de Gestão de Colecções, de Gestão do Património Cultural e Centro de Documentação, estando em curso a instalação de outros serviços previstos no Regulamento Interno. Realizam-se visitas guiadas para grupos, mediante marcação prévia, ao núcleo-sede, aos núcleos dependentes do Castro de Monte Mozinho e Moinho da Ponte de Novelas, à cidade de Penafiel e ao património

Alexandre Panda | apanda.tamegapress@gmail.com

histórico-arqueológico do concelho. Nas novas instalações da Rua do Paço, a área expositiva é composta por cinco salas de Exposição Permanente e uma sala de Exposições Temporárias. Estão patentes, na Exposição Permanente, alguns filmes de época pertencentes ao acervo de diversas instituições, como a Cinemateca Portuguesa ou o Arquivo RTP, e ainda vários filmes de diversas temáticas realizados especificamente para o efeito, que estão disponíveis para venda ao público, no DVD recentemente lançado pelo Museu, intitulado “Videografias de Penafiel”. A aposta feita no horário alargado, com a abertura contínua do Museu (das 10h00 às 18h00, de terça a domingo), tem-se revelado fundamental para o aumento do número de visitantes. Durante a semana predominam as visitas de grupos escolares, de vários níveis de ensino, não só do concelho mas de toda a região Norte.


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A reinvenção do papel

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Cartoons de Santiago

Num mundo globalizado o fácil é acompanhar as passadas de Obama com o seu cão d’água pelos jardins da Casa Branca. O difícil é descodificar as consequências da falta de água potável ou da perda do emprego na vida do senhor Barata, algures numa qualquer aldeia encravada na Serra do Repórter. O desafio é, claro, de quem aceitou fazer este jornal: contar estórias das nossas gentes e das nossas terras num formato fracturante com os demais do nosso campeonato. Quer no ângulo de abordagem, quer no design, quer no formato. wEstamos aqui para fazer diferente. Se é verdade que uma imagem vale mais que mil palavras, não é menos verdade que uma boa imagem vale por si. É compromisso do RM desmontar a mensagem do caudal informativo tornando a informação perceptível a quem a lê. É, pois, com algum arrojo que aqui estamos! Jorge Sousa Alexandre Panda António Orlando

Fundado em 1984 Quinzenário Regional • Publica-se à quinta-feira Registo/Título: ERC 109918 Depósito Legal: 26663/89 Redacção: Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, 230 Apartado 200 4630-279 MARCO DE CANAVESES Telef. 910 536 928 - Fax: 255 437 000 E-mail: tamegapress@gmail.com Director: Jorge Sousa (C.P. 1689), Director adjunto: Alexandre Panda (C.P. 8276) Sub-director: António Orlando (C.P. 3057) Redacção e colaboradores: Alexandre Panda, António Orlando, Jorge Sousa, Alcino Oliveira (C.P. 4286), Paula Costa (C.P. 4670), Liliana Leandro (C.P. 8592), Paula Lima (C.P. 6019), Carlos Alexandre (C.P. 2950). Colaboração/Outsourcing: Media Marco (Vitor Almeida, Sandra Teixeira), Baião Repórter/Marão Online (Jorge Sousa, Marta Sousa)

DON`T DISTURB [Não incomodar] 2009

Promoção Comercial, Relações Públicas e Publireportagem: Iva Soares - Telef. 910 536 928 Propriedade e Edição: Tâmegapress - Comunicação e Multimédia, Lda. NIPC: 508920450 Sede: Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, 230 - Apartado 4 4630-279 MARCO DE CANAVESES Partes sociais superiores a 10% do capital: António Martinho Barbosa Gomes Coutinho, Jorge Manuel Soares de Sousa.

Cap. Social: 80.000 Euros Impressão: Mirandela - Lisboa Tiragem desta edição: 22.000 exemplares

Pedida inscrição à APCT-Ass.Portuguesa de Controlo de Tiragem A opinião expressa nos artigos assinados pode não corresponder necessariamente à opinião da Direcção. deste jornal.

Estatuto Editorial O Repórter do Marão é uma publicação pluralista, democrática e independente, informativa e formativa. Pauta a sua acção pelo princípio da liberdade de pensamento, pela objectividade e verdade da sua informação, procurando dar expressão e acolhimento a

todas as correntes democráticas. Assume o compromisso de respeitar os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores, encobrindo ou deturpando a informação.



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